quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Lição 06 - 4º Trimestre 2017 - A Abrangência Universal da Salvação - Adultos.

Lição 6

                                     A Abrangência Universal da Salvação 4° Trimestre de 2017
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ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – O QUE É A OBRA EXPIATÓRIA DE CRISTO?
II – O ALCANCE DA OBRA EXPIATÓRIA DE CRISTO
III – CRISTO OFERECE SALVAÇÃO A TODO MUNDO
CONCLUSÃO
OBJETIVO GERAL 
Mostrar que a salvação em Jesus Cristo é de abrangência universal.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
I – Explicar o que é a obra expiatória de Cristo;
II – Discutir a respeito do alcance da obra expiatória de Cristo;
III – Apontar que Cristo oferece salvação.
PONTO CENTRAL
A salvação em Jesus Cristo é de abrangência universal.

Caro professor, prezada professora, introduza a lição desta semana falando um pouco sobre a gravidade do pecado. O pecado foi grave e universal. A Palavra de Deus diz que “por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12). Logo, se o problema do pecado é universal, só uma universal salvação poderia trazer a solução definitivamente para o ser humano: “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida” (Rm 5.18).

Assim, com objetivo de aprofundar a sua preparação para introduzir a lição desta semana, segue um bom texto sobre o assunto, da autoria do comentarista da lição deste trimestre, o pastor Claiton Ivan Pommerening:
A UNIVERSALIDADE DO PECADO

A obra expiatória de Cristo tornou-se necessária por causa da universalidade do pecado que atingiu toda a raça humana e também por causa da seriedade do pecado porque este corrompeu o ser humano e prejudicou sua comunhão com Deus. Também é necessária por causa da incapacidade do homem de resolver por si mesmo esses problemas. Portanto, a universalidade, a seriedade e a incapacidade humana apontam para Cristo como único possível para fazer a expiação. Assim, fez-se necessária a obra expiatória de Cristo, que Ele padecesse ou se sacrificasse para aniquilar o poder do pecado (Rm 5.21), a adversidade advinda dEle e também sua morte. O sacrifício expiatório de Jesus teve lugar na cruz do Calvário e foi a substituição do justo pelo pecador. Ele pagou o preço por nossos pecados, tomou-os sobre si, venceu a morte e ressuscitou (Is 53). A expiação é a suprema expressão do amor do Pai para com a humanidade através de Jesus Cristo (Jo 3.16).

Em sua morte, Cristo salientou a seriedade do pecado e a severidade da justiça de Deus, triunfou sobre as forças do pecado e da morte, liberando-nos de seus poderes, ofereceu satisfação ao Pai por nossos pecados e mostrou o grande amor de Deus à humanidade. Dessa forma, a expiação implica em que a “humanidade de Jesus significa que sua morte expiatória é aplicável aos seres humanos; sua deidade significa que sua morte pode servir para expiar os pecados de toda a humanidade.”1

Todos foram afastados de Deus por causa do pecado (Rm 3.23); todos se inclinam para o mal (Sl 14.3; Mc 10.18); não há homem justo sobre a terra (Ec 7.20). O pecado é tão terrível para o ser humano que a Bíblia afirma que ele tem o poder de afastar as pessoas de Deus e impedir as orações (Is 59.2) e ainda de tornarem as pessoas alvos de sua ira (Hb 10.27). Somado a isso, o homem sofreu perda física, psíquica, social e espiritual. Além disso, a natureza também foi atingida pelo pecado e sofreu sérias consequências (Gn 3.17-19), assim como ainda sofre por causa da degradação, poluição e destruição do homem que, em sua ganância, a destrói, fazendo-a gemer (Rm 8.22), aguardando novos céus e nova terra (1 Pe 3.13) através da sua redenção.

Portanto, sua morte é a expiação dos pecados, do hebraico kapar2, que significa cobrir (no sentido de ocultar) o pecado. Isaías escreveu que “ao SENHOR agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado [...]” (Is 53.10). Se alguém pecasse no Antigo Testamento, precisaria oferecer um animal pela culpa para “cobrir” a ofensa (Lv 6.2-7), significando que o pecado foi coberto por uma vítima inocente e, portanto, não seria mais visto, tornando-se invisível aos olhos de Deus. Esse mesmo princípio individual era usado para os pecados da nação (Lv 4.13-20). Nesse sentido, o sacrifício de Cristo é infinitamente mais abrangente, pois Ele não apenas cobre os pecados, como também os remove completamente, apagando-os e, portanto, perdoando-os (Hb 10.4-10) como se nunca houvessem sido cometidos3.

Pode-se dividir a expiação em quatro representações conforme Strong4: moral, originada no amor desinteresseiro de Deus em assegurar a libertação do pecador (Jo 3.16); comercial, um pagamento de resgate libertando da escravidão (Mc 10.45); legal, como um ato de obediência à Lei violada pelo pecado e uma apresentação da justiça de Deus (Mt 3.15; Gl 4.4-5); e sacrificial, como obra de mediação sacerdotal reconciliando o homem com Deus, removendo a inimizade através da oferta pelo pecado a favor dos transgressores e satisfazendo a exigência da justiça e santidade de Deus (Hb 10.11-12).

Além de fazer a expiação pelo pecado de todos, Jesus também foi o Sumo Sacerdote que entrou no santuário celestial perante Deus, com seu próprio sangue, efetuando, de uma vez por todas, uma redenção eterna (Hb 9.11,12,24). Para provar que, a partir da morte de Cristo, não era mais necessário oferecer sacrifício de animais, o véu do templo, que dava acesso ao Santo dos Santos, onde ficava o propiciatório em que se oferecia a oferta de sangue, foi rasgado de alto a baixo (Mt 27.51), dando acesso pleno a todo ser humano à presença de Deus pelo novo e vivo caminho, consagrado pela sua carne rasgada por nós (Hb 10.19-20). Assim, podemos ter plena confiança de que seremos aceitos e amados, pois fomos purificados da má consciência e das obras mortas e, com todo coração, aproximamo-nos mais de Deus (Hb 10.22).
A expiação é suficiente para todos; ela é eficiente para aqueles que crêem em Cristo. A expiação propriamente dita, à medida que coloca a base para o trato redentor de Deus com os homens, é ilimitada; a aplicação da expiação é limitada àqueles que crêem verdadeiramente em Cristo. Ele é o salvador em potencial de todos os homens; mas é efetivamente só dos crentes. “Porque para isto trabalhamos e lutamos, pois esperamos no Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens, principalmente dos fiéis” (1 Tm 4.10).5
(Texto extraído do livro “A Obra de Salvação”, editada pela CPAD, 2017)

ERICKSON, Millard J. Introdução à Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1997. p. 325, 328.
2 Essa mesma palavra é utilizada para calafetação, efetuada na arca por Noé (Gn 6.14).
3 Essa afirmação não exclui as consequências naturais do pecado; por exemplo, ao assassinar uma pessoa, o condenado terá que pagar por sua pena diante da justiça humana.
4 STRONG, 2003, p. 380-388.
5 DUFFIELD; CLEAVE, 1991, p. 259-260.
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristão (CPAD)
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