sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Lição 06 - 1º Trimestre 2019 - O Pecado da Rebelião - Jovens.

Lição 6 - O Pecado da Rebelião

1º Trimestre de 2019
Introdução
I-Um Povo de Dura Cerviz
II-Líderes em Conflito
III-Deus Mostra a Sua Vontade
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Mostrar que a caminhada pelo deserto evidenciou o fato de que os hebreus que saíram do Egito eram de dura cerviz;Saber que as rebeliões que surgiram no meio da liderança eram contagiantes, alcançando muitos do povo;Refletir a respeito da vontade de Deus.
Palavras-chave: Peregrinação no deserto.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Reynaldo Odilo:
INTRODUÇÃO
Os atos de insubmissão são um mal terrível, que precisam ser combatidos com todas as forças, a fim de que os melhores esforços para agradar a Deus não sejam desperdiçados, pois esses atos produzem, com rapidez, grandes tragédias. Tal pecado é tão grave que o Senhor o comparou ao da feitiçaria (1 Sm 15.23), porque o rebelde (assim como o feiticeiro) busca alcançar o fim pretendido independentemente da vontade do Senhor; entende que os fins justificam os meios e, por isso, realiza qualquer conduta para ter o que deseja. O livro de Números mostra frequentemente as pessoas quebrando o princípio da autoridade e submissão e, em todos os casos, o resultado não foi bom.
Inequivocamente, o ato de submeter-se constitui-se em uma das mais belas características do verdadeiro serviço a Deus. A pessoa escolhida para exercer influência sobre alguém, decorrente de uma delegação natural, social ou espiritual, deve ter todo o respaldo, apoio e ajuda para agir conforme a delegação divina. Importante que se diga, porém, que autoridade, neste caso, não significa supremacia, a qual pode ser comprada, imposta ou mesmo adquirida pela força. Autoridade genuína, porém, somente se conquista pela justiça, decorrente da vontade de Deus.
A submissão exigida por Deus para o seu povo, por outro lado, pode ser conceituada como a atitude (sentimento) de submeter-se, com alegria e de forma irrestrita e voluntária, a alguém que foi constituído pelo Senhor como autoridade sobre nossa vida, concretizando isso por meio de condutas de obediência (desde que não haja conflito com a Palavra de Deus), abdicando do direito de tomar decisões próprias. É uma das facetas do negar-se a si mesmo (Mt 16.24).
A geração de hebreus que saiu do Egito precisava decidir, em amor, ser submissa a Deus e à sua palavra, e isso passava, necessariamente, em atender a Moisés, renunciando à sua própria opinião. Mas não foi isso que aconteceu. Richard W. Dortch afirma: 
Todos temos que prestar contas a alguém. Se não houver submissão, o resultado é o caos. [...] A submissão é a maneira de Deus completar a obra de nossa libertação. A submissão é um processo de autocontrole. Quando a pessoa se dispõe a submeter-se a esse processo, fica livre das tiranias das paixões e motivos egocêntricos.1 
Como Israel precisava ficar livre das “tiranias das paixões e dos motivos egocêntricos”! Deus estava trabalhando constantemente para completar a obra de libertação que tinha começado quando saíram do Egito, mas, sendo um povo de dura cerviz, o Senhor sabia que haveria muitos conflitos. 
I – UM POVO DE DURA CERVIZ
1-Inveja na Família do Líder 
A dificuldade em ser submisso ao seu líder era um problema de Israel, todavia, não só do povo, mas também daqueles que estavam na cúpula do poder tribal: Miriã e Arão, pessoas pelas quais Moisés tinha muito apreço. Porém, de onde menos se espera é que, muitas vezes, surgem as rebeliões, conforme Números 12. Aqueles que estão muito perto do poder com frequência são tentados a ter inveja do líder e a querer ocupar o lugar dele. Isso aconteceu primeiramente com o Diabo e, depois, pela influência nefasta dele, muitas pessoas na terra reproduziram esse comportamento, querendo ser o “número 1”. Ora, ser o número 1 é bom, mas ser o número 2 é melhor ainda, pois sobre o número 2 não pesa tanta responsabilidade e ele pode, assim, gastando menos energia, realizar coisas melhores que o número 1. Simples assim. A inveja no coração de uma pessoa, porém, turva-lhe a vista, de forma que não percebe essa realidade, foi o que aconteceu na família de Moisés.
Richard W. Dortch, um cristão americano que sucumbiu na vida e nos negócios por causa do desejo de ser o “número 1”, vindo, por isso, a cometer crimes, pelos quais foi condenado à prisão, escreveu sobre o assunto:
Vamos enfrentar os fatos — a ideia de ser o número um, de ter poder, sucesso, dinheiro e prestígio, é muito sedutora. Essa ideia tem sido o “coração” do mal desde que Lúcifer comparou o que possuía com o que Deus tinha. Ele sentiu-se roubado na parte que recebeu.
[...]A inveja também obscureceu a mente de Caim, afastando-o da verdade. […] Os temas ciúme, inveja e cobiça percorrem os séculos.
[...]Muitos dos nossos problemas são resultado direto de um coração invejoso. Devemos nos observar cuidadosamente.2 
Miriã e Arão foram seduzidos pela tentação de possuir mais prestígio na comunidade e, por isso, falaram contra Moisés por causa da sua esposa, que era cuxita, e disseram: “Porventura, falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu” (Nm 12.2). Observe-se que não se tratou de um mero desentendimento, acontecido no almoço do domingo, durante uma reunião familiar entre eles, mas de uma oposição política, que demonstrava rompimento administrativo. No fundo, Miriã e Arão queriam assumir o lugar de Moisés, o que se observa pela fala: “Não falou o Senhor também por nós?” De fato, Miriã e Arão “falavam” até melhor que Moisés, mas o cajado estava nas mãos do irmão mais novo. O que aconteceu? Deus fez Miriã leprosa e Arão teve que se arrepender fortemente. Em nossos dias, pessoas têm ficado “leprosas” porque levantam oposição injustamente contra seus líderes, enquanto eles estão agindo no centro da vontade de Deus. Há uma verdade inexorável: quem desatende ao princípio da autoridade e submissão será quebrado por Deus, pois não se levanta apenas contra o líder, mas contra aquEle que lhe delegou a autoridade.
2-Teimosia 
Outra conduta de rebelião dos hebreus aconteceu logo após receberem a sentença de que não entrariam na Terra Prometida. Nessa ocasião, o Senhor determinou que voltassem ao deserto, pelo caminho do Mar Vermelho (Dt 1.40). Os hebreus, porém, com soberba, resolveram desafiar a Moisés e ao próprio Deus, e partiram para a guerra. Foram fragorosamente derrotados (Nm 14.40-45).
Os rebeldes precisavam entender que sem a bênção de Deus e do seu pastor Moisés não haveria vitória. A autoridade outorgada por Deus deve gerar, sempre, no outro polo do relacionamento (os liderados), uma submissão total, completa e absoluta, em amor. Se a autoridade não for exercida a contento, ou a submissão não se constituir integralmente, haverá o rompimento desse importante princípio, e a rebelião se instalará, trazendo danos caríssimos e, muitas vezes, irreparáveis.
Acerca desse momento, em que os sobreviventes israelitas voltaram chorando após o massacre dos amorreus, Moisés escreveu: “o Senhor não ouviu a vossa voz, nem vos escutou” (Dt 1.45). Triste desfecho para quem tinha uma grande promessa de vitória.
3-Murmuração 
O princípio da autoridade e submissão estabelece a ordem e cria condições para o crescimento, em todo e qualquer agrupamento humano; a rebelião à hierarquia (notadamente àquela firmada por Deus), por outro lado, instala o caos e faz os melhores projetos sucumbirem. Em todas as épocas, o Espírito Santo tem levado seu povo a um estado de submissão, quando a palavra de Deus não é afrontada pelas disposições humanas. Eusébio de Cesareia, por exemplo, ao relatar o martírio de Policarpo, bispo de Esmirna, reproduz suas palavras perante o procônsul romano: “fomos ensinados a dar aos magistrados e autoridades designados por Deus a honra devida a eles, contanto que isso não nos fira”3,  ou seja, não existindo contradição entre a ordem da autoridade e os ensinamentos das Escrituras, cabe aos cristãos a obediência. Esse padrão se repete em toda a história do povo do Senhor.
Moisés disse, certa vez, que conhecia a rebelião e a dura cerviz dos israelitas (Dt 31.27), por isso, não deve ter se admirado com mais duas rebeliões que aconteceram em Números 20.2-5 e 21.4,5. São registros de histórias de insubmissão, as quais redundaram em danos e mortes. No primeiro episódio, o povo murmurou tanto que o próprio Moisés perdeu o bom senso e, arrogantemente, feriu a rocha, quando a ordem divina era para falar. Isso lhe custou muito caro, porque o impediu de entrar na Terra Prometida.
A rebelião mencionada em Números 21.4,5, quando os hebreus reclamaram do cuidado divino e desprezaram o maná que caía do céu, fez o Altíssimo enviar serpentes ardentes, as quais morderam o povo e milhares morreram, marcando, com isso, o fim dos últimos sobreviventes da geração que saiu do Egito e o cumprimento final da sentença divina de que os rebeldes seriam enterrados no deserto.
Nessas duas narrativas, observa-se a presença constante de um sentimento faccioso nos hebreus, os quais desonravam Moisés constantemente. Nada que Deus fizesse, por intermédio de Moisés, seria suficiente. Eles murmuravam para viver e viviam para murmurar, por isso o fim deles foi a sepultura. Só mesmo o Espírito Santo para nos guardar de entrar por esse caminho terrível da murmuração.
II – LÍDERES EM CONFLITO 
1-Insubmissão e Desrespeito 
A geração que saiu do deserto pensava tanto em seu bem-estar, sem se importar com o projeto de Deus, que se tornou extremamente insubmissa e desrespeitosa com a liderança de Moisés. Milhares de anos após, Deus usou os profetas Oseias e Amós para falarem dessa característica marcante daquele povo, dizendo, respectivamente, que Israel era uma vide frondosa, que dava fruto para si mesmo (Os 10.1) e que os hebreus ofereceram sacrifícios e oblações no deserto, por quarenta anos, para eles mesmos, não para o Senhor (Am 5.25,26).
O distintivo da vaidade pessoal, da presunção e da autopromoção, apareceu de maneira indelével na conduta de três homens muito influentes: Corá, Datã e Abirão. Eles tinham uma grande liderança (Nm 16.2-4), mas haviam desprezado a palavra do Senhor que dizia: “Contra Deus não blasfemarás, nem amaldiçoarás o príncipe do teu povo” (Êx 22.28, ARA). Insurgiram-se contra Moisés para desmoralizá-lo, destituí-lo e, quiçá, matá-lo. O resultado disso: Deus fez com que a terra tragasse todos os que se posicionaram favoravelmente a Corá e incinerou 250 homens que ofereciam incenso (Nm 16.32-35). O fim dos que se rebelam contra a obra de Deus, cedo ou tarde, será o túmulo.
A história desses três hebreus, que viram os milagres no Egito e no deserto, atravessaram o Mar Vermelho a pé enxuto e comeram do maná, demonstra que, independentemente do trabalho realizado, das conquistas, do esforço pessoal, sempre haverá rebeldes. Moisés era um líder extraordinário, inigualável, mas esse trio ainda encontrava motivos para criticá-lo. Os insubmissos, com frequência, falam mal da liderança pelas coisas que fez ou pelas que deixou de fazer; por causa das decisões de maior vulto, ou nas resoluções do cotidiano. Eles nunca cessam. Aliás, o murmurador não se contenta em apenas denegrir a imagem da liderança, mas faz de tudo para que todos “curtam” e “compartilhem” suas mensagens. Deus guarde o seu povo de tão grande derrota.
2-O Memorial dos Rebeldes
O pecado dos rebeldes não poderia ser esquecido pelas gerações futuras, por isso Deus determinou a construção de um monumento, no altar do Senhor, para que os filhos de Israel se lembrassem da conduta de Corá e seus seguidores (Nm 16.36-40) “por memorial para os filhos de Israel, para que nenhum estranho, que não for da semente de Arão, se chegue para acender incenso perante o Senhor; para que não seja como Corá e a sua congregação, como o Senhor lhe tinha dito pela boca de Moisés” (Nm 16.40).
Observe-se que o ministério sacerdotal somente deveria ser exercido pelos descendentes de Arão, e não por todo e qualquer descendente de Levi. Corá, como levita, entendia que a medida era uma “artimanha” de Moisés (certamente para prestigiar seus próprios familiares) e, apesar das muitas demonstrações do Senhor em sentido contrário, permaneceu com sua trágica retórica. O memorial serviria para que os filhos de Israel não se esquecessem disso! 
3-O Castigo dos Inconformados 
A rebelião, em regra, possui a capacidade de se expandir, contaminando muitas pessoas. Ela faz surgir, na verdade, uma raiz de amargura nos corações (Hb 12.15) que, como fogo, alastra-se indefinidamente, destruindo tudo por onde passa, reduzindo a cinzas tudo o que um dia foi ou poderia ser algo belo. As pessoas que andam com murmuradores geralmente se tornam murmuradoras, às vezes mais vorazes ainda (Pv 13.20). Observe-se neste caso específico: Os israelitas, após uma noite dos acontecimentos anteriores, em vez de decidirem ser mais obedientes e submissos ao Senhor, tencionaram destruir a liderança pelos danos que o Senhor causou. Uma conduta inconsequente, insana, que trouxe a morte de mais de 14.700 pessoas. Victor P. Hamilton, acerca desse episódio, arremata: 
Uma das características da murmuração é que ela é altamente contagiosa. Após já tê-la enfrentado de perto, Moisés teria de suportá-la de novo. Seria de se esperar que os sobreviventes, após verem a terra engolir todos os colaboradores de Corá e a incineração de 250 homens que ofereciam incenso, hesitassem em continuar com sua murmuração. Eram eles, e não Moisés e Arão, que deviam estar prostrados sobre seus rostos. Ainda assim, não é fácil interromper as reclamações de uma turba. Elas assumem proporções de uma avalanche. Por incrível que pareça, Moisés foi acusado por algo que Deus tinha feito: “Vós matastes o povo do Senhor” […]. Assim como salvou o povo anteriormente, a intercessão de Moisés salva-os agora do completo caos […]. Moisés, o profeta, intercedeu em oração para salvar seu povo. Arão, o sacerdote, usou um ritual estabelecido por Deus para salvar seu povo […]. Mesmo após ter sido vítima de difamação, Moisés voltou a apaziguar a ira de Deus.4 
Como menciona Victor Hamilton, quando houve a praga dentro do arraial, mais uma vez, Moisés e Arão foram buscar a Deus, intercedendo pelos que estavam solidários aos rebeldes, sendo que o juízo só não alcançou mais indivíduos porque Moises e Arão apaziguaram a justiça de Deus rapidamente. Inacreditável como há muitas pessoas que, sem temor, quebram o princípio da autoridade e submissão contra um santo homem de Deus, e ainda justificam que realizaram algo “politicamente correto”. Erram por não conhecerem as escrituras. As regras que regem a liderança espiritual estabelecida por Deus são exclusivas dEle e estão relacionadas com sua escolha soberana. A verdade é que, não havendo desobediência à Bíblia na conduta da autoridade, a submissão deve ser a mais ampla possível, sob pena de se cometer um pecado semelhante à feitiçaria (1 Sm 15.23).
CONCLUSÃO
Neste capítulo, foi feito o apanhado de várias rebeliões cometidas contra o Senhor, demonstrando quão fácil é surgir oposição no meio do povo de Deus. Todavia, nenhuma empreitada maligna logrou êxito, pois o Altíssimo deu vitória em tudo a Moisés e Arão e, como consequência, os rebeldes foram envergonhados e/ou destruídos. Fica evidente, em toda a Escritura, que aqueles os quais enveredam pelo caminho da rebelião contra a obra de Deus não possuem um bom futuro (Js 1.18; Jr 29.32).
No episódio da vara de Arão que floresceu, por exemplo, Deus, concomitantemente, firmou a liderança cambaleante, trouxe-lhe honra e, para evitar questionamentos futuros, promoveu a perpetuidade do milagre, determinando que a vara fosse acondicionada na arca do concerto. O Senhor estava, com isso, protegendo e confirmando a liderança de Moisés e Arão.
Se for uma realidade que você não suporta mais a liderança da sua igreja, é hora de pedir perdão, retornar à plena submissão em Cristo e passar a obedecer ao homem que o Senhor constituiu sobre o seu rebanho (1 Co 10.1-12). Os que, por outro lado, são mansos e humildes de coração, Deus os colocará em lugares estratégicos, e o fim deles será de paz (Sl 37.23).                                                                      
*Adquira o livro do trimestre. ODILO, Reynaldo. Rumo à Terra Prometida: A Peregrinação do Povo de Deus no Deserto no Livro de Números. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

1 DORTCH, Richard W. Orgulho fatal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 156.
2 DORTCH, Richard W. Orgulho fatal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 68, 69, 75.
3 CESAREIA, Eusébio de. História eclesiástica — os primeiros quatro séculos da igreja cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p. 137.
4 HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p. 383.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Lição 06 - 1º Trimestre 2019 - Quem Domina a Sua Mente - Adultos.

Lição 6 - Quem Domina a sua Mente 

1º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – SOBRE A EPÍSTOLA AOS FILIPENSES
II – SOBRE A “MENTE” NO CONTEXTO BÍBLICO
III – SOBRE A MENTE DE CRISTO
A MENTE DE QUEM ESTÁ EM CRISTO
Esequias Soares
Daniele Soares
Estando em Cristo, a pessoa se torna nova criatura; há mudança de caráter. Esse é o pensamento paulino resente em diversas epístolas. Antes, a pessoa pensava de determinada forma e tinha um modo de agir; em Cristo, a transformação deve ser completa. Nos escritos paulinos, há uma descrição não-exaustiva de algunselementos do comportamento da nova criatura. São instruções para ajudar na vida cristã.
Em Cristo, a pessoa completa – corpo, intelecto e emoções – deve estar voltada para viver conforme o propósito divino. Ter a nova identidade é revestir-se de Cristo, ou seja, aprender as virtudes do seu caráter. A santificação consiste, de acordo com a Declaração de fé das Assembleias de Deus, na separação do pecado e dedicação a Deus. Assim, sendo nova criatura, esse processo de santificação envolve prática das virtudes, mudança de comportamento e desenvolvimento de novos hábitos.
Uma maneira de aprender é imitando exemplo de outras pessoas. O apóstolo Paulo recomenda que os filipenses imitem seu modo de viver (Fp 3.17), o que aparece também nas cartas aos coríntios (1 Co 4.16; 11.1) e aos tessalonicenses (1 Ts 1.6; 2.14; 2 Ts 3.7-9). A imitação era um exemplo moral no mundo antigo, como aparece em Sêneca na obra Epistulae Morales ad Lucilium (Cartas morais a Lucílio). O discípulo aprendia com os mestres, que já tinham mais experiência. Dessa forma, as instruções do mestre Paulo para fazer como ele, seguindo a cruz, seriam para a formação dos discípulos que iniciam a vida em Cristo.
Servir aos outros e não somente a si próprio é uma característica que deve ser desenvolvida na vida daquele que serve a Deus. Jesus Cristo é o modelo essencial, “que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus” (Fp 2.6). Keener aponta que pensar como Cristo (1.7; 2.2, 5; 3.15, 19; 4.2, 10) era apelo à unidade e comunhão, assunto comum no Mediterrâneo por conta das divisões. A preocupação deveria ser servir aos outros e não ocupar uma posição. Além de Paulo (Fp 2.17; 4.9), Timóteo (Fp 2.19-22) e Epafrodito (Fp 2.25-30) são outros nomes mencionados como modelos a serem imitados pela postura de servos.
Além da imitação, a prática também é uma maneira de desenvolver o novo caráter (Fp 1.9, 25). A alegria é uma virtude explorada na carta aos filipenses, virtude que é fundamentada no Senhor. Tendo em vista o futuro glorioso com Cristo e a presente intervenção divina que dá esperança em meio à tribulação, os filipenses deveriam praticar a alegria. Fowl explica que a alegria “é resultado da formação disciplinar da maneira de pensar e agir no mundo [...] é o sinal de que os filipenses estão sendo formados na maneira que Paulo defende” (p. 181). A tolerância com todas as pessoas também é uma qualidade a ser trabalhada. James Smith, em Você é aquilo que ama, mostra que a virtude não se adquire pelo intelecto, mas pelo afeto. “O ensino da virtude é um tipo de formação, uma reciclagem de nossas disposições” (p.39). Assim, é importante que as práticas se tornem hábitos. Os filipenses, então, deveriam voltar suas disposições ao regozijo e à gentileza, para que eventualmente elas moldassem o caráter e formassem a nova identidade.
A formação da vida cristã vista desse contexto aponta para o desenvolvimento de um estilo de vida baseado na maneira de analisar e decidir pelas coisas excelentes que levam ao caminho da salvação em Jesus Cristo. A maneira como o crente se comporta e trata as pessoas irradia de diversas maneiras no mundo ao seuredor, dando oportunidade para que a redenção aconteça. Em primeiro lugar, há um ganho individual que é o amadurecimento espiritual, por conhecer cada vez mais a Deus por meio das experiências. Em segundo, a Igreja como um todo se enriquece com a comunhão daqueles que se dedicam a servir a Deus e aos outros. Isso é o testemunho de Cristo, é o evangelho proclamado para alcançar aqueles que ainda não receberam a salvação.
Texto extraído da obra “Batalha Espiritual”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Lição 05 - 1º Trimestre 2019 - O Primeiro Pecado - Primários.

Lição 5 - O Primeiro Pecado

1º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno compreenda como o pecado entrou no mundo e que por meio de Jesus há perdão para os pecados.
Ponto central: Jesus morreu para perdão dos nossos pecados.
Memória em ação: “O próprio Cristo levou os nossos pecados no seu corpo sobre a cruz [...]” (1 Pe 2.24).
Querido (a) professor (a), em nossa próxima aula vamos ensinar aos Primários sobre o primeiro pecado. E para isso utilizaremos uma dinâmica mais do que especial. Como diz o antigo ditado popular, “uma imagem vale mais que mil palavras”. O objetivo é proporcionar maior compreensão, internalização e memorização da história mais importante da humanidade: a trajetória de sua queda até a redenção, pelo sangue de Jesus.
O recurso visual é muito importante na aprendizagem e memorização, seja qual for a matéria e faixa etária, mas especialmente na dos seus alunos dos Primários. Por isso, além do plano de aula já disponibilizado em sua revista, sugerimos que você faça um resumo visual desta lição.
Você vai precisar dos seguintes materiais (todos baratos e facilmente encontrados em supermercados e drogarias):
• Copo de vidro transparente
• Cloro / Água sanitária
• Iodo
• Água
O ideal é que você não deixe os produtos nos seus recipientes originais para despertar ainda mais a curiosidade da turma e não tirar o foco dos alunos da história.
Primeiramente, mostre o copo (ou recipiente de vidro transparente) com água comum até a metade e diga que ele representa cada um de nós quando Deus nos criou lá no Éden, livre do pecado, puros.
Então, misture o iodo com a água e continue a explicação:
– Mas um dia nos afastamos de Deus, pecamos (a água ficará escura. Você pode se estender mais falando os tipos de pecado , especialmente dentro do contexto da faixa etária dos Primários, e o quanto eles nos mancham, sujam nossos coraçãos, nos afastando de Deus).
Em seguida, você pegará um pouco da água sanitária e (após sua explicação), derramará sobre o recipiente que ficou com a água escura e o líquido voltará a ficar transparente como água. Porém, antes explique:
– Deus nos amou tanto que arquitetou um plano para nos redimir, para nos tirar deste lamaçal de pecado, para que possamos ter uma vida eterna ao lado dEle, o que jamais conseguiríamos pelos nossos próprios esforços. E Ele se dispôs a dar seu filho unigênito, para que todo aquele que nEle crer, não perecesse, mas tivesse a vida eterna (Jo 3.16).
Peça que eles leiam Romanos 5.18,19: “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos”. (E neste momento, após falarem “justos”, derrame o cloro ou água sanitária).
Esta é uma simples ilustração, mas também muito marcante.
No entanto, acima de qualquer recurso, dependemos exclusivamente do Espírito Santo para atingir os corações. Por isso, previamente ore pela sua classe, prepare-se para esta aula, treine pelo menos duas vezes essa dinâmica, antes de apresentá-la pra sua turma, a fim de que tudo corra como o esperado.
Ao final da aula, ore com seus pequeninos, agradecendo ao Senhor por enviar Jesus para nos salvar e perdoar por todos os nossos pecados e que o seu Espírito Santo sempre nos ajude a manter nossos corações limpos e agradáveis a Ele.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Lição 05 - 1º Trimestre 2019 - Quanta coisa Bonita eu Posso Segurar - Berçário.

Lição 05 - Quanta coisa bonita eu posso segurar

1º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Evidenciar o fato de que o Papai do Céu criou nossas mãos para segurar coisas lindas.
É hora do versículo: “[...] tu me seguras pela mão” (Sl 73.23).
Nesta lição, as crianças poderão compreender que o Papai do Céu criou as suas mãos para que elas possam pegar coisas lindas, possam pegar seus brinquedos para brincar e se relacionar com o mundo à sua volta. Nesta fase de experimentação, é importante que os bebês reconheçam diferentes texturas, sintam os objetos com as mãos. Desde a semana passada elas sabem que foi Deus quem criou as mãozinhas delas. Enfatize que enquanto são pequenas, não podem pegar coisas grandes e pesadas. Mostre imagem de coisas que as crianças podem pegar e coisas que não podem pegar. Ofereça massa de modelar para que manipulem, independente do que produzirão.
Os bebês de dois anos devem ser encorajados à manipulação. Isso inclui brincadeiras com água, areia, quebra-cabeças e outros itens para relacionar, classificar, dar sequência e manipular de várias maneiras. Também pode incluir amassar pãezinhos, decorar biscoitos e numerosas outras atividades que o professor possa trazer para a sala de aula e fim de estimular e ajudar as crianças a aprender por meio de situações reais.
A argila e a massa de modelar são sempre as melhores amigas do professor. Quando as crianças começam a empurrar uns aos outros, demonstrando desta e de outras maneiras que estão inquietas e que já prestaram atenção ao professor tanto quanto lhes foi possível, o professor utiliza a argila. O que as crianças pequenas podem fazer com a argila? Como as crianças ainda não alcançaram o estágio da representação, não podemos esperar que voluntariamente modelem pessoas ou objetos. Por vezes, podem formar algo e então dizer o que é aquilo, mas não é o mesmo que primeiramente decidir o que vai fazer e depois modelar o objeto. A atitude mais correta é ajudá-las a aprender as diversas maneiras de manipular. Sente-se com elas, amassando um pouco de argila também. Pode-se amassar, puxar, esticar, enroscar, amontoar, formar bolas, separar, unir, fazer formas achatadas, redondas, longas, curtas, pontudas. Pode-se empurrar a argila com o dedo, formando dois olhos, e dizer: “Olhem, fiz um rosto”.
A massa de modelar vendida nas lojas geralmente é muito dura para o uso das crianças pequenas. A receita que se segue produz uma massa de modelar inteiramente satisfatória para o uso no berçário. Se mantida num recipiente hermético, durará por meses.
1 ½ xícara de farinha de trigo (sem fermento)
1 xícara de sal
1 colher de sopa de sulfato de alumínio (pedra hume) em pó
1 colher de sopa de óleo vegetal
1 xícara de água fervente
Corante
Misture os ingredientes secos. Adicione o óleo e a água fervente. Bata vigorosamente até que a mistura esteja homogênea. Adicione o corante e amasse até que a cor esteja uniforme por toda a massa.
(Extraído de Como ensinar crianças do maternal. p. 51, CPAD) 
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a figura abaixo e distribua entre as crianças para que observem quantas coisas um bebê pode segurar. Em seguida, peça que indiquem qual desses bebês está segurando a bola. Circule-o.
licao5.bebes.bercario
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 05 - 1º Trimestre 2019 - A História de Uma Amiga - Maternal.

Lição 5 - A história de uma amiga

1º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que os alunos salvos vivam de modo a atrair seus amigos para Cristo, e que os não salvos decidam-se a recebê-lo como Salvador.
Para guardar no coração: “[...] O seu Deus será o meu Deus.” (Rt 1.16)
Nesta lição, o aluno vai conhecer a história de Rute. Quando ela e sua sogra, Noemi, ficaram viúvas, Rute decidiu segui-la para Belém. Deus cuidou das duas mulheres que se tornaram grandes amigas. Não deixou faltar alimento para elas.
Após narrar a história bíblica em sua totalidade e realizar as atividades propostas na revista do professor, caso ainda haja tempo, sugerimos que faça cópias da atividade a seguir. Oriente os alunos a molharem o dedinho na cola branca, passar na espiga de milho e colar bolinhas de papel crepom amarelo no lugar dos grãos.
milho.licao5.maternal
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Lição 05 - 1º Trimestre 2019 - Cante, o Amigo Nasceu - Jd. Infância.

Lição 5 - Cante, o Amigo Nasceu

1º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão perceber a importância de louvar a Deus pelo nascimento de Jesus e compreender o motivo da alegria dos pastores depois que os anjos anunciaram o nascimento de Jesus.
É hora do versículo: “Glória a Deus nas maiores alturas do céu! E paz na terra para as pessoas a quem ele quer bem!” (Lc 2.14)
Nesta lição, os alunos continuarão conhecendo a história acerca do nascimento de Jesus. Jesus acabara de nascer e os anjos foram avisar a alguns pastores que estavam ali por perto para irem até o local do nascimento do rei para adorar o Salvador, o Rei dos reis. 
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja algum tempo, sugerimos uma atividade extra para os alunos completarem o desenho do anjo que anunciou aos pastores o nascimento de Jesus ligando os pontos. 
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 05 - 1º Trimestre 2019 - O Deus de Milagres - Juniores.

Lição 5 – O Deus de Milagres

1º Trimestre de 2019
Texto Bíblico – João 11.1-44.
Caro(a) professor(a),
Como Deus manifesta o seu poder? Há limites para Deus agir? Na lição desta semana, seus alunos vão conhecer um pouco mais a respeito de como Deus opera. Ele é Poderoso para fazer milagres! Estamos caminhando e aprendendo lições que nos fazem conhecer melhor a pessoa de Deus e a forma como Ele atua. Conhecer e saber que o nosso Deus opera em situações complexas é algo maravilhoso. Ele atua também sobre a vida das pessoas que o servem com amor e fidelidade e de forma extraordinária e inexplicável pelas leis naturais. É importante que seus alunos aprendam desde a mais tenra idade que servem a um Deus que não está apático às suas necessidades. Mas um Deus que se preocupa com suas dificuldades e zela por cada instante de suas vidas. Ele opera maravilhas e não há limites para o seu poder.
Na lição de hoje seus alunos aprenderão com a história de Lázaro que não há limites para o poder de Deus. Aparentemente, a demora do Mestre em chegar até o local onde Lázaro se encontrava doente significava que o Senhor não estava presente no momento mais difícil em que o seu amigo se encontrava. Entretanto, a demora do Senhor não era descuido, e sim o cuidado de Deus para que o seu poder se manifestasse de maneira extraordinária.
A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 915) explica alguns atributos que são exclusivos de Deus:
Deus é Onipresente: Ele está presente em todos os lugares a um só tempo. O salmista afirma que, não importa para onde formos, Deus está ali (Sl 139.7-12; cf. Jr 23.23,24; At 17.27,28); Deus observa tudo quanto fazemos.Deus é Onisciente: Ele sabe todas as coisas (Sl 139.1-6; 147.5). Ele conhece, não somente nosso procedimento, mas também nossos próprios pensamentos (1 Sm 16.7; 1 Rs 8.39; Sl 44.21; Jr 17.9,10). [...].Deus é Onipotente: Ele é o Todo-poderoso e detém a autoridade total sobre todas as coisas e sobre todas as criaturas (Sl 147.13-18; jr 32.17; Mt 19.26; Lc 1.37).
Professor(a), à medida que seus alunos vão crescendo, também compreenderão que o Deus a quem servimos é o único e que fora dEle não há outro. Mas para que esta verdade esteja firmada no coração de seus alunos o seu trabalho como professor(a) da Escola Dominical precisa ter eficácia. Para tanto, sugerimos a seguinte atividade a ser realizada:
1. Recorte várias figuras de super-heróis e cole num pedaço de cartolina ou papel cartão. Prenda fita adesiva atrás dos cartões. Escreva no quadro o versículo: “Para os seres humanos isso não é possível; mas, para Deus, tudo é possível” (Mateus 19.26).
2. Coloque as figuras dentro de uma caixa. Diga para os alunos que há várias histórias de super-heróis.
3. À medida que você for explicando, retire uma figura da caixa e pergunte aos alunos quem é o personagem que aparece. Diga os poderes que eles possuem e, ao final, diga que o “super-herói....” não é onipotente, onipresente e nem onisciente (explique o que significa cada atributo de Deus). Termine dizendo que somente o Criador existe de verdade e possui todas essas qualidades. Após a explicação, prenda as figuras no quadro.
4. Repita o procedimento com todos os personagens apresentando suas qualidades, porém, reafirme que somente Deus tem todo o poder e é perfeito. 

Lição 05 - 1º Trimestre 2019 - O Amor - Pré Adolescentes.

Lição 5 - O Amor 

1º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: João 3.13-18.
Prezado(a) professor(a),
Você saberia descrever de forma sucinta o que é o amor? A lição desta semana tem como propósito apresentar o amor como uma das qualidades inerentes ao caráter de Deus. A Bíblia menciona que “aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (cf. 1 Jo 4.8). Desde o início, quando Adão e Eva desobedeceram à ordem divina, o Senhor manifestou a sua misericórdia e concedeu ao homem uma nova oportunidade de reconciliar-se com o seu Criador (cf. Gn 3.15). Esta passagem bíblica é conhecida no meio acadêmico como proto evangelho, isto é, “a primeira promessa implícita do plano de Deus para a redenção do mundo” (Nota — Bíblia de Estudo Pentecostal, 1995, pág. 37).
Na aula desta semana seus alunos aprenderão que o amor verdadeiro, de acordo com a Bíblia, não é um sentimento que oscila conforme o momento que estamos passando. Também não está condicionado ao estado de alegria ou tristeza que estamos sentindo. O verdadeiro amor é real a partir da nossa decisão de querer o bem do próximo, independentemente, do que este nos cause.
Assim também é o amor de Deus para conosco. Ele não nos trata de acordo com as nossas iniquidades ou obras de justiça (cf. Sl 103.8-10). Afinal de contas, o que fazemos de mal comprova que a nossa natureza humana é inclinada ao pecado e isso faz de nós pecadores indignos da bondade de Deus. De outro modo, as nossas obras de justiça não nos torna merecedores da graça divina, antes, como servos de Deus, temos a responsabilidade de cumprir as obras de justiça que foram preparadas para que andássemos nelas (cf. Ef 2.10).
De acordo com o Dicionário Bíblico Wycliffe (2006, pág. 93), a definição teológica que diz respeito ao amor de Deus, se dá da seguinte maneira:
O Novo Testamento reitera o amor que Deus tem por todas as suas criaturas (Mt 5.45), mas enfatiza a manifestação em particular de si mesmo em Cristo e no Calvário (Jo 3.16; Rm 5.8; 8.31-39), eventos que mostram a vida eterna para o crente. Deus é revelado como amoroso porque Ele próprio é amor (1 Jo 4.8,16). O amor é a sua própria essência; o amor é outro termo juntamente com ‘luz’ (1 Jo 1.5) que descreve a qualidade moral de seu ser.
O amor do homem a Deus no Antigo Testamento é a resposta completa do homem (Dt 6.5, ‘de todo coração’) ao Deus misericordioso de Israel (Dt 6.5-9; Êx 20.1-17; Sl 18.1; 116.1). O amor a Deus é expresso, de forma ética, especialmente ao se guardar a lei e o temor a Ele (Êx 20.6; Dt 5.10; 10.12; Is 56.1-6). Este conceito de resposta total é repetido pelo Senhor Jesus no Novo Testamento (Mc 12.29,30; veja também Mt 6.24; 10.37-39; Lc 9.57-62; 14.26,27). No entanto, a resposta é dirigida a um novo conjunto de eventos — a encarnação (Jo 4.10,19,25-29,39-42), a cruz (Rm 6.3-11; Gl 2.20; 5.24; 6.14), a ressurreição (Fp 3.10,11; Cl 3.1,2), e a segunda vinda (2 Tm 4.8). A equação de amor e obediência também é repetida (Jo 14.15,21; 1 Jo 4.21–5.3). O amor não é um mero sentimento, mas uma entrega pessoal e voluntária que conduz à submissão.
A expressão do amor de Deus é um ensinamento que inspira o ser humano a compreender que deve amar o seu próximo. O mais interessante é que Cristo não indagou aos seus discípulos se desejavam ou não amar o próximo. Antes, o Senhor lhes deu uma ordem: “um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros” (cf. Jo 13.34). Neste caso, se é mandamento (De acordo com o dicionário Houaiss, mandamento significa “ordem dada por pessoa que manda, que tem autoridade para mandar; mandado”), já não se trata de querer, e sim de um dever que todo discípulo tem de amar o seu próximo.
Portanto, é implícito que o amor de Deus não está relacionado ao fruto de um sentimento ou emoção humana. Antes, é resultado da ação do Espírito Santo na vida daquele que recebeu o amor de Deus em sua vida, daquele que foi novamente gerado pela Palavra da Verdade (cf. 1 Pe 1.22,23).
Após a leitura desta abordagem, converse com seus alunos a respeito do “novo mandamento” que Cristo nos deixou. Faça uma roda de conversa e explique os pontos apresentados acima. Pergunte a opinião de seus alunos e o que compreenderam a respeito do assunto tratado na aula de hoje.

Lição 05 - 1º Trimestre 2019 - No Pecado, Um Problema - Adolescentes.

Lição 5 - No Pecado, um problema 

1º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO:
A CONSEQUÊNCIA DO PECADO
O PECADO É UM GRANDE PROBLEMA
OBJETIVOS:
Conceituar o pecado;
Descrever a conseqüência do Pecado para a humanidade;
Afirmar quão grave é o problema do pecado.
Na lição desta semana, a fim de contextualizar de maneira prática o tema do Pecado, a seção “Quebrando a Rotina” traz uma proposta pedagógica em relação ao Bullying. Os adolescentes, direta ou indiretamente, vivenciam esse problema na família, na escola, e também, na igreja local. Por isso, os professores da Escola Dominical devem estar atentos a essa realidade. Seguindo a orientação da seção, o professor é estimulado a criar rodas de discussão, debate e exposições sobre o tema. Neste sentido, é importante pesquisar o assunto em sites especializados, revistas especializadas e outras fontes seguras. Pensado nisso, indicamos um texto do sociólogo Orson Camargo sobre o problema do Bullying, no site do Brasil Escola:
Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.
bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.
No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho (CAMARGO, Orson. "Bullying"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/bullying.htm>. Acesso em 26 de janeiro de 2017).
Por Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor Responsável pela revista Adolescentes Vencedores

Lição 05 - 1º Trimestre 2019 - Regras Para um Louvor Nota 10 - Juvenis.

Lição 5 - Regras para um louvor      nota 10

1º Trimestre de 2019
“Louvai ao SENHOR! Cantai ao SENHOR um cântico novo e o seu louvor, na congregação dos santos” (Sl 149.1).
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O BOM LOUVOR EXIGE BOA EDUCAÇÃO
2. O BOM LOUVOR EXIGE BOA DOUTRINA
3. O BOM LOUVOR EXIGE COERÊNCIA
4. O BOM LOUVOR EXIGE REVERÊNCIA
OBJETIVOS
Mostrar a seriedade do louvor a Deus;
Pontuar que há música não adequada para o louvor;
Explicar a importância de oferecermos um louvor puro a Deus.
Querido (a) professor (a), é sempre bom antes do estudo da próxima lição, dar uma folheada e relembrar as aulas anteriores. Rememore se ficou alguma atividade pendente, dúvidas, considere as sugestões dos alunos, o seu “feeling”/percepção sobre o que precisa ser ajustado ou reformulado para melhor aproveitamento da turma, etc.
Nosso subsídio da aula passada – destrinchando as palavras hebraicas utilizadas na bíblia para se referir ao contexto de louvor e adoração, – podem ser utilizadas em classe das mais variadas maneiras ao longo do trimestre.
Como nos aprofundaremos no tema pelos próximos domingos, que tal pedir que eles ampliem essa pesquisa e tragam na próxima aula?! Você pode dividir a turma em grupos, com 2 ou 3 palavras para cada, a fim de que apresentem à turma curiosidades sobre elas, por que se diferem, em que passagens bíblicas foram aplicadas e assim por diante. Será uma “mini aula” de cada grupo, a fim de que todos compreendamos melhor louvor, adoração, música e as diferenças entre eles. Vale usar Power Point, cartolina, etc., respeitando um tempo previamente estipulado por você para cada grupo.
É comprovado que o ensino, a transmissão de um conhecimento é umas das maneiras mais eficazes de aprendizado. Permitir que os alunos exponham um conteúdo estudado é uma excelente estratégia para o aprendizado e memorização tanto individual quanto coletivo.
É muito importante despertar nos alunos o interesse e sede pelo conhecimento. Sempre que puder, os incentive a ampliar o tema, estudá-lo fora de sala, buscar, pesquisar também por conta própria. E deixe-os a vontade para compartilharem com os demais colegas o que tiverem obtido como resultado dessa busca e acharem relevante.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 05 - 1º Trimestre 2019 - Um Inimigo Que Precisa Ser Resistido - Adultos.

Lição 5 - Um Inimigo que Precisa Ser Resistido 

1º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – A EPÍSTOLA DE TIAGO
II – OS DELEITES DA VIDA
III – RESISTINDO AO INIMIGO
RESISTINDO O INIMIGO
Esequias Soares
Daniele Soares
O capítulo 4 deste livro apresenta um estudo sobre a origem, a natureza e as ações de Satanás e seus correligionários, os demônios, de modo que não há necessidade de descrevê-los aqui. O objetivo deste capítulo é mostrar e explicar como resistir o diabo para que ele se afaste cada vez mais de nós. O Senhor Jesus provou na tentação do deserto que o diabo não é invencível, desde que se resista a ele com a Palavra de Deus. Veja que Jesus resistiu às três últimas investidas do diabo no deserto com um “está escrito” que não deu chance alguma ao Maligno, de modo que “o diabo o deixou” (Mt 4.11). O relato de Lucas afirma que o diabo se ausentou de Jesus temporariamente: “E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por algum tempo” (Lc 4.13). Quando os crentes se revestem do Senhor Jesus e da força do seu poder contra as astutas ciladas do diabo (Ef 6.10, 11), devem depois de tudo isso “ficar firmes” (v. 13). Isso porque o diabo volta a atacar. Mesmo depois de derrotado no deserto, o diabo continuou insistindo; o Novo Testamento conta que Jesus foi tentado não somente nos quarenta dias imediatamente após o batismo no rio Jordão, mas durante todos os dias do seu ministério (Lc 22.28; Hb 4.15). Isso mostra que Satanás é persistente no ataque, e na vida cristã não é diferente. O fato de ele fugir de nós pela nossa resistência não significa que a vitória seja definitiva, por essa razão devemos estar atentos em todo o tempo. 
A primeira parte do capítulo 4 de Tiago apresenta uma lista de comportamentos que devem estar longe da vida cristã. São as paixões resumidas em quatro categorias: 1) contenda entre irmãos, 2) mundanismo, 3) insubmissão a Deus e 4) maledicência.
[...] A batalha espiritual é uma realidade. A luta de todo aquele que serve ao Senhor Deus é contra o pecado, que pode ser uma tentação do diabo ou da própria carne. Muitas vezes, o desafio surge no modo como tratamos os irmãos e as irmãs, daí a necessidade de prestar atenção para apresentar diante de Deus todas as coisas, inclusive nosso comportamento. A contenda entre irmãos, o mundanismo, a insubmissão a Deus e a maledicência são alguns aspectos que devem estar sob vigilância na batalha. Devemos, portanto, nos colocar na presença de Deus a fim de resistir a esses inimigos.
Texto extraído da obra “Batalha Espiritual”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Lição 05 - 1º Trimestre 2019 - Decidindo o seu Futuro - Jovens.

Lição 5 - Decidindo o Seu Futuro

1º Trimestre de 2019 
Introdução
I-Os Espias
II-Murmuração e Fé
III-Colhendo Frutos Amargos
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Explicar porque Deus enviou espias até Canaã;
Mostrar que a murmuração evidencia a falta de fé;
Compreender que frutos amargos são colhidos em decorrência da desobediência e falta de fé.
Palavras-chave: Peregrinação no deserto.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Reynaldo Odilo:
INTRODUÇÃO
Uma vez feitos os preparativos para a viagem rumo à conquista dos sonhos — a Terra Prometida —, Israel começou a peregrinar. Pouco tempo depois, milhões de ex-escravos egípcios chegaram às fronteiras do território a ser conquistado. O que fazer? Era necessário que eles estivessem dispostos a acreditar que “aquilo que Deus tinha dito era verdade” — isso é fé! Inequivocamente, a caminhada do povo de Deus, em qualquer época, sob quaisquer contingências, apresenta-se, sobretudo, como uma jornada de fé. Ao longo dos milênios, o Senhor sempre provou a fé do seu povo, e quem decidiu confiar nEle alcançou todas as promessas de Deus. A experiência de uma fé genuína produz resultados inauditos. Ninguém pode parar um homem de fé. Um dos homens que experimentou a força da fé foi George Müller, que serviu ao Senhor durante o século XIX. Ele pregou o evangelho em muitos países e, atendendo a um desses convites, dirigiu-se de navio à cidade de Quebec, no Canadá, entretanto as condições climáticas não permitiam que o navio chegasse a tempo para que ele pregasse no culto marcado. Percebendo essa dificuldade, George Müller dirigiu-se ao capitão do navio, o qual narrou posteriormente o episódio:
— Comandante — disse o senhor Müller —, vim dizer-lhe que tenho de estar em Quebec no sábado, à tarde.
Era quarta-feira.
— Impossível — respondi.
— Pois bem, se seu navio não pode levar-me, Deus achará outro meio de transporte.
Durante 57 anos, nunca deixei de estar no lugar à hora em que me achava comprometido. […]
— Teria muito prazer em ajudá-lo, mas o que posso fazer?
— Não há…
— Vamos aqui dentro para orar — sugeriu. […]
— Sr. Müller, o senhor vê como é espessa esta neblina.
— Não — respondeu ele —, os meus olhos não estão na neblina, mas no Deus vivo que governa todas as circunstâncias da minha vida.
O senhor Müller caiu de joelhos e orou da forma mais simples possível. […]
Quando findou, eu queria orar também, mas o senhor Müller pôs a sua mão no meu ombro e pediu que não o fizesse, dizendo:
— Comandante, primeiro, o senhor não crê que Deus faça isso, e, em segundo lugar, eu creio que Ele já o fez. Não há, pois, qualquer necessidade de o senhor orar nesse sentido. Conheço, comandante, o meu Senhor há 57 anos e não há dia em que eu não tenha audiência com Ele. Levante-se, por favor, abra a porta e verá que a neblina já desapareceu.
Levantei-me, olhei, e a neblina havia desaparecido. No sábado, à tarde, George Müller estava em Quebec.1 
George Müller viveu sempre nessa linha tênue entre a realidade e o milagre, optando sempre em confiar no Senhor. Por isso, construiu orfanatos e sustentou milhares de crianças na Inglaterra sem nenhuma ajuda financeira oficial. Os recursos chegavam, em regra, na última hora, quando tudo parecia sucumbir. Ele conquistou sua “terra prometida”, porque decidiu crer em Deus, apesar das impossibilidades patentes de seus projetos. Todo plano de Deus para nossas vidas é impossível de ser realizado pela autonomia humana, nos impelindo a viver “de fé em fé” — nós damos o passo, Deus coloca o chão!
A geração de ex-escravos hebreus também tinha a oportunidade de escrever, com suas vidas, uma bonita epopeia, para a glória do Senhor. Nessa trajetória existencial, aliás, ninguém passa incólume. Todos têm a oportunidade de ficar do lado dos que perdem ou dos que vencem. Isso dependerá das escolhas, diante das oportunidades que se nos apresentam. Assim, aqueles israelitas, de um jeito ou de outro, deixariam seus nomes gravados na história… como derrotados por seus próprios medos e dúvidas ou vencedores pela força da fé, como sói acontecer com aqueles que decidem andar com Deus.
Deus lhes dava mantimento, conforto, proteção… porém requeria deles (como requer da Igreja) uma atitude de confiança quanto ao futuro. Diante disso, o Senhor determinou que Moisés enviasse espias à Terra Prometida. Os israelitas estavam sendo provados. Doze príncipes, representando os anseios mais profundos de uma grande multidão de pessoas cheias de esperança, partiram rumo a Canaã, a fim de analisar minuciosamente a herança de Deus!
I – OS ESPIAS (13)
1- O Fim da Jornada 
Cades, que ficava na fronteira sul de Canaã, era um oásis no deserto, mas se transformou numa encruzilhada para o povo. Dali seriam enviados os espias (Nm 13.1,2) que inspecionariam Canaã (Nm 13.1,2,17). Deus acenava com o começo do fim da caminhada. Que expectativa extraordinária! A bênção aguardada por séculos estava chegando, mas o Senhor precisava que os filhos de Israel declarassem o desejo em conquistar a promessa. Eles precisavam somente dizer: “Nós cremos, Senhor, que cumprirás a tua promessa”.
Poucos instantes separavam os ex-escravos da maior conquista de suas vidas. O Senhor daria a eles mais que um lugar para habitar, sobretudo lhes outorgaria dignidade enquanto indivíduos e nação. A promessa feita, ainda, ao patriarca Abraão, o amigo de Deus, estava plenamente em vigor, não obstante o longo período de tempo decorrido.
2- O Tempo da Alegria 
Deus fala de várias maneiras, mas principalmente pelas circunstâncias. Nesse diapasão, o Senhor não escolheu um tempo qualquer para essa visita in loco tão especial. Está escrito que era o tempo “das primícias das uvas” (Nm 13.20), portanto, perto do fim de julho, segundo Champlin.2 Um período em que, certamente, os produtores cananeus estavam alertas, para proteger a supersafra de frutos, mas também entusiasmados com tudo de bom que lhes acontecia. O Senhor, por seu turno, aproveitou o ensejo para mostrar aos espias o que se podia esperar daquela terra tão fértil e próspera.
O padrão da justiça divina, para determinar qual povo é o verdadeiro proprietário da Terra Prometida — a qual, posteriormente, foi denominada de Palestina, debate que perdura até os dias atuais —, está claramente apresentado na Palavra de Deus: “Porque ao homem que é bom diante dele, dá Deus sabedoria, e conhecimento, e alegria; mas ao pecador dá trabalho, para que ele ajunte, e amontoe, e o dê ao bom perante a sua face” (Ec 2.26). O Senhor estava autorizando que os hebreus entrassem no trabalho realizado arduamente pelos primitivos desbravadores cananeus, e permanecessem ali em herança perpétua. Os descendentes de Jacó, porém, necessitavam ser aprovados diante da face do Senhor. E, como se sabe: sem fé é impossível agradar a Deus!
Aquele tempo de alegria em Canaã deveria ser demonstrado aos hebreus, por isso Moisés enfatizou: “[…] esforçai-vos e tomai do fruto da terra” (Nm 13.20). Essa seria a prova incontestável de que o Senhor falara a verdade quanto à qualidade da terra e do seu fruto. 
3-A Antessala da Vitória
Uma grande expectativa certamente emergia naquele arraial, que tinha enaltecido a iniciativa de Moisés, conforme atesta Flávio Josefo,  diante dos futuros desdobramentos sociais e políticos a partir daquela expedição missionária. Os israelitas estavam na antessala da vitória! Enquanto esperavam quarenta dias para a chegada de seus representantes legais, enviados a conhecer o país que invadiriam, a sensação de que dias melhores viriam lhes trazia esperança aos corações. Grande emoção deve ter tomado os hebreus quando os 12 espias foram vistos, voltando com um cacho de uvas, que era transportado em uma vara por duas pessoas, além de outros produtos da terra. Um instante ímpar. O Senhor queria que o povo de Israel, com júbilo, declarasse que confiava na sua fidelidade, acreditando que Ele cumpriria a palavra empenhada.
A chegada dos espias parecia ser de paz e regozijo, até que abriram a boca, transformando a boa expectativa em inacreditável tormento emocional. Josefo diz que o medo dos espias passou para os hebreus, tendo eles perdido a esperança de viver um final feliz, caso seguissem o projeto de Deus. “E então voltaram às suas tendas, com suas mulheres e filhos, para lastimar a sua desgraça. O sofrimento e o desânimo levou-os mesmo a dizer que Deus lhes fazia muitas promessas, mas que não viam os resultados.”4
Eles não perceberam o grande equívoco que cometiam. Martin Luther King afirmava que “mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização”. Os filhos de Jacó, porém, ainda que tivessem visto milagres extraordinários naqueles dias, preferiram desprezar as promessas de Deus.
II – MURMURAÇÃO E FÉ (13)
1-A Vista Humana
Olhar os fatos da vida sem espiritualidade traz consigo consequências nefastas, como aconteceu com dez dos doze os espias que voltaram de Canaã (Nm 13.26-29). Eles dirigiram-se aos seus líderes e ao povo dizendo, em suma, que as cidades eram invencíveis, pois estavam muito bem protegidas e os moradores eram gigantes (Nm 13.28,29). Aqueles dez príncipes são a prova inequívoca de como uma liderança sem visão, que não busca ao Senhor para tomar as decisões mais importantes, está fadada ao fracasso. O pastor Luaran Lins aduz que “se o líder busca em Deus a sabedoria para construir seus projetos, não há como as coisas saírem erradas”.5 
“A vista humana” dos representantes de dez tribos trouxe consequências terríveis para a história do povo de Deus, pois um desespero abateu-se imediatamente, prognosticando que o pior dos cenários estava se desenhando.
2- A Visão da Fé 
Josué e Calebe, entretanto, portavam uma mensagem de fé (Nm 13.30). Naquele momento crucial, todavia, quando tudo da parte de Deus estava se cumprindo, os hebreus resistiam à fé. Resistiam à alegria da promessa. Resistiam a Deus. Para eles serem referenciais para as famílias da terra, precisavam desenvolver a fé como um grão de mostarda, o qual possui a propriedade de crescer extraordinariamente. Eles não podiam ficar encapsulados nos meandros do racionalismo, mas precisavam crer, como Josué e Calebe, além do que os olhos podiam ver.
No Reino de Deus, quase tudo surpreende. Observe-se a grande fé de algumas pessoas que sequer conheciam a Jesus. A mulher samaritana, o centurião romano e a mulher siro-fenícia são bons exemplos disso. Eles se dispuseram a crer naquilo que Jesus estava dizendo. Por outro lado, curiosamente, vê-se a falta de confiança de grandes amigos de Jesus, como Marta, Pedro e Filipe. Eles se tornaram incrédulos pela demora de Deus (Marta, no caso de Lázaro), por expectativas frustradas (Pedro, por causa do vento contrário, afundou no mar) e por conceitos equivocados (Filipe, quanto a querer ver o Pai). Isso tudo foi de encontro ao que Jesus ensinou.
Há pessoas que têm tudo para ser baluartes da fé, como aquela geração de hebreus, mas preferem duvidar continuamente da Palavra do Criador. Confiam mais no jornal do dia do que nas promessas de Deus, tornando-se lamentavelmente reféns das circunstâncias. Surge, então, a pergunta: como vai a nossa fé? Cremos da forma como Deus gostaria? Esperamos ver para crer? Ou cremos como uma criança, que confia nas palavras dos pais, simplesmente porque sabe que eles nunca mentem? Sabemos que o Senhor não mente. E por que duvidamos? Porque a nossa fé precisa de um novo paradigma!
Somente os que estiverem dispostos a crerem em Deus, como uma criança, experimentarão visitas surpreendentes de Deus. E serão, sempre, renovados na fé. Mudarão o foco das perspectivas e influenciarão decisivamente o mundo em que vivem. Serão capacitados a seguir, sem abalos, até o fim da jornada da vida.
Les Parrott afirma: “A fé transforma a esperança em uma certeza de que o sofrimento fará sentido mesmo quando nossa perspectiva terrena não vê sentido algum”.6  Os companheiros de viagem de Josué e Calebe, porém, com ímpeto, abandonaram a fé, convencendo o povo de que os cananitas eram mais fortes do que eles e que, por tal motivo, Israel não deveria tentar conquistar a Terra Prometida (Nm 13.30).
Interessante: desde quando, na Bíblia, o mais forte sempre sai vencedor nas batalhas? Com Deus, em regra, ocorre exatamente o contrário! Os exemplos bíblicos são abundantes. Por isso, pode-se afirmar seguramente que a fé é o portão do nosso futuro. Sem fé não há ânimo para seguir em frente, não há expectativa da realização de promessas divinas, não há conquistas espirituais, enfim, não há final feliz. Foi o que aconteceu com aquela geração.
3-O Poder do Desânimo
No Reino de Deus, é melhor contar com duas pessoas animadas do que com dez desanimadas, pois as palavras de desencorajamento, em regra, ressoam muito mais que as de fé. Gideão, por exemplo, ao sugerir que os covardes poderiam desertar, amargou uma perda superior a dois terços de seu contingente de soldados. Paradoxalmente, o desânimo é extremamente contagiante. Observe-se que o discurso dos dez espias foi mais forte, no coração do povo, que as promessas centenárias do Senhor (Nm 13.32,33). Está escrito que toda a congregação, com aquilo, alçou a voz (o alarido foi grande) “e o povo chorou naquela mesma noite” (Nm 14.1). O projeto de Deus, dado e confirmado para várias gerações de crentes fiéis, estava, agora, fulminado no coração daqueles ex-escravos, por causa de uma única abordagem pessimista de dez pessoas!
A cultura do mundo egípcio estava tão impregnada no inconsciente coletivo dos hebreus, que as palavras de Deus soavam timidamente em seus intelectos, não produzindo a fé suficiente para seguirem em frente! Infelizmente, o povo de Israel tinha saído do Egito, mas o Egito não tinha saído deles!
CONCLUSÃO
Se o povo for obediente, a vitória será certa, mas se apostatar da fé, e voltar ao Egito, atrairá para si uma dor e vergonha que nunca serão esquecidas. Essa lição, inequivocamente, é uma verdade que emerge, com veemência, quando se conhece a história do povo hebreu. A geração que saiu do Egito tinha, de fato, enormes dificuldades para conquistar os “gigantes” de Canaã; mas, quaisquer que fossem os obstáculos, Deus introduziria o povo, como prometido, naquela boa terra. Eles só precisavam crer e obedecer, porém preferiram a rebeldia e, em seus corações, voltaram ao Egito. Por isso, morreram e foram enterrados em sepulturas no deserto.
O plano de Deus era bem diferente: o deserto era para ser uma estrada, não um cemitério. O fim de tudo depende, como visto, das escolhas que cada um faz ao longo da jornada.                                                                            
*Adquira o livro do trimestre. ODILO, Reynaldo. Rumo à Terra Prometida: A Peregrinação do Povo de Deus no Deserto no Livro de Números. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 BOYER, Orlando S. Heróis da fé. 15. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p. 107, 108.2 CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. 2. ed. vol. 1. São Paulo: Hagnos, 2001, p. 651.{3 JOSEFO, Flávio. História dos hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 190.4 JOSEFO, Flávio. História dos hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 191.5 LINS, Luaran. Chamados para liderar. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 17.6 PARROTT, Les. Você é mais forte do que pensa. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p. 52.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

sábado, 26 de janeiro de 2019

Lição 04 - 1º Trimestre 2019 - A Primeira Ordem - Primários.

Lição 4 - A Primeira Ordem

1º Trimestre de 2019
Objetivo: Que os alunos compreendam que Deus deseja obediência de seus filhos.
Ponto central: Deus deu uma ordem a Adão e Eva. Deus deseja obediência 
Memória em ação: “Vigiem e orem para que não sejam tentados [...]” (Mt 26.41).
Querido (a) professor (a), na próxima aula teremos a oportunidade de abordar um tema relevante para todas as idades, especialmente necessário de ser explicado e enfatizado na faixa etária de seus Primários – a importância da obediência a Deus!
OBEDIÊNCIA. As palavras hebraicas e gregas traduzidas como “obedecer” ou “obediência” são geralmente shama’ e as formas cognatas de akouo. O significado básico de ambas é “ouvir”. De fato, muitas vezes que o tradutor se confronta com estas palavras e seus cognatos, é muito difícil determinar se a tradução mais apropriada é "ouvir" ou "obedecer". Esta dificuldade, porém, oferece uma visão profunda do conceito bíblico básico de obediência, um conceito que ocorre tanto no AT como no NT.
Embora a obediência expresse uma ação que existe nas relações humanas comuns (tais como discípulos aos mestres ou filhos aos pais), sua referência mais significativa é a de um relacionamento que deve existir entre o homem e Deus. Deus revela-se a si mesmo ao homem por sua voz e palavras. As palavras devem ser ouvidas. Isto obviamente envolve uma recepção física das palavras com uma suposta compreensão mental de seu significado.
Mas em termos da recepção da revelação de Deus pelo homem, este fato em si não é um ouvir verdadeiro. A atitude de ouvir verdadeiramente está ligada à fé que recebe a Palavra divina e a traduz em ação. E uma resposta de fé. E uma resposta positiva e ativa, não meramente ouvir e considerar de forma passiva. Ouvir é agir.
Em outras palavras, ouvir realmente a Palavra de Deus é obedecer à Palavra de Deus. No NT, a ideia de se assumir a responsabilidade de obedecer à Palavra ouvida, ou de se colocar sob esta responsabilidade, é claramente enfatizada pelo termo hupakouo, uma composição dos termos "sob" e "ouvir". Muitas passagens referentes ao ouvir e à obediência obviamente têm em vista este aspecto de resposta positiva e ativa. "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça" (Mt 11.15; cf. 13.9,43; Ap 2.7,11,17,29; 3.6,13,22; 13.9). O homem sábio é aquele que "ouve estas minhas [do Senhor Jesus] palavras e as pratica" (Mt 7.24). "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e... me seguem" (Jo 10.27).
Com respeito à revelação que havia recebido em Patmos, João disse: "Bem-aventurado(s)... os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas" (Ap 1.3). Não há nenhuma dicotomia entre o ouvir e o obedecer. O ouvir verdadeiro é a obediência. (PFEIFFER, Charles F., VOS, Howard F., REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1383).
Aproveitando essa rica elucidação do conceito bíblico de obediência, explique-o aos seus Primários na linguagem adequada a eles, e promova uma dinâmica para ilustrar o que foi aprendido.
Seria uma versão adaptada da antiga brincadeira “o Mestre mandou”. Porém, apenas duas crianças de cada vez deverão estar de olhos vedados e atentas, pois só pontuarão ao obedecerem APENAS a instrução que de fato vier do Mestre (poderá ser uma criança voluntária, escolhida antes dos que serão vedados).  As demais crianças, assim como o mestre farão vozes distintas, dando comandos uma de cada vez, tentando se passar pelo Mestre.
Frise que devem ser apenas tarefas que não exija locomoção, isto é, que não seja preciso tirá-los do lugar, já que não estarão enxergando. Por exemplo: “Pule em um só pé”; “Abaixe”; “Imite uma galinha”; “Faça uma dancinha”. Enquanto isso, ao fim de cada comando você pergunta alto aos “Mestres” quem pontuou e anota em um quadro. Dependendo do tempo que você disponha, pode ser 3 ou mais comandos por dupla até as crianças revezarem nas posições da brincadeira.
Ao final enfatize que no mundo há muitas vozes, mas a nem todas deveremos seguir, dar ouvidos ou obedecer. Mas somente àquelas que forem de Deus ou de pessoas usadas por Deus para o nosso bem. Dê alguns exemplos do cotidiano deles: “Se o seu amiguinho disser: ‘vamos sair pra brincar escondido da sua mãe’, essa voz vem de Deus? Você deve obedecer?” “E se disser: ‘Ajude a sua amiga que caiu a se levantar’ Essa voz é boa, podemos seguir?”
Ao final, peça que todos deem as mãos e orem pedindo sabedoria ao Senhor para aprendermos a diferencias as vozes boas das más e ouvirmos apenas as que obedeçam e agradem a Ele.O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 04 - 1º Trimestre 2019 - O Deus que Provê - Juniores.

Lição 4 - O Deus que Provê

1º Trimestre de 2019
Texto bíblico: Êxodo 16.1—17.16.
Caro(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão um ensinamento que deverão levar por toda a vida: confiar que Deus provê o que precisamos. Não foram poucas as situações que o povo de Israel atravessou e precisou contar unicamente com a mão do Senhor para não perecer no deserto. Em tempos difíceis de escassez o povo não encontrou outra saída a não ser aprender a confiar em Deus e depender da sua bondade e misericórdia.
Um dos títulos dados a Deus por conta da manifestação do seu poder ocorreu no episódio em que Abraão foi provado. Quando Deus pediu que Abraão oferecesse em sacrifício seu único filho, Ele mesmo proveu para o seu servo o cordeiro para o holocausto. Por essa razão, Abraão chamou o nome daquele lugar “o Senhor proverá” (Gn 22.14). Na Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, pp. 64,65), encontramos a seguinte informação:
O Senhor proverá. Este nome é a tradução do hebraico Jeová-jiré — “o Senhor proverá”. Aprendemos da prova de Abraão que:
1. Deus às vezes prova a fé de seus filhos (1 Pe 1.6,7; Hb 11.35). Tal prova deve ser considerada uma honra no reino de Deus (1 Pe 4.12-14).
2. O crente deve confiar em Deus, que Ele estará presente, concederá sua graça e tudo quanto for necessário, em qualquer circunstância dentro da vontade divina (Sl 46.1-23; 2 Co 9.8; Ef 3.20).
3. Deus constantemente realiza seu propósito redentor, restaurador, através da morte de uma visão; isto é, Ele pode deixar acontecer em nossa vida, coisas que parecem destruir nossas esperanças e sonhos (cf. Êx 17.15-17; 22.1-12; 37.5-7,28; Mc 14.43-50; 15.25,37).
4. Depois de uma provação da fé, Deus confirmará, fortalecerá, estabelecerá e recompensará o crente (vv. 16-18; 1 Pe 5.10).
5. Para se achar a verdadeira vida em Deus é preciso sacrificar tudo quanto Ele requer (Mt 10.37-39; 16.24,25; Jo 12.25).
6. Depois de um teste de sofrimento e de fé, o resultado final da parte do Senhor para com o crente é que Ele é “muito misericordioso e piedoso” (Tg 5.11).   
Confiar na providência de Deus é um exercício de fé. Quando enfrentamos situações que aos nossos olhos parecem ser impossível resolver, temos a oportunidade de escolher confiar em Deus. Aproveite a aula de hoje para estimular seus alunos a confiar no Senhor, realize com eles a seguinte atividade:
Leve para a sala de aula uma sacola ou caixa. Coloque os objetos citados a seguir dentro da sacola. Em seguida, retire cada objeto da sacola e pergunte aos alunos qual a finalidade de cada um. Conforme os alunos forem expressando faça as suas observações. Objetos: Bíblia, borracha, clips, fósforo, bússola, caneta, lanterna, e outros que você poderá utilizar.
Ao final, explique que devemos nos preparar para enfrentar os momentos difíceis e de escassez. No entanto, há situações que, por mais bem preparados que estejamos, somente a provisão do Senhor pode trazer a solução. Nesse caso, resta confiar inteiramente no Senhor e crer que Ele providenciará tudo o que precisamos.

Lição 04 - 1º Trimestre 2019 - O Justo Juiz - Pré Adolescentes.

Lição 4 - O Justo Juiz

1º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Daniel 6.3-9,15,16,20-23.
Olá professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão que Deus é o “Justo Juiz”. Na Bíblia, aprendemos que o nosso Deus é Rei, Senhor, Salvador e Consolador. Mas não podemos esquecer que uma das qualidades inerentes ao nosso Deus é a justiça. De certo, o nosso Deus é Justo e recompensa a cada um conforme a sua justiça. A justiça de Deus nunca falha, apesar de muitos afirmarem que “a sua justiça tarda, mas não falha”. Na verdade, a sua justiça é executada no momento certo. Deus reservou um Dia em que há de julgar todos os habitantes da terra. Mas enquanto esse Dia não chega, aprendemos que a justiça de Deus se manifesta no ato glorioso que nos trouxe a salvação: a morte de Jesus Cristo sobre a cruz do Calvário. No Dicionário Bíblico Wycliffe (2006, p. 1120), encontramos uma definição neotestamentária para a “justiça de Deus”:
No Novo Testamento, a palavra grega mais frequente para justiça é dikaiosyne, que é a tradução regular da LXX para a palavra hebraica sedaqa. Da mesma maneira que no Antigo Testamento, a expressão “justiça de Deus” não se refere especificamente à inerente perfeição do caráter divino. Antes, ela fala sobre a sua justa provisão de salvação para os pecadores (Rm 1.17; 3.5,21,22,25,26; 10.3; 2 Co 5.21). No evangelho, que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, foi revelada a justiça de Deus (Rm 1.16,17). Ela se torna efetiva entre os homens que, por causa de seu pecado, estão sujeitos à ira de Deus e muito longe dEle. Através da bondosa extensão da justiça de Deus, eles são conduzidos a um relacionamento salvador com Ele. 
A justiça de Deus depende, por um lado, do Senhor ser fiel à sua própria natureza – que é boa e santa – e, por outro, de tratar suas criaturas com justiça. Na justa provisão divina de uma forma de salvação, Ele não pode perdoar pecados sem satisfazer a sua justiça, e manter sua santidade. A justiça de Deus, manifestada em seu justo plano para a salvação através da morte expiatória e substitutiva de Cristo, satisfaz a ambas. A aceitação dessa provisão, por parte do pecador, permite a Deus atribuir-lhe tudo que Cristo fez por ele, para alcançar a sua salvação. Nessa aceitação de Cristo, como portador de pecados e Salvador pela fé, o homem recebe a “justiça que é pela fé”, uma expressão que significa que a justiça de Cristo é atribuída ao crente (Rm 4.5; 9.50; Fp 3.9).
Para complementar sua aula, sugerimos a seguinte atividade:
Divida a classe em dois grupos e apresente aos alunos situações nas quais eles terão a responsabilidade de julgar de acordo com a Palavra de Deus se estão certas ou erradas. Eles tomarão conhecimento das situações e terão um tempo para se reunir e julgar.
1ª situação: Eu sempre respondo meus pais quando sou interrogado a respeito das minhas amizades que não são da igreja.
2ª situação: Sempre me preocupo com o colega da turma, entrando em contato com ele quando se ausenta da igreja ou não está frequentando a Escola Dominical.
3ª situação: Tenho sempre cuidado em relação ao egoísmo, procurando compartilhar os meus pertences com colegas que não têm o material.
4ª situação: Procuro me defender e ofender quem critica a minha forma de ver, pensar e agir.
5ª situação: Às vezes sinto vergonha da minha família.
Ao final, cada grupo deverá apresentar suas impressões a respeito das situações. Em seguida, faça os apontamentos junto com os alunos.