quarta-feira, 2 de maio de 2018

Lição 05 - 2º Trimestre 2018 - Como Conviver com o Diferente? Adolescentes.

Lição 5 - Como conviver com o Diferente?
2º Trimestre de 2018
ESBOÇO GERAL
Sou diferente, e daí?
A diferença como presente
Todos são diferentes e agora?
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Compreender que as pessoas são diferentes uma das outras;
Ensinar que a diversidade é dádiva de Deus;
Mostrar que se relacionar bem com o diferente depende de nós.
PENSE COM A MENTE DE CRISTO
Valmir Nascimento
Ter a mente do Senhor é um aspecto central da fé cristã. O apóstolo Paulo expressou isso da seguinte forma: Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo (1Co 2.16). No original grego, a palavra mente (nous) significa o lugar da consciência reflexiva, compreendendo as faculdades de percepção e entendimento, e do sentimento, julgamento e determinação [1].
Ter a mente de Cristo, portanto, implica em pensar como ele e aplicar as verdades bíblicas em tudo o que fazemos. Ter a mente de Cristo envolve refletir, compreender, sentir, julgar e decidir de acordo com a vontade de Deus.
Em síntese, pensar com a mente de Cristo envolve três aspectos básicos: visão, reflexão e decisão nos moldes de Jesus. Todos esses componentes, juntos, formam uma cosmovisão adequada e biblicamente relevante.
Comecemos pela visão.
A visão é um dos cinco sentidos que formam o conjunto da percepção humana. A visão de Jesus envolve a observação crítica sobre a sociedade e as pessoas em geral. Ao chamar os seus primeiros discípulos, ele disse: "Vinde e vede" (Jo 1.38). Em outra oportunidade o Mestre alertou: "Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo" (Mc 13.33). Mas, muito além de aconselhar os seus discípulos sobre a importância da visão, o próprio Mestre colocava essa verdade em prática.
É interessante como a Bíblia enfatiza o olhar de Jesus em diversas oportunidades e situações (Mt 19.26; Mc 14.67; Mc 10.27; Jo 11.41; Jo 17.1), a revelar a sua preocupação em entender o seu próprio tempo e os fatores de influxo da sociedade da época. Ele era espiritual, mas não alienado; tinha uma percepção muito clara sobre o contexto cultural, religioso, econômico e político daquele momento.
As características marcantes da visão do Mestre nos fornecem condições suficientes para fundamentar uma perspectiva cristã sobre todas as coisas, afastando ao mesmo tempo o olhar míope e desvirtuado do mundo em que vivemos. Na medida em que observamos seus ensinamentos, o conteúdo de suas parábolas e a forma como vivia, entendemos o ponto de partida da cosmovisão cristã, consistente na forma adequada de se ler e compreender o mundo à nossa volta.
Mas, como Jesus enxergava?
Os evangelhos deixam transparecer que Jesus via e compreendia toda a realidade a partir de três focos essenciais: Criação, Queda e Redenção. Além de formar a própria lente do Cristianismo esses três elementos ajudam a compreender e refutar as cosmovisões antiteístas e não cristãs, pois toda visão de mundo pode ser analisada pela maneira como responde a três perguntas básicas: De onde viemos e quem somos nós (criação)? O que deu errado com o mundo (queda)? E o que podemos fazer para consertar isso (redenção)?
Seja como for, o que nos importa é assimilar a abrangência da visão de Cristo com fundamento nessa tríade, sem desprezar nenhum de seus aspectos, pois como escreveu Timothy Keller: “Se você deixa de lado alguma destas três perspectivas, você tem uma visão distorcida da realidade” [2] .
Referências:
[1] VINE, W. E., Dicionário Vine. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p. 784.
[2] Disponível em: Disponível em: http://timkelleremportugues.blogspot.com.br/2010/08/criacao-queda-redencao-e-seu-dinheiro.html. Acesso em 10 de abril de 2014.
Texto extraído do site CPADNEWS. Disponível em: <http://www.cpadnews.com.br/blog/valmirnascimento/enfoque-cristao/108/pense-com-a-mente-de-cristo.html>
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 04 - 2º Trimestre 2018 - Eu Devo ser Assim - Adolescentes.


Lição 4 - Eu devo ser assim

2º Trimestre de 2018

ESBOÇO GERAL

Toda pessoa é má?

Você não está sozinho!

Viva diferente a escolha é nossa

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Conscientizar que a natureza humana tende para o mal;

Afirmar que o Espírito Santo nos ajuda a resistir ao mal;

Encorajar para uma vida de submissão ao Espírito de Deus.

A PECAMINOSIDADE HUMANA

Pastor Esequias Soares

     A definição teológica do pecado descrito na Declaração de Fé da Assembleia de Deus é “rebelião e desobediência, incapacidade espiritual, a falta de conformidade com a vontade de Deus em estado, disposição ou conduta e a corrupção inata do homem”. O pecado é um assunto nada agradável, mas o estudo dessa doutrina é extremamente importante por várias razões. Há uma diferença abissal entre a depravação humana e a santidade e a glória de Deus. Qualquer desvio dos padrões divinos se constitui num ato grave, que se chama pecado. A experiência humana é uma confirmação de tudo o que a Bíblia ensina sobre a realidade do pecado, do mal que existe no mundo, de como o ser humano criado em santidade à imagem de Deus veio a se corromper de modo que somente em Cristo é possível a sua restauração a Deus.



     [...] O pecado é transgressão da lei de Deus: “porque o pecado é a transgressão da lei” (1 Jo 3.4 – ARA). O substantivo “transgressão” ou verbo “transgredir” é de uso comum desde o Antigo Testamento. O verbo hebraico ‘avãr, literalmente “atrevessar, passar”, não tem conotação moral: “E passou Abrão por aquela terra” (Gn 12.6). Mas é comum o seu uso no sentido de ir além de um limite estabelecido e é isso o que significa “transgredir um mandamento” ou “traspassar o mandado do SENHOR” (Nm 22.18; 24.13); “seus moradores, porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna” (Is 24.5); “eles traspassaram o meu concerto e se rebelaram contra a minha lei” (Os 8.1).



     [...] O termo grego para “transgressão” em 1 João 3.4 é anomia, que literalmente quer dizer “falta de lei, quebra da lei”; o ánomos é alguém para o qual não existe uma lei. A versão Almeida Atualizada e a Tradução Brasileira traduzem essa palavra por “iniqüidade”.

(Texto extraído da obra A Razão da Nossa Fé: assim cremos, assim vivemos, CPAD, pp.86,87)

Marcelo Oliveira de Oliveira

Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD

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Lição 03 - 2º Trimestre 2018 - Obediência e Adoração - Adolescentes.


Lição 3 - Obediência e Adoração

2º Trimestre de 2018

ESBOÇO GERAL

O que os olhos não vêem, Deus vê

Quem ama obedece e quem obedece adora a Deus

Obedecer aos pais é obedecer a Deus



OBJETIVOS DA LIÇÃO

Propor uma vida transparente, sem aparência;

Analisar a obediência e sua relação com adoração;

Explicar o dever de obediência.

O EXERCÍCIO DA PIEDADE

Pr. Claudionor de Andrade



A melhor lição para se compreender a importância da obediência e sua correlação com a adoração é conhecer a disciplina da Piedade. Sobre isto, explica-nos o pastor Claudionor de Andrade:



“Recentemente ouvi a gravação de uma entrevista com o missionário Daniel Berg, feita nos anos sessenta. Naquela voz já cansada, naquela entonação já bastante amortecida pelo tempo e naquela simplicidade desconcertante, podia-se distinguir claramente um homem que vivia para orar e orava por viver na presença de Cristo. Este era o segredo do apóstolo da Obra Pentecostal no Brasil.

Berg exercitava-se intensamente na oração. Ao ler-lhe a biografia, tive a impressão de vê-lo ininterruptamente de joelhos. E foi justamente de joelhos que  semeou o Evangelho nas vastidões deste país. A colheita foi inesperada!

Temos nos exercitado na oração? Ou já temos nos conformado com uma vida desprovida de vida? Ou com um ministério sem serviço? Ou com uma esperança desesperançada? Ou com uma devoção desapaixonada e fria?

Não podemos nos enganar: a piedade inexiste sem oração. Os mais piedosos são os que mais tempo passam aos pés do Senhor. Ao discorrer sobre a qualidade da vida cristã, E. M. Bounds é irretorquível: “É a força da oração que faz santos. Os caracteres santos são formados pelo poder da oração verdadeira”

Você tem por hábito orar todos os dias? Não estou perguntando se você tem o dom da oratória ou se as suas palavras no púlpito são convincentes. De joelhos, você ainda é um gigante? Intercedendo, tem eloqüência? Abençoando os que lhe querem o mal, são poderosas suas palavras? Que você leva o auditório às lágrimas eu sei; mas consegue chorar aos pés do Cordeiro até que Ele lhe incline os ouvidos?

Seu gabinete é confortável e acolhedor. Há nele porém o cantinho da oração? E as marcas dos joelhos? E a umidade das lágrimas? Aqui, você concede audiências e dá entrevistas, mas tem santificado um tempo para avistar-se com o Cristo de Deus? Ou está o Senhor do lado de fora a esperar pela hora que não vêm, pela porta que não se abre, pelo convite que não lhe é feito. Ponha-se aos pés de Cristo e, à semelhança de Maria, devote ao Cordeiro todas as suas devoções. Você não foi chamado para ser um mero executivo, mas para executar a vontade de Deus, ainda que adversas sejam as circunstâncias.

Ser bem articulado não é suficiente; o apoio humano falta quando mais dele precisamos. As riquezas não bastam em si mesmas; perdem-se em ações que se desvalorizam, inflacionando depressões e pesares. E as palavras, por mais rebuscadas e vívidas, nem sempre convencem; mas uma súplica contrita, ainda que muda, tem suficiente eloqüência para mover a mão de Deus.

Quanto mais nos exercitarmos em petições e súplicas diante de Deus, melhores ficaremos. Foi o que constatou o evangelista Stanley Jones: “Já descobri que sou melhor ou pior à medida que oro mais ou menos. Quando oro, sou igual a uma lâmpada colocada no lugar adequado; fico pleno de luz e poder”. Se orarmos com amor e perseverança, seremos poderosos em boas obras. E esse é o assunto do nosso próximo e último artigo desta série”

(Texto extraído do site CPADNEWS. Disponível em: <http://www.cpadnews.com.br/blog/claudionorandrade/posts/14/o-exercicio-da-piedade-(3%C2%AA-parte).html> Acesso em 11 de Abr de 2018.).

Lição 02 - 2º Trimestre 2018 - Há Algo Errado com a Família - Adolescentes.


Lição 2 - Há algo errado com a família

 2º Trimestre de 2018

ESBOÇO DA LIÇÃO

O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM A FAMÍLIA

MAS POR QUE ISSO ESTÁ ACONTECENDO? NÃO TEM NADA A VER, NÃO PODE SER TÃO RUIM ASSIM.

MAS, TEMOS SAÍDA?

OBJETIVOS

Apresentar os atuais problemas da família;

Fundamentar o problema da ignorância do conhecimento de Deus;

Reafirmar as consequências do pecado.

FORMANDO FILHOS PARA DEUS

Elaine Cruz

Os filhos são do casal, e ambos os cônjuges precisam estar cônscios de que têm responsabilidades e deveres para com os filhos. Isso vale para os filhos que são gerados pelo casal e pelos que são adotados legalmente, e estende-se também aos filhos de casamentos anteriores de um ou dos dois cônjuges, especialmente quando estes filhos residem com o casal.

1) Maternidade – Gerar filhos é um privilégio da mulher. Embora não possa concebê-los sozinha, é exclusividade da maternidade a experiência única de sentir um ser crescendo e se movendo dentro do corpo feminino. Isso ajuda a explicar porque, via de regra, a mulher é mais apegada aos filhos e mais responsável quanto ao cuidado com os mesmos (Is 49.15).

Na Bíblia, a mulher é designada como figura de amor e cuidado (Tt 2.15), termômetro e edificadora da casa (Pv 14.1) e educadora e guardiã do lar e dos filhos (Pv 31.10-31). Na nossa sociedade, até hoje dizemos “Sua mãe não te deu educação?” para alguém mal educado – o que ilustra o quanto atribuímos às mulheres a tarefa da formação moral dos filhos. Portanto, por mais que a jornada feminina esteja mais apertada face ao acúmulo de diferentes papéis que executa, a tarefa de cuidar, educar e evangelizar os filhos não pode ser renegada ou esquecida.

2) Paternidade – Quando Deus colocou o homem como cabeça da sua esposa e do lar, ele expressa como deve ser a postura masculina no casamento e na família: o homem deve planejar metas para a sua família, projetando planos futuros e esmerando-se no governo e na administração do lar e dos filhos. Isso significa entender o casamento e a paternidade com responsabilidade, como o exercício de um compromisso que deve ser cumprido. 

Do ponto de vista divino, o homem é ainda o sacerdote do lar, sendo co-responsável na evangelização e na formação de seus filhos (Dt 6.6-7 e Pv 3.12; 4.1; 15.5). A responsabilidade que Deus atribui à paternidade é ampla, a ponto de ser requisito para o exercício ministerial que o homem, enquanto pai, tenha seus filhos sob disciplina, mantenha o governo dos mesmos e forme filhos fiéis e obedientes (1Tm 3.4,5,12 e Tt 1.6).

Cabe ainda ressaltar que Deus usa a paternidade como modelo de sua relação conosco. Ele é o pai e nós somos seus filhos. Assim sendo, a imagem de Deus formada nos filhos (o “Papai do Céu”) é organizada a partir das atitudes paternas: o filho que tem um pai irresponsável, distante e grosso terá mais dificuldade de aceitar Deus como um Pai fiel amoroso e amigo.

3) Educação partilhada – Há muitos problemas familiares, a maioria deles decorrentes da má condução na educação dos filhos, como a entrada para a marginalidade, a prática da homossexualidade e da prostituição, a agressão doméstica e o uso de drogas. Nesses casos, primeiramente cada cônjuge precisa avaliar como executou seu papel, não para culpar-se, mas para organizar novas formas de atuação. Em segundo lugar, o casal deve discutir onde falhou na partilha das responsabilidades e das atribuições, unindo-se para traçar metas e estratégias de ação. Afinal, é melhor serem dois do que um, e o cordão de três dobras não se quebra facilmente (Ec 4.9-12).

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Lição 01 - 2º Trimestre 2018 - O Que é Família - Adolescentes.


Lição 1 - O que é família

2º Trimestre de 2018

ESBOÇO GERAL

A Origem da Família

Qual é a importância da família?

A família nos planos de Deus

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Ensinar sobre a origem da família;

Explicar a importância da família;

Conscientizar sobre os planos de Deus para a família.



FAMÍLIA: CÉLULA MÁTER DA SOCIEDADE?



Elaine Cruz

O homem é um ser social, que nasce e vive em sociedade. Ao  nascer, já é parte de uma família, principal meio social humano, que costumamos chamar de célula máter da sociedade – o espaço primeiro e mais importante para o estudo e desenvolvimento de sociedades.

A primeira vivência do ser humano acontece em família, independentemente de sua vontade  ou da constituição desta.  É a família que lhe dá nome e sobrenome, que determina sua estratificação social, que lhe concede o biótipo específico de sua raça, e que o faz sentir, ou não, membro aceito pela mesma. Portanto, a família é o primeiro espaço para a formação psíquica, moral, social e espiritual  da criança. 

A criança é muito dependente ao nascer. Dentre todas as espécies é o homem que tem o mais longo período de imaturidade e dependência física. Cabe à família o cuidado com a saúde e segurança de seus membros, seja com o bebê ou com o idoso.

Há o papel desempenhado pela família, mesmo que muitas vezes ela não o perceba, que é o de educadores. À família cabe a formação do caráter, dos valores, das regras morais – que posteriormente serão internalizadas pelos indivíduos como um código pessoal de conduta e ética. A chamada “educação de berço” continua sendo de suma importância e jamais pode ser conseguida em outros espaços sociais como colégio ou até mesmo igrejas.

Na esfera psíquica, o homem só pode conhecer e reconhecer adequadamente o mundo e a si mesmo a partir de suas relações com os demais. Ele apreende o mundo imitando os outros, desde os primeiros sorrisos até regras sociais externas e maios elaboradas, como usar adequadamente os talheres à mesa. Mais do que isto, moldamos nossa personalidade por volta de seis anos de idade, e é especialmente através de vivências em família que formamos, ou não, a auto estima, o senso de responsabilidade e segurança, o respeito pelo outro e pelas regras sociais estabelecidas, a capacidade de acreditar em nosso potencial e conhecer nossos defeitos e limitações, entre tantos outros aspectos de nossa vida intimista.Na esfera psíquica, o homem só pode conhecer e reconhecer adequadamente o mundo e a si mesmo a partir de suas relações com os demais. Ele apreende o mundo imitando os outros, desde os primeiros sorrisos até regras sociais externas e maios elaboradas, como usar adequadamente os talheres à mesa. Mais do que isto, moldamos nossa personalidade por volta de seis anos de idade, e é especialmente através de vivências em família que formamos, ou não, a auto estima, o senso de responsabilidade e segurança, o respeito pelo outro e pelas regras sociais estabelecidas, a capacidade de acreditar em nosso potencial e conhecer nossos defeitos e limitações, entre tantos outros aspectos de nossa vida intimista.

Em nossa sociedade, a família é que introduz a criança no meio social; é a família que escolhe – ou em parte seleciona, a partir de seus próprios referenciais – as pessoas com as quais a criança vai relacionar-se, bem como dirige o modo e onde  esta  relação se dará. Assim, como instituição social, a família reflete  as transformações culturais dos povos: valores, usos e costumes, hábitos, pensamento religioso e político, etc. Consequentemente, os problemas sociais serão sempre frutos de uma desestruturação familiar.

Isto fica evidente quando olhamos para os grandes problemas sociais que enfrentamos hoje. Assistimos crianças abandonadas por pais que não souberam planejar sua família ou administrar os conflitos, maiores ou menores, mas sempre existentes na vida a dois. Vemos adolescentes mergulhados em drogas ou prostituição, na sua maioria frutos de lares frios, carentes de afeto e de diálogo. Sofremos ao assistir fatos como as revoltas em abrigos para menores, ou o uso de armas de fogo por jovens instigados pela violência, que nos mostram o quanto nossas famílias têm deixado de trabalhar o respeito pelo próximo e a aquisição de padrões morais rígidos para uma boa consciência pessoal e vivência social.

Não pode haver dúvidas: se queremos mudanças sociais, devemos começar a investir mais no cerne da sociedade, na sua célula máter. Precisamos nos voltar às famílias, num esforço conjunto entre o Estado e a Igreja. Esta é também um espaço social, portanto possui o poder de formar opiniões, onde famílias se reúnem e podem ter seus valores pessoais transformados.

Precisamos nos lembrar que, mais do que ir `a igreja,  freqüentando templos caríssimos ou simples, nós somos Igreja, e estamos Igreja especialmente em nossos lares, onde somos mais íntimos e singulares. É por esta razão que a Igreja começa em casa – cuidar da família é mais importante do que cuidar de não familiares ou da obra de Deus. É exatamente isto que Paulo enfatiza quando escreve o capítulo 5 de sua primeira carta a Timóteo, especialmente o versículo 8: Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente.

A família é a célula máter da sociedade – e saber isto implica entender que famílias abençoadas implicam em igrejas abençoadas, que famílias equilibradas implicam em uma sociedade sadia.

Texto extraído do site CPADNEWS. Disponível em: <http://www.cpadnews.com.br/blog/elainecruz/disciplina/3/familia:-celula-mater-da-sociedade.html> Acesso em 29 de Mar de 2018.

Marcelo Oliveira de Oliveira

Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 05 - 2º Trimestre 2018 - Aborto, a Morte de Inocentes - Juvenis.


Lição 5 - Aborto, a Morte de Inocentes

 2º Trimestre de 2018

ESBOÇO DA LIÇÃO

1. O ABORTO

2. TIPOS DE ABORTO

3. O QUE DIZEM OS DESENSORES?

4. POR QUE A IGREJA É CONTRA?

OBJETIVOS

Compreender porque somos contra o aborto;

Conhecer alguns tipos de aborto;

Reafirmar nossa posição em favor da vida.

     Querido (a) professor (a), na próxima aula vamos tratar em sala de um assunto muito sério: aborto! Para tal, sua revista já disponibilizou roteiro para uma abordagem clara e objetiva, as explicações necessárias, sugestões de interações no decorrer da aula e subsídios que lhe darão ainda mais suporte.

      Evidentemente, estes recursos não impedem que você amplie sua pesquisa e criatividade ao lecionar. Com foco nesses objetivos estabelecidos, você pode enriquecer ainda mais a sua aula, levando matérias atualizadas sobre os dados de mulheres mortas em clínicas de aborto clandestinas no Brasil, projetos de lei que visam a sua descriminalização, etc.

      Todo este conteúdo teórico é muito importante, sobretudo, para que os juvenis tenham bases sólidas para argumentarem sobre sua posição, especialmente ao entrarem em uma universidade, onde essa temática é ainda mais abordada, seja em classe ou nos corredores fora dela.

      Contudo, também sugerimos propor um aprofundamento emocional sobre o assunto. Afinal, estamos falando da vida humana, tanto da mãe, quanto do bebê. Assim, os números, índices, ganham forma e causam um impacto ainda maior e tão importante a serem considerados ao se conversar sobre “aborto”.

       Portanto, sugerimos que você procure entre os seus conhecidos (podem ser membros da própria igreja) testemunhos de pessoas que souberam que seriam abortadas, seja devido à recomendação médica por suspeita de grave problema de saúde, risco de morte da mãe, situação financeira ou psicológica problemática, estupro ou tantas outras possibilidades. Combine que ela esteja presente no dia da aula para contarem suas histórias aos juvenis e dizerem o quanto são gratas a Deus por não terem sido abortadas.

      Você também pode contar a história resumida de algumas personalidades famosas que certamente todos os seus alunos conhecem e seriam abortadas por suas mães; pessoas brilhantes, que colaboram com a humanidade, cada qual em sua área. Muitas inclusive tronaram-se colaboradoras de diversas instituições de ajuda humanitária, até mesmo algumas pró-vida e contra o aborto. Afinal, do que adianta se posicionar contra o ato e não ajudar em nada para proporcionar uma vida digna à criança sobrevivente?!



       Neste site você encontra alguns exemplos de celebridades que vivenciaram essa experiência, mas graças a Deus suas mães optaram por mantê-las, lhes permitindo a dádiva da vida: https://www.feedclub.com.br/famosos-que-quase-foram-abortados/9/

        Finalize a aula questionando aos seus juvenis o que podemos fazer, enquanto representantes de Cristo nessa terra, não apenas para impedir abortos clandestinos que causam tantas mortes e seqüelas de mães e crianças no nosso país, mas também ajudá-los a ter uma vida digna.

       Ore com sua classe por essas famílias desesperadas que hoje pensam no aborto como uma possibilidade, por outras que já o praticaram e adoecem em culpa e remorso por tal ato (que possam encontrar em Cristo o arrependimento e perdão para vida eterna) e ainda pelas que não o fizeram e passam necessidades para criar filhos deficientes ou em extrema pobreza.

       Que a Igreja do Senhor possa ser luz, de fato e de verdade, não apenas em palavras, discurso e leis, mas também em ação, semeando o genuíno amor de Cristo nessas vidas e sociedade, na prática, como o próprio Jesus fazia.

       O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos

Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 04 - 2º Trimestre 2018 - Legalização das Drogas, uma Ideia Maligna - Juvenis.


Lição 4 - Legalização das Drogas, uma Ideia Maligna

2º Trimestre de 2018

ESBOÇO DA LIÇÃO

1. É MELHOR OBEDECER A DEUS

2. O QUE SÃO DROGAS?

3. DIGA NÃO!

4. UM PROJETO DO INIMIGO 

OBJETIVOS

Saber o que são drogas;

Compreender que a legalização das drogas é um projeto do inimigo. 

     Querido (a) professor (a), nossa próxima lição aborda um tema considerado um problema universal: Drogas! A própria Organização das Nações Unidas (ONU) já declarou que o comércio de drogas está intrinsecamente ligado à violência e à corrupção em todo o mundo. No ano passado, em Viena, durante a sua Comissão de Narcóticos, a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, fez um alerta chocante: “A OMS estima que o consumo de drogas é responsável por cerca de meio milhão de mortes a cada ano. Mas este número só representa uma pequena parte do dano causado pelo problema mundial das drogas". 

      Mesmo diante de dados tão alarmantes, muitos países, assim como o Brasil, ainda discutem no Congresso a legalização do uso recreativo da Maconha, por exemplo. 

      Segundo relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), a Argentina, Colômbia, Paraguai e Peru "realizaram iniciativas para regular a venda de cannabis com fins médicos". Já o Uruguai, em julho de 2017, começou a venda de maconha para uso recreativo em farmácias, transgredindo assim a Convenção Única sobre Entorpecentes de 1961, emendada pelo Protocolo de 1972. Para a Junta, com esta tendência, a maconha "pode se tornar um problema de saúde pública para quem usa de forma recreativa" no futuro. 

      Pesquisa Datafolha realizada no final do ano passado mostra que cresceu o apoio dos brasileiros a projetos de lei que visam descriminalizar o uso da droga. Para 32%, fumar maconha deveria deixar de ser crime. Por isso, é crucial a população contrária se manter informada. Você como educador tem a possibilidade de transmitir essa consciência aos seus alunos. Compartilhe com eles estas informações. 

       Sugerimos, após a devida autorização da liderança da sua igreja, escola dominical e responsáveis pelos juvenis, a turma possa realizar um trabalho de campo, visitando algum centro de reabilitação evangélico, conversando com alguns irmãos hoje recuperados sobre a angustia pela qual passaram juntamente com suas famílias devido o vício nas drogas. Certamente, será mais impactante que qualquer pesquisa estatística que leiam na internet. 

        Abaixo segue um trecho da reportagem sobre o assunto da revista Geração JC, com o testemunho de um ex-dependente. 

“Transformação

      Apesar do esforço do Governo e da sociedade, somente uma transformação divina poderá mudar a situação. Isso quem afirma é um ex-dependente químico que foi liberto do vício ao se encontrar verdadeiramente com Jesus. 

     Eduardo Evangelista de Souza recebeu os ensinamentos de Deus na igreja e através de sua mãe, mas se afastou dos caminhos do Senhor e se tornou dependente de drogas dos 16 aos 25 anos, desde maconha até cocaína. “Apesar de ter sido ensinado numa igreja evangélica, não conhecia intimamente Jesus Cristo. Hoje, muitos também estão nessa situação em suas igrejas. Através da minha experiência cheguei à conclusão de que um dos muitos fatores que levam um adolescente a usar drogas é a ausência de conhecimento do amor e da graça de Deus”, revela. 

      ‘Os tratamentos de psicoterapia e psiquiatria ajudaram a me conhecer um pouco mais. O amor e o apoio da família também são fundamentais. Mas o que realmente ajudou e foi definitivo para a minha transformação foi o encontro real que tive com Jesus Cristo dentro de uma casa de recuperação’, conta Eduardo Evangelista, que hoje é responsável pelo Projeto Vida Urgente, uma instituição filantrópica evangélica interdenominacional que ajuda dependentes químicos e suas famílias. 

      Outra instituição que tem auxiliado na reabilitação de dependentes é Centro de Recuperação em Cidade Nova (Cercin). Localizado na área central do Rio de Janeiro, é uma obra que tem como objetivo socorrer dependentes químicos e moradores de rua. E a igreja também conta com um sítio no município de Seropédica. O Cercin é uma instituição vinculada à Assembleia de Deus em Cidade Nova. A igreja, liderada pelo pastor Manoel Antonio Ribeiro, mantém o Centro de Recuperação desde 1994. Nesse período, já passaram pelo local diversos jovens e pais de família que viviam mergulhados no mundo das drogas e, hoje, estão libertos.  

       A entidade filantrópica oferece moradia, alimentação, vestuário, regularização de documentos, encaminhamento médico e ensinamento bíblico. Ao longo desses anos, são muitos os testemunhos de libertação e vidas restauradas. Segundo pastor Manoel, muitos dessas vidas libertas são hoje obreiros da Casa do Senhor e reconstruíram suas vidas. Aqueles que não tinham família, a igreja acompanha até que os mesmos consigam se estabelecer e arrumar um emprego e moradia. ‘Hoje, temos obreiros atuantes, dirigentes de congregações e homens que reconstruíram suas famílias. As esposas que acreditaram na libertação do esposo e receberam de volta em casa’, testifica. Mais informações: Projeto Vida Urgente (21) 2679-2648”. 

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula. 

Paula Renata Santos

Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 03 - 2º Trimestre 2018 - O Crente e os Movimentos Sociais - Juvenis.


Lição 3 - O Crente e os Movimentos Sociais

2º Trimestre de 2018

ESBOÇO DA LIÇÃO

1. ORANDO PELOS GOVERNANTES

2. MOVIMENTOS SOCIAIS?

3. UM DEUS QUE AMA A JUSTIÇA



OBJETIVOS

Compreender que temos que orar pelos governantes;

Saber que o crente deve ter sabedoria e discernimento frente aos movimentos sociais;

Mostrar que Deus ama a Justiça.

     Querido (a) professor (a), na próxima aula vamos falar sobre um assunto que está em evidência para todos os brasileiros, especialmente neste ano de eleição e debates sobre posições políticas: Movimentos Sociais.

     Aconselhamos que você, professor (a), faça uma pesquisa na Internet sobre as manifestações que mais marcaram a história do nosso país, a fim de que tenha ciência de prós e contras desse tipo de movimento e possa responder bem a qualquer possível questionamento de seus alunos.

     Sugerimos também que você escolha e imprima notícias de duas situações envolvendo manifestações cívicas, uma pacífica e a outra violenta. Divida a classe em dois grupos e dê-lhes um tempo para lerem e conversarem sobre as notícias. Em seguida, promova um debate entre eles, ressaltando previamente a importância de aprendermos a dialogar com pessoas de pensamentos diferentes dos nossos, discordar sem agredir, ofender, levantar a voz, etc.

     É crucial em todas as esferas da sociedade essa capacidade de diálogo e debate sadio e respeitoso. Nada melhor do que os juvenis aprenderem isso o quanto antes. Por isso, leve algo como uma buzina e um cartão amarelo, para que toda vez que alguém se exceder, seja autuado. Direcione perguntas sobre o assunto a cada grupo, dando-lhes o mesmo tempo para respondê-las, com direito a réplica e tréplica.

     Ao final, frise novamente que é primordial a possibilidade de diálogo com pessoas de diferentes opiniões. Aproveite a ocasião, para perguntar a opinião deles sobre amizades rompidas por causa de divergência política. Deixe que se expressem livremente e ao final, enfatize que impor idéias, conceitos e opiniões de forma tirana ou extremista não provém de Deus. Já que aprouve ao próprio Criador, mesmo detentor de todo poder para nos impor segui-lO, nos dar o livre-arbítrio, respeitando a nossa capacidade de raciocinar e optar.

   Conclua dizendo que, assim como evidencia a nossa lição, podemos lutar pelos direitos das classes pobres e oprimidas. É até mesmo nosso dever moral como cristãos não se omitir, reivindicando-os. Contudo, claro, de maneira que não infrinja as leis ou desrespeite as nossas autoridades. Afinal, os fins não justificam os meios.

     Exemplifique esta verdade com o exemplo das diferenças entre o pastor Martin Luther King Jr. e o ativista que ficou conhecido como Malcolm X. Na década de 1960 ambos lutavam pela mesma causa – o fim da segregação racial nos EUA e igualdade de direitos civis e respeito para pessoas negras no mundo. Porém, um escolheu o caminho da ética, paz e amor ao próximo, enquanto o outro de ações radicais e violentas. Até hoje o pastor protestante, mesmo tendo sido assassinado por causa de seus ideais, é um dos homens mais admirados e merecidamente honrados por suas conquistas humanitárias, nos EUA e no mundo.

     Para intensificar o aprendizado acerca de tudo quanto foi dito, seria interessante passar como trabalho de casa, uma pesquisa acerca das diferenças de estratégias desses dois ativistas sociais. O exercício pode valer uma premiação, de acordo com suas possibilidades.

     O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos

Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD



Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 02 - 2º Trimestre 2018 - O Cuidado com a Mídia - Juvenis.

Lição 2 - O Cuidado com a Mídia
 2º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O CUIDADO NO USO DA MÍDIA
2. A MÍDIA E SEUS MALEFÍCIOS
3. A IGREJA NA MÍDIA

OBJETIVOS
Saber que temos que ter cuidado com a mídia;
Conhecer os malefícios da mídia.

     Querido (a) professor (a), neste próximo domingo abordaremos em classe mais um tema da atualidade, particularmente pertinente para os nossos juvenis, que são muito mais imersos na cultura midiática: O Cuidado com a Mídia.
    Com o tamanho avanço tecnológico em nossos dias, o conceito do que é “mídia” se ampliou, já que se refere a “todo o suporte de difusão de informação (rádio, televisão, imprensa, publicação na Internet, videograma, satélite de telecomunicação, etc.)”, conforme define o nosso dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Dentro destes segmentos, há inúmeras possibilidades de comunicação, nem sempre idôneos à verdade.
     Cada veículo de comunicação possui o que nós jornalistas chamamos de “linha editorial”. Isto significa basicamente que ele é regido e propaga – direta ou indiretamente – as informações de acordo com suas próprias convicções editoriais, ideológicas, políticas e sociais. E a maneira de se divulgar uma informação pode influenciar ou até mesmo manipular a opinião das massas a respeito dela. Por isso, além de checar sempre a veracidade dos fatos e procurar analisar mais de uma fonte, lados, de uma informação, também precisamos estar atentos à subjetividade com a qual ela está sendo transmitida.
    O pensamento crítico, contestador com respeito a todas as mídias faz-se imprescindível, especialmente para esta geração. E você, professor (a) terá a rica oportunidade de ser instrumento de Deus para despertar os seus alunos, quanto a esta importante necessidade. Sugerimos que você converse com a sua turma sobre “linha editorial” dos telejornais, sites e impressos jornalísticos; notícias “fakes” (falsas) que circulam na Internet (se possível leve alguns exemplos; você encontra vários em páginas como www.e-farsas.com/ e www.boatos.org/); matérias parciais que mostram apenas uma visão sobre determinado assunto; correntes alarmantes e muitas vezes incorretas nas Redes Sociais, etc.

     Em um de seus artigos, o consultor teológico da CPAD, pastor Antônio Gilberto diz que a mídia em geral é um dos agentes promotores do secularismo (mundanismo) na igreja.

    “Conteúdos de vídeo, áudio, imagem, páginas impressas, internet, etc. que esteja saturado com o secularismo maléfico e maligno. A mídia principalmente televisiva, que prevalece no lar orienta os filhos e forma a mentalidade, molda a personalidade das crianças e adolescentes, induzindo-as (bem como os seus pais) ao mal de modo sutil. Atentemos para Deuteronômio 13.5b, Salmos 101.3, Provérbios 23.5 e 1 Coríntios 10.31b. Sim, induz a todos, inconscientemente, ao comportamento reflexo (por aquilo que vê e ouve), ao despudor (Por exemplo: lascívia, luxúria. Ver Oséias 4.12 e 5.4), à permissividade em geral, ao amor-livre, ao sexo-livre, como se tudo fosse natural, normal; à violência e à trapaça, ao engano, ao ‘jeitinho’ e à mentira” (Trecho extraído do artigo “Os perigos da secularização nas igrejas”, 3ª parte, disponível no portal de notícias CPADNews).
      O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Por Paula Renata Santos
Editora Responsável da Revista Juvenis
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 01 - 2º Trimestre 2018 - O Relativismo Moral - Juvenis.


Lição 1 - O Relativismo Moral

2º Trimestre de 2018

ESBOÇO DA LIÇÃO

1. EXISTE UMA VERDADE ABSOLUTA: JESUS CRISTO

2. O RELATIVISMO É PECADO

3. ALGUMAS CONSEQUÊNCIAS DO RELATIVISMO



OBJETIVOS

Saber que existe uma verdade absoluta: Jesus Cristo;

Compreender o que é relativismo;

Conhecer algumas características do relativismo.

Querido (a) professor (a), um novo trimestre se inicia e com ele a oportunidade de ensinar aos juvenis acerca da Palavra de Deus, nossa grande aliada para lidar com as “questões difíceis do nosso tempo” – que é justamente o tema desta revista. Portanto, abra o seu próprio coração para ser alimentado pela instrução e fé, que vem pelo ouvir dessa poderosa Palavra (Rm 10.17).

Em dado momento da história de Israel o Senhor lhes disse: “O meu povo está sendo destruído porque lhe falta o conhecimento [...]” (Os 4.6 ARA). Que isto não nos suceda em nossos dias, em nossa igreja, em nossa classe. Oremos e vigiemos quanto a isso. Não apenas zelando por ler, tornando-nos meros conhecedores da Bíblia, mas também por sermos praticantes fervorosos dela.

Todos nós, envolvidos na obra do Senhor, ou com longa data de caminhada na igreja, precisamos tomar cuidado para não nos tornarmos como os sacerdotes Hofni e Finéias. Eles se tornaram tão acostumados com a Casa de Deus, com as Escrituras, tão habituados a conviver em meio ao sagrado, até mesmo ocupando cargos eclesiásticos importantes, tão próximos das coisas de Deus, mas os seus corações acabaram se distanciando do Deus de todas as coisas. Tal como Uzá, pelo costume com a obra do Senhor, esqueceram-se do poder extraordinário do Senhor da obra e do respeito que devemos ter a Ele (1 Sm 2.18-22; 1 Cr 13.9,10).

Portanto, prezado (a) professor (a), para começar este novo ciclo, sugerimos que você reserve um tempo para estar na presença do Altíssimo, refletindo sobre sua relação com Ele e a missão que Ele a ti entregou. Interceda pela sua vida, por um renovo espiritual para você, que se estenda também para toda a sua classe, refletindo no seu ministério.

Esta primeira aula do trimestre abordará um tema muito em voga, especialmente nos círculos sociais acadêmicos de nossos jovens. Por isso, esteja bem preparado para responder possíveis questionamentos e contrapontos dos alunos, mas sempre incentivando a participação e o diálogo aberto. Sua sala de aula precisa ser um ambiente em que eles se sintam seguros e a vontade para expressar suas dúvidas e opiniões, sem serem criticados por elas. Você, mestre, é o maior responsável por cooperar na criação desta ambiência acolhedora e fértil para o conhecimento. A fim de ajudá-lo no estudo mais aprofundado deste tema, sugerimos como subsídio o artigo do nosso comentarista Esdras Bentho, mestre em Teologia e autor de alguns livros pela CPAD para o portal de notícias CPAD News.

Relativismo e Cultura Cristã

O vocábulo “relativismo”, procede de dois termos latinos: “relatīvus” e “ismo”. O primeiro que se traduz por “relativo”, “referente”, “respeitante”, “que indica relação”, procede do verbo “refērre” cujo sentido primário é “levar”, mas também “trazer”, “refletir”, “referir” e “relatar”. O segundo, “ismo”,  é um sufixo que tanto pode derivar do grego “ismos” quanto do latim “ismo”, mas que ambos denotam sistema, ou doutrina filosófica.

Para compreendermos o relativismo é necessário esclarecermos o conceito de relação (já presente na definição do termo) como categoria do pensamento e conexão objetiva entre uma coisa e outra. Segundo o filósofo Edmund Husserl, o relativismo foi enunciado pela primeira vez por Protágoras de Abdera, filósofo pré-socrático, ao afirmar: “O homem é a medida de todas as coisas, do ser daquelas que são e do não ser daquelas que não são”. O sentido deste aforismo é que cada pessoa em particular depende das coisas, não de sua realidade física, mas de sua forma conhecida. Logo, o conhecimento é subjetivo, relativo e sensual, ou seja, “passa pelos sentidos”.  A questão levantada é se o homem tem ou não capacidade de conhecer a íntima natureza das coisas e a lei moral absoluta. Se a expressão “o homem” tratar-se de cada ser ou do indivíduo, a forma de relativismo proposta é subjetiva, isto é, circunscrita à pessoa, ao individuo. Assim teríamos tantas verdades quanto são as pessoas.  Deve-se observar, entretanto, que o relativismo apresentado nesta afirmação protagoriana é relacionada ao “relativismo do conhecimento ou gnosiológico”. Segundo Protágoras, o conhecimento racional é absoluto, enquanto o sensível, é relativo.

Vejamos o relativismo na filosofia aristotélica e contemporânea.

Na filosofia aristotélica são relativas as coisas cujo ser depende de outras. Nesse conceito, o relativo é oposto ao absoluto, isto é, que existe por si mesmo. Absoluto, portanto, é a Causa sem causa, enquanto o relativo é uma consequência proveniente de uma causa e que depende dela para ser explicada. O absoluto é autossuficiente, enquanto o relativo, não. O absoluto corresponde à existência de Deus e o relativo aos seres criados. Modernamente, no entanto, o relativismo é a teoria que nega a existência de qualquer teoria, regra, moral,  ética ou qualquer outro tipo de verdade que assuma para si o postulado de absoluto, inequívoco ou transcendente.

O relativismo, como observamos nos conceitos anteriores, assume diversas categorias ou classificações. Entre elas destacamos:

Relativismo Cognitivo (Conhecimento relativo)

Segundo o relativismo cognitivo, gnosiológico ou do conhecimento, toda opinião é justificável em razão de suas respectivas evidências. Não existe qualquer questão objetiva as quais um conjunto de normas deva ser aceito. O ateu, por exemplo, está certo por negar a existência de Deus; o cristão está correto ao afirmar que Deus existe.  O conhecimento do primeiro é materialista ou naturalista, o do segundo, teológico ou teleológico. No entanto, todas as duas opiniões são relativas. Não se pode assegurar qual das duas é absolutamente verdadeira. Mas, observemos que uma afirmação nega a outra. Portanto, as duas não podem estar certas. Uma está correta enquanto a outra está equivocada. Uma atesta de acordo com a verdade, enquanto outra, segundo a mentira. O relativismo, por conseguinte, é contraditório. De acordo com esta corrente, todas as formas de conhecimento são relativas ao mesmo tempo em que não explicam a toda realidade ou verdade, mas delas, apenas possuem partes ou relampejos.

Relativismo Ético (Ética relativa)

O relativismo ético acredita que nada é objetivamente mau ou bom, e que a definição de bem ou de mal, depende de um ponto de vista particular da cultura ou de um período histórico. Segundo os relativistas, a moral e a ética são determinadas por condições mutáveis, diferentes e contraditórios. Portanto, não se pode absolutizar o conceito de bom ou mau, bem ou mal. Não existe qualquer critério absoluto de moralidade ou ética; logo, qualquer norma ética e moral são arbitrárias e inconsistentes.

Relativismo Radical (Ceticismo)

O relativismo radical é a posição assumida pela corrente filosófica conhecida como “ceticismo”. Segundo o ceticismo o homem não pode chegar a qualquer conhecimento objetivo, quer nos domínios das verdades de ordem geral, quer no de algum determinado domínio do conhecimento. Para o cético, tudo é relativo, pois não é possível afirmar com certeza sobre qualquer possível verdade.

Apesar da teoria relativista de nosso tempo, o cristianismo ensina os valores absolutos. Os princípios e valores cristãos são opostos às normas e valores do mundo. Em primeiro lugar porque nós, os cristãos, cremos na existência de um só Deus, cujas leis regem não apenas o Universo, mas nossas vidas, planos e vontade. A cultura mundana, no entanto, nega a existência de Deus, ou então vive como se Deus não existisse (Sl 14; 53). Os valores cristãos possuem, pelo menos, três características principais. São universais, absolutos e imutáveis, pois procedem da vontade do Deus Pessoal Absoluto, Imutável e Universal. Vejamos em pormenor.

Universal. Os valores cristãos são universais em função de estarem fundamentados na moral divina. Nosso Deus é um ser moral. Os atributos divinos atestam que o Senhor é santo (Lv 11.44; 1 Sm 2.2), justo (2 Cr 12.6; Ed 9.15), bom (Sl 25.8; 54.6), e verdadeiro (Jr 10.10; Jo 3.33). Portanto, Ele é o padrão moral daquilo que é santo – oposto ao pecado –, daquilo que é justo – oposto a injustiça –, daquilo que é bom – oposto ao que é mau, e daquilo que é verdadeiro – oposto a mentira. Tudo o que é puro, justo, bom e verdadeiro têm sua origem no caráter moral de Deus. Logo, os valores morais são universais porque procedem de um Legislador Moral universal.

Absoluto. Absoluto é aquilo que não depende de outra coisa, mas existe por si mesmo. Os valores cristãos são absolutos porque procedem de um Deus pessoal que não depende de qualquer outro ser para existir. Ele é eterno (Dt 33. 27; Sl 10.16); existe por si mesmo (Êx 3.14), e tem a vida em si mesmo (Jo 5.26). Deus também é absoluto porque não está sujeito às épocas (1 Tm 1.17; 2 Pe 3.8; Jd 25). Ele governa eternamente o Universo (Sl 45.6; 145.13), e, seu reinado é de justiça (Hb 1.8). Portanto, as leis santas e justas de Deus são absolutas, porque procedem de um Legislador Absoluto.

Imutável. Imutável é a qualidade daquilo que não muda. Os valores cristãos são imutáveis porque o Senhor Deus é imutável. Ele não muda (1 Cr 29.10; Sl 90.2), é o mesmo em todas as épocas (Hb 13.8; Tg 1.17). Suas leis se conformam ao seu caráter moral, pois Ele é fiel (2 Tm 2.13). Portanto, os valores cristãos são imutáveis porque estão fundamentados no caráter perfeito e imutável de Deus.

Lembremos que:

A verdade é absoluta, mas o conhecimento que os homens possuem sobre ela pode ser relativo. Até fins da Idade Média, as autoridades eclesiásticas de então, acreditavam, fundamentado no livro de Josué, que a Terra era o centro do Universo. Outros, acreditavam que a Terra era plana e que os mares eram habitados por serpentes aladas, sereias e outros terríveis monstros. No Iluminismo e na época contemporânea, sabe-se que a Terra é que circula em torno do Sol e, não o contrário. Que a Terra é uma esfera e não um cubo. O que mudou? A verdade ou o conhecimento do homem sobre ela? A Terra não mudou de cubo para esfera ou passou a girar em torno do Sol.  O nosso conhecimento que mudou, passando de falso para verdadeiro e, não a absoluta verdade de que a Terra é uma esfera e que circula ao redor do Sol. 

A verdade é absoluta, não existem verdades relativas.  A verdade de uma sentença matemática é universal: 5 + 5 = 10, isto em qualquer lugar a todas as pessoas.A verdade é absoluta ou veraz. A palavra veraz é a raiz da palavra “veracidade”, que significa “verdade”, ou aquilo que é sempre verdadeiro, sem qualquer sombra de dúvida. Quando você  aprendeu a simples verdade de que 2+2=4, o seu professor estava falando com uma autoridade veraz. Este é um fato que não tem que ser arbitrado, discutido ou justificado. Ele é verdadeiro. É uma declaração irrefutável de um fato matemático.  Como no exemplo acima, qualquer coisa que é verdadeira possui autoridade pelo fato de ser verdadeira. O apóstolo Paulo reconheceu isto: “Porque nada podemos contra a verdade... “ (2 Co 13.8). A verdade tem Autoridade. Rejeitar a verdade é incorrer em julgamento: “Para que sejam julgados todos os que não creram na verdade (...)” (2 Ts 2.12). Deus, o Pai, fala a Verdade: Deus sempre diz a verdade; portanto, as palavras dele têm autoridade veraz: “Deus não é homem, para que minta... porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria” (Nm 23.19). A Bíblia é a Autoridade Veraz: É uma autoridade maior que qualquer posição na Igreja, na Ciência ou na Filosofia. (cf. Is 8.1).  Deus engrandeceu o seu próprio nome e a sua Palavra acima de todas as coisas (Sl 138.2).

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula e um trimestre enriquecedor.

Por Paula Renata Santos

Editora Responsável da Revista Juvenis

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 05 - 2º Trimestre 2018 - Vivendo uma Vida Santa - Jovens.


Lição 5 - Vivendo uma Vida Santa

 2º Trimestre de 2018

INTRODUÇÃO

I - VIDA SANTA QUE AGRADA A DEUS

II - O IMPERATIVO DA PUREZA SEXUAL

lII - A SANTIFICAÇÃO EM TODA MANEIRA DE VIVER

CONCLUSÃO

Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:

Caracterizar o tipo de comportamento que agrada a Deus;

Refletir a respeito do imperativo bíblico acerca da pureza sexual;

Compreender que a santidade deve abranger todas as áreas de nossa vida.

Palavra-chave: Santidade.



Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:

“No capítulo 4 de 1 Tessalonicenses, vemos o início do esforço de Paulo para responder algumas demandas doutrinárias e procedimentais daquela comunidade. Neste momento específico da carta, temos uma profunda reflexão sobre a necessidade de uma vida santa. O contexto politeísta do mundo antigo no qual aquela igreja estabeleceu-se exigia muito mais do que uma simples “troca” de deuses, ou seja, a conversão ao cristianismo implicava uma série de mudanças comportamentais na vida pública e privada.

Ser cristão em Tessalônica acarretava não apenas mudanças litúrgicas, mas também o abandono de todo um repertório sociocultural que tinha a religiosidade como pano de fundo, e, nesse caso, com grande destaque, o orfismo — principal religião mistérica do mundo helênico.

Reflitamos, então, sobre as orientações acerca da vida privada — centradas, aqui, na questão da sexualidade —, assim como naquelas destinadas à vida pública — pautadas na exigência de uma vida proba, desvencilhada das corrupções e abusos aos mais fracos; práticas tão comuns naquele contexto histórico.

I- O Cristão e a Cultura

Existe um modelo de procedimento social a ser adotado por um cristão? O modelo de vida proposto por Paulo aos tessalonicenses para uma comunidade há 2 mil anos ainda tem caráter aplicável na sociedade atual? Ao discutirmos questões relativas à vida em sociedade dos cristãos, devemos pautar-nos em regras ou princípios, atitudes ou conceitos?

Ora, as respostas a essas questões envolvem uma série de comprometimentos conceituais, os quais, por se organizarem como uma cadeia argumentativa, não podem ser assumidos sem levar em consideração aqueles que estão conectados a eles.

Talvez, a questão central em toda essa discussão seja compreender a relação entre cristianismo e cultura, mais especificamente sobre a necessidade de apresentação dos princípios norteadores da cultura cristã e a aplicabilidade dos mesmos à realidade comunitária de cada igreja local.

Se assumirmos o caráter estrutural dessa questão, a necessidade de resposta a algumas das seguintes questões impõe-se: o que é cultura? Existe uma cultura cristã ou apenas pressupostos cristãos que, aplicados a qualquer cultura, ressignificam as práticas culturais vigentes de qualquer sociedade? Diante do multiculturalismo contemporâneo, a defesa de pressupostos supra culturais ainda faz sentido?

Partamos da definição de cultura como tudo aquilo que é realizado pelo homem e não está condicionado pelo biológico. De tal concepção, deriva-se uma inevitável conclusão: apenas o homem produz cultura, uma vez que todos os demais seres vivos estão subordinados às suas determinações genético-biológicas, restritos, assim, aos seus instintos animalescos, a uma determinada região geográfica e modo de vida, por exemplo; o homem, por sua vez, é criador de seus costumes, produtor de seu modo de vida e colonizador de todo o planeta.

Para que se esclareça mais ainda tal definição de cultura, lembremo-nos de que o homem é o único ser capaz de transformar a natureza, enquanto os demais seres apenas se apropriam da mesma do modo como esta lhes é apresentada. Criamos objetos para superar nossas limitações biológicas. Com o avanço da tecnologia, somos capazes de, inclusive, por meio de substâncias que produzimos ou transformações que realizamos em nós mesmos, alterar condicionamentos naturais — pensemos em cirurgias para implantes de córneas, utilização de próteses para substituição ou melhoramento de membros ou órgãos, etc. Sobre essa concepção de cultura como elemento constitutivo e construtivo do homem, afirma-nos Laraia:

O homem é o resultado do meio cultural em que foi socializado. Ele é um herdeiro de um longo processo acumulativo, que reflete o conhecimento e a experiência adquiridos pelas numerosas gerações que o antecederam. A manipulação adequada e criativa desse patrimônio cultural permite as inovações e as invenções. Estas não são, pois, o produto da ação isolada de um gênio, mas o resultado do esforço de toda uma comunidade. (LARAIA, 2008, p.48)

Pode-se, no entanto, restringir o conceito de cultura ao conjunto de práticas significantes produzidas por uma determinada coletividade. De acordo com essa definição stricto sensu de cultura, podemos entender que cada comunidade, em períodos de tempo específicos, produziu uma série de conhecimentos, artes, costumes e rituais — em suma, cultura — que só pode ser entendido a partir de uma vivência interna à própria comunidade. Desse modo, um simples observador externo será incapaz de compreender determinadas práticas culturais; no máximo, será capaz de avaliá-las somente a partir de seu prisma cultural particular, deformando, assim, o significado de certo conjunto de ações próprio de uma sociedade.

A pergunta que persiste é: como definir uma cultura cristã? Falando em termos sociológicos, seria mais exato falar sobre a cultura da comunidade cristã em Tessalônica. Ou seja, as práticas culturais da Igreja em Tessalônica provavelmente serão distintas daquelas vivenciadas na comunidade cristã em Corinto, por exemplo, apesar de ambas serem coletividades que se guiam religiosamente de acordo com a orientação cristã.

É por isso que Paulo não criticará, especificamente, a alimentação onívora ou vegetariana dos grupos em conflito na Igreja de Roma, mas, antes, exortará que, acima das questões gastronômicas — e é simplesmente neste nível que elas são definidas pelo apóstolo —, estejam o amor ao próximo e a misericórdia para com os mais frágeis na fé. A discussão que se concentra na questão da liberdade e tolerância materializa-se por meio de uma celeuma cultural (Rm 14) . Acerca de uma abordagem bíblico-teológica sobre a cultura, defende Schwambach:

Se lermos o AT e o NT, vamos ver que a realidade do pecado corrompeu os seres humanos e tudo o que eles pensam, falam, fazem, constroem, inventam etc. Isso significa que toda a produção cultural da humanidade está afetada pela realidade do mal, da queda, do pecado. O exercício de qualquer profissão, o ensino em todos os níveis, toda a ciência, toda a tecnologia, toda política, toda a arte, mas também todos os tipos de pensamento humano — toda a elaboração filosófica, ideológica, cultural e até mesmo religiosa... Nenhuma dessas realidades ficou sem ser atingida pela trágica realidade da queda. (SCHWAMBACH, 2011, p.32,33)

Segundo esses critérios, parece ser mais coerente falar de princípios supraculturais com relação ao cristianismo. A defesa daquilo que seria o conceito de “cultura cristã” — abstraída de toda materialidade e intersubjetividade social — implicaria na aceitação de que tal produção cultural é fruto da ação humana que, ao longo dos séculos, por tradição, foi transmitida às gerações seguintes. Sem dúvida alguma, o cristianismo e seus pressupostos culturais são muito mais que uma elaboração humana, limitada ao gênio de uma determinada comunidade e seus membros.

Outro argumento que nos auxiliará a rejeitar a ideia de uma “cultura cristã” entendida como elemento produzido pontualmente em certo ponto da história é o de que a produção cultural é algo extremamente dinâmico, movido pelas transformações políticas, econômicas e sociais, atualizando-se continuamente conforme as interações internas e externas de cada povo. Ora, se as verdades cristãs que seguimos são eternas, logo estas não podem ser um produto exclusivo da dinâmica social de uma comunidade.

Infelizmente, o que se percebe é que, ao longo dos séculos, práticas culturais pertencentes a comunidades específicas foram impostas a outras coletividades humanas sob o pretexto de serem parte de um conceito abstrato de “cultura cristã”. Esse tipo de processo de violência simbólica é que se denomina de etnocentrismo — a defesa da imposição de aspectos culturais de um povo sobre outro de modo coercitivo e cruel.

É necessário, entretanto, reconhecermos que algumas práticas culturais adotadas por certos povos colidem frontalmente com os princípios cristãos, de tal forma que o papel da evangelização cristã nessas comunidades será o de promover não apenas redenção individual, mas também a transformação coletiva; não apenas salvação pessoal, mas também a restauração sociocultural.

Sobre essa delicada questão, os elaboradores do relatório sobre a questão da cultura do movimento de Lausanne afirmam:

A conversão não deve “desculturalizar” o convertido. Na verdade, como temos visto, sua lealdade agora pertence ao Senhor Jesus, e todas as coisas do seu contexto cultural devem submeter-se ao escrutínio do Senhor. Isso se aplica a toda a cultura, não somente às culturas hindu, budista, islâmica ou animista, mas também à cultura cada vez mais materialista do Ocidente. A crítica pode produzir uma colisão, à medida que elementos da cultura forem submetidos ao juízo de Cristo e tiverem de ser rejeitados. Nesse ponto, como reação, o convertido pode tentar adotar a cultura do evangelista em lugar da sua. Deve-se resistir firme, mas carinhosamente a essa tentativa. Dever-se-ia estimular o convertido para que visse suas relações com o passado como uma combinação de ruptura e continuidade. Por mais que os novos convertidos sintam que precisam renunciar por amor de Cristo, ainda são as mesmas pessoas, com a mesma herança e a mesma família. “A conversão não desfaz; ela refaz.” É sempre trágico, embora seja às vezes inevitável, quando a conversão da pessoa a Cristo é interpretada por outros como traição às suas origens culturais. Se possível, a despeito do conflito com sua cultura, os novos convertidos deveriam procurar identificar-se com as alegrias, esperanças, dores e lutas de sua cultura própria. (LUZBETAK, 1985, p.34)

Percebe-se, assim, que a busca incessante de cada comunidade cristã local deve ser alinhar suas tradições e costumes ao crivo dos pressupostos da cruz, os quais são eternos, supraculturais e constitutivamente promotores da bondade e da justiça. Somente uma abordagem nesse nível poderá ajudar-nos a fugir do falso dilema do relativismo cultural de um mundo multiculturalista.

As múltiplas culturas podem e devem coexistir pacificamente entre si. O que é inaceitável é o fato de que atos de violência — seja esta simbólica ou física — sejam defendidos como tradições culturais respeitáveis. Tudo aquilo que subjuga o outro sem conceder-lhe qualquer oportunidade de escolha diferente, expropriando-lhe a humanidade e condicionando sua existência à reificação deve ser totalmente rejeitado e combatido.

Paulo, os Tessalonicenses e o Padrão de Vida Cristão

Uma vez tendo sido realizado tal esclarecimento sobre o papel da cultura e sua relação com o cristianismo, ficam mais claras as orientações paulinas à comunidade tessalonicense. A preocupação de Paulo repousava na necessidade de esclarecer àqueles novos cristãos que alguns elementos de suas práticas culturais não eram próprios de execução para alguém que experimentou um novo nascimento, uma vez que tais atitudes estavam inteiramente ligadas a práticas idolátricas.

Um dos possíveis exemplos a serem apresentados sobre essa relação das práticas socialmente regulares entre os tessalonicenses, porém reprováveis segundo o padrão do cristianismo, é àquele que remete ao uso do vinho nas celebrações antigas. Segundo Almeida (2014, p.27): “As orgias em torno do vinho na Ásia Menor e na Palestina — os tabernáculos, solenidades dos cananeus, eram, originalmente, orgias ao estilo dos bacanais — foram marcadas por estados idênticos de êxtase aos das orgias em torno da cerveja na Trácia e na Frígia.”

Rituais celebrativos do culto dionisíaco  — os quais possuíam um calendário anual de, pelo menos, três grandes festejos públicos anualmente — estavam intrinsecamente associados a práticas sexuais. Cultos centrados no conceito de fertilidade da terra que estavam interligados ao uso do corpo como oferenda às divindades, por meio de danças, orgias e possessões, era algo muito comum naquele contexto histórico.

Dessa maneira, o que temos na fala de Paulo no início do capítulo 4 de 1 Tessalonicenses é a determinação de um sintoma que caracterizava a sociedade em Tessalônica: a violência. Em virtude da forte tradição do dionisismo que se desenvolveu naquela comunidade, os indivíduos não conseguiam perceber que a objetivação de seres humanos — especialmente de mulheres, com relação à sexualidade — é um dos mais degradantes atos de subjugação. Por isso, o que Paulo faz nesse momento de seu ministério é denunciar elementos de injustiça e dominação que operavam em Tessalônica sob o pretexto de piedade religiosa.

Como se pode perceber, a exortação paulina à santidade na sua epístola aos tessalonicenses, quando devidamente contextualizada, ganha outras conotações que vão além de um mero ascetismo cristão. As preocupações de Paulo com aquela jovem comunidade estavam diretamente ligadas à urgente necessidade de cada indivíduo perceber a completa incompatibilidade que havia entre o culto a Cristo Jesus e às celebrações, por exemplo, a Dioniso-Osíris.

A problemática da prostituição — para além de todo o debate estabelecido por Paulo em outros textos — está relacionada em Tessalônica à questão das possessões dionisíacas durante os bacanais . A devassidão sexual, sendo prática condenável em si mesma segundo a ótica cristã, estava diretamente associada às potestades que envolviam os cultos dionisíacos. Alertar a cada um possuir seu vaso em santificação e honra (1 Ts 4.4) envolve diretamente a necessidade de manter o corpo em separação exclusiva para Deus.

Perceba, no entanto, que a dedicação religiosa do corpo a Jesus Cristo no culto cristão significa algo completamente diferente daquilo que a possessão dionisíaca produz. Enquanto Dioniso bestializa seus adoradores — conduzindo-os ao completo descontrole, aos seus instintos mais baixos e à perda da consciência de si —, a consagração do corpo ao Senhor Deus implica domínio próprio, adoração consciente e profundo autoconhecimento — produzido pelo entendimento da fragilidade constitutiva de tudo aquilo que é humano.

A santidade de Deus em nossas vidas conduz-nos, muitas vezes, a um padrão de sociabilidade que, de várias maneiras, transcende as convenções sociais convenientemente aceitas, porém moral e espiritualmente reprováveis. Assumir-se cristão em Tessalônica implicava em enfrentar a fúria dos seguidores de César, Baco, Osíris e de tantos outros seres e deuses que dominavam a cena política e religiosa daquela cidade.”

*Este subsídio foi adaptado de BRAZIL, Thiago. A Igreja do Arrebatamento: O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias.  1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

Que Deus o(a) abençoe.

Telma Bueno

Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 Que fique registrado que uma questão absolutamente similar na Igreja de Corinto também é abordada de forma análoga por Paulo (1 Co 8). 

2 Especialistas afirmam que o Dioniso greco-romano é a mesma divindade que era cultuada no Egito sob a denominação de Osíris. Dioniso-Osíris é, dessa maneira, o deus dos rituais de fertilidade, do vinho e dos êxtases sexuais coletivos. Cf. SISSA, Giulia. DETIENNE, M. Um falo para Dioniso. In: Os deuses gregos. São Paulo: Cia das Letras, 1990. p. 267-277.

3 Eram assim que se denominavam oficialmente as celebrações a Dioniso — ou Baco, como também era nomeado. Esses rituais envolviam predominantemente mulheres que, entusiasmadas por Baco, entravam em transe religioso, despindo-se, indo em bandos para as florestas, tomadas por um frenesi bestial que as conduzia às mais animalescas práticas sexuais.



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