quinta-feira, 10 de abril de 2014

Lição 02
 O PROPÓSITO DOS
DONS ESPIRITUAIS

13 de abril de 2014
Professor Alberto

TEXTO ÁUREO

 “Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para edificação da igreja.” (1 Co 14.12).

VERDADE PRÁTICA


Os dons são recursos concedidos por Deus para fortalecer e edificar a Igreja espiritualmente.

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO


    “Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para edificação da igreja.” (1 Co 14.12).

Nosso texto áureo está inserido no capítulo 14 da Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, quando Paulo ensina que o dom de profecia é superior ao de línguas.
Após o apóstolo Paulo apresentar o dom de profecia como mais edificante para a igreja que o falar línguas, ele exorta a igreja a buscar os dons espirituais, ser abundantes neles, mas sempre visando a edificação coletiva da comunidade cristã, nesta perspectiva o dom de profecia é superior porque edifica toda a igreja, enquanto o de língua apenas a própria pessoa: “O que fala em outra língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a igreja” (1 Co 14.4).
Portanto, os dons espirituais são dados a Igreja para sua edificação, esse é o objetivo do ofício ministerial, conforme Efésios 4.11-12. Os dons espirituais foram concedidos com esse propósito de edificação, conforme 1 Coríntios 14.3-5, 12. O alvo dos dons espirituais é a perfeição e união com o Senhor Jesus, conforme Efésio 4.16.
Como os dons são para a edificação da Igreja, é importante que as pessoas usadas pelo Espírito Santo, compreendam que não é o instrumento que é importante mas o som que sai dele, portanto a autonegação é necessário para seu pleno desenvolvimento, conforme 1 Coríntios 10.23-33. Assim a esperança é que os dons espirituais edifiquem mutualmente os irmãos, conforme Romanos 14.19. Todas as ações efetuadas no seio da igreja cristã precisam ter como objetivo a edificação (Ef 4.29).
Os dons são recursos concedidos por Deus para fortalecer e edificar a Igreja espiritualmente.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


1 Coríntios 12.8-11; 13.1,2.

1 Coríntios 12
8 - Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
9 - e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
10 - e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
11 - Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.

1 Coríntios 13
1 - Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 - E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor; nada seria.

RESUMO DA LIÇÃO 2
O PROPÓSITO DOS DONS ESPIRITUAIS

I - OS DONS NÃO SÃO PARA ELITIZAR O CRENTE
1. A igreja Coríntia.
2. Uma igreja de muitos dons, mas carnal.
3. Dom não é sinal de superioridade espiritual.

Il - EDIFICANDO A SI MESMO E AOS OUTROS
1. Edificando a si mesmo.
2. Edificando os outros.
3. Edificando até o não crente.

IIl - EDIFICAR TODO O CORPO DE CRISTO
1. Os dons na igreja. N
2. Os sábios arquitetos do Corpo de CRISTO.
3. Despenseiros dos dons.


INTERAÇÃO


Qual é o real propósito dos dons espirituais?
Você, tem uma visão bíblica e teológica a respeito do objetivo dos dons?
Muitos estão se utilizando dos dons de forma interesseira e egoísta.
As dádivas divinas nos são concedidas pela graça e devem ser utilizadas com sabedoria e santidade a fim de que o nome do Senhor seja exaltado e todos os membros do Corpo de Cristo sejam edificados.
Os dons não são para elitizar o crente. Também não são sinal de superioridade espiritual.

OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·   Conscientizar-se de que os dons espirituais não são para elitizar o crente.
·   Compreender que os dons devem ser utilizados para edificar a si mesmo e aos outros.
·   Saber que o propósito dos dons é a edificação do Corpo de Cristo.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


“O que precisamos fazer para receber os dons espirituais?”;
“A santidade é condição para o recebimento dos dons?”.
Explique que os dons espirituais são habilidades concedidas pelo Espírito Santo para edificação da igreja.
Para receber estas habilidades basta crer e pedir com fé.
Os dons são presentes divinos e fruto da misericórdia do Pai. É graça de Deus!


COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

Palavra Chave
PROPÓSITO: 
Aquilo que se busca alcançar; objetivo, finalidade, intuito.

Nesta lição estudaremos o verdadeiro propósito dos dons espirituais concedidos por Deus à sua Igreja.
Os dons do Espírito Santo são recursos imprescindíveis do Pai para os seus filhos.
O seu propósito é edificar-nos e unir-nos, fortalecendo assim a Igreja de Cristo (1Tm 3.15).

I. OS DONS NÃO SÃO PARA ELITIZAR O CRENTE

1. A igreja coríntia. A Igreja em Corinto localizava-se numa cidade comercial e próxima do mar, sendo uma das mais importantes do Império Romano.
Corinto era uma cidade economicamente rica, porém marcada pelo culto idolátrico.
Durante a segunda viagem missionária de Paulo, a igreja recebeu a visita do apóstolo (At 18.1-18).
Por conhecer muito bem a comunidade cristã em Corinto foi que o apóstolo dos gentios tratou, em sua Primeira Epístola dirigida àquela igreja, sobre a abundância da manifestação dos dons do Espírito, chegando a afirmar daquela igreja que “nenhum dom lhe faltava” (1Co 1.7).

2. Uma igreja de muitos dons, mas carnal. Os dons do Espírito concedidos por Deus à igreja de Corinto tinham por finalidade prepará-la e santificá-la para o serviço do evangelho: a proclamação da Palavra de Deus naquela cidade.
Todavia, além de aquela igreja não usar corretamente os dons que recebera do Pai, tinha em seu meio divisões, inveja, imoralidade sexual, etc.
Como pode uma igreja evidentemente cristã ser ao mesmo tempo carnal e imoral?
Por isso Paulo a chama de carnal e imatura (1Co 3.1,3).
Com este relato, aprendemos que as manifestações espirituais na igreja local não são propriamente indicadoras de seriedade, espiritualidade e santidade.
igreja onde predominam a inveja, contenda e dissensões, nem de longe pode ser chamada de espiritual, e sim de carnal.

3. Dom não é sinal de superioridade espiritual. Muitos creem erroneamente que os irmãos agraciados com dons da parte de Deus são, por isso, mais espirituais que os outros.
Todavia, os dons do Espírito são concedidos pela graça de Deus. Por ser resultado da graça divina, não recebemos tais dons por méritos próprios, mas pela bondade e misericórdia de Deus.
Que a mensagem de Jesus possa ressoar em nossa consciência e convencer-nos de uma vez por todas de que os dons não são garantia de espiritualidade genuína:  
Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7.22,23).

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SINOPSE DO TÓPICO (I)

Os dons do Espírito Santo são concedidos pela graça divina; eles não devem ser usados para elitizar o crente.

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II. EDIFICANDO A SI MESMO E AOS OUTROS

1. Edificando a si mesmo. Paulo diz que quem “fala língua estranha edifica-se a si mesmo” (1Co 14.4). O apóstolo estimulava os crentes da igreja de Corinto a cultivarem sua devoção particular a Deus através do falar em línguas concedidas pelo Espírito, com o objetivo de edificarem a si mesmos.
Isto não significa que o apóstolo dos gentios proibia o falar em línguas publicamente, mas ao fazê-lo de maneira devocional o crente batizado com o Espírito Santo edifica-se no seu relacionamento com Deus.
Falar ou orar em línguas provenientes do Espírito é uma bênção espiritual maravilhosa.

2. Edificando os outros. Os crentes de Corinto falavam em línguas e exerciam vários dons espirituais, mas parece que eles não se preocupavam muito em ajudar as pessoas. Por isso, o apóstolo lembra que os dons só têm razão de existir quando o portador preocupa-se com a edificação da vida do outro irmão em Cristo (1Co 14.12).
Em lugar de buscarmos prosperidade material, como se pudéssemos barganhar com Deus usando dinheiro em troca de bênçãos, busquemos os dons espirituais.
Agindo assim edificaremos a nós mesmos e também aos outros.

3. Edificando até o não crente. Embora o apóstolo dos gentios estimulasse todos os crentes a falarem em línguas, isto é, a edificarem a si mesmos, seu desejo era que também esses mesmos crentes profetizassem a fim de que a igreja toda fosse edificada.
O comentário da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal diz sobre esse texto: “Embora o próprio Paulo falasse em línguas, enfatizava a profecia, porque esta edificava a Igreja inteira, enquanto falarem línguas beneficiava principalmente o falante”.
Todos quantos vierem a frequentar nossas reuniões devem ser edificados, sejam crentes ou não.
Por isso, não podemos escandalizar aqueles que não comungam a mesma fé que nós (1Co 14.23).
Como eles compreenderão a mensagem do evangelho se em uma reunião não entenderem o que está sendo falado? (1Co 14.9).

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SINOPSE DO TÓPICO (II)

Os dons só têm uma razão de existir na vida do crente: edificar a vida do outro irmão em Cristo.

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III. EDIFICAR TODO O CORPO DE CRISTO

1. Os dons na igreja. Na Primeira Carta aos Coríntios, Paulo dedica dois capítulos (12 e 14) para falar a respeito do uso dos dons na igreja.
O apóstolo mostra que quando os dons são utilizados com amor, todo o Corpo de Cristo é edificado. Conforme diz Thomas Hoover, parafraseando Paulo em Efésios 4.16, “os membros do corpo, cada qual com sua própria função concedida pelo Espírito, cooperam para o bem de todas. O amor é essencial para os dons espirituais alcançarem seu propósito”.
Se não houver amor, certamente não haverá edificação (1Co 13).
Sem o amor de Deus nos tornamos egoístas e acabamos por colocar nossos interesses em primeiro lugar.
O propósito dos dons, que é edificar o Corpo de Cristo, só pode ser cumprido se tivermos o amor de Deus em nossa vida.
2. Os sábios arquitetos do Corpo de Cristo. Deus levanta homens para edificarem espiritual, moral e doutrinariamente a igreja local.
A Igreja é o “edifício de Deus” (1Co 3.9).
Os ministros, sábios arquitetos (1Co 3.10).
O fundamento já está posto pelos apóstolos: Jesus Cristo (1Co 3.11).
Mas os ministros têm de tomar o cuidado com as pedras assentadas sobre este alicerce, pois eles também tomam parte na edificação espiritual da Igreja de Cristo segundo a mesma graça concedida aos apóstolos.
Por isso, Paulo faz uma solene advertência para a liderança hoje: “mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1Co 3.10,11).

3. Despenseiros dos dons. O apóstolo Pedro exortou a igreja acerca da administração dos dons de Deus (1Pe 4.10,11).
Ele usou a figura do despenseiro que, antigamente, era o homem que administrava a despensa e tinha total confiança do patrão.
O despenseiro adquiria os mantimentos, zelava para que não estragassem e os distribuíam para a alimentação da família.
Desta forma, os despenseiros da obra do Senhor devem alimentar a “família de Deus” (1Co 4.1; Ef 2.19).
Eles precisam ter o cuidado no uso dos dons concedidos pelo Senhor para prover a alimentação espiritual, objetivando a edificação do Corpo de Cristo: “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre” (1Pe 4.10,11).

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SINOPSE DO TÓPICO (III)

Quando os dons espirituais são utilizados com amor todo o Corpo de Cristo é edificado.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A igreja de Jesus Cristo tem uma missão a cumprir: proclamar o evangelho em um mundo hostil às verdades de Cristo e descrente de Deus.
Diante desta tão sublime tarefa, a igreja necessita do poder divino.
Os dons espirituais são um “arsenal” à disposição do corpo de Cristo para o cumprimento eficaz de sua missão na terra.
Como já foi dito, o propósito dos dons é edificar toda a igreja, todo Corpo de Cristo para ser abençoado, exortado e consolado.
Por isso, nunca devemos usar os santos dons de Deus em benefício particular, como se fosse algo exclusivo de certas pessoas.
Somos chamados a servir a Igreja do Senhor, e não a utilizar os dons de Deus para nós mesmos.


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


SOUZA, Estêvam Ângelo de. Nos Domínios do Espírito. 2 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 1987.
HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2012.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Teológico

“Dado conforme o Espírito Deseja
A primeira relação dos dons com a repetição do fato que cada um é dado pelo Espírito (1Co 12.8-10) leva ao clímax no versículo 11, que diz: ‘Mas um só e o mesmo Espírito opera todas as coisas, repartindo particularmente [individualmente] como quer’. Aqui temos um paralelo com Hebreus 2.4, que fala dos apóstolos que primeiramente ouviram o Senhor e depois transmitiram a mensagem: ‘Testificando também Deus com eles, por sinais [sobrenaturais], e milagres, e várias maravilhas [tipos de obras de grande poder] e dons [distribuições separadas] do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade’. É evidente, à luz destes trechos, que o Espírito Santo é soberano ao outorgar os dons. São distribuídos segundo a sua vontade. Buscamos os melhores dons, mas Ele é o único que sabe o que é realmente melhor em qualquer situação. Fica evidente, também, que os dons permanecem debaixo de sua autoridade. Nunca são nossos no sentido de não precisarmos do Espírito Santo, pela fé, para cada expressão desses dons. Nunca se tornam parte da nossa própria natureza, ao ponto de não perdê-los, de serem tirados de nós. A Bíblia diz que os dons e a vocação de Deus são permanentes (Deus não muda de opinião a respeito deles), mas aqui há referência a Israel (Rm 11.28,29)” (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.230).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II


Subsídio Bibliológico

“O amor é essencial
Os dons têm um lugar especial na igreja e são muito úteis. Mas o amor representa a essência da vida cristã, e é absolutamente necessário. Ele encontra um lugar mesmo entre os dons carismáticos, porém os dons sem a presença do amor são como um corpo sem alma.
Sem amor, o dom de falar se torna vazio e imprudente — ele é como o metal que soa ou como o sino que tine. O metal que soa (‘gongo barulhento’) significa que um pedaço de metal não lavrado ou gongo usado para chamar a atenção. Tinir (alalazon) significa ‘colidir’, ou um som alto e áspero. O sino (ou símbolo) consistia de duas meias circunferências que eram golpeadas causando um estrondo. A ideia aqui é de um inexpressivo som de metal em lugar de música.
O objetivo do apóstolo é mostrar que o homem que professa o dom da glossolalia, da forma como era praticada em Corinto, mas que não tem amor, na realidade não é mais que um instrumento metálico impessoal” (Comentário Bíblico Beacon. 1 ed. Vol. 8, Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.343,44).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO


O Propósito dos Dons

Muitas dúvidas pairam sobre os crentes pentecostais quando o assunto é os dons espirituais. Elas prejudicam a obra de Deus e o recebimento das bênçãos divinas. Os dons do Espírito Santo são recursos indispensáveis para o Corpo de Cristo. Eles contribuem para a expansão e edificação da Igreja.
Os dons são sempre concedidos aos crentes visando um propósito específico. Qual será este objetivo? O alvo divino é a edificação de todos os membros do Corpo. Infelizmente, alguns fazem um uso errado dos dons. Vemos crentes tentando usar os dons para alcançar interesses pessoais. Em vez de glorificar o nome do Senhor, estes se utilizam dos dons a fim de galgar posições eclesiásticas. Muitos não estão mais sendo usados pelo Espírito Santo, mas estão tentando usar o Espírito. Eles estão enganando a si próprios. O Senhor conhece nossos corações e as nossas intenções. Haverá um dia que teremos que prestar contas ao Senhor a respeito do uso dos nossos dons e talentos. Neste dia muitos ouvirão do próprio Senhor a quem tentaram enganar (Mt 7.24).
O objetivo dos dons não é a superioridade ou elitização de um grupo (1Co 12.7)
Por falta de conhecimento bíblico, muitos acreditam, erroneamente, que os dons são um sinal de grande espiritualidade e até de superioridade, mas não o são. Tomemos como exemplo os irmãos da igreja de Corinto. Ao visitar aquela igreja, Paulo relatou que ali havia a manifestação de muitos dons espirituais (1Co 1.7). Corinto era uma cidade cosmopolita, marcada pela idolatria, paganismo e imoralidade. Ser um crente fiel naquela cidade não era fácil. Logo, Deus concedeu muitos dons do Espírito Santo àqueles irmãos a fim de que tivessem condições de lutar contra a idolatria, a imoralidade e permanecessem em santidade até a volta de Cristo. Todavia, a igreja de Corinto estava longe de ser uma igreja espiritual. O pecado havia adentrado ali. Paulo chama os irmãos de Corinto de carnais e meninos (1Co 3.1). Fica então a pergunta: “O que torna o crente espiritual? Os dons?” Podemos aprender, por intermédio dos irmãos de Corinto, que não. Quem tem poder para santificar os crentes é o Espírito Santo. Os dons são dádivas divinas. São presentes e não tem o poder de nos santificar.

Os dons espirituais são dádivas importantes e necessárias à igreja nestes últimos dias antes da Segunda Vinda de Cristo. Estamos vivendo tempos trabalhosos (2Tm 3.1), por isso, precisamos ser cheios do Espírito Santo e procurar com dedicação os dons espirituais (1Co 12.31).

Lição 2 - 2º Trim. 2014 - Jovens e Adultos.

Lição 02 - O propósito dos dons Espirituais



INTRODUÇÃO
I – OS DONS NÃO SÃO PARA ELITIZAR 
II – EDIFICANDO A SI MESMO E AOS OUTROS
III – EDIFICAR TODO O CORPO DE CRISTO
CONCLUSÃO
 
A IGREJA MEDIANTE A EXPRESSÃO DOS DONS
 
Os pensamentos mais profundos de Paulo estão registrados nas suas epístolas às igrejas em Roma, Corinto e Éfeso. Estas igrejas eram instrumentos da estratégia missionária de Paulo. Romanos 12, 1 Coríntios 12 e 13 e Efésios 4 foram escritos a partir do mesmo esboço básico. Embora fossem igrejas diferentes, são enfatizados os mesmos princípios. Cada texto serve para lançar luz sobre os demais. Paulo fala do nosso papel no exercício dos dons, do exemplo da unidade e diversidade que a Trindade oferece, da unidade e diversidade no Corpo de Cristo, do relacionamento ético – tudo à luz do último juízo de Cristo. O contexto dessas passagens paralelas é a adoração. Depois de uma exposição das grandes doutrinas da fé (Rm 1―11), Paulo ensina que o modo apropriado de corresponder a elas é mediante uma vida de adoração (Rm 12―16). Os capítulos 11 a 14 de 1 Coríntios também se referem à adoração. Os capítulos 1 a 3 de Efésios apresentam uma adoração em êxtase. Efésios 4 revela a Igreja como uma escola de adoração, onde aprendemos a refletir o Mestre supremo. Paulo considera os seus convertidos apresentados em adoração viva diante de Deus (Rm 12.1,2; 2 Co 4.14; Ef 5.27; Cl 1.22,28). Conhecer a doutrina ou corrigir as mentiras não basta. A totalidade da nossa vida deve louvar a Deus. A adoração está no âmago do crescimento e reavivamento da igreja. 
 
Estude o gráfico a seguir. Note o fluxo do argumento, as semelhanças e propósitos que Paulo tem em mente. Em seguida, examinaremos os princípios-chaves desses textos bíblicos. 

Texto extraído da obra “Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal”, editada pela CPAD, pp.467-68. 

Lição 2 - 2º Trim. 2014 - Juvenis 15 a 17 anos.

Lição 02– Ética é sempre bem vinda

Texto Bíblico: Mateus 5.17-21



Caro professor da classe de Juvenis, a Paz do Senhor! O tema da lição desta semana é “Ética é sempre bem-vinda”. Ela está baseada no texto de Mateus 5.17-21.  Certamente, para esta lição, não vão faltar exemplos de pessoas, até mesmos líderes eclesiásticos, que vivem uma vida completamente antiética. Por isso, estude algumas obras sobre ética (livros de filosofia, por exemplo) e ética cristã (como por exemplo “Ética Cristã” de Elinaldo Renovato; “Ética: As decisões Morais à luz da Bíblia” de Arthur F. Holmes; ambas publicadas pela CPAD). Feito isso, providencie recortes de jornais ou revistas que mostrem escândalos, corrupções e fraudes.
 
Professor, lembre que sua aula deve ser preparada antecipadamente, para que os seus alunos percebem consistência e preparo em suas ministrações. Ore a Deus para que o capacite e os corações dos alunos sejam tocados pelas aulas ministradas. 
Boa aula! 

Lição 2 - 2º Trim. 2014 - Adolescentes 13 e 14 anos.

Lição 02 – É Preciso Amar

Texto bíblico: 1 Coríntios 13.1-7,13



O amor é sofredor (paciente) para com as pessoas que nos provocam ou nos ferem. Não permite que surjam sentimentos, mesmo quando os males assolam. Ele caminha a segunda milha, oferece a outra face, suporta o insulto, é paciente com os que discordam, ou escarnecem, ou zombam (Mt 5.39,41). Reflete a paciência de Deus para com os pecadores: não pode ser irritadiço para com aqueles por quem Cristo morreu.
O amor não pára com uma mera paciência que tolera aqueles que amontoam abuso sobre abuso. É ativamente gentil, vence o mal com o bem (Lc 6.27; Rm 12.21), procura o que pode fazer pelos outros, põe-se a serviço de outros, encoraja os outros a falar e ministrar (1 Co 14.30,31).
 
O amor não é invejoso, nunca tem ciúmes, nunca expressa má vontade, malícia ou mau humor. Ele não trata com leviandade, nunca é fanfarrão, mas é verdadeiramente humilde. 
 
O amor não se ensoberbece, não é orgulhoso, inchado ou convencido, nem é ávido por honra.
 
O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Sempre defende, sempre confia, sempre tem esperança, sempre persevera, suporta a pressão com fé e esperança ousadas. Vê onde é preciso ajuda e se coloca sob a carga sem que lhe seja pedido ou implorado. Fornece coragem sincera aos outros.
 
Professor se estas características (presente nos que amam e servem a Deus) parecem difíceis de se ter, lembremo-nos  de que podemos buscar a Deus para que Ele derrame o seu amor em  nosso coração pelo Espírito Santo (Rm 5.5). Aproveite e ore com os seus alunos, pedindo a Deus que os ensinem o verdadeiro amor.
 
Texto adaptado do Comentário Bíblico de 1 e 2 Coríntios, CPAD.

Lição 2 - 2º Trim. 2014 - Pre Adolescente 11 e 12 anos.

Lição 02 - O trigo e o joio

Texto Bíblico: Mateus 13.24-30



Depois que Jesus expôs as parábolas do grão de mostarda e do fermento, Ele foi para casa – provavelmente para a casa de Pedro em Cafarnaum. Na privacidade do lar, os discípulos pediram uma explicação da parábola do Joio. Como na parábola do Semeador, Cristo deu uma interpretação detalhada. 
 
O semeador é o filho do homem. O campo é o mundo, a boa semente são os filhos do Reino – aqui a igreja invisível, todos aqueles que são verdadeiros filhos de Deus, e o joio são filhos do maligno. O inimigo é o Diabo; e a ceifas é o fim do mundo, e os ceifeiros são os anjos. No fim desta era, disse Jesus, Ele enviará os seus anjos para colher do seu Reino. 
 
Tudo o que causa escândalo significa “tudo o que apanha em armadilha ou seduz os homens à destruição”. Iniquidade é, no grego, “impiedade”. Estes serão lançados em uma fornalha de fogo, onde haverá pranto e ranger de dentes – uma frase encontrada cinco vezes em Mateus e uma vez em Lucas. Ela sublinha o horror do inferno. Em contraste com isso, os justos resplendecerão como o sol. Este é, o eco de Daniel  em 2.13.

Lição 2 - 2º Trim. 2014 - Juniores 9 e 10 anos.

Lição 02 - Um Ato heroico de Raabe

Texto Bíblico – Josué 2.1-15



Caro professor da classe de Juniores, a paz do Senhor! Neste domingo a lição a ser estudada tem como tema central o heroísmo de Raabe. No domingo anterior falamos do heroísmo de Joquebede em salvar o seu pequeno filho. 
 
Raabe era uma prostituta que reconheceu a soberania do Deus de Israel. Ela arriscou a própria vida para salvar os espias. Raabe fez a coisa certa e por isso salvou a sua vida e de sua família. Professor converse com os seus alunos acerca de sempre tomarem decisões corretas.
 
“Pela fé, Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias” (Hb 11.31).
 
“De uma perspectiva humana, é difícil entende  porquê a Bíblia deveria falar favoravelmente de Raabe. Ela era uma prostituta e pertencia aos cananeus, um povo pagão que se deleitava na idolatria. Uma mentirosa que enganou seu próprios líderes e ajudou o ‘inimigo’ a escapar. Ela era uma traidora que ajudou a planejar a derrubada de Jericó.
 
Agora vejamos Raabe de uma perspectiva divina. Ela havia desenvolvido um saudável temor do Deus de Israel.  Ela estava disposta a tornar-se parte da nação de tinha aliança com Deus. O escritor de Hebreus explicitamente nos diz que ao receber os espias, Raabe deu uma visível demonstração de fé.
Em sua vida pós-Jericó, Raabe casou-se com Salmom e tornou-se finalmente a tataravó do rei Davi. Imagine isso – uma prostituta cananeia tornou-se parte da linha ancestral  dos reis de Israel, incluindo o maior Reis da nação – Jesus Cristo. Raabe ilustra o tipo de transformação que é possível quando uma pessoa coloca sua fé em Deus”’ 

(Texto extraído do livro 365 Lições de Vida Extraídas de Personagens da Bíblia, CPAD).

Lição 2 - 2º Trim. 2014 - JD Infância 5 e 6 anos.

Lição 02 - Os móveis da casa para Deus

Texto Bíblico: Êxodo 30.1-10, 34-8; 40.17-33



De professor para professor
 
Prezado professor, neste domingo o objetivo da lição é fazer com que as crianças sintam o desejo de estarem na Casa de Deus.
 
• Faça uma recapitulação da aula anterior. Pergunte qual foi a palavra-chave estudada e qual o versículo aprendido. 
 
• A palavra-chave da aula de hoje é “PERFUME”. Então, durante o decorrer da aula repita a frase: “Deus gosta de sentir o cheirinho de Jesus que está em você.”
 
Para refletir
 
O Altar do Incenso
 
• “Dos três itens que ficavam no Lugar Santo, este era o mais próximo do Santo dos Santos. Ficava um pouco antes da cortina pesada que separava o Lugar Santo do Santo dos Santos. O altar também era feito de madeira de acácia e coberta de ouro. A construção de madeira aponta para a natureza humana que Cristo assumiu, enquanto a cobertura de ouro aponta para sua divindade. “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós...” (Jo 1.14). 
 
Este não era um altar sobre o qual se ofereciam holocaustos e sacrifícios por pecados.  O problema com o pecado devia resolvido no Átrio, no Altar de Bronze, onde se recebe remissão e perdão. O assunto relativo à nossa consagração e compromisso com Ele devia ser resolvido lá também, com a oferta de sangue apropriada. Neste altar devemos trazer o suave incenso do louvor e adoração. Junto ao Altar de Bronze, o sacerdote oficiava por nós; neste, porém, vimos pessoalmente perante Ele, na qualidade de “sacerdotes”, em uma experiência absolutamente única” (extraído de Estudo Devocional do Tabernáculo no Deserto, CPAD).
 
• Professor, a atenção de um aluno do Jardim de Infância ainda é limitada, mas está em expansão. Já pode concentrar-se por um período de tempo maior — dez a quinze minutos — se o assunto e a sua apresentação lhe forem interessantes” (Marta Doreto).
 
Regras Práticas para os Professores 
 
Jogos Didáticos
 
Um jogo educativo bem planejado pode ser um excelente veículo de ensino no período das atividades em pequenos grupos. Às vezes, uma simples sugestão de um jogo causa interesse e entusiasmo à classe. Educadores modernos costumam usar este acessório para ensinar fatos, recordar conteúdos, desenvolver compreensão, atitudes e habilidades específicas. Não há limites para a variedade de jogos que podem ser planejados para atingir um objetivo específico. 
 
Muitos professores da Escola Dominical são reticenciosos em relação aos jogos didáticos por julgá-los simples divertimento. De fato esta preocupação tem suas justificativas! Nos jogos pedagógicos, o componente lúdico não deve ser mero invólucro. Ou apenas uma estratégia motivacional que nada ou pouco tem a ver com o que se pretende transmitir. Eles devem constituir-se, em si próprios, em ricas e completas experiências de aprendizagem. 
O jogo neste caso não é algo extrínseco adicionado a uma experiência de aprendizagem para torná-la agradável: é, ele mesmo, parte integrante daquela experiência para torná-la agradável: é, ele mesmo, parte integrante daquela experiência. Espera-se, assim, que o aluno aprenda com maior facilidade até sentir os conceitos, as habilidades ou os conhecimentos incorporados no jogo.
 
Para utilizar-se deste tipo de recurso, o professor deverá observar as seguintes normas:
 
• Determinar o objetivo do jogo;
 
• Determinar o conteúdo a ser aprendido: O que desejo que meus alunos aprendam? Quais as habilidades ou princípios que as crianças deverão praticar? Qual a informação que deverá ser recordada?
 
• Decidir qual tipo de jogo é apropriado para a classe;
 
• Determinar as regras do jogo.
(Texto extraído do livro Recursos Didáticos para a Escola Dominical, CPAD).
 
• Atividade 
Para reforçar o ensino da lição, distribua papel e giz de cera para as crianças. Peça que elas desenhem os três móveis do primeiro cômodo da Tenda de Deus. Enquanto as crianças desenham, faça algumas perguntas relacionadas à lição. Por exemplo:
 
• De que eram feito os três móveis do primeiro cômodo do Tabernáculo? 
 
• O que havia sempre na mesa de ouro?
 
• Onde os sacerdotes colocavam um perfume bem gostoso para Deus, chamado incenso?
 
Professor, enquanto as crianças desenham, explique que a Casa de Deus é um lugar especial aonde vamos para adorar ao Senhor

Lição 2 - 2º Trim. 2014 - Maternal 3 e 4 anos.

Lição 02 - Jesus escolhe seus ajudantes

Texto Bíblico: Mateus 4.18-25; 9.9



De professor para professor
 
Prezado professor, neste domingo o objetivo da lição é fazer com que as crianças aprendam que podemos ser um ajudante de Jesus.
 
• Faça uma recapitulação da aula anterior. Pergunte qual foi a palavra-chave estudada e qual o versículo aprendido. 
 
• A palavra-chave da aula de hoje é “AJUDANTE”. Então, durante o decorrer da aula repita a frase: “Você pode ser um ajudante de Jesus.
 
Para refletir
 
• “Jesus disse a Pedro e a André que deixassem de ser pescadores de peixes e passassem a “pescar” pessoas, ajudando-as a encontrar a Deus. Jesus os chamou para abandonarem o comércio produtivo e serem espiritualmente produtivos.
 
Todos nós precisamos “pescar almas”. Se praticarmos os ensinamentos de Cristo e compartilhamos as Boas Novas com os outros, poderemos atrair os que estão a nossa volta para Jesus, como um pescador atrai os peixes com o auxilio de iscas.” (extraído da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD).
 
• Professor, “os sentidos são o principal meio de aprendizagem do aluno do maternal, especialmente a visão; através da visão, a criança aprende mais que pelos outros sentidos. Por isso a aula deve ser rica em visuais: desenhos, objetos e gesticulação do professor” (Marta Doreto). 
 
Regras Práticas para os Professores 
 
Diretivas Bíblicas para o Ensino Infantil
 
A revelação de Deus exige uma resposta pessoal de cada um dos seus filhos. O que as Escrituras nos mandam fazer em nosso ministério comcrianças?
 
Mateus 28.19,20: O imperativo nesta passagem é claro: “Fazei discípulos” (ARC). Quando formos, temos de ensinar a Palavra de Deus a todas as pessoas — inclusive crianças. As implicações contidas neste texto são (a) evangelizar (falar do Evangelho a todas as pessoas) e b) discipular (ajudar cada crente a crescer em Cristo para ser um fazedor  de discípulos). Isto pode ser feito com crianças se estas forem educadas damaneira correta.  
 
Provérbios 22.6: Este provérbio dá-nos breve introspecção sobre como ensinar crianças. Os professores de crianças têm de desejar (a) “instruir” — criar um gosto ou desejo na criança pelas coisas de Deus —; (b) “no caminho” — conforme o passo dela. A instrução deve levar em conta a individualidade e o desenvolvimento mental e físico da criança. (c) Ela “não se desviará” — se a criança for educada corretamente nas coisas de Deus, o desejo eventual dela será manter-se firme ao que aprendeu. Uma versão ampliada deste provérbio seria: “Dedique-se ao Senhor e crie na criança o gosto pelas coisas do Senhor, de acordo com a faixa etária dela; e mesmo quando ela ficar adulta não se afastará do treinamento espiritual que recebeu”. 
(extraído e adaptado do livro Manual de Ensino para o Educador Cristão, CPAD).
 
• Atividade Manual
Para reforçar o ensino da lição, sugerimos que as crianças desenhem e pintem os ajudantes de Jesus. 

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Lição 1 - 2º Trim. 2014 - Jovens e Adultos.

Lição 01 - E deu dons aos homens



INTRODUÇÃO 
I – OS DONS NA BÍBLIA 
II – OS DONS DE SERVIÇO, ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS
III – CORINTO: UMA IGREJA PROBLEMÁTICA NA ADMINISTRAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS (1 Co 12.1-11)

CONCLUSÃO

Por  Elinaldo Renovato de Lima.

Os dons espirituais são ferramentas indispensáveis para que os crentes possam desenvolver seu papel, como “sal da terra” e “luz do mundo”(Mt 5.13,14).

No comentário da lição da Escola Dominical para o segundo trimestrede 2014,vamos refletir sobre dois tipos de dons de Deus: os dons espirituais e os dons ministeriais. De um modo geral, podemos dizer que os dons são recursos à disposição da Igreja para que esta exerça sua missão profética, de proclamadora do Evangelho de Cristo, de modo eficaz, contra “os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6.12), usando a “armadura do salvo”, na guerra espiritual sem tréguas a que todo salvo é submetido. Neste estudo, veremos o que são os dons, seu propósito e sua classificação, e como são postos à disposição dos salvos em Cristo Jesus.  

1. A Importância dos Dons de Deus

As “portas do inferno” estão cada vez mais agressivas contra a Igreja de Jesus Cristo. Em seu aspecto organizacional, a Igreja materializa-se nas diversas igrejas ou denominações que adotam a fé cristã. Se uma igreja não demonstra ter em seu seio a operação dos dons espirituais e dos dons ministeriais em sua expressão genuína, acaba tornando- se apenas “uma organização religiosa sem fi ns econômicos”, como reza a legislação que trata da natureza jurídica das organizações religiosas.

Assim, os dons espirituais são ferramentas indispensáveis para que os crentes possam desenvolver seu papel, como “sal da terra” e “luz do mundo” (Mt 5.13,14). O falar línguas, a interpretação de línguas, a profecia, a sabedoria divina, os dons de curar, os milagres, o discernimento dos espíritos e outros dons são indispensáveis para que a pregação do Evangelho e a razão de ser da Igreja seja relevante em um mundo relativista, secularista e materialista. Só o poder de Deus suplanta as “portas do inferno”.

Os dons ministeriais, de pastor, evangelista, profeta, de mestre ou doutor, podem e devem ser valorizados, nas igrejas cristãs. O que não se deve é aceitar as cavilações vaidosas dos que entendem que ser “apóstolo” é ser maior que “bispo”; e “bispo” é maior que “pastor” ou presbítero. Os obreiros precisam entrar na escola da “bacia e da toalha”, exemplifi cada por Jesus (Jo 13.4,5). Ninguém é maior que ninguém, na igreja de Cristo. Aliás, Jesus disse que “o primeiro será servo de todos”; “quem quiser ser grande será   vosso serviçal [diakonos]... “o primeiro será servo de todos. Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.41-45 – grifo nosso). Muitos líderes precisam calçar as sandálias do humilde Galileu.

2. A multiforme sabedoria de Deus

Diz Paulo aos efésios: “A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou; para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus” (Ef 3.1-5; 8-10). E ainda: “Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória” (1Co 2.7).

Essa “multiforme sabedoria de Deus”, esse “mistério manifestado pela revelação” e essa “sabedoria oculta em mistério” não podem ser conhecidos através de formulações teológicas. Só podem ser conhecidos através de manifestações sobrenaturais da parte de Deus ou através dos dons de Deus. Somente com o resgate da busca pelos “melhores dons” é que as igrejas poderão sobreviver num mundo tenebroso, em que as trevas satânicas a cada dia tomam conta das estruturas da nação.  

3. Despenseiros de Deus O apóstolo Pedro exorta os destinatários da sua primeira carta, quanto à iminente vinda de Jesus, fazendo solene advertência do trimestre sobre como os cristãos devem comportar-se, “como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pe 4.10). A Igreja e principalmente os obreiros devem ter a consciência de que são despenseiros de Deus. E deles exigem-se algumas qualidades fundamentais.

1. Sobriedade de vigilância

Os dons de Deus devem ser exercidos com simplicidade e vigilância.

Todos os cristãos devem ser despenseiros de Deus. Deve guardar a sobriedade e vigilância, em oração (1 Pe 4.7). O adversário anda como leão, buscando destruir vidas preciosas. O que administra o rebanho de Deus deve saber retirar da “despensa” de Deus o melhor alimento. E vigiar por suas vidas. É Pedro quem dá idêntica advertência em sua primeira carta: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5.8; Mt 26.41).  

2. Amor cristão

Os dons de Deus devem ser cultivados em amor. Todo crente fiel deve ser despenseiro de Deus; mas o obreiro, pastor, dirigente, ou líder de uma igreja, pastoreia ovelhas que não são suas. Como despenseiro da graça de Deus, o obreiro deve demonstrar amor em todas as ocasiões, no trato com todo o tipo de ovelha. Em qualquer situação o despenseiro deve ter amor. É característica do verdadeiro discípulo de Jesus (Jo 13.34,35). O obreiro deve buscar e desenvolver o uso dos dons, de modo sincero e amoroso.  

3. Hospitalidade

Os dons de Deus devem ser vividos com hospitalidade. Todo crente deve ter hospitalidade para com “os outros, sem murmurações” (1Pe 4.9); “Não vos esqueçais da hospitalidade, porque, por ela, alguns, não o sabendo, hospedaram anjos” (Hb 13.2). Há quem faça acepção de pessoas, discriminando os mais humildes ou menos favorecidos na vida humana. Essa não é atitude do despenseiro da casa de Deus. É pecado (Dt 16.19; Tg 2.9). Esse deve ser sempre atencioso com todos, ajudando-os em suas necessidades espirituais emocionais e físicas, dentro de suas possibilidades.  

4. Fidelidade

Os dons de Deus fazem parte dos “mistérios de Deus”. Escrevendo aos coríntios, Paulo ensina que devemos ser vistos pelos homens, todos os crentes, como “ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus” (1Co 4.1). A Bíblia nos declara que signifi ca esse mistério. “... aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória” (Cl 1.26, 27). Aí, temos “o mistério” revelado: “Cristo em vós, esperança da glória”! Esse mistério foi revelado “para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus” (Ef 3.10).   

Lição 1 - 2º Trim. 2014 - Juvenis 15 a 17 anos.

Lição 01– Não tem a ver, será?

Texto Bíblico: Isaías 5.18-20; 1 Pe 1.23-25



Caro professor da classe de Juvenis, a Paz do Senhor! Estamos iniciando mais um trimestre de Lições Bíblicas para os Juvenis. O tema deste trimestre abordará sobre “Os Perigos do Relativismo Moral”. O título da primeira lição é “Não tem nada a ver, será?”. 
 
Professor, Timóteo era um jovem temente a Deus. Como adolescente e jovem, ele deve ter enfrentado vários conflitos em sua geração. Porém, ele teve o privilégio de ter um amigo que o ensinou a apartar-se dos valores mundanos e a viver de maneira que o nome do Senhor fosse glorificado em sua vida. Embora jovem, Timóteo não desprezou os conselhos de seu amigo mais velho. Antes de morrer, o amigo lhe escreveu duas cartas, não de despedida, mas de conselhos de alguém que tinha experiência de vida. Em uma de suas cartas, Paulo faz um alerta ao seu jovem amigo Timóteo: “... não se envergonhe de dar o seu testemunho a favor do nosso Senhor...” (2 Tm 1.8). Timóteo não deveria ter vergonha de declarar que acreditava e seguia os princípios da Palavra de Deus. 
 
Prezado professor, seus alunos, como Timóteo, precisam de sua amizade. Eles não precisam só de seus conselhos, mas de sua amizade. Seus alunos precisam ser desafiados a não terem vergonha de declarar a sua fé e mostrar que os princípios de Deus são eternos. Muitos na igreja têm uma postura de santidade, mas fora da igreja se deixam levar pelo discurso de que “não tem nada a ver”; “Isso não é para nós hoje” – dizem eles. Mas Deus conta com jovens corajosos que não querem relativizar o erro. Converse com seus alunos o que eles têm a dizer sobre pessoas que adotam tal postura. 
Tenha uma boa aula e daqui a pouco a gente volta.