quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Lição 9 - 4º Trimestre 2015 - Bênção e Maldição na Família de Noé - Adultos.

Lição 09

Bênção e maldição na família de Noé
4° Trimestre de 2015
editado  INTRODUÇÃO
  I – A VINHA DE NOÉ
  II – O JUÍZO DE NOÉ SOBRE A IRREVERÊNCIA DE CAM
  III – CUMPRE-SE A MALDIÇÃO DE CANAÃ
  CONCLUSÃO 


O capítulo 9 de Gênesis, infelizmente, e por muito tempo, foi usado para amaldiçoar outros povos e raças. A “maldição contra Cam”, mais especificamente em relação a Canaã, seu fi lho, muitas vezes tem sido relacionada às pessoas de raças não-brancas, especialmente às pessoas negras. Logo, essa interpretação tem sido empregada para apoiar a suposta superioridade da raça branca, bem como a justificativa para a escravidão, que era muito comum entre alguns protestantes do passado na região sul dos EUA, na África do Sul no regime do apartheid e em muitos tipos de discriminação. É importante ressaltar esse fato, pois, no Brasil, recentemente, um conhecido pastor midiático trouxe à tona essa interpretação, trazendo grandes problemas e contundentes acusações de preconceito para os que pensam segundo essa corrente equivocada de interpretação bíblica.
Por que não se pode usar a “maldição de Canaã” para justificar, por exemplo, a miséria presente num continente como a África? Ora, em primeiro lugar, é difícil definir os “cananeus” como grupo racial específico, e ao que tudo indica, suas origens foram profundamente diversificadas. Segundo os estudiosos, possivelmente, os cananeus rumaram para a Arábia meridional e central, ao Egito, ao litoral do Mediterrâneo e à costa leste da África. Não se pode falar de um povo cananeu somente, mas de vários povos com cultura específica, língua própria etc: os jebuseus, os amorreus, os girgaseus, os heveus, os arqueus, os sineus, os arvadeus, os zemareus, os hamateus e a diversificação das famílias dos cananeus (Gn 10.15-18; cf. 15.18-21).
Nas Escrituras, o relato de Canaã foi exposto para explicar as implicações da conquista da terra de Israel no livro de Josué. De fato, a terra de Canaã, sua cultura e costumes, confrontavam diretamente a vontade e o plano de Deus. Entretanto, a maldição de Noé em relação a Cam, e especificamente ao seu neto Canaã, nada têm a ver com a África e, muito menos, com um recorte racial. Isso precisa ficar bem claro a seus alunos na classe!
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 16 - nº 64 – out/nov/dez de 2015.

domingo, 15 de novembro de 2015

Lição 7 - 4º Trimestre 2015 - A Família Que Sobreviveu Ao Dilúvio - Adultos.

Lição 07

A família que sobreviveu ao dilúvio
4° Trimestre de 2015
editado  INTRODUÇÃO
  I – DEUS ANUNCIA O DILÚVIO
  II – A CONSTRUÇÃO DA ARCA
  III – O DILÚVIO
  IV – O JUÍZO DE DEUS
  CONCLUSÃO


1ª CRIAÇÃO (Gn 1) - ADÃO2ª CRIAÇÃO (Gn 6) - NOÉ
 A terra sem forma e vazia (1.2)
 O Dilúvio faz a terra novamente ficar sem  forma e vazia (7.17-24)
 O ciclo das estações (1.14)
 O restabelecimento do ciclo das estações (8.22)
 A ordem para os seres se multiplicarem (1.27)
 Novamente a ordem para se multiplicarem (9.6)
 O Princípio de tudo (1.1)
 Um novo começo (9.1)
UMA NOTA AMARGA
 A PRIMEIRA QUEDA (Gn 3) – ADÃO A SEGUNDA QUEDA (Gn 9) - NOÉ
 A queda do primeiro casal, Adão e  Eva (3.6,7) Noé se embebeda e Cam vê a sua nudez e conta para os seus  irmãos (9.20-23)
O quadro acima mostra fatos que a narrativa de Noé destaca em relação ao texto de Gênesis de 1 a 3. Em primeiro lugar, a expressão de que “andou Enoque com Deus” (Gn 5.24) e a repetição com a pessoa de Noé - “Noé andava com Deus” (Gn 6.9) - fazem eco para uma vida de justiça e se correlacionam com Adão e Eva, o primeiro casal, que andava com Deus no jardim.
Neste sentido, a narrativa de Noé intensifica uma série de paralelos com a de Adão e Eva: 
1) A terra se torna, de certa forma, novamente sem forma e vazia (Gn 7.17-24), como em Gênesis 1.1;
2) O restabelecimento do ciclo das estações (Gn 8.22), como em Gênesis 1.14;
3) Nova ordem para a multiplicação do gênero humano (Gn 9.6), como em Gênesis 1.27;
4) Houve, então, um novo começo (Gn 9.1), como tudo começou em Gênesis 1.1. 
Entretanto, da mesma forma que Gênesis 3 narra a queda do primeiro casal, a narrativa  de Noé mostra uma “queda” que envolveu a embriaguez de Noé e a maldição do filho mais novo de Cam, Canaã. Ou seja, a história de Noé repete a história do ser humano: Criação, Queda, mas promessa de Redenção. A narrativa conclui com a bênção sobre Sem, de cuja descendência virá a redenção da humanidade.
A história do Dilúvio nos revela a chance que Deus deu para a humanidade, mergulhada em violência e corrupção, arrepender-se do mau caminho. Ela mostra que, para Deus, formar o homem conforme a Sua imagem e semelhança foi bom, apesar de tudo. O relato de Noé aponta para a pessoa bendita de Jesus Cristo, a grande “Arca” que deseja livrar mais uma vez a humanidade do caos existencial, do caos psicológico, espiritual, moral e ético, e de tudo o que força o ser humano a uma natureza que nada tem a ver com o que o Pai deseja a seus filhos. Como aconteceu nos dias de Noé, o caos insiste em aterrorizar nossa vida, mas “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1).
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 16 - nº 64 – out/nov/dez de 2015. 

Lição 6 - 4º Trimestre 2015 - O Impiedoso Mundo de Lameque - Adultos.

Lição 06

O impiedoso mundo de Lameque
4° Trimestre de 2015
editado
O relato dos capítulos 5 e 6 se refere à linhagem familiar de Adão, mais particularmente à geração de Sete. Essa genealogia faz um contraste com a linhagem de Caim descrita no capítulo anterior (Gn 4.17- 4). Neste contraste, há a presença de dois “Lameques”, um no capítulo 4 (vv.18,23) e outro no capítulo 5 (vv.28- 31). Qual a diferença entre esses dois “Lameques”? O Lameque do capítulo 4 é o da linhagem de Caim, trata-se, pois, de um homem violento e odioso, conforme o autor sagrado descreveu: “E disse Lameque a suas mulheres: Ada e Zilá ouvi a minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai o meu dito: porque eu matei um varão, por me ferir, e um jovem, por me pisar. Porque sete vezes Caim será vingado; mas Lameque, setenta vezes sete” (vv.23,24).
O Lameque do capítulo 4 cantava e entoava a impiedade e a violência. A intenção de fazer o mal pulsava em seu coração, pois Lameque matou um jovem só porque este o pisou. O Lameque do capítulo 5 é o da geração de Sete. A geração que começou a buscar a face do Senhor Deus. Esse Lameque é o pai de Noé. Diferentemente das palavras do Lameque do capítulo 4, o pai de Noé se referiu ao seu amado filho, quando o nomeou, assim: “E chamou o seu nome Noé, dizendo: Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o SENHOR amaldiçoou” (Gn 5.29). Este Lameque conhecia bem ao Senhor e sabia que a terra estava cheia de violência.
Entretanto, ele depositou a sua esperança no seu filho, pois sabia que Noé agradaria o Senhor seu Deus. Enquanto o Lameque do capítulo 4 simboliza a violência, o ódio, a desesperança, o mundo entregue ao mal, o plano de Caim que aprofundou o mal sobre a terra com a devassidão moral, a violência ilimitada e a terrível resistência à graça divina; o Lameque do capítulo 5 representa a esperança, o consolo de Deus a uma geração. Este Lameque é o Lameque que não prosperou em maldade, mas em bondade, misericórdia e consolação. Por intermédio de Lameque, o pai de Noé, chegou o livramento de Deus para a humanidade. Lembremos de que Jesus de Nazaré é da linhagem de Noé. No Dilúvio, o plano de Deus apontava para o plano maior dEle para o mundo: a Cruz do Calvário.
 LAMEQUE O FILHO DE CAIM (Gn4)  LAMEQUE, O PAI DE NOÉ (Gn 5)
 Cantou o ódio, entoou a morte (v.23);Cantou o amor, entoou a vida (v.28,29);
 Matou homens (v.23);
Gerou vida para o bem da humanidade
(v.29);
 Só pensava em vingança (v.24). Só pensava em vida (v.29).
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 16 - nº 64 – out/nov/dez de 2015.