sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Lição 08 - 1º Trimestre 2021 - Felizes os que são puros de coração - Juniores.

 

Lição 8 - Felizes os que são puros de coração 

1º Trimestre de 2021

Texto bíblico: Mateus 5.8; 23.26,26.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão que um coração puro é indispensável para que a obra de Deus seja realizada com excelência. Jesus afirmou aos seus discípulos que felizes são os que têm um coração puro porque verão a Deus (cf. Mt 5.8). A pureza está atrelada à santidade, e as Escrituras Sagradas afirmam que Deus é santo, nEle não há falta alguma (cf. Tg 1.17). Logo, todos os que estão na presença de Deus e conservam a pureza de coração, receberão a recompensa de ver o Senhor e de estar continuamente em Ele.

Seus alunos precisam aprender desde cedo que conservar um coração puro deve ser o alvo constante de todo cristão. Infelizmente, muitas circunstâncias surgem para tentar “sujar” o coração daqueles que servem a Deus, porém com a ajuda do Espírito Santo é possível manter o coração limpo. A história de hoje apresenta o exemplo de pessoas que se preocupavam mais com a aparência do que com a pureza interior. Destes fazia parte um bom número de fariseus que prezavam mais por honrar os rudimentos da tradição judaica do que zelar pela prática da vontade de Deus (cf. Jo 12.42,43). Na aula desta semana, mostre aos seus alunos o que é preciso observar para que tenham um coração puro e uma vida santa na presença de Deus.

A. A pureza de coração, uma virtude indispensável. A Palavra de Deus ensina que a pureza de coração é um requisito fundamental para que o crente possa desfrutar da presença de Deus de forma plena (cf, Mt 5.8). A pureza encontra sinônimo na palavra santidade. Faz parte do caráter de Deus ser santo, pois esta é a forma como Ele se identifica aos seus servos. “Sejam santos porque eu sou santo”, disse o Senhor (cf. 1 Pe 1.16). Sendo assim, ser santo não é um privilégio daqueles que participam das coisas concernentes ao Reino de Deus, e sim o dever de toda a criação de Deus. O relacionamento com o Senhor depende da forma como a pessoa se mantém separada de tudo o que é pecado ou que recebe influência dele. Preservar o coração limpo é afastar-se de todas as coisas que possam manchar o relacionamento o Criador. O Senhor promete uma recompensa para aqueles que rejeitam o pecado e mantêm o coração puro. Estes desfrutarão perpetuamente da presença do Senhor e terão alegria plena em sua presença (cf. Ap 21.3,4,7). 

B. Pureza interior X pureza exterior. Nos tempos de Jesus, infelizmente, havia aqueles que se preocupavam mais com a aparência do que com o interior do coração. O zelo dos fariseus por cumprir à risca todos os preceitos e ensinamentos da tradição judaica contrastava terminantemente com a vontade de Deus para o seu povo (cf. Mt 15.1-14). Na busca intensa por encontrar o caminho que os aproximasse de Deus, os judeus terminaram se afastando cada vez mais, porque não honravam a Deus nem aceitavam receber os seus ensinamentos. Antes, escolheram fundamentar a sua fé na religiosidade e tradição humana (cf. Mt 23.23). O orgulho os levou ao declínio espiritual. Como consequência dessa escolha, muitos não conseguiam compreender, de fato, qual era a vontade de Deus apresentada por Jesus, pois os seus olhos estavam vendados. Da mesma maneira, temos o nosso entendimento entenebrecido quando nos apegamos aos rudimentos institucionais e nos esquecemos de que o mais importante para Deus é a salvação e o bem-estar das pessoas. O Senhor espera encontrar em cada um de nós um coração puro que preze por fazer a vontade de Deus, e não apenas por demonstrar uma aparência vazia e sem perspectiva.

Compartilhe com seus alunos a importância de mantermos um coração puro na presença de Deus. Explique aos seus alunos que a boca fala aquilo que o coração está cheio. Sabemos que um coração cheio de sentimentos bons pronunciará palavras que edificam. Em contrapartida, um coração sujo pronunciará apenas palavras más e ações que não têm nenhum proveito. A fim de fixar o ensinamento da lição desta semana, prepare e distribua aos seus alunos várias bocas no tamanho de uma folha A4. Eles poderão pintar e decorar com canetinha e lápis de cor. Prepare uma folha com várias palavras boas e ruins e distribua aos seus alunos. Eles deverão recortar e colar sobre a boca as palavras que edificam. Peça que escrevam abaixo da boca: “A boca fala do que o coração está cheio” (Lc 6.45).

Tenha uma boa aula! 

Lição 08 - 1º Trimestre 2021 - Comprometidos com a Palavra de Deus - Adultos.

 

Lição 8 - Comprometidos com a Palavra de Deus 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – A AUTORIDADE DA BÍBLIA
II – ZELO PELA DOUTRINA
III – CUIDADO QUANTO AOS MODISMOS
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Demonstrar o nosso compromisso com a Palavra de Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Afirmar a autoridade da Bíblia;
II – Mostrar o zelo pela boa doutrina;
III – Pontuar os cuidados quanto ao modismos.

PONTO CENTRAL
Amamos a Palavra de Deus e somos comprometidos com ela.

Estimado(a) professor(a), nós somos apegados à Palavra e buscamos a orientação do Espírito Santo para nos ajudar na interpretação das Escrituras porque Ele é o divino autor da revelação de Deus à humanidade. Os profetas e os apóstolos, os instrumentos humanos, “falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21). Foi claramente afirmado que os profetas do Antigo Testamento recebiam a Palavra do Senhor por meio do seu Espírito (Zc 7.12; Ez 2.2; Ne 9.30). Uma comparação de Atos 28.25 com Isaías 6.9,10 ensina que o Espírito Santo é a Pessoa especial da Trindade que entregou a revelação de Deus em palavras. O Espírito de Deus é aquEle que inspirou as Escrituras, isto é, ensinou as palavras (1 Co 2.12,13), de modo que elas fossem precisas, infalíveis e repletas de autoridade. O Senhor Jesus prometeu enviar o Espírito Santo para ensinar aos seus apóstolos todas as coisas, e trazer à lembrança tudo o que Ele lhes havia dito (Jo 14.26). (Trecho extraído e adaptado do Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p. 684)

Por este motivo, estimule seus alunos a buscarem o Espírito Santo para ajuda-los na compreensão das Sagradas Escrituras a fim de evitarem os modismos que cercam nossas igrejas. Vejamos o que o comentarista da lição, pastor Esequias Soares, discorre sobre O Cuidado quanto aos Modismos

“O significado literal de ‘modismo’, segundo os dicionários da língua portuguesa, é o que está na moda, e, dependendo do contexto, é aquilo ‘que tem caráter efêmero, passageiro’. É nesse contexto o nosso cuidado, os nossos pais tiveram e devemos manter a mesma vigilância doutrinária. Esses modismos são provenientes de várias fontes: erros de interpretação de textos bíblicos, experiências pessoais e revelações de origem estranha. Trata-se de distorção doutrinária que está muito em voga na mídia evangélica e nos últimos anos vem recebendo aceitação de muitos líderes desavisados. 

Vários modismos pentecostais têm chegado ao país, como se fossem avivamentos bíblicos genuínos. É assim que se houve falar de doutrinas e práticas religiosas estranhas como sendo o avivamento esperado. Os principais modismos já saíram de moda e outros até já desapareceram. Os mais conhecidos são o mapeamento espiritual, a maldição hereditária, a ideia de ‘crentes endemoninhados’.12 Outro modismo que já está fora de moda é o ‘cair no poder’, chamado ‘sopro santo’. Muita gente se reunia nas igrejas e em grandes concentrações já predispostas para “cair no poder”, com alguém para segurar na hora de cair para trás. Às vezes, o pregador soprava ou jogava o paletó para o plenário e com isso muitos dos presentes caíam para trás. Tivemos que lidar com esse abuso por um bom tempo. 

O dente de ouro eram obturações de ouro que supostamente aconteciam durante os cultos mediante a pregação e a ministração de alguém com uma ‘unção específica’. Muitos iam para esses cultos previamente programados com lanternas e espelhos, e se via muita gente de boca escancarada, e outros com lanternas e espelhos procurando obturações de ouro. Tal modismo já desapareceu. A ‘unção do riso’ foi outra inovação, mas não durou muito tempo, é conhecida também como a ‘bênção de Toronto, gargalhada sagrada ou unção de Isaque’. As pessoas se reuniam nos cultos e começavam a dar gargalhas: ‘As manifestações relacionadas com este movimento incluem gargalhadas, cair no Espírito, passar tempo no carpete (to do carpet time) e emitir sons produzidos por animais tais como urrar como leão e latir como cachorro’.13 O movimento G-12 com a regressão psicológica também foi moda. Onde estão agora todos esses modismos? Alguns desapareceram, outros vão se reinventando para não dizer, desaparecendo. 

Ser comprometido com a Palavra é ir além da comunicação do evangelho, mas também batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos: ‘Amados, quando eu me empenhava para escrever-lhes a respeito da salvação que temos em comum, senti que era necessário corresponder-me com vocês, para exortá-los a lutar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos’ (Jd 3). Assim, o nosso cuidado com a doutrina deve ir além do combate aos modismos e também servir para defender a nossa fé das seitas e heresias, refutar os erros que se opõem aos ensinos bíblicos e persuadir os contradizentes para que eles se convertam ao evangelho. Devemos fazer o melhor para Deus.”


12 Esses três modismos da alegada “Batalha Espiritual”: o mapeamento espiritual, a maldição hereditária, a ideia de crentes endemoninhados, foram estudados na lição 1 do 1º. trimestre de 2019 e o assunto foi ampliado no livro que acompanhou o trimestre: SOARES, Esequias & SOARES, Daniele. Batalha Espiritual – O Povo de Deus e a Guerra Contra as Potestades do Mal. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, pp. 13-26.

13 ROMEIRO, Paulo. Evangélicos em Crise – Decadência Doutrinária na Igreja Brasileira. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1995, p. 79. Este livro apresenta um estudo amplo sobre a maioria dos modismos apresentada no presente capítulo com suas práticas abusivas e suas respectivas respostas bíblicas.


Texto extraído da obra “O Verdadeiro Pentecostalismo: A Atualidade da Doutrina Bíblica sobre a Atuação do Espírito Santo”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã 

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Lição 08 - 1º Trimestre 2021 - Papai do Céu Cuida de Mim - Maternal.

 

Lição 8 - Papai do Céu Cuida de Mim 

1º Trimestre de 2021

Objetivo da lição: Que a criança compreenda que ela pode descansar no cuidado do Papai do Céu. 

Para guardar no coração: “O Senhor guardará você de todo o perigo[...]” (Sl 121.7)

É hora de preparar-se

“Além da confiança no cuidado de Deus, o capítulo 27 de Atos traz-nos outras preciosas lições. Uma delas, que desejamos partilhar com você, está na diferença entre a atitude de Paulo e a dos soldados, em relação aos presos. A idéia dos soldados era que matassem os prisioneiros para que ninguém fugisse a nado (v.42). Uma justificativa para esta atitude é que os soldados deveriam pagar com a própria vida, se algum preso escapasse. Um olhar mais atento sobre a natureza humana, revela-nos, entretanto, algo mais grave na decisão dos soldados: na opinião deles, aqueles prisioneiros já estavam mesmo condenados. Afinal, quem eram eles, senão criminosos, salteadores e assassinos? Que lhes importava se Deus prometera a Paulo a vida daqueles homens? Isto os tornava menos criminosos e menos merecedores de castigo? Era melhor que morressem de uma vez! 

Não fazemos nós assim também? Em nossos sentimentos, não julgamos determinadas pessoas imerecedoras da graça de Deus? Em nosso coração, não as sentenciamos à condenação eterna? Fazemos isto cada vez que duvidamos da salvação de um traficante ou de um estuprador. Dentro de nós, gostaríamos mesmo é que se manifestasse contra eles a ira de Deus, conforme Rm 1.18. Esquecemo-nos de que graça é justamente favor imerecido, e que a vontade do Pai é que nenhum se perca (Jo 6.39). 

Que Deus nos dê a visão correta do apóstolo Paulo, que a ninguém julgou indigno, mas preocupou-se com a salvação de todos. Por que Deus lhe teria prometido a vida de todos quantos navegavam com ele (At 27.24)? Certamente, enquanto a tripulação lutava contra a tempestade, o apóstolo lutava em oração perante Deus, suplicando não só por si, como também por seus companheiros de viagem. Por certo, o grande missionário não perdera tempo; aproveitara cada minuto da viagem para falar-lhes de Cristo e conduzi-los à vida eterna, muito embora, dezenas deles estivessem de fato condenados à morte física, pela lei romana” (Marta Doreto).

Perfil da criança do maternal

“Se tivéssemos de usar uma única palavra para responder como é mentalmente a criança do maternal, diríamos: descobridora. A sua curiosidade e constante investigação das coisas, que a impulsionam a mexer em tudo, a querer tocar e ainda levar à boca, são totalmente justificáveis: estão descobrindo o surpreendente mundo criado pelo Pai Celeste.

A descoberta do mundo começou pelo próprio quarto, quando ainda era bebê; depois o lar, e vai expandindo-se à medida que sai de casa e freqüenta novos ambientes. E este conhecimento ou descoberta abrange também as pessoas, a começar pelos pais e os irmãos, e a si mesma. Aos poucos vai se conhecendo e conscientizando-se do lugar que ocupa na família, depois na sala de aula entre os demais alunos, e assim por diante” (Marta Doreto).

Oficina de ideias

“Encha de água umas duas bacias grandes, e deixe que as crianças coloquem para “navegar” os barquinhos que fizeram com folhas de revista. Mostre-lhes como agitar a água da bacia, para fingir que é uma tempestade no mar” (Marta Doreto).


Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Atos 27.8-44.  

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 08 - 1º Trimestre 2021 - Neemias, o Herói que não desistiu - Primários.

 

Lição 8 - Neemias, o Herói que não desistiu 

1º Trimestre de 2021

Objetivo: Que o aluno compreenda que não devemos desistir diante das dificuldades, pois o Senhor é conosco.

Ponto central: É preciso perseverar até receber a vitória.

Memória em ação: “[...] não desanimem, nem desistam [...]” (Hb 12.3b).

Querido (a) professor (a), em nossa próxima aula vamos falar sobre um tema tão difícil depraticar, até mesmo para nós adultos: PERSEVERAR! Diante das dificuldades, dosimprevistos, dos infortúnios, das injustiças, do cansaço, da derrota, do desânimo, ou seja, davida, precisamos perseverar! Oh, como é difícil não desistir e perseverar até o fim, até recebera promessa! Imagina então se manter firme, mesmo ciente de que “esse fim” tão desejadopode não ser como nós esperamos. Ou ainda, perseverar no Senhor, mesmo se a promessanão vier. Isso mesmo. A verdade – que requer ainda maior fé, maturidade e genuíno amor porDeus –, é esta: por mais que perseveremos crendo, nem sempre vivenciamos as promessas.

Responda para si mesmo: Eu ainda seria fiel ao Senhor se Ele não fizesse o que tanto peçoem oração? Eu ainda o amaria, ainda o serviria? Porque os “heróis da fé” mencionados emHebreus 11 assim fizeram.

“ [...] Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas , mas, vendo-as delonge, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos naterra.

Porque os que isso dizem claramente mostram que buscam uma pátria. E se, na verdade, selembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar.

Mas, agora, desejam uma melhor, isto é, a celestial. Pelo que também Deus não seenvergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade” (Hebreus11.13-16).

Nesta revista cujo tema e objetivo central é apresentar aos pequeninos alguns heróis, cujas histórias registradas nas Sagradas Escrituras nos inspiram enormemente a perseverar em nossas próprias batalhas, não tem como não lembrar desta maravilhosa galeria dos heróis da fé. Você estaria entre eles, entre os que “sem terem recebido as promessas” (v.13), ainda assim morreram cheios de fé?

Evidentemente o texto de Hebreus se refere à promessa da vida eterna, da Canaã celestial. Contudo, ainda é válida a reflexão: sirvo a Deus por amor ou por obrigação? Ou por medo? Ou hábito? Ou por interesse? Se Ele não cumprir o que eu tanto espero, oro, preciso, eu aindao amarei e servirei com o mesmo fervor?!

Independente de suas respostas converse com o Pai, peça a Ele esse amor que fortalece a féde um homem tão poderosamente a ponto de ultrapassar a lógica humana, o tempo e até mesmo a morte... Que vive aqui e adentra a Eternidade com a compreensão e alegrecontentamento de que a nossa Pátria não é neste mundo.

Que a alegria da salvação renove as suas forças para continuar perseverando em todas as suasbatalhas.

[...] não desanimem, nem desistam [...]” (Hebreus 12.3).

[...] aquele que perseverar até ao fim será salvo” (Mateus 24.13)

[...] O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 3.5,6)

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 08 - 1º Trimestre 2021 - A Santidade Não Saiu de Moda - Adolescentes.

 

Lição 8 - A Santidade Não Saiu de Moda 

1º Trimestre de 2021

Texto Bíblico: 1 Tessalonicenses 4.1-7

Destaque: Deus não nos chamou para vivermos na imoralidade, mas para sermoscompletamente dedicados a ele. (1 Ts 4.7)

Objetivos
Mostrar que ser santo não é uma opção para os cristãos, mas um mandamento;
Destacar o interesse de Deus em nossa santificação;
Explicar que “ficar” não tem nada haver com o jovem cristão.

SANTIDADE AO SENHOR

Marcelo Oliveira de Oliveira

O que é santificação

Santificação tem a ver com “separação”, “dedicação”, “purificação”, “consagração” e “serviço”, conforme apresentado pelo teólogo pentecostal, Myer Pearlman, em sua“Conhecendo as Doutrinas da Bíblia”. A Santificação, no campo espiritual, ocorre de maneira instantânea quando entregamos nossa vida a Cristo, pois Ele nos justifica, regenera e santifica. Entretanto, do ponto de vista da vida cristã na Terra, a santificação é um processo progressivo que envolve a reafirmação de vivência da vida cristã que se permite perseverar em Deus, rompendo radicalmente com o mundo.

O significado da santidade dos sacerdotes

A santidade exigida por Deus aos sacerdotes, no Antigo Testamento, significava a entrega total deles para exercer integralmente a vontade de Deus. Por isso, o sacerdote, bem como oslevitas, não recebeu terra, nem poderia trabalhar, mas devia ser sustentado pelos seus irmãosde outras tribos, a fim de viver radicalmente para Deus. Os sacerdotes, bem como os levitas, eram o motor que fazia o Tabernáculo, mais tarde o Templo, funcionar o tempo todo. Logo, aconsciência de que Deus estava presente no meio de seu povo era diuturnamente lembradapelo ministério no templo de seus escolhidos.

A santidade dos sacerdotes implicava toda a área da vida: a área moral, sim; a área espiritualtambém; a área ministerial propriamente dita. Tudo no sacerdote deveria transparecer a santidade do Senhor. Dizer “Senhor, eu sou teu” importava significar verdade e sinceridade. Do contrário, Deus não aceitava. Ele sempre demonstrou sua não aceitação do falso sacerdote por intermédio do ministério dos santos profetas.

O princípio da santidade hoje

A Palavra de Deus diz: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para asua maravilhosa luz; vós que, em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, sois povo deDeus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia” (1 Pe2.9,10). Aqui, está exposto o mesmo princípio de santidade esperado na vida dos sacerdotes do Antigo Testamento: “separação”, “dedicação”, “purificação”, “consagração” e “serviço”.

A implicação agora é maior, pois não fomos escolhidos por intermédio do ministério de um grande líder como Moisés, ou do sacerdote Arão, ou sob a liderança de Josué, mas pelo próprio Cristo, o Filho de Deus (Hb 2.1-4).

Deus lhe abençoe!

Flavianne Vaz
Editora Responsável pela Revista Adolescentes Vencedores da CPAD

Fonte: Texto extraído da revista Ensinador Cristão, editada pela CPAD. 

Lição 08 - 1º Trimestre 2021 - O Papel da Liderança na Igreja - Juvenis.

 

Lição 8 - O Papel da Liderança na Igreja 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A IMPORTÂNCIA DOS LÍDERES NA IGREJA
2. O PERFIL BÍBLICO DE UMA LIDERANÇA CRISTÃ
3. VOCAÇÃO E CHAMADO PARA A LIDERANÇA

OBJETIVOS
Discutir a importância da liderança na igreja;
Descrever as qualificações de um bom líder cristão;
Refletir sobre a vocação para a liderança cristã.

Querido (a) professor (a), na próxima aula vamos conversar com os juvenis sobre aliderança na igreja e a importância de segui-la, claro que com toda sabedoria. Não estamos falando aqui de uma doutrinação à obediência cega e irresponsável, como infelizmente muitas instituições religiosas requerem, mesmo isto não sendo coerente com a Palavra de Deus. Afinal, o Senhor nos criou como seres pensantes e não como robôs prontos a acatarordens, sem nem refletir sobre elas primeiro.

Propomos que esta reflexão seja expandida para a sala de aula. Faça perguntas quelevantem esta temática. Perguntas como: “Respeitar é obedecer sem pensar?”; “É bíblico obedecermos às autoridades? Mesmo quando estas estão em desacordo com a própria Bíblia?”; “Existe um limite para a obediência à liderança? Qual seria?”; “Discordar da ordem de um líder é desrespeito, é pecado?”; “Quando e de que maneira é pecado?”; “É possível contra-argumentar respeitosamente?”

Nesta faixa etária seus alunos tendem a ser questionadores, o que para muitos é encarado como “rebeldia”, mas na verdade pode ser trabalhado como uma boa característica. O educador de hoje precisa compreender e estar preparado para dialogar com esta geração que — de forma muito excedente às suas precursoras —, refletem, indagam,contra-argumentam muito mais.

Conduza esta reflexão de forma sábia, deixando que seus alunos se expressem com honestidade e ao final da discussão de cada pergunta, mostre que é possível um diálogo respeitoso entre liderado e liderança cristã, principalmente quando este é pautado em argumentos bíblicos e quando compreendemos que ela é fruto de legítimo zelo e amor.

Busque ao Senhor em oração para que Ele lhe dê Graça, Sabedoria e Palavras assertivas para conduzir esse tema de forma bíblica, a fim de contribuir com a unidade e crescimento da Igreja do Senhor Jesus Cristo.

O Senhor lhe abençoe e capacite!Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora Responsável da Revista Juvenis

Lição 08 - 1º Trimestre 2021 - Habacuque: A intercessão de um homem cheio de esperanças - Jovens.

 

Lição 8- Habacuque: A intercessão de um homem cheio de esperanças 

1º Trimestre de 2021

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Marcos Tedesco, comentarista do trimestre:

INTRODUÇÃO

Diante da ferocidade do Império Babilônico, o Reino de Judá experimentava um dos momentos mais difíceis de sua história. Depois de uma escalada terrível de violência urbana, paganismo, injustiças sociais e imoralidade por todos os lados, a ruína total era apenas uma questão de tempo diante dos cruéis exércitos de Nabucodonosor que marchavam em direção a Jerusalém. Ao vislumbrar tal cenário, Habacuque se levantou e perguntou ao próprio Deus: “Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás?” (Hc 1.2) A partir de uma primeira interpretação, somos levados a imaginar o quão desesperançado estava o profeta. Mas, quando nos debruçamos com mais atenção nas letras escritas pelo profeta, podemos perceber quão profundo é esse livro ao revelar uma série de diálogos entre um simples homem e o Deus poderoso, santo, justo e misericordioso. É esse o contexto que nos permitirá conhecer um pouco mais da história de um homem que intercedeu com toda a sua energia em favor do povo e que, a partir de um franco relacionamento com o Senhor, encheu-se de esperança e nos ensinou valiosas lições sobre fé, justiça, soberania e santidade.

I – A Iniquidade de Judá

Os tempos de glória se passaram e já não havia mais disposição para ouvir a voz de Deus no reino de Judá. Em vez de buscarem a retidão e a justiça, os contemporâneos de Habacuque estavam envoltos em iniquidades, injustiças, violência e afrontas à santidade divina. Durante muito tempo, os profetas pregaram o arrependimento e anunciaram o juízo que se aproximava, porém aquele povo não tinha mais interesse em restaurar o que se havia perdido.

Ao profeta bastava a intercessão a Deus pelo povo infiel. Habacuque, em oração, abriu o seu coração em busca da solução a difíceis questões. Contudo, a resposta do Senhor foi muito além do momento em que precedia a queda de Jerusalém e ainda continua repercutindo em um mundo a agonizar entre a iniquidade e a desesperança.

Caos e sofrimento 

O cotidiano vivido em Judá nos anos antecedentes à queda de Jerusalém era aterrorizante. Por todos os lados imperava um panorama de injustiças, perversidades e abominações evidenciando um desinteresse por qualquer mudança dos padrões e, muito menos, um retorno para Deus. Por todos os cantos de Judá, a situação complicava-se ainda mais e diversas atrocidades já eram vistas como algo comum pela maioria das pessoas: o abandono de crianças nas ruas, violência, injustiças sociais, contendas, litígios, suborno de autoridades, opressão aos menos favorecidos, justiça corrompida, entre muitas outras. Era uma época de grande insensibilidade humana, que levava a situações surpreendentes de crueldade e descompromisso com a vida. Os mais fracos eram oprimidos por pessoas que se deleitavam com os lucros da dor alheia. Foram tempos difíceis e que traziam muita tristeza para o profeta Habacuque, que buscava despertar o povo, assim como também fez Jeremias, para um concerto. No entanto, os ouvidos daquela geração já estavam cauterizados e não mais aceitavam as mensagens dos profetas enviados pelo Senhor. Deus, ao enviar profetas, abria uma porta para uma mudança mediante arrependimento e restauração. Todavia, essa mudança não poderia ser imposta já que deveria ser, sempre, fruto de profunda reflexão e desejo de renovo. Por muito tempo, Deus esperou que a situação se transformasse. Entretanto, o dia do juízo havia chegado. Para o profeta, agora só restava o questionamento ao sofrimento dos justos, que também sofreriam junto com os iníquos.

A situação terrível observada no reino de Judá nos anos que antecederam ao cativeiro, também pode ser encontrada nos dias atuais promovendo um esfriamento dos corações e uma terrível insensibilidade para com qualquer pessoa que sofra.

A iniquidade tem se multiplicado de forma assombrosa e as consequências geradas a partir de tal situação assumiram proporções incontroláveis. O atual quadro de iniquidade nos impressiona: a destruição da família e a condenação do padrão de vida santificada; a violência urbana tem revelado uma crueldade impressionante; a corrupção atingiu, nos últimos anos, índices jamais vistos na história da humanidade; as multidões (de todas as idades) que moram nas ruas mendigando e sendo desamparadas ampliam-se a cada dia; a fome tem atingido uma parcela cada vez maior da população; a prostituição e outras formas veladas de mercantilização dos corpos, levando à objetificação dos seres humanos; a justiça, que não é mais a favor do justo, mas é destruída por leis frouxas e interpretações compradas; as doenças da alma, levando um número crescente de pessoas ao suicídio, mutilação e crises psicossomáticas; guerras e terrorismos em todos os continentes; além de muitas outras realidades aqui não mencionadas. Jornais e sites de notícias facilmente nos mostram casos que desafiam a mente humana e causam náuseas pelas dimensões do que é narrado. Desde o abandono até o assassinato de criancinhas, o envenenamento de pessoas que mendigam alimento e a corrupção entranhada em campanhas que visam a salvar vidas são algumas das notícias que recentemente assustaram milhões de brasileiros, porém estão cada vez mais comuns e aos poucos vão sendo banalizadas. Se até nós, em nossa natureza humana, sentimo-nos entristecidos por tais acontecimentos, imaginemos o nosso amado Pai, que nos criou para a glória de seu nome. Com certeza, vivemos tempos de iniquidades semelhantes aos dias antecedentes ao juízo em Judá. São prenúncios dos tempos descritos por Jesus em seu ministério na terra (Mt 24.6-8), apontando, possivelmente, para “o princípio das dores”. O Mestre apontava que ouviríamos falar de guerras e de rumores de guerras e veríamos fomes, pestes, terremotos, todavia tudo isso ainda não seria o fim.

O povo foi alertado acerca das consequências de seus atos por diversos profetas durante muitos anos. As más escolhas daquelas pessoas um dia desencadeariam em juízo do Senhor e já não haveria mais tempo para pedidos de socorro. Os profetas foram desprezados e, inclusive, humilhados por muitos. Um claro exemplo podemos encontrar em Jeremias, que, durante várias décadas, sofreu na mão de incrédulos que o castigavam sem piedade, tendo inclusive seus escritos queimados pelo rei Jeoaquim (Jr 36). Habacuque compreendera perfeitamente que era chegada a hora do juízo, contudo, diante dos executores de tal castigo, questionou a Deus sobre o uso dos babilônicos para tal ação. Para o profeta, não havia mais nada a fazer além de questionar em prol dos justos que sofreriam também as consequências do juízo dos maus. O profeta clamava movido pelo amor a Deus, pelo desejo ardente de restauração (mas não por mãos ímpias) e por sua dor ao ver os justos serem vítimas das mesmas atrocidades que seriam impostas aos iníquos.

II – O Castigo de Judá 

O castigo é algo a trazer muito desconforto, no entanto é necessário em determinados contextos. No caso em que estamos estudando, o castigo aplicado tem a finalidade de correção e classifica-se como “educativo”, pois busca levar o povo novamente à presença do Senhor mediante arrependimento e restauração. Muitos justos também estavam sofrendo, assim como o profeta, nas mãos dos homens maus, como os próprios judeus, até mesmo dos estrangeiros, como os assírios (que derrubaram o Reino do Norte) e os babilônicos comandados por Nabucodonosor. Os justos apresentados por Habacuque ao Pai em suas orações intercessoras estavam tendo, aparentemente, o mesmo fim que os injustos e iníquos. Entretanto era apenas uma aparência, pois Deus jamais os abandonaria. No momento de maior intensidade das orações do profeta, o Senhor prometera que pela fé, eles viveriam. Deus se faria presente, e jamais desampararia os seus. Pela fé, cremos também nisso. Glória a Deus!

Todas as escolhas que fazemos, geram consequências. Se buscarmos o caminho certo e cumprirmos todas as condições para uma viagem tranquila, teremos uma boa chance de chegarmos ao destino desejado bem e em segurança. Não podemos almejar uma meta, ou uma condição futura, se não nos atentarmos às etapas e estruturas necessárias para tal. Sempre foi assim, e a Bíblia nos mostra diversos exemplos a respeito desse preceito. No tempo de Habacuque, assim como no tempo de Moisés, esse era um importante princípio que deveria ser observado. O livro de Deuteronômio registra três discursos de Moisés que impressionam pelo conteúdo influenciando tanto o povo do deserto quanto as gerações posteriores. Um desses discursos nos permite refletir sobre duas possibilidades dispostas à nossa frente: bênção e maldição. Vejamos: “Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando ouvirdes os mandamentos do Senhor, vosso Deus, que hoje vos mando; porém a maldição, se não ouvirdes os mandamentos do Senhor, vosso Deus, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno [...]” (Dt 11.26-28). Se o povo obedecesse à Palavra de Deus, seriam alcançados pela bênção. Por outro lado, se desprezassem os mandamentos do Senhor, seriam alvos da maldição. Era uma questão de escolha e conseqüência; o modo de vida do povo apontaria para o seu futuro. Sabemos que a maior parte do povo hebreu, com grande frequência, afastava-se de Deus e andava por caminhos de impiedade, vindo assim a padecer diante da maldição. Essas palavras de Moisés demonstravam ao povo o quanto suas formas de lidar com os desafios diários seriam determinantes quanto ao futuro. Os muitos anos de pecados e injustiças não passaram despercebidos por Deus. A aparente aceitação divina do que acontecia em Judá nos tempos de Jeremias e Habacuque não representava uma passividade do Senhor, mas sim um período necessário até que o juízo fosse determinado e, finalmente, protagonizado pelos caldeus. A validade dessas palavras é tão real hoje quanto era nos dias de Moisés e Habacuque. Temos diante de nós a escolha: bênção ou maldição. Tudo dependerá da forma como conduziremos os nossos passos. Aquilo que semearmos também colheremos (Gl 6.7). Precisamos ser convictos de que nenhuma injustiça ou iniquidade por si só representa a vitória do mal sobre o bem. No tempo certo, o juízo se cumprirá e os justos serão saciados em sua sede e gozaremos da paz que só encontramos em Deus (Sl 62.5).

Diante de tanto sofrimento e apreensão, Habacuque questionava o motivo do sofrimento dos justos. Ele podia aceitar o triste fim que era anunciado aos ímpios e apóstatas de Judá, mas lhe era incompreensível a iminente tragédia que alcançaria as pessoas que se mantinham fiéis. O profeta questiona com respeitosa e prudente indignação a indigesta realidade: “Por que os babilônicos?”. Difícil compreender como um povo ímpio e praticante das mais terríveis abominações poderia ser usado por Deus para trazer juízo ao seu povo. Em seu questionamento, Habacuque usa uma figura de linguagem comparando os invasores a pescadores os quais matavam suas presas por prazer (Hb 1.14-17), apontando uma nítida desumanidade. Como Deus permitiria que o seu povo caísse nas mãos de homens que se deleitavam com o sofrimento alheio? Como um Deus justo não interviria em tal atrocidade? São perguntas perturbadoras ao simples homem que via na intercessão a sua única possibilidade em busca da compreensão de tal dilema. A resposta de Deus para tais questionamentos serviu de bálsamo ao sofrido profeta: o justo, no fim, emergiria vitorioso. Os justos têm uma comunhão com o Pai, pois são retos e obedecem à vontade divina. Para viverem neste mundo decaído, os justos precisam ter uma firme confiança em Deus e, com alegria, seguir os propósitos divinos. Em relação aos ímpios que se aproximavam de Judá, o Senhor deixara bem claro que, também no tempo certo, os caldeus pagariam por suas atrocidades e iniquidades, porém, nesse momento, estariam sendo direcionados a serem os instrumentos de juízo sobre o povo de Judá. A situação parecia caótica, todavia o Senhor tinha tudo sobre controle: o momento terrível se fazia necessário em busca de um final mais elevado. No cativeiro, o povo seria trabalhado, o milagre aconteceria e Deus, no tempo certo, traria um novo tempo de restauração. As palavras de Habacuque tinham a nítida intenção de dar um amparo aos justos, que também sofriam por conta de toda a situação criada. Entrava em cena uma palavra-chave, tanto naqueles dias quanto no Novo Testamento e até hoje: fé!

Uma triste e assustadora sentença era reservada para Judá em que seus habitantes iníquos estavam prestes a ser massacrados pelas forças caldeias. O profeta Habacuque clamava a Deus por um socorro que não mais seria possível. O intercessor desejava o socorro imediato, contudo a resposta do Senhor apontou para uma solução que se projetava para além do seu tempo: o justo vivendo pela fé.

Os justos de Judá tinham uma grande esperança revelada na resposta de Deus a Habacuque: a fé se apresentava como um fator de extrema relevância na busca pela salvação e reconciliação com o Senhor. Era a fé que permitiria ao justo a continuidade da caminhada buscando firmemente os propósitos divinos. A epístola aos Hebreus define com precisão o que é “fé”: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1). É a fé que dá sentido ao ato de orar, pois cremos que Deus nos ouve e nos fortalece em meio à nossa caminhada anunciando o Reino de Deus. Deus queria que as pessoas soubessem dessa verdade excelsa e orientou ao profeta a forma correta de proceder. Habacuque deveria escrever de modo destacado em grandes tábuas e de forma bem legível para que, todo aquele que passasse correndo ao ser levado ao cativeiro, pudesse ler e deixar marcado em seu coração e mente que a “fé” seria o segredo para sobreviver ao que passariam, pois tinham a convicção de que um dia o Senhor novamente os colocaria de pé. Deus estava no controle (Is 26.3)!

III – A Oração de Habacuque 

O profeta Habacuque descreve, em seus escritos, uma conversa com Deus questionando o juízo que se aproximava sobre o povo de Judá. Nesse diálogo, é observado um relacionamento com o Senhor envolto em intimidade, obediência, dependência e fidelidade. Não se trata de um questionar confrontando, mas sim de uma ação em busca de melhor compreensão da dimensão dos planos que o Pai tem para os seus. A resposta de Deus à oração revela informações já conhecidas pelo profeta em seu coração; afinal, buscava ao Pai constantemente ao longo de sua vida. A oração de Habacuque nos permite o entendimento do papel da fé na vida dos justos, levando-os a uma firme esperança na soberania divina. 

Deus Os profetas que escreveram livros na Bíblia dirigiram suas palavras a pessoas específicas, ou ainda, a todo um povo, entretanto com Habacuque foi diferente. O seu livro registra palavras que nos mostram um profundo diálogo entre o profeta e Deus. 

Em toda a Bíblia Sagrada, é raríssimo encontrarmos personagens que receberam de Deus a autorização para questioná-lo abertamente: Moisés é um conhecido exemplo (Êx 33), intercedendo pelo povo que era teimoso em pleno deserto. Outro caso muito conhecido se refere a Habacuque. No início do capítulo 1, o profeta se entristece mediante a injustiça que impera no meio de seu povo e pergunta por que Deus não intervém: “Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: violência! E não me salvarás?” (Hc 1.2). Já mais adiante, o questionamento é mais “cirúrgico”, abordando a aparente passividade divina enquanto o ímpio destrói e humilha aquele que é justo (Hc 1.13). Não obstante, como pode o Senhor soberano permitir que um homem o questione de forma tão direta? A resposta é simples e animadora: o questionamento de Habacuque, assim como o de Moisés, foi originado em uma relação de profunda intimidade com Deus e protagonizado por alguém que buscava servir ao Senhor com inteireza de coração, permitindo-se ser guiado em tudo pela direção divina. A forma de oração praticada por Habacuque, mas que também encontramos em Moisés e Jó, por exemplo, desafia um entendimento comum, no entanto equivocado, de que não podemos questionar a Deus. É importante destacar que esse tipo de questionamento precisa ser envolto em algumas considerações bem específicas. Aqui apontaremos algumas: não deve ser combativo; deve ser fruto de confiança e fé convicta; só acontece em um relacionamento qualitativo com Deus; busca uma compreensão em relação à vontade divina, não a sua contestação.

O questionamento a Deus jamais pode ser motivado por simples indignação ou ainda incredulidade na soberania ou justiça divina. Esse questionamento é aceitável quando expressa um desejo do crente em conhecer melhor os planos que o Senhor tem para os seus. O diálogo questionador, no caso estudado por nós, justifica-se quando almejamos conhecer ainda mais os propósitos de Deus para a nossa vida.

O profeta possuía uma liberdade com Deus que fora construída ao redor de um relacionamento que gerou notável intimidade. Quando Habacuque orou e intercedeu pelo povo, sentimentos e virtudes nobres estavam envolvidos, os quais nos servem de exemplo. Como interceder se não amamos e nem nos importamos com o alvo da intercessão? A verdadeira intercessão não deve ser apenas fruto de uma reflexão e consequente ação intencional. A intercessão que toca o coração de Deus deve, também, ser oriunda de um profundo sentimento de identificação afetiva com aquele que é contemplado no ato intercessor. Sendo assim, o questionamento não é fruto de simples discordância, porém é concebido a partir de um amálgama de posturas e características próprias do crente fiel e diligente. Como interceder sem amar, sem sentir júbilo com a alegria do próximo e tristeza como o lamento de quem está à nossa frente? A intercessão não pode ser descomprometida com o amor reverberado em nós pela ação divina, mas sim, por esse amor, impulsionada. Finalmente, é importante destacar ainda que, mediante a intercessão, os intercessores também são alvos de bênçãos. Veja: aprofunda nossa intimidade com Deus (Sl 63.1-11); amplia a visão espiritual (Dn 9.20-23); intensifica a unidade (Fp 1.19; 1 Co 1.11); e promove a bênção (Mc 10.29-30). Um versículo do livro de Jó exemplifica bem esse fato, vejamos: “E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía” (Jó 42.10). Ao intercedermos com o coração movido pelo amor de Deus, nossas próprias vidas são alcançadas e abençoadas, afinal, como ser dirigido pelo Senhor e não ser cheio das suas bênçãos? Enquanto Habacuque intercedia por aquele povo, o seu coração era inundado pela presença restauradora de Deus e, em pleno diálogo, verdades maravilhosas lhes eram apresentadas. Foi naquele momento que o profeta entendeu, na prática, o alcance do amor, da justiça e da soberania divina. Ao justo, bastava a suficiência da fé e a esperança vívida no soberano Deus.

A sensibilidade de Habacuque nos impressiona. Se atentarmos para duas unidades temáticas, os primeiros dois capítulos e o último capítulo, perceberemos uma marcante diferença entre elas. Em um primeiro momento, o profeta exprime um sofrimento devastador a ponto de questionar Deus e chorar pelos justos que sofrerão no cativeiro. Todavia, algo acontece. O Pai responde e revela um grande segredo para a caminhada triunfante do crente: a fé (Hc 2.4). O profeta tem seu questionamento atendido por Deus, não como desejava o homem, mas de uma forma totalmente alinhada com uma narrativa bíblica amorosa, a qual se direciona para a restauração. Uma palavra a ser enfatizada ao longo do terceiro capítulo do livro de Habacuque é, sem dúvida, a esperança. Ao longo do texto, o profeta enfatiza a soberania divina e, finalmente, declara que a sua força está em Jeová. Independentemente das circunstâncias e das restrições temporais, o profeta sabia que Deus estava no controle e, no tempo certo, o justo teria a sua vitória.  Habacuque agora, com essa mensagem bem gravada em sua mente, via o invisível (Hb 11.27) e estava pronto para um novo tempo de esperança. Então, as palavras são de esperança e paz. Alegremo-nos no Senhor, exultemos no Deus de nossa salvação (Hc 3.17-19).

Após ter obtido a resposta de Deus, Habacuque compõe um cântico celebrando o Senhor e as suas grandes obras. Em uma primorosa abordagem, os grandes feitos divinos são lembrados, demonstrando o cuidado de Deus para como o seu povo (Hc 3.1-15). Independentemente do que pudesse vir a acontecer, o profeta celebra e canta uma maravilhosa verdade: tudo terminaria bem para aqueles que servem ao Deus soberano. Os justos jamais seriam desamparados.o de uma comunhão outrora perdida. 

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Lição 07 - 1º Trimestre 2021 - Felizes os que são misericordiosos - Juniores.

 

Lição 7 - Felizes os que são misericordiosos 

1º Trimestre de 2021

Texto bíblico: Mateus 5.7; Lucas 10.25-35.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão a respeito da misericórdia. Jesus ensinou que os misericordiosos são mais do que felizes, pois a misericórdia é uma virtude que faz parte do caráter de Deus (cf. Sl 106). Ele é misericordioso e espera que da mesma maneira os seus filhos sejam misericordiosos com os que estão ao seu redor.

Nesta mesma perspectiva, a lição desta semana narra o episódio em que Jesus é questionado por um mestre da Lei a respeito do que devemos fazer para herdar a vida eterna. Na mesma hora, Jesus contou uma parábola que mostra o quanto a religiosidade, muitas vezes, substitui a vontade de Deus em nossos corações. A história que Jesus contou é a do Bom Samaritano: um moço que percorria a estrada de Jerusalém com destino a Jericó. No meio do caminho, ele encontrou salteadores que levaram seus bens e o espancaram, deixando-o quase morto. Três pessoas distintas aparecem na estrada e apenas uma delas oferece ajuda ao moço ferido. Nesta história, muitas lições podem ser adquiridas. Vejamos o que Jesus ensinou aos seus ouvintes:

1. Um sacerdote. O sacerdote dessa história representa o sistema religioso judaico da época de Jesus. Para ele, não era prioridade oferecer ajuda ao próximo, haja vista que a sua preocupação estava na manutenção do templo e das tradições judaicas (Mt 23.1-7,23). Não havia interesse em ajudar as pessoas nos tempos de Jesus, ainda mais se ele fosse estrangeiro. Como poderia o sacerdote, um homem de ordem elevada na religião judaica, interromper o seu percurso para atender a necessidade de um pecador, alguém que talvez nem cumprisse as obrigações com o judaísmo? Era um comportamento totalmente apático, distante do amor de Deus, e que o mestre da lei, que havia interrogado Jesus, conhecia muito bem. O exemplo do sacerdote nos ensina que por mais ocupados ou interessados que estejamos em cumprir com as nossas responsabilidades na Casa de Deus, estas não são mais importantes do que zelar pelo bem-estar das pessoas (Mc 2.17). Há muitos feridos e abatidos que vêm à igreja. A Casa de Deus é um hospital e deve estar preparada para acolher os que precisam.

2. O levita. O levita era outro personagem que tinha responsabilidades a cumprir de ordem cerimonial do templo. Da mesma maneira que o sacerdote, o levita também não se importou com a necessidade do próximo, ele conhecia muito bem as ordenanças do templo e quais as implicações da sua função, mas nada o comoveu a interromper seu percurso para ajudar o moço que estava caído e abandonado à beira do caminho. Aprendemos, também, com o exemplo do levita que devemos dar atenção às necessidades do próximo. As obrigações com a igreja sempre existirão, porém ajudar as pessoas, ainda mais, aquelas que se encontram feridas, é uma necessidade urgente e que precisa ser atendida (Mt 25.35,40,45). Muitas vezes, estamos tão ocupados em cumprir as ordenanças do templo que nos esquecemos de observar se ao nosso lado não há pessoas precisando de ajuda ou mesmo de uma palavra de apoio. Todo sentimento de egoísmo deve ser rejeitado em nossos corações, afinal de contas, a mensagem fundamenta do evangelho é a mensagem do amor de Deus.

3. O samaritano. A história assume um contexto diferente a partir da entrada do samaritano em cena. Quando aqueles que representavam a religião se foram e as expectativas do moço ferido já chegavam ao fim, um homem que não tinha as obrigações com o templo aparece para ajudar. O samaritano sofria com o preconceito, porquanto, judeus não se relacionavam com os samaritanos, tendo vista que havia uma guerra étnica e religiosa que perdurava há anos naquela região, desde quando o reino de Israel ao norte havia sido ocupado pelo governo assírio (cf. 2 Rs 17.5,6). Mesmo assim, o samaritano demonstrou compaixão pelo seu próximo, sem se importar quem era ele, de onde viera e o que fazia. O samaritano apenas se importou em ajudar o moço ferido para que ele sobrevivesse. Da mesma maneira o Senhor deseja encontrar “bons samaritanos” nos dias atuais, pessoas que estejam com o coração disposto a amar as pessoas sem olhar para as suas falhas ou as julgarem por seus erros passados. Há muitos que estão morrendo e, assim como o moço dessa história, precisam apenas de uma nova chance para arrependerem-se e obedecerem a vontade de Deus.

Com base nestas afirmativas, sugerimos a seguinte atividade: entregue aos alunos cartões que tenham o versículo do dia escrito. Depois, distribua lápis de cor, canetinhas coloridas, régua, tesoura sem ponta e outros materiais para os alunos decorarem os cartões. Reserve o final da aula para realizarem uma arrecadação de mantimentos com a finalidade de ajudar as pessoas conhecidas da igreja que estejam precisando. Os cartões podem ser entregues às pessoas que receberão os mantimentos. Estenda o convite a todos os membros da igreja.

Tenha uma boa aula! 

Lição 07 - 1º Trimestre 2021 - Cumprindo minhas Tarefas - Pré Adolescentes.

 

Lição 7 - Cumprindo minhas Tarefas 

1º Trimestre de 2021

Texto bíblico: Provérbios 10.1; 22.6.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão a respeito da necessidade de serem organizados. Manter-se de forma ordeira em vários aspectos da vida não é uma proeza que não se alcança da noite para o dia. Antes é fruto do exercício contínuo da disciplina e do respeito às regras. Seja em casa, na escola ou em qualquer ocasião da vida somos obrigados a reconhecer as regras e sujeitarmo-nos a elas. Concordando ou não as regras existem para que seja mantida a ordem e a organização da sociedade.

A lição desta semana faz um apelo para que seus alunos entendam que ser responsável não é uma virtude que deve ser imposta, mas deve passar a existir dentro de cada pessoa que entende o significado que essa atitude tem para sua vida própria vida. Seus alunos devem ser responsáveis porque para aqueles que praticam a justiça, a Bíblia afirma que há recompensa (Sl 58.11). Devem ser organizado porque o nosso Deus não realiza nada sem ordem e decência. Ele mesmo determinou um tempo para todas as coisas (cf. Ec 3.1-11). E, por fim, para que seus alunos consigam cumprir com afinco todas as suas tarefas e atribuições, precisam ser pessoas comprometidas com a ordem. Esta aula será uma oportunidade de seus alunos tomarem consciência dos benefícios que receberão como consequência de atenderem aos requisitos da disciplina e da ordem.

1. A necessidade de organização. Como já ressaltamos no início deste artigo a prática de uma vida disciplinada não é uma virtude que se alcança com pouco tempo. Muitas pessoas, desde a infância, crescem em lares onde não são ensinados a cumprirem regras ou horários na realização de tarefas. Esse é um prejuízo que reflete na sociedade, tendo em vista que é em casa, junto à família, que aprendemos as regras básicas de convivência e cumprimento de atribuições. Neste caso, ser organizado, mais do que uma qualidade da pessoa é uma necessidade. Pessoas que aprendem a ser regradas e disciplinadas são bem vistas pela sociedade nos diversos espaços onde freqüenta, seja na escola, na faculdade, no trabalho, entre os amigos. Por esse motivo é importante que o pré-adolescente cristão seja conscientizado dos diversos benefícios acarretados por conta de uma vida disciplinada. A Palavra de Deus reforça esta mensagem quando trata da prudência, da disciplina e da graça nos lábios (cf. 1 Sm 18.14; Pv 4.1; 22.11).

2. Ser responsável, uma virtude espontânea. Assumir o compromisso em cumprir de forma justa e responsável com as atribuições que lhes são confiadas é uma postura que deve fazer parte da índole de seus alunos. Infelizmente, na fase que seus alunos estão atravessando é muito comum não pensarem na importância que este comportamento tem para suas vidas em vários sentidos. Diga-se de passagem, ser responsável não é uma virtude que todos os pais têm o compromisso de ensinar a seus filhos. Como consequência disso, encontramos muitos lares desestruturados, filhos rebeldes e pais separados porque na infância não receberam uma educação que os disciplinassem para a vida (cf. Pv 22.6). Por esse motivo, caro professor, o seu trabalho é de suma importância, pois você tem a grande responsabilidade de instruir seus alunos, à luz da Palavra de Deus, e mostrá-los que o evangelho de Jesus Cristo nos ensina que a disciplina, a obediência e a responsabilidade no cumprimento de qualquer tarefa que nos são confiadas, são virtudes que não podem faltar em nossa vida diária (cf. Mt 5.20; 10.16). Sendo assim, seus alunos devem entender que tais atitudes somente terão o efeito que merecem se, de fato, houver uma espontaneidade da parte deles.

Considere as informações apresentadas e converse com seus alunos a respeito da forma como eles cumprem suas atividades em casa, na escola e juntamente com os amigos. Pergunte-lhes e escreva no quadro quais as atividades que eles mais encontram dificuldades para cumprir. Distribua uma folha de papel A4 e ajude-os a preparar uma rotina de atividades para o período de uma semana. Se preferir, você pode preparar o planejamento de um mês. Com isso, você ajudará seus alunos a serem mais organizados.

Tenha uma boa aula!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Lição 07 - 1º Trimestre 2021 - Josafá, o Herói que Venceu Louvando - Primários.

 

Lição 7 - Josafá, o Herói que Venceu Louvando 

1º Trimestre de 2021

Objetivo: Que o aluno compreenda que quando confiamos no Senhor, Ele nos envia socorroe livramento, mesmo quando estamos com medo.

Ponto central: Quando confiamos no Senhor, Ele nos livra de todos os nossos medos.

Memória em ação: “Eu pedi a ajuda do Senhor, e Ele me respondeu; Ele me livrou de todosos meus medos” (Sl 34.4).

Querido (a) professor (a), sempre que falamos sobre Josafá, sabemos que a aula tende aser ainda mais dinâmica e musical. Mas não nos esqueçamos que o foco principal propostopor sua revista é abordar o testemunho deste herói sob a perspectiva “da confiança no Senhorque vence todos os nossos medos”.

Prepare-se espiritualmente e emocionalmente ao longo da semana. Isso mesmo, permitaque antes de ministrar esta mensagem do Senhor para os seus pequeninos o Espírito Santoprimeiro trabalhe em você – quais são seus medos? Você tem fugido de alguma situação pormedo? O que atemoriza seu coração? É o medo da falta? De que não consiga pagar algumaconta? O medo da perda de algo ou alguém importante? Medo de não conseguir realizar umsonho? De que algum milagre de que você precisa não venha? De uma traição? Da solidão?O que você teme?

O medo age muitas vezes no nosso inconsciente, o que torna muito difícil tantas vezespercebermos o quanto ele tem nos feito mal, seja física, emocional, espiritualmente oumesmo nos impedido de avançar em alguma área de nossa vida. Esse sentimento tão abstratoàs vezes age como um parasita, sugando a nossa energia, a nossa potência de agir e atémesmo as nossas alegrias. Tantas são as pessoas que não celebram ou testemunham asvitórias e bênçãos que o Senhor tem lhes dado, por medo de perdê-las, de inveja, de lhe seremtiradas repentinamente, etc.

Apesar de ser uma emoção, sentimento, tão inerente ao ser humano e inevitável, logopercebemos porque Satanás, o inimigo de nossas almas, trabalha tanto para implantar adúvida e o medo. Como se ele colocasse cupins nos alicerces de uma construção de madeira epronto, apenas esperasse ela ruir pouco a pouco.

Por isso, querido (a) professor (a), aproveite essa oportunidade preciosa que o Senhor lhedá de ser canal da Palavra dEle, deixando que ela examine, retire e cure primeiramente a suaalma dos danos causados pelos seus temores. Lance sobre o Altíssimo o que te atemoriza eEle te encherá de fé, ânimo e forças, ao enxergar quão infinito e soberano é o teu Deus sobreesta situação.

“ [...] agora, assim diz o Senhor que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome; tu és meu.

Quando passares pelas águas, estarei contigo, e, quando pelos rios, eles não tesubmergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.Porque eu sou o Senhor, teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; dei o Egito por teuresgate, a Etiópia e Sebá, por ti.

Enquanto foste precioso aos meus olhos, também foste glorificado, e eu te amei, pelo quedei os homens por ti, e os povos, pela tua alma.Não temas, pois, porque eu estou contigo [...] ” (Isaías 43.1-5).

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 07 - 1º Trimestre 2021 - Vista-se do que é Bom - Adolescentes.

 

Lição 7 - Vista-se do que é Bom 

1º Trimestre de 2021

Texto Bíblico: Colossenses 3.1-16

Destaque: Vocês são o povo de Deus. Ele os amou e os escolheu para serem dele. Portanto, vistam-se de misericórdia, de bondade, de humildade, de delicadeza e de paciência. (Cl 3.12)

Objetivos
Mostrar nossa condição em Cristo;
Destacar a necessidade de pensarmos nas coisas do Céu;
Reafirmar o compromisso que devemos ter com a santidade.

Querido professor (a),

A Paz do Senhor Jesus!

A única forma de um ser humano mau se tornar um ser humano bom de maneira plenaé por intermédio da graça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo (Ef 2.8). Somente assim apessoa tem a condição de compreender as implicações destes dois mandamentos do Senhor:

“O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o únicoSenhor. Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e detodo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outromandamento maior do que estes” (Mc 12.29-31).

Por isso devemos compreender que há somente um Deus todo-poderoso, glorioso egracioso. E que devemos amá-lo e honrá-lo com toda a nossa vida. De modo que esse amorseja direcionado ao próximo que está ao nosso lado. Aqui, a bondade como fruto do Espíritocomeça a se manifestar.

Neste aspecto, a bondade é um compromisso que tem a ver com o benefício do outro. É viver a bondade de Deus até as últimas consequências. Ora, Deus é bom e deseja que todosmanifestemos sua bondade por onde passarmos. Uma bondade extraordinária que não podeser encontrada em nenhum lugar, senão pela Palavra de Deus, mediante o encontro quetivemos com Jesus, o Nazareno, cuja vocação nos foi dada sem arrependimento. Nosso Deusé bondoso, gracioso, maravilhoso, pois assim criou os céus e a terra. Por isso, no lugar devingança, oferecemos amor, consolo e disponibilidade para acolher quem mais precisa denós. Sempre há alguém que precisa de um acolhimento verdadeiro e podemos ser oinstrumento de Deus nesse momento.

Deus lhe abençoe!

Flavianne Vaz
Editora Responsável pela Revista Adolescentes Vencedores da CPAD

Fonte: Texto extraído da revista Ensinador Cristão, editada pela CPAD. 

Lição 07 - 1º Trimestre 2021 - Igreja Local: Expressão Viva da Fé - Juvenis.

 

Lição 7 - Igreja Local: Expressão Viva da Fé 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. UM LUGAR DE PERSEVERANÇA
2. UM LUGAR DE COMUNHÃO
3. UM LUGAR DE SERVIÇO

OBJETIVOS
Evidenciar que a Igreja é um lugar de perseverança;
Declarar que a igreja é um lugar de comunhão entre irmãos;
Refletir sobre a posição do crente como servo de Deus.

Querido (a) professor (a), nesta próxima lição abordaremos a importância histórica, social,emocional e espiritual da igreja local, seu papel e impacto na vida de seus membros e dasociedade ao redor. Ao longo dos séculos a igreja local tem sido reconhecida até mesmo externamente como um lugar de perseverança, comunhão e, sobretudo de serviço ao próximo. Muitos trabalhos e melhorias sociais se deram e se dão justamente através dela. Sob essa perspectiva, a igreja local, como bem intitula a nossa lição, é uma expressão viva da fé e doexemplo de Jesus. O próprio Rabi predisse que seus genuínos discípulos seriam reconhecidosatravés de um sinal, uma evidência: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vosamardes uns aos outros” (Jo 13.35). Portanto, a igreja que não vivencia este amor, dentro efora de seus portões, não passa de um templo religioso.

Desde seus primórdios a igreja já foi marcada pela comunhão, perseverança e amor aopróximo que se estendia para além das paredes das casas onde eram realizadas as reuniões. Mais do que palavras, os irmãos expressavam em atitudes esse amor.

“De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas. E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam desalvar” (At 2.41-47).

Sugerimos que após a lição aplicada, assim como as orientações de sua revista de Escola Dominical, você promova um bate-papo entre seus alunos sobre estes versículos aqui relacionados. Pergunte-lhes o que acham que falta em sua igreja local hoje para ela ser essa perfeita expressão de fé, perseverança, comunhão, amor e serviço.

Em seguida, diga-lhes que não adianta murmurarmos, criticarmos ou culparmos seja láquem for por não sermos uma comunidade como Senhor Jesus idealizou. Não podemos nos esquivar da responsabilidade de fazer da nossa igreja esse local; é de cada um de nós essa missão! Que possamos reparar as brechas para que juntos e individualmente cumpramos o papel para o qual o Senhor nos instituiu como igreja.

Ao final da aula ore com sua classe em prol deste propósito, a fim de que a mudança e melhorias necessárias comecem primeiramente em cada um de nós. Que sejamos a igreja que nós queremos ter; que sejamos a igreja que Cristo deseja ver.

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora Responsável da Revista Juvenis

Lição 07 - 1º Trimestre 2021 - Daniel: Um estadista que orava - Jovens.

 

Lição 7 - Daniel: Um estadista que orava 

1º Trimestre de 2021

Pr. Marcos Tedesco

Introdução

Daniel foi um profeta bíblico, um estadista durante o exílio e um ser humano que se destacou pela integridade. No entanto, há uma área na vida desse grande homem que nos chama a atenção de forma singular: sua vida de oração. Em cada momento de sua trajetória estava a prática da oração em que, em um diálogo com Deus, a vida era direcionada em uma dinâmica que glorificava a soberania divina e evidenciava um comprometimento com a santificação, adoração e esperança no Senhor. Provavelmente, nasceu e cresceu em Jerusalém ainda nos tempos de Josias, o último rei piedoso a governar Judá (2 Cr 34 e 35). Os textos deixados por ele nos levam a crer que viveu muitos anos, aproximadamente noventa, dos quais setenta foram no exílio, jamais voltando à sua terra natal. Sabemos que Daniel era de linhagem real e nobre (Dn 1.3) recebendo, assim, em sua terra natal, uma sólida educação. Cresceu servindo ao Deus vivo, ouvindo as preleções do profeta Jeremias e, possivelmente, observando, quando criança, a forma como Josias se portava frente à grande reforma religiosa. Daniel acompanhou a queda dos reis que não serviam ao Senhor e foi vítima da destruição e maldade imposta pelos invasores babilônicos. Mas, em tudo, ele foi vencedor servindo ao Senhor e sempre levando todas as coisas em oração a Deus. Aprendamos com o exemplo de Daniel, um estadista que orava.

A Educação de Daniel e de seus Amigos na Corte Babilônica (Dn 1) 

A chegada de Daniel e seus amigos na corte babilônica foi um acontecimento rodeado de profunda tristeza e lamento por um lado, surpresa e espanto por outro e, contraditoriamente compreensível, a tentação diante de tanto luxo e confortos acessíveis nas mais diversas formas. Os jovens nasceram em uma corte decadente e, por ocasião da invasão caldeia, foram vitimados pelo poderio de um império em plena ascensão. Ao chegar à Babilônia, foram surpreendidos pelo destino, até então, inusitado para eles: convocados a viver na opulência da corte, seriam fartos com manjares reais e seriam educados para servir ao rei à frente de grandes projetos e responsabilidades. Aparentemente, estavam diante de uma grande sorte, todavia Daniel e seus amigos tinham compromisso com Deus e sabiam que aquilo era incompatível com a vida de pessoas que almejavam servir ao grande Eu Sou. Eles possuíam uma identidade firmada na Rocha. 

O que estava acontecendo com o Reino do Sul, repetindo a sorte do Reino do Norte, era uma consequência natural de uma série de ações inaceitáveis e abomináveis diante de Deus, levando a um total afastamento dos propósitos divinos. A situação apontava para um caos, embora, por diversas vezes, o Senhor havia proporcionado oportunidades para arrependimento e restauração. Enfim, diante das escolhas pecaminosas, as consequências foram terríveis. Ao final de um longo período, em que diversas formas de alertas e chamadas para uma mudança de vida, a porta foi fechada e as oportunidades tiveram fim. Deus entregou não só Jeoaquim e os utensílios religiosos, mas todo o povo nas mãos do rei Nabucodonosor.

Como é triste a realidade que aponta uma pecaminosidade tal no ser humano, levando-o a não mais poder ser “suportado” por Deus. Do mesmo modo como foi nos dias antecedentes ao cativeiro, também, em certa medida, está sendo nos dias atuais. A impiedade, a depravação moral, a violência, entre tantas outras formas de corrupção humana têm desagradado ao nosso Senhor, e a nós, Igreja, cabe a grande missão de anunciar que é tempo de arrependimento e salvação. Entre os judeus levados à Babilônia estava um grupo muito seleto. O rei havia solicitado que trouxesse “alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real, e dos nobres, jovens em quem não houvesse defeito algum, formosos de aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e sábios em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para viver no palácio do rei, a fim de que fossem ensinados nas letras e na língua dos caldeus” (Dn 1.3-4). E entre eles, estavam Daniel e seus amigos.

Os jovens foram levados para a corte babilônica em um enredo apontando para o medo, a apreensão e a expectativa de um triste fim. Entretanto, assim que chegaram, foram surpreendidos diante do que os aguardava. Em vez de torturas físicas e restrições das mais diversas ordens, eles receberam o que havia de melhor naquele império, ao menos aos olhos babilônicos. Fora-lhes oferecido o conforto da corte, a abundância da melhor comida, o acesso à cultura erudita e as mordomias de uma vida que não conheceria o trabalho braçal (Dn 1.5). Aos jovens, a única obrigação, por hora, era estudar muito e aproveitar com intensidade todos os confortos e privilégios ofertados. A Babilônia encontrada por eles era impressionante nos mais diversos aspectos.

Tal descrição aponta uma realidade que deve ter iludido muito os jovens que chegavam à Babilônia, pois viam algo impressionante e desejável aos padrões humanos. Contudo, Daniel e seus amigos não viam dessa forma: eles serviam ao grande Eu Sou e não se deixavam iludir pela glória humana. Eles almejam algo infinitamente mais precioso: servir a Deus e glorificá-lo com suas próprias vidas. Assim é o mundo para as pessoas de hoje em dia. Os confortos são apresentados e os prazeres nos rondam. Muitas vezes, os caminhos mais curtos e menos cansativos têm detalhes que muitos não se atentam. Os prazeres do “deixa para lá”, do “vamos viver o momento”, do “Deus quer o coração” vão promovendo um esfriamento do temor e amor ao Pai Eterno. Gerações inteiras vão trocando a presença de Deus pelas “aparentes bênçãos” de um mundo decaído (Êx 33). Aprendamos com o exemplo de Daniel e seus amigos: vamos colocar em nossos corações o desejo de não nos contaminarmos com os padrões “aparentemente” bons desse mundo (Dn 1.8). 3 – Uma identidade firmada na rocha Entre as medidas tomadas para a formação e mudança de mentalidade dos jovens trazidos para servir na corte babilônica estava a mudança de seus próprios nomes. Daniel recebeu um novo nome babilônico, bem como os seus demais colegas. Nos tempos bíblicos, o significado de um nome dizia muito acerca da identidade de seu possuidor. Veja alguns exemplos: Moisés (salvo das águas), Isaque (riso), José (Deus acrescentará), Samuel (Deus ouve), Ana (graça), Rute (companheira). Muitas vezes, o nome era alterado ao longo da vida com base em novos momentos da vida de uma pessoa, como Josué (Deus é a salvação), por exemplo, inicialmente Oseias (salvação), e Abraão (Pai das multidões), inicialmente Abrão (Pai elevado). 2 HALLEY, Henry. Manual Bíblico. São Paulo: Vida Nova, 1991. Ensina nos a orar.indd 82 16/10/2020 16:09 83 Daniel, um Estadista que Orava Em uma tentativa por desconstruir e negar a identidade de Daniel e seus amigos, os nomes foram mudados. Não bastava tirar-lhes a pátria; era preciso também negar o idioma e, principalmente, o Deus a quem serviam (Dn 1.7). Os nomes que faziam referência ao Deus de Israel foram alterados para nomes que enfatizavam os deuses caldeus. Daniel, cujo nome significava “Deus é meu Juiz”, passou a ser chamado de Beltessazar, que significa “Príncipe de Bel”, o principal deus babilônico. Hananias (o Senhor é gracioso) passou a ser chamado de Sadraque (servo de Aku, iluminado pelo deus lua), Misael (Quem é igual a Deus?) foi chamado de Mesaque (a sombra do príncipe) e Azarias (o Senhor ajuda) de Abede-Nego (Servo de Nego, deus da sabedoria). A estratégia usada para a destruição das identidades, por mais incisiva que tenha sido, não teve o sucesso esperado. Daniel, Hananias, Misael e Azarias continuaram servindo a Deus com integridade e fidelidade inabaláveis. Não se deixaram seduzir pelo manjar do rei (Dn 1.8), nem se permitiram dominar pela opressão de uma religiosidade morta. Mesmo sendo ameaçados, perseguidos, jogados na fornalha ou ameaçados pela boca dos leões, jamais tiveram sua relação com Deus abalada, pois suas identidades eram firmadas na Rocha Inabalável.

A Oração, a Fornalha e a Cova dos Leões 

Diante dos desafios levantados em nossa caminhada, podemos sempre ter a certeza de que Deus está conosco. No entanto, para gozarmos dessa bênção que é a presença divina, devemos buscar constantemente ao Pai vivendo em conformidade com a sua Palavra e cumprindo os seus desígnios. Para tanto, a oração é um meio imprescindível. Em nossa caminhada de fé, atravessamos muitas dificuldades e armadilhas que podem causar a queda e a destruição daqueles que pouco se comprometem com Deus, mas essa não pode ser a realidade em nossas vidas. Como Daniel e seus amigos, encontramo-nos em “terra estranha” e, constantemente, somos surpreendidos por dificuldades e tentações que insistem, todavia sem sucesso, em afastar-nos de Deus. Mesmo que sejamos ameaçados por “fornalhas” e “covas de leões”, jamais devemos deixar de orar e confiar no Senhor. Assim como Ele esteve lá com os seus servos, também estará conosco nos protegendo e nos conduzindo por caminhos elevados. 

Caos, tormentas e uma fidelidade inabalável 

Parece fácil exercer uma fidelidade a Deus quando tudo vai bem e os nossos projetos estão todos sendo executados como o previsto. Ao longo de nossa caminhada, somos direcionados em diversos caminhos e vamos construindo muitas histórias nas mais diversas áreas. Se tudo vai bem, fica mais fácil seguir em frente e demonstrar fidelidade para com o nosso Senhor. Entretanto, e quando as coisas começam a sair do controle do que havíamos projetado? E quando, no meio de nossa caminhada, deparamo-nos com caos e tormenta? Será que nossa fidelidade no Senhor consegue se manter firme e o nosso olhar seguro, sereno e confiante? O nosso relacionamento com o nosso Deus não pode ser dependente das circunstâncias e, mesmo quando as coisas não acontecem como gostaríamos, fortalecidos na prática diária da oração, nossa fé deve ser sempre inabalável. Ao longo do tempo que passaram no exílio, aqueles homens encontraram diversos momentos de grande opressão, bem como de consideráveis vitórias. Um desses eventos nos chama a atenção e aconteceu ainda sob o domínio de Nabucodonosor. Certa vez, o rei babilônico, envolto em arrogância e soberba, ordenou que uma estátua sua fosse erguida com sessenta côvados de altura (aproximadamente 27 metros) a fim de receber a adoração de todos que estivessem diante dela. A resposta de Ananias, Misael e Azarias à ordem do rei foi convicta: “Não!”. Mesmo diante da insistência do rei, eles permaneceram decididos a não prestar adoração àquela imagem feita por mãos humanas e nem ao homem Nabucodonosor. O rei, para punir os três homens, decidiu que fossem jogados em uma fornalha ardente. A história já é bem conhecida de todos, porém o seu desfecho ainda nos surpreende pela grandiosidade do milagre e do livramento.

Diante de tal cena, Nabucodonosor é forçado a reconhecer a soberania e o poder de Deus. Não há nada que possa impedir ou interferir nos planos que Deus tem para cada um dos seus. Aquele difícil momento foi o meio para que o caos e a tormenta se diluíssem e o nome do Senhor fosse exaltado. A fé inabalável que eles tinham em Deus os impeliu a dizer “Não!”. Jamais adoraremos outro além do Senhor. Jamais deixaremos de orar e conversar com o Pai celeste. Será que conseguimos também ter tal convicção? 

Vidas que glorificam a Deus 

A confiança de Daniel e seus amigos em Deus era fruto de uma relação de grande intimidade que só poderia ser obtida em uma vida de constante oração. Qual seria a nossa postura diante de desafios como a fornalha ardente e a cova dos leões? Que tipo de relacionamento com Deus a nossa rotina de orações pode indicar? Almejemos com ardor que nossas vidas glorifiquem a Deus assim como foi com os três amigos. Já Daniel foi vítima de uma conspiração que impunha restrições às orações dirigidas a Deus. Durante aquele tempo, apenas Dario, o rei do Império Medo-Persa, que sucedera o Império Babilônico, poderia ser alvo das orações. Ninguém poderia dirigir orações a nenhuma divindade, e todas as atenções e petições deveriam ser exclusivas para o monarca. Não obstante, Daniel tinha uma vida marcada pela oração e devoção a Jeová e, como sempre acontecia, continuou orando e buscando a Deus. O preço pela desobediência seria alto: ser lançado na cova dos leões, e assim aconteceu.

O desfecho da história já é bem conhecido: os inimigos de Daniel foram derrotados e o rei Dario reconheceu, a exemplo de Nabucodonosor, que a glória e a soberania pertenciam a Jeová. Daniel e seus amigos glorificaram a Deus com suas vidas e foram submetidos a momentos difíceis e a um alto custo. Que nossas vidas possam, em tudo, glorificar a Deus, honrando-o em tudo, a todo o tempo (1 Co 10.31). 

Quem era o quarto homem (Dn 3.24-25)? 

Um anjo, uma indicação para a obra que Cristo um dia viria cumprir ou era outro ser celeste enviado por Deus para proteger aqueles três homens em um tão difícil e assustador momento? E, na cova dos leões, como foi fechada a boca daqueles animais famintos que, em questão de segundos no dia seguinte, devorariam os homens que tramaram contra Daniel (Dn 6.22-23)? São questões que nos levariam longe nas reflexões, mas nesse momento nos concentraremos no que tudo isso representa: o compromisso de Deus para os que têm compromisso com Ele. Aqueles homens não estavam sozinhos. Tanto na fornalha quanto na cova dos leões, de uma forma sobrenatural e maravilhosa, Deus os conduzia e em nenhum momento os deixara desamparados. A vida de oração e a comunhão que buscavam ter com o Senhor lhes proporcionava uma caminhada sempre acompanhada pelo Altíssimo: jamais estavam sós, na bonança ou na miséria, na serenidade ou no caos, tinham a certeza de que jamais seriam desamparados por Deus. Inspirados por tais testemunhos de fé, devemos, com ainda mais ímpeto, buscar uma intimidade progressiva com o nosso Pai amado. Quando entregamos nossa vida ao Senhor e o glorificamos com toda a nossa existência, Ele passa a guiar-nos em segurança por caminhos desafiadores, e podemos jubilosos nos permitir ser instrumentos para a realização dos planos divinos. 

A Oração de Daniel e as Revelações do Senhor 

A oração se traduz em uma prática que nos permite chegar diante do Altíssimo e abrir nosso coração (Jr 29.13). Palavras que tentam traduzir-nos são proferidas a Deus que, dos céus, inclina-se para nos ouvir (Sl 55.1). Desde os temas mais simples de nossa existência até questões centrais em nossas vidas, todos devem ser levados ao Pai em oração. Essa era a forma como Daniel se permitia viver e enfrentar os grandes desafios do seu tempo bem como receber as revelações do Senhor. 

Um homem de oração Daniel não orava apenas quando precisava de um socorro ou diante de uma grande ameaça. Ele tinha na oração uma prática diária e cotidiana (Dn 6.10-13). Não era dependente de grandes ritos ou preparações; ele simplesmente dobrava os joelhos e falava com Deus. É interessante notarmos como todas as coisas foram acontecendo de forma fluida e natural na narrativa do livro do profeta: ao passar pelos grandes desafios, Daniel naturalmente dobrava os seus joelhos e se permitia ser conduzido pelo Senhor. Assim foi quando chegou à corte, também quando foram desafiados a revelar e interpretar o sonho de Nabucodonosor e nos demais momentos descritos. Em oração, Daniel apresentava a Deus todas as suas necessidades e também intercedia pelo povo que sofria. No capítulo 9, encontramos um notável exemplo da oração de Daniel. Muitos anos haviam se passado desde que fora para o cativeiro, mas em seu coração ardia o desejo para que o sofrimento do povo terminasse, bem como as assolações sobre Jerusalém. Em uma reveladora oração, o profeta se humilha e reconhece as suas falhas, sentindo-se participante, com o povo, de todas as faltas denunciadas pelos profetas que precederam ao exílio. Finalmente, com o coração dilatado pede: “Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e opera sem tardar; por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo se chamam pelo teu nome” (Dn 9.19). A integridade de Daniel pôde ser amplamente percebida nessa oração: ele não culpou o povo, não se vitimizou e nem se justificou, contudo reconheceu ser participante de um problema que precisava de uma solução. Conhecedor do amor e da misericórdia divinos, pede ao Pai que “perdoe” e “opere” no meio do povo chamado pelo “teu nome”. Diante de tal apelo, a resposta foi imediata e um enviado por Deus apareceu diante do profeta fazendo uma revelação do maravilhoso plano do Senhor

A resposta àquela oração foi muito além do perdão e da permissão para que o povo de Israel (e Judá) pudesse, no tempo certo, reerguer Jerusalém. Ali era revelado de forma maravilhosa o plano de Deus, o qual apontaria para o sacrifício redentor de Cristo por todos nós na cruz do Calvário. O poder da oração feita pelo justo é algo muito precioso e Daniel se permitiu viver uma experiência profunda nessa área ao se prostrar e interceder pelo povo. A resposta de Deus trouxe paz e alegria a Daniel e ao povo. Entretanto, a bênção maior era destinada a todos os que viriam a ser alcançados pelo precioso plano de Deus para a redenção da humanidade. 2 – O estadista que orava A oração era uma constante na vida de Daniel (Dn 6.10), também em sua área de atuação pública e profissional. Muitas vezes, oramos em intenção de nossa vida privada, no entanto deixamos de lado as questões relacionadas ao trabalho, ao estudo e aos negócios da vida pública. Precisamos de muita disciplina e atenção para não cairmos na armadilha de compartimentarmos as áreas de nossas vidas. Enfim, cristianismo exige integralidade e completude: ou somos 100% cristãos, ou não somos reais seguidores de Jesus (Mt 6.24). Daniel logo foi elevado a cargos de alto escalão nos palácios da Babilônia e, em pouco tempo, tornou-se um dos homens de confiança. 

Daniel, um Estadista que Orava dos reis. O jovem judeu foi nomeado conselheiro-chefe da corte real de Nabucodonosor (Dn 2.49), também foi nomeado o terceiro no comando do império de Belsazar (Dn 5.29) e um dos príncipes no comando do império de Dario, abaixo apenas do imperador (Dn 6.1-3). Cada um desses momentos na vida de Daniel fora marcado por tempos tranquilos e também por tenebrosas tempestades. Todavia, sempre o estadista que orava depositava suas ansiedades aos pés do soberano Deus. Em tudo ele prosperava, pois Deus estava presente em sua vida (Dn 2.47-49). Sabemos que toda a vida de Daniel era colocada diante de Deus em oração. Também suas funções como estadista eram apresentadas diante do Senhor, buscando orientação sobre como proceder em cada etapa do trabalho, quais decisões deviam ser tomadas e como enfrentar os dilemas tão comuns no mundo da política. Atuando no alto escalão de governo desde a época de Nabucodonosor, chegando a estar abaixo apenas do próprio rei nos tempos de Dario, Daniel é mais um exemplo de estadista íntegro e comprometido com o que é correto e ético. Outros podem ser citados, como José e Moisés, por exemplo. Quando estudamos os métodos e princípios da vida desse personagem, deparamo-nos com o exemplo de como ser um profissional para a glória de Deus. Sigamos esse exemplo e glorifiquemos ao Pai em todas as áreas de nossa vida. 

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.