segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Lição 8 - 3º Trimestre 2014 - Jovens e Adultos.



LIÇÃO 08
O CUIDADO COM A LÍNGUA

24 de agosto de 2014
Professor Alberto

TEXTO ÁUREO

 "Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo"  (Tg 3.2).

VERDADE PRÁTICA


A nossa língua pode destruir vidas, portanto, sejamos cuidadosos com o que falamos.

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO


"Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo"  (Tg 3.2).

Nosso texto áureo está inserido no capítulo 3 versículos 1 a 17 sobre o tropeço na palavra. No Comentário Bíblico Beacon encontramos a seguinte consideração sobre Tiago 3.2:

O apóstolo nos lembra que todos tropeçamos em muitas coisas (v. 2). Uma tradução mais correta seria: “Todos nós cometemos erros” (RSV). Todos nós podemos tropeçar (cf. 1 Co 10.12); todos nós temos grandes chances de cometer equívocos e somos propensos a errar; por isso, corremos sérios riscos ao assumir voluntariamente o papel de guia. Wesley comenta: “Não coloque mais sobre as suas costas do que DEUS confiou a vocês, visto que é tão difícil não ofender ao falar muito”. Tiago usa o artifício da repetição de palavras para aumentar a ênfase. “Tropeçamos” em 2a é seguido de tropeça em 2b. Ele diz que se alguém não tropeça em palavra — se não cometemos erro no falar — podemos ser considerados homens perfeitos. Aquele que controla suas palavras pode refrear (guiar ou controlar) toda a sua conduta. Isso provavelmente não é um termo literal porque um homem poderia manter sua fala sob controle e mesmo assim pecar de outra forma. Tiago está usando um tipo de provérbio — uma generalização para enfatizar o lugar-chave da fala na vida cristã. Ela é comparável à afirmação de JESUS: “Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado” (Mt 12.37).O que Tiago quer dizer com varão [...] perfeito? O adjetivo perfeito (teleios) normalmente refere-se ao propósito ou função do substantivo modificado. Nesse contexto, poderia significar: “aqueles que alcançam plenamente o seu elevado chamado”. O cristão que é cristão no seu falar está agradando plenamente a DEUS. Ele é varão [...] perfeito, no sentido que JESUS ordenou aos seus discípulos a usar um falar franco e direto (Mt 5.37) e então acrescentou: “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.48). A luz dessa verdade um cristão apenas pode se unir à oração do Salmista: “Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, rocha minha e libertador meu!” (SI 19.14). (HARPER, 2009, p. 174)


Já no Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal encontramos a seguinte consideração sobre Tiago 3.2:

Todos tropeçamos em muitas coisas, ou nos enganamos quando estamos descuidados. Todos tropeçamos, mas os nossos erros mais frequentes acontecem quando estamos falando. Por termos a tendência de cometer erros ao falar, precisamos ter ainda mais cuidado e permitir que DEUS controle o que dizemos. Ele é capaz de orientar a nossa motivação, os nossos pensamentos, a nossa escolha de palavras, e até mesmo o impacto que as nossas palavras têm sobre os outros. Muitas pessoas podem pensar que é impossível controlar a língua, mas a maioria das pessoas nem sequer começou a tentar. A capacidade de controlar a língua é a marca da verdadeira maturidade para o cristão (veja I.I9, “ser tardio para falar”). Quando JESUS confrontou os líderes religiosos sobre as acusações que tinham contra Ele, Ele disse que a boca fala do que há em abundância no coração – mostrando que aquilo que há dentro de uma pessoa afeta o que ela faz com as suas palavras (Mt 12.33-37). O Senhor também disse que nós devemos prestar contas por qualquer palavra descuidada que proferirmos (Mt 12.36). As pessoas que conseguem controlar as suas línguas serão capazes de refrear todo o corpo. A sabedoria e o amor de DEUS e o autocontrole dado pelo ESPÍRITO SANTO nos ajudarão a exercer este controle (veja Pv 15.1-4). COMENTÁRIO DO NOVO TESTAMENTO APLICAÇÃO PESSOAL, Vol 2. pag. 678).

Portanto o apóstolo Tiago coloca a questão da língua num aspecto extremamente relevante, que é questão do tropeço. Nós tropeçamos em muitas coisas, aquele que não tropeça no falar é perfeito varão, é capaz de manter o controle de todo seu corpo (3.2). Obviamente todos nós já falhamos, já tropeçamos em nossa própria língua. Quantas vezes já ficamos envergonhados de falar aquilo que não deveríamos ter falado, na hora em que não deveríamos ter falado, com a pessoa que não deveríamos ter falado, com a intensidade e o volume da voz que não deveríamos ter usado. Uma palavra falada é como uma seta lançada, não tem jeito de retorná-la. E como um saco de penas soltas do alto de uma montanha não pode mais recolhê-las. Que o Senhor nos ajude e nos dê o domínio próprio, gere em nós o fruto do Espírito (Gl 5.22).

RESUMO DA LIÇÃO 08


O CUIDADO COM A LÍNGUA
I. A SERIEDADE DOS MESTRES (Tg 3.1,2)
1. O rigor com os mestres.
2. A seriedade com os mestres na igreja (v.1).
3. Perfeição que domina o corpo (v.2).
II. A CAPACIDADE DA LÍNGUA (Tg 3.3-9)
1. As pequenas coisas no governo do todo (vv.3-5).
2. "A língua também é um fogo" (vv.6,7). 
3. Para dominar a língua.
III. NÃO PODEMOS AGIR DE DUPLA MANEIRA (Tg 3.10-12)
1. Bênção e maldição (v.10).
2. Exemplos da natureza (vv.11,12).
3. Uma única fonte.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tiago 3.1-12
1 Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo. 
2 Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo. 
3 Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo.  
4 Vede também as naus que, sendo tão grandes e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa. 
5 Assim também a língua é um pequeno membro e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. 
6 A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno. 
7 Porque toda a natureza, tanto de bestas-feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; 
8 mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal. 
9 Com ela bendizemos a DEUS e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de DEUS: 
10 de uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. 
11 Porventura, deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa? 
12 Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.
INTERAÇÃO
Prezado professor, dando prosseguimento ao estudo da Epístola de Tiago, hoje aprenderemos um tema atual e bem relevante - o cuidado que devemos ter com a nossa língua.
Tiago faz dos primeiros versículos do capítulo três um verdadeiro tratado a respeito da disciplina da língua. Porém, este assunto é destaque em toda a epístola. Observe os seguintes textos da epístola: 1.19, 26; 4.11,12; 5.12.
Sabemos que a língua é um pequeno membro do nosso corpo, todavia seu poder é sempre ambíguo. Sim, a língua tem poder para construir e para destruir, por isso, ela precisa ser controlada pelo Espírito Santo.
Sozinhos não conseguiremos refrear nossa língua e somente utilizá-la para glória de Deus. Precisamos da ajuda do Criador.
Segundo Tiago, o homem que domina esse pequeno órgão é um homem perfeito, com a capacidade de também refrear as demais partes do seu corpo.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Analisar a responsabilidade dos mestres na igreja.
Conscientizar-se a respeito da capacidade da nossa língua.
Rejeitar a possibilidade de alguém utilizar a língua de modo ambíguo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
LÍNGUA:
Órgão muscular, situado na boca e na faringe, responsável pelo paladar e auxiliar na mastigação, na deglutição e na produção de sons.
Nessa lição veremos o quanto o crente deve ser cuidadoso na maneira de falar com os outros. Tema do terceiro capítulo da epístola, o meio-irmão do Senhor escreve sobre um pequeno membro do nosso corpo: a língua.
Este acanhado, mas poderoso órgão humano, pode destruir ou edificar a vida das pessoas. Por isso, a nossa língua deve ser controlada pelo Espírito Santo a fim de sermos canais de bênçãos para aqueles que nos ouve.  
I. A SERIEDADE DOS MESTRES (Tg 3.1,2)
1. O rigor com os mestres. A palavra hebraica para mestre é rabbi, cujo significado é "meu mestre". Os mestres eram honrados em toda a comunidade judaica, gozando de grande respeito e prestígio.
Na realidade, o ofício rabínico era uma das posições mais almejadas pelos judeus, pois era notória a influência dos mestres sobre as pessoas (Mt 23.1-7). Daí o porquê de muitos ambicionarem tal posição.
E é exatamente alarmado por isso que Tiago inicia então o capítulo três, referindo-se aos que acalentavam essa aspiração, visando obter prestígio, privilégio e fama, a que tivessem cuidado (v.1).
Antes de almejarmos o ministério da Palavra devemos estar cônscios de nossa responsabilidade e de que um dia o Altíssimo nos pedirá conta dos atos e dos talentos a nós dispensados.
2. A seriedade com os mestres na igreja (v.1). Em Mateus 5.19 lemos sobre a advertência de Jesus quanto à seriedade e a fidelidade dos discípulos no ensino do Evangelho.
Devido a sua importância, Jesus estabeleceu o ensino como um meio de propagar o Evangelho a toda criatura e, assim, ordenou a sua Igreja que fizesse seguidores do Caminho pelo mundo (Mt 28.19,20).
É interessante notarmos o paralelo que Tiago faz em relação à advertência proferida por Jesus em tempo anterior: Quem foi vocacionado para ser mestre não pode ter o "espírito" dos fariseus, mas o de Cristo (Mc 12.38-40).
3. Perfeição que domina o corpo (v.2). Quem domina ou controla a sua língua, sem cometer delitos (excessos, descontroles, julgamentos precipitados, difamações, etc.), sem dúvida, é "perfeito".
O controle da língua significa que a pessoa tem a capacidade de controlar as demais áreas da vida, pois a língua é poderosa "para também refrear todo o corpo".
Quem tem domínio sobre a língua, tem igualmente o coração preservado, pois a boca fala do que o coração está cheio. Discipline-se! Faça um propósito com Deus e consigo mesmo: não empreste os seus lábios para fazer o mal.
SINOPSE DO TÓPICO (1)
A língua é um pequeno órgão do nosso corpo, porém seu poder é comparado a um fogo destruidor.
II. A CAPACIDADE DA LÍNGUA (Tg 3.3-9).
 1. As pequenas coisas no governo do todo (vv.3-5). Tiago faz uma analogia acerca da nossa capacidade de usarmos a língua. Ele remete-nos ao exemplo do leme dos navios e do freio dos cavalos.
Apesar de tais objetos serem pequenos, porém, são fundamentais para controlar e dirigir transportes grandes e pesados. Assim, o apóstolo nos mostra que, apesar de pequena, a língua é capaz de realizar grandes empreendimentos - edificantes ou destrutivos. Como um pequeno membro é capaz de "acender um bosque inteiro"?
2. "A língua também é um fogo" (vv.6,7). Quantas pessoas não frequentam mais as nossas reuniões porque foram feridas com palavras? Você já se fez essa pergunta? É preciso usar nossa língua sabiamente, pois "a morte e a vida estão no poder da língua [...]" (Pv 18.21).
Grande parte dos incêndios nas florestas inicia através de uma pequena fagulha. Todavia, essa faísca alastra-se podendo destruir grandes áreas de vegetação. Da mesma forma, são as palavras por nós pronunciadas. Se não forem proclamadas com bom senso, muitas tragédias podem acontecer. 
3. Para dominar a língua. Ainda no versículo sete, Tiago faz outra ilustração em relação ao tema do uso da língua. Ele mostra que a natureza humana conseguiu domar e adestrar as bestas-feras, as aves, os répteis e os animais do mar.
Mas a língua do ser humano até hoje não houve quem fosse capaz de dominar. Por esforço próprio o homem não terá forças para domar o seu desejo e as suas vontades.
Mas quando Deus passa a nos governar, a língua do crente deixa de ser um órgão de destruição e passa a ser um instrumento poderoso e abençoador, usado para o louvor da glória do Eterno.
A fim de dominar a nossa língua, devemos entregar o nosso coração inteiramente ao Senhor, "Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca"         (Mt 12.34).

SINOPSE DO TÓPICO (2)
Aprendemos com o meio-irmão do Senhor que embora a língua seja um pequeno órgão do nosso corpo, ela tem poder para edificar e destruir pessoas e instituições. Precisamos submeter este pequeno órgão ao Criador.
III. NÃO PODEMOS AGIR DE DUPLA MANEIRA     (Tg 3.10-12).
1. Bênção e maldição (v.10). Tiago até reconhece a possibilidade de alguém usar a língua de modo ambíguo. Entretanto, deve a mesma língua que expressa o amor a Deus, deixar-se usar para destruir pessoas?
Apesar de o meio-irmão do Senhor dizer que tudo que existe obedece sua própria natureza, se experimentamos o novo nascimento, tornamo-nos uma nova criação, isto é, adquirimos outra natureza.
Esta tem de ser manifesta em nosso falar e agir. Portanto, se você foi transformado pela graça de Deus mediante a fé de Cristo, a sua língua não pode ser um instrumento maligno. A fofoca, a mentira, a calúnia e a difamação são obras carnais e não podem ter lugar em nossa vida.
2. Exemplos da natureza (vv.11,12). O líder da igreja de Jerusalém usa dois exemplos da natureza para apontar a incoerência de agirmos duplamente. Tiago questiona a possibilidade de a fonte que jorra água doce jorrar igualmente água salgada.
Para provar a impossibilidade natural deste fenômeno, o meio-irmão do Senhor pergunta, de maneira retórica, se uma figueira poderia produzir azeitonas, e a videira, figos.
Naturalmente, a resposta é um sonoro não! Portanto, a pessoa que bendiz ao Senhor não maldiz o próximo. Se Deus é amor, como podemos odiar alguém?
3. Uma única fonte.  Aquele que bebe da água da vida não pode fazer jorrar água para morte. Quem bebe da água limpa do Cristo de Deus não pode transbordar água suja. Portanto, a palavra proferida por um discípulo de Cristo deve edificar os irmãos, dar graça aos que ouvem e sarar quem se encontra ferido.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Como servos de Deus, não podemos utilizar nossa língua para expressar palavras de adoração ao Senhor e em seguida utilizá-la para destruir o nosso próximo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uma vez Salomão disse que a boca do justo é manancial de vida (Pv 10.11), e que as palavras da boca do homem são águas profundas (Pv 18.4).
Tomemos o devido cuidado com a maneira como usamos a nossa língua. Não esqueçamos que, no dia do Juízo, daremos conta a Deus de toda palavra ociosa proferida pela nossa boca (Mt 12.36).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"Tiago emprega duas metáforas para descrever a habilidade da língua em 'refrear todo o corpo' - o freio nas bocas dos cavalos e o leme no navio. Nos dois exemplos, qualquer uma das menores partes é capaz de controlar a direção e as ações de todo conjunto. No entanto, a relação entre a língua e o resto do corpo é diferente daquela de um freio com o cavalo ou de um leme com o navio; ela não controla diretamente as ações de uma pessoa. Devido à imperfeita adaptação dessa analogia, alguns comentaristas sugeriram que Tiago está estendendo sua discussão ao papel dos professores da Igreja. É a 'língua' do mestre que controla todo o 'corpo' da Igreja. Porém, a principal preocupação de Tiago nessa seção da carta está dirigida às atitudes individuais dos crentes, e não à vida coletiva da Igreja (uma questão que ele analisa em 5.13-20). Assim sendo, [...] pode ainda estar fazendo uma ilustração da ideia dos ensinamentos de Jesus quando diz que 'do que há em abundância no coração, disso fala a boca' (Mt 12.34; Tg 3.10), onde o desejo do indeciso coração humano profere tanto a bênção quanto a maldição)" (ARRINGTON, French L; STRONSTD, Roger. (Eds.).  Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. 4. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009, pp. 873-74).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ARRINGTON, French L; STRONSTD (Eds.).  Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. 4.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009. FONTE: www.professoralberto.com.br

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Lição 6 - 3º Trimestre 2014 - Jovens e Adultos.



LIÇÃO 06
A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS

10 de Agosto de 2014
Professor Alberto



TEXTO ÁUREO

 “Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como transgressores” (Tg 2.8,9).

VERDADE PRÁTICA


Não podemos fazer acepção de pessoas, pois o Senhor não fez conosco.

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO


“Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como transgressores” (Tg 2.8,9).

Nosso texto áureo está inserido no capítulo 02, versículos 1 a 13 de Tiago, quando o apóstolo nos ensina e exorta a não fazermos acepção de pessoas.  Na lição 12 do trimestre passado com o título O DIACONATO já havíamos identificado problema dessa natureza na igreja primitiva conforme exposto em Atos 6. O extraordinário crescimento da igreja local em Jerusalém apresentou uma questão étnica causada pela situação social de muitos que aceitavam a fé, especialmente envolvendo viúvas judias de fala hebraica e as de fala grega (At 6.1), era o problema. A reivindicação pode ser vista na manifestação verbal destas viúvas que, sentindo-se injustiçadas pelo que elas interpretaram ser uma forma de discriminação ou acepção dos líderes da igreja de Jerusalém, cobraram sua assistência (At 6.1).
Para resolver o impasse, orando e impondo-lhes as mãos, os apóstolos separaram sete irmãos de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria para administrar uma questão étnica e social (At 6.2-7).  Foi uma decisão de caráter pacificador e de muito bom-senso para a igreja não se perder em permanentes desentendimentos. O objetivo era estimulá-la a resolver a questão reconhecendo o caminho equivocado antes aderido pelos líderes até aquele momento.
Assim, eles puderam executar as mudanças necessárias e resolveram uma questão que poderia trazer sérios problemas para a igreja de Jerusalém. Agora Tiago escrevendo para os judeus novamente identifica um problema de acepção de pessoas, talvez esse seja mais grave, porque está muito presente no cotidiano de cada um de nós, ricos e pobres. No subsídio desta lição nos apresenta importante recomendação:

Imagine a hora do culto vespertino! O coral se apresenta de maneira solene e, de repente, adentra ao recinto um mendigo; sujo, bêbado, gritando. Qual seria a tua reação? O exemplo ora citado é extremo. Mas passível de acontecer em qualquer igreja. Todavia, o público o qual Tiago está se referindo não diz respeito apenas aos mendigos, mas às pessoas economicamente menos abastadas. Para Tiago, o pobre não é apenas o mendigo, mas quaisquer pessoas que em um dado momento da vida precisam de algo necessário à sua subsistência. Professor, aqui, é necessário fazer uma reflexão. Será que não tem algum aluno na classe que se sinta discriminado na igreja? Seja pela cor da pele ou aparência física ou classe social? Prepare esta lição com cuidado e respeito, pois quando ministrada, ela pode revelar sentimentos diversos de pessoas vítimas de discriminação até mesmo na igreja local. Mesmo que inconscientemente! Tendemos a pensar que certas coisas não acontecem na igreja, pois ela é um lugar santo. Sim, é santa, mas, todavia, composta de santos humanos. E possível perceber certos comportamentos na igreja que um professor secular, por exemplo, lida todo o instante em sala de aula. Certas atitudes do mundo secular acontecem em nossos espaços sacros e, por isso, precisamos estar capacitados para se deparar com estas realidades e agirmos com a sabedoria do alto. Portanto, professor, trabalhe o tema central da presente lição abordando a sua tese principal: a de que é inadmissível a discriminação na igreja. A Palavra diz que “noutros tempos, éreis gentios na carne e chamados incircuncisão pelos que, na carne, se chamam circuncisão feita pela mão dos homens; que, naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de cristo chegaste perto. Porque ele é a nossa paz, [...] e, pela cruz, [...] matando com ela as inimizades” (Ef 2.11-16). Não podemos reconstruir a parede que uma vez o próprio Senhor a derribou! Boa aula! (REVISTA ENSINADOR CRISTÃO).

            Essa orientação da Revista Ensinador Cristão é extremamente pertinente, num mundo onde o que vale é o “ter” e não o “ser”, precisamos estar atentos para não cometermos pecados dessa natureza, que parece ser tão comum no mundo, mas que é pecado e abominável ao SENHOR: “Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como transgressores” (Tg 2.8,9).

RESUMO DA LIÇÃO 06


A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
I. A FÉ NÃO PODE FAZER ACEPÇÃO DE PESSOAS (Tg 2.1-4)
1. Em Cristo a fé é imparcial.
2. O amor de Deus tem de ser manifesto na Igreja local.
3.- Não sejamos perversos (v.4).

II. DEUS ESCOLHEU OS POBRES AOS OLHOS DO MUNDO (Tg 2.5-7).
1. A Soberana escolha de Deus.
2. A principal razão para não desonrar o pobre (v.6).
3.- Desonraram o Senhor.

III. A LEI REAL, A LEI MOSAICA E A LEI DA LIBERDADE (Tg 2.8-13).
1.      A Lei Real.
2.     A Lei Mosaica.
3.     A Lei da Liberdade.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tiago 2.1-13.
1 - Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas.
2 - Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com vestes preciosas, e entrar também algum pobre com sórdida vestimenta,
3 - e atentardes para o que traz a veste preciosa e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui, num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé ou assenta-te abaixo do meu estrado,
4 - porventura não fizestes distinção dentro de vós mesmos e não vos fizestes juízes de maus pensamentos?
5 - Ouvi, meus amados irmãos. Porventura, não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?
6 - Mas vós desonrastes o pobre. Porventura, não vos oprimem os ricos e não vos arrastam aos tribunais?
7 - Porventura, não blasfemam eles o bom nome que sobre vós foi invocado?
8 - Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis.
9 - Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como transgressores.
10 - Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de todos.
11 - Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu, pois, não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei.
12 - Assim falai e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade.
13 - Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo.

INTERAÇÃO
Quem é o pobre deste mundo?
Esta é uma pergunta que exige uma resposta complexa.
Naturalmente não poderemos respondê-la satisfatoriamente neste espaço.
Entretanto, nós temos a tendência de enxergar o pobre apenas sob a perspectiva econômica.
Este não deixa de ser um olhar verdadeiro e correto.
Por outro lado, precisamos levar em conta que o conceito de pobre não se aplica apenas à perspectiva econômica, mas igualmente à perspectiva educativa, psicológica ou de outras áreas.
Em tese, o pobre é o desprotegido.
O analfabeto, por exemplo, pode ter dinheiro, mas encontra-se vulnerável podendo ser ludibriado.
Apesar de o texto de Tiago se referir ao aspecto econômico da sua época, é importante refletirmos sobre outros tipos de injustiças e pobrezas no mundo contemporâneo.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Destacar o ensino de Tiago de que a fé não faz acepção.
Apontar a escolha de Deus pelos pobres aos olhos do mundo.
Distinguir a Lei Mosaica das Leis Real e da Liberdade.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
ACEPÇÃO:
Predileção por alguém, tendência em favor de pessoa (s) por sua classe social.
A discriminação contra as pessoas de classe social inferior é vergonhosa e ultrajante, principalmente, quando praticada no âmbito de uma igreja local.
Nesta lição estudaremos sobre a fé que não faz acepção de pessoas.
Veremos que erramos — e muito — quando julgamos as pessoas sob perspectivas subjetivas tais como a aparência física, posição social, status, a bagagem intelectual, etc.
Isso porque tais características não determinam o caráter (Lc 12.15).
Assim, a lição dessa semana tem o objetivo de mostrar, pelas Escrituras, que a verdadeira fé e a acepção de pessoas são atitudes incompatíveis entre si e, justamente por isso, não podem coexistir na vida de quem aceitou ao Evangelho (Dt 10.17; Rm 2.11).
I. A FÉ NÃO PODE FAZER ACEPÇÃO DE PESSOAS (Tg 2.1-4)
1. Em Cristo a fé é imparcial. O primeiro conselho de Tiago para a igreja é o de não termos uma fé que faz acepção de pessoas (v.1).
Mas é possível haver favoritismo social onde as pessoas dizem-se geradas pela Palavra da Verdade?
As Escrituras mostram que sim. Aconteceu na igreja de Corinto quando da celebração da Ceia do Senhor (1Co 11.17-34).
Hoje, não são poucos os relatos de pessoas discriminadas devido a sua condição social na igreja.
Ora, recebemos uma nova natureza em Cristo (Cl 3.10), pois Ele derrubou o muro que fazia a separação entre os homens (Ef 2.14,15) tornando possível a igualdade entre eles, ou seja, estando em Jesus, “não há grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos” (Cl 3.11).
É, portanto, inaceitável e inadmissível que exista tal comportamento discriminatório e preconceituoso entre nós.
2. O amor de Deus tem de ser manifesto na igreja local. Havia na congregação, do tempo de Tiago, a acepção de pessoas.
Segundo as condições econômicas, “um homem com anel de ouro no dedo, com trajes preciosos” era convidado a assentar-se em lugar de honra, enquanto o “pobre com sórdido traje” era recebido com indiferença, ficando em pé, abaixo do púlpito (vv.2,3).
Tudo isso acontecia num culto solene a Deus!
A Igreja de Cristo tem como princípio eterno produzir um ambiente regado de amor e acolhimento, e para isto “não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3.28).
3. Não sejamos perversos (v.4). A expressão “juízes de maus pensamentos” aplicada no texto bíblico para qualificar os que discriminavam o pobre nas reuniões solenes, não se refere às autoridades judiciais, mas aos membros da igreja que, de acordo com a condição social, se faziam julgadores dos próprios irmãos.
O símbolo da justiça é uma mulher de olhos vendados, tendo no braço esquerdo a balança e, no braço direito, a espada.
Tal imagem simboliza a imparcialidade da justiça em relação a quem está sendo julgado.
Portanto, a exemplo do símbolo da justiça, não fomos chamados a ser perversos “juízes”, mas pessoas que vivam segundo a verdade do Evangelho.
Este nos desafia a amar o próximo como a nós mesmos (Mc 12.31).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Em Cristo, o crente não pode se mostrar parcial e, por isso, o amor de Deus deve ser manifestado na igreja local através dele. O crente não pode ter um coração perverso.
II. DEUS ESCOLHEU OS POBRES AOS OLHOS DO MUNDO (Tg 2.5-7)     
1. A soberana escolha de Deus. É bem verdade que muitas pessoas ricas têm sido alcançadas pelo Evangelho. Mas ouçamos com clareza o que a Bíblia diz acerca dos pobres.
Deus é soberano em suas escolhas. E de acordo com a sua soberana vontade, Ele escolheu os pobres deste mundo. De maneira retórica, Tiago afirma: “Porventura não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé, e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?” (v.5).
É possível que as igrejas às quais Tiago dirigiu a Epístola talvez tivessem se esquecido de que é pecado fazer acepção de pessoas.
Ainda hoje não podemos negligenciar esse ensino!
O Senhor Jesus falou dos pobres nos Evangelhos (Lc 4.18; Mt 11.4,5) e, mais tarde, no Sermão da Montanha repetiu: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus” (Lc 6.20).

2. A principal razão para não desonrar o pobre (v.6). Apesar de Deus ter escolhido os pobres, a igreja do tempo de Tiago fez a opção contrária. Entretanto, o meio-irmão do Senhor traz à memória da igreja que quem a oprimia era justamente os ricos.
Estes os arrastaram aos tribunais. Como podiam eles desonrar os pobres, escolhidos por Deus, e favorecer os ricos que os oprimiam? É triste quando escolhemos o contrário da escolha de Deus.
As Palavras de Jesus ainda continuam a falar hoje: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor” (Lc 4.18,19).
Somos os seus discípulos? Então para sermos coerentes com o Evangelho termos de encarnar a missão de Jesus. Desonrar o pobre é pecado!
3. Desonraram o Senhor. Após lembrar a igreja da escolha de Deus em relação aos pobres deste mundo, Tiago exorta os irmãos a reconhecerem o favoritismo que há dentro da comunidade cristã: “Mas vós desonrastes o pobre” (v.6).
Já os ricos, são recebidos com toda a pompa. No versículo 7, o meio-irmão do Senhor pergunta: “Porventura, não blasfemam eles [os ricos] o bom nome que sobre vós foi invocado?” (v.7).
Estamos frente a algo reprovável diante de Deus: a discriminação social na igreja. Por isso é que o favoritismo, a parcialidade e quaisquer tipos de discriminação devem ser combatidos com rigor na igreja local, principalmente pela liderança. Esta deve dar o maior dos exemplos. Quem discrimina não compreendeu o que é o Evangelho! 
SINOPSE DO TÓPICO (II)
As Escrituras mostram a principal razão para o crente não desonrar os pobres: Deus os escolheu aos olhos do mundo.
III. A LEI REAL, A LEI MOSAICA E A LEI DA LIBERDADE (Tg 2.8-13)
1. A Lei Real. A lei real é esta: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (v.8).
Essa é a conclamação de Tiago a que os crentes obedeçam a verdadeira lei. O termo “real”, no versículo 8, refere-se àquilo que é o mais importante da lei, a sua própria essência. Portanto, quem faz acepção de pessoas está quebrando a essência da lei.
O amor ao próximo é o coração de toda lei: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. [...] O amor não faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor” (Rm 13.8,10).
Só o amor é capaz de impedir quaisquer tipos de discriminação. Quem ama, não precisa da lei (Gl 5.23).
2. A Lei Mosaica. Na época em que a Epístola de Tiago foi escrita, os judeus faziam distinção entre as leis religiosas mais importantes e as menos importantes, segundo os critérios estabelecidos por eles mesmos.
Os judeus julgavam que o não cumprimento de um só mandamento acarretaria a culpa somente daquele mandamento desobedecido. Mas quando a Bíblia afirma “Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás”, está asseverando o aspecto coletivo da lei.
Isto é, quem desobedece um único preceito, quebra, ao mesmo tempo, toda a lei. Embora os crentes da igreja não adulterassem, faziam acepção de pessoas. Eles não atendiam a necessidade dos órfãos e das viúvas e, por isso, tornaram-se “transgressores de toda a lei”.
No Sermão da Montanha, nosso Senhor ensinou sobre a necessidade de se cumprir toda a lei (Mt 5.17-19; cf. Gl 5.23; Tg 2.10).

3. A Lei da Liberdade. A Lei da Liberdade é o Evangelho.  Por ele o homem torna-se livre. Liberto do pecado, dos preconceitos e da maneira mundana de pensar (Rm 6.18).
Quem é verdadeiramente discípulo de Jesus desfruta, abundantemente, de tal liberdade (Jo 8.36; Gl 5.1,13). Entretanto, como orienta Tiago, tal liberdade deve vir acompanhada da coerência: “Assim falai, e assim procedei” (v.12).
O crente pode falar, pode ensinar e até escrever sobre o pecado de fazer acepção de pessoas. Mas na verdade, é a sua conduta em relação aos irmãos que demonstrará se ele é, de fato, um liberto em Cristo ou um escravo deste pecado.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A Lei Mosaica destaca-se da Real e da Liberdade. Estas representam a nova aliança de Deus com a humanidade; enquanto aquela, a antiga.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O segundo capítulo da Epístola de Tiago é uma voz do Evangelho a ecoar através dos tempos. Ele rotula a acepção de pessoas como pecado, lembrando-nos de que Deus escolheu os “pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam”.
Assim, se a nossa vontade estiver de acordo com a vontade de Deus, amaremos os pobres como a nós mesmos. E conscientizar-nos-emos de que esse amor exige de nós ações verdadeiras, sinceras, e não apenas de vãs palavras religiosas que até mesmo o vento se encarrega de levar (cf. Tg 2.15-17).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
EDREDEG, John. Um Mestre Fora da Lei: Conhecendo a surpreendente, perturbadora e extravagante personalidade de Jesus. 1ª Edição, RJ: CPAD, 2013.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento: Atos a Apocalipse. 1ª Edição, RJ: CPAD, 2010.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
“‘Mas vós desonrastes o pobre’ (v.6). A acepção de pessoas, no sentido desta passagem, por conta das suas riquezas e da aparência exterior, é apresentada como um pecado muito grave, em virtude dos prejuízos devidos à riqueza e grandeza mundanas, e a tolice que há no fato de cristãos prestarem consideração indevida por aqueles que não têm consideração alguma nem por seu Deus nem por eles: ‘Porventura, não vos oprimem os ricos e não vos arrastam aos tribunais? Porventura, não blasfemam eles o bom nome que o sobre vós foi invocado?’ (vv.6,7). Considerai como é comum que as riquezas sejam incentivos aos vícios e ao dano da blasfêmia e da perseguição. Pensai nas muitas calamidades que vós mesmos tolerais, e nas grandes afrontas que são lançadas sobre vossa fé e vosso Deus por homens de posses, poder e grandeza mundanos; e isso vai fazer vossos pecados parecerem extremamente pecaminosos e tolos, ao construirdes aquilo que tende a vos destruir, e a destruir tudo que estais edificando, e a desonrar esse nome pelo qual sois chamados’. O nome de Cristo é um nome digno; ele reflete honra, e dá dignidade aos que o usam” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento: Atos a Apocalipse. RJ: CPAD, 2010, p.833).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A verdadeira Fé não faz acepção de pessoas
Imagine a hora do culto vespertino! O coral se apresenta de maneira solene e, de repente, adentra ao recinto um mendigo; sujo, bêbado, gritando. Qual seria a tua reação? O exemplo ora citado é extremo. Mas passível de acontecer em qualquer igreja. Todavia, o público o qual Tiago está se referindo não diz respeito apenas aos mendigos, mas às pessoas economicamente menos abastadas. Para Tiago, o pobre não é apenas o mendigo, mas quaisquer pessoas que em um dado momento da vida precisam de algo necessário à sua subsistência.
Professor, aqui, é necessário fazer uma reflexão. Será que não tem algum aluno na classe que se sinta discriminado na igreja? Seja pela cor da pele ou aparência física ou classe social? Prepare esta lição com cuidado e respeito, pois quando ministrada, ela pode revelar sentimentos diversos de pessoas vítimas de discriminação até mesmo na igreja local. Mesmo que inconscientemente!
Tendemos a pensar que certas coisas não acontecem na igreja, pois ela é um lugar santo. Sim, é santa, mas, todavia, composta de santos humanos. E possível perceber certos comportamentos na igreja que um professor secular, por exemplo, lida todo o instante em sala de aula. Certas atitudes do mundo secular acontecem em nossos espaços sacros e, por isso, precisamos estar capacitados para se deparar com estas realidades e agirmos com a sabedoria do alto.
Portanto, professor, trabalhe o tema central da presente lição abordando a sua tese principal: a de que é inadmissível a discriminação na igreja. A Palavra diz que “noutros tempos, éreis gentios na carne e chamados incircuncisão pelos que, na carne, se chamam circuncisão feita pela mão dos homens; que, naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de cristo chegaste perto. Porque ele é a nossa paz, [...] e, pela cruz, [...] matando com ela as inimizades” (Ef 2.11-16). Não podemos reconstruir a parede que uma vez o próprio Senhor a derribou! Boa aula!  FONTE : www.professoralberto.com.br