segunda-feira, 25 de julho de 2016

Lição 05 - 3º Trimestre 2016 - A Evangelização Urbana e suas Estratégias - Adultos.

Lição 05

A Evangelização Urbana e suas Estratégias
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-LBP-3-Tri-2016 Page 1
INTRODUÇÃOI – ESTRATÉGIAS URBANAS DE EVANGELISMO
II – OS DESAFIOS DA EVANGELIZAÇÃO URBANA
III – COMO FAZER EVANGELISMO URBANO
CONCLUSÃO
No século 21, há um desafio imenso para a Igreja de Cristo: evangelizar a sociedade urbana. Por isso, é importante, a partir da lição estudada, nós refletirmos sobre as razões de uma evangelização de grande porte numa sociedade urbana e o meio de evangelização.
A mensagem de Jesus deve ser apresentada a todos
Um dos requisitos necessários à evangelização é a capacidade de quem evangeliza compartilhar, publicar, espalhar e anunciar uma notícia boa e nova para todo o ser humano, declarando que ela é relevante e verdadeira. A boa nova é a mensagem de nosso Senhor. Ela foi anunciada ontem pelos santos apóstolos, é anunciada hoje pela igreja visível do Senhor e, até a vinda de Jesus Cristo, será anunciada sempre.
O conteúdo da mensagem
O que pregar na evangelização? Ora, o conteúdo da mensagem de quem evangeliza passa inevitavelmente pelo tema da salvação, que é o anúncio de que Deus está consertando alguma situação destruída ou completamente equivocada. Imediatamente esse processo pode ser descrito pela Perdição, ou seja, o ser humano não sabia que algo de errado havia acontecido com ele, mas que por intermédio da encarnação de Jesus Cristo, da crucificação de nosso Senhor e a da ressurreição do nosso Rei, o ser humano teve o caminho livre para adentrar, pelo nome de Jesus, ao “Trono da Graça de Deus”. Portanto, salvação e perdição, vida e morte, resgate e pecado são temas recorrentes da verdadeira mensagem do Evangelho passando inevitavelmente pelo acontecimento temporal e atemporal da encarnação, crucificação e ressurreição de nosso Senhor.
Os meios de Evangelização
Esta é uma questão importantíssima, pois a despeito da urgência e da necessidade de comunicarmos o Evangelho para uma sociedade urbana, os fins não podem justificar os meios da evangelização. Há algumas práticas inaceitáveis: usar assistência social como “isca”; pressões psicológicas numa “evangelização” centrada nos benefícios da fé; promessas falsas e utópicas para o fim do sofrimento. Estes são exemplos do que não se pode ser feito em nome da “urgência evangelística”. Por isso, os meios de evangelização devem ser usados da maneira mais natural possível. Os instrumentos mais atuais e disponíveis são a mídia eletrônica, impressa, artísticas e o mais poderoso de todos: o relacionamento pessoal.
Que Deus use sua Igreja para discernir o melhor meio de comunicar o Evangelho!
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 67 – julho/agosto/setembro de 2016. 

Lição 05 - 3º Trimestre 2016 - Predições de Juízo e Glória - Jovens.

Lição 05


PREDIÇÕES DE JUÍZO E GLÓRIA (4.2-6)
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-JOVENS-PROFESSOR-3TRIINTRODUÇÃOI – O JUÍZO DE DEUS
II – A GLÓRIA DO RENOVO DO SENHOR
III – A PROTEÇÃO DO SENHOR
CONCLUSÃO
Um grande desafio do ponto de vista humano é compreender como Deus pode, ao mesmo tempo, executar um juízo que traga choro, dor e lamento e também, um amor imensurável, e em grande misericórdia providenciar renovo e abrir o caminho para a redenção, a proteção e a glória. O homem, ao rejeitar o amor de Deus, abre os braços a escolhas que tem consequências nos tempos presente e futuro. É nesse contexto que o juízo de Deus se faz necessário, mas há no tempo atual, assim com nos dias de Isaías uma importante missão a ser cumprida. Naqueles dias, o profeta foi a voz que clamava, nos dias atuais cabe a Igreja ser a voz profética que anuncia que é preciso arrependimento e restauração.
I – O JUÍZO DE DEUS
Antes de enviar seu juízo Deus havia mostrado claramente ao povo que não deveriam agir de forma contrária ao seu amor. Deus, sempre movido por amor e misericórdia, buscou estabelecer alianças com o seu povo, levantou vozes para que trouxessem palavras de retidão, realizou maravilhas e supriu as necessidades. A lista de intervenções é imensa, desde pão do céu, o mar que se abrindo, as muralhas indo ao chão, até palavras proféticas de homens ungidos. Porém, nada disso conseguiu manter o povo de Israel longe do pecado. Bastou o tempo passar e os milagres “esfriarem” para que o povo começasse a abandonar seus princípios e imergisse em uma série de abominações.
Por isso, Deus alertou por intermédio do profeta contra a corrupção dos governantes e a violência. A substituição do Senhor pelas riquezas; a ganância; o suborno recebido pelo juiz; a exploração dos trabalhadores para a manutenção do luxo no palácio, do rei, da corte e do templo; a concentração de riquezas nas mãos de poucos; o empobrecimento da população; a administração fraudulenta; a impunidade e a opressão. Tudo isto característica do afastamento sistemático do amor e do cuidado de Deus, dando as costas a ele, e na prática querendo afirmar que não precisariam dele nem de suas ordenanças para organizarem suas vidas.
Multidões são vítimas dessas condições onde o coletivo cada vez tem menos importância e o individualismo é a palavra de ordem que lança um contra os outros sem piedade, em uma realidade de dor e solidão. Essa é a plataforma ideal para que se estabeleçam injustiças e se viole o direito e a dignidade do próximo, ou seja, são as condições para a prática de todo pecado, este latente no coração humano esperando apenas a oportunidade de se mostrar.
II – A GLÓRIA DO RENOVO DO SENHOR
Nesse ponto da profecia há uma referência tanto à época em que ela fora proferida quanto a um tempo muito posterior, em um tempo já escatológico. Para os estudiosos do texto bíblico, Isaías ao falar do Renovo do Senhor está se referindo ao Messias que seria rejeitado pelo povo de Israel, mas aceito ao final de muito aperto.
Ao apontar para o contexto imediato, faz-se referência à invasão babilônica que durante muitas décadas assolou todo o mundo conhecido de então promovendo a destruição de reinos e cidades e ampliando o seu poder. Talvez nesse momento, quando eram levados cativos, muitos dos que choravam começaram a repensar seus atos e como estavam fora dos propósitos estabelecidos por Deus, porém tarde demais.
III – A PROTEÇÃO DO SENHOR
O profeta Isaías evoca a proteção do Senhor sobre seu povo lembrando-os da nuvem de dia e da coluna de fogo durante a noite que os acompanhou durante os quarenta anos no deserto. Tendo isto em mente é que o profeta afirma: “Criará o Senhor sobre toda a habitação do monte de Sião e sobre as suas congregações uma nuvem de dia, e uma fumaça, e um resplendor de fogo chamejante de noite; porque sobre toda a glória haverá proteção. E haverá um tabernáculo para sombra contra o calor do dia, e para refúgio e esconderijo contra a tempestade e contra a chuva.” (Is 4.5). Trata-se de uma recordação agradável para o povo de Deus, pois evoca o cuidado Dele durante o calor do sol diário para não queimar o povo e da escuridão e do frio da noite trazendo proteção e calor, respectivamente.
O profeta Isaías trouxe ao povo a lembrança do cuidado de Deus quando na travessia do deserto com a finalidade de afirmar que de forma mais gloriosa ainda, a mesma proteção será presente para o povo de Deus. Essas expressões trazidas pelo profeta estão, obviamente, em sentido figurado e remetem para um tempo futuro, no reinado messiânico, em que Deus protegerá seu povo de forma miraculosa contra todos os inconvenientes, tanto da natureza quanto de seus inimigos, mas além desta proteção, fornecerá provisões de calor durante a noite e sombra durante o dia (Is 4.6).
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Claiton Ivan Pommerening.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Lição 04 - 3º Trimestre 2016 - O Juízo de Judá e de Jerusalém - Jovens.

Lição 04

O JUÍZO DE JUDÁ E DE JERUSALÉM (3.1-4.1)3° Trimestre de 2016
1-CAPA-JOVENS-PROFESSOR-3TRIINTRODUÇÃOI - A INJUSTIÇA E A OPRESSÃO DE UM POVO
II - A ARROGÂNCIA QUE CEGA
III - A MISERICÓRDIA E A JUSTIÇA DE DEUS
CONCLUSÃO
A paciência de Deus com o povo chegou ao fim nestas profecias, apesar de inúmeras advertências e avisos o coração se endureceu sempre mais, assim não restou outra coisa a não ser deixar o povo cair no próprio poço que cavaram, haveria ingovernabilidade, gemidos e desolação. Além disso, o profeta descreve em detalhes toda a injustiça, opressão, vaidade e ostentação praticadas.

I - A INJUSTIÇA E A OPRESSÃO DE UM POVO
O colapso da nação era iminente para Isaías, por haverem pervertido o juízo ou trocado o que seria justo pelo injusto. Situações como esta sempre acabam prejudicando aqueles que não têm como se defender como o fraco, o pobre, o órfão e a viúva (Is 1.17; 23). Os líderes privaram os pobres e oprimidos da justiça e ainda roubaram o órfão e a viúva (Is 3.14; 10.2). Os tempos de prosperidade de Judá trazem junto sua apostasia, embora a prosperidade não seja necessariamente má.
Em decorrência deste enfoque, pode-se considerar, diante das injustiças em todos os níveis da sociedade de Judá denunciadas pelo profeta, que essa prosperidade não vinha do Senhor, mas a partir da exploração do pobre. As autoridades de Judá viviam uma anarquia no governo (Is 3.4), os governantes agiam de forma imprudente, corrupta e leviana (Is 3.12), quem tinha chances de oprimir alguém, o fazia deliberadamente (Is 3.5) e se instalou o desrespeito contra o idoso (Is 3.5). As autoridades de Judá promoviam a injustiça e, consequentemente, a desigualdade social.
As autoridades e líderes de Judá tiravam proveito de sua posição privilegiada, para se enriquecer. Estabeleceram-se, então, práticas contrárias a justiça de Deus. Contudo, usavam o nome do Senhor para enfatizar a prosperidade de Judá. A respeito disto, tomavam o nome do Senhor em vão (Ex. 20.7). Assim, o profeta acusava as autoridades e os líderes de Judá, por intermédio da profecia, que eles estavam roubando, esmagando e explorando os pobres (Is 3.14-15). A este respeito Deus ordena a seu povo de fazer valer a justiça em benefício daqueles que não têm voz (Pv 31.9), visto que o Senhor se levanta de seu trono devido a opressão do necessitado e do gemido do pobre, para trazer segurança aos que o anseiam (Sl 12.5). Os pobres também pertencem ao povo de Deus, por este motivo Ele defende a causa dos necessitados e castiga aqueles que defraudam o povo, por meio da extorsão.
A igreja tem a capacidade e responsabilidade dadas pelo Espírito Santo, sendo ela a representante do Reino de Deus e uma das repostas de Deus ao mundo que sofre, de profetizar contra as injustiças nas esferas sociais, políticas, religiosas e econômicas. Os mecanismos de denuncias podem ser efetivados em decorrência da política e da denúncia profética, como fez Isaías, como também por meio de ações sociais que combatam as injustiças, os problemas e os sofrimentos do povo em sua origem. Todo este mal deve ser combatido pela prática do bem.
II - A ARROGÂNCIA QUE CEGA
O profeta descreve de forma clara que os atos de Jerusalém e Judá eram praticados em rebelião contra Deus, mesmo os líderes sabendo que o Senhor estava contemplando seus atos, o desafiavam em público. As lideranças políticas de Judá e Jerusalém chegaram à certeza de que poderiam viver tranquilamente sem o Senhorio de Deus. A elite da religião e os anciãos, que eram tidos como pessoas de respeito, achavam-se em conluio com o poder político. E estando ensoberbecidos, agiam como se Deus não existisse e se pelo menos Ele existisse, era uma pessoa desprezível e passível de ser zombada, estando presente a contemplar os atos e palavras de escárnio. O resultado dessa arrogância é o desprezo pelas pessoas mais fracas, explorando-as como se não fossem a imagem e semelhança de Deus. O roubo aos pobres é denunciado pelo profeta de maneira veemente, delatando a prática de tirar o alimento da mesa dos necessitados (Is. 3.14-15).
A arrogância ou orgulho é um pecado tão antigo e ao mesmo tempo tão atual que infecta a alma de cada geração de seres humanos. É um atrativo castelo de pedras que resiste à idade do homem. Se trata de uma fortaleza invencível para qualquer indivíduo que tem a petulância de escalá-la. A principal arma do orgulho é o poder. O desejo de poder foi o cerne da tentação no Éden. A violação do poder consiste em pensar que se sabe ou pode mais do que Deus. O poder que Deus confere ao homem na criação é a capacidade de cuidar e gerir a natureza. Mas o homem em pecado viola esse princípio quando quer estender seu domínio aos outros homens ao ponto de controlar e explorar seus semelhantes.Em nome de Deus adquire-se com facilidade o domínio dos corpos e consciências dos outros indivíduos. Depois de ter o coração embriagado pelo poder, o indivíduo não o devolve mais, é preciso ser tirado dele.
A idolatria é um pecado resultado do orgulho não só a partir da veneração aos outros deuses, mas reside também no fato de criar um deus que atenda as paixões e desejos humanos. Assim, criar um deus que atenda todas as expectativas humanas é o desejo do indivíduo em pecado, pois em rebeldia ao senhorio de Deus, a fantasia pelo desejo de independência o impele aos ídolos, que figuram a fonte dos caprichos pecaminosos do homem. Tem-se um deus passível de ser controlado e que atende todos os desejos egoístas da humanidade, esse deus se torna como nós. Essa é a procura humana pelos ídolos que nada são (1 Co. 8.4), com objetivo de se tornar igual a Deus. O orgulho tende ao acúmulo de poder e tira proveito, explora e usa pessoas como objetos. Pode-se chamar isto de cultura narcisista. O narcisista fantasia um conceito elevado dele mesmo, imagina-se com ilimitado poder, inteligência, beleza, amor e sucesso.

III - A MISERICÓRDIA E A JUSTIÇA DE DEUS
A prosperidade da elite dominante de Judá custou um alto preço, a espoliação e a opressão do pobre. A consequência desta atitude das autoridades e líderes de Judá se estabelecia no juízo iminente de Deus. Paulo destaca a atitude de Jesus como exemplo de proceder de todos os seus seguidores. Ele comenta que, embora Jesus sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! (Fp 2.6-8). Deste modo, Jesus conseguiu expressar toda sua humanidade, baseada na humildade, pois ele é manso e humilde de coração (Mt 11.28). A humildade é símbolo da dependência de Deus. A partir deste conceito pode-se entender o discurso de Jesus sobre quem é o maior no Reino dos céus. Ele disse: “portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus.” (Mt 18:4). Assim, quem não se tornar humilde e dependente do pai como criança não poderá entrar no Reino de Deus (Mt 18.3).
Deus reage contra a injustiça, visto que a justiça faz parte da natureza de Deus (Sl 145.17). A respeito disto, no contexto das escrituras vetero e neotestamentárias, o que é creditado como justiça não são as obras, mas sim a fé (Gn 15.6). Essa justiça pela fé produz obras na vida do justo em decorrência da graça de Deus. Este conceito é evidenciado pelo profeta Habacuque (Hb 2.4) e na teologia paulina (Rm 1.17). O justo viverá da fé. O profeta de Deus é também porta-voz de uma mensagem que anuncia, denuncia e alerta diante de situações presentes e conhecidas e neste capítulo o profeta denunciou a injustiça e a arrogância. Que nossos corações sejam humildes diante de Deus para reconhecer quando precisamos de arrependimento, que nossa dependência de Deus seja evidente em atitudes, palavras e pensamentos, e que ao mesmo tempo sejamos jovens profetas que sabem fazer frente com sabedoria às injustiças do mundo.
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Claiton Ivan Pommerening.

Lição 04 - 3º Trimestre 2016 - O Trabalho e Atributos do Ganhador de Almas - Adultos.

Lição 04

O trabalho e atributos do ganhador de almas
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-LBP-3-Tri-2016 Page 1
INTRODUÇÃOI – EVANGELISTA, GANHADOR DE ALMAS
II – ATRIBUTOS DE UM EVANGELISTA
III – O TRABALHO DE UM EVANGELISTA
CONCLUSÃO
Amar sem reservas a pessoa toda e não economizar esforços para alcançá-la em todas as esferas da sua existência é a razão da vida de todo evangelista. Este é o portador das Boas Novas, o arauto do Reino de Deus numa sociedade dominada pelas ideias e cosmovisões que afrontam o propósito do Altíssimo para a humanidade. Amar, amar, amar... É a palavra-chave do evangelista!
Antigo e Novo Testamento: a fundamentação bíblica do ministério do Evangelista
No Antigo Testamento, o ministério que lembra o do Evangelista neotestamentário é o de Profeta. A palavra hebraica que aparece em Isaías 40.9 e 52.7 traz a ideia de “mensageiro” e “pregador”. Note que o ministério do profeta veterotestamentário visava convencer o rei ou o povo dos seus pecados e os estimulava a fazer o caminho do arrependimento em amor e sinceridade.
Em o Novo Testamento, o ministério de Evangelista é apresentado claramente pelo diácono Filipe. O livro de Atos nos conta que este evangelista evangelizou uma cidade inteira: Samaria (At 8.4-7), além de levar o maior tempo individualmente com o eunuco (At 8.26-40). “Entendes o que lês?”, foi a pergunta do evangelista ao eunuco. Percebendo a inabilidade do eunuco com as Escrituras, o evangelista passou-lhe a explicar a Escritura.
Sagradas Escrituras: o fundamento de quem evangeliza
Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento nos mostram que as Escrituras Sagradas são o fundamento do evangelista. O seu trabalho vai desde o anúncio do Evangelho à integração do novo convertido, passando obrigatoriamente pela apologia da fé evangélica. Essas frentes de trabalho passam pelas Escrituras como o esteio do ministério do evangelista. A Igreja de Cristo precisa de evangelista carismático que honrem a Deus e ame o próximo.
O Evangelista consciente do seu ministério
Não nos referimos aqui necessariamente a um ministério baseado na itinerância, até porque a itinerância contemporânea se dá muito mais para ministrar a crentes do que para ministrar entre não crentes. Portanto, a itinerância do evangelista é fundamentalmente uma itinerância secular, no sentido de encontro com os seculares, com os não crentes, os que não conhecem o Evangelho. O evangelista consciente do seu ministério não é necessariamente midiático, mas comunitário. Ele vai de comunidade em comunidade, rua a rua, casa a casa, pessoa a pessoa. Ele vai a lugares que ninguém vai. Ele prega onde Cristo nunca foi anunciado.
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 67 – julho/agosto/setembro de 2016. 

Lição 03 - 3º Trimestre 2016 - O Dia Do Senhor - Jovens.

Lição 03

O DIA DO SENHOR (2.1-22)3° Trimestre de 2016
1-CAPA-JOVENS-PROFESSOR-3TRIINTRODUÇÃOI – A ALTIVEZ ORIUNDA DA PROSPERIDADE
II – O DIA DO SENHOR PARA ISRAEL
III – O DIA DO SENHOR PARA A IGREJA
CONCLUSÃO
De acordo com Soares, o termo hebraico para “dia” é yom, que pode significar “dia” literalmente (Jó 3.3) ou até período de tempo (Gn 2.4). Assim, segundo ele, o dia do Senhor indica o período reservado por Deus para o “acerto de contas” com todos os moradores da terra. Gerhard von Rad, estudioso do Antigo Testamento, analisa as imagens que acompanham esse dia escatológico, e conclui que o mesmo remonta às guerras santas do Senhor, ou seja, este dia se refere à ocasião em que Jeová aparecerá pessoalmente para aniquilar seus inimigos.
Portanto, não existe uma única definição da natureza do dia do Senhor na literatura profética, mas, diversos aspectos e imagens bíblicas que descrevem esse dia. Contudo, a principal ideia está relacionada ao grande julgamento e restauração do reino do Senhor. Também, podemos observar em Sofonias 1.15,16, uma das mais completas descrições do dia do Senhor. Assim, lemos que o dia de Jeová é:
a) Um dia de ira;
b) Um dia de aflição e angústia;
c) Um dia de ruína e devastação;
d) Um dia de trevas e escuridão;
e) Um dia de trombeta e grito de guerra.
Em Isaías, o dia do Senhor se refere principalmente à intervenção divina contra a altivez humana, expressadas no apego excessivo às riquezas e a desvios morais que culminaram em corrupção e idolatria, mas também diz respeito às histórias de proezas e grandes feitos de Deus intervindo milagrosamente na história do seu povo, Israel (Is 2.6-9, 17-18). Nesse caso de Isaías, o dia do Senhor, primeiramente alude à Judá e Jerusalém, mas, também se aplica aos últimos dias, pois a maioria das profecias bíblicas tem um cumprimento imediato e um cumprimento remoto, ou seja, aplicam-se num período de tempo próximo, mas também são aplicáveis há tempos mais distantes e escatológicos. 
I – A ALTIVEZ ORIUNDA DA PROSPERIDADE
O desenvolvimento econômico acabou não sendo visto como bênção de Deus; na realidade acabou se tornando em pedra de tropeço para o povo, uma vez que os induziu a cometer uma série de pecados: corrupção, mentira, arrogância, idolatria, enriquecimento ilícito, injustiças sociais e toda sorte de perversão advinda de uma má compreensão da prosperidade, que resultou numa má utilização da mesma (Is 2.8-12). O que sucedeu com o povo de Israel é que os reis e suas mais altas autoridades acumularam para si riquezas desnecessárias, mediante a prática de injustiças, indo contra o mandamento de Deus, o que fez com que seus corações se corrompessem. Frequentemente as riquezas excessivas apartam o coração humano da confiança em Deus (cf. Lc 12. 13-21; 34).
Com a riqueza, em alguns casos, vem a corrupção. Na verdade a corrupção vem desde os primórdios da humanidade, pois segundo a Bíblia, se manifesta já na queda da humanidade no pecado (Gn 3). Neste episódio, aprendemos que a corrupção está ligada com a cobiça, diz respeito a não satisfação com o que se tem e, portanto, resulta em todo tipo de ação (ainda que desonesta) para obter o que se não tem. O famoso “jeitinho brasileiro”, em muitos casos, pode ser uma forma disfarçada de corrupção, embora possa ter conotações positivas da cultura brasileira.
Lemos nos Evangelhos, que por diversas vezes Jesus foi tentado pelo diabo a se corromper, por meio da ganância, da fama e da celebração do poder. Todavia, Jesus não “se desviou com os assuntos deste mundo”, Ele permaneceu fiel à missão recebida do Pai celestial (Mt 4.1-11). Dessa maneira, se tornou modelo para todos àqueles que pretendem fazer a diferença no mundo, não se permitindo, assim, ser moldados pela corrupção do mundo (Rm 12.1-2).
II - O DIA DO SENHOR PARA ISRAEL
Assim, o povo de Deus seria finalmente vingado, por todos os sofrimentos impostos pelas nações pagãs, que lhe dominaram, resultando em más condições econômicas, sociais e políticas (Is 2.4). Sendo assim, esse dia possui aspectos políticos, tanto quanto espirituais. Na realidade, na perspectiva profética do Antigo Testamento, não se separa política e vida religiosa, ambas se encontram entrelaçadas. Mas este dia também representa a justiça de Deus sobre seu próprio povo que havia se apartado do culto verdadeiro e praticado os pecados descritos no tópico I, portanto, seria um dia de muito sofrimento para o povo de Deus.
No capítulo 1, o Senhor diz que a adoração de Israel não é autêntica. O Senhor não tem prazer nos animais que eles sacrificam. Quando o rito externo da religião, não vem acompanhado de atitude sincera e verdadeira do coração, o resultado só pode ser o descontentamento divino (Is 1.13-15). O profeta denuncia a idolatria de Israel, em que a criatura é servida como se fosse Deus (Is 2.8-9). Ainda, hoje, muitos entre a humanidade adoram obras feitas por mãos humanas, em explícita ofensa ao Criador, o único digno de adoração. Esta descrição profética de acusação de Israel pode ser relacionada ao materialismo atual, onde o ser humano atribui grande valor aos objetos materiais, em detrimento das pessoas.
Também, em nossos dias há apreço apenas pelos ricos e afamados, e, assim, a soberba humana é cultivada e Deus é desprezado. Mas, chegará o dia do Senhor, em que a glória da sua majestade afugentará os pecadores. Nesse dia os soberbos serão abatidos e humilhados. Há em todo o mundo um clima de guerra iminente no ar, especialmente, com o crescimento da tensão entre o Oriente e o Ocidente, devido aos crescentes atentados por parte de grupos extremistas islâmicos, etc. Portanto, o medo está por toda parte, não há paz no mundo. Mas, no futuro prometido pelo Senhor, ninguém mais precisará temer a guerra. Não se investirá mais recursos econômicos em ferramentas que fomentam a morte e o medo porque reinará o príncipe da paz, Jesus Cristo.
III - O DIA DO SENHOR PARA A IGREJA
Ao longo da tradição cristã o dia do Senhor é frequentemente associado à segunda vinda de Cristo. A principal perspectiva cristã é a pré-tribulacionista, ou seja, acredita na obra de Cristo que removerá a sua Igreja do mundo antes da grande tribulação. A tribulação será uma das formas de manifestação do juízo de Deus para com aqueles que não viveram segundo sua palavra.Mas antes desse dia, a igreja é desafiada a enxugar o choro dos que choram, porque no reino futuro não haverá choro, pregar o evangelho para os aprisionados porque o reino de Deus é de liberdade, a restaurar famílias porque o reino de Deus é de restauração, a pregar e viver a justiça porque o reino de Deus é de Justiça.
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Claiton Ivan Pommerening.

Lição 3 - 3º Trimestre 2016 - Igreja, Agência Evangelizadora - Adultos.

Lição 03

Igreja, Agência Evangelizadora.
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-LBP-3-Tri-2016 Page 1
INTRODUÇÃOI – A FUNDAÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA
II – A MISSÃO PRIORITÁRIA DA IGREJA
III – ANTIOQUIA, IGREJA MISSIONÁRIA
CONCLUSÃO
A Teologia Sistemática classifica a Igreja de Cristo com dois conceitos que se encontram nas Escrituras: igreja visível e igreja invisível. A igreja visível está identificada com aquele grupo de pessoas que se reúnem em nome de Jesus em várias partes do globo terrestre. É a igreja geográfica, étnica, forjada num tempo, numa história e numa cultura. É a igreja que celebra a Cristo em várias partes do planeta (cf. At 2.1; 13.1,2). Em relação à igreja invisível, as Escrituras Sagradas se referem a ela como a Igreja, Corpo de Cristo, formada por milhares de pessoas de todos os tempos e lugares. Essa Igreja é atemporal e sem limites geográficos. Nela, estão presentes crentes do passado, do presente e do futuro. A Bíblia chama essa Igreja de o Corpo Místico de Cristo; nome dado à Igreja Universal que Jesus fundou, onde Ele se fez o “cabeça” da Igreja, a “pedra de esquina”.
Uma comunidade escatológica e pentecostal
O Corpo de Cristo, a Igreja, nasceu historicamente no dia de Pentecostes, conforme narrado pelo evangelista Lucas, em Atos capítulo 2. Aquele evento foi posterior ao questionamento dos discípulos a Jesus Ressurreto acerca do futuro, principalmente a restauração do reino ao povo judeu (At 1.6-11): “Senhor, quando restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?”. A resposta a essa pergunta desembocou na grande promessa feita a respeito da volta do Senhor: “Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o viste ir” (v.11). A Igreja é uma comunidade escatológica porque ela nasceu historicamente debaixo da promessa da vinda do nosso Senhor. Uma promessa confirmada também no Pentecostes, conforme a profecia de Joel pronunciada pelo apóstolo Pedro em sua pregação à multidão (Jl 2. 31,32; At 2.20,21). Judeus de diversas partes do mundo ouviram aquela mensagem poderosa.
A Igreja de Cristo é pentecostal porque historicamente nasceu sob o derramamento do Espírito Santo (At 2.1-13). Num pequeno cenáculo, pessoas foram cheias do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, a profetizar e a tomar uma consciência de coragem e ousadia para proclamar as maravilhas de Deus à humanidade (At 2.14-36). Por isso, a natureza da atividade evangelística da Igreja deriva dessa consciência escatológica e pentecostal que produziu quebrantamento e uma conversão nunca dantes vista por aquela comunidade (v.37). O Evangelho tomara a mente e os corações das pessoas!
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 67 – julho/agosto/setembro de 2016. 

Lição 2 - 3º Trimestre 2016 - O Contexto da Profecia de Isaías - Jovens.

Lição 02

O contexto da profecia de Isaías3° Trimestre de 2016
1-CAPA-JOVENS-PROFESSOR-3TRIINTRODUÇÃOI - CONTEXTO HISTÓRICO-POLÍTICO
II - CONTEXTO ECONÔMICO E SOCIAL}
III - CONTEXTO RELIGIOSO
CONCLUSÃO

Entender o contexto de um livro é um dos caminhos principais para perceber com melhor profundidade a riqueza do seu conteúdo. Conhecer o contexto demonstra o interesse profundo do interprete de qualquer livro ou mensagem. Quando nos referimos ao contexto de um texto, em outras palavras estamos buscando querendo saber sobre o ambiente que nasceu um determinado texto. No nosso caso em particular, a referência é o ambiente em que nasce o texto Bíblico. 
A imponência da linguagem dramática de Isaías, a profundidade de seus temas teológicos, o vigor da sua leitura sobre a história do povo israelita, justificam o fato de pregadores, teólogos e poetas, descreverem que os 66 capítulos do livro constituem uma peça fundamental dos livros proféticos do Antigo Testamento. Apesar de existirem outros profetas importantes, Isaías inaugura a tradição dos profetas literários. Portanto, todo o contexto a ser analisado, compreende o cenário político, social e religioso desse período de tempo.
Como ele era escriba ou cronista oficial do rei Uzias, fato que pode justificar o conhecimento que o profeta tem do cenário político do mundo de sua época, Isaías transitava com facilidade em círculos oficiais do governo de Israel. Enquanto Amós e Oséias atuaram no reino do Norte, Isaías é o primeiro profeta literário que atua no reino do Sul. No entanto, sua mensagem se dirige às duas casas de Israel (cf. Is. 8.14).
I - CONTEXTO HISTÓRICO-POLÍTICO.
A partir do oitavo século a.C., já não havia uma nação unificada em Israel. As questões políticas resultantes das desavenças na sucessão política de Israel após o período do Rei Salomão, geraram divisões na nação. Surgiu o Reino do Norte sob a liderança de Jeroboão e o Reino do Sul sob a liderança de Roboão.
Quanto a política interna do reino do Sul, o livro de Isaías está situado num percurso sucessivo de diferentes reis, com diferentes estratégias políticas e diferentes posições quanto a obediência à voz de Deus. A história de cada um desses reis, que também estão narradas nos livros de 1 e 2 Crônicas e 1 e 2 Reis nos revelam a relação muito próxima que Israel tinha entre o reinado político e a Aliança com Deus. As duas coisas caminhavam juntas, estavam diretamente ligadas uma a outra, pois uma afetava diretamente a outra.
Dois impérios mundiais servem de pano de fundo para as profecias de Isaías, o assírio e o babilônico. O primeiro comandado por Tiglate-Pileser III teve uma imbatível máquina de guerra. Por cerca de 130 anos aterrorizaram não apenas os habitantes de Israel e Judá, mas todo o Oriente Médio até o surgimento do Império da Babilônia. O rei assírio levantou um cerco em Jerusalém e em 732 a.C., atacou o rei de Damasco, Rezim, destruindo a cidade de forma que nunca mais se tornou significante nos tempos do Antigo Testamento. O sucessor de Tiglate-Pileser foi o rei Salmaneser V que reinou entre 727 a. C. a 722 a.C. Um de seus principais feitos foi a tomada de Samaria (Reino do Norte) em 722 a.C..
Os Assírios tinham um programa de deportação dos povos conquistados que foi criado para destruir o senso de nacionalismo ou identidade política. O objetivo era a mistura dos povos estrangeiros em um grande império étnica e politicamente genérico, para evitar revoltas. E isso aconteceu com o Norte de Israel, também chamado de Samaria.
Com a queda do império Assírio surge o império babilônico teve seu apogeu de 614 a.C. a 539 a.C. Um de seus principais reis foi Nabucodonosor II (604 a.C. a 562 a.C.), este conquistaria Judá e levaria o povo de Deus para o cativeiro em três levas distintas.
Dois acontecimentos importantes servem de foco para os capítulos 1 a 39 do livro de Isaías: a invasão a Israel pelo rei assírio Tiglate-Pileser III que serve de pano de fundo para a leitura principalmente dos capítulos 7 a 12, sendo a destruição de Damasco o principal acontecimento. O segundo acontecimento foi a tentativa de invasão de Senaqueribe ao reino de Judá, em 701 a.C., que resultou no envolvimento de Ezequias na coligação antiassíria. Isso causou a destruição de várias cidades fortificadas de Judá e o cerco de Jerusalém.
De modo didático, podemos dividir as profecias de Isaías em três períodos diferentes: inicialmente os oráculos foram para o período dos reis de Jerusalém, dentro do contexto em que ele vive (Is 1-39), com reis que foram tementes a Deus como Ezequias, mas também com reis que incentivaram a idolatria como Acaz. O segundo momento é direcionado ao anuncio de consolo e esperança para superarem as dificuldades e aguardarem o retorno com confiança em Deus (Is 40-55); e um terceiro momento é quando o povo voltaria do cativeiro para Jerusalém, predizendo um período de glória para Israel sob o reinado messiânico (Is 56-66).
Portanto, Israel e Judá divididos, questões sociais não resolvidas desde o reinado de Uzias até Manassés, ampliação dos interesses políticos das nações estrangeiras como a Assíria e Babilônia sobre o Oriente Médio, configuraram o cenário político e histórico que abrange a profecia de Isaías.
II - CONTEXTO ECONÔMICO E SOCIAL
No início do ministério profético de Isaías, Judá sob o reinado de Uzias, desfrutava de grande prosperidade. O reinado de Uzias pode ser descrito como o mais próspero que Judá conhecera desde a divisão da monarquia. Entretanto, a próspera situação econômica da nação foi acompanhada por uma série de vícios sociais. Neste período a desonestidade na vida pública e o abismo que se estabeleceu entre os ricos e os pobres eram os problemas sociais e econômicos predominantes.
A relativa prosperidade alcançada principalmente no reinado de Ezequias, possibilitou certa restruturação social e econômica em Judá. A reabertura do Templo, a regularização das contribuições do povo para o sustento dos sacerdotes e levitas, a celebração da Páscoa, as ofertas e dízimos voltaram a ser depositadas no Templo. Segundo a narrativa de 2 Crônicas 31.5, este relato indica a prosperidade econômica e social no período de Ezequias.
A partir da leitura do cenário político do início do século VIII a.C., principalmente no espaço entre 783 a.C. a aproximadamente 560 a.C., fica claro um princípio teológico que percebemos em quase toda a Teologia do Antigo Testamento: a estabilidade política, econômica e social de Israel estava sempre associada à vida religiosa.
III - CONTEXTO RELIGIOSO
Alguns reis deste período foram extremamente idólatras, isto levou o povo a apostatar da fé e da confiança em Deus. Nos tempos de Isaías, especialmente no reinado de Jotão e Acaz, a idolatria foi frequentemente utilizada pelos judeus, o que agravou a situação do povo diante de Deus. Além disso, este ambiente idólatra ajudou a incrementar as injustiças que eram praticadas na época. Uma das principais divindades adorada pelos judeus era Baal, deus da fertilidade e do fogo e por algumas vezes até mesmo chegaram a oferecer seus filhos em sacrifício aos deuses.
Apesar de o templo estar em Jerusalém e não ter sido destruído no primeiro momento, os impactos da deportação do Norte foram sentidos em Jerusalém. Os povos trazidos para Samaria, devido a política de mistura dos povos conquistados realizada pela Assíria, vieram de lugares tais como Babilônia, Cutá, Ava e Sefarvaim. Estes povos traziam suas práticas religiosas e seus deuses. O resultado disso foi um sincretismo religioso e a corrupção do sistema de adoração dos israelitas que haviam ficado.
Com a queda do reino do Norte em 722 a.C., período que compreende também a ação profética de Isaías, existiu um sincretismo religioso em Samaria, resultado da mistura anteriormente mencionada, associada a instrução dos sacerdotes enviados por Sargão III em Betel para ensinar o povo a adorar a Deus (2 Rs 17.27-28). Enquanto o povo adorava e servia o Senhor apenas com os lábios, continuavam a servir outros deuses nos altares idólatras.
Com a mistura praticada pelo povo na adoração a Deus e aos deuses dos povos que vinham, instalou-se uma falsa religiosidade, com alguns pecados graves. Os sacerdotes deixaram de ser honestos; criou-se uma religiosidade confusa e misturada com as práticas do culto a Baal e multiplicaram-se os pecados morais e sociais. Cristo nos chama para vivermos uma vida de integridade e pureza, mesmo diante do caos ético e moral que o mundo atual vive, fazendo diferença na sociedade, como o profeta Isaías que não se intimou diante de tantas dificuldades. Ele é um exemplo para nós, jovens cristãos, proclamarmos as verdades curadoras do evangelho de Cristo.
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Claiton Ivan Pommerening.

Lição 2 - 3º Trimestre 2016 - Deus, O Primeiro Evangelista - Adultos.

Lição 02

Deus, o Primeiro Evangelista
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-LBP-3-Tri-2016 Page 1
INTRODUÇÃOI – A CHAMADA DE ABRAÃO
II – A PALAVRA DE DEUS É EVANGÉLICA
III – EXECUTANDO O TRABALHO DE DEUS
CONCLUSÃO
O Antigo Testamento é o primeiro documento da Bíblia Sagrada que conta a história de salvação do Deus Trino. Ali, o Altíssimo se deu a conhecer ao ser humano. Primeiro a Adão, depois a Abel, mais tarde a Sete. É bem verdade que em Adão, antes da Queda, a relação de Deus com o nosso primeiro pai era intensa, diária, como a de um pai com o filho que se veem, conversam e se relacionam em amor e carinho.
Após a Queda, portanto, essa relação foi dificultada. A Palavra de Deus diz que “as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59.2). O pecado transtornou uma relação amorosa e desembocou numa tragédia. A seção dos capítulos 1 a 11 de Gênesis dá conta dessa tragédia humana, isto é, a rebelião dos seres humanos contra Deus: multiplicação da violência humana; intensificação da promiscuidade; o gênero humano se corrompendo em todos os aspectos da vida. Enfim, mais tarde Deus trouxe o seu juízo com o Dilúvio (Gn 6).
Deus seu deu a conhecer
Os 11 primeiros capítulos de Gênesis relatam a tentativa da parte de Deus em se revelar ao homem e trazê-lo à consciência das coisas, à verdade dos fatos. Após a Queda, o ápice dessa autorevelação divina se deu com Abraão, onde foi estabelecida a Aliança de Deus, que efetivou essa autorrevelação divina para o homem (Gn 12-50). É a partir de Abraão que começa de fato a história da salvação de Deus por intermédio do seu povo, Israel. Por isso, faz todo o sentido dizer que Deus foi o primeiro evangelista, pois a primeira iniciativa de se revelar ao homem foi exclusivamente dEle. Ele quem se deu a conhecer. Após o Dilúvio e a geração de Noé, Abraão foi a primeira pessoa que entendeu e aceitou o propósito de Deus para efetivar a sua Aliança em toda a Terra.
Uma história evangélica
Logo, a história do Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), dos Escritos (Josué a Cantares) e dos Profetas (Isaías a Malaquias), que formam o cânon do Antigo Testamento, é a extensão dessa Aliança de Deus com Abraão — essa é uma das razões pelas quais o Antigo Testamento é indissociável do Novo. Nesse sentido, além de Abraão e Moisés, a história de Israel, sua poesia e seus escritos proféticos são comprometidamente evangélicos. O povo de Israel foi forjado por Deus para dar testemunho da grandeza e da beleza do seu Reino a fim de convencer as nações daquele tempo de que havia um único Deus, o criador dos céus e da terra: o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó.
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 67 – julho/agosto/setembro de 2016.