domingo, 26 de novembro de 2017

Lição 09 - 4º Trimestre 2017 - Em Tempos de Violência Cibernética - Jovens.

Lição 9

                                  Em Tempos de Violência Cibernética  4° Trimestre de 2017
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INTRODUÇÃO
I - A VIOLÊNCIA DIGITAL NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
II - OS MALES DO BULLYING VIRTUAL
III - A LEI E A PUNIÇÃO DOS CRIMES CIBERNÉTICOS 
CONCLUSÃO
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivo central conscientizar os jovens a respeito da realidade da violência digital na sociedade da informação:

Em Tempos de Violência Cibernética
Hodiernamente, a internet faz parte da vida e do cotidiano das pessoas. O “existir online” é, assim, fato incontroverso. A internet possui várias características impressionantes; ela “é instantânea, imediata, de alcance mundial, coletiva, interativa e infinita em termos de conteúdo”1. Ela também é “igualitária se observarmos que qualquer pessoa que disponha de um computador e de um conhecimento técnico básico pode estar presente em vários espaços, transmitir suas ideias e reivindicar seus interesses”2.

Não obstante, apesar de seus inúmeros benefícios e facilidades, a web também é um ambiente de risco para seus usuários. Por isso é preciso ter cuidado para não cair nas redes e nos laços lançados pelas pessoas más (Sl 140.5), assim como nas ciladas dos homens ímpios (Sl 10.9).

Embora o ambiente seja virtual, a violência nela praticada é real. Diariamente, pessoas (especialmente jovens e adolescentes) são prejudicadas pela ação de criminosos virtuais, seja moral, psicológica ou financeiramente, compreendendo crimes de racismo, apologia ou incitação ao crime, pornografia infantil e outros. O Brasil, aliás, está entre os países mais atingidos por este tipo de violência; é o quinto do mundo em termos de fraudes digitais, por exemplo 3.

Trata-se de uma nova modalidade de violência, que acompanha a tendência da cultura digital. Tal se deve à multiplicação da iniquidade prenunciada pelo Senhor Jesus (Mt 24.12) e à capacidade da mente caída do homem em criar estratagemas para prejudicar o próximo.
OS MALES DO BULLYNG VIRTUAL
Uma das principais formas de violência praticada na internet é o bullyng virtual. Pesquisas revelam que um em cada seis estudantes brasileiros do ensino fundamental já foi alvo desse tipo de agressão. Na língua inglesa, a palavra bullying é derivada do substantivo bully, que significa, nesse contexto, agressor, e do verbo to bully, que significa maltratar alguém, principalmente quem é mais fraco. Na língua portuguesa, não há uma tradução para o termo; a palavra que mais se aproxima é o verbo “bulir”, que significa aborrecer, incomodar 4. Em geral ela se refere às ameaças e intimidações promovidas pelos brigões e valentões dos colégios. O dicionário Priberam apresenta o seguinte significado para bullyng:“Conjunto de maus-tratos, ameaças, coações ou outros atos de intimidação física ou psicológica exercido de forma continuada sobre uma pessoa mais fraca ou mais vulnerável” 5.

Renata Kapitanski e Marlene Strey observam como crianças e adolescentes podem ser rápidos em exercitar pequenas e grandes crueldades. Eles “debocham uns dos outros, criam os apelidos mais estranhos, reparam nas mínimas “imperfeições”, e não perdoam nada. Na escola, isso é bastante comum. Implicância, discriminação e agressões verbais e físicas são muito mais frequentes do que o desejado” 6. Esse tipo de bullyng afeta diretamente o psicológico da vítima. De acordo com as autoras
[...] quem sofre normalmente não consegue reagir ou fazer cessar tais humilhações, parece não dispor de recursos ou habilidades para pedir ajuda e é tomado por um imenso sentimento de insegurança, desesperança e baixa autoestima, que podem ser agravados com as críticas ou a indiferença quanto aos seus sentimentos da parte das pessoas adultas. Muitos chegam a crer que são merecedores daquilo que estão sofrendo e a alimentar sentimentos de suicídio 7.
A prática do bullyng no cyberespaço dá origem, assim, ao cyberbullyng. Em virtude da possibilidade do anonimato, a internet é um meio veloz de propagação de imagens e comentários depreciativos sobre a vida de alguém. É um problema grave, pois as palavras, não raro, ferem mais que a dor física (Pv 12.18). Assim como a língua, que serve para proferir palavras de benção ou maldição (Tg 3.10), as publicações na rede computadores podem devastar vidas como o fogo (Tg 3.6).
Renata Kapitanski e Marlene Strey 8 dão conselhos valiosos sobre o problema do cyberbullyng:
* É necessário educar nossos filhos e filhas para poderem lidar com as diferenças das outras pessoas.
* Precisamos exercitar nas nossas crianças o espírito de tolerância, de proteção de grupo e de lealdade pelos amigos.
* É necessário que saibamos que a “frustração” faz parte do desenvolvimento social dos nossos filhos; aprender a dizer NÃO é um excelente exercício para evitar a tirania e ensina a olhar o outro com uma imagem mais positiva de si e de quem está em seu ambiente.
* Temos que aprender a ouvir nossos filhos e filhas. Deixá-los falar pode revelar aspectos importantes e formar vínculos estreitos. Deixá-los mostrar o que os descontenta, inclusive perante nossas atitudes, é uma maneira de vermos quando e o quanto estão sofrendo.
* Sempre somos modelos, para o bem e para o mal. Por isso, dê bons exemplos. Agir com violência e autoritarismo pode fazer com que nossos jovens percebam que gritos e indiferença são formas normais de lidar com insatisfações. Existem grandes diferenças entre ter autoridade e ser autoritário
* É importante e necessário dar limites e justificá-los. A criança precisa saber por que deve segui-los.
* Fique atento. Fique sempre atento ao comportamento do seu filho. Queixas de dores e de falta de vontade de ir à escola podem ser sinais de bullying.
* Caso você identifique indícios, fale com seu filho, fale com o agressor em particular. Explique o que é bullying. Procure a escola.
* Em casos mais extremos, denuncie! Leve o assunto a órgãos especializados. Não deixe que o agressor acredite que o bullying ou o ciberbullying é algo inocente. Mostre que vai além de uma brincadeira sem graça e que machuca por demais a alma.
A Conduta do Cristão

Como tivemos a oportunidade de ver, ciberbullying é uma espécie de maus-trato psicológico levado a efeito contra pessoa mais fraca ou mais vulnerável. Não há, portanto, como conciliar algo desta natureza com o caráter cristão. Mesmo quando as brincadeiras de mau gosto parecem ser uma prática natural entre os amigos de colégio, espera-se do cristão uma atitude que honre a Cristo, no sentido de contrariar a cultura de zoação e escárnio (2 Pe 3.3).

Consideremos o conselho de Paulo ao jovem obreiro Timóteo: “Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza” (1 Tm 4.12). Observe que o cristão é posto como exemplo de trato, ou seja, no procedimento, modo de viver. Timóteo, e todos aqueles que servem a Cristo, é chamado a viver de modo coerente com o evangelho. Devemos nos comportar como representantes de Jesus Cristo até mesmo nos detalhes da vida diária, o que envolve o uso da internet e o relacionamento com o próximo. Daí porque, não é nada cristão xingar, achincalhar, apelidar, menosprezar ou fazer qualquer outra coisa que desmereça outra pessoa, principalmente as mais vulneráveis.
Lançando um olhar mais abrangente, notamos que a Bíblia é um instrumento útil contra o ciberbullying. Uma vez que as formas mais comuns do bullyng é apelidar, agredir, difamar e ameaçar outrem, as Escrituras dirigem-se a cada um destes aspectos. Ela vai além: “tem palavras de consolo e fortalecimento para o sofredor, caminhos de verdadeira transformação em Cristo para o agressor, palavras de incentivo para o pacificador”9 . Desse modo, “você e eu temos a oportunidade de penetrar na vida destas pessoas por meio de um relacionamento de amor. Podemos identificar os problemas usando a nomenclatura que Deus usa e aplicar as verdades das Escrituras” 10.

Ao pensarmos biblicamente sobre o tema, podemos desenvolver estratégias que contemplem todos os grupos11envolvidos no ciberbullying: a) os praticantes do bullying — crianças ou adolescentes com comportamento violento, a caminho de se firmarem como adultos agressivos; b) as vítimas de bulllying — crianças ou adolescentes que sofrem e podem ter problemas significativos no relacionamento com Deus, consigo mesmas e com outros e; c) as testemunhas dobullying — todos aqueles que, como nós, são parte de uma cultura em que este comportamento tem se tornado cada vez mais comum e gerado as mais diversas reações, da frustração à indiferença, da revolta ao medo.

Além de não praticar o bullyng, o crente em Cristo é aconselhado a intervir quando alguém, cristão ou não, estiver sendo vítima de intimidação virtual. Quebrar as correntes da maledicência e aconselhar seus autores para que cessem o desrespeito, são práticas que exprimem o amor divino.
A Lei e a Punição dos Crimes Cibernéticos
Por fim, mas não menos importante, devemos lembrar que a internet não é terra sem lei, como muitos imaginam. A legislação brasileira prevê punição para uma série de condutas delituosas praticadas na rede de computadores. Conhecer, pois quais são os principais crimes e se afastar de toda e qualquer prática delituosa é necessário para o crente evidenciar o brilho de Cristo.
Crimes contra a honra
Na esfera criminal, a legislação prevê os chamados “crimes contra a honra”: calúnia, difamação e injúria.

A calunia é a afirmação falsa de que alguém cometeu determinado crime. Trata-se de uma afirmação baseada na mentira, algo que Deus rejeita (Pv 14.5; 1 Jo 2.21; Sl 15.3). Tenha, por isso, cautela ao afirmar algo a respeito de alguém, sem antes ter certeza da informação e da veracidade da sua fonte. Uma informação falsa pode destruir vidas, carreiras e ministérios. Esse é o motivo pelo qual a lei mosaica estabelecia: “Não espalharás notícias falsas, nem darás mão ao ímpio, para seres testemunha maldosa. Não seguirás a multidão para fazeres mal; nem deporás, numa demanda, inclinando-te para a maioria, para torcer o direito. Nem com o pobre serás parcial na sua demanda.” (Êx 23.1-3 ARA).

A difamação é a prática de associar uma pessoa a fato que ofende sua honra. Esse crime ocorre quando se atinge a reputação de uma pessoa, e não a sua honra subjetiva (autoestima). A difamação procede do coração imundo do homem caído. Eis o conselho do proverbista: “Desvia de ti a falsidade da boca e afasta de ti a perversidade dos lábios” (Pv 4.24, ARA).

Por fim, injúria refere-se à ofensa que atinge a dignidade e o decoro do ofendido. Ocorre por intermédio do xingamento a alguém. Guardemos os nossos lábios para não proferir palavras rudes e torpes contra o próximo. Paulo disse: “Nenhuma palavra má saia da vossa boca, mas só a que for útil para a edificação, sempre que for possível, e benfazeja aos que ouvem” (Ef 4.29). Certamente, o conselho paulino não se aplica tão somente as palavras que saem da nossa boca, mas também dos nossos teclados, quando escrevemos algo na internet.
Crimes de pedofilia
A queda do homem no pecado tem levado a humanidade à prática de pecados cada vez mais pervertidos, desumanos e reprováveis. Prova disso é a pedofilia. Etimologicamente, pedofilia provém do grego (paedophilia) παιδοφιλια < παις (que significa “criança”) e φιλια (‘amizade’; ‘afinidade’; ‘amor’, ‘afeição’, ‘atração’), ou seja, amor por crianças. Com absoluta certeza, o significado da palavra não condiz com a prática. Na realidade, a pedofilia não tem nada de amor pela criança. É uma ação pervertida que abusa e explora a sexualidade dos pequenos indefesos.

Enquanto a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), da Organização Mundial da Saúde (OMS), define a pedofilia como a “preferência sexual por crianças, quer se trate de meninos, meninas ou de crianças de um ou do outro sexo, geralmente pré-púberes ou não”, a Bíblia não tem outro nome se não “pecado”. Paulo escreveu:
E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém; estando cheios de toda a iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem (Rm 1.28-32).
A pedofilia não é um fato novo. Todavia, a explosão da rede mundial de computadores facilitou sobremaneira a proliferação de redes malignas de indivíduos sem afeição natural que aliciam menores e espalham conteúdo pornográfico.

Conquanto a lei brasileira não possua um tipo penal denominado “pedofilia”, as condutas que caracterizam esse tipo de prática são coibidas. Nesse sentido, o Código Penal pune o crime de estupro de vulnerável (menor de 14 anos de idade), assim como a mediação de menor de 14 anos para satisfazer a lascívia de outrem.

No que tange à internet, o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê como crime uma série de ações envolvendo material pornográfico de crianças e adolescentes. Apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente.

Além de não disseminar qualquer conteúdo dessa natureza, o cristão tem o dever ético de denunciar tal conduta às autoridades competentes. Você também pode denunciar através do site da ONG SaferNet Brasil – www.safernet.org.br.
Conclusão
A violência se apresenta das mais diversas formas, em decorrência da falta de amor, de sensibilidade, de ética e de cidadania 12. Do roubo de informações ao bullyng, o ambiente virtual frequentemente é palco de ações criminosas praticadas por pessoas cheias de maldade, cujo propósito é contribuir com as obras das trevas.
*Este subsídio foi adaptado de NASCIMENTO, Valmir. Seguidores de Cristo: Testemunhando numa Sociedade em Ruínas. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 105-111.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

KAPITANSKI, R. C.; STREY, M. N. Violência & Internet: A era da informação e a vida cotidiana (e agora.com). Ebook Kindle. São Leopoldo:Editora Sinodal, 2010, p. 444.
2 KAPITANSKI; STREY, 2010,p. 444.
3Crimes cibernéticos. Brasil é o 5º do mundo em fraudes digitais. Disponível em: http://www20.opovo.com.br/app/opovo/dom/2016/01/23/noticiasjornaldom,3565860/crimes-ciberneticos-brasil-e-o-5-do-mundo-em-fraudes-digitais.shtml. Acesso em 04/abr/17.
4 SANTANA, 2013, p. 15.
5 Dicionário Priberam. Disponível em: https://www.priberam.pt/dlpo/. Acesso em 2/fev/17.
6 KAPITANSKI; STREY, 2010, p. 251.
7 KAPITANSKI; STREY, 2010, p. 274.
8 KAPITANSKI; STREY, 2010, p. 387-414.
9 Bullying: o desafio de pensar biblicamente sobre um “fenômeno atual”. Disponível em: https://conselhobiblico.com/2010/08/02/bullying-o-desafio-de-pensar-biblicamente-sobre-um-fenomeno-atual/. Acesso em 03/abr/17.
10 Idem.
11 Idem.
12 SANTANA, E. T. Bullyng e Cyberbullyng: agressão dentro e fora de casa. Ebook Kindle. São Paulo: Paulus, 2013, p. 7.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 09 - 4º Trimestre 2017 - Arrependimento e Fé para a Salvação - Adultos.

Lição 9

                   Arrependimento e Fé para a Salvação  4° Trimestre de 2017
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ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – ARREPENDIMENTO, UMA TRANSFORMAÇÃO DO ESPÍRITO
II – A FÉ COMO UM DOM DE DEUS E COMO RESPOSTA DO SER HUMANO
III – ARREPENDIMENTO E A FÉ SÃO AS RESPONSABILIDADES DO HOMEM À SALVAÇÃO
CONCLUSÃO
OBJETIVO GERAL
Explicar que o arrependimento é o primeiro passo para receber, pela fé, a graciosa salvação de Deus..
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Mostrar que o arrependimento, mediante a ação do Espírito é uma mudança essencial para receber a salvação de Deus;
II – Explicar que a fé salvífica é um dom de Deus;
III – Compreender que o arrependimento e a fé são as respostas do homem à salvação.
PONTO CENTRAL
Fé e arrependimento são essenciais para se fazer parte do Reino.
FÉ E ARREPENDIMENTO PARA SALVAÇÃO
Claiton Ivan Pommerening
Fé e arrependimento são condições essenciais para a salvação. Trata-se de duas operações conjuntas e sinérgicas em que o homem reage positivamente à ação do Espírito Santo, produzindo nele o pesar e a repugnância ao pecado, tão necessário à vida nova em Cristo. O Espírito Santo também produz simultaneamente a fé, sem a qual o indivíduo não poderia crer na obra salvadora de Cristo.
1. A FÉ COMO UM DOM DE DEUS E COMO RESPOSTA DO SER HUMANO
O homem é um ser finito que vive em constante busca pelo infinito e, devido à sua finitude, ele toma consciência de suas necessidades físicas, psíquicas e sociais e, a partir disso, inclina-se em busca de sentido para a vida. Nessa busca de sentidos, a razão transcende os limites de sua finitude e abre-se para a experiência e relacionamento com um ser superior, ou seja, com Deus.1
Nesse relacionamento, observa-se um ato de fé no qual o ser humano acredita e confia em uma força ou ser superior que os olhos físicos não contemplam, mas que se legitima pela fé, pois essa crença não se baseia apenas em sua razão ou vontade, mas também na experiência vivida com Deus, que o leva a reconhecer sua incapacidade de salvar-se por seus próprios méritos e reconhecer a Cristo como seu Salvador. Essa fé, acompanhada de uma atitude de conversão 2, concretiza a certeza da existência desse Deus. Isso é denominado fé salvífica.
No Antigo Testamento, o termo fé é encontrado apenas por duas vezes; em Dt 32.20: “[...] geração de perversidade, filhos em quem não há lealdade” (emun) e em Hc 2.4: “[...] o justo, pela sua fé, viverá” (emunah). Nesses dois casos, a maioria dos eruditos concorda que os termos hebraicos significam fidelidade e não fé (ainda que a fidelidade origine-se apenas de uma atitude correta para com Deus, ficando pressuposta a fé 3). Isso não significa que a fé não seja elemento importante no ensino do Antigo Testamento, pois, ainda que a palavra não seja frequente, a ideia está presente em todo o texto.
O vocábulo emunah traz em si diversos significados que se relacionam com a fé, tais como: veracidade, sinceridade, honradez, retidão, fidelidade, lealdade, seguridade, crédito, firmeza e verdade. Diante de todos esses significados, podemos compreender melhor as razões pelas quais Deus diz que o justo viverá pela “emunah”.
Nos escritos veterotestamentários, as verdades acerca da salvação são declaradas de várias formas. Em algumas delas, chega-se a entender que se espera que os homens sejam salvos à base de suas obras. Porém, a passagem registrada em Sl 26.1 coloca a questão em sua correta perspectiva: “Faze-me Justiça, SENHOR, pois tenho andado na minha integridade, e confio no SENHOR, sem vacilar” (ARA). O salmista apela para a sua integridade; isso, contudo, não significa que ele estivesse confiando em si mesmo ou em suas ações. Sua confiança estava depositada em Deus, e sua integridade era o reflexo dessa confiança.
No Novo Testamento, a palavra fé é amplamente utilizada. O substantivo pistis e o verbo pisteuo ocorrem ambos mais de 240 vezes, enquanto que o adjetivo pistos ocorre 67 vezes. Essa ênfase sobre a fé deve ser vista em contraste com a obra Salvadora de Deus em Jesus Cristo. O pensamento de que o Senhor Deus enviou o seu Filho para salvar o mundo é central, e a fé é a atitude mediante a qual o homem abandona toda a confiança e também seus próprios esforços para obter a salvação. Trata-se de uma atitude de completa confiança em Cristo, de dependência exclusiva dEle, a respeito de tudo quanto está envolvido na salvação. Quando o carcereiro filipense perguntou o que deveria fazer para ser salvo, Paulo e Silas responderam sem qualquer hesitação: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16.31).
A fé para a salvação é uma atitude do intelecto e do coração para com Deus em que o homem abandona toda a confiança em seus esforços de religiosidade, de piedade, de bondade ou de moralidade para obter a salvação (Gl 2.16) e confia completa e exclusivamente na obra salvadora de Cristo (At 16.30) operada na cruz. Portanto, a fé não consiste apenas em crer em algumas coisas como sendo verdadeiras, mas também em confiar na pessoa de Cristo (Jo 3.18). A fé para a salvação é um dom de Deus (Ef 2.8), cujo autor é Cristo (Hb 12.2); ela tem sua origem quando se ouve a Palavra de Deus (Rm 10.17) e é imprescindível para a pessoa apropriar-se da salvação (Jo 5.24). Embora seja um dom de Deus, ela precisa ser exercida ou manifestada para a obtenção da salvação.
O verbo pisteuo indica que a fé diz respeito a fatos. Jesus já havia dito isso com clareza para os judeus: “[...] porque, se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados” (Jo 8.14). Portanto, uma fé que não se encontra acompanhada de um genuíno arrependimento não pode ser considerada autêntica. Isso nos é afirmado em Tiago 2.19. A palavra característica para indicar a fé salvadora é aquela em que o verbo pisteuo é acompanhado pela preposição eis. Essa construção significa literalmente “crer dentro”, ou seja, indica uma fé que tira o homem de si mesmo e coloca-o em Cristo 5. O homem que confia nesse sentido permanece em Cristo e Cristo nele (Jo 15.4).
A fé não consiste meramente em aceitar certas coisas como legítimas, mas, sim, em confiar numa Pessoa, e essa Pessoa é o Senhor Jesus Cristo. Ao compararmos o Antigo e o Novo Testamento, observa-se que a exigência básica para a salvação é a atitude correta para com Deus através da fé (Sl 37.3-5).
Existe, também, a dimensão humana da fé, ou seja, a fé natural. Sobre isso, Tillich pondera que a fé é a ação mais profunda e integral do espírito humano e afirma não ser possível separar a fé e a pessoa em sua totalidade, pois a mesma transcende e é percebida em cada uma das dimensões da vida humana, perpassando por seus ambientes sociais. Ele pondera ainda que o acesso à dimensão espiritual seria facultativa ao ser humano.6 A fé natural é a aceitação intelectual de certas verdades acerca de Deus, mas que não é acompanhada por uma vida condizente com o evangelho (Tg 2.17). Essa fé é vivenciada por todas as pessoas que até acreditam em Deus, que entendem que Ele fez todas as coisas, que acreditam que o sol levanta-se pela manhã por provisão dEle, mas, mesmo assim, não dão o passo de salvação necessário. A Bíblia afirma que até os demônios creem e estremecem (ver Tg 2.19). Essas pessoas até podem estar cientes da vida eterna, mas, ainda assim, não aceitam o sacrifício de Cristo que lhes beneficia com a salvação.
A fé salvadora apodera-se do poder infinito do amor. Ela é a confiança em Deus e crê que Ele ama a cada um e sabe o que é melhor para nós; assim, em lugar de nossos próprios caminhos, ela leva-nos a preferir os do Senhor; ao invés de nossa ignorância, aceitamos sua sabedoria; em lugar de nossa fraqueza, recebemos sua força; em lugar de nossa pecaminosidade, sua justiça. É a fé que nos habilita a ver para além do presente, a contemplar o grande porvir em que tudo quanto nos traz perplexidade hoje será esclarecido; a fé aceita Cristo como nosso mediador à destra de Deus.
A salvação é pela graça, mas a fé é o elemento indispensável (Ef 2.8-9). Ela é a porta de entrada das bênçãos oriundas da salvação, que são: a justificação, a regeneração, a reconciliação, a adoção, o perdão, a santificação, a glorificação e a vida eterna. Além dos benefícios inerentes à salvação, a fé ainda permite: a cura de enfermidades (Mc 16.18; Tg 5.15); o batismo no Espírito Santo (Mc 16.17); a vitória contra o mundo (1 Jo 5.4), a carne (Gl 2.20) e o Diabo (1 Pe 5.8-9); a paciência (Tg 1.3); e a proteção contra os dardos inflamados do maligno (Ef 6.16), que tentam colocar dúvidas e ferir a imagem de Deus em nós.
Não é suficiente crer a respeito de Deus. Precisamos crer nEe, pois a única fé que nos amparará é aquela que admite Cristo como nosso salvador pessoal. A fé não é uma mera opinião à fé salvadora, mas, sim, uma combinação na qual os que recebem Cristo conectam-se em aliança com Deus. Fé genuína é vida, e ter uma fé viva significa aumento de vigor, possuir uma firme confiança em Deus e em suas promessas. Fé não é sentimento; antes, é o “firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1). A fé genuína tem seu fundamento nas promessas registradas nas Escrituras.
A fé é, sem dúvida, um dos mais importantes conceitos de toda a Bíblia Sagrada. Em toda a parte, ela é requerida, e sua importância é insistentemente salientada. Fé significa lançar-se sem reservas nas mãos misericordiosas de Deus, abandonando, assim, toda a confiança em nossos próprios recursos. Fé significa apegar-se às promessas de Deus em Cristo, dependendo inteiramente da obra de Cristo referente à salvação, bem como do poder do Espírito Santo de Deus, que habita no crente para dEle receber fortalecimento diário. Fé implica em completa dependência de Deus e plena obediência a Ele.
Texto extraído do livro “A Obra de Salvação”, Editora CPAD, 2017.

1 TILLICH, Paul. Dinâmica da Fé. Tradução: Walter O. Schlupp. São Leopoldo (RS): Sinodal, 1985. p. 45.
2 GILBERTO, 2013, p. 333-378.
3 DOUGLAS, J. D. O Novo Dicionário da Bíblia. 2ª ed. São Paulo: Vida Nova, 1995. p. 605.
4 DOUGLAS, 1995, p. 607.
5 DOUGLAS, 1995, p. 609.
6 TILLICH, 1985, p.19.
Marcelo Oliveira de OliveiraRedator do Setor de Educação Cristão (CPAD)
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sábado, 18 de novembro de 2017

Lição 08 - 4º Trimestre 2017 - Um Menino Pastor - Berçário.

Berçário

Lição 8

                                   Um menino pastor
4° Trimestre de 2017
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OBJETIVO DA LIÇÃO: Mostrar à criança que Davi era pastor e cuidava bem das suas ovelhinhas.
É HORA DO VERSÍCULO: “Eu sou o bom pastor [...]” (Jo 10.11).

Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história de Davi. Desde bem cedo ele já ajudava o seu pai a cuidar das ovelhas. Davi protegia suas ovelhinhas dos animais que fariam mal a elas. Ele também tocava um instrumento musical muito bonito chamado harpa. Davi cuidava muito bem das suas ovelhinhas. Nós também somos ovelhinhas de Jesus, Ele é o nosso pastor e cuida muito bem de nós.

Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colarem algodão e escrever o nome delas na ovelhinha. Diga a elas que nós somos ovelhinhas de Jesus e Ele cuida muito bem de nós.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica AraujoEditora da Revista Berçário
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Lição 08 - 4º Trimestre 2017 - Davi Louva a Deus - Maternal.

Lição 8

Avaliação do Usuário
Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
  
                 Davi louva a Deus
4° Trimestre de 2017
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Objetivo da lição: Ensinar à criança que devemos louvar ao Papai do Céu por toda a vida, pois Ele será sempre a nossa rocha segura.

Para Guardar no Coração: “O Senhor é a minha rocha [...]” (2 Samuel 22.2).


Perfil da Criança
Se o alicerce da vida é construído até aos cinco anos, as crianças do maternal estão na primeira fase do alicerce. Quão grande é a responsabilidade do professor! Frequentemente ouvimos alguém dizer de uma criança desta faixa etária: “É pequenininha, não entende nada”. Mas o fato é que elas podem captar as grandes verdades divinas, e há nelas uma busca verdadeira de Deus. Aliás, são elas que oferecem a Deus o louvor perfeito. A sua compreensão não deve ser subestimada, mas explorada do modo certo. A repetição e a imitação constituem-se fatores preponderantes em seu aprendizado.

Subsídio Professor
Você já experimentou aplicar o Salmo 23 à sua missão de professor do maternal? O que tem faltado para que as suas aulas sejam o que deveriam? Recursos materiais? Apoio? Em seu Pastor, nada lhe faltará. Tempo? Descanso? Tranqüilidade? Ele o faz repousar em pastos verdes, junto a águas serenas. Ânimo? Ele refrigera-lhe a alma. Saúde? Ele está com você até no vale onde a morte projeta a sua sombra. Unção? Ele derrama sobre a sua cabeça o óleo do seu Santo Espírito. O nosso Bom pastor é o mais interessado na salvação e edificação dos pequeninos. Este rebanho é Dele, lembra? Você é apenas o ajudante. E Nele, você encontrará tudo o que precisa. Nele, a mesa está sempre posta, e sobre ela, há um cálice que transborda. A bondade e o fiel amor de seu Pastor acompanham você a toda parte, fazendo com que tudo contribua para o seu bem e para o cumprimento da vontade Dele. Quanto ao mais... bem, um dia você habitará na sua casa celestial por dias tão longos que não terão fim.
Oficina de Ideias 1
Converse com as crianças sobre suas brincadeiras. Com quem costumam brincar? De que brincam? Com que brinquedo? E, principalmente: Onde brincam? Algumas crianças brincam no próprio lar, outras precisam ficar em creches ou escolinhas, e provavelmente sentem-se inseguras com a ausência dos pais. Faça-as saber que Deus as protege enquanto brincam, seja em casa ou na creche. Pergunte sempre: De que é que Deus nos protege? (De doenças, acidentes [quedas e arranhões são comuns nesta idade], de pessoas malvadas, do pecado e do diabo.) Deixe que as crianças mencionem as “coisas ruins, de que têm medo”.

Até Logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para lerem a história bíblica que se encontra em 2 Samuel 22.2-51.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
*Este subsídio foi extraído de Lições Bíblicas do Maternal Mestre 7/8, Marta Doreto, CPAD.

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Maternal da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Maternal. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 08 - 4º Trimestre 2017 - Um Moço lê o Livro de Deus no Carro - Jd. Infância.

Lição 8

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                   Um moço lê o Livro de Deus no Carro
4° Trimestre de 2017
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OBJETIVO: Os alunos deverão compreender que Deus deseja que contemos a todos que Jesus é o Salvador; observar o comportamento do evangelista Filipe, nesta história, para então entender qual é a tarefa do missionário e do evangelista.
É HORA DO VERSÍCULO: “[...] Como é bonito ver os mensageiros trazendo boas notícias” (Rm 10.15b).

Nesta lição, as crianças irão conhecer a história do evangelista Filipe no momento em que ele caminhava por uma estrada como parte de um plano do Papai do Céu para que o evangelho fosse ensinado a outros povos. Ele já falava de Jesus para as pessoas, mas esta foi uma missão especial.

As crianças precisam compreender que Deus deseja que contemos a todos que Jesus é o Salvador, e também observar o comportamento do evangelista Filipe, nesta história, para então entender qual é a tarefa do missionário e do evangelista.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica AraujoEditora Responsável pela Revista Jardim de Infância da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Jardim de Infância. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 08 - 4º Trimestre 2017 - Davi Luta com Golias - Primários.

Primários

Lição 8

                                Davi Luta com Golias
4° Trimestre de 2017
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OBJETIVO: Que os alunos creiam que não existe impossível para Deus.
PONTO CENTRAL: Deus realiza o que para nós é impossível.
MEMÓRIA EM AÇÃO: “Para os seres humanos isso não é possível; mas, para Deus, é. Pois, para Deus, tudo é possível.”  (Mc 10.27)
   Querido (a) professor(a), na próxima aula vamos falar de uma das histórias mais épicas e conhecidas de toda a Bíblia – o confronto de Davi e Golias. Quantas lições valiosas este episódio não traz para as nossas vidas. E, certamente, para o dos pequeninos, que desde já, precisam conhecer o Deus do impossível.

    Quantas vezes você professor já esteve diante de um desafio gigante? De um problema que parecia invencível; uma situação intransponível; um objetivo humanamente inatingível?! Mas, em Deus, você venceu tudo isso!

    Pare por um momento e reflita na sua trajetória. Só de estar lendo essas linhas demonstra que você é um vencedor, pois sobreviveu a cada uma de suas lutas. Na sua pequena força, mas com grande fé no Senhor dos Exércitos, manteve-se fiel, saindo de todas elas ainda mais fortalecido. Sua história é motivo de testemunho das Escrituras, é a Palavra viva, pois anuncia que o mesmo Deus de Davi ainda opera proezas e derruba gigantes na vida daqueles que nEle confiam.

    Diante de Golias, Davi se lembrou do livramento que o Todo-Poderoso lhe deu no passado, na luta contra um leão e um urso (1 Sm 17.37). Se hoje você está passando por alguma dificuldade, lembre-se das que você já superou. É através dessas experiências que somos fortalecidos e amadurecidos rumo a cada propósito do Senhor para as nossas vidas.

   Nós não podemos evitar que nos sobrevenham problemas, ou o temor diante deles, mas podemos impedir que estes nos paralisem! Então, não desanime diante dos seus impossíveis, lute crendo e confiando no Deus de Davi, no seu Deus.

    É importante ressaltar que o nosso herói também teve que fazer uma parte nessa história. Foi ele que se voluntariou a lutar, ele que catou e atirou cada pedra contra o inimigo. O Senhor poderia ter feito Golias cair derrotado com apenas uma palavra sua, sem que Davi movesse uma palha. Mas não o fez. Porque Ele não faz aquilo que cabe somente a nós fazermos. Então, em face da dificuldade pergunte-se: “O que eu posso fazer, que Deus não fará em meu lugar?”; “Que ação é responsabilidade minha, e não do Senhor, nessa história?”

    [...] Ele (Deus) permite e até mesmo causa circunstâncias que nos pressionam a buscá-lo de todo o nosso coração. Eu estava em tal circunstância. E ainda que às vezes Deus parecesse estar a um bilhão de quilômetros, na realidade, estava bastante perto. Ele me deixaria chegar ao fim de mim mesmo por uma razão. Sem perceber, minhas baterias estavam sendo recarregadas enquanto o buscava de todo o coração. Ele estava renovando o meu espírito mesmo quando eu só o buscava para ter uma resposta à minha pergunta.

    Hoje sei que a minha meta e a meta de Deus eram diferentes. Eu queria uma resposta à minha pergunta; Deus me queria. Eu visava o produto; Ele visava o processo. Eu estava focado no fim; Deus estava focado no meio para esse fim. Eu buscava direção; Deus queria que eu o buscasse. E à medida que eu me entregava a Ele, em busca de direção, Ele se entregava a mim, preparando-me para sua direção. Talvez isso explique porque Deus não responde nossas perguntas ou resolve nossos problemas imediatamente. Não se trata da solução; trata-se de buscar aquEle que tem a solução. (COUSINS, Don. Liderança Espiritual. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.32)
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!
Paula Renata SantosEditora Responsável pela Revista Primários da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Primários. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 08 - 4º Trimestre 2017 - Plantação de Uvas - Juniores.

Lição 8

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        Plantação de Uvas – Mateus 20.1-16    4° Trimestre de 2017
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Prezado(a) professor(a),

Na aula desta semana, seus alunos estão convidados a aprender mais um pouco a respeito da dinâmica do Reino celestial. A história que Jesus conta a respeito do dono de uma plantação de uvas que saiu a procurar trabalhadores para sua propriedade ilustra bem o comportamento daqueles que foram chamados para realizar a obra de Deus.
Há certas atitudes que seus alunos devem aprender a identificar se de fato são compatíveis com os ensinamentos da Palavra de Deus que estão aprendendo a cada domingo pela manhã na classe de Escola Dominical. Esta reflexão é importante não somente para os seus alunos, mas também para você, professor, que foi chamado para ser referência da vontade de Deus aos seus alunos.

Identificar atitudes e comportamentos que não são compatíveis com a vontade de Deus só é possível a partir da compreensão das Escrituras Sagradas. São elas que instruem de que modo é possível ter o caráter moldado de forma que nos tornemos parecidos com Cristo. O episódio narrado na história apresenta a indignação dos trabalhadores que, após trabalharem o dia inteiro, receberam o mesmo salário daqueles que foram convidados ao serviço nas últimas horas do dia. A atitude graciosa do dono da plantação foi mal interpretada pelos trabalhadores que foram convocados nas primeiras horas.

Do mesmo modo, em muitos casos, a decisão de Deus em agraciar pessoas que foram chamadas recentemente para realizar determinados serviços no Reino de Deus pode ser interpretada como injustiça por parte daqueles que se dispuseram com o mesmo empenho há muito mais tempo. Todavia, participar do Reino de Deus não é um direito, e sim um privilégio estendido a todos que são chamados para este grande empreendimento. O que nos resta, na verdade, é sermos agradecidos por todas as bênçãos advindas por tão grande amor e graça.

Aprender a lidar com os sentimentos nocivos que podem tomar conta das emoções em ocasiões como esta é um desafio que todo cristão deve enfrentar. Por essa razão, é importante que seus alunos aprendam, desde a mais tenra idade, a importância de refletirem sobre os ensinamentos que estão tendo acesso. O evangelho não se trata de uma religião a ser conhecida de forma histórica, mas um estilo de vida que é resultado de uma profunda reflexão a respeito das nossas atitudes, por que as praticamos e para quem vivemos. Tornar estas verdades conhecidas aos seus alunos de maneira lúdica é o seu papel como professor da Escola DominicalA Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal (2003, p. 1259) comenta este episódio da seguinte maneira:
Jesus deu maiores esclarecimentos a respeito das regras da participação no Reino dos céus: a entrada só é permitida através da graça de Deus. Nessa parábola, Deus é o proprietário das terras e os operários são os crentes. Ela está dirigida especialmente àqueles que se sentem superiores por causa de sua herança ou posição, àqueles que se sentem superiores por terem passado muito tempo com Cristo e aos novos crentes como uma reafirmação da graça de Deus.

Essa parábola não fala de recompensas, mas de salvação. Transmite um ensinamento consistente sobre graça, a generosidade de Deus. Não devemos invejar ou censurar aqueles que se voltam para Ele nos últimos momentos da vida porque, na verdade ninguém merece a vida eterna. No céu, estarão muitas pessoas que nunca imaginaríamos encontrar no Reino. O criminoso que se arrependeu no momento da morte (Lc 23.40-43) ao lado de pessoas que sempre creram e serviram a Deus por muitos anos. Será que você se ressente da bondosa aceitação divina dos desprezados, proscritos e pecadores que o procuraram em busca de perdão? Alguma vez sentiu ciúme daquilo que Deus concedeu a outra pessoa? Ao invés disso, procure considerar os bondosos benefícios que recebeu de Deus e seja agradecido por tudo que tem.
Sendo assim, as verdades do Reino devem ser ensinadas aos seus alunos de modo que eles possam estar treinados a trabalhar suas emoções para viverem de acordo com os valores do Reino de Deus, e não em conformidade com este mundo (cf. Rm 12.1,2). Para tanto, seu empenho nesta especial tarefa é imprescindível.

Para reforçar o ensinamento da lição de hoje, sugerimos a seguinte atividade: desenhe no quadro traços que correspondam à quantidade de letras da frase ‘PLANTAÇÃO DE UVAS’. Em seguida, escolha um aluno para dizer que letra preenche os espaços da frase. Permita que um de cada vez diga a letra. Se algum aluno errar, passa a vez para o próximo. Todos vão perceber que, à medida que os primeiros acertarem, a brincadeira ficará mais fácil para os demais, até que o último aluno a preencher a letra identifica facilmente a frase por completo. Leve bombons para premiar os alunos. Muitos poderão pensar que é injusto os últimos receberem a mesma premiação que os primeiros devido ao grau de dificuldade ser bem menor na parte final da brincadeira. E, por fim, explique que o Reino de Deus alcança a todos, independentemente do momento que todos se tornam participantes dele.
Thiago SantosEducação Cristã - Publicações CPAD
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