sexta-feira, 29 de maio de 2020

Lição 09- 2º Trimestre 2020 - Um Lugar de Abrigo - Juniores.

Lição 9 - Um Lugar de Abrigo 

2º Trimestre de 2020
Texto bíblico – Isaías 25.4; Mateus 11.28,29
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão que a Casa de Deus é também um lugar de abrigo. E quando falamos abrigo não estamos delimitando apenas o espaço físico como um local de ajuda aos necessitados. Mas também o espaço igreja como um local de acolhimento aos necessitados, aos abatidos de coração e aos que se encontram entristecidos por qualquer motivo, desde os mais simples até os mais complexos.
A igreja assume o papel de lugar de acolhimento porque ali se encontram pessoas que estão aprendendo novos valores para suas vidas. Valores estes que estão mudando a maneira como essas pessoas pensam e se comportam. Dentre as verdades que norteiam o novo tipo de conduta assumida pelos crentes perante a sociedade está o amor ao próximo. Esse mesmo amor é o que leva a igreja a funcionar como um lugar de apoio e acolhimento ao necessitado. Jesus afirmou: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (cf. Mt 11.28-30). A igreja de Cristo como representante dEle na terra tem a responsabilidade de acolher todos os que estão cansados a sobrecarregados.
A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1409) comenta este episódio da seguinte maneira:
O generoso convite de Jesus destina-se a ‘todos os que estais cansados e oprimidos’ com os problemas da vida e os pecados do próprio ser humano. Quem vem a Jesus e torna-se seu servo e faz a sua vontade, Ele o alivia de suas insuportáveis aflições e lhe dará descanso, paz e seu Espírito Santo como guia. Deste modo podemos suportar as provações e inquietações da vida com o auxílio e a graça de Deus (ver Hb 4.16).
O cuidado de Deus se apresenta na vida de todo aquele que entrega e confia a sua vida aos cuidados do Senhor. O seu papel, professor, é conduzir seus alunos à compreensão de que na presença de Deus eles podem encontrar segurança. Entender também que a Casa de Deus é um lugar onde eles podem ser acolhidos e, do mesmo modo, devem acolher aqueles que precisam de ajuda. É tão bom quando chegamos a um lugar e somos bem recebidos e aceitos. Certamente sentimos vontade de retornar ao local porque entendemos que ali é um lugar prazeroso para estar. Assim deve ser a Casa de Deus, e todos os que fazem parte de uma congregação, devem fazer o possível para tornar este lugar o mais agradável possível; um lugar de abrigo e acolhimento para todos os que estão cansados e sobrecarregados com as adversidades da vida.
Para reforçar o ensinamento da lição de hoje, sugerimos a seguinte atividade:
Confeccione cartões com palavras relacionadas com a importância de estar na Casa de Deus, por exemplo: gratidão, comunhão, alegria, paz, harmonia, amor, fé, acolhimento, etc. Fixe os cartões no quadro com fita adesiva na parte de trás. Cada aluno deverá escolher um cartão e dizer por que a Casa de Deus é um lugar especial, considerando a palavra escrita no cartão. Ex.: A Casa de Deus é um lugar especial por que... < Amor > é um local onde as pessoas aprendem a amar o seu próximo.

terça-feira, 26 de maio de 2020

Lição 09 - 2º Trimestre 2020 - Orando dentro da barriga de um peixe - Berçário.

Lição 09 - Orando dentro da barriga de um peixe 

2º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Mostrar aos pequeninos que o Papai do Céu ouve a nossa oração em todos os lugares.
É hora do versículo: “[...] Atenta para a minha oração” (Salmos 61 1.8).
Nesta lição, as crianças continuarão aprendendo sobre a oração, e reconhecerão que o Papai do Céu ouve a nossa oração em todos os lugares. Até mesmo dentro da barriga de um grande peixe! Jonas não obedeceu à ordem do Papai do Céu e acabou caindo no mar e sendo engolido por um grande peixe. E lá de dentro da barriga daquele peixão, lá no fundo do mar, Jonas orou ao Papai do Céu e Ele o ouviu.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças circularem os peixes menores e riscarem o peixe maior com Jonas dentro da barriga.
Professora, ore pela sua turminha para que esse coronavírus não contamine os seus pequenos. Cremos que o Senhor ouve e atende nossa oração. Não desanime! 
licao9 bercario jonasnabaleia
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 09 - 2º Trimestre 2020 - O Meu Amigo Alimenta muita Gente - Maternal.

Lição 9 - O Meu Amigo Alimenta muita Gente 

2º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Que a criança aprenda que não precisa ficar preocupada quanto ao alimento cotidiano, pois Deus sabe o que precisamos. 
Para guardar no coração: “ [...] Não se preocupem com a comida que precisam para viver [...].” (Lc  12.22)
Seja bem-vindo 
Receba os alunos com alegria. Demonstre contentamento pela presença de cada um deles! Após acomodá-los, distribua-lhes, em uma bandeja, pãezinhos picados, ou bisnaguinhas. Diga que a historia de hoje é sobre um grande lanche que Jesus ofereceu à multidão. 
Faça a chamadinha e depois faça um período de louvor e adoração bem animado, pois nosso Amigo, Jesus, merece todo o louvor e adoração. Com a ajuda de um voluntário, recolha as ofertinhas, sempre entoando um cântico apropriado.
Para refletir
‘“Aí Jesus pegou os cinco pães e os dois peixes, olhou para o céu e deu graças a Deus por eles” (Lc 9.16). Sendo Deus, Jesus não precisava rogar ao Pai a fim de que o milagre acontecesse. Entretanto, Jesus também era homem, e isso o levou, em diversas passagens, a orar e a suplicar a Deus.
Neste relato de Lucas, o que Jesus possui para alimentar a multidão é insuficiente. Ele apresenta ao Pai, então, os recursos de que dispõe numa demonstração de total dependência – a humanidade de Cristo tornava-o dependente de Deus. Nós também dependemos do Pai em todas as coisas. Mesmo quando há fartura de recursos, estes nada são se não os apresentarmos a Deus rogando-lhe a bênção. Nossos dons e capacidades só agem com eficácia quando submetidos àquele que é a origem das habilidades e talentos.
Ao preparar esta aula, como Jesus, agradeça a Deus pelos recursos que possui, confiante de que o Pai abençoará o seu trabalho e lhe multiplicará os frutos” (Karen Bandeira).
Fixando a aprendizagem
“Em folhas ofício, escreva o nome “Jesus” com letras grandes e vazadas, de forma que os alunos possam enfeitar cada letra como desejarem. Distribua as folhas e também materiais de arte variados, como tintas, cola colorida, paetês e estrelinhas. Estimule-os enfeitar as letras de forma bem caprichada. Diga: Este é o nome de Jesus. Ele é nosso amigo. O amigo Jesus é muito poderoso. Ele pode fazer coisas que nós não podemos fazer. Jesus tem poder para fazer muitos milagres. Vamos enfeitar bem bonito o nome do amigo Jesus” (Karen Bandeira).
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Mateus 14.13-21. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal
Envie suas dúvidas ou sugestões para telma.bueno@cpad.com.br

Lição 09 - 2º Trimestre 2020 - O Amigo que Ouviu a Voz de Deus - Jd. Infância.

Lição 09 - O Amigo que Ouviu a Voz de Deus 

2º Trimestre de 2020
Objetivos: Os alunos deverão discernir e reconhecer a voz de Deus; aprendendo a servi-lo com alegria em todo o tempo. 
É hora do versículo: “Deus fala de várias maneiras [...]” (Jó 33.14).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de Samuel, que Deus fala conosco de diversas maneiras e precisamos estar com o coração limpo para ouvir a sua voz. 
E quando ouvirmos a voz de Deus, devemos estar dispostos a servi-lo com alegria em todo o tempo, fazendo o que Ele nos manda fazer.
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com o desenho de um rolo. Relembre aos alunos que antigamente a Bíblia era escrita neste formato, até chegar ao formato de livro que temos hoje. A Bíblia contém a Palavra de Deus para nós hoje. Como atividade complementar, peça que cada aluno escreva em seu rolo um versículo que mais gosta da Bíblia e que o tenha já memorizado.
licao9 jardim rolo
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância 

Lição 09 - 2º Trimestre 2020 - Os Gibeonitas enganam Josué - Jovens.

Subsídios Lições Bíblicas - Jovens

Lição 9 - Os Gibeonitas enganam Josué 

2º Trimestre de 2020
Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus, estamos iniciando o preparo de mais uma lição. Segue abaixo o subsídio elaborado pelo comentarista do trimestre, pastor Reynaldo Odilo:
Lição 9  OS GIBEONITAS ENGANAM JOSUÉ
Introdução
Eva, a esposa de Adão, preferiu confiar na serpente do que na palavra de Deus, vindo, assim, a abrir a porta para o pecado, consumando, juntamente com seu marido, o evento teológico denominado Queda (Gn 3.1-7). Sansão, um dos mais renomados juízes de Israel, em desobediência a Deus, envolveu-se emocionalmente com uma filisteia, a qual lhe enganou, tirou-lhe as forças, roubou-lhe a visão (Jz 16.4-21). Um certo homem de Deus, que foi usado grandemente pelo Senhor, desprezou a orientação divina, dando crédito às palavras de um falso profeta, e, por isso, foi morto por um leão (1Rs 13.1-24). O que esses três personagens têm em comum: imprudência, consubstanciadas no fato de que não se esconderam do mal (Pv 22.3), mas “negociaram” com ele e, assim, amargaram grande prejuízo. 
A lista dos indivíduos que, na Bíblia, e na vida, agiram imprudentemente é longuíssima. Na verdade, poucos santos de Deus cujas biografias parciais foram expressas nas Escrituras não demonstraram, em suas condutas, traços de imprudência. Talvez Daniel e Neemias sejam os únicos representantes desta seleta lista no Antigo Testamento. No Novo Testamento, além de Jesus, quiçá apenas Estevão e José, o marido de Maria, tenham condições de integrarem esse rol. Assim, pode-se afirmar, com convicção, que a imprudência se constitui em uma das regras comportamentais mais presentes na natureza humana decaída.
Nesse contexto, e seguindo esse proceder, Josué, o líder do povo hebreu, e seus príncipes, logo após destruírem varonilmente Jericó e Ai, receberam a visita de pessoas em nome de um suposto Reino que ficava em terras desconhecidas, além do Rio Jordão.
Os presumíveis embaixadores estrangeiros foram muito loquazes e, usando as palavras adequadas, apresentaram pífias credenciais de veracidade, as quais foram admitidas, e, por fim, ofertaram presentes aos hebreus, que os aceitaram. Chegando o encontro diplomático a um entendimento, foi celebrado um tratado de paz e proteção mútuas com representantes daquele “povo distante”. Ledo engano. Tratavam-se, na verdade, de gibeonitas, que eram heveus (Js 11.19), os quais descendiam de Cão (Gn 10.15-17), e foi um heveu quem violentou Diná, filha de Jacó (Gn 34.2). Eles, além de terem uma comunidade que morava nas cidades de Gibeão, também ocupavam uma área a oeste do monte Hermom (Js 11.3 e Jz 3.3). Achavam-se, por isso, em rota de colisão com Israel e, portanto, configuravam-se como inimigos. Tal circunstância, entretanto, foi descoberta somente três dias depois, quando já era tarde demais, pois eles haviam feito juramento em nome do Senhor.
O episódio de Ai não tinha sido suficiente para Israel aprender a lição sobre a necessidade de prudência no agir. Nesse instante, com a confiança do povo em alta, pelas retumbantes vitórias recentes, surgiu-lhes um otimismo inabalável, fazendo com que eles ficassem menos atentos e, com isso, “baixassem a guarda”, como se diz coloquialmente. Quando não há comedimento, cautela, discernimento espiritual, busca a Deus e revelação, a tomada de importantes decisões pode ocasionar danos, muitas vezes, irreparáveis ou de difícil reparação.
I- Os inimigos se unem contra Israel
1- A bênção de Deus sempre repercute
As nações cananeias, quando ouviram acerca da bênção de Deus derramada aos hebreus, concedendo-lhes vitória sobre os obstáculos naturais e os inimigos estratégicos, algo estranho aconteceu. Inimigos históricos reuniram-se para combater o inimigo comum: Israel. O mal sabia que aquela guerra significaria o cumprimento das promessas de Deus e, por isso, se apressou em congregar os que tinham espírito beligerante para arruinar a estratégia de Josué.
Nesse sentido, é interessante perceber que os filhos do mundo, em regra, são mais hábeis do que os filhos da luz, como disse Jesus (Lc 16.8 ARA), conforme se viu nesse episódio. Observe-se que eles romperam preconceitos, esqueceram diferenças, perdoaram mágoas e, assim, fizeram uma grande aliança. Se não fosse o Senhor, que esteve com os filhos de Israel, os inimigos os teriam engolido vivos (Sl 124.3). 
Por outro lado, os que caminham com Deus, com muita dificuldade, unem-se para enfrentarem o inimigo comum.  Os discípulos, por exemplo, andando pessoalmente com o Senhor, frequentemente discutiam entre eles quem era o maior, e não como venceriam, juntos, o mundo. Por isso mesmo, na oração sacerdotal, esse era o principal pedido de Jesus: que os discípulos vivessem em perfeita unidade, como Ele e o Pai (Jo 17.21,23). 
No tempo da igreja do Século I, igualmente, os judaizantes, dentre outros partidos eclesiásticos (Coríntios tinha vários), por seu turno, perturbavam constantemente o crescimento da obra do Senhor, por defenderem seus pontos de vistas pessoais, sem consultarem a vontade de Deus. Como a igreja sofreu, e sofre, por causa dessa fogueira de vaidades que, invariavelmente, incendeia muitos dos “filhos da luz”!
2- Os inimigos, em regra, são mais numerosos
Além de terem a capacidade de se reunirem com um só propósito, principalmente para derrubarem aqueles que vivem com Deus, os filhos das trevas, geralmente, são mais numerosos. Impressiona, nesse contexto, a descrição da quantidade de povos cananeus, ao oeste do Jordão, que se uniram contra Israel: todos! E, certamente, a quantidade de guerreiros desses exércitos juntos superava facilmente as hostes hebreias. Chama a atenção, também, como, em toda a Bíblia, esse padrão frequentemente se reproduz: o povo de Deus, em regra, é minoria. 
Mister lembrar que Jesus mencionou que os crentes entram por uma porta estreita e andam num caminho apertado, bem diferente das pessoas do mundo, as quais não têm dificuldade em decidir o seu modus vivendi (porque a porta é larga) e encontram vasto espaço em seu caminhar (Lc 7.13,14), ou seja, viver no padrão do mundo não exige nenhum esforço, mas basta atender aos instintos sensuais, permitindo naturalmente se escravizar pelos vícios, e assim seguir o curso cultural da sociedade. Infelizmente, porém, os que se conduzem dessa forma, que é a maioria dos indivíduos, opõem-se contra Deus, constituindo-se em seus inimigos (Tg 4.4), como era o caso dos cananeus.
Assim, Israel estava em franca desvantagem naquele conflito porque não possuía armas poderosas (como, por exemplo, carros de guerra), tinha que enfrentar cidades fortificadas e travar combates com guerreiros mais experientes, mais fortes e altos (isso faz toda a diferença na luta corpo a corpo) e, sobretudo, diante da sua inferioridade numérica em relação ao número de soldados inimigos como um todo, afinal de contas, eram 31 reinos! Por tal razão, tempos depois, foi escrito um hino para o cancioneiro judaico que celebrava a conquista de Canaã, atribuindo, com justeza, ao Senhor aquele feito extraordinário, declarando que Ele tinha concedido vitória a Israel pela Sua destra, pelo Seu braço, e pela luz da Sua face, porque se agradou deles (Sl 44.1-3), fazendo emergir, nas entrelinhas, acerca dos grandes milagres ocorridos naquelas guerras.
Aliás, ao longo da Bíblia, não se vê Deus interessado em estabelecer superioridade numérica ao Seu povo, conforme se observa nos episódios com Noé, o único pregoeiro da justiça, em meio a muitos homens e mulheres que viviam distantes de Deus (Hb 11.7), a família de Jacó (Gn 34.30), as façanhas de libertadores como Baraque e Sansão, dentre outros homens de fé (Hb 11.32), que venceram suas maiores batalhas sempre com um número inferior de guerreiros que os adversários (4.6; 15.16); com Eliseu (2 Rs 6.15-17), Daniel e seus três amigos, os quais eram, possivelmente, os únicos servos de Deus no palácio do rei da Babilônia; com Neemias (Ne 7.4), dentre outros; além do icônico caso de Gideão, quando o Eterno falou: “Muito é o povo que está contigo, para eu dar aos midianitas em sua mão; a fim de que Israel não se glorie contra mim, dizendo: A minha mão me livrou” (Jz 7.2). Também é importante lembrar que Jesus chamou seus discípulos de pequeno rebanho (Lc 12.32).
3- O mal sempre atua em várias frentes
A guerra contra o povo de Deus habitualmente é travada em várias frentes, pois o mal procura se diversificar. Ao longo das Escrituras sempre isso aconteceu. No Salmo 91 menciona-se acerca de inúmeros tipos de batalhas, destacando-se as setas malignas que atacam de noite e de dia, deixando claro que perigos existem a todo o tempo. O apóstolo Paulo, por seu turno, elencou os vários campos de guerra espiritual em que ele lutou (2 Co 11. 24-26,28), mencionando instantes em que a peleja chegava pelas autoridades romanas ou hebraicas, acintosamente, e, noutros, em que a oposição acontecia pela astúcia de pessoas passando-se por irmãos.
Esse mesmo padrão se repetiu nesse episódio, pois se, por um lado, os cananeus se juntaram para combater Israel, por outro surgiu um signatário dissidente do pacto que, astuciosamente (hb. `ormah), no afã de ser preservado com vida, enganou-o, fazendo-se passar por amigo. Vale observar que essa palavra foi usada também em Ex 21.14, referindo-se ao assassinato à traição. Em Gn 3.1, ao chamar a serpente de sagaz (hb. `aruwm) cujo vernáculo também pode ser traduzido por sútil, astuto, matreiro, a narrativa bíblica traz a mesma conotação de conduta: alguém que, para enganar, age sutilmente, com engenhosidade.
A astúcia (gr. panourgia– artimanha, sagacidade, ou sabedoria ilusória ou falsa) do Inimigo também foi motivo de preocupação de Paulo em relação aos coríntios (2 Co 11.3). Em todo o tempo é preciso ter redobrada vigilância. 
II - A astúcia dos gibeonitas
1- Aparências enganam
O povo de Deus tinha tudo para atingir o alvo maior de suas vidas: conquistar uma terra para ali habitar. Diante do receio de que isso viesse a acontecer iminentemente, os gibeonitas, sabendo da boa reputação dos hebreus, de que eram pessoas virtuosas1, elaboraram uma encenação teatral para convencer Israel, com lisonjas, e “pegar-lhes na palavra”, como se diz popularmente. O intento deles deu certo: conseguiram a celebração de um tratado de paz e proteção, com um juramento solene, em nome do Senhor. Notável perceber a engenhosidade da abordagem: figurino compatível, linguagem humilde, pretensa piedade e um poderoso elemento surpresa: provavelmente trouxeram a melhor safra dos seus vinhos em odres velhos e remendados e, além do pão mofado, outros itens apetitosos da sua gastronomia, porque está escrito: “Então os homens de Israel tomaram da provisão deles” (Js 9.14), demonstrando que o pacto foi feito por impulso emocional, sem nenhuma base racional, estimulados pelos suprimentos que receberam...2  Israel aceitou a convenção de paz por achar que seria vantajoso, mas sem fazer nenhuma reflexão mais profunda, o que sempre traz prejuízos. “Deus, porém, não se deixa enganar pelas aparências” 3.
O Inimigo de nossas almas sempre faz assim: mostra o lado bom, no sentido utilitarista, de ter aliança com ele –“Você terá prazer, e não tem nada a perder”. Josué, e os príncipes de Israel, não perceberam que, com a bênção de Deus, caminhando 40 anos por um deserto abrasador, nada daquilo lhes tinha acontecido. Deixaram se levar pelas aparências, cometendo um grave equívoco e pagaram um alto preço.
2- A armadilha é descoberta
Quando Israel descobriu que os pretensos embaixadores eram, na verdade, inimigos, reclamou contra os príncipes (Js 9.18). Há uma frase que sintetiza a causa do problema criado pelos líderes: não pediram conselho ao SENHOR (Js 9.14). Quanto desilusão e perplexidade experimentaram por se permitirem serem enganados pela astúcia de Satanás, quando descobriram que estava bem perto, quase à porta, "aquilo que achavam estar muito distante” 4. Assim, envergonhados, tiveram que aturar as consequências de sua própria desídia. 
Deus queria dar-lhes muito mais, não somente os produtos recebidos das mãos dos gibeonitas, mas tudo quanto eles possuíam, pois esta era a sentença divina. Frequentemente, “pratos de lentilhas” roubam a cena, esfacelando promessas, desfazendo propósitos, estabelecendo lutas que, antes, não estavam programadas. A armadilha preparada deu um resultado surpreendente. Ficou comprovado: os hebreus eram, de fato, pessoas virtuosas, porém “docemente” ingênuas!
3- A manutenção da aliança
A formação de caráter do povo hebreu, juntamente com a reverência religiosa, notadamente por saber que não poderia usar o nome do Senhor em vão, proporcionou a manutenção da aliança feita sob o ardil mencionado. Deus tinha chancelado o juramento solenemente proclamado entre as duas partes, perante Ele, a tal ponto que, em 2 Sm 21.1,2, está escrito que Saul quebrou essa aliança, o que trouxe sérios infortúnios a Israel até que a devida reparação foi feita aos gibeonitas.
Na ficção “As Crônicas de Nárnia”, o festejado C. S. Lewis, com forte apelo cristão, conta a história na qual Edmundo, um menino que tinha traído seu povo, deveria morrer por causa de seu pecado. Para que isso não acontecesse, Aslan, o leão, fez uma reunião com a feiticeira, quando concordou morrer no lugar de Edmundo. Eis o que aconteceu após a reunião:
Finalmente ouviu-se a voz Aslan: — Venham todos. Tudo resolvido. Ela renunciou ao direito que tinha ao sangue de Edmundo. (...)
A feiticeira, com expressão de feroz alegria, já estava se afastando quando parou e disse: — Mas quem me garante que a promessa será cumprida?
— Raaaa-a-aarrgh! — rugiu Aslan, erguendo-se do trono. E suas fauces ficaram escancaradas. O rugido ribombou. A feiticeira, atônita, agarrou a saia e fugiu como se tivesse a vida em perigo.5 
Nessa obra, que o próprio Lewis confirmou, posteriormente, tratar-se de uma alegoria sobre história da salvação, Aslan (que representa o Deus que se encarnou e morreu para salvar a humanidade perdida), ficou bastante indignado, e rugiu ferozmente ao ser questionado sobre a fidelidade do seu compromisso assumido. Lewis estava demonstrando o que a Bíblia menciona de maneira incontestável: “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão” (Mc 13.31).  
No Brasil, o art. 147, II, do Código Civil, diz que o ato jurídico que tenha vício resultante de erro, simulação ou fraude pode ser anulado, entretanto os hebreus, mesmo diante dos “vícios contratuais”, devotavam grande respeito sobre os compromissos assumidos perante Deus, por isso o mantiveram, porque conheciam o caráter do Eterno, em quem não há mudança, nem sombra de variação  (Tg 1.17).
Infelizmente, nós, quantas vezes, comprometemo-nos em realizar algo, perante o Senhor, e simplesmente esquecemos, entretanto,apesar da nossa amnésia costumeira, Ele não se esquece dos nossos votos de fidelidade e espera que os cumpramos (Mt 12.36; 18.23,24; 25.19; Lc 16.2; 2 Pe 3.9).
III- Uma história de juízo e misericórdia  
1- Os gibeonitas são amaldiçoados
Quando viu que havia sido enganado, Josué ficou bravo e irrogou uma maldição sobre os gibeonitas: dentre vós nunca mais deixará de haver escravos, trabalhando como cortadores de lenha e carregadores de água para o tabernáculo (Js 9.23; Dt 29.11,12). A pergunta que surge é: por que aconteceu essa maldição? C.S. Lewis defende que os judeus amaldiçoavam com veemência porque eles levavam muito a sério a noção de certo e errado. Assim, tanto Josué, como Noé, por exemplo, amaldiçoaram os cananeus porque as coisas realizadas eram explicitamente erradas, detestáveis tanto para Deus como para os que as sofressem 6. Na verdade, as palavras de Josué apenas reforçaram a maldição proferida por Noé sobre os descendentes de Cão, que eles seriam servos dos filhos de Sem e Jafé (Gn 9.23-25).
A Bíblia diz que a maldição não vem sem causa (Pv 26.2) e, neste caso, foi decorrente de uma conduta enganosa, de um povo ímpio, que trouxe grande vexame (e problemas) aos consagrados líderes hebreus diante do povo, e, ademais, mudou todo o arcabouço do planejamento bélico de Israel. Os príncipes determinaram e Josué acatou a criação de uma casta social para os de Gibeão – eles seriam perpetuamente discriminados – um certo tipo de apartheid.
2- Uma significativa mudança
O acerto dos princípios de Israel era que os gibeonitas fossem escravos de “toda a congregação” (Js 9.21), mas Josué fez uma significativa alteração e tornou-os escravos do santuário de Deus (Js 9.23). Assim, Josué curiosamente os amaldiçoou com uma bênção! Afinal, uma maldição só se concretiza se houver justa causa perante Deus.
Observe-se a Graça de Deus se apresentando no tempo da lei, ao determinar que Israel desfilasse durante sete dias ao redor de Jericó, porque o Senhor estava oportunizando mais uma chance para os cidadãos se arrependerem e, com isso, evitar tantas mortes, principalmente de crianças. Quanta misericórdia da parte do Senhor! Infelizmente, porém, eles não se arrependeram, então veio a destruição. Neste caso, os gibeonitas queriam a bênção, porém não sabiam como a alcançar, por isso usaram de astúcia. Mesmo com o erro, Deus os aceitou e fê-los prosperar, pois percebia que, em seus corações, tinham o desejo de se submeterem a Deus (Js 9.24,25).
3- Bênção no lugar da maldição
No livro de Malaquias, Deus estava indignado com os sacerdotes de Israel e disse que, por isso, iria lhes amaldiçoar as bênçãos (Ml 2.2). Aqui, todavia, aconteceu exatamente o contrário. Os gibeonitas seriam trabalhadores, nunca alcançariam o sucesso, sendo designados, para sempre, como párias sociais em Israel. Eles, porém, ao que parece, não se interessavam pelo sucesso, mas estavam fitos em obedecerem a Deus e a Josué, cumprindo os termos do pacto. Com isso, eles tocaram o coração de Deus, o qual fê-los servos perpétuos em Sua casa (Js 9.23), tornando-os participantes de alguns direitos usufruídos pela casa de Levi, transformando a maldição em bênção. Por óbvio, a astúcia deles não pode ser entendida como nobre, na medida que se tratou de um pecado. Entretanto, a obediência posterior deles, que eram homens valentes (Js 10.2), é digna de admiração, pois demonstraram temor a Deus (Js 9.24,25), fazendo lembrar uma citação de Metaxas Eric, forte em Bonhoeffer:
Deus não tem interesse no sucesso, mas na obediência. Caso se obedeça a Deus e haja disposição para sofrer derrotas e o que mais surgir no caminho, Deus mostrará um tipo de sucesso que o mundo não é capaz de imaginar. Mas esse é o caminho estreito, e poucos iriam atravessá-lo 7
Assim, os gibeonitas se transformaram em uma grande bênção para Israel! Prova disso é que, no tempo de Samuel, a arca do concerto ficou durante décadas na cidade gibeonita de Quiriate-Jearim (Js 9.17; 1 Sm 7.1,2; 2 Sm 6.23,3) e, no tempo de Salomão, o tabernáculo foi armado em Gibeão (2 Cr 1.3). Posteriormente, eles foram chamados de netineus (ARC), ou servos do templo (ARA), ou netinins, auxiliando os levitas, e estavam entre os primeiros exilados que voltaram da Babilônia, sob a liderança de Zorobabel (1 Cr 9.2; Ed. 2.43, 58; 8.20). Apesar de serem descendentes de Cão, perpetuaram sua linhagem debaixo da bênção do Senhor e, assim, puderam ajudar, inclusive, na reconstrução dos muros de Jerusalém (Ne 3.7). A misericórdia triunfa no juízo.
Conclusão
A decisão imprudente de Israel de, não consultando o Senhor, fazer um importante tratado de paz e cooperação internacional com um povo desconhecido, trouxe muitos dissabores e problemas. Entretanto, como todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, segundo a tradição judaica, os gibeonitas se tornaram prosélitos, servindo a Deus de todo o coração! 
O Altíssimo transformou aquela maldição em bênção, fazendo com que os outrora inimigos fossem bastante úteis para a obra do ministério, e a guerra precipitada, em razão do acordo celebrado, redundasse numa vitória esmagadora de Israel, conforme se verá no capítulo seguinte. Não apenas Raabe e sua família se abrigaram debaixo das asas do Altíssimo; os de Gibeão conquistaram a confiança de Senhor e também foram absorvidos no plano da redenção.

1 JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 242 
2 HENRY, Matthew. Comentário Bíblico - Antigo Testamento - Josué a Ester. vol. 2, Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 42. 
3 LEWIS, C. S.. Cristianismo Puro e Simples. 1ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 104.
4 JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 242. 
5 LEWIS, C. S.. As Crônicas de Nárnia. 2ª ed., São Paulo: Martins Fonte, 2011, p. 166.
6 LEWIS, C. S.. Lendo os Salmos. 1ª ed., Viçosa: Ultimato, 2015, p. 37. 
7 ERIC, Metaxas. Bonhoeffer - Pastor, Mártir, Profeta, Espião (iBook), 1ª ed. eletrônica, São Paulo: Mundo Cristão, 2012, p. 323.

Lição 09 - 2º Trimestre 2020 - O Mistério da Unidade Revelado - Adultos.

Subsídios Lições Bíblicas - Adultos

Lição 9 - O Mistério da Unidade Revelado 

2º Trimestre de 2020
Que mistério foi esse revelado no Novo Testamento? Um mistério oculto desde todos os tempos e todas as gerações foi revelado ao povo de Deus do Novo Testamento. Esse é o assunto desta lição. Você tem o objetivo geral de ensinar acerca do mistério de Deus que esteve oculto e a revelação concedida aos profetas e aos apóstolos. Para isso, você deve explicar que o mistério oculto é o de que judeus e gentios seriam um só povo integrante de um mesmo corpo. Essa é uma consequência natural da inimizade destruída pela obra de Cristo, assunto que vimos em lição anterior. Depois você deve expor como e quando Deus revelou o mistério aos apóstolos e aos profetas. Isso tem tudo a ver com o desdobramento que a revelação se deu no Novo Testamento. E, finalmente, você deve mostrar aos alunos que desde a eternidade o mistério esteve encoberto para ser revelado em tempo oportuno.
Resumo da lição
Deus revelou o mistério que esteve oculto. Hoje, graças as Escrituras Sagradas, temos o privilégio de ter acesso a esse mistério. Nesse sentido, o tópico primeiro explica que o mistério da igreja de Cristo formada pela união entre judeus e gentios estivera oculto desde a eternidade. Aqui, você deve pontuar com clareza que o mistério oculto é que judeus e gentios seriam um só povo integrante de um mesmo corpo. 
O segundo tópico, expõe como e quando Deus revelou o mistério aos apóstolos e aos profetas. Nesse ponto você deve destacar que o “mistério revelado” é a Igreja redimida por Cristo e formada pelos povos e nações do mundo todo. É a nova raça espiritual, formada por uma nova comunidade internacional em que judeus e gentios são iguais e desfrutam dos mesmos privilégios espirituais em Cristo. 
O terceiro tópico mostra que desde a eternidade o mistério esteve encoberto para ser revelado em tempo oportuno, ou seja, o mistério da Igreja de Cristo foi pré-estabelecido pelo Pai desde antes da fundação do mundo. Aqui, você pode reforçar com a classe a onipotência e a onisciência divinas, atributos que revelam o quanto Deus é soberano e sustentador daquilo que planeja de antemão.  
Aplicação
Reflita com os seus alunos o quanto Deus é incomensurável. Ele planejou tudo desde a fundação do mundo. As Escrituras esclarecem o mistério que estava oculto desde muito tempo. Nós, a Igreja, o Corpo de Cristo, fazemos parte do mistério revelado.
Subsídio extraído da Revista Ensinador Cristão - Ano 21 nº81 (Jan/Fev/Mar) 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

sábado, 23 de maio de 2020

Lição 08 - 2º Trimestre 2020 - Um jovem que gostava de orar - Berçário.

Lição 08 - Um jovem que gostava de orar 

2º Trimestre de 2020 
Objetivo da lição: Incentivar o prazer pela oração.
É hora do versículo: “Orai sem cessar” (1 Tessalonicenses 5.17).
Nesta lição, as crianças continuarão aprendendo sobre a oração, e em especial, sobre o prazer de orar.  Daniel gostava muito de orar e por isso ele orava três vezes por dia! Daniel foi abençoado porque falava sempre com o Papai do Céu.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem o desenho de Daniel com alguns leões. Reforce com seus alunos que o Papai do Céu não deixou leão nenhum machucar Daniel. Incentive as crianças maiores a cobrirem o nome do nosso personagem de hoje. Não deixe de orar com a turminha. 
licao8 bercario daniel
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 08 - 2º Trimestre 2020 - O Meu Amigo Faz o Cego Voltar a Ver - Maternal.

Lição 8 - O Meu Amigo Faz o Cego Voltar a Ver 

2º Trimestre de 2020 
Objetivo da lição: Que a criança aprenda a buscar a cura no Amigo Jesus, quando ela ou um familiar estiver doente. 
Para guardar no coração: “Jesus andou [...] curando as enfermidades e as doenças [...].” (Mt  4.23)
Seja bem-vindo 
“Após receber e acomodar os alunos e visitantes, mostre-lhes uma bengala. Se você não tiver uma, pode improvisar com cabo de vassoura, ou apresentar-lhes a foto de uma, para que conheçam este objeto. Pergunte: Quem já viu uma bengala? Vocês sabem para que ela serve? (Ouça as respostas, e acrescente explicações conforme achar necessário.) Explique que pessoas fracas, sem força para andar, usam a bengala, e que os cegos a usam também para saber como é o chão por onde terão de passar. Para não caírem, os cegos precisam da bengala para sentir se há algum degrau, buraco, etc. Quando terminar de mostrar-lhes a bengala, diga que a história de hoje é sobre um homem cego, chamado Bartimeu. Cantem um corinho que fale do poder de Deus. Em seguida, recolha as ofertas.” (Karen Babdeira)
Para refletir
“A respeito do cego Bartimeu, não seria incorreto afirmar que, mesmo sem poder ver, tinha grande visão espiritual. Ele ouviu os rumores ao redor. Percebeu que algo anormal, porém maravilhoso, estava acontecendo, e perguntou o que era aquilo. Quando lhe responderam que Jesus de Nazaré estava passando, ele não perdeu tempo. Começou a gritar: – Jesus, Filho de Davi, tenha pena de mim! 
Pessoas que não tinham a visão espiritual de Bartimeu, mas que não deixaram de enxergar uma boa chance de censurar-lhe a fé, repreenderam-no, pedindo que se calasse. Bartimeu, todavia, não se intimidou, pois sabia que estava diante daquele que ensinou a orar sempre, e nunca desanimar (Lc 18.1). Ele estava diante do Mestre que contara a parábola da viúva que importunou o juiz, até ser atendida. 
Para ficar clara a importância de orar sempre, e de não desanimar, observemos a vida de oração do próprio Cristo. Apresentemos, então, os nossos pedidos ao Senhor que tudo pode. Falemos diariamente com o Pai, cientes de que a fé é a condição primária para que o Mestre pare, e pergunte: – O que você quer que eu faça?” (Karen Babdeira)
Fixando a aprendizagem
“Com fita crepe, marque no chão um circuito curto e simples. Pode ser ondulado, ou em ziguezague. Primeiro, os alunos andarão pelo circuito, um de cada vez, com os olhos abertos, prestando bastante atenção no caminho. Em seguida, terão os olhos cobertos com uma venda. Cada aluno terá a sua chance de andar pelo circuito com os olhos vendados.
Após a atividade, conversem sobre como foi mais fácil caminhar vendo. Explique que enxergar é uma grande bênção de Deus. Por isso o cego Bartimeu ficou tão feliz quando Jesus o curou!” (Karen Bandeira)
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Marcos 10.46-52. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal
Envie suas dúvidas ou sugestões para telma.bueno@cpad.com.br 

Lição 08 - 2º Trimestre 2020 - O Amigo Forte - Jd. Infância.

Lição 08 - O Amigo Forte 

2º Trimestre de 2020

Objetivos: Os alunos deverão entender que a verdadeira força não está em nossos braços, mas a força está na nossa fé em Deus. 
É hora do versículo: “[...] Deus é a minha força, ele é tudo o que sempre preciso” (Sl 73.26).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de Sansão, que quando Deus está conosco, temos uma força sobrenatural. Enfrentamos todos os desafios e não temos medo.
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com o desenho do forte Sansão e distribua para as crianças colorirem. Reforce que a força de Sansão vinha de Deus.
licao8 jardim sansao
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 08 - 2º Trimestre 2020 - A Igreja é um Lugar onde se fala a Verdade - Juniores.

Lição 8 - A Igreja é um Lugar onde se fala a Verdade 

2º Trimestre de 2020 
Texto bíblico – Efésios 4.24,25.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão que a igreja é um lugar onde se fala a verdade. O hábito de falar a verdade deve ser treinado desde cedo. Há muitas crianças que aprendem a mentir porque encontram nos pais ou mesmo nos irmãos esse tipo de comportamento. Por esse motivo, caro professor, é importante que você reforce aos seus alunos o dever de falar sempre a verdade.
Em geral, crianças aderem à mentira como um meio de não sofrer determinada punição por algo errado que tenham cometido ou por vergonha. São situações adversas que seus alunos precisam aprender lidar para que não cresçam com o hábito de ver na mentira um meio de sempre tirar vantagem em qualquer situação.
A Bíblia recomenda falar sempre a verdade. O apóstolo Paulo escreve aos efésios e exorta os irmãos a deixarem a mentira: “Vistam-se com a nova natureza, criada por Deus [...]. Por isso não mintam mais. Que cada um diga a verdade para o seu irmão na fé, pois todos nós somos membros do corpo de Cristo!” (4.24,25). É importante destacar esta verdade aos seus alunos, pois Deus espera obediência daqueles que fazem parte da comunhão com Cristo.
Seus alunos ainda são crianças que estão entrando em uma fase de muita curiosidade e descoberta. Nesta etapa os amigos podem influenciá-los a se comportarem de modo egoísta e desobediente. Por isso é tão importante que aprendam os valores básicos da Palavra de Deus e mantenham-se firmes.
Considere ao menos estes dois motivos pelos quais os Juniores podem aderir à mentira e comente sobre eles, mostrando a necessidade de manterem-se firmes na verdade:
1. Mentir por medo. O medo encontra na mentira uma espécie de fuga da realidade. Quando uma criança mente é porque tem medo de sofrer a punição por conta do erro que cometeu. Ensine seus alunos a criarem o hábito de confessarem suas culpas quando fizerem alguma coisa errada. Isso não é vergonhoso, pelo contrário, é uma demonstração de humildade. A Palavra de Deus nos ensina que: “Quem tenta esconder os seus pecados não terá sucesso na vida, mas Deus tem misericórdia de quem confessa os seus pecados e os abandona” (cf. Pv 28.13). Ensine-os a criarem o hábito de orar, confessando os erros cometidos ou admitirem quando errarem com alguém.
2. Mentir por vergonha. Sentir-se envergonhado por qualquer motivo faz parta da fase que os seus alunos estão atravessando. Muitos não querem reconhecer suas limitações ou admitir que não sabem realizar determinada tarefa. Então, como forma de esquivar-se da gozação dos colegas, muitos encontram na mentira uma saída para não passarem vergonha. Neste caso, caro professor, mostre aos seus alunos que a timidez é uma limitação que pode ser vencida. O apóstolo Paulo escreve a Timóteo e mostra ao jovem a importância de superar a timidez com ousadia e coragem: “Pois o Espírito que Deus nos deu não nos torna medrosos; pelo contrário, o Espírito nos enche de poder e de amor e nos torna prudentes” (cf. 2 Tm 1.7).
Destaque aos seus alunos que eles não precisam sentir vergonha das próprias limitações, afinal de contas, não somos perfeitos. Esta é uma oportunidade de ensiná-los a lidar com as próprias fraquezas. Reconhecer as limitações é uma oportunidade de aprender a superá-las, ou, se for o acaso, minimizar os impactos que tais limitações podem trazer para a vida. Apresente o exemplo do apóstolo Paulo (cf. 2 Co 12.7-9).
Para reforçar o aprendizado de seus alunos, a seguir, uma sugestão de atividade:
Confeccione cartões e descreva um resumo de episódios bíblicos com informações trocadas. Coloque os cartões em uma bolsa e peça para cada aluno retirar um cartão e contar a história corretamente. Ao final, mostre aos alunos a importância de a verdade sempre prevalecer. Reforce que não devemos nos atrever a inventar uma história ou fato que nunca ocorreu. Deus se agrada quando falamos a verdade!
Exemplo de história: 1 Sm 17.32-58: 
ERRADA: Davi se dispõe a lutar contra o Gigante Adrameleque. Davi contou ao rei Samuel que já havia enfrentado um lobo e um urso para proteger as ovelhas.
CORRETA: Davi se dispõe a lutar contra o Gigante Golias. Davi contou ao rei Saul que já havia enfrentado um leão e um urso para proteger as ovelhas.

Lição 08 - 2º Trimestre 2020 - O Dom de Discernir os Espíritos - Pré Adolescentes.

Lição 8 - O Dom de Discernir os Espíritos 

2º Trimestre de 2020
A lição de hoje encontra-se em: 1 Coríntios 12.10; 14.29; 1 João 4.1.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos estão convidados a aprender sobre um dom que é de muita importância para a igreja, porém pouco procurado. Estamos falando do dom de discernir os espíritos. Além de recebermos a mensagem, é indispensável identificarmos qual é a fonte inspiradora de tais mensagens. Não são poucas as ocasiões em que nos deparamos com pessoas que se dizem profetas de Deus, no entanto os seus frutos revelam total incompatibilidade com a conduta regida pelo Espírito Santo.
Nos dias atuais, muitas pessoas querem assumir a posição de “profeta”, dizendo-se portadores da mensagem de Deus. Isso confirma a extrema necessidade de haver um sério discernimento quanto às mensagens que têm chegado aos ouvidos da igreja. O próprio apóstolo Paulo revelou que nos últimos dias sobreviriam “tempos trabalhosos” (2 Tm 3.1-5), um tempo de pessoas que não teriam o compromisso verdadeiro com o evangelho, o que ocasionaria o surgimento de falsas doutrinas e manifestações de espíritos de engano em toda parte. Infelizmente estamos vivendo este tempo, pois muitos já não querem frequentar a Escola Dominical, o ambiente de aprendizado da Palavra de Deus. Outros estão atrás de pessoas que se dizem profetas, porém, estes supostos “profetas” não obedecem aos seus pastores, não conhecem a Bíblia e querem levar muitos a crerem nas suas revelações.
É importante que seus alunos peçam a Deus que os conceda o discernimento de espíritos para que não sejam levados por qualquer vento de doutrina. É preciso aprender identificar a forma como Deus se manifesta na igreja. Para tanto, Eurico Bergstén, na obra Teologia Sistemática (1999, p. 113), define este dom da seguinte maneira:
Por meio desse dom, o Espírito Santo revela que Jesus tem ‘olhos como chama de fogo’ (cf. Ap 1.14; Sl 139.1,12). O portador do dom recebe pelo Espírito Santo, como em um laudo, o resultado de uma análise vinda do laboratório de Deus sobre a qualidade exata do espírito que inspira e opera em determinadas pessoas. Esse dom revela a fonte de onde vem a inspiração das profecias e revelações, pois elas podem vir de inspiração divina (cf. At 15.32; 1 Co 14.3), podem representar o pensamento do coração daquele que as representa (cf. Jr 14.14; 23.16; Ez 13.2,3) ou podem provir de fonte impura ou contaminada (cf. Ap 2.20-24; Jr 23.13; 2.8; 1 Rs 22.19-24). O dom de discernir os espíritos é útil, pois constitui uma proteção divina, pela qual a Igreja fica guardada de más influências.
Não podemos ignorar que estamos vivendo este dia, do qual, profetizou o apóstolo Paulo. Portanto, desperte seus alunos para buscarem a Deus com seriedade e reforce o cuidado que devem ter para não serem confundidos com falsas revelações que trazem somente mais confusão para o entendimento. Mostre aos seus alunos que eles não devem abster-se de buscar os dons espirituais, porém o cuidado e discernimento são necessários para crescerem de forma saudável na presença de Deus. 
Boa aula!

Lição 08 - 2º Trimestre 2020 - A Batalha contra Ai - Jovens.

Subsídios Lições Bíblicas - Jovens

Lição 8 - A Batalha contra Ai 

2º Trimestre de 2020
Prezado(a) professor(a),
Segue o subsídio da lição 8. Uma boa aula!
A BATALHA CONTRA AI
Introdução
Subestimar pessoas nunca foi, nem nunca será, uma boa ideia, porque, geralmente, as aparências enganam. Com isso, profere-se julgamento precipitado, desprezando o conselho de Jesus: “não julgueis segundo a aparência” (Jo 7.24). Não é sem razão essa sabia recomendação do Mestre dos mestres, haja vista que as análises realizadas tão somente com base nas aparências não possuem consistência, equivocam-se e promovem confusões. O profeta Samuel, por exemplo, observava bastante a aparência das pessoas, a fim de considerá-las aptas ou não para determinadas tarefas e, por isso, foi repreendido pelo Senhor no episódio da sagração de Davi, quando lhe disse: “Não atentes para a sua aparência [...] porque o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1 Sm 16.7). Deus, nesse episódio, criticou ostensivamente a abordagem superficial das razões, a qual, infelizmente, apresenta-se como o padrão das considerações humanas.
Por outro lado, superestimar as pessoas constitui-se em conduta de sabedoria, capaz de conceder ganhos extraordinários. Note o caso de um jovem doente, pronto para morrer e que, por isso, foi subestimado pelo seu senhor, que provavelmente arrazoou: — Este escravo está doente; se o levarmos, irá nos atrapalhar. Então, melhor o deixarmos morrer em paz. Dessa forma, ele foi abandonado no meio do nada. Nos três dias seguintes, o quadro de saúde do rapaz se agravou, pois ele nada comeu ou bebeu, até que Davi e seus homens o encontraram e cuidaram dele. Recobrado o vigor, aquele ex-combatente amalequita conduziu o exército de Davi a uma grande vitória (1 Sm 30.11-17). Se Davi houvesse subestimado o pobre moribundo, teria sofrido uma irreparável perda, mas o filho de Jessé, como se sabe, era um homem segundo coração de Deus e, por esse motivo, enxergou onde a visão humana (amalequita) somente viu prejuízo e morte, uma oportunidade de investimento. Interessante a descrição da alimentação fornecida ao egípcio: água, um pedaço de massa de figos secos e dois cachos de passas, demonstrando que foi um investimento alto, para uma tropa em perseguição, com suprimentos regrados, e que não sabia qual seria o resultado daquela ação.
A análise precipitada, superficial, do senhor amalequita, em relação àquele que lhe parecia um estorvo, foi a causa da sua própria ruína, o que, na verdade, ressai como uma marca dos seres humanos em suas relações com os semelhantes. Esse paradigma de avaliação crítica, nalgumas vezes, transborda para o exame de situações desconhecidas, as quais, aparentemente, não oferecem risco grave: Isso será fácil. Não há com o que se preocupar. Está tudo sob controle. Ocorre que, às vezes, trata-se de um engano que redundará em enorme prejuízo. Assim, para se evitar surpresas desagradáveis, mister acreditar que nas batalhas da vida, em regra, não existem inimigos subestimáveis, pequenos, insignificantes. Todos os inimigos são potencialmente perigosos. Essa falta de discernimento foi, precisamente, o erro de Israel no caso da guerra contra Ai. 
Graças a Deus, porém, que Israel reconheceu a precipitação e falta de sabedoria e, contando com a misericórdia e bondade de Deus, conseguiu retornar ao patamar inicial e, assim, ascendendo ao estágio de dependência de Deus, tão necessário para a consecução de resultados positivos, logrou êxito na nova guerra empreendida. 
Os hebreus conquistaram Jericó, no Vale do Jordão e, agora, venceram a guerra contra uma das principais cidades localizada no caminho da cadeia central de montanhas: Ai, que era um lugar de importância estratégica, controlava a rota principal de Gilgal à região de Betel. A tática militar inspirada pelo Céu ao comandante hebreu estava sendo desenhada.
I - A Derrota para Ai
1. O perigo da autoconfiança 
Desconsiderar a importância dos semelhantes, sejam amigos ou sejam inimigos, chama-se subestimação. E, para que ela atue de maneira forte e eficaz, outro sentimento precisa reinar altaneiramente: a autoconfiança. São duas faces nefastas de uma mesma moeda. Uma mistura insana capaz de deteriorar, apequenar, desqualificar, o mais bem-intencionado dos homens! 
Josué, sem dúvida, era um homem de bem, mas que caiu no engodo da autoconfiança “excessiva” (quase um pleonasmo), aquela que levou Pedro a dizer a Jesus que nunca o negaria... Por óbvio, acreditar que se é capaz de realizar algo, com ajuda de Deus, como aconteceu quando enfrentou Jericó (Js 7.13), constitui-se em sentimento de suma importância. Todavia, terceirizar a estratégia do combate a observadores não chamados por Deus, e sem consultar o Príncipe do exército do Senhor, em oração, ou mesmo o sacerdote Eleazar, como aconteceu, foi uma imprudência, rendendo-lhe as baixas de 36 soldados israelitas! Em nenhum pesadelo, por mais tenebroso, naqueles dias de boas expectativas, supunha-se que tal fato ocorreria.
Não há nada mais ameaçador, perigoso, para um crente que a autoconfiança, pois ela anula a advertência: “vigiai e orai”. O servo de Deus deve acreditar que, com o auxílio do Céu, nada o deterá, entretanto jamais deve agir com orgulho, ufanismo, jactância. Ser ateu de si mesmo produzirá efeitos benéficos na caminhada com o Senhor, já que assim o cristão entenderá que sua capacidade de realização pessoal, ou a de outros que o ajudam, não é a causa primaz do êxito obtido, mas que, sobretudo, a vitória veio do Senhor.
A Bíblia trata acerca de alguns homens que, no início da vida, eram ateus de si mesmos, e crentes em Deus, mas, depois se tornaram crentes de si mesmo e, por consequência, excluíram o Altíssimo do seu rol de prioridades. Um deles foi o rei Asa que no começo do reinado “fez o que era bom e reto aos olhos do Senhor, seu Deus [...] E mandou a Judá que buscassem ao Senhor, Deus de seus pais” (2 Cr 14.2,4). Como o governo dele foi próspero! Ocorre que, na sua velhice “[...] caiu doente de seus pés [...], contudo, na sua enfermidade, não buscou ao Senhor, mas, antes, os médicos” (2 Cr 16.12). Ou seja, o foco de sua fé foi desviado da verdadeira fonte do poder! É isso fez, e faz, toda a diferença, no resultado final.
2. A percepção equivocada dos espias
Exercer o poder delegado, de uma autoridade constituída por Deus, exige certas condições, dentre as quais a de agir, com toda a humildade e responsabilidade, como se fosse o próprio poder delegante. Entretanto, há determinadas condutas que somente quem foi comissionado pelo Eterno pode realizar. Paulo, por exemplo, ensinou a Timóteo que ele não impusesse “precipitadamente as mãos” (1 Tm 5.22), alertando-o para que não delegasse atribuições eclesiásticas a quem não era realmente vocacionado para o trabalho. Caso isso acontecesse, não apenas o “consagrado” e sua família sofreriam, mas também toda a igreja e, em razão disso, se evidenciou a exortação, para que seu filho na fé não se impressionasse com as aparências dos homens. Que importante conselho!
Nesse desiderato, os espias (que certamente eram crentes fiéis) receberam a missão delegada por Josué para avaliarem a Cidade de Ai, porém o fizeram com excessivo entusiasmo, subestimaram os riscos, desconsideraram importantes variantes (Js 7.3). Na verdade, eles não estavam habilitados para tal função, pois para realizar aquela tarefa precisava-se de mais que experiência belicosa; carecia-se de haver sido constituído pelo Senhor especificamente. Colher as informações confiáveis, analisar as nuances e decidir a estratégia de guerra, eram atribuições exclusivas de Josué, depois de buscar a Deus.
Por óbvio, pedir opiniões e obter dados de outras pessoas não se vislumbra como um sinal de fraqueza, mas de inteligência (Jo 6.5,6). Todavia o fato de o líder não ponderar, investigar por si (como Josué fez anteriormente — Js 5.13) e, sobretudo, buscar conhecer a vontade divina, demonstra imaturidade, ingenuidade, irresponsabilidade. Israel pagou um alto preço pela desatenção e insubmissão de Josué (Js 7.4,5)!
3. Uma derrota importante 
Israel entrou na guerra pensando que, mais uma vez, sair-se-ia exitoso, porém, constituiu-se em grande fracasso: uma derrota acachapante. A morte de 36 israelitas, que fugiam diante dos inimigos, não era algo numericamente relevante, porém, no aspecto da promessa de Deus, era muito grave, porquanto o episódio mostrou que havia algo muito errado no comando! Onde estavam as promessas de Deus que garantiam sucesso em tudo?! O ânimo dos israelitas foi completamente atingido (Js 7.5), elemento psicológico importante para uma tropa. O medo, a dúvida, a apreensão substituíram a alegria decorrente da batalha contra Jericó.
Por outro lado, os inimigos que, até então, esperavam uma derrota fatal, celebraram que as coisas não eram tão ruins como pareciam. Matthew Henry aduz que “se todo exército estivesse lá, eles também não teriam sido capazes de defender seus postos, porque agora estavam debaixo da culpa e da ira divina”1.  Com os pecados que cometemos, o nome do Senhor não é glorificado.
II - O Motivo da Derrota: Israel Pecou!
1. A reação de Josué
Josué passou toda sua vida contemplando as consequências que os pecados dos seus compatriotas provocaram no destino dos hebreus. Quantas frustrações ele deve ter colecionado desde que saiu do Egito, passando pelos inóspitos anos de deserto e agora, na Terra Prometida, mais uma vez, algo deu errado. Certamente, o Inimigo de Deus deve ter se alegrado com o desfecho da guerra contra Ai, pois é nesses momentos de fragilidade, de decepção, de exaustão mental que o Inferno busca sepultar de vez a fé dos homens de Deus. C. S. Lewis, no seu livro de ficção em que um demônio envia cartas a outro, com o fim de ensiná-lo a tentar um crente ao pecado, capturou, de maneira ímpar, a fecha na psiquê humana que o Diabo tenta usar para monopolizar as situações emocionais desfavoráveis (como era aquela vivida por Josué) para conquistar as almas dos homens, a fim de poder “comercializá-las”, posto que em Apocalipse 18.13 está escrito que “Babilônia” era negociante de “almas de homens”.
Sem dúvida, como mencionou Lewis, Josué estava se sentindo pressionado, exausto, por tantas intercorrências emocionais; entretanto, naquele momento de grande frustração e tentação, por causa do vexame, ao invés de murmurar e “vender sua alma ao Diabo”, ele rasgou as suas vestes e prostrou-se diante do Senhor. Ele era um homem que tinha muita intimidade com Deus. Em sua oração, porém, questionou por que o Altíssimo tinha abandonado Israel tão cedo, quando poderia tê-lo deixado na Transjordânia, sem atravessar o Rio Jordão, dentre outros absurdos, ao que o Senhor replicou: “Levanta-te! Por que estás prostrado assim sobre o teu rosto? Israel pecou...” (Js 7.6-11).
Colocar a culpa pelo fracasso no Eterno!? Josué estava fazendo exatamente isso, quando foi interrompido pelo Senhor, para abrir-lhe o entendimento, posto que foi o pecado que Israel cometeu que proporcionou aquela tão grande derrota.  Afinal, como se sabe, tendo o pecado natureza maligna, ele desperta a ira da parte de Deus 2, o qual pode manifestar sua justiça imediatamente. É bem verdade que os homens estão acostumados com a longanimidade de Deus, em rechaçar o pecado lentamente (Gn 15.16), ou mesmo no Juízo Final (Lc 10.13,14), porém o Senhor pode derramar o cálice da sua ira, querendo, imediatamente (At 5.1-5). Isso se chama soberania.  Ele é o Justo Juiz!
2. Acã subtraiu objetos consagrados
Sabendo que havia sido cometida a transgressão, foi-se procurar o homem do pecado, o qual foi identificado pelo lançar de sortes, possivelmente através da escolha de cacos de cerâmica uniformes, devidamente identificados, postos dentro de um jarro (1 Sm 14.41,42; Pv 16.33), mesmo método usado para distribuir a Terra Prometida (Nm 26.55). A sorte caiu sobre Acã, um homem que, possivelmente, com menos de 20 anos de idade, atravessou o Mar Vermelho, depois peregrinou pelo deserto por 40 anos, atravessou o Rio Jordão, contemplou a queda dos muros de Jericó, mas, infelizmente, seu coração não era reto diante de Deus. Ao ver objetos consagrados, desejou-os, subtraiu-os e escondeu-os. O pecado de Acã produziu efeitos catastróficos para todo o Israel!
Grandes obstáculos foram retirados, diante da marcha triunfal de Israel, ao longo dos anos (Mar Vermelho, Rio Jordão, muralhas de Jericó, fortes inimigos, etc.)... nada podia deter esse povo vencedor, exceto o pecado, com seu poder destruidor, conforme se viu neste caso. É por isso que a Bíblia recomenda que nós, cristãos, devemos deixar de lado todo o pecado e embaraço que tão de perto nos rodeia (Hb 12.1).
3. A ira do Senhor se acendeu
No dia 8 de julho de 1741, nos Estados Unidos, foi pregado um importante sermão por Jonathan Edwards que proclamava a ira de Deus contra o pecado, o que trouxe um grande quebrantamento nos ouvintes, alguns choravam, outros se agarravam às colunas do templo, sentindo o calor das chamas do fogo do inferno sob seus pés... Naquele dia, a ira de um Deus santo foi estampada em fortes cores.
Edwards, sem dúvida, não exagerou nas afirmações feitas, porque “horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31). O pecado faz Deus se irar, não apenas ocasionalmente, mas todos os dias (Sl 7.11). Quando Ele olha para os filhos dos homens, sua santidade e sua justiça são frontalmente desafiadas, e isso lhe suscita ira. Nesse passo, ao vislumbrar Acã se apropriando do anátema (Js 7.1), sua santa ira se acendeu contra os filhos de Israel. Aquilo foi tão grave que Deus determinou um “memorial” sobre Acã e sua família, os quais foram apedrejados e queimados, juntamente com todos os seus bens (Js 7.25,26). Uma cena dantesca. O salário do pecado é a morte. As consequências daquele erro ficariam, para sempre, na lembrança do povo (Js 22.20), da mesma maneira que aconteceu quando Deus trouxe juízo em face do pecado de Ananias e Safira (At 5.11) “E houve um grande temor em toda a igreja e em todos os que ouviram estas coisas”.
III - Deus Entrega a Cidade de Ai
1. Um inimigo confiante 
Depois de a memória de Acã ser extirpada do meio do povo, Deus, mais uma vez, restaurou a fé do líder, dizendo-lhe que não temesse, nem se espantasse, porque tinha entregue à cidade inimiga em suas mãos (8.1). Agora, porém, a autoconfiança irresponsável mudou de lado, pois eram os inimigos quem estavam, como se diz coloquialmente, “cantando vitória”. Não sabiam, entretanto, que o Senhor havia mudado a sorte de seu povo, porquanto, uma vez resolvido o problema do pecado, as promessas foram renovadas e a bênção, novamente, estava a caminho. Seria apenas uma questão de tempo.
A longanimidade de Deus apresenta-se como um traço marcante de seu caráter, como se vê nesta situação de restauração. Ocorre, entrementes, que, no caso do pecado de Acã — como também nos de Nadabe e Abiú (trouxeram fogo estranho para o culto), Uzá (tocou na Arca da Aliança), Zacarias (duvidou da palavra de Gabriel), Ananias e Safira (mentiram na presença de Deus) —, a transgressão afrontou à autoridade de Deus, não só sua santidade. Quando isso acontece, em regra, o juízo divino ocorre sem delongas. Nessa seara, portanto, todo cuidado é pouco. 
2. A estratégia de Deus é diversificada
O Altíssimo é sumamente criativo. A natureza é prova inequívoca disso, uma vez que, como se sabe, tudo que foi criado possui uma identidade própria. Por exemplo, não existem dois seres vivos com o mesmo DNA e isso estabelece uma variação incrível na vida. Na verdade, todos nós temos somente algo em comum: todos somos diferentes. Por outro lado, analisando a criação inanimada, observa-se que nem mesmo as moléculas dos flocos de neve possuem a mesma semelhança, trazendo à memória a expressão paulina acerca da “multiforme sabedoria de Deus” (Ef 3.10), cuja ação pode ser contemplada até nos lugares mais longínquos do Universo.
Com base nessa perspectiva, vê-se, de maneira admirável, Deus mudando mais uma vez o seu jeito de agir (em relação à guerra contra Jericó) sem, todavia, alterar nenhum dos seus princípios. Contra Ai, as capas babilônicas, as peças de ouro, a prata, as pedras preciosas, que fossem encontradas, poderiam ser tomadas por despojo. Dessa vez, eles não rodeariam a cidade, pois a estratégia seria de emboscada: uma parte do povo fugiria para o deserto (Js 8.24), fingindo estar em fuga, mas, quando os homens de Ai os perseguissem, milhares de hebreus, que estavam escondidos, saqueariam e queimariam a cidade. 
O plano deu certo, e quando os inimigos viram sua cidade em chamas, ficaram desesperados, mas agora já era tarde demais. Todos foram mortos pelos israelitas (Js 8.2-29). O Senhor, que décadas antes, determinou que Moisés levantasse sua vara para que Israel prosperasse na peleja (Êx 17.11), agora fazia o mesmo com Josué, só que ele deveria levantar sua lança (Js 8.26). Deus, em sua criatividade, diversificou o milagre e, ademais, novamente, honrou o líder.
3. Culto da restauração
 A conquista de Israel sobre Ai trouxe grande alívio para Josué, o qual, em obediência à palavra do Senhor (Dt 27.1-8), convocou o povo até o Monte Ebal, onde edificou um altar, colocando, em pedras, uma cópia da lei de Moisés — talvez os Dez Mandamentos — (Js 8.30-35). Naquele lugar, promoveu uma grande reunião com importante significado profético, ocasião em que renovou o compromisso do povo com a Lei de Deus.
Inequivocamente, aquela árdua caminhada até o Monte Ebal deixou profundas impressões no povo de Israel, que precisava ter uma âncora espiritual na sua alma, marcando fortemente a presença de Deus em suas condutas. Chegando ao local do congresso espiritual, num lugar significativo da história hebraica, houve um reencontro do povo com Deus, depois de eventos complicados na Terra Prometida. Josué precisava de homens fortes nas próximas lutas que se avizinhavam, mas também que, sobretudo, tivessem experiências com o Senhor.
Conclusão
Os episódios até aqui mencionados demonstram, à sociedade, que se o povo de Deus seguir as orientações do Céu nunca será derrotado num empreendimento de fé, ainda que o inimigo seja mais forte e bem mais preparado do que ele. Caso desobedeça à Palavra de Deus, porém, como aconteceu com Acã, e aconteça de o líder, sem realizar um autoexame acerca da situação espiritual do povo e sem consultar a Deus, envolver-se numa guerra, por causa da legalidade dada ao mal, sofrerá revés, pois Deus não faz acepção de pessoas, nem tem o culpado por inocente.
Entretanto, ainda que tudo pareça perdido, e a situação seja desesperadora, havendo arrependimento e quebrantamento, o Senhor, por sua infinita misericórdia, quebrará os grilhões da morte e fará novamente resplandecer a luz do seu rosto sobre o seu povo, dando-lhe vitória.
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1   HENRY, Matthew. Comentário Bíblico - Antigo Testamento - Josué a Ester. vol.
2. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 29.2   PEDRO, Severino. A Doutrina do Pecado. Rio de Janeiro: 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 21.