Lição 04
A FAMÍLIA SOB ATAQUE
28 de abril de 2013
TEXTO ÁUREO
“Revesti-vos de toda a armadura de
Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Ef
6.11).
VERDADE PRÁTICA
Nestes
últimos dias, somente a família que obedece a Palavra de Deus conseguirá
triunfar sobre as investidas de Satanás.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“Revesti-vos de
toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas
ciladas do diabo” (Ef 6.11).
Para o comentário
deste nosso texto áureo reproduzirei o excelente comentário do Dr. Russel N.
Champlin, senão vejamos:
Tal como o «poder» é de
Deus, assim também o é a «...armadura...», as armas de ataque e de defesa que ele nos confere
para o combate. Essa armadura compõe-se da verdade, da retidão, do poder
residente no evangelho, da fé, dos poderes inerentes à salvação, da operação
íntima do Espírito Santo, que nos conduz na direção de nossa herança, e também
da Palavra de Deus, ou seja, sua mensagem remidora e fortalecedora em Cristo,
com as suas muitas provisões.
Essa armadura
deve ser «revestida», mais ou menos como
um soldado se prepara para a batalha, equipando-se com as peças de proteção e
de defesa de seu equipamento. Aqueles itens mencionados, e que consistem da armadura
em sua inteireza, evidentemente são apresentados na ordem em que os soldados
antigos vestiam as várias peças de sua armadura. No grego, «armadura» é tradução do termo «panoplia», de onde vem o
termo moderno «panóplia», termo coletivo que significa armadura completa.
Portanto, Paulo recomenda-nos aqui um completo condicionamento de profundo
preparo espiritual, em nada deficientes, dando a entender que um combate
vitorioso não pode ocorrer se nos contentarmos com algo menos que isso.
Que há tantos crentes
malsucedidos no mundo, ilustra o fato como não se equipam pessoalmente com
todas as provisões divinas que lhes são propiciadas, por motivo de preguiça, de
indiferença, ou por não quererem reconhecer a seriedade da batalha e a força
astuta do inimigo. No grego clássico, o termo aqui usado fala sobre a armadura
do «soldado
pesadamente armado». Sim, um crente bem-sucedido deve ser pesadamente
armado.
«...de Deus...» É uma refinação exagerada dessa metáfora pensar que o
próprio Deus se reveste de uma armadura, ainda que o trecho de Is 59.17 talvez
pinte o próprio Deus tendo a justiça como seu peitoral e a salvação como seu
capacete. Mas essa profecia mui provavelmente é messiânica, apontando para
Cristo Jesus, em sua humanidade e missão. Como homem, identificando-se como
tal, ele precisou da mesma armadura. Utilizando-se da mesma, com a sua «própria mão», ele trouxe vitória.
Essas palavras, «de Deus», mui provavelmente são um «genitivo
de origem», no original grego, ou seja, a armadura «procede
de Deus». Naturalmente que essa
armadura também pertence a ele; e a ele cabe dá-la, pois ele é o padrão supremo
das virtudes mencionadas, como a retidão, a verdade e a fé. Mas que ele se
revestiu dessas virtudes como uma armadura, é um exagero da metáfora. Porém,
com ou sem essa interpretação particular, o ensinamento é o mesmo. Aquelas
virtudes que nos conferem vitória sobre o pecado, bem como o sucesso no
conflito cristão em favor de Deus e do bem, só nos podem ser dadas pelo próprio
Deus, porquanto não são qualidades humanas.
Deve haver de
nossa parte a apropriação do poder de Deus, conforme esse poder se encontra em
Cristo. Sim, devemo-nos revestir de toda a armadura de Deus.
AS ARMADURAS ANTIGAS: A armadura inteira consistia de escudo, espada, lança, capacete,
e armadura das pernas (que cobria as coxas até aos joelhos), segundo Políbio e
outros escritores antigos. (Ver Thuc. iii,14; Isocr. 352 D; Herod. i.60;
Platão, Leis, vii., pág. 796 B; Políbio vi. 23,2). O soldado romano mui
provavelmente está em vista aqui; mas as armaduras gregas e romanas não
diferiam muito entre si. Paulo era homem intensamente viajado pelo império
romano, tendo sido encarcerado e solto por muitas vezes, e estaria bem
familiarizado com as armaduras de seu tempo. Os museus modernos contêm
exemplares dessa armadura. O apóstolo acrescenta aqui o cinturão e a espada em
sua lista; e apesar desses dois objetos realmente não fazerem parte da
armadura, eram necessários para o soldado antigo, muito apropriados para o
propósito de ilustrar o equipamento espiritual necessário para derrotar o mal.
Abaixo oferecemos uma descrição detalhada das armaduras antigas:
I.
Armas de Defesa:
1. «Perikephalaia», o «capacete», que protegia a cabeça. Era feito de várias formas e
de vários metais, e com freqüência era decorado com grande variedade de
figuras. Alguns capacetes possuíam uma crista, ou como ornamento ou com a
finalidade de aterrorizar, com figuras de leões, corvos, grifos, etc. Este
último era um animal lendário, com corpo e pernas traseiras de leão, e cabeça e
asas de águia. Paulo faz o capacete representar a «salvação».
(Ver o décimo sétimo versículo deste capítulo).
2. «Zoma», o «cinturão», posto em torno da cintura, útil para apertar a
armadura em volta do corpo, mas também para sustentar as adagas, as espadas
curtas ou quaisquer outras armas que ali pudessem ser penduradas. Paulo faz do
cinturão símbolo da «verdade» (ver o décimo quarto versículo).
3. «Thoraks», o «peitoral»,
que consistia de duas partes, chamadas «asas». Uma delas cobria a região
inteira do peito, a parte frontal do tórax, protegendo os órgãos principais da
vida, ali contidos. E a outra parte cobria uma parte das costas. Paulo faz isso
representar a «justiça» ou «retidão». (Ver
o décimo quarto versículo).
4. «Knemidés», as «grevas», que serviam para proteger
as canelas, isto é, do joelho para baixo, e com freqüência com uma extensão de
couro que também protegia o pé.
5. «Cheirides», uma espécie de «luvas» que serviam para
defender as mãos, bem como o antebraço, até ao cotovelo.
6. Vários tipos de escudo, que Paulo usa como símbolo da «fé» (ver o
décimo sexto versículo). Era o «aspis» ou o «chiled». Havia várias
formas, feitas de diferentes metais. O escudo de Aquiles, que teria sido feito
por Vulcano, seria circular, composto de cinco chapas de metal, sendo duas de
bronze, duas de estanho e uma de ouro. Ver Ilíada, Upsilon, v. 270:
Cinco chapas de
vários metais, vários moldes, Compunham o
escudo; de bronze cada um se dobrava para fora, De estanho, cada
um para dentro; e o do meio, de ouro.
«Gerron», ou
«guerra», um pequeno escudo quadrado, que a princípio foi usado pelos persas.
«Laiseion», o
escudo de forma oblonga, coberto com couros ásperos, ainda com os pêlos.
«Peite», o
«escudo leve», na forma de uma lua crescente, com um pequeno ornamento similar
às pétalas recurvas de uma flor de luce, no centro de uma linha diagonal reta,
que passava perto de uma das beiradas. Esse era o escudo amazônico.
«Thureos», o
«scutum» ou «escudo oblongo», feito de madeira e recoberto de couro, mas já sem
os pêlos. Tinha o formato do «laiseion» (descrito acima), embora fosse muito
maior. Seu nome se deriva da palavra «thura», que significa «porta», visto que
se assemelhava a portas de tamanho comum, quanto à sua forma.
Nos dias de
Paulo, o «aspis» e o «thureos» eram os escudos mais usados. O primeiro se
destinava a soldados levemente armados, e o último para soldados pesadamente
armados.
II. Armas de Ataque:
1. «Egchos», a «lança», usualmente munida de ponta de bronze ou
de ferro, com uma longa haste de madeira dura, geralmente de «freixo», árvore
pertencente ao grupo da oliveira, mas dotada de uma madeira dura e elástica.
2. «Doru», o «dardo», menor e mais leve que a «lança», que era
atirado contra o inimigo ainda à distância.
3. «Ziphos», a «espada», que tinha várias formas e dimensões. As
primeiras eram feitas de bronze, e mais tarde começaram a ser feitas de outros
materiais. Todas as espadas referidas nos escritos de Homero são de bronze.
Esse é o símbolo usado por Paulo para indicar a presença do Espírito Santo.
4. «Machaira», palavra que
também significa «espada».
Mas era mais curta um pouco, freqüentemente usada pelos gladiadores. Contudo,
esta e a palavra anterior com freqüência eram usadas como sinônimas, sem
diferenças apreciáveis.
5. «Aksine», a «acha de armas» ou «machado
de guerra».
6. «Pelekus», a dupla «acha de armas», com uma
folha afiada para cada lado.
7. «Korune», a «maça», feita de ferro, muito usada
pelos persas e gregos.
8. «Tokson», o «arco», completo com a «pharetta»
(a aljava) e as flechas, que no grego têm o nome de «bele» (ver o décimo sexto
versículo).
9. «Sphendone», a «funda», muito usada pelos hebreus
e muitos outros povos, com grande habilidade.
10. «Akontion», o «dardo», outro tipo de lança, mais
leve que o «ecchos».
11. «Belos», «flecha».
Enquanto a crueldade não foi melhorada pela
arte, E a fúria não forneceu espada ou dardo, Com os punhos, ou ramos, ou
pedras lutavam os homens, Essas eram as únicas armas ensinadas pela Natureza:
Mas quando chamas queimavam árvores e crestavam o solo, Então apareceu o
bronze, e foi preparado o ferro para ferir. O bronze foi usado primeiro, por
ser mais fácil de trabalhar, E visto que as veias da terra o continham em maior
dose.
(Lucrécio, De Rerum Nat., lib. v. 1282)
Era costume,
entre os antigos gregos e romanos, depois de se terem revestido de suas
armaduras, comerem juntos e precederem o ataque com uma súplica feita aos
deuses, pedindo o sucesso. E esse costume se reflete no décimo oitavo versículo
deste capítulo, pois, além do revestimento da armadura, Paulo nos recomenda «...toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito,
e para isto vigiando com toda perseverança e súplica...»
«...ficar firmes...» No grego é «istemi», que significa oferecer
resistência, «permanecer firme», dando a entender que o crente deve resistir aos
assédios da impiedade, deve batalhar com êxito, obtendo a vitória. Essa
expressão indica a linguagem dos soldados: «Não recuar!», ao invés de fugir derrotado. (Ver Thuc, v.104).
«...ciladas do diabo...» No grego, «...ciladas...» é «methodeia», que quer dizer «astúcias», «planos», «esquemas», ou, em
linguagem militar, «estratagemas». Quando tal palavra se aplica a Satanás, no N.T.,
porém, sempre indica seus maus desígnios. O comandante das forças malignas é o «...diabo...»
o grande mestre do ludibrio e do engodo, que capitaneia as forças do mal
contra, o bem. Sendo ele o comandante das forças malignas, é óbvio que toda a
armadura espiritual é necessária para o crente, com toda a oração e súplica,
para que essas forças sejam derrotadas. O fato que tantos crentes são
derrotados na refrega, é prova que não se têm preocupado com a preparação para
a batalha espiritual, adquirindo a armadura espiritual necessária; e nem oram
com suficiente perseverança, para que o mestre supremo do mal seja vencido em
suas vidas.
O diabo é o líder
supremo do reino das trevas, bem como de seus poderes inúmeros e potentíssimos.
Ele é a essência mesma do mal. Seus aliados malignos são mencionados no
versículo seguinte. Sua depravação é consumada, e mostra-se extremamente
inteligente em sua perversidade. Por toda a parte o N.T. dá a entender que ele
tem «personalidade»,
sendo identificado como um ser real, não se utilizando de seu nome como mera
figura simbólica para as formas mais concentradas da maldade. Seu nome,
«diabo», significa «caluniador», «acusador». Suas
atividades, relativas ao crente, consistem em atacá-lo, procurando destruir-lhe
a alma, através de acusações falsas e tentações. Segundo certo ponto de vista,
a história da humanidade é apenas o processo de como Deus, o Bem supremo,
conquista a lealdade dos homens e de outros seres inteligentes, arrebatando-os
das garras de Satanás, e como seres morais finalmente aprendem, por experiência
própria, que o caminho de Deus é melhor que o caminho de Satanás, escolhendo o
bem por vontade própria. É assim que os homens vêm a compartilhar da natureza
essencial de Deus e não apenas a preferi-lo. Por essa razão também é que os
processos históricos envolvem tão longo tempo; é mister que os homens, e outros
seres dotados de livre-arbítrio, aprendam realmente no que consiste o bem,
preferindo-o e passando segundo o mesmo.
«Entre os
principais esquemas malignos do diabo, na época de Paulo, destacava-se o 'esquema
do erro', a teia bem tecida da ilusão gnóstica, na qual o apóstolo
temia que as igrejas da Ásia se deixassem enleiar. O império de Satanás é
governado com uma norma fixa, e sua guerra é levada a efeito com um sistema
estratégico que procura tirar vantagem de cada oportunidade de ataque. As
múltiplas combinações do erro, as várias artes da sedução e da tentação, as dez
mil formas de engodo da injustiça, constituem as 'ciladas
do diabo'». (Findlay, in loc).
Conforme o
pensamento cristão do segundo século de nossa era, as «ciladas» do diabo eram especificamente consideradas como as
aflições que os cristãos então sofriam, que os levavam às perseguições e ao
martírio. «O diabo tem tentado muitas ciladas contra eles; mas, graças sejam
dadas a Deus, seu poder não prevaleceu contra ninguém». (Martírio de
Policarpo, 2:4-3:1). Eusébio, em sua História Eclesiástica (V.i), menciona como
as igrejas de Lyons e de Viena atribuíram às ciladas de Satanás a fúria das
perseguições, resolvidas a destruir a igreja. «Mas, a graça de Deus fez o
conflito voltar-se contra ele, e foram livrados os fracos, os quais foram
soerguidos como colunas, capazes de resistir à ira do Maligno mediante a
paciência». No texto presente, entretanto, a alusão é de natureza mais
geral, dando a entender as variegadas tentações ao pecado, à incredulidade, ao
descuido e à conformação com este mundo incrédulo. (Comparar isso com Ef
5:1-18, um trecho que alista os muitos pecados que os crentes precisam evitar,
porquanto estavam dispersados de modo geral por todo o mundo pagão daquela
época).
A mesma palavra
aqui traduzida por «ciladas» também aparece em Ef 4:14, mas em nenhuma outra porção paulina, e
nem no restante do N.T. E em nenhuma outra passagem o apóstolo dos gentios usa
o nome «diabo» como título de Satanás. E por essa razão que alguns
estudiosos pensam descobrir motivos contrários à autoria paulina desta
epístola.
(O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO – Versículo
por Versículo. Russel Norman Champlin – Vol. IV – 10ª Reimpressão –
1998 – Editora e Distribuidora Candeia – SP – paginas 641-643).
RESUMO DA LIÇÃO 04
A
FAMÍLIA SOB ATAQUE
I. OS ATAQUES DO INIMIGO
1.
Ataque às crianças.
2.
Ataque à disciplina no lar.
3.
Falsos Ensinos.
II. ATITUDES MUNDANAS PARA
DESTRUIR A FAMÍLIA
1.
O Abandono aos Filhos.
2.
Desrespeito aos pais.
3.
O Securalrismo.
III. O CUIDADO CONTRA A FILOSOFIA
MUNDANA E A PORNOGRAFIA
1.
Observar a Palavra de Deus.
2.
Templo do Espírito Santo.
3.
“Não poei coisa má diante dos meus olhos” (Sl 101.3).
INTERAÇÃO
Professor,
na lição de hoje estudaremos a respeito de alguns ataques que as famílias vêm
enfrentando na atualidade. Tais
investidas são lançadas por Satanás, o arqui-inimigo da família. O
Diabo tem como intento matar, roubar e destruir e ele tem conseguido realizar
os seus propósitos.
Como
“sal” e “luz” deste mundo precisamos anunciar a Cristo, aquEle que possui todo
poder para destruir as obras do Maligno. A
Igreja do Senhor Jesus Cristo, a “coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15),
deve lutar para que os princípios éticos fundamentais da família sejam
preservados, pois somente assim não pereceremos sob os ataques do mal, antes,
glorificaremos a Deus.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Analisar a posição do Estado na educação dos filhos.
Acautelar-se das propostas sociais para destruir a família.
Saber como podemos vencer a filosofia mundana que é
imposta sobre a família.
COMENTÁRIO
introdução
PALAVRA CHAVE
ATAQUE:
Nesta lição
significa as muitas estratégias e investidas do Diabo contra as famílias.
Sabemos que Satanás tem mobilizado os sistemas deste
mundo para desestruturar a vida familiar. No entanto, a Igreja de Cristo, como “sal” e “luz” da
terra, deve confrontar, por intermédio da Palavra de Deus, os ataques do
Maligno.
Não podemos nos esquecer que estamos lutando contra
principados e potestades (Ef 6.12). Se desejamos uma vida familiar vitoriosa, precisamos
viver em total dependência do Senhor. Carecemos da armadura de Deus para que possamos
enfrentar as lutas e desafios do nosso tempo.
I. OS ATAQUES DO
INIMIGO
1. Ataque às crianças. Atualmente, em muitas escolas, tanto da rede pública
como privada, o ensino materialista está sendo valorizado e repassado de modo
contínuo às crianças. A educação que nossos filhos recebem é totalmente
influenciada pelo materialismo e o ateísmo. Os currículos, que reúnem os conteúdos programáticos, a
serem transmitidos nas salas de aula, são fundamentados na filosofia
evolucionista.
Tudo começa com a explicação sobre a origem da matéria,
da vida, do homem, e de tudo que existe no universo. Os pais não podem negligenciar a educação de seus
filhos, e devem levá-los aos pés do Senhor. A Igreja também deve ajudar os pais nesta nobre missão,
oferecendo uma educação religiosa de qualidade às crianças.
2. Ataque à disciplina no lar. Em nossos dias existem questionamentos relacionados à
aplicação da disciplina aos filhos. Mas, segundo a Palavra de Deus, aplicada com sabedoria,
a disciplina livra a criança da morte (Pv 23.13,14). Disciplina é toda ação instrutiva e discipuladora, pois
a palavra disciplina tem a mesma raiz da palavra discipular.
De fato, uma pessoa bem disciplinada é uma pessoa bem
educada, bem discipulada. Que os pais eduquem seus filhos no temor e na
admoestação do Senhor e que os filhos honrem e obedeça aos pais conforme ordena
a Palavra de Deus. Devemos nos lembrar também de que devemos ser prudentes
na aplicação da disciplina aos nossos filhos, para mostrar-lhes, acima de tudo,
a forma correta de proceder em toda a sua existência.
3. Falsos Ensinos. Há, em nossos dias, diversas novas teologias que agridem
diretamente a mensagem bíblica. De modo aberto, e às vezes sutil, “as portas do inferno”
valem-se da teologia para atacar a Igreja e consequentemente às famílias. Satanás tem investido e disseminado muitos ensinos
deturpados, que utilizam-se até de partes das Escrituras, utilizadas sem a
devida e correta interpretação, para confundir e afastar do Senhor as famílias,
que tem sede de salvação, do caminho, da verdade, e da vida, que é o próprio
Jesus Cristo (Jo 14.6).
Inspirados por teologias liberais, há famílias que não
mais veem a Bíblia como a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Todavia, a Bíblia é e continuará sendo a única regra de
fé e prática do cristão. Alguns chegam a ensinar que a Bíblia limita-se a conter
a Palavra de Deus. Cuidado! A Bíblia é, de fato, a Palavra de Deus. Leia
com atenção 2 Timóteo 3.16.
É indispensável, que as famílias cristãs estudem e
obedeçam fielmente as Sagradas Escrituras. Nossas famílias precisam estar preparadas para
enfrentarem as muitas teologias antibíblicas que tem se levantado no nosso
tempo, pois não podemos deixar brecha alguma ao adversário. Quer na igreja, quer em casa, vigiemos e oremos.
SINOPSE DO TÓPICO
(I)
O alvo do Diabo é minar as famílias através dos falsos ensinos às
crianças, da distorção da Palavra de Deus e da ausência de disciplina no lar.
II. ATITUDES
MUNDANAS PARA DESTRUIR A FAMÍLIA
1. O Abandono aos Filhos. Não é incomum vermos em nossa sociedade pais que
abandonam seus filhos, não raro, estes ainda bebês. Essa é uma forma monstruosa de desrespeito para com a
vida. Como pais, precisamos entender que os filhos são herança
do Senhor para que nós possamos cuidar, educar e conduzir ao Senhor.
Como pais, somos responsáveis por vestir nossos filhos,
alimentá-los, proporcionar-lhes uma educação de qualidade, inclusive para que
estejam prontos para o mercado de trabalho cada vez mais exigente, mas acima de
tudo, é igualmente nossa obrigação transmitir a fé que uma vez nos foi dada,
para que as próximas gerações tenham sua própria experiência com Deus. Portanto, sejamos exemplo para este mundo, zelando por
nossos filhos e conduzindo-os a Cristo.
2. Desrespeito aos pais. O ato de honrar os pais sempre foi apreciado por Deus. Quando Ele deu a sua lei aos filhos de Israel, antes de
entrarem na terra Prometida, dentre os mandamentos constava a ordem de honrar
pai e mãe, para que os filhos pudessem entrar na nova terra sabendo que entre
suas responsabilidades para com Deus estava o respeito para com aqueles que,
por meio de um ato de amor, lhe trouxeram a vida.
Séculos depois, Jesus reafirmou esse mandamento (Mt
19.19; Lc 18.20), e Paulo acrescentou que honrar pai e mãe foi o primeiro
mandamento com promessa (Ef 6.2). Infelizmente, não são raros os casos de filhos que não
apenas desonram seus pais desobedecendo-lhes, mas também esquecem deles na sua
velhice, época em que mais precisam de ajuda. Que esse pensamento mundano jamais prospere entre servos
de Deus.
3. O secularismo. Segundo o Dicionário Teológico (CPAD) o secularismo é a “doutrina
que ignora os princípios espirituais na condução dos negócios humanos. Para o
secularista, o homem, e somente o homem, é a medida de todas as coisas”. Quando a família se seculariza, os valores espirituais,
bíblicos são desprezados e os valores humanos e materiais são exaltados.
Como cristãos não podemos nos conformar com o pecado, a
iniquidade e a corrupção que destrói a vida familiar. Precisamos ser santos em
toda a nossa maneira de viver (1 Pe 1.15,16). Muitas famílias estão sendo influenciadas, pela mídia, a
viverem um estilo de vida materialista e hedonista. Não podemos jamais nos esquecer que precisamos ser “sal
da terra” e “luz do mundo” (Mt 5.13,14).
Como sal, precisamos ter uma vida familiar de tal forma,
que os que nos veem, ou nos ouvem, sintam a nossa família fazer diferença
marcante no ambiente em que nos situamos. Como luz, precisamos, com nosso testemunho, contribuir
para dissipar as trevas do pecado em nossa volta.
SINOPSE DO TÓPICO
(II)
O crente como sal e luz do mundo, representante do reino divino, não
pode permitir que atitudes mundanas destruam a família.
III. O CUIDADO
CONTRA A FILOSOFIA MUNDANA E A PRONOGRAFIA
Para a filosofia de vida mundana, não há limites para o
homem desfrutar do prazer carnal. A internet, que tem sido usada como um grande meio de
comunicação, facilitou também a propaganda e o estilo de vida miserável e sujo,
com a pornografia. Como reagir a esse desafio?
1. Observar a Palavra de Deus. A Bíblia diz que o jovem só pode ter pureza em seu
caminho quando observar a Palavra de Deus (Sl 119.9-11). Como não há idade para o pecado, este princípio
aplica-se a qualquer cristão independente de sua faixa-etária. É indispensável que o adolescente, o jovem, ou o adulto,
conheçam profundamente a Palavra de Deus. Assim, estaremos preparados para enfrentar os ardis de
Satanás (Ef 6.10-20).
2. Templo do Espírito Santo. Não é incomum sofrermos tentações em todas as esferas da
vida, principalmente na sexual por causa da pornografia, tão comum em nossos
dias.
Porém, devemos nos lembrar de que o nosso corpo é o
templo do Espírito Santo e o objeto de glorificação ao Altíssimo (1 Co
6.18-20). E devemos buscar a santificação para vencer desafios
como a oferta de sexo imoral e sem compromisso, que desfigura a santidade e
desagrada a Deus. (Hb 12.14; 1 Pe 1.15).
3. “Não porei coisa má diante dos meus olhos” (Sl 101.3). “Coisa má” é tudo aquilo que, aos olhos de
Deus, é reprovável. A pornografia é uma atitude pecaminosa contra a
santidade do corpo e contra o próprio Deus. Portanto, os pais devem ser os tutores dos seus filhos,
orientando-os quanto ao que pode ser visto, ouvido e assistido. Não podemos descuidar da educação dos nossos filhos. Zele
por sua descendência.
SINOPSE DO TÓPICO
(III)
Só poderemos vencer a filosofia de vida mundana se atentarmos para a
Palavra de Deus.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Alguns dos mais terríveis golpes contra a família são
manipulados pelas autoridades públicas, ou seja, justamente por aqueles que
deveriam zelar pelo fortalecimento da constituição da família tradicional (Rm
13.4).
Há uma onda do materialismo e do liberalismo social,
ambos a serviço do Diabo, predominando nas políticas públicas. Todavia, a Igreja do Senhor Jesus Cristo, a “coluna e
firmeza da verdade” (1 Tm 3.15), cerrará as fileiras de guardiã dos princípios
éticos fundamentais da família. Assim, não pereceremos sob os ataques contra a família,
mas glorificaremos a Deus.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
LIMA, E. R. Ética Cristã: Confrontando as questões
morais do nosso tempo. 1 ed., RJ: CPAD, 2002. YOUNG, E. Os Dez Mandamentos do Casamento: O que fazer
e o que não fazer para manter uma aliança por toda a vida. 1 ed., RJ:
CPAD, 2011. DANIELS, Robert. Pureza Sexual – como vencer sua guerra
interior. CPAD.
PROCURE
O DEPARTAMENTA DA FAMÍLIA e invista em sua família!
CASADOS PARA SEMPRE ( João e Arlete Pille)
PAIS PARA TODA VIDA ( Valdevino e Izabel Almeida)
ONE – CURSO PARA NOIVOS ( Adenir e Maria Helena Corrêa)
CURSO PARA FINANÇAS ( Paulo Antonio e Lea Almeida)
ACONSELHAMENTO PASTORAL ( Nestor e Neide Silva)
DEVOCIONAL PARA CASAIS (Elizeu e Débora Calseverini)
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO
Subsídio
Teológico
“O NT não desafia diretamente as estruturas sociais existentes. Em
lugar disto, [...] o NT fala diretamente às pessoas cristãs, e as convoca para
viverem uma vida de amor dentro das estruturas da sociedade. Desta forma,
embora a esposa deva submeter-se ao seu marido, ele é exortado a amar sua
mulher o suficiente para colocar suas necessidades em primeiro lugar em seu
relacionamento (Efésios 5.23-33). Embora os filhos devam obedecer aos seus
pais, os pais não devem ‘provocar a ira’ em seus filhos (6.1-4). E, embora os
escravos devam obedecer aos seus senhores na terra, os senhores cristãos devem
tratar bem seus escravos, e com respeito (6.5-9). Em última análise, a vida de
amor à qual os cristãos são convocados devem romper todas as barreiras
artificiais erigidas pela sociedade. Inicialmente, a vida de amor capacitaria o
povo de Deus a unir-se no que Paulo mostrou que nós somos — um corpo, uma
pátria no Senhor” (RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo
Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007, p.429).
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
A
Família sob ataque
Sendo uma instituição criada por Deus, a família é alvo de ataques por
parte do mundo e do Diabo. Por isso, é preciso entender de que forma Deus trata
a família e como ela pode se proteger dos seus oponentes.
Crianças
sob ataque — As crianças sempre foram alvo de ataques do
inimigo. Não é a toa que em Êxodo, Faraó tenta impedir que as crianças saiam do
Egito para cultuar ao Senhor (Êx 10.8-11). Ele sabia que se as crianças
permanecessem no Egito, uma geração inteira permaneceria como escrava, ao passo
que os adultos sairiam livres para adorar o Senhor. Esse era o plano do
inimigo, mas não o de Deus.
O Senhor pesou Sua mão sobre o Egito e livrou
adultos e crianças da opressão de Faraó e da escravidão. Mas, esse exemplo
bíblico nos mostra como o inimigo pensa em relação às crianças: ele as quer
presas no sistema do mundo, afastadas de Deus e do culto, sem acesso à educação
cristã e à Palavra. Cabe aos pais apresentar a Bíblia às crianças, ensinando-as
a guardar seus ensinos.
No Antigo Testamento, os pais israelitas tinham a
obrigação de ensinar aos filhos, desde a mais tenra idade, os testemunhos do
Senhor, que deveriam ser passados de geração a geração. E da mesma forma que os
pais devem priorizar seus filhos, cabe também aos filhos respeitarem seus pais.
Há uma promessa de Deus aos filhos que tratam seus pais com dignidade: uma vida
longa nesta terra.
A
unidade familiar sob ataque — Um dos
maiores problemas de nossos dias em relação à família é o abandono desta por
parte do pai, aquele que foi instituído por Deus como protetor e provedor. A
figura paterna tem sido cada vez mais esquecida, pois homens sem o devido senso
de responsabilidade abandonam o lar que constituíram, deixando a criação e a
provisão dos filhos para a mulher.
E há os casos dos homens que não assumem
seus atos, deixando vir ao mundo filhos de relações que depois não reconhecem
por não quererem ter compromisso com a mulher com que se relacionaram
sexualmente. Filhos crescem sem a referência paterna, e não raro reproduzem o
que viram em sua criação, sem a devida responsabilidade para com a família.
Para essa realidade, Deus se apresenta como Pai, como aquele que provê,
protege, orienta e cuida de Seus filhos.
Deus é sem dúvida o exemplo de
paternidade. Por isso, serve de modelo às famílias cuja imagem paterna não
esteve presente por qualquer motivo. Quando Jesus orava, referia-se a Deus como
Seu Pai, dando-nos o exemplo necessário em todos os aspectos.
FONTE: www.professoralberto.com.br