Lição 4
- Categoria: Jovens
- Publicado: 18 Abril 2017
Jesus e Sua Interpretação da Lei
2° Trimestre de 2017
INTRODUÇÃO
I - NÃO ODIAR, COBIÇAR OU DESPREZAR
II - NÃO JURAR, REVIDAR OU VINGAR-SE
III - PERFEITOS COMO O PAI
CONCLUSÃO
I - NÃO ODIAR, COBIÇAR OU DESPREZAR
II - NÃO JURAR, REVIDAR OU VINGAR-SE
III - PERFEITOS COMO O PAI
CONCLUSÃO
Prezado professor, a Paz do Senhor!
Inicie o estudo da lição fazendo a seguinte pergunta: “Como Jesus interpretava a Lei?” Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Em seguida peça que leiam o Texto Bíblico da Lição. Depois, explique que segundo o autor da lição, Pr. César Moisés, “Jesus mostra que a ‘justiça’ dos escribas, doutores da Lei, estava muito aquém do real propósito da Lei, e também muito longe do que era esperado das pessoas que se diziam crer em Deus”. Os textos abaixo vão ajudá-lo a compreender melhor a relação de Jesus com a Lei.
“Que ninguém suponha que Cristo permite que seu povo brinque com qualquer dos mandamentos da santa lei de Deus. Nenhum pecador participa da justiça justificadora de Cristo, até que se arrependa de suas más obras. A misericórdia revelada no Evangelho guia o crente a uma renúncia ainda mais profunda de si mesmo. A lei é a regra do dever do cristão, e este se deleita nela. Se alguém que pretende ser discípulo de Cristo permitir a si mesmo qualquer desobediência à lei de Deus, ou ensina ao próximo a fazê-lo, qualquer que seja sua situação ou reputação entre os homens, não pode ser verdadeiro discípulo. A justiça de Cristo, que nos é imputada pela fé, é necessária para todos os que entram no reino da graça ou da glória, mas a criação do novo coração para a santidade produz uma mudança radical no temperamento e na conduta do homem.
(Mt 5.21-26) Os mestres judeus haviam ensinado que nada, salvo o homicídio, era proibido pelo sexto mandamento. Assim, eliminaram seu significado espiritual. Cristo mostrou o significado completo deste mandamento; conforme ao qual devemos ser julgados no futuro e, portanto, já deve ser obedecido agora. Toda ira precipitada é homicídio no coração. Por nosso irmão aqui descrito, devemos entender qualquer pessoa, ainda que esteja em uma condição muito inferior à nossa, porque somos todos feitos de um mesmo sangue. ‘Néscio’ é uma palavra de zombaria que vem do orgulho; ‘Tu és néscio’ é uma palavra de desdém que vem do ódio. A calúnia e as censuras maliciosas são veneno que matam secreta e lentamente. Cristo disse-lhes que por mais desprezíveis que tenham considerados estes pecados, certamente seriam levados a juízo por causa deles. Devemos conservar cuidadosamente o amor e a paz cristão com todos os nossos irmãos; e, se em algum momento houver uma dissensão, devemos confessar nossa falta, nos humilharmos perante nosso irmão, fazendo ou oferecendo uma satisfação pelo mal cometido por palavra ou por obra, e devemos fazer isto rapidamente, porque até que o façamos, não estaremos prontos para nossa comunhão com Deus nas santas ordenanças.
O que foi dito aqui é muito aplicável a nosso ser, reconciliados com Deus por meio de Cristo. Enquanto estamos vivos, estamos a caminho de seu trono de juízo; depois da morte, será tarde demais. Quando consideramos a importância do caso, a incerteza da vida, nos damos conta de quão necessário é buscar a paz com Deus sem demora.
(Mt 5.27-32) A vitória sobre os desejos do coração deve ser acompanhada de exercícios dolorosos, e deve ser feitos. Todas as condições nos são dadas para nos salvarmos de nossos pecados, e não neles. Todos os nossos sentidos e faculdades devem evitar as coisas que nos conduzem a transgredir. Aqueles que levam aos demais à tentação de pecar, seja pela roupa ou por qualquer outra forma, ou deixam-nos nesta condição, ou expõem-nos a esta, fazem-se culpados por seus pecados, e serão considerados responsáveis por dar contas por eles. Se as pessoas submetem-se a cirurgias dolorosas para salvar a vida, do que a nossa mente deveria se reter quando o que está em jogo é a salvação de nossa alma?” (HENRY. Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002).
(Mt 5.38-42) “Jesus intensifica novamente a força da antiga lei, transcende-a e cumpre o seu âmago. O princípio de olho por olho e dente por dente era comum no antigo Oriente Próximo e tinha o designo de manter feudos de sangue sob o controle. Jesus exige que seus seguidores não reclamem seus direitos, que ‘não resistam ao mal’. Ele não está nos instruindo a ficarmos sentados passivamente enquanto o mal triunfa, ou a sermos cúmplices implícitos de violência física quando podemos mantê-la sob controle. O sentido de Jesus levantar-se em favor do bem e atacar o mal torna impossível tal ideia. Considerando o contexto que se segue, parece que Ele está chamando os discípulos para rejeitarem seus direitos legítimos de propriedade e reparação de queixas. ‘Mal’, neste contexto, não é tanto o Diabo ou o oposto do bem ideal, mas é aquele que quer desapossar injustamente o discípulo de sua dignidade ou propriedade.
Os exemplos que se seguem são exatamente isso, exemplos de como vivenciar o princípio. Mas qual é o princípio? Não é que os discípulos de Jesus devem ser intimados à vontade ou que eles não são muito importantes. A resposta acha-se nas bem-aventuranças cruciais, onde temos a chave para destrancar o significado do restante do Sermão da Montanha: ‘Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra’. Os mansos, os pobres de espírito, entendem que têm total confiança em Deus para o sustento próprio, e não nos recursos efêmeros e ilusórios das instituições do mundo. Santo Basílio, quando ameaçado por modesto, o ajudante de toda confiança do imperador, com o confisco de sua propriedade, replicou: ‘Como podes ameaçar um homem que está morto para o mundo?’ Com exceção de minhas roupas e alguns livros, não tenho mais nada. Quanto à morte, ela me impulsiona para onde desejo estar.’
A maior questão não é ‘os meus direitos’ mas os assuntos do Reino de Deus. A pessoa pode estar legalmente correta numa ação judicial e acabar totalmente emaranhada no materialismo. ‘Algo tão bom nos aconteceu que não há nada comparativamente que possa ser tão ruim’. Os discípulos podem se prender ligeiramente aos bens deste mundo porque eles sabem que Deus os sustentará. Deus é a sua fonte e fundação; tudo o mais é areia movediça.
‘Não resistais’ pode significar ‘não entreis em ação legal contra’ e é provavelmente a intenção do texto. Bater na face direita refere-se a um golpe aplicado com as costas da mão, ato que no antigo Oriente Próximo era extremamente insultante, sem dizer que era doloroso. Oferecer a outra face teria sido a resposta mais surpreendente. Jesus sofreu o mesmo abuso no seu julgamento e cumpriu o abuso do Servo Sofredor de Isaías (Is 50.6). Além disso, se um litigante quer lhe tirar a túnica (a roupa interior), dê-lhe a roupa exterior também. A lei proibia especificamente que alguém passasse frio (Êx 22.25-27). Amós condenou os ricos ímpios em Israel por reterem as capas dos pobres à noite como penhor de dívida (Am 2.8). Contudo, Jesus com efeito diz: ‘Nem mesmo se aproveitem de seus direitos básicos’.
‘Caminhar uma milha’, diz respeito à prática muito ressentida das forças romanos que ocupavam a Terra Santa, que poderiam exigir que os cidadãos lhes levassem pacotes por 1.000 passos. Sob autoridade desta regra de trabalho forçado, Simão de Cirene foi compelido a levar a cruz de Jesus (Mt 27.32). Quando Jesus sugeriu que eles caminhassem duas milhas voluntariamente, Ele não granjeou para si ou para os discípulos a estima dos revolucionários zelotes que praticavam violenta resistência à ocupação romana. Este procedimento equivalia a colaborar com o inimigo! No rastro destas injustas apropriações de propriedade vem a ordem de Jesus dizendo para dar àqueles que pedem. Os cristãos devem ser conhecidos por sua generosidade. Podemos confiar em Deus, pois Ele satisfará as necessidades dos seus filhos; é por isso que é possível agirmos como o Deus misericordioso que nos perdoou e nos sustenta” (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Vol. 1. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009).
(Mt 5.21-26) Os mestres judeus haviam ensinado que nada, salvo o homicídio, era proibido pelo sexto mandamento. Assim, eliminaram seu significado espiritual. Cristo mostrou o significado completo deste mandamento; conforme ao qual devemos ser julgados no futuro e, portanto, já deve ser obedecido agora. Toda ira precipitada é homicídio no coração. Por nosso irmão aqui descrito, devemos entender qualquer pessoa, ainda que esteja em uma condição muito inferior à nossa, porque somos todos feitos de um mesmo sangue. ‘Néscio’ é uma palavra de zombaria que vem do orgulho; ‘Tu és néscio’ é uma palavra de desdém que vem do ódio. A calúnia e as censuras maliciosas são veneno que matam secreta e lentamente. Cristo disse-lhes que por mais desprezíveis que tenham considerados estes pecados, certamente seriam levados a juízo por causa deles. Devemos conservar cuidadosamente o amor e a paz cristão com todos os nossos irmãos; e, se em algum momento houver uma dissensão, devemos confessar nossa falta, nos humilharmos perante nosso irmão, fazendo ou oferecendo uma satisfação pelo mal cometido por palavra ou por obra, e devemos fazer isto rapidamente, porque até que o façamos, não estaremos prontos para nossa comunhão com Deus nas santas ordenanças.
O que foi dito aqui é muito aplicável a nosso ser, reconciliados com Deus por meio de Cristo. Enquanto estamos vivos, estamos a caminho de seu trono de juízo; depois da morte, será tarde demais. Quando consideramos a importância do caso, a incerteza da vida, nos damos conta de quão necessário é buscar a paz com Deus sem demora.
(Mt 5.27-32) A vitória sobre os desejos do coração deve ser acompanhada de exercícios dolorosos, e deve ser feitos. Todas as condições nos são dadas para nos salvarmos de nossos pecados, e não neles. Todos os nossos sentidos e faculdades devem evitar as coisas que nos conduzem a transgredir. Aqueles que levam aos demais à tentação de pecar, seja pela roupa ou por qualquer outra forma, ou deixam-nos nesta condição, ou expõem-nos a esta, fazem-se culpados por seus pecados, e serão considerados responsáveis por dar contas por eles. Se as pessoas submetem-se a cirurgias dolorosas para salvar a vida, do que a nossa mente deveria se reter quando o que está em jogo é a salvação de nossa alma?” (HENRY. Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002).
(Mt 5.38-42) “Jesus intensifica novamente a força da antiga lei, transcende-a e cumpre o seu âmago. O princípio de olho por olho e dente por dente era comum no antigo Oriente Próximo e tinha o designo de manter feudos de sangue sob o controle. Jesus exige que seus seguidores não reclamem seus direitos, que ‘não resistam ao mal’. Ele não está nos instruindo a ficarmos sentados passivamente enquanto o mal triunfa, ou a sermos cúmplices implícitos de violência física quando podemos mantê-la sob controle. O sentido de Jesus levantar-se em favor do bem e atacar o mal torna impossível tal ideia. Considerando o contexto que se segue, parece que Ele está chamando os discípulos para rejeitarem seus direitos legítimos de propriedade e reparação de queixas. ‘Mal’, neste contexto, não é tanto o Diabo ou o oposto do bem ideal, mas é aquele que quer desapossar injustamente o discípulo de sua dignidade ou propriedade.
Os exemplos que se seguem são exatamente isso, exemplos de como vivenciar o princípio. Mas qual é o princípio? Não é que os discípulos de Jesus devem ser intimados à vontade ou que eles não são muito importantes. A resposta acha-se nas bem-aventuranças cruciais, onde temos a chave para destrancar o significado do restante do Sermão da Montanha: ‘Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra’. Os mansos, os pobres de espírito, entendem que têm total confiança em Deus para o sustento próprio, e não nos recursos efêmeros e ilusórios das instituições do mundo. Santo Basílio, quando ameaçado por modesto, o ajudante de toda confiança do imperador, com o confisco de sua propriedade, replicou: ‘Como podes ameaçar um homem que está morto para o mundo?’ Com exceção de minhas roupas e alguns livros, não tenho mais nada. Quanto à morte, ela me impulsiona para onde desejo estar.’
A maior questão não é ‘os meus direitos’ mas os assuntos do Reino de Deus. A pessoa pode estar legalmente correta numa ação judicial e acabar totalmente emaranhada no materialismo. ‘Algo tão bom nos aconteceu que não há nada comparativamente que possa ser tão ruim’. Os discípulos podem se prender ligeiramente aos bens deste mundo porque eles sabem que Deus os sustentará. Deus é a sua fonte e fundação; tudo o mais é areia movediça.
‘Não resistais’ pode significar ‘não entreis em ação legal contra’ e é provavelmente a intenção do texto. Bater na face direita refere-se a um golpe aplicado com as costas da mão, ato que no antigo Oriente Próximo era extremamente insultante, sem dizer que era doloroso. Oferecer a outra face teria sido a resposta mais surpreendente. Jesus sofreu o mesmo abuso no seu julgamento e cumpriu o abuso do Servo Sofredor de Isaías (Is 50.6). Além disso, se um litigante quer lhe tirar a túnica (a roupa interior), dê-lhe a roupa exterior também. A lei proibia especificamente que alguém passasse frio (Êx 22.25-27). Amós condenou os ricos ímpios em Israel por reterem as capas dos pobres à noite como penhor de dívida (Am 2.8). Contudo, Jesus com efeito diz: ‘Nem mesmo se aproveitem de seus direitos básicos’.
‘Caminhar uma milha’, diz respeito à prática muito ressentida das forças romanos que ocupavam a Terra Santa, que poderiam exigir que os cidadãos lhes levassem pacotes por 1.000 passos. Sob autoridade desta regra de trabalho forçado, Simão de Cirene foi compelido a levar a cruz de Jesus (Mt 27.32). Quando Jesus sugeriu que eles caminhassem duas milhas voluntariamente, Ele não granjeou para si ou para os discípulos a estima dos revolucionários zelotes que praticavam violenta resistência à ocupação romana. Este procedimento equivalia a colaborar com o inimigo! No rastro destas injustas apropriações de propriedade vem a ordem de Jesus dizendo para dar àqueles que pedem. Os cristãos devem ser conhecidos por sua generosidade. Podemos confiar em Deus, pois Ele satisfará as necessidades dos seus filhos; é por isso que é possível agirmos como o Deus misericordioso que nos perdoou e nos sustenta” (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Vol. 1. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009).
Telma BuenoEditora responsável pela Revista Lições Bíblica Jovens
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.