quinta-feira, 24 de julho de 2014

Lição 4 - 3º Trimestre 2014 - Juvenis 15 a 17 anos.

Conteúdo adicional para as aulas de Juvenis

Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2014
Bem aventurados - Lições práticas do sermão do monte

Lição 04 – É possível amar o inimigo?

Texto Bíblico: Mateus 5.38-48



A palavra do Senhor Jesus indica ao menos duas maneiras para se viver. A primeira é a dos pecadores, aqueles que se comportam sem reverência a Deus e à sua Palavra. A segunda se refere aos homens que colocam Deus no centro dos seus sentimentos, vontades e vida. Quando Deus está no controle de nossas vidas percebemos o seu modo misericordioso de agir: “Ele é bom até para os ingratos e os maus” (Lc 6.35). Isso implica numa maneira de colocar em ação o amor dEle para com o nosso próximo, amigo ou inimigo, atendendo as suas necessidades específicas. Devemos não apenas auxiliar em tudo àqueles que não são nossos amigos, mas, especialmente, orar por eles, desejando que façam o caminho de Deus e recebam as mais copiosas bênçãos.     

Lição 4 - 3º Trimestre 2014 - Adolescentes 13 e 14 anos.

Conteúdo adicional para as aulas de Adolescentes

Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2014
Vivendo em família

Lição 04 – Mas eu nasci assim.

Texto bíblico: Gênesis 25.19-34; Gálatas 5.16-26



Personalidade é conjunto de atributos e qualidades físicas, intelectuais e morais que caracterizam o indivíduo. Os principais elementos formadores da personalidade são a hereditariedade e o meio ambiente. Hereditariedade são os fatores herdados, isto é, a natureza humana transmitida pelos pais.

Esses fatores hereditários nascem com o indivíduo e afetam e agem no mesmo  através:
 
Do sistema nervoso

Do sistema endócrino (as glândulas de secreção interna);

Dos demais órgãos internos.
 
Esses fatores influem no psiquismo da pessoa, determinando o seu biótipo, isto é, sua constituição física, seu temperamento e influindo no, seu caráter. Eles passam de geração a geração e afetam o aprendizado de várias maneiras.
 
A. Componentes da Personalidade
 
1. Biótipo ou constituição. É o aspecto físico-morfológico do indivíduo.
 
2. Temperamento. É o aspecto fisiológico-endócrino do indivíduo. Noutras palavras, é a característica dinâmica da personalidade. Fazem parte dele os impulsos ou instintos, que sãos as força motrizes da personalidade. Os instintos são congênitos; implantados na criatura para capacitá-la a fazer instintivamente o que for necessário, independente de reflexão e para manter e preservar a vida natural. “Se no início de sua vida, o bebê não tivesse certos instintos, não poderia sobreviver, mesmo com o melhor cuidado paterno médico”. Dr. Leander Keyser.
 
Esses instintos saíram perfeitos das mãos do Criador, mas o pecado que veio pela queda os perverteu e os transtornou.
 
Os afetos agem sobre o temperamento. É do temperamento que depende a maneira de reagirmos face aos fatos e circunstâncias da vida e ambientes.
 
3.Caráter. É o aspecto subjetivo da personalidade. O caráter é a característica responsável pela ação, reação e expressão da personalidade. É a maneira própria de cada pessoa agir e expressar-se. Tem a ver com a vontade própria e conduta. É a “marca” da pessoa subjetivamente.
 
4. O “eu”. É a pessoa consciente de si mesma. É o aspecto espiritual da personalidade. É ele o centro de gravitação, estrutura e equilíbrio de toda a vida psicológica.
 
Dos mais importantes aspectos ou componentes da personalidade são o caráter  e o temperamento, os quais passamos a destacar.
 
Caráter
 
É um componente da personalidade.

É adquirido, não herdado.
 
Resulta da adaptação progressiva do temperamento às condições do meio ambiente: o lar, a escola, a igreja, a comunidade, e o estado sócio-econômico.
 
Pode ser mudado, mas ... não é fácil!

Jesus pode mudar milagrosamente o caráter (2 Co 5.17) e continuar mudando-o, à medida que nos rendemos a Ele ( Rm 12.2; Fp 1.6). Jesus pode salvar (Hb 7.25), e esta salvação abrange espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23).
 
Temperamento

É um estado orgânico neuropsíquico.

É inato, e capaz de desenvolver-se.

É influenciado pelo sistema nervoso, glândulas de secreção interna, hereditariedade, constituição física.

Pode ser controlado. O Espírito Santo pode e quer controlar o temperamento do crente (Rm 8.6,13; Gl 5.22).

Não pode ser mudado.
 
(Texto extraído do livro Manual da
Escola Dominical, pp. 222-224. CPAD)

Lição 4 - 3º Trimestre 2014 - Pré Adolescentes 11 e 12 anos.

Conteúdo adicional para as aulas de    Pré adolescentes

Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2014
Descobrindo os meus direitos e deveres

Lição 4 - Melhor do que o Ouro

Texto Bíblico: 1 Reis 3.5,7,9-13


Muitos vão para escola, passam anos estudando e adquirem muito conhecimento, mas não têm sabedoria. A sabedoria não se adquire numa sala de aula ou numa biblioteca. Ela se encontra em Deus. Ele é a fonte da sabedoria. “É o Senhor quem dá sabedoria; a sabedoria e o entendimento vêm dele” (Pv 2.6).
 
A sabedoria é uma capacidade especial dada por Deus que nos faz discernir entre o certo e o errado. Quem deseja encontra-lá precisa pedir a Deus em oração. “Mas, se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, e ele a dará porque é generoso e dá com bondade a todos” (Tg 1.5).
 
A sabedoria é um tesouro precioso que precisa ser bem guardado. Quem a abandona fica desprotegido, mas quem não se afasta dela é recompensado. Ela precisa ser utilizada diariamente (Texto adaptado da Revista de Mestre/ Adolescentes 5).

Lição 4 - 3º Trimestre 2014 - Juniores 9 e 10 anos.

Conteúdo adicional para as aulas de Juniores

Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2014
Em que acreditamos? Fé em ação

Lição 04 - A salvação é pela graça



Graça é o favor imerecido concedido por Deus à raça humana. Através da graça, o homem é capacitado a compreender, a aceitar e a usufruir, imediatamente, dos benefícios do Plano de Salvação (Efésios 2.1-11).
 
O objetivo da graça é duplo: 1) Salva o homem do pecado; e 2) Restringe a ação deste, levando o homem a viver nas regiões celestiais em Cristo Jesus. A graça, segundo ensina o apóstolo Paulo, é operada mediante a fé, e mediante a fé plenamente usufruída.
 
Será através da graça que tomaremos posse da vida eterna de tudo quanto o Pai Celeste nos preparou. No arrebatamento da Igreja, a graça há de se manifestar de maneira plena entre os santos, transformando-os em seres em tudo semelhantes ao Senhor Jesus (1 Jo 3.2). (Texto extraído do Dicionário de Profecia Bíblica, CPAD).
 
No Antigo Testamento, o Senhor se revelou como o Deus da graça e da misericórdia, capaz de dar aos seus servos o que eles não mereciam, além de não lhes castigar por seus pecados. Isso, claro, em razão de terem se arrependido, pois quem não reconhece o seu pecado rejeita a graça e a misericórdia do Senhor.
 
Boa ideia!
 
Confeccione juntamente com as crianças pequenas caixinhas de presente. Você pode utilizar caixinhas de fósforos. Por fora da caixinha as crianças devem escrever a seguinte frase: “Tenho um presente de Deus para você”.
 
Dentro da caixinha elas devem colocar um papel com a palavra “Salvação”.
 
Solicite que elas entreguem essas “caixinhas de presente” para pessoas não crentes.

Lição 4 - 3º Trimestre 2014 - Primários 7 e 8 anos.

Conteúdo adicional para as aulas de Primários

Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2014
A igreja é a casa de Deus - A alegria de servir a Deus

Lição 04 - Regras Para a Felicidade

Texto Bíblico: Êxodo 20.1-17 e Mateus 22.37-40



A Paz do Senhor!
 
Caro professor da classe dos Primários, os Dez Mandamentos (Êx 20.1-17; Dt 5.6-21) são leis básicas de Deus para a vida. Por isso ajude as crianças a memorizarem e, mais importantes, a entendê-los e a segui-los.
 
Explique as crianças que as pessoas não conseguem guardar todos os mandamentos por conta própria. Deus deu essas regras para mostrar às pessoas que são pecadoras e precisam de perdão dEle. Contudo, os mandamentos são um padrão que temos de nos esforçar para seguir, e Deus pode ajudar seus filhos a cumpri-los. Jesus tornou isso possível ao escrever os mandamentos no coração deles (Jr 31.33; veja também 1Ts 5.23,24).
 
Boa ideia
 
Você vai precisar de papel cartão cortado em retângulos, caneta hidrográfica e tesoura.
 
Escreva os mandamentos cada um em um cartão, depois os misture e peça para as crianças colocarem em ordem.
 
Peça as crianças para copiarem os Mandamentos. Cada um em um cartão, depois os misture e peça as crianças para os colocarem em ordem.

Lição 4 - 3º Trimestre 2014 - Jd da Infância 5 e 6 anos.

Conteúdo adicional para as aulas de Jd. de Infância

Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2014
Bíblia, o livro maravilhoso - Valorizando os bons princípios

Lição 04 - Obedeça a Palavra de Deus!

Texto Bíblico Jonas 1.1-17; 2.1-10



De professor para professor
 
Prezado professor, neste domingo o objetivo da lição é fazer com que as crianças aprendam que devemos sempre obedecer a Palavra de Deus, mesmo quando a sua ordem parece difícil de cumprir.
 
• Faça uma recapitulação da aula anterior. Pergunte qual foi a palavra-chave estudada e qual o versículo aprendido. 
 
• A palavra-chave da aula de hoje é “OBEDECER”. Então, durante o decorrer da aula repita a frase: “Devemos obedecer a Palavra de Deus.”
 
Para refletir
 
• “Jonas não queria ir a Ninive, e tentou fugir da ordem de Deus. Mas o Senhor tem muitas formas de ensinar-nos a obedecê-Lo e a segui-Lo.
 
Jonas revelou a razão para a sua relutância em ir a Nínive (1.3): Ele queria que os ninivitas fossem destruídos, e não perdoados. Jonas não entendeu que o Deus de Israel é também o Deus do mundo todo. Você se surpreende quando alguma pessoa que você não esperava se volta para Deus? Há muitas que têm uma visão tão limitada quanto a de Jonas. Não se esqueça de que, na realidade, nenhum de nós merece ser perdoado por Deus”.
 
Extraído da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal,  CPAD
 
• Professor, “sua tarefa é de grande responsabilidade. Deus o escolheu (1 Tm 1.12) para realizar esta obra e espera que você faça o melhor (Lc 19.35). Então, não deixe para se preparar um dia antes da aula” (Luciana Alves, revista Juniores Mestre 5/6, CPAD).
 
Regras Práticas para os Professores 
 
Os Vilões da Infância
 
Reais objetivos da adultização
 
“Mas, afinal, qual a razão de se negar às crianças a alegria das brincadeiras espontâneas? Por que lhes podar a criatividade de fabricarem seus próprios brinquedos? Qual motivo da sociedade aplaudir tudo isso como se fosse algo natural?
 
Interesse econômico. O fato inegável é que há um interesse econômico por detrás desta realidade. Uma intenção que possui um objetivo: educar as crianças a serem consumidores em potencial. Educar para o consumo e para a submissão de ideias. Produzir consumidores mirins que satisfarão cada vez mais os desejos desse sistema que insiste em condicionar o verdadeiro sentido da infância ao status, dinheiro e mecanização. As crianças estão sendo pressionadas a crescerem depressa, quando na verdade deveriam respeitar seu processo de desenvolvimento, pois não pensam, não sentem nem aprendem como os adultos. Elas precisam de tempo para crescer e pressioná-las a viver como adultas só produzirão seres com dificuldades, inseguranças e conflitos no futuro” (TULER, Marcos. Os Perigos da Adultização Precoce. Ensinador Cristão, ano 11, n. 43,p. 45).
 
• Atividade 
 
Realize as atividades sugeridas na revista do Mestre, página 16.
 
Caso sobre algum tempo para mais uma atividade, sugira que as crianças encenem a história bíblica.

Lição 4 - 3º Trimestre 2014 - Maternal 3 e 4 anos.

Conteúdo adicional para as aulas do Maternal

Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2014
Podemos falar com Deus

Lição 04 - A oração que fechou a boca dos leões

Texto Bíblico Gênesis 6.1-28


De professor para professor
 
Prezado professor, neste domingo o objetivo da lição é fazer com que as crianças aprendam que a oração deve ser a primeira atitude em qualquer situação. 
 
• Faça uma recapitulação da aula anterior. Pergunte qual foi a palavra-chave estudada e qual o versículo aprendido. 
 
• A palavra-chave da aula de hoje é “LIVRAR”. Então, durante o decorrer da aula repita a frase: “Papai do céu nos livra de todo mal”.
 
Para refletir
 
• “Os oficiais invejosos não encontravam nada na vida de Daniel para criticar, então atacaram a religião dele. Se você enfrentar críticas ciumentas por causa de sua fé, sinta-se feliz por isso; talvez tenha focado sua religião como um último recurso. Sua resposta deve ser continuar a crer e a viver corretamente. Então, lembre-se de que Deus está no controle, lutando por você nesta batalha” 
 
Extraído de Bíblia do Estudante  Aplicação Pessoal, CPAD
 
• Professor, “a memória da criança do maternal é curta. Os fatos devem ser-lhes repetidos para que venham a se lembrar depois” (Marta Doreto). 
 
Regras Práticas para os Professores 
 
Os Vilões da Infância
 
Reais objetivos da adultização
 
“Mas, afinal, qual a razão de se negar às crianças a alegria das brincadeiras espontâneas? Por que lhes podar a criatividade de fabricarem seus próprios brinquedos? Qual motivo da sociedade aplaudir tudo isso como se fosse algo natural?
 
Interesse econômico. O fato inegável é que há um interesse econômico por detrás desta realidade. Uma intenção que possui um objetivo: educar as crianças a serem consumidores em potencial. Educar para o consumo e para a submissão de ideias. Produzir consumidores mirins que satisfarão cada vez mais os desejos desse sistema que insiste em condicionar o verdadeiro sentido da infância ao status, dinheiro e mecanização. As crianças estão sendo pressionadas a crescerem depressa, quando na verdade deveriam respeitar seu processo de desenvolvimento, pois não pensam, não sentem nem aprendem como os adultos. Elas precisam de tempo para crescer e pressioná-las a viver como adultas só produzirão seres com dificuldades, inseguranças e conflitos no futuro”
 
TULER, Marcos. Os Perigos da Adultização Precoce. Ensinador Cristão, ano 11, n. 43,p. 45
• Atividade Manual
 
Realize as atividades sugeridas na revista do Mestre, página 15.

Lição 4 - 3º Trimestre 2014 - Jovens e Adultos.



Lição 04
GERADOS PELA
PALAVRA DA VERDADE

27 de julho de 2014
Professor Alberto

TEXTO ÁUREO


 “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre” (1Pe 1.23).


VERDADE PRÁTICA


Somente aqueles que foram gerados pela Palavra da Verdade são guiados pelo Espírito Santo.

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO


“Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre” (1Pe 1.23).


Nosso texto áureo está inserido no capítulo 1 da Primeira Epístola Universal do Apóstolo Pedro, quando o mesmo exorta sobre à santidade (1 Pe 1.13-25).
O texto áureo especificamente fala sobre ser gerado de novo, o que nos remete ao ensino do Senhor Jesus sobre o novo nascimento: “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim étodo aquele que é nascido do Espírito” (João 3:3-8).
O Novo Nascimento é operado em nós pelo poder do Espírito Santo, quando a Palavra de Deus entra em nosso coração, ela desconstrói o coração de pedra. A Palavra de Deus é poderosa, ela esmiúça a penha: “Não é a minha palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que esmiúça a penha?” (Jeremias 23.29).
Quando somos gerados de novo, andamos também em novidade de vida: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5:17).
O teólogo calvinista Brian Schwertley em seu livreto intitulado: O Novo Nascimento assim explica o termo “regeneração”:

A palavra “regeneração”, que literalmente significa “gerar novamente”, tem sido usada de diferentes formas por teólogos protestantes ortodoxos ao longo dos tempos. Antigamente, nos séculos dezesseis e dezessete, seu emprego incluía a implantação de uma nova vida no coração do homem pelo Espírito Santo, bem como uma conversão (arrependimento e fé) e santificação. Para evitar confusão, teólogos reformados eventualmente limitaram o emprego do termo à sua aplicação estritamente bíblica. “Na teologia reformada contemporânea, o termo “regeneração” é geralmente usado num sentido mais restrito, uma designação daquele ato divino pelo qual o pecador é dotado de uma nova vida espiritual, e através da qual o princípio dessa nova vida é inicialmente realizado” (L. Berkhof, Systematic Theology [Grand Rapids: Eerdmans, 1949], p. 467). Passagens como 1 Pe 1:23 e Tg 1:18 analisam o coração regenerado quando este entra em contato com a Palavra de Deus, “em que a nova vida primeiro se torna manifesta” (ibid., p. 475). Porque a maior parte das passagens bíblicas que tratam da regeneração define esta em seu sentido mais restrito como sendo exclusivamente um ato de Deus, essa definição estreita é usada ao longo deste livreto (cf. objeção 4, p. 10). (http://www.monergismo.com/textos/regeneracao/novo_nascimento_schwertley.pdf).

A Bíblia de Estudo Pentecostal assim apresenta a temática: regeneração:

Em Jo 3.1-8, Jesus trata de uma das doutrinas fundamentais da fé cristã: a regeneração (Tt 3.5) ou o nascimento espiritual. Sem o novo nascimento, ninguém poderá ver o reino de Deus, i.e., receber a vida eterna e a salvação mediante Jesus Cristo. Apresentamos a seguir, importantes fatos a respeito do novo nascimento. (1) A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa... efetuadas por Deus e o Espírito Santo... Por esta operação, a vida eterna da parte do propósito de Deus é outorgada ao crente... e este se torna um filho de Deus... e uma nova criatura... Já não s econforma com este mundo..., mas é criado segundo Deus “em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24). (2) A regeneração é necessária porque, à parte de Cristo, todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a Deus e agradar-lhe...  (3) A regeneração tem naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para Deus (Mt 3.2) e coloca a sua fé pessoal em Jesus cristo como seu Senhor e Salvador)... (4) A regeneração envolve a mudança de vida de pecado em uma nova vida de obediência a Jesus Cristo... Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado..., e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a Deus e de seguir a direção do Espírito Santo... Vive uma vida de retidão (1 Jo 2.29), ama aos demais crentes (1 Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1 Jo 3.9; 5.18) e não ama o mundo (1 Jo 2.15,16). (5) Quem é nascido de novo não pode fazer do pecado uma prática habitual na sua vida... (6) Aqueles que continuam vivendo na imoralidade e nos caminhos pecaminosos do mundo, seja qual for a religião que professam, demonstram que ainda não nasceram d enovo (1 Jo 3.6,7); (7) Assim como uma pessoa nasce do Espírito ao receber a vida de Deus, também pode exiguir essa vida ao envereador pelo mal e viver em iniquidade. As Escrituras afirmam: “se viverdes segunda a carne, morrereis” (Rm 8.13)... (8) O novo nascimento não pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o relacionamento entre Deus e o salvo é questão do espírito e não da carne (3.6). Logo, embora a ligação física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de para filho, que Deus quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório na terra (ver Rm 8.13 nota). Nosso relacionamento com Deus é condicionado pela nossa fé em Cristo durante nossa vida terrena; fé esta demonstrada numa vida de obediência e amor sinceros (Hb 5.9; 2 Tm 2.12). (BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, 1995, p. 1576).

Assim é muito importante refletirmos nessa lição sobre a regeneração, especialmente numa época onde muitas pessoas, são religiosas, zelosas na questão dos dogmas religiosos, mas infelizmente ainda não tiveram a experiência gloriosa do novo nascimento. Que o Senhor possa enxertar em nós a compreensão plena de sua palavra: “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre” (1Pe 1.23).


RESUMO DA LIÇÃO 04


GERADOS PELA PALAVRA DA VERDADE

I. A RELAÇÃO ENTRE OS POBRE E OS RICOS DA IGREJA (Tg 1.9-11)
1. Os pobres na Igreja do primeiro século.
2. Os ricos na Igreja Antiga.
3.- Perante Deus, pobres e ricos são iguais.

II. DEUS SÓ FAZ O BEM (Tg 1.16,17)
1. Não erreis (v.16).
2. Todo dom e boa dádiva vêm de Deus.
3.- A origem de tudo o que é bom está no Pai das Luzes.

III. PRIMÍCIAS DE DEUS ENTRE AS CRIATURAS (Tg 1.18)
1.      Algo que somente Deus faz.
2.     A Palavra da Verdade.
3.     O propósito de Deus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Tiago 1.9-11,16-18.
9 - Mas glorie-se o irmão abatido na sua exaltação,
10 - E o rico em seu abatimento; porque ele passará como a flor da erva.
11 - Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece; assim se murchará também o rico em seus caminhos.
16 - Não erreis, meus amados irmãos.
17 - Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação.
18 - Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas.
INTERAÇÃO
Deus pode fazer o mal? O contexto da epístola de Tiago mostra que Ele é bom e, portanto, a sua sabedoria só pode fazer o bem, jamais o mal. Nele, não há variação de bondade e malignidade; de luz ou trevas.
O nosso Pai Celestial decidiu de uma vez por todas, em Jesus, fazer o bem para reconciliar o mundo consigo mesmo. Por isso, a sabedoria de Deus é pura, bondosa, benigna, humilde, cordata, temperante, etc. Porque Ele é bom! Que a bondade de Deus inunde suas vidas. Que possamos decidir amar o próximo como o nosso Pai nos ama.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Analisar a relação entre os pobres e os ricos da igreja.
Defender a verdade que Deus só faz o bem.
Compreender que os filhos de Deus são as primícias dentre as criaturas.
PALAVRA-CHAVE
VERDADE:
Propriedade de está conforme os fatos ou a realidade.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje vamos estudar acerca da qualidade relacional da igreja nos diversos níveis de interação entre pessoas geradas pela Palavra.
Veremos a Epístola de Tiago apontando as distorções sociais que podem existir em um ambiente eclesiástico ou de convivência entre irmãos. A nossa perspectiva é a de que possamos nos relacionar com o outro independente da sua condição econômica e social. Ligados, sobretudo, pelo Evangelho.
I – A RELAÇÃO ENTRE OS POBRES E OS RICOS DA IGREJA (Tg 1.9-11)
1. Os pobres na igreja do primeiro século.Do ponto de vista social, a pobreza exclui o ser humano dos direitos básicos necessários à sua subsistência.
Não é difícil reconhecer que a Igreja do primeiro século era constituída por duas classes sociais: a dos pobres e a dos ricos, tendo evidentemente mais pobres em sua composição.
Uma vez que não podemos fazer acepção de pessoas (Rm 2.11; Cl 3.11), os pobres daquela época, que foram gerados pela Palavra e inseridos no corpo de Cristo — a Igreja — tinham motivos de alegrar-se no Senhor, pois além do novo nascimento, eles eram acolhidos pela igreja local (Gl 2.10).
2. Os ricos na Igreja Antiga. Por vezes, os ricos são identificados na Bíblia como judeus proprietários de muitos bens e que negligenciavam as obrigações que pesam sobre os que desfrutam de tal condição:
- Semelhantemente não rabiscarás a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha; deixá-los-ás ao pobre e ao estrangeiro. Eu sou o Senhor vosso Deus. (Levítico 19:10);- E, quando fizerdes a colheita da vossa terra, não acabarás de segar os cantos do teu campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixarás. Eu sou o Senhor vosso Deus. (Levítico 23:22);
(Lv 25.35-55; Dt 15.1-18; Is 1.15-17; Mq 6.9-16; 1Tm 6.9,17-19).
Por cuja razão, e pelas suas atitudes, eles eram frequentemente repreendidos pelas Escrituras (Am 3.10; Pv 11.28; 1Tm 6.17-19; Lc 6.24; 18.24,25).
- Porque não sabem fazer o que é reto, diz o Senhor, aqueles que entesouram nos seus palácios a violência e a destruição. (Amós 3:10);
- Aquele que confia nas suas riquezas cairá, mas os justos reverdecerão como a folhagem. (Provérbios 11:28);
- Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; Que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; Que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam se apoderar da vida eterna. (1 Timóteo 6:17-19);
- Mas ai de vós, ricos! porque já tendes a vossa consolação. (Lucas 6:24);
- E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus. (Lucas 18:24-25)
Os ricos e abastados têm a tendência a desenvolverem a arrogância, a autossuficiência e a postura de senhores poderosos, que pensam poder comprar as pessoas a qualquer preço. As Escrituras são claras em afirmar que o Reino de Deus não pode ser comprado por dinheiro algum.
É possível o irmão rico ser gerado pela Palavra e tornar-se um filho de Deus? Sim, claro (Lc 18.25-26). Porém, ele pode encontrar maior dificuldade para desprender-se de suas riquezas (Mt 19.23-26, cf. v.11).
É imprescindível que os mais abastados compreendam que após entregarem-se a Cristo, obedecerão ao mesmo Evangelho a que os irmãos pobres submetem-se.
Aqui, torna-se ainda mais clara a verdade bíblica: para Deus não há acepção de pessoas (Rm 2.11; Cl 3.11).
3. Perante Deus, pobres e ricos são iguais. A igreja local deve receber a todos no espírito do Evangelho, isto é, como membros da família de Deus, pois através da salvação em Cristo, independentemente da condição social, todos têm a Deus como Pai (Rm 8.14), e a Jesus como irmão (Lc 8.21).
Somos coerdeiros, juntamente com Cristo, de uma herança eterna (1Pe 1.4), pertencentes à santa família de Deus (Ef 2.19) e cidadãos de um reino imutável (Hb 12.28). Na família de Deus há lugar para todo ser humano justificado por Cristo. Portanto, o irmão pobre e o irmão rico não devem se envergonhar de suas condições sociais.
Se o Evangelho alcançou seus corações, o rico saberá biblicamente o que fazer com a sua riqueza. E o pobre, de igual forma, como viverá sua pobreza. O importante é que Cristo em tudo seja exaltado! Leiamos mais uma vez os versículos 9-11 do primeiro capítulo de Tiago:
Mas glorie-se o irmão abatido na sua exaltação, E o rico em seu abatimento; porque ele passará como a flor da erva. Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece; assim se murchará também o rico em seus caminhos. (Tiago 1:9-11)
À luz das Escrituras, apesar de o pobre ser marginalizado pela sociedade cuja cultura predominante é a de “ter” e não de “ser”, ele é convidado a gloriar-se em Cristo pela sua nova posição de filho de Deus. Enquanto o rico, no encontro com o Evangelho de Cristo, é convidado por Cristo a se humilhar para compreender a natureza passageira da sua riqueza. Sabendo assim acerca da sua missão de suprir o pobre necessitado. Deus é o Senhor dos pobres e dos ricos.

SINOPSE DO TÓPICO (1)
Na igreja do primeiro século, pobres e ricos eram acolhidos em amor.
II – DEUS SÓ FAZ O BEM (Tg 1.16,17)
1- Não erreis (v.16). Com essa advertência o meio-irmão do Senhor não está afirmando a doutrina da “santidade plena” ou perfeccionista: a de que o homem, uma vez remido, não mais pecará.
Tal palavra tem como propósito conclamar o crente a não dar ouvidos à “voz” da concupiscência carnal. Recapitulando a mensagem dos versículos 12 a 15, que tratam do tema da tentação, os versículos 9 a 11 formam uma introdução ao tema da tentação, ao passo o que versículo 16 é uma advertência para os crentes não se curvarem aos desejos imorais e infames do mundo, pois Deus é a fonte de tudo o que é bom.
Logo, não podemos dar crédito àquilo que é mau.
2. Todo dom e boa dádiva. Um dom de Deus, como a sabedoria que torna uma pessoa espiritualmente madura (v.4), não pode ser recebido pelo crente através de esforço humano. Quem o distribui é Deus.  Este dom é fruto da graça do Pai para nós.
Num tempo onde o ascetismo religioso tende a tirar o foco da glória de Deus e da sua benignidade, tornando o ser humano “digno” do céu, precisamos lembrar que a nossa vida espiritual não depende de disciplinas humanas para receber dádivas de Deus. Depende de um relacionamento livre, espontâneo e sincero com o Pai das Luzes mediante o seu Filho, Jesus Cristo, e na força do Espírito Santo.
3. A origem de tudo o que é bom está no Pai das Luzes. Ao escrever que “toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto”, Tiago declara que apenas as boas virtudes vêm de Deus.
Não há sombra de variação no Pai das Luzes, isto é, nEle não há momentos de trevas e outros de luzes. Só há luz. Ele não muda e é bom!  Não faz o mal aos seus filhos (Lc 11.11-13). Infelizmente, muitos têm uma visão turva de Deus como se Ele fosse um carrasco pronto a castigar-nos na primeira oportunidade. Não devemos falar sobre o Pai desta maneira, lembremo-nos do ensinamento joanino que fala sobre sermos defendidos e advogados por Jesus, o Filho de Deus (1Jo 2.1,2).
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Tudo o que é bom vem de Deus, pois nEle não há momento de bondade e maldade. Ele é sempre bom!
III – PRIMÍCIAS DE DEUS ENTRE AS CRIATURAS (Tg 1.18)
1. Algo que somente Deus faz. A regeneração é um milagre proveniente do Pai das Luzes, segundo a sua vontade (v.17). Foi Ele que nos gerou pela Palavra da Verdade.
Ser gerado de novo é uma ação realizada exclusivamente pelo Pai das Luzes através do Santo Espírito. Ele limpa o homem dos seus pecados (Is 1.18), dando-lhe perdão e implantando-lhe um novo caráter.
Aqui, acontece o que o nosso Senhor falou aos seus discípulos: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo 14.23). O Pai é a fonte de nossa vida espiritual (Jo 1.12,13).
2. A Palavra da Verdade. Naqueles dias, parte da igreja estava dispersa, sofrendo muitas tribulações. Para superá-las era preciso uma inabalável convicção de que, apesar das lutas, ela não havia deixado de ser as primícias do Senhor entre as criaturas.
Por esse motivo, Tiago enfatiza a expressão “Palavra da Verdade”. Fomos gerados e enxertados pela Palavra que salva a nossa alma (v.21). Assim, a despeito de todas as circunstâncias difíceis da vida, podemos aplicar essa verdade afirmando que somos filhos de Deus, as primícias entre as criaturas do Senhor.
3. O Propósito de Deus. A salvação é a maior bênção de Deus para a humanidade. O propósito divino não é primeiramente abençoar o crente com bênçãos materiais, mas fazer dele primícias de suas criaturas: os salvos pela graça mediante a fé (Ef 2.8).
No Antigo Testamento, as primícias eram a colheita do melhor fruto (Lv 23.10,11 cf. Êx 23.19; Dt 18.4). Ao referir-se às primícias, Tiago dizia aos primeiros irmãos, notadamente judeus, que eles foram escolhidos como primícias do Evangelho. Os primeiros de muitos outros que Deus havia começado a colher. Alegre-se no Senhor! Você faz parte das primícias da sua geração. Escolhido por Deus e nomeado por Ele para proclamar as virtudes do Senhor neste mundo.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
A partir da promessa da salvação, Deus colhe as suas primícias (os salvos) dentre as criaturas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Inseridos no processo de aperfeiçoamento espiritual, sofremos os mais diversos tipos de provações, independentemente de nossa posição social, econômica e cultural. Tais situações aperfeiçoam-nos e amadurecem-nos como pessoas.
Quando alguém é gerado pela Palavra da Verdade, ele é chamado pelo Pai a viver o Evangelho em fidelidade.
Não podemos nos esquecer do nosso maior desafio: fazer o Evangelho falar num mundo dominado por relacionamentos distorcidos.
Somos o Corpo de Cristo, a Igreja de Deus: a coluna e firmeza da verdade - Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade. (1 Timóteo 3:15).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2009. RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição, RJ: CPAD, 2007.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Histórico-Cultural
“Mas glorie-se o irmão abatido na sua exaltação, e o rico, em seu abatimento (1.9,10). A primeira palavra é hypsos, ‘exaltação’. A segunda é tapeinosis, ‘humildade/humilhação’. O perigo da pobreza é que uma pessoa pode invejar os ricos e sentir-se inferior, ao passo que o perigo da riqueza é que uma pessoa pode tornar-se orgulhosa e arrogante. Cada perigo é equilibrado pela perspectiva da vida, que é modelada pela fé. O pobre encontra conforto e identidade na percepção de que em Cristo ele foi exaltado até a posição de um filho de Deus. O rico recupera a humildade ao contemplar o fato de que a riqueza material é passageira, e que para vir até o Senhor ele abandonou a dependência de suas posses, aproximando-se de Deus como um homem necessitado, procurando a salvação que está enraizada na graça” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição, RJ: CPAD, 2007, p.513).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“O Nascimento através da Palavra (1.17-18)”.
Nesse capítulo de abertura, ao insistir que ‘Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto’ (v.17), Tiago está realçando dois pontos cruciais de seu argumento.
Deixa claro que um ‘dom perfeito’, tal como a sabedoria, necessário para tornar uma pessoa ‘madura’ (‘madura’ em 1.4 e ‘perfeita’ em 1.17 são traduções da mesma palavra grega, teleios), não pode ser recebido através do esforço humano, pois este vem somente de Deus.
Ao afirmar que ‘todos’ esses dons têm sua origem em Deus, Tiago está também declarando sua convicção de que somente bons dons vêm de Deus. Quando diz que Deus é o ‘Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação’, está provavelmente fazendo uma alusão a fenômenos astronômicos, tais como eclipses lunares ou solares, ou às fases da lua. Pode-se confiar que cada dom de Deus será bom e não resultará em qualquer tentação ou provação (1.13 e comentários).
A vontade de Deus difere da humana não só em sua perfeita bondade, mas também em seus efeitos. Enquanto a vontade humana, pela sua inclinação ao mal, originária de nossa natureza pecaminosa, leva a ações que irão ao final resultar em morte, a vontade de Deus leva à vida. “Na verdade, Tiago estabelece o contraste desses diferentes resultados por meio de paralelos entre os processos de três estágios que se iniciam com a vontade humana e a divina” (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição, RJ: CPAD, 2004, p.1666).


SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Gerados pela Palavra da Verdade
Qual o contexto social em que a sua igreja local está localizada? Trata-se de uma cidade nobre? Ou da periferia? Quem são os seus alunos? Como se dá a relação social entre os seus alunos? O professor não pode planejar essa lição sem antes fazer estas perguntas e respondê-las com sinceridade.
Inicie a aula descrevendo as classes sociais da Igreja do Primeiro Século. Para isso, use o Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, pois na seção bíblica de Tiago [Orgulhando-se da “Coroa da Vida” (1.9-12)], o teólogo Timothy B. Cargal procura responder como era, ou deveria ser, a relação dos crentes oriundos de distintos contextos sociais, isto é, entre os ricos e os pobres da igreja. A conclusão que o teólogo chega nesta seção da carta é que os “leitores estavam muito conscientes de sua posição, e nem sempre se aproveitavam das oportunidades para demonstrar a preocupação de Deus por aqueles que estavam necessitados (2.14-17). Já se orgulhavam de sua elevada posição, talvez por considerarem ‘ricos’, moralmente superiores, mesmo quando se identificavam com as armadilhas das posições elevadas e do poder. Até mesmo pensavam a respeito de sua salvação utilizando a imagem da sua posição social, isto é, a coroa da vida” (p.1665).
Um desastre que pode ocorrer ao crente economicamente bem sucedido é quando ele interpreta as ocorrências cotidianas da vida como “acontecimentos espirituais”. Ele faz uma teologia particular sem se importar com os outros ao redor. Por exemplo, é comum um crente atribuir a Deus a compra de um bem material dizendo “foi Deus quem me deu!”. Mas ele não pode esquecer o contexto desta aquisição. Ora, estamos num país economicamente equilibrado e que, por isso, lhe proporcionou uma linha de crédito para esse fim. Se nós não considerarmos tais realidades poderemos entrar em questões bem difíceis, tais como: Por que Deus deu um bem para um irmão e não deu ao outro? Ambos não são salvos? É preciso explicar o mal que uma teologia individualista, como a da prosperidade, pode causar a uma igreja local. Não podemos ignorar o ensino da Palavra: a de que o rico deve suprir o necessitado, e este, deve se alegrar por se achar o filho escolhido por Deus. FONTE: www.professoralberto.com.br