quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Lição 05 - 1º Trimestre 2019 - Um Inimigo Que Precisa Ser Resistido - Adultos.

Lição 5 - Um Inimigo que Precisa Ser Resistido 

1º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – A EPÍSTOLA DE TIAGO
II – OS DELEITES DA VIDA
III – RESISTINDO AO INIMIGO
RESISTINDO O INIMIGO
Esequias Soares
Daniele Soares
O capítulo 4 deste livro apresenta um estudo sobre a origem, a natureza e as ações de Satanás e seus correligionários, os demônios, de modo que não há necessidade de descrevê-los aqui. O objetivo deste capítulo é mostrar e explicar como resistir o diabo para que ele se afaste cada vez mais de nós. O Senhor Jesus provou na tentação do deserto que o diabo não é invencível, desde que se resista a ele com a Palavra de Deus. Veja que Jesus resistiu às três últimas investidas do diabo no deserto com um “está escrito” que não deu chance alguma ao Maligno, de modo que “o diabo o deixou” (Mt 4.11). O relato de Lucas afirma que o diabo se ausentou de Jesus temporariamente: “E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por algum tempo” (Lc 4.13). Quando os crentes se revestem do Senhor Jesus e da força do seu poder contra as astutas ciladas do diabo (Ef 6.10, 11), devem depois de tudo isso “ficar firmes” (v. 13). Isso porque o diabo volta a atacar. Mesmo depois de derrotado no deserto, o diabo continuou insistindo; o Novo Testamento conta que Jesus foi tentado não somente nos quarenta dias imediatamente após o batismo no rio Jordão, mas durante todos os dias do seu ministério (Lc 22.28; Hb 4.15). Isso mostra que Satanás é persistente no ataque, e na vida cristã não é diferente. O fato de ele fugir de nós pela nossa resistência não significa que a vitória seja definitiva, por essa razão devemos estar atentos em todo o tempo. 
A primeira parte do capítulo 4 de Tiago apresenta uma lista de comportamentos que devem estar longe da vida cristã. São as paixões resumidas em quatro categorias: 1) contenda entre irmãos, 2) mundanismo, 3) insubmissão a Deus e 4) maledicência.
[...] A batalha espiritual é uma realidade. A luta de todo aquele que serve ao Senhor Deus é contra o pecado, que pode ser uma tentação do diabo ou da própria carne. Muitas vezes, o desafio surge no modo como tratamos os irmãos e as irmãs, daí a necessidade de prestar atenção para apresentar diante de Deus todas as coisas, inclusive nosso comportamento. A contenda entre irmãos, o mundanismo, a insubmissão a Deus e a maledicência são alguns aspectos que devem estar sob vigilância na batalha. Devemos, portanto, nos colocar na presença de Deus a fim de resistir a esses inimigos.
Texto extraído da obra “Batalha Espiritual”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Lição 05 - 1º Trimestre 2019 - Decidindo o seu Futuro - Jovens.

Lição 5 - Decidindo o Seu Futuro

1º Trimestre de 2019 
Introdução
I-Os Espias
II-Murmuração e Fé
III-Colhendo Frutos Amargos
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Explicar porque Deus enviou espias até Canaã;
Mostrar que a murmuração evidencia a falta de fé;
Compreender que frutos amargos são colhidos em decorrência da desobediência e falta de fé.
Palavras-chave: Peregrinação no deserto.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Reynaldo Odilo:
INTRODUÇÃO
Uma vez feitos os preparativos para a viagem rumo à conquista dos sonhos — a Terra Prometida —, Israel começou a peregrinar. Pouco tempo depois, milhões de ex-escravos egípcios chegaram às fronteiras do território a ser conquistado. O que fazer? Era necessário que eles estivessem dispostos a acreditar que “aquilo que Deus tinha dito era verdade” — isso é fé! Inequivocamente, a caminhada do povo de Deus, em qualquer época, sob quaisquer contingências, apresenta-se, sobretudo, como uma jornada de fé. Ao longo dos milênios, o Senhor sempre provou a fé do seu povo, e quem decidiu confiar nEle alcançou todas as promessas de Deus. A experiência de uma fé genuína produz resultados inauditos. Ninguém pode parar um homem de fé. Um dos homens que experimentou a força da fé foi George Müller, que serviu ao Senhor durante o século XIX. Ele pregou o evangelho em muitos países e, atendendo a um desses convites, dirigiu-se de navio à cidade de Quebec, no Canadá, entretanto as condições climáticas não permitiam que o navio chegasse a tempo para que ele pregasse no culto marcado. Percebendo essa dificuldade, George Müller dirigiu-se ao capitão do navio, o qual narrou posteriormente o episódio:
— Comandante — disse o senhor Müller —, vim dizer-lhe que tenho de estar em Quebec no sábado, à tarde.
Era quarta-feira.
— Impossível — respondi.
— Pois bem, se seu navio não pode levar-me, Deus achará outro meio de transporte.
Durante 57 anos, nunca deixei de estar no lugar à hora em que me achava comprometido. […]
— Teria muito prazer em ajudá-lo, mas o que posso fazer?
— Não há…
— Vamos aqui dentro para orar — sugeriu. […]
— Sr. Müller, o senhor vê como é espessa esta neblina.
— Não — respondeu ele —, os meus olhos não estão na neblina, mas no Deus vivo que governa todas as circunstâncias da minha vida.
O senhor Müller caiu de joelhos e orou da forma mais simples possível. […]
Quando findou, eu queria orar também, mas o senhor Müller pôs a sua mão no meu ombro e pediu que não o fizesse, dizendo:
— Comandante, primeiro, o senhor não crê que Deus faça isso, e, em segundo lugar, eu creio que Ele já o fez. Não há, pois, qualquer necessidade de o senhor orar nesse sentido. Conheço, comandante, o meu Senhor há 57 anos e não há dia em que eu não tenha audiência com Ele. Levante-se, por favor, abra a porta e verá que a neblina já desapareceu.
Levantei-me, olhei, e a neblina havia desaparecido. No sábado, à tarde, George Müller estava em Quebec.1 
George Müller viveu sempre nessa linha tênue entre a realidade e o milagre, optando sempre em confiar no Senhor. Por isso, construiu orfanatos e sustentou milhares de crianças na Inglaterra sem nenhuma ajuda financeira oficial. Os recursos chegavam, em regra, na última hora, quando tudo parecia sucumbir. Ele conquistou sua “terra prometida”, porque decidiu crer em Deus, apesar das impossibilidades patentes de seus projetos. Todo plano de Deus para nossas vidas é impossível de ser realizado pela autonomia humana, nos impelindo a viver “de fé em fé” — nós damos o passo, Deus coloca o chão!
A geração de ex-escravos hebreus também tinha a oportunidade de escrever, com suas vidas, uma bonita epopeia, para a glória do Senhor. Nessa trajetória existencial, aliás, ninguém passa incólume. Todos têm a oportunidade de ficar do lado dos que perdem ou dos que vencem. Isso dependerá das escolhas, diante das oportunidades que se nos apresentam. Assim, aqueles israelitas, de um jeito ou de outro, deixariam seus nomes gravados na história… como derrotados por seus próprios medos e dúvidas ou vencedores pela força da fé, como sói acontecer com aqueles que decidem andar com Deus.
Deus lhes dava mantimento, conforto, proteção… porém requeria deles (como requer da Igreja) uma atitude de confiança quanto ao futuro. Diante disso, o Senhor determinou que Moisés enviasse espias à Terra Prometida. Os israelitas estavam sendo provados. Doze príncipes, representando os anseios mais profundos de uma grande multidão de pessoas cheias de esperança, partiram rumo a Canaã, a fim de analisar minuciosamente a herança de Deus!
I – OS ESPIAS (13)
1- O Fim da Jornada 
Cades, que ficava na fronteira sul de Canaã, era um oásis no deserto, mas se transformou numa encruzilhada para o povo. Dali seriam enviados os espias (Nm 13.1,2) que inspecionariam Canaã (Nm 13.1,2,17). Deus acenava com o começo do fim da caminhada. Que expectativa extraordinária! A bênção aguardada por séculos estava chegando, mas o Senhor precisava que os filhos de Israel declarassem o desejo em conquistar a promessa. Eles precisavam somente dizer: “Nós cremos, Senhor, que cumprirás a tua promessa”.
Poucos instantes separavam os ex-escravos da maior conquista de suas vidas. O Senhor daria a eles mais que um lugar para habitar, sobretudo lhes outorgaria dignidade enquanto indivíduos e nação. A promessa feita, ainda, ao patriarca Abraão, o amigo de Deus, estava plenamente em vigor, não obstante o longo período de tempo decorrido.
2- O Tempo da Alegria 
Deus fala de várias maneiras, mas principalmente pelas circunstâncias. Nesse diapasão, o Senhor não escolheu um tempo qualquer para essa visita in loco tão especial. Está escrito que era o tempo “das primícias das uvas” (Nm 13.20), portanto, perto do fim de julho, segundo Champlin.2 Um período em que, certamente, os produtores cananeus estavam alertas, para proteger a supersafra de frutos, mas também entusiasmados com tudo de bom que lhes acontecia. O Senhor, por seu turno, aproveitou o ensejo para mostrar aos espias o que se podia esperar daquela terra tão fértil e próspera.
O padrão da justiça divina, para determinar qual povo é o verdadeiro proprietário da Terra Prometida — a qual, posteriormente, foi denominada de Palestina, debate que perdura até os dias atuais —, está claramente apresentado na Palavra de Deus: “Porque ao homem que é bom diante dele, dá Deus sabedoria, e conhecimento, e alegria; mas ao pecador dá trabalho, para que ele ajunte, e amontoe, e o dê ao bom perante a sua face” (Ec 2.26). O Senhor estava autorizando que os hebreus entrassem no trabalho realizado arduamente pelos primitivos desbravadores cananeus, e permanecessem ali em herança perpétua. Os descendentes de Jacó, porém, necessitavam ser aprovados diante da face do Senhor. E, como se sabe: sem fé é impossível agradar a Deus!
Aquele tempo de alegria em Canaã deveria ser demonstrado aos hebreus, por isso Moisés enfatizou: “[…] esforçai-vos e tomai do fruto da terra” (Nm 13.20). Essa seria a prova incontestável de que o Senhor falara a verdade quanto à qualidade da terra e do seu fruto. 
3-A Antessala da Vitória
Uma grande expectativa certamente emergia naquele arraial, que tinha enaltecido a iniciativa de Moisés, conforme atesta Flávio Josefo,  diante dos futuros desdobramentos sociais e políticos a partir daquela expedição missionária. Os israelitas estavam na antessala da vitória! Enquanto esperavam quarenta dias para a chegada de seus representantes legais, enviados a conhecer o país que invadiriam, a sensação de que dias melhores viriam lhes trazia esperança aos corações. Grande emoção deve ter tomado os hebreus quando os 12 espias foram vistos, voltando com um cacho de uvas, que era transportado em uma vara por duas pessoas, além de outros produtos da terra. Um instante ímpar. O Senhor queria que o povo de Israel, com júbilo, declarasse que confiava na sua fidelidade, acreditando que Ele cumpriria a palavra empenhada.
A chegada dos espias parecia ser de paz e regozijo, até que abriram a boca, transformando a boa expectativa em inacreditável tormento emocional. Josefo diz que o medo dos espias passou para os hebreus, tendo eles perdido a esperança de viver um final feliz, caso seguissem o projeto de Deus. “E então voltaram às suas tendas, com suas mulheres e filhos, para lastimar a sua desgraça. O sofrimento e o desânimo levou-os mesmo a dizer que Deus lhes fazia muitas promessas, mas que não viam os resultados.”4
Eles não perceberam o grande equívoco que cometiam. Martin Luther King afirmava que “mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização”. Os filhos de Jacó, porém, ainda que tivessem visto milagres extraordinários naqueles dias, preferiram desprezar as promessas de Deus.
II – MURMURAÇÃO E FÉ (13)
1-A Vista Humana
Olhar os fatos da vida sem espiritualidade traz consigo consequências nefastas, como aconteceu com dez dos doze os espias que voltaram de Canaã (Nm 13.26-29). Eles dirigiram-se aos seus líderes e ao povo dizendo, em suma, que as cidades eram invencíveis, pois estavam muito bem protegidas e os moradores eram gigantes (Nm 13.28,29). Aqueles dez príncipes são a prova inequívoca de como uma liderança sem visão, que não busca ao Senhor para tomar as decisões mais importantes, está fadada ao fracasso. O pastor Luaran Lins aduz que “se o líder busca em Deus a sabedoria para construir seus projetos, não há como as coisas saírem erradas”.5 
“A vista humana” dos representantes de dez tribos trouxe consequências terríveis para a história do povo de Deus, pois um desespero abateu-se imediatamente, prognosticando que o pior dos cenários estava se desenhando.
2- A Visão da Fé 
Josué e Calebe, entretanto, portavam uma mensagem de fé (Nm 13.30). Naquele momento crucial, todavia, quando tudo da parte de Deus estava se cumprindo, os hebreus resistiam à fé. Resistiam à alegria da promessa. Resistiam a Deus. Para eles serem referenciais para as famílias da terra, precisavam desenvolver a fé como um grão de mostarda, o qual possui a propriedade de crescer extraordinariamente. Eles não podiam ficar encapsulados nos meandros do racionalismo, mas precisavam crer, como Josué e Calebe, além do que os olhos podiam ver.
No Reino de Deus, quase tudo surpreende. Observe-se a grande fé de algumas pessoas que sequer conheciam a Jesus. A mulher samaritana, o centurião romano e a mulher siro-fenícia são bons exemplos disso. Eles se dispuseram a crer naquilo que Jesus estava dizendo. Por outro lado, curiosamente, vê-se a falta de confiança de grandes amigos de Jesus, como Marta, Pedro e Filipe. Eles se tornaram incrédulos pela demora de Deus (Marta, no caso de Lázaro), por expectativas frustradas (Pedro, por causa do vento contrário, afundou no mar) e por conceitos equivocados (Filipe, quanto a querer ver o Pai). Isso tudo foi de encontro ao que Jesus ensinou.
Há pessoas que têm tudo para ser baluartes da fé, como aquela geração de hebreus, mas preferem duvidar continuamente da Palavra do Criador. Confiam mais no jornal do dia do que nas promessas de Deus, tornando-se lamentavelmente reféns das circunstâncias. Surge, então, a pergunta: como vai a nossa fé? Cremos da forma como Deus gostaria? Esperamos ver para crer? Ou cremos como uma criança, que confia nas palavras dos pais, simplesmente porque sabe que eles nunca mentem? Sabemos que o Senhor não mente. E por que duvidamos? Porque a nossa fé precisa de um novo paradigma!
Somente os que estiverem dispostos a crerem em Deus, como uma criança, experimentarão visitas surpreendentes de Deus. E serão, sempre, renovados na fé. Mudarão o foco das perspectivas e influenciarão decisivamente o mundo em que vivem. Serão capacitados a seguir, sem abalos, até o fim da jornada da vida.
Les Parrott afirma: “A fé transforma a esperança em uma certeza de que o sofrimento fará sentido mesmo quando nossa perspectiva terrena não vê sentido algum”.6  Os companheiros de viagem de Josué e Calebe, porém, com ímpeto, abandonaram a fé, convencendo o povo de que os cananitas eram mais fortes do que eles e que, por tal motivo, Israel não deveria tentar conquistar a Terra Prometida (Nm 13.30).
Interessante: desde quando, na Bíblia, o mais forte sempre sai vencedor nas batalhas? Com Deus, em regra, ocorre exatamente o contrário! Os exemplos bíblicos são abundantes. Por isso, pode-se afirmar seguramente que a fé é o portão do nosso futuro. Sem fé não há ânimo para seguir em frente, não há expectativa da realização de promessas divinas, não há conquistas espirituais, enfim, não há final feliz. Foi o que aconteceu com aquela geração.
3-O Poder do Desânimo
No Reino de Deus, é melhor contar com duas pessoas animadas do que com dez desanimadas, pois as palavras de desencorajamento, em regra, ressoam muito mais que as de fé. Gideão, por exemplo, ao sugerir que os covardes poderiam desertar, amargou uma perda superior a dois terços de seu contingente de soldados. Paradoxalmente, o desânimo é extremamente contagiante. Observe-se que o discurso dos dez espias foi mais forte, no coração do povo, que as promessas centenárias do Senhor (Nm 13.32,33). Está escrito que toda a congregação, com aquilo, alçou a voz (o alarido foi grande) “e o povo chorou naquela mesma noite” (Nm 14.1). O projeto de Deus, dado e confirmado para várias gerações de crentes fiéis, estava, agora, fulminado no coração daqueles ex-escravos, por causa de uma única abordagem pessimista de dez pessoas!
A cultura do mundo egípcio estava tão impregnada no inconsciente coletivo dos hebreus, que as palavras de Deus soavam timidamente em seus intelectos, não produzindo a fé suficiente para seguirem em frente! Infelizmente, o povo de Israel tinha saído do Egito, mas o Egito não tinha saído deles!
CONCLUSÃO
Se o povo for obediente, a vitória será certa, mas se apostatar da fé, e voltar ao Egito, atrairá para si uma dor e vergonha que nunca serão esquecidas. Essa lição, inequivocamente, é uma verdade que emerge, com veemência, quando se conhece a história do povo hebreu. A geração que saiu do Egito tinha, de fato, enormes dificuldades para conquistar os “gigantes” de Canaã; mas, quaisquer que fossem os obstáculos, Deus introduziria o povo, como prometido, naquela boa terra. Eles só precisavam crer e obedecer, porém preferiram a rebeldia e, em seus corações, voltaram ao Egito. Por isso, morreram e foram enterrados em sepulturas no deserto.
O plano de Deus era bem diferente: o deserto era para ser uma estrada, não um cemitério. O fim de tudo depende, como visto, das escolhas que cada um faz ao longo da jornada.                                                                            
*Adquira o livro do trimestre. ODILO, Reynaldo. Rumo à Terra Prometida: A Peregrinação do Povo de Deus no Deserto no Livro de Números. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 BOYER, Orlando S. Heróis da fé. 15. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p. 107, 108.2 CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. 2. ed. vol. 1. São Paulo: Hagnos, 2001, p. 651.{3 JOSEFO, Flávio. História dos hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 190.4 JOSEFO, Flávio. História dos hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 191.5 LINS, Luaran. Chamados para liderar. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 17.6 PARROTT, Les. Você é mais forte do que pensa. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p. 52.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

sábado, 26 de janeiro de 2019

Lição 04 - 1º Trimestre 2019 - A Primeira Ordem - Primários.

Lição 4 - A Primeira Ordem

1º Trimestre de 2019
Objetivo: Que os alunos compreendam que Deus deseja obediência de seus filhos.
Ponto central: Deus deu uma ordem a Adão e Eva. Deus deseja obediência 
Memória em ação: “Vigiem e orem para que não sejam tentados [...]” (Mt 26.41).
Querido (a) professor (a), na próxima aula teremos a oportunidade de abordar um tema relevante para todas as idades, especialmente necessário de ser explicado e enfatizado na faixa etária de seus Primários – a importância da obediência a Deus!
OBEDIÊNCIA. As palavras hebraicas e gregas traduzidas como “obedecer” ou “obediência” são geralmente shama’ e as formas cognatas de akouo. O significado básico de ambas é “ouvir”. De fato, muitas vezes que o tradutor se confronta com estas palavras e seus cognatos, é muito difícil determinar se a tradução mais apropriada é "ouvir" ou "obedecer". Esta dificuldade, porém, oferece uma visão profunda do conceito bíblico básico de obediência, um conceito que ocorre tanto no AT como no NT.
Embora a obediência expresse uma ação que existe nas relações humanas comuns (tais como discípulos aos mestres ou filhos aos pais), sua referência mais significativa é a de um relacionamento que deve existir entre o homem e Deus. Deus revela-se a si mesmo ao homem por sua voz e palavras. As palavras devem ser ouvidas. Isto obviamente envolve uma recepção física das palavras com uma suposta compreensão mental de seu significado.
Mas em termos da recepção da revelação de Deus pelo homem, este fato em si não é um ouvir verdadeiro. A atitude de ouvir verdadeiramente está ligada à fé que recebe a Palavra divina e a traduz em ação. E uma resposta de fé. E uma resposta positiva e ativa, não meramente ouvir e considerar de forma passiva. Ouvir é agir.
Em outras palavras, ouvir realmente a Palavra de Deus é obedecer à Palavra de Deus. No NT, a ideia de se assumir a responsabilidade de obedecer à Palavra ouvida, ou de se colocar sob esta responsabilidade, é claramente enfatizada pelo termo hupakouo, uma composição dos termos "sob" e "ouvir". Muitas passagens referentes ao ouvir e à obediência obviamente têm em vista este aspecto de resposta positiva e ativa. "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça" (Mt 11.15; cf. 13.9,43; Ap 2.7,11,17,29; 3.6,13,22; 13.9). O homem sábio é aquele que "ouve estas minhas [do Senhor Jesus] palavras e as pratica" (Mt 7.24). "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e... me seguem" (Jo 10.27).
Com respeito à revelação que havia recebido em Patmos, João disse: "Bem-aventurado(s)... os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas" (Ap 1.3). Não há nenhuma dicotomia entre o ouvir e o obedecer. O ouvir verdadeiro é a obediência. (PFEIFFER, Charles F., VOS, Howard F., REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1383).
Aproveitando essa rica elucidação do conceito bíblico de obediência, explique-o aos seus Primários na linguagem adequada a eles, e promova uma dinâmica para ilustrar o que foi aprendido.
Seria uma versão adaptada da antiga brincadeira “o Mestre mandou”. Porém, apenas duas crianças de cada vez deverão estar de olhos vedados e atentas, pois só pontuarão ao obedecerem APENAS a instrução que de fato vier do Mestre (poderá ser uma criança voluntária, escolhida antes dos que serão vedados).  As demais crianças, assim como o mestre farão vozes distintas, dando comandos uma de cada vez, tentando se passar pelo Mestre.
Frise que devem ser apenas tarefas que não exija locomoção, isto é, que não seja preciso tirá-los do lugar, já que não estarão enxergando. Por exemplo: “Pule em um só pé”; “Abaixe”; “Imite uma galinha”; “Faça uma dancinha”. Enquanto isso, ao fim de cada comando você pergunta alto aos “Mestres” quem pontuou e anota em um quadro. Dependendo do tempo que você disponha, pode ser 3 ou mais comandos por dupla até as crianças revezarem nas posições da brincadeira.
Ao final enfatize que no mundo há muitas vozes, mas a nem todas deveremos seguir, dar ouvidos ou obedecer. Mas somente àquelas que forem de Deus ou de pessoas usadas por Deus para o nosso bem. Dê alguns exemplos do cotidiano deles: “Se o seu amiguinho disser: ‘vamos sair pra brincar escondido da sua mãe’, essa voz vem de Deus? Você deve obedecer?” “E se disser: ‘Ajude a sua amiga que caiu a se levantar’ Essa voz é boa, podemos seguir?”
Ao final, peça que todos deem as mãos e orem pedindo sabedoria ao Senhor para aprendermos a diferencias as vozes boas das más e ouvirmos apenas as que obedeçam e agradem a Ele.O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 04 - 1º Trimestre 2019 - O Deus que Provê - Juniores.

Lição 4 - O Deus que Provê

1º Trimestre de 2019
Texto bíblico: Êxodo 16.1—17.16.
Caro(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão um ensinamento que deverão levar por toda a vida: confiar que Deus provê o que precisamos. Não foram poucas as situações que o povo de Israel atravessou e precisou contar unicamente com a mão do Senhor para não perecer no deserto. Em tempos difíceis de escassez o povo não encontrou outra saída a não ser aprender a confiar em Deus e depender da sua bondade e misericórdia.
Um dos títulos dados a Deus por conta da manifestação do seu poder ocorreu no episódio em que Abraão foi provado. Quando Deus pediu que Abraão oferecesse em sacrifício seu único filho, Ele mesmo proveu para o seu servo o cordeiro para o holocausto. Por essa razão, Abraão chamou o nome daquele lugar “o Senhor proverá” (Gn 22.14). Na Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, pp. 64,65), encontramos a seguinte informação:
O Senhor proverá. Este nome é a tradução do hebraico Jeová-jiré — “o Senhor proverá”. Aprendemos da prova de Abraão que:
1. Deus às vezes prova a fé de seus filhos (1 Pe 1.6,7; Hb 11.35). Tal prova deve ser considerada uma honra no reino de Deus (1 Pe 4.12-14).
2. O crente deve confiar em Deus, que Ele estará presente, concederá sua graça e tudo quanto for necessário, em qualquer circunstância dentro da vontade divina (Sl 46.1-23; 2 Co 9.8; Ef 3.20).
3. Deus constantemente realiza seu propósito redentor, restaurador, através da morte de uma visão; isto é, Ele pode deixar acontecer em nossa vida, coisas que parecem destruir nossas esperanças e sonhos (cf. Êx 17.15-17; 22.1-12; 37.5-7,28; Mc 14.43-50; 15.25,37).
4. Depois de uma provação da fé, Deus confirmará, fortalecerá, estabelecerá e recompensará o crente (vv. 16-18; 1 Pe 5.10).
5. Para se achar a verdadeira vida em Deus é preciso sacrificar tudo quanto Ele requer (Mt 10.37-39; 16.24,25; Jo 12.25).
6. Depois de um teste de sofrimento e de fé, o resultado final da parte do Senhor para com o crente é que Ele é “muito misericordioso e piedoso” (Tg 5.11).   
Confiar na providência de Deus é um exercício de fé. Quando enfrentamos situações que aos nossos olhos parecem ser impossível resolver, temos a oportunidade de escolher confiar em Deus. Aproveite a aula de hoje para estimular seus alunos a confiar no Senhor, realize com eles a seguinte atividade:
Leve para a sala de aula uma sacola ou caixa. Coloque os objetos citados a seguir dentro da sacola. Em seguida, retire cada objeto da sacola e pergunte aos alunos qual a finalidade de cada um. Conforme os alunos forem expressando faça as suas observações. Objetos: Bíblia, borracha, clips, fósforo, bússola, caneta, lanterna, e outros que você poderá utilizar.
Ao final, explique que devemos nos preparar para enfrentar os momentos difíceis e de escassez. No entanto, há situações que, por mais bem preparados que estejamos, somente a provisão do Senhor pode trazer a solução. Nesse caso, resta confiar inteiramente no Senhor e crer que Ele providenciará tudo o que precisamos.

Lição 04 - 1º Trimestre 2019 - O Justo Juiz - Pré Adolescentes.

Lição 4 - O Justo Juiz

1º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Daniel 6.3-9,15,16,20-23.
Olá professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão que Deus é o “Justo Juiz”. Na Bíblia, aprendemos que o nosso Deus é Rei, Senhor, Salvador e Consolador. Mas não podemos esquecer que uma das qualidades inerentes ao nosso Deus é a justiça. De certo, o nosso Deus é Justo e recompensa a cada um conforme a sua justiça. A justiça de Deus nunca falha, apesar de muitos afirmarem que “a sua justiça tarda, mas não falha”. Na verdade, a sua justiça é executada no momento certo. Deus reservou um Dia em que há de julgar todos os habitantes da terra. Mas enquanto esse Dia não chega, aprendemos que a justiça de Deus se manifesta no ato glorioso que nos trouxe a salvação: a morte de Jesus Cristo sobre a cruz do Calvário. No Dicionário Bíblico Wycliffe (2006, p. 1120), encontramos uma definição neotestamentária para a “justiça de Deus”:
No Novo Testamento, a palavra grega mais frequente para justiça é dikaiosyne, que é a tradução regular da LXX para a palavra hebraica sedaqa. Da mesma maneira que no Antigo Testamento, a expressão “justiça de Deus” não se refere especificamente à inerente perfeição do caráter divino. Antes, ela fala sobre a sua justa provisão de salvação para os pecadores (Rm 1.17; 3.5,21,22,25,26; 10.3; 2 Co 5.21). No evangelho, que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, foi revelada a justiça de Deus (Rm 1.16,17). Ela se torna efetiva entre os homens que, por causa de seu pecado, estão sujeitos à ira de Deus e muito longe dEle. Através da bondosa extensão da justiça de Deus, eles são conduzidos a um relacionamento salvador com Ele. 
A justiça de Deus depende, por um lado, do Senhor ser fiel à sua própria natureza – que é boa e santa – e, por outro, de tratar suas criaturas com justiça. Na justa provisão divina de uma forma de salvação, Ele não pode perdoar pecados sem satisfazer a sua justiça, e manter sua santidade. A justiça de Deus, manifestada em seu justo plano para a salvação através da morte expiatória e substitutiva de Cristo, satisfaz a ambas. A aceitação dessa provisão, por parte do pecador, permite a Deus atribuir-lhe tudo que Cristo fez por ele, para alcançar a sua salvação. Nessa aceitação de Cristo, como portador de pecados e Salvador pela fé, o homem recebe a “justiça que é pela fé”, uma expressão que significa que a justiça de Cristo é atribuída ao crente (Rm 4.5; 9.50; Fp 3.9).
Para complementar sua aula, sugerimos a seguinte atividade:
Divida a classe em dois grupos e apresente aos alunos situações nas quais eles terão a responsabilidade de julgar de acordo com a Palavra de Deus se estão certas ou erradas. Eles tomarão conhecimento das situações e terão um tempo para se reunir e julgar.
1ª situação: Eu sempre respondo meus pais quando sou interrogado a respeito das minhas amizades que não são da igreja.
2ª situação: Sempre me preocupo com o colega da turma, entrando em contato com ele quando se ausenta da igreja ou não está frequentando a Escola Dominical.
3ª situação: Tenho sempre cuidado em relação ao egoísmo, procurando compartilhar os meus pertences com colegas que não têm o material.
4ª situação: Procuro me defender e ofender quem critica a minha forma de ver, pensar e agir.
5ª situação: Às vezes sinto vergonha da minha família.
Ao final, cada grupo deverá apresentar suas impressões a respeito das situações. Em seguida, faça os apontamentos junto com os alunos.

Lição 04 - 1º Trimestre 2019 - Louvor e a Adoração - é a mesma coisa? Juvenis.

Lição 4 - Louvor e adoração – é a mesma coisa?

1º Trimestre de 2019
“Porque, quanto ao SENHOR, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é perfeito com ele; nisso, pois, procedeste loucamente, porque, desde agora, haverá guerras contra ti” (2 Cr 16.9).
ESBOÇO DA LIÇÃO.
1. O QUE É LOUVOR?
2. O QUE É ADORAÇÃO?
3. E A MÚSICA NESTA HISTÓRIA?
4. E O MEU LOUVOR?
OBJETIVOS
Diferençar louvor de adoração;
Mostrar que nem todo louvor e adoração são musicais;
Elencar os elementos do louvor e da adoração na música cristã.
Querido (a) professor (a), nossa próxima lição clarificará as diferenças entre “louvor” e “adoração”. Você terá a rica oportunidade de explicar aos seus juvenis que a música é apenas uma das infinitas maneiras, linguagens (como que um, entre tantos “idiomas” possíveis), um dos muitos meios existentes para nós expressarmos tal louvor e adoração ao Senhor.
Segundo estudiosos da língua hebraica, nela há sete palavras ou níveis distintos de “louvor”. Vejamos um pouco sobre cada um e se você professor (a) dispuser de tempo e curiosidade poderá explorar mais a fundo sua pesquisa sobre cada uma, em um de nossas dicionários bíblicos.  
1. Barak: além da palavra arco, significa “ajoelhar-se” e “bendizer a Deus”,  no sentido de reverenciar ao Senhor, como uma atitude de antecipação, de um súdito perante um Rei.  Barak também pode ser usado como uma forma de oração, como a palavra sugere ajoelhado e bendizendo a Deus, como em um momento devocional.
2. Hillel (da raiz Halal, correspondente à conhecida expressão Hallelujah: “Louvai ao Senhor [Yahweh]”): Halal pode significar “ser arrogante”, mas no contexto que estudamos é comumente utilizada com o sentido de “animado”, como desfrutar empolgado da grandeza e bondade de Deus. Afinal, é a raiz da palavra “aleluia!”. Tem o sentido de comemoração, celebração pelo maravilhoso Criador.
3. Shabach: Seu significado é melhor ilustrado em Salmos 117.1 – “Louvai ao Senhor, vós todas as nações, louvai-o, vós todos os povos”. Como é usado aqui, isso significa “falar bem de” em um tom alto, conduzir a glória e triunfo, e também tem o sentido de gritar. Este tipo de louvor também é retratado no Salmo 63.4. 
4. Tehillah: refere-se a “cantar”  para todos os efeitos, significa cantar o nosso halals. Tehillah é retratado no Salmo 22.3 quando este diz que Deus habita nos louvores de Israel, ou “nos louvores de seu povo”. Refere-se a um tipo especial de canto, algo que não é ensaiado, hoje também chamado de “cântico espontâneo” ou "cantando no espírito". Esta exposição nos remete ao momento de louvor na congregação.
5. Towdah: traduzido significa "ação de graças" e envolve o levantamento de mãos em adoração. Ele sugere uma atitude de louvor sacrificial. Em outras palavras, damos graças e louvor, antes mesmo de receber do Senhor. Regozijamo-nos e agradecemos a Deus por suas promessas. O nosso louvor e ação de graças que se tornam um sacrifício ao Senhor. Veja Salmos 50.14; Isaías 51.3 e Colossenses 4.2.
6. Yadah: significa adorar com as mãos estendidas, representa uma entrega profunda a Deus e um coração que deseja prestar uma homenagem a Ele. Presente em alguns Salmos: 100.4, 134.2, 27.1, 28.7, 33.2, 42.5, 44.8 e 141.2.
7. Zamar: Na língua hebraica existem vários verbos para o contexto musical, mas o que é predominante em todo o livro dos Salmos é este "Zamar". Ele demonstra a música em louvor a Deus, seria o louvor em música, ambos caminhando juntos como que em simbiose.
Embora estudemos essas palavras isoladas, em muitas ocasiões e trechos bíblicos elas são combinadas, caminham juntas. Por exemplo, uma mistura de Barak e Zamar pode ser encontrada em Salmos 98, 134 e 145. Já no Salmo 50 você encontrará uma mistura de Towdah e Yadah.
Como é rica a Sagrada Escritura, não é mesmo?! É um privilégio inenarrável podermos mergulhar, nos aprofundar na compreensão dela, que dirá então poder ensiná-la?! Quanto mais conhecemos ao Senhor com maior profundidade o adoramos! Por isso, estudar a Palavra também é uma forma de devoção e louvor. Esperamos que ao final desta aula você e esses alunos estejam ainda mais envoltos nessa maravilhosa atmosfera de adoração.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD 

Lição 04 - 1º Trimestre 2019 - Possessão Demoníaca e a Autoridade do Nome de Jesus - Adultos.

Lição 4 - Possessão Demoníaca e a Autoridade do Nome de Jesus 

1º Trimestre de 2019
A possessão demoníaca só pode ser vencida com a autoridade do nome de Jesus. Ela é uma realidade espiritual que escraviza pessoas e faz com que elas não tenham domínio sobre suas faculdades psíquicas, transformando-as em pessoas destituídas de qualquer lucidez para a vida. Só a autoridade do nome de Jesus pode libertar tais pessoas dessa escravidão espiritual.
Sobre o texto temático
O texto sobre o qual recai a nossa atenção para a lição desta semana é o de Marcos 5.2-13. A narrativa fala a respeito do endemoninhado gadareno. Este primeiro tópico refere-se sobre a questão da harmoniada narrativa, a opressão dos demônios sobre a pessoa e o quadro estarrecedor que os demônios fazem a pessoa viver. Aqui, é preciso dar importância ao estudo da harmonia das narrativas. O texto dos Evangelhos mostra duas versões que variam o número de endemoninhados. Aqui, sugiro a leitura do Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, nas seções que abordam as narrativas de Marcos 5.1-20, Mateus 8.28-34 e Lucas 8.26-39. Mais importante que as os pormenores de questões de harmonização das narrativas, são que as seções dos Evangelhos mostra no quadro aterrador de uma possessão maligna.
Sobre a Legião
A possessão sobre o gadareno era um fenômeno constituído de uma variedade singular de demônios. Era uma legião. Eram muitos demônios incorporados numa pessoa. O quadro mostra que para expulsar esses demônios era necessário o uso da autoridade do nome de Jesus (neste caso, acrescido de jejum e oração). Isto é o que o presente relato quer mostrar: os demônios só deixam a pessoa em nome de Jesus.
Sobre o poder de Jesus
O terceiro tópico mostra que os demônios sabem quem é Jesus e a soberania dEle sobre eles mesmos. A autoridade de Jesus trouxe o gadareno de volta ao seu perfeito juízo. Esta é a obra que o Senhor ordenou para que o seu povo fizesse: libertar os cativos. Só o nosso Senhor pode fazer isso pelo pecador. Não há como enfrentar o Maligno por meio de umaforça própria. Ele só pode ser vencido pela autoridadedo nome de Jesus. Ou seja, não há força ou sabedoria humana que possa livrar uma pessoa das "mãos" dos demônios. Mas só o nome soberano de Jesus pode livrar a humanidade desse mal! Revistamo-nos, pois,de toda a armadura de Deus! 
Texto extraído da Revista Ensinador Cristão (Ano 20 - nº 77 - jan/fev/mar de 2019)
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Lição 04 - 1º Trimestre 2019 - Deus criou minhas Mãozinhas - Berçário.

Lição 4 - Deus criou minhas mãozinhas

1º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Levar a criança a compreender, através das atividades e exposições, que foi Deus quem criou as mãozinhas do bebê.
É hora do versículo: “A ti levanto as mãos [...]” (Sl 143.6).
Nesta lição, as crianças serão levadas a compreender que Deus criou cada detalhe do seu corpinho. E hoje elas perceberão que o Papai do Céu criou as suas mãozinhas. Mostre a mãozinha do bebê para ele. Cada dedinho. Diga o nome para cada dedinho para o bebê. 
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a figura abaixo. Sugerimos que o professor pegue uma luva branca, conforme o modelo, cole carinhas e, de forma lúdica, diga o nome de cada dedo: Polegar, Indicador, Médio, Anelar e Mínimo. Se possível, cante com o bebê.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 04 - 1º Trimestre 2019 - A História de Um Menino muito Forte - Maternal.

Lição 4 - A história de um menino muito forte

1º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que a criança escolha guardar-se pura para Deus.
Para guardar no coração: “[...] Conserve-se puro.” (1 Tm 5.22)
Nesta lição, o aluno vai conhecer a história de Sansão. Ele possuía um grande potencial. Sansão nasceu como cumprimento da promessa de Deus para Manoá e sua esposa, e faria uma grande obra para Deus: salvaria Israel dos filisteus. Sansão tinha uma força fora do comum que vinha de Deus e para isso ele tinha que ser puro, sem nenhum pecado. Sansão devia agradar a Deus em tudo. 
Após narrar a história bíblica em sua totalidade e realizar as atividades propostas na revista do professor, caso ainda haja tempo, sugerimos que faça cópias da atividade a seguir. Oriente os alunos a molharem o dedinho na tinta guache e completar o caminho que leva Sansão até o leão. Reforce que Sansão era forte o suficiente para isso porque Deus estava com ele.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora da Revista de Maternal 

Lição 04 - 1º Trimestre 2019 - O Nascimento do Meu Amigo - Jd. Infância.

Lição 4 - O Nascimento do meu Amigo

1º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão identificar os principais fatos relacionados ao nascimento de Jesus; e reconhecer o nascimento de Jesus como o cumprimento da promessa de Deus.
É hora do versículo: “Pois já nasceu uma criança, Deus nos mandou um menino que será o nosso rei [...]” (Is 9.6)
Nesta lição, os alunos aprenderão acerca do nascimento de Jesus. O Natal é a data do ano em que comemoramos esse dia. Como o natal ocorreu há pouco tempo, a lembrança ainda deve estar recente na memória das crianças. Para a introdução da aula, proceda conforme orientação da revista do professor. Medite na verdade prática para o seu enlevo espiritual. Faça a dinâmica da memorização do versículo e explique o que a Palavra de Deus está dizendo. Narre a história bíblica e realize todas as atividades propostas.
Caso haja algum tempo, sugerimos uma atividade extra para os alunos recortarem e colarem a cena do nascimento de Jesus. Entregue uma folha A4 em branco e no topo da folha na horizontal escreva:  O Nascimento do meu Amigo. Relembre às crianças que devemos nos lembrar sempre do nascimento de Jesus, e não apenas no natal, pois todos os dias Jesus precisa nascer em nosso coração.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Lição 04 - 1º Trimestre 2019 - A Presença de Deus no Deserto - Jovens.

Lição 4 - A Presença de Deus no Deserto

1º Trimestre de 2019
Introdução
I-A Nuvem e a Coluna de Fogo
II-O Início da Caminhada
III-Deus Levanta Cooperadores
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Mostrar como Deus se manifestou no deserto, e como os hebreus, a princípio, obedeceram voluntariamente o mover da nuvem e da coluna de fogo;
Explicar como foi o início da caminhada no deserto e os primeiros pecados do povo;
Compreender como Deus orientou a Moisés para que ele escolhesse setenta cooperadores.
Palavras-chave: Peregrinação no deserto.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Reynaldo Odilo:
INTRODUÇÃO
Caminhando com Deus, pelo deserto, o povo foi conhecendo o caráter de Deus à proporção que seguiam rumo a Canaã. Ele colocou uma nuvem ou uma coluna de fogo, se fosse dia ou noite, respectivamente, para indicar o caminho a seguir e proteger seu povo. Interessante notar que a presença de Deus não ficou estagnada, mas se movia livremente de um lugar para outro, sem nenhum padrão previamente definido, parecendo-se muito com o que acontece com a Igreja do Senhor.
Ao observar a história da Igreja, nos últimos 2.000 anos, é impressionante perceber como Deus “se move” no aspecto geográfico, mudando de nação em nação e de cultura em cultura, pois Ele “anda” em busca daqueles que o querem, que o procuram, que clamam por socorro. Paulo endereçou muitas de suas cartas a igrejas que, atualmente, não existem mais. Em um reduzido espaço de tempo, a fé evangélica se espalhou por toda a Europa, dominando a região por cerca de um milênio; hoje, porém, em que pese existirem veementes vestígios de cristianismo em vários lugares, a maior parte das catedrais construídas servem apenas para visitas de turistas. Denomina-se a Europa como sendo um continente pós-cristão.
Nos últimos anos, o cristianismo tem florescido vigorosamente na África, Ásia e também na América Latina, de maneira que menos de 1/3 dos cristãos estão na América do Norte e Europa, situação bem distinta há pouco tempo. Como explicar essas mudanças bruscas em certas regiões e por que há tantos países que deixaram de ser cristãos? Interessante que pouco se ouve falar em países que deixaram de seguir o Islã!
O que ocorre é que Deus é muito educado. O Altíssimo permanece ao lado daqueles que se achegam a Ele (Tg 4.8). O Todo-Poderoso nunca impõe o seu Reino de cima para baixo, coercitivamente, pela força das armas da guerra, como os islamitas o fazem! Em Apocalipse 3.20, o próprio Senhor Jesus demonstra a longanimidade de alguém que espera pacientemente pelo pecador. Não há uma única ocasião em que Deus exigiu ser amado por qualquer povo, mas Ele sempre convida as pessoas à conversão. Tudo que se faz para Deus precisa ser voluntário.
O que se tem visto, em regra, é que a cosmovisão judaico-cristã oferece certo nível de conforto e prosperidade às sociedades, e isso acontece porque as Escrituras preconizam um conjunto de comportamentos que impregnam justiça, bondade, mansidão, gratidão, solidariedade, à maneira de viver do grupo social. Nesse diapasão, Thomas Henry Huxley (1825-1895), um famoso cientista inglês, com precisão cirúrgica, vaticinou que a “Bíblia tem sido a Carta Magna dos pobres e dos oprimidos” e que “nenhum país tem tido uma constituição em que os interesses dos povos sejam tão largamente considerados”, fato corroborado por Ulysses Grant, que defende que devemos à Bíblia todos “os progressos que temos feito em nossa civilização”.1  Ocorre, entrementes, que quando as condições de vida melhoram, o progresso chega, e as bênçãos celestiais são derramadas, os indivíduos se esquecem de Deus. A partir de então, “eles vivem do capital moral do passado. Enquanto isso, Deus segue adiante em silêncio, para um lugar que sente mais necessidade dele”.2Nesse ponto da caminhada, porém, um ano depois da saída do Egito, os hebreus estavam ávidos por Deus e, assim, o Senhor os acompanhava numa coluna de fogo nas noites do deserto e, durante os dias, sob o sol escaldante de um dos lugares mais quentes do mundo, uma monumental nuvem trazia refrigério para milhões de pessoas, propiciando uma temperatura agradabilíssima para viver e para caminhar.
Mister lembrar que a região por onde trafegavam possuía aproximadamente 56.000 km² de deserto, sendo amplamente estéril, com poucos assentamentos nos tempos antigos, e estes de duração bastante curta. O solo era duro e repleto de pedras que, quando tocadas com força ou atritadas com metal, produziam centelha com facilidade, e o período de chuva durava cerca de 20 dias, com neblina e orvalho ocasionalmente.3Conhecendo esse cenário, compreende-se o porquê da manifestação da presença de Deus através de uma nuvem e de uma coluna de fogo. Como sobreviveriam quarenta anos num ambiente desse, sem a ajuda de Deus? Eles desejavam os benefícios do Senhor e, por isso, Deus se movia no meio do povo. Quanto privilégio ser cuidado pelo Onipotente!
I – A NUVEM E A COLUNA DE FOGO 
1- A Presença Contínua 
A nuvem surgiu, pela primeira vez, quando eles atravessavam o mar. Depois no Sinai e também quando Moisés fez uma tenda, e ali buscava a Deus; por fim, quando o Tabernáculo foi levantado. A partir de então, a presença de Deus era contínua, de maneira que, quando a nuvem se elevava acima do Tabernáculo, os filhos de Israel reiniciavam a sua jornada. Os milhões de peregrinos que estavam ao redor do Tabernáculo, nas suas respectivas tribos, entenderam perfeitamente que se tratava de uma manifestação divina.
Está escrito que “Assim era de contínuo: a nuvem o cobria, e, de noite, havia aparência de fogo” (Nm 9.16). “Deus prometeu prover uma nuvem para guiar os viajantes e para lembrá-los de sua presença contínua.”  Interessante que Deus, embora nunca se apresente fisicamente, mas permaneça invisível, sempre deixa sinais de que se conserva junto do povo. Jesus disse que os discípulos não o veriam mais, entretanto assegurou: “[...] eu estou convosco todos os dias [...]” (Mt 28.20). A maravilhosa presença do Senhor traz a sensação de amparo, proteção, segurança. Dessa forma, o Senhor demonstrava a todos que cumpria a promessa de sua presença inafastável. De fato, qual o filho pequeno que não necessita que seu pai sempre esteja por perto?
Na verdade, embora os seres humanos desejem autonomia para crescer (esse sentimento é inato a todos) e se tornar independentes, os pais sempre veem os filhos como meninos (parece que os filhos nunca crescem). Curioso que o Senhor conduzia o povo pelo deserto como a meninos (Dt 1.31), assegurando-lhes o que prometeu a Jacó: “E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra, porque te não deixarei, até que te haja feito o que te tenho dito” (Gn 28.15, grifo nosso).
Não obstante os filhos de Israel fossem rebeldes, Deus, com toda a ternura, pegava-lhes nas mãos, tratando-os como a crianças que precisavam dar os primeiros passos. O Altíssimo estava pedagogicamente mostrando que sua presença contínua asseguraria o êxito daquela caminhada, caso os hebreus quisessem.
2- O Mover Imprevisível
A nuvem da presença de Deus, sempre que se elevava sobre o Tabernáculo no deserto, “os filhos de Israel após ela partiam; e, no lugar onde a nuvem parava, ali os filhos de Israel assentavam o seu arraial” (Nm 9.17). Israel, assim, andava e parava onde Deus determinava, o que acontecia de maneira imprevisível. Dessa forma, em alguns instantes, o Eterno indicava a marcha e noutros o descanso, como deve acontecer com o povo de Deus. Há momentos em que a caminhada deve ser constante, mas noutras circunstâncias é preciso parar.
Conta-se que, depois da morte do grande pregador americano Charles Finney, encontraram em sua velha Bíblia, cheia de anotações à mão, ao lado do texto de Salmos 37.23, o qual diz que Deus firma os passos do homem bom, a seguinte expressão: “E suas paradas também”. “Segundo o dito do Senhor, os filhos de Israel partiam e segundo o dito do Senhor assentavam o arraial” (Nm 9.18). Quantas vezes, pela madrugada, ou ao entardecer, ou ao meio dia, a nuvem começava a se elevar e locomover-se inesperadamente, durante quase quatro décadas, e o povo de Israel movimentava-se; mas de repente, sem mandar qualquer aviso, a nuvem parava e o povo descansava naquele lugar uma noite, dois dias, um mês ou um ano (Nm 9.19-22).
Observa-se que a coluna de nuvem dizia a Israel quando partir e onde acampar, demonstrando que a “direção divina não é somente uma questão de aonde devemos ir, mas, também, uma questão que quando ir”.5  Interessante perceber, também, que não havia naquele deserto, nem há na atualidade, paradigmas para entender o mover de Deus. Não há como fazer uma equação para tentar compreender a forma e os meios que o Senhor utilizará para alcançar os seus propósitos. Não é com a mesma imprevisibilidade e aparente ilogicidade que Deus frequentemente determina sua vontade, muitas vezes contrariando o senso comum? 
3-A Obediência Voluntária 
A variedade do “agir” da nuvem treinava os israelitas, movia suas entranhas, quebrantava seus brios, moldando, dessa forma, o caráter de um povo de “dura cerviz” (Dt 10.16; 31.27; 2 Rs 17.14; Jr 7.26; Mc 10.5; At 7.51). Está escrito, porém, que eles tinham rapidez em obedecer, pois “quer de dia quer de noite, alçando-se a nuvem, partiam” (Nm 9.21).
Observa-se que os hebreus não apenas partiram ou paravam, de acordo com a orientação de Deus, mas, também, “da guarda do Senhor tinham cuidado, segundo o dito do Senhor pela mão de Moisés” (Nm 9.23). Logo nos primeiros passos da caminhada pelo deserto, o povo se submetia espontaneamente ao Senhor, de todo coração.
Fazer rapidamente a vontade de Deus sempre é a melhor decisão para seu povo, sob quaisquer circunstâncias, pois a obediência é um segredo aberto, uma bússola, um mapa, um caminho. Andar em obediência é seguir seguro, certo de que algo de bom acontecerá, pois o Senhor é o Sumo Bem e Ele jamais se equivoca. O povo hebreu, ainda que, de certa forma, apresentasse traços da cultura egípcia, tinha um grande referencial moral e espiritual — o pai da nação, Abraão, o qual serviu a Deus obedientemente e sempre, mesmo nas maiores provas da vida, fazia o querer do Senhor com muita brevidade. Narra-se, por exemplo, em Gênesis 22, que quando Deus mandou Abraão imolar seu filho Isaque, logo de madrugada, o patriarca da fé tomou as providências necessárias para cumprir a ordem recebida. O fim da história, amplamente conhecida, serviria, por certo, de inspiração para eles, como para nós, que também temos que seguir o Senhor corajosamente, obedecendo-lhe, com urgência, em tudo o que Ele determina na sua Palavra. 
II – O INÍCIO DA CAMINHADA 
1-A Ordem para Marchar 
Depois de passar certo tempo sendo preparados para a grande viagem pelo deserto, os hebreus agora recebem a ordem para marchar. Antes, porém, há mais um detalhe: Deus determina que sejam fabricadas trombetas de prata — sofisticadas obras de arte (a prata era depurada no fogo, daí porque é símbolo da redenção, na Bíblia), as quais serviam para conclamar o povo para se reunir e dar o sinal de partida do acampamento, tudo muito organizado. Mark Dever, porém, vê uma função ainda mais importante para o toque das trombetas: “a finalidade de tocar as trombetas é para que Deus e o povo lembrem-se uns dos outros (10.9,10). E nos versículos seguintes a nuvem move-se pela primeira vez”.6  Isso traz uma grande mensagem para nossos dias: apresenta-se como requisito essencial, antes de começar qualquer caminhada, que nos lembremos uns dos outros e que Deus, também, lembre-se de nós! Aliás, complementarmente, mais adiante, Deus disse que as trombetas também seriam tocadas quando os israelitas estivessem em dificuldades e nas festas religiosas (Nm 10.2,9,10).
Dessa forma, o início de toda caminhada seria marcado, simbolicamente, tanto pela lembrança que uns deveriam ter dos seus irmãos como também por um momento de oração. “Em situação de perigo, soar as trombetas era, na verdade, uma oração para o socorro de Deus.”7  Assim, o toque das trombetas movia o coração de Deus em favor do povo e o Senhor se lembrava da aliança firmada. Não há nada melhor que começar um projeto com esses requisitos!
2-Confiança do Líder Abalada 
No início de uma longa e imprevisível jornada, com muitos perigos e dificuldades pela frente, o que deve fazer um líder prudente? Sem dúvida, procurar orientação de quem tem mais experiência! E foi exatamente essa a conduta de Moisés, pois convidou Hobabe, seu cunhado, o qual era habituado na região, para guiar o povo nos caminhos do deserto (Nm 10.29-32).
Do ponto de vista logístico, administrativo, a decisão foi boa e louvável, entretanto as coisas espirituais se discernem espiritualmente. Ora, em meio a tantas demonstrações eloquentes do cuidado de Deus, com a presença da nuvem e da coluna de fogo continuamente guiando o povo, seria de fato necessário que o filho de Jetro orientasse os rumos da peregrinação? Certamente que não! A nuvem e a coluna de fogo, dia e noite, indicavam perfeitamente quando o povo deveria acampar, qual o momento de seguir viagem e qual rota percorrer, mas Moisés entendeu que seria bom ter alguém com experiência para “ser seus olhos” e, quiçá, socorrê-los em tempo oportuno. Vê-se, porém, que em nenhum outro momento Hobabe é mencionado nas Escrituras, dando provas de que o convite de Moisés foi estéril e inócuo. Deus é quem comanda e guia os passos do seu povo.
É bem verdade que os “auxiliares de trabalho” são de suma importância para os líderes, pois ninguém pode realizar nada significativo se, antes, não formar uma equipe para colocar em prática as boas ideias. Entretanto, convidar alguém para “ser seus olhos” era demais. Observe-se que, contrariamente à vontade de Deus (Êx 4.10-14), Arão já era a boca de Moisés e, agora, chegava alguém para ser os olhos do libertador do povo hebreu?! Delegação é algo muito bem-vindo no ministério, porém há coisas que não podem ser realizadas por outrem. Somente a Moisés, seguindo a orientação de Deus, caberia dizer os rumos a serem tomados por aquela grande multidão.
3- O Pecado da Murmuração 
Logo a caminhada começou, vieram as provas. Tudo estava pronto para uma grande vitória, mas o desprezo dos estrangeiros que viajavam pelo maná, bem como o desejo de se apropriarem da comida do Egito, contaminou o povo hebreu, que iniciou uma murmuração contra Deus (Nm 11.1-10). O Senhor levou em consideração as palavras proferidas, a tal ponto que muitos israelitas morreram como castigo pela rebelião. O juízo de Deus cessou porque Moisés orou.
O desprezo pelas bênçãos que o Senhor prepara para cada um de nós nunca deve acontecer, pois, como se sabe, sua vontade é “boa, perfeita e agradável” (Rm 12.2). Há coisas que as pessoas pensam que são importantes para Deus, mas não são, e outras que, contrariamente, são reputadas como de menor significado, mas o Senhor as tem em alta conta. A gratidão é uma delas. Talvez alguém conjecture que agradecimento apresenta-se como algo supérfluo, mas a Bíblia diz que devemos ser gratos em tudo e, em seguida, Paulo arremata: não extingais o Espírito (1 Ts 5.17,18) dando a entender que gratidão e ser cheio do Espírito são coisas que estão intrinsecamente conectadas.
Os hebreus fizeram algo muito grave diante do Senhor, pois a Bíblia diz que a maldição não vem sem causa (Pv 26.2). Os que morreram certamente eram murmuradores, queixosos da sua sorte, os quais andavam segundo as suas concupiscências, e cujas bocas diziam coisas mui arrogantes (Jd 1.16). Nunca se deve desprezar o “pão” que Deus dá!
CONCLUSÃO
Mesmo diante de tantas fraquezas morais e espirituais, a nuvem e a coluna de fogo não se apartavam do arraial, o maná constantemente caía sobre os rebeldes, e a bênção e proteção de Deus guardavam aquela grande multidão de ex-escravos. Como se não bastasse, em todos os episódios mencionados anteriormente, percebe-se de maneira palmar a gerência direta de Deus na resolução dos conflitos. Sem dúvida, as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos.                                                                               
*Adquira o livro do trimestre. ODILO, Reynaldo. Rumo à Terra Prometida: A Peregrinação do Povo de Deus no Deserto no Livro de Números. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 ALMEIDA, Abraão de. O significado dos números na Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 104, 105.
2 YANCEY, Philip. Para que serve Deus. Livro digital. São Paulo: Mundo Cristo, 2011, p. 42.
3 PFEIFFER, Charles F.; VOS,  Howard F.; REA, John. Dicionário Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 1502-1505
4 DEVER, Mark. A mensagem do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 138.
5 RICHARDS, Lawrence O. Guia do leitor da Bíblia. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 98.
6 DEVER, Mark. A mensagem do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 138.
7 RICHARDS, Lawrence O. Guia do leitor da Bíblia. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 98.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Lição 03 - 1º Trimestre 2019 - A Primeira Mulher - Primários.

Lição 3 - A Primeira Mulher

1º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno compreenda que Deus criou a mulher e, diante dEle, homens e mulheres são igualmente importantes.
Ponto central: Deus ama homens e mulheres de forma igual.
Memória em ação: “[...] Não é bom que o homem viva sozinho [...]” (Gn 2.18).
Querido (a) professor (a), como bem sabemos, a Bíblia é uma fonte inesgotável de sabedoria; de uma única passagem podemos tirar inúmeras lições. E é o Espírito Santo quem nos dá e quem expande o nosso entendimento, à medida que buscamos isso nEle. Por isso, a cada aula, ore com sinceridade, clame por sabedoria, o Senhor mesmo te convida:
  – “Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes” (Jeremias 33.3).
Como na época em que Cristo desceu de sua glória para cumprir sua missão salvadora, em nossos dias também existem muitos “doutores da Lei”, pessoas que realmente conhecem a Palavra de Deus, são líderes religiosas, mas tais quais os fariseus que crucificaram a Jesus, elas se apegaram apenas à Letra, deixando o Espírito que vivifica (Leia 2 Coríntios 3.6). Portanto, é essencial ao nos achegarmos para ler, entender e ensinar a Bíblia, termos humildade, nos esvaziar de nós mesmos, nos esvaziarmos da interpretação humana da Palavra, e pedirmos, clamarmos fervorosamente, pela voz e compreensão vindas do próprio Espírito de Deus.
Não importa quantos anos temos de crentes, quantas faculdades e cursos teológicos, ou o número de vezes que já lemos a Bíblia, precisamos sempre buscar o entendimento no Espírito Santo, a sabedoria que não é humana, mas a que vem do Alto: “pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia” (Leia Tiago 3.13-17).
Devido à vastidão e variedade de assuntos, aplicações e aprendizados que podem ser extraídos das Sagradas Escrituras, é que, enquanto mestres, ao darmos uma aula sobre ela, precisamos ter em mente o foco em um objetivo. Pedagógica e didaticamente esta metodologia de ensino é mais eficaz e proveitosa, variando na linguagem e conteúdo, de acordo com a faixa etária e nível de conhecimento de sua turma.
Por esta razão sua revista de Primários sempre lhe destaca logo na apresentação da lição o “Objetivo” e “Ponto Central” que permeará toda sua aula. E o deste próximo domingo precisará ainda mais de sua atenção, por ser um tema que lamentavelmente muitas pessoas foram ensinadas erroneamente, acreditando que homens são superiores às mulheres. Alguns até mesmo distorcem a própria Bíblia para apregoar este engano, que ao longo da história já causou graves males.
Você sabia, por exemplo, que até pouco tempo atrás era proibido às mulheres cursar faculdades?! Elas jamais poderiam ter determinadas profissões, trabalhos, lhes era proibido votar e até mesmo denunciar o marido ou pedir o divórcio, quando estes as traíam, espancavam e ameaçavam de morte. Assim, muitas de fato morreram, sem nenhuma ajuda ou proteção.
Em alguns países muitas leis ainda mantém a situação desta maneira nos dias atuais. Apesar de na nossa Constituição brasileira ser diferente, assegurando direitos iguais às mulheres, na prática, os reflexos de séculos desta desigualdade ainda são vistos todos os dias: nos noticiários; nos assédios em locais públicos; nos salários inferiores, mesmo no desempenho da mesma função que o homem; nas centenas de casos de feminicídios, etc.
A Igreja de Cristo não pode se omitir! “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tiago 4.17). Ensine à sua classe, tanto às meninas quanto aos meninos, que fazer alguma coisa em prol de qualquer pessoa ou grupo social oprimido e desamparado é um mandamento bíblico:
Abre a tua boca em favor dos que não podem se defender; sê o protetor dos direitos de todos os desamparados!
Ergue a tua voz e julga com justiça, defende o pobre e o indigente” (Provérbios 31.8,9).
Há mais de dois mil anos, Jesus se posicionou contra muitas mazelas sociais vergonhosas de sua época e que infelizmente ainda existem na nossa: hipocrisia religiosa (Leia Mateus 23.13-33); fazer “justiça” com as próprias mãos (Leia Mateus 5.38-48); discriminar pessoas, por qualquer que seja o motivo, raça, gênero, posição social, condição financeira, etc.
Jesus discipulou mulheres e as comissionou a pregarem as Boas Novas, quando judeus nem as dirigiam a palavra ou as permitiam ler a Torá em público/templo; Jesus comeu com publicanos e pecadores – o que era proibido e mau visto pelo povo de Deus; perdoou prostitutas, que pela lei judaica deveriam ser apedrejadas; conversou com samaritanos; tocou leprosos, curou pessoas no sábado... Com o seu exemplo e palavras, Ele nos ensinou a amar a todos, até mesmo os nossos inimigos (Cf. Mt 5.38-48; Jo 13.35).
Como professora você tem a maravilhosa missão e oportunidade de ajudar os pequeninos a se tornarem como Cristo. Essa é origem do termo “cristão”, sermos pequenos Cristos, isto é: agirmos como Ele agiu; combatermos as coisas erradas que Ele combateu; lutarmos em prol dos desfavorecidos e bem comum de nossa sociedade com as “armas” que Ele usou: a Palavra de Deus e o amor (Leia Mateus 22.34-40).
O que é contrário a estas atitudes e ensinamentos de Jesus pode até ser visto na religião evangélica, nas denominações, templos e igrejas. Mas não tem nada a ver com Cristo.
Por tudo isto, querido (a) professor (a), aproveite esta rico instrumento do Senhor que é a Escola Dominical para desde já, ensinar aos pequeninos que Deus criou homens e mulheres, os ama de forma igual e ambos são igualmente importantes.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD