quarta-feira, 17 de abril de 2019

Lição 03 - 2º Trimestre 2019 - O Dinheiro e seus Perigos - Jovens.

Lição 3- O dinheiro e seus perigos 

2º Trimestre de 2019
Introdução
I-O Perigo de Tentar Compensar o Amor ao Dinheiro com Boas Obras e Religiosidade
II-O Perigo de Perder a Vida Eterna Devido ao Apego Demasiado aos Bens Materiais
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Evidenciar o perigo de tentar compensar o amor ao dinheiro com obras e religiosidade;
Refletir a respeito do perigo de se perder a vida eterna devido ao apego aos bens materiais.
Palavras-chave: Cobiça e soberba.
Nesta lição será abordado o ensino de Jesus sobre a correta atitude para com o dinheiro, bem como o perigo de se apegar de forma demasiada a ele e comprometer a salvação eterna com Deus. Para isso iremos analisar um texto bem conhecido dos evangelhos, o diálogo de Jesus com o jovem rico. Este jovem que era um exímio religioso e admirava Jesus, porém com um apego demasiado pelos seus bens materiais. 
1.1 I - O Perigo de Tentar Compensar o Amor ao Dinheiro com Obras e Religiosidade 
1.2 O Jovem rico vai até Jesus, mas sem disposição de renunciar riquezas
O texto original de Mateus, em sua forma gramatical, afirma que um alguém, um homem, se aproxima de Jesus. De início não passa de um anônimo e somente no versículo vinte e dois é que ele será identificado como um jovem que possuía muitas propriedades (Mt 19.16-22). Carter (2002, p. 487) afirma que ele era “alguém da elite social, de posição privilegiada com poder econômico, social e político”. Tudo demonstra que o jovem rico realmente era uma pessoa proeminente na sociedade, a ponto de todos os evangelistas sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) falarem de seu status social e poder econômico. Lucas informa tratar de um príncipe (Lc 18.18), uma pessoa importante da sociedade judaica, como um dos oficiais encarregados da sinagoga local. Marcos o chama apenas de “homem” (Mc 10.17). Enquanto, Mateus afirma que ele é um jovem que possuía muitas propriedades (Mt 19.22). Portanto, ele fazia parte de uma minoria privilegiada que, via de regra, se beneficiava do sistema de dominação romano e da elite judaica. Provavelmente, fazia parte do judaísmo da sinagoga, apresentado por Mateus como uma instituição negativa. O jovem rico vai até Jesus em busca de respostas aos seus questionamentos. E o verbo grego utilizado para identificar sua aproximação indica que a abordagem foi respeitosa. Por mais que o jovem pareça bem intencionado e apresentar uma atitude respeitosa com Jesus, o desfecho do diálogo demonstrará que ele, na realidade, não estava tão disposto a seguir a Jesus, se necessitasse renúncias. 
Independente de sua posição, o jovem vai até Jesus perguntar o que era necessário para obter a vida eterna. Em primeiro lugar, fica caracterizado o respeito pelo que havia ouvido e/ou visto a respeito de Jesus, pois considera que Ele sabia o caminho correto para se alcançar a vida eterna. O evangelista não identifica como e o que o jovem ficou sabendo de Jesus, tanto pode ter ouvido a respeito, como presenciado seus ensinos ou sinais miraculosos sendo realizados. Certo que ele reconhecia a autoridade de Jesus. No entanto, o reconhecimento e o interesse pela salvação não é suficiente, esse processo requer arrependimento e fé suficiente para renúncias e transformação de vida (Mc 1.15; Mt 9.2; Lc 17.19; At 3.19). Muitas pessoas reconhecem a autoridade da igreja e a ação de Deus no meio dela, a ponto de se aproximar e procurar encontrar meios para conviver com os membros da comunidade, participar das reuniões, mas com o passar do tempo percebem que os sermões e ensinos vão conduzindo para uma necessidade de mudança de comportamento. Esse confronto da Palavra, com a forma de vida das pessoas causa um conflito que nem todos estão dispostos a resolver. A resolução exige renuncias de coisas e hábitos aos quais essas pessoas estão tão apegadas que acabam por idolatrá-los. A nova vida com Cristo exige transformação de vida, mas nem todos estão dispostos a pagar o preço. Por isso, às vezes, ficam somente na aproximação.
O jovem acreditava conseguir a vida eterna por méritos próprios
O jovem se dirige a Jesus como mestre, “Bom Mestre”. Marcos e Lucas utilizam como adjetivo, mas Mateus faz uso da palavra “bom” como substantivo. Vincent (2012, p. 90) assevera que a tradução usual da pergunta de Jesus que sucede a abordagem do jovem: “Por que me chamas bom?”, não é a tradução correta do texto grego. A tradução mais adequada é: “Por que me perguntas acerca do bom?”. Jesus responde que somente “um há que é bom”. Arrington e Stronstad (2012, p. 111) corroboram com essa afirmação. Eles destacam que a palavra “bom”, em Mateus, “não tem implicação ética, mas ontológica. Um bom carpinteiro faz uma boa casa, e o fato de a casa ser boa é derivado do bom fabricante. A expressão última pertinente ao que é bom só pode ser Deus, pois Ele é a medida de tudo o que é bom”. Mateus não usa a palavra desta maneira por acaso, pois muitos judeus, como parece ser o caso do jovem rico, se achavam “bons” pelas suas caridades e rituais religiosos, como Mateus deixa bem claro, principalmente, no capítulo seis.  A pergunta do jovem demonstra que ele também vivia de acordo com a crença dominante da época, conforme já mencionado no primeiro capítulo deste livro. Ao contrário do que Jesus apresenta, o imaginário do povo era a crença de que a riqueza era sinônima de justiça e comunhão com Deus. Para eles a justiça se dava por meio de obras que se resumiam em rituais e esmolas aos pobres. 
Na sequência, o jovem questiona a Jesus como poderia fazer para conseguir a vida eterna, ou seja, que tipo de ritual ou caridade poderia lhe garantir uma vida eterna com Deus. Uma pergunta compreensível para judeus do primeiro século, que acreditavam na justificação pelas obras. Doutrina que será duramente contrastada pelo apóstolo Paulo por meio da doutrina da justificação pela fé (Rm 4). Ele tem em mente o bem que poderia fazer para ser considerado bom, um exemplo para sua comunidade e ser digno da vida eterna. Mais adiante no diálogo, Jesus vai indicar os limites dessas ações (v. 26). Carter (2002, p. 488) afirma que “o homem rico está pensando que pode adquirir a vida eterna da mesma maneira que adquire posses”. Um equívoco que muitas pessoas ainda cometem, tentando compensar suas falhas com sacrifícios pessoais e ações de caridade. A vontade de Deus para sua igreja vai muito além disso. 
A vida eterna com Deus não se conquista sem renúncias
Os ensinos de Jesus sobre a ética causava grande espanto aos ouvintes da Palestina do primeiro século e continua impressionando os leitores atuais. Os seus ensinos contrastava diretamente com os costumes e cultura da época, inclusive no que se refere à correta atitude para com o uso do dinheiro. Os evangelhos contêm mais de noventa citações de Jesus sobre as riquezas, sendo a grande maioria por meio de parábolas e no Sermão do Monte. Os judeus consideravam a vida material intrinsecamente ligada à vida espiritual, porém sob uma perspectiva bem diferente dos ensinos de Jesus. Enquanto eles se apegavam às riquezas e justificavam suas posses como consequências de justiça, Jesus ensinava que o reflexo da justiça era o desprendimento dos bens materiais.
Uma vez tendo o perfil do jovem rico é possível supor que ele tenha ficado feliz com a resposta de Jesus de que para obter a vida eterna deveria guardar os mandamentos (v. 17b). Para um judeu ortodoxo rico isso incluía a prática de caridades interesseiras por meio de sua riqueza como sinal de aprovação divina. Para ele, quanto maior fosse a riqueza mais caridade poderia fazer e maior recompensa divina receber. Todavia, ele faz um teste para assegurar de que havia entendido realmente o que Jesus estava falando ao se referir à guarda dos mandamentos. Ele pergunta sobre quais mandamentos Jesus estava aludindo.  A resposta deixa o jovem confortável: “Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Ele prontamente responde: “Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade”. Carter (2002, p. 488) assegura que “a sua afirmação contradiz a declaração de Jesus segundo a qual ‘só um é bom’. Ele tenta se fazer ‘bom’ como Deus. [...] a abundância deste homem significa ganância, violência e opressão”. Atitude de um exímio religioso, cumpridor das tradições judaicas com vistas demonstrar sua exemplar religiosidade, da qual se vangloriava. O pastor Cesar Moisés Carvalho corrobora com o entendimento de que o jovem não passava de mais um religioso de aparência.
A situação do jovem rico da narrativa é o retrato de milhares de pessoas na atualidade. Religiosos que cumprem rituais, sacrifícios, caridades, entre outras práticas para exercer com sua vida religiosa, mas continuam adorando o dinheiro e bens materiais, sem a experiência da salvação.
O jovem sabia que lhe faltava algo 
O narrador é neutro na sua descrição do evento, ele narra na terceira pessoa e não tece nenhum julgamento sobre a atitude do jovem rico, a não ser em Mateus 19.22. Ele introduz diálogos entre os personagens da narrativa, incluindo algumas informações e explicações para determinadas situações da história contada, mas deixa que o leitor tome as suas próprias conclusões. 
O contexto histórico e cultural do primeiro século nos leva a imaginar que o jovem, ao receber a resposta de Jesus, se anima para demonstrar que era zeloso com a guarda dos mandamentos. No entanto, o fato de ser um religioso praticante e mesmo assim procurar a Jesus demonstra que ele não estava convicto de que sua prática era suficiente para obter a vida eterna. A sua nova pergunta demonstra essa deficiência: “que me falta ainda?”. Talvez o jovem houvesse presenciado alguns dos vários debates entre Jesus e os principais líderes judaicos e se convencido da necessidade de mudanças. Os discursos de Jesus causava um grande desconforto aos praticantes do judaísmo, em especial aos escribas e fariseus. Eles eram os mestres da lei, bem como os principais beneficiários das interpretações que eles mesmos faziam dela. Os principais líderes religiosos, independente da situação de Israel em relação com os dominadores, sempre eram beneficiados pelo seu poder de influência e dominação. O reinado de Deus propagado por Jesus visava o bem-estar, prosperidade e felicidade para todos e não para um grupo específico. Jesus expõe a verdadeira justiça do Reino dos céus, com base na lei, nos profetas e nos salmos. Portanto, a base era a mesma, o que diferenciava era a interpretação. O jovem rico, assim como muitos outros judeus, buscava obedecer aos mandamentos da tradição para serem perfeitos, mas ainda não sabia que a perfeição não era possível ao ser humano. Jesus na sequência deixará isso claro a ele e também a seus discípulos.
A atitude do jovem de ir buscar o que lhe faltava para herdar a vida eterna é louvável. Nem todas as pessoas que percebem que lhe falta algo para obter a vida eterna com Deus buscam se adequar. O problema é quando as pessoas descobrem que para se adequarem à vontade de Deus é preciso renunciar as coisas que mais amam e prestar adoração. Uma questão de prioridades, onde está o seu “tesouro”. O que é mais importante para uma pessoa definirá a sua tomada de decisão. Qual tem sido a sua prioridade? O que falta para você estar dentro da vontade de Deus?
1.3 II - O Perigo de Perder a Vida Eterna Devido ao Apego Demasiado aos Bens Materiais 
1.4 O conceito do termo “prosperidade” na bíblia hebraica
Conforme já visto anteriormente, ao longo da história do povo de Israel até os dias de Jesus, o entendimento da elite religiosa, que se beneficiava de seu status religioso e interpretava as Escrituras em benefício próprio, era de que a riqueza estava intrinsecamente relacionada com a justiça de Deus. A riqueza era considerada bênção de Deus, dada às pessoas que eram justas. Proença (2008, p. 67), em um estudo nos livros sapienciais (poéticos), afirma que o termo prosperidade nesses livros não era sinônimo de riquezas materiais. Ele apresenta um quadro interessante de distinção entre as categorias: “justo” e “ímpio”, como base o livro de Provérbios. A comparação se dá porque nos textos bíblicos a “prosperidade” era prometida somente para os justos.
 Justo Ímpio
 Tem comportamento íntegro (28,18)
 Anda por caminhos perversos (28,18)
 É abençoado (28,20)
 Quer ficar rico logo (20,20)
 Retém a instrução (28,4) Não presta atenção à instrução (28,4)
 Comprometido com os pobres (29,7) Não compreende o que é justo (28,5)
 
Canta e fica alegre (29,6)
 É apanhado em seus pecados (29,6)
 Não tolera o mal (29,27)
  Não tolera o bem (29,27)
 Odeia o suborno (15,27)
 Ávido por lucro (15,27)
Fonte: Proença, 2008, p. 67
Esse quadro deixa claro a confusão que era feita pelos religiosos em relação à interpretação da Palavra de Deus. Se analisar o comportamento dessas nas narrativas bíblicas, facilmente serão identificados com o ímpio e não com o justo, como defendiam. Ao comparar a definição do justo e do ímpio, Proença (2008, p. 67) assevera que a característica principal do justo “não é sua exuberância material, mas o compromisso ético com a justiça, a honestidade, a integridade, o bem e os pobres (Pv 29,7; ver também Jó 11,13-20)”. Ele reforça que “a riqueza pode ser entendida como uma injustiça, pois é resultado de uma distribuição desigual de bens materiais, o que afeta, naturalmente, a consciência do justo”. Diferente do que propagava a elite religiosa judaica, a tradição sapiencial condena o acúmulo desordenado das riquezas e aqueles que depositam nelas a sua confiança (Pv 11.28).  
Tércio Siqueira corrobora com o estudo da prosperidade no Antigo Testamento ao afirmar que é um dos termos mais abusados no mundo evangélico. 
Entender o conflito de interpretação entre a elite religiosa judaica e a que os textos realmente queriam expressar ajudará a entender os conflitos entre os ensinamentos de Jesus e a elite religiosa judaica e, consequentemente, a narrativa em estudo sobre o encontro de Jesus com o jovem rico.
O apego excessivo aos bens materiais impedia o jovem de seguir Jesus 
Então, retornando à narrativa do jovem rico, Jesus esclarece o que faltava para ele ter a vida eterna. A resposta foi como que um balde de água fria sobre o jovem: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me”. No contexto, “ser perfeito” significava “ter vida eterna” (vv. 16,17). Para isso, a ordem de Jesus foi vender tudo o que ele tinha para distribuir com os pobres. O mestre foi diretamente onde estava o seu coração. Até então, conforme o imaginário predominante na época, para o jovem não tinha nenhum mal ter muitos bens e, pelo contrário, seria uma confirmação de sua harmonia com a vontade de Deus. Porém, agora tinha confirmação do que provavelmente já “sabia”: toda a sua vida e ensino recebido de seus líderes não estava de acordo com a Palavra de Deus. Ele deve ter percebido que todo esse tempo havia se adaptado ao contexto do seu cotidiano por conveniência. Essa constatação não deve ter sido fácil. O que seria da vida do jovem se obedecesse a ordem de Jesus e vendesse tudo o que tinha, abandonasse a sua vida de privilégios e passasse a andar com Jesus e seus discípulos, que eram desprezados pelo seu círculo de amigos? Uma mudança radical que exigia muita renuncia. O que fazer?
O jovem que aparentemente queria ser um seguidor de Jesus e conquistar a vida eterna vê-se impossibilitado pela falta de desprendimento de suas propriedades. O que chama atenção é que o diálogo se encerra imediatamente, o jovem rico não consegue nem simular sua insatisfação. Assim que ouve a resposta de Jesus ele fica triste e se retira, não interroga mais Jesus e perde o interesse na conversa. O evangelista deixa bem claro o motivo de sua tristeza e rejeição ao convite de Jesus: “porque possuía muitas propriedades”. Alguns pregadores atuais aproveitam dessa passagem para exigir e tirar contribuições forçadas de fiéis, mas é bom que fique bem claro que vender os bens e entregar aos líderes religiosos não é uma condição para salvação. O que Jesus deixa claro é que o apego demasiado aos bens materiais distancia o ser humano do projeto solidário e humanitário de Deus (partilhar com os pobres). O fato ocorrido foi utilizado pelo narrador e, antes de tudo, por Deus, para deixar o ensinamento sobre o perigo do apego excessivo em bens materiais e de depositar neles a confiança. Jesus deixou o maior exemplo de desprendimento de bens materiais e de confiança na provisão divina.
Jesus, na parábola do semeador (Mt 13.22), já havia destacado o perigo da sedução das riquezas sufocar a Palavra. Ele compara essa experiência com a semente semeada entre espinhos, símbolo dos cuidados deste mundo e da sedução das riquezas, que sufocam a mensagem do Evangelho. A palavra de Jesus foi semeada em um terreno (coração) que não estava apropriado para germinar, apesar do aparente interesse do jovem rico. Você, se estivesse no lugar do jovem rico, agiria diferente? Onde você tem colocado sua confiança? 
Jesus ensina os discípulos em particular 
Depois de o jovem rico ter ido embora, Jesus se volta para os discípulos. Jesus, como de costume, reúne-se com seus discípulos para ensiná-los. Ele sempre investia tempo para capacitar e treinar os discípulos para cumprirem a missão de dar continuidade na pregação do evangelho. Ele demonstra como o apego demasiado às riquezas pode impedir a entrada no Reino de Deus e a dependência do poder de Deus para superar essa barreira (v. 26). Jesus primeiro afirma ser difícil um rico entrar no reino de Deus (v. 23). Na sequência, usa uma expressão que ficou famosa “é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus”. Uma linguagem hiperbólica para dizer que na realidade é impossível um rico, nas condições daquele jovem, ser salvo. Os discípulos também não entendem o que Jesus queria dizer. Para eles, se os ricos, considerados justos, não podiam ser salvos, “Então, quem poder salvo?”. Uma evidência de que eles ainda continuavam influenciados pela crença popular de que a riqueza significava bênção e sinal de justificação de Deus (Dt 28.1-14), embora os perigos da riqueza também sejam abordados na Bíblia Hebraica. Jesus esclarece que a verdadeira fonte de salvação é Deus (v.26). O pastor Elinaldo Renovato faz uma contextualização da relação da igreja com as riquezas e influências da cultura pós-moderna em seu comportamento, que merece a citação integral:
No mundo, as economias crescem, e se desenvolvem, graças à chamada globalização, em que se maximizam os lucros, através da diminuição dos custos, pela utilização da tecnologia avançada, ao lado do uso exploratório de mão de obra barata, nos países emergentes. A vida de milhões de pessoas melhorou, graças à maior produção de bens, e de oportunidades de trabalho. Porém, ainda há muitos milhões de excluídos dos resultados econômicos; há muitos pobres e miseráveis que não tem sequer o mínimo de calorias para manter uma vida saudável, por comerem somente uma vez por dia. Eles estão por aí, na periferia das cidades e metrópoles; e alguns são evangélicos. Pasmemos: há igrejas, onde o luxo é tão grande, que os miseráveis não conseguem entrar. E nem são bem recebidos. São as igrejas da “classe A”! Um pastor me disse que, numa igreja, quando um pobre vai à frente, seu nome sequer é anotado. É aconselhado a ir procurar uma igreja mais próxima de sua casa, que tenha pessoas do seu nível social. Nessas igrejas, o carpinteiro de Nazaré talvez se sentisse pouco à vontade. Para os excluídos, não adianta pregar apenas com palavras. É necessário demonstrar amor por eles, falando e agindo; pregando, e dando o pão cotidiano; assistindo, dando o peixe, e, mais que isso, ensinando a pescar, para que experimentem algum tipo de ascensão social. (RENOVATO, 2007, p. 216)
Na contramão da cultura secular, as bem-aventuranças de Mateus 5.1-12 declaram serem felizes os pobres, caracterizados de oito maneiras diferentes, afirmando que neles o Reino de Deus já se faz presente como dom e graça de Deus no meio de nós, e apesar de nós. Mateus assegura que bem-aventurados são aqueles que têm o coração como o do pobre (pobres de espírito), ou seja, quem assume com consciência o fato de ser pobre. Esse pode ser pobre no sentido material, o que importa é a maneira que lida com o próximo. A pior de todas as situações é o contrário disso, ou melhor, o pobre com o “espírito de rico”. Esse tipo de pessoa, em vez de desejar a justiça, deseja estar no lugar do opressor que pratica a injustiça que combate (o hospedeiro opressor), o oposto do ensino proposto por Jesus. Jesus não somente ensinou o caminho das bem-aventuranças, como também testemunhou com seu próprio exemplo de vida. Ele, tendo tudo: viveu como um pobre (Zc 9.9 cf. Mt 21.5); chorou pelos necessitados (Lc 19.41; Jo 11.35); tratou a todos com humildade e mansidão (Mt 11.29; 26.66-68); teve fome e sede de justiça (Mt 17.17; 21.12,13); foi misericordioso (Mt 9.13; Jo 8.3-11); era um pacificador (Mt 20.24-28); e foi perseguido por causa da justiça (Jo 11.46-53; 18.19-23). 
O problema não é ser rico, mas não saber lidar com as riquezas.  E você, como tem lidado com o dinheiro e seus perigos?
                                                                             
*Adquira o livro do trimestre. NEVES, Natalino. Cobiça e OrgulhoCombatendo o desejo da Carne, o Desejo dos Olhos e a Soberba da Vida. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

terça-feira, 16 de abril de 2019

Lição 03 - 2º Trimestre 2019 - Jesus Cura uma Mulher - Jd. Infância.

Lição 3 - Jesus cura uma mulher

2º Trimestre de 2019 
Objetivos: Os alunos deverão crer que Jesus tem poder para curar as nossas doenças, de forma que passem a cultivar o hábito de apresentar a Deus as próprias enfermidades e as de seus familiares. 
É hora do versículo: “[...] Ele levou as nossas doenças e carregou as nossas enfermidades” (Lc 5.10).
Nesta lição, os alunos aprenderão que Jesus é poderoso para curar todas as doenças. Jesus também liberta as pessoas da opressão do mal. Ele curou a sogra de Pedro e também pode nos curar hoje.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que imprima a atividade abaixo, uma para cada criança, e peça que ligue a imagem correspondente ao sintoma. Enfatize que quem pode curar todas as doenças é Jesus. Depois deixe que pintem o desenho.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 03 - 2º Trimestre 2019 - O Papai do Céu me Ama! Berçário.

Lição 03 - O Papai do Céu me ama!

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Levar a criança a compreender, através das atividades e exposições, que o Papai do Céu a ama.
É hora do versículo: “Porque Deus amou o mundo [...]” (Jo 3.16).
Nesta lição, as crianças serão conscientizadas de que o Papai do Céu as ama. Por este motivo, Ele nos abençoa diariamente, abençoa o papai e a mamãe. Quando Jesus viveu aqui na terra, Ele também amou e abençoou as criancinhas.
Quanto à dúvida de narrar histórias bíblicas para os alunos do Berçário, saiba que as histórias são capazes de ensinar de diversas formas uma criança dessa faixa etária. A Bíblia contém riquíssimo material  para o ensino de vocabulário, fonética, uso da linguagem, imagens de pessoas e objetos, e moral da história, assim como para a construção dos conceitos de Deus, Jesus e valores cristãos. As histórias da Bíblia muito contribuem para a educação cristã das crianças do berçário.
Após realizar todas as atividades propostas no  manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo, uma para cada criança, e peça para elas molharem o dedo no guache o colocar um sorriso no rosto da criança que sabe que o Papai do Céu a ama.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 02 - 2º Trimestre 2019 - Sou do Papai do Céu! Berçário.

Lição 02 - Sou do Papai do Céu!

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Levar a criança a compreender, através das atividades e exposições, que pertencemos a Deus.
É hora do versículo: “Os filhos são um presente do Senhor” (Sl 127.3a).
Nesta lição, as crianças serão levadas a compreender que pertencemos ao Papai do Céu, quer dizer, somos filhos dEle. Os filhos são presentes que o Papai do Céu enviou para o papai e a mamãe.
Em nossos dias, com tantos estudos sobre o que a criança é capaz ou não de aprender e a preocupação em introduzir os ensinamentos bíblicos nos primeiros anos de vida da criança, existe uma tendência a adotar uma postura rígida sobre quais as histórias bíblicas que devem ser utilizadas com as crianças. De um lado, alguns julgam ser adequado ensinar-lhes sobre a maioria dos personagens do antigo testamento, em ordem cronológica. De outro, ansiosos em relação à “aplicação prática” ou “às necessidades das crianças”, professores se perguntam: “Por que elas devem aprender sobre Abraão?” Na verdade, muitas das histórias da Bíblia podem ser relacionadas às necessidades de crescimento das crianças. Elas podem imitar os sons dos animais da Arca de Noé, como faz com os animais da fazenda ou do zoológico.
Após realizar todas as atividades propostas no  manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo, uma para cada criança, e peça para elas riscarem o que uma criança que pertence ao Papai do Céu não pode fazer sem motivo. As crianças deverão riscar o bebê que está chorando. Reforce que o bebê não pode chorar sem motivo. O bebê do Papai do Céu é feliz!

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 02 - 2º Trimestre 2019 - Quando eu Oro, o Papai do Céu me dá Amigos - Maternal.

Lição 2 - Quando eu oro, o Papai do Céu me dá amigos

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que o aluno desenvolva o hábito de orar por seus amigos.
Para guardar no coração: “Ele está perto de todos os que pedem a sua ajuda [...]” (Sl 145.18).
Nesta lição, o aluno vai conhecer uma parte da história de Isaque, filho de Abraão. Isaque passou por alguns problemas com pessoas que não eram suas amigas. Deus deu alguns amigos para Isaque e assim, ele não brigou mais porque, afinal de contas, amigos não brigam.
Após narrar a história bíblica em sua totalidade e realizar as atividades propostas na revista do professor, caso ainda haja tempo, sugerimos que entregue para cada aluno uma figura de crianças se abraçando para colorirem. Enquanto executam a tarefa, diga que o Papai do Céu gosta que tenhamos amigos e que os tratemos com muito amor e carinho. Estimule as crianças a abraçarem os amiguinhos da classe.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Setor de Educação Cristã da CPAD

Lição 02 - 2º Trimestre 2019 - Pedro Pesca Muitos Peixes - Jd. Infância.

Lição 2 - Pedro pesca muitos peixes

 2º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão reconhecer o poder de Cristo e transmitir a todos a mensagem do poder que há no nome de Jesus. 
É hora do versículo: “[...] Não tenha medo! De agora em diante você vai pescar gente” (Lc 5.10).
Nesta lição, os alunos aprenderão que Jesus viu dois barcos de pescadores perto da praia e foi até eles. Pediu que fossem para o meio do lago e lá lançassem a rede ao mar para pescar. Aqueles pescadores pescaram tantos peixes que os barcos quase afundaram. Eles pescaram a noite toda e não tinham pego nada, mas quando Jesus mandou, e Pedro, um dos pescadores, obedeceu, ele pegou muitos peixes. Depois disso, Pedro se tornou amigo de Jesus e passou a falar de Jesus para todas as pessoas. Você também pode contar de Jesus para seus amigos e trazer muitos para a casa de Deus. Através dessa história bíblica, Os alunos deverão reconhecer o poder de Cristo e transmitir a todos a mensagem do poder que há no nome de Jesus.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você siga o passo a passo sugerido abaixo, junto com as crianças, a fim de confeccionar alguns peixinhos para as crianças levarem para casa como lembrança da aula de hoje. Enfatize que Pedro deixou de pescar peixes para pescar gente para o Papai do Céu. Portanto, sugira que cada um desses peixinhos seja um alvo de evangelização para seus alunos. Cada peixe seja uma alma de um parente ou de um melhor amigo de sua criança. Estimule a prática da evangelização nos pequenos.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 02 - 2º Trimestre 2019 - Um Presente, Uma Confusão - Primários.

Lição 2 - Um Presente, uma Confusão

2º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno saiba que não devemos nos deixar levar pela inveja e pela maldade.
Ponto central: Deus ama todos os seus filhos.
Memória em ação: “Confie no Senhor de todo o coração” (Pv 3.5a).
Querido (a) professor (a), após seguir as orientações contidas em sua revista, sugerimos que você rememore a lição anterior junto à classe. Recorde que na semana passada pedimos que nesta aula todos trouxessem fotos de suas famílias, claro com a ajuda e autorização de seus responsáveis, pois ao final da aula vamos fazer um belo mural de oração pelas famílias (ao final mostramos aqui algumas ilustrações para sua inspiração).  
A história de hoje é bem densa: a trama de assassinato, a traição, ciúme, malícia que levaram pessoas a vender o próprio irmão como escravo. É muito triste ver até onde a maldade e inveja podem levar o ser humano, ao ponto de desumanizá-lo até com os da própria família. 
E quantas não são as cruéis atrocidades, atos bárbaros e realmente desumanos que vemos todos os dias nos noticiários atingindo esta que é uma sagrada instituição divina?! Nesta semana, por exemplo, um crime brutal chocou o País, no Rio de Janeiro o carro de uma família foi fuzilado com 80 disparos do Exército Nacional. Militares cuja missão era proteger aquela família, assim como as nossas e as dos demais cidadãos. 
Declarações escapistas ou a ausência do devido pronunciamento sobre o caso por parte de nossos governantes revelam que a nossa situação ética e moral enquanto sociedade é ainda mais degradante. Ao ponto de não só uma barbárie impensável como esta ocorrer, mais ainda pior, depois de ocorrida ser banalizada. Nossa situação é grave.
Precisamos lamentar!
Não há lamento que possa reparar esta família dilacerada pelo trauma, dor, pela revolta frente à injustiça e por seu luto. Porém, a falta dele nos diminui enquanto seres humanos, nos extingue como cristãos – palavra que significa “pequenos Cristos”. E mais do que nunca a luz de Cristo nesta terra não pode ser apagada (Cf Mt 5.14-16).
Precisamos lamentar porque precisamos nos importar. Sentirmos a dor do outro como se nossa fosse e fazer algo a respeito.  
Não à toa, diante de fatalidades – a maioria ocasionada quando o coração do povo se desviava do caráter de Deus, – o próprio Senhor convocava a nação para se lamentar, chorar, converter o riso em choro e a alegria em tristeza; conclamava prateadores, carpideiras, intercessores, buscava alguém que se colocasse na brecha para pedir perdão, clamar pela nação. Leia Jr 5.1-5; Ez 22.31,31; Tg 4. 5-10 - NTLH.
Diante de irmãos se levantando contra irmãos neste trecho da história de José e do contexto social ao qual estamos inseridos, nós compartilhamos com você mestre esta reflexão. E que o Espírito do Senhor ache em nós pessoas que orem pelas famílias, por esta enlutada e por tantas outras marcadas pelas tragédias em nossa pátria; pela família chamada Igreja do Senhor, que precisa de um despertar espiritual, pela sua e a de seus alunos.
Seguem algumas imagens que podem servir de inspiração para a confecção do mural de oração pelas famílias com as fotos trazidas por seus Primários. Evidentemente, adaptando o que for necessário para utilizar materiais acessíveis, como papel pardo, papel verniz, sulfite, camurça, crepom, laminado, cartolina, E.V.A. etc. O que houver disponibilidade.
Deixe que seus alunos participem de todo o processo de confecção sob sua orientação. Este tipo de atividade, além de estimular a criatividade, funções motoras e cognitivas, habilidades sociais, ainda fortalece a comunhão e integração da turma. 
Já que famílias trabalham unidas, este projeto também serve como ilustração para o que aprenderemos sobre família ao longo do trimestre. 
Ao início ou final de cada aula, todos juntos estenderão as mãos para este belo trabalho coletivo para orar por estas e as demais famílias (mesmo as que não estão nas fotos). Pode-se também anotar os nomes dos familiares de quem não puder trazer uma fotografia, ou ainda mais lúdico, colocar o desenho deles de suas famílias. Mas o principal é você explicar que as famílias que estão no mural representam todas as famílias da nossa pátria. 
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O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula! 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 02 - 2º Trimestre 2019 - Vencendo os Amalequitas - Juniores.

Lição 2 - Vencendo os Amalequitas

2º Trimestre de 2019
Êxodo 17.8-16.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana, seus alunos terão a oportunidade de conhecer um pouco mais a respeito das vitórias concedidas ao povo de Deus, mediante sua fé e obediência ao Todo-Poderoso. O cenário desta vez é o deserto. Durante a travessia, rumo à Terra prometida, muitos foram os desafios a serem vencidos pelo povo escolhido.
Depois de experimentarem o poder de Deus, ao receberem o maná enviado do céu, assim como das codornizes, e das fontes amargas de Mara transformadas em água doce, e da água jorrada da rocha saciando a sede do povo, Israel se depara desta vez com uma grande batalha contra os amalequitas, um povo que morava no deserto de Sim. Os amalequitas eram descendentes de Amaleque, um neto de Esaú. Eles formavam uma tribo nômade feroz que vivia na região desértica do mar Morto. Costumavam atacar povoados pelo deserto, saqueando e matando apenas por divertimento. Aquela batalha introduz Josué em cena na história de Israel. Começava ali uma grande experiência que tornaria Josué um grande líder do exercito israelita e que levaria o povo hebreu a tomar posse da Terra Prometida.
Josué. O homem escolhido para ser sucessor de Moisés como líder de Israel aparece aqui pela primeira vez na narrativa bíblica. Josué significa ‘o Senhor salva’ ou ‘Iavé é Salvador’; a forma grega do nome ‘Josué’ é ‘Jesus’ (ver Mt 1.21). É muito adequado que o homem que posteriormente conquistaria Canaã, apareça pela primeira vez desempenhando um papel de soldado (vv. 9-14). Deus o preparava providencialmente para suas futuras lutas contra os cananeus.
Moisés levantava a sua mão. Moisés, de mãos levantadas para o Senhor, revela sua dependência de Deus e sua fé nEle. (1) A força e a vitória de Israel dependiam exclusivamente do povo achegar-se a Deus continuamente em oração, fé e obediência. Quando Moisés cessava de orar, cessava também o fluxo do poder divino sobre o povo de Deus (ver Hb 7.25). (2) Esse princípio divino continua em ação no novo concerto. Se deixarmos de buscar a Deus diariamente em oração, o fluxo da vida, proteção e bênçãos divinas minguará em nossa vida. Nossa única esperança de vitória consiste em continuamente chegarmos perante o trono da graça por meio de Cristo, a fim de receber o poder e a graça de Deus para nos ajudar nas necessidades (Hb 4.16; 7.25; ver Mt 7.7,8 – nota).”
(Texto extraído da Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 142). 
Para reforçar o ensinamento, sugerimos a atividade a seguir:
Tema: Minha fé em Deus me faz ser um vencedor.
Versículo: “Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 15.57).
Hoje seus alunos aprenderão que pela fé em Jesus podemos vencer as dificuldades da vida e nos tornar heróis e heroínas.
Hoje seus alunos decidirão se vão confiar em Deus e se tornar-se-ão um herói na fé.
Aplicação: Ter coragem não significa não ter medo. A nossa fé em Deus nos faz vencer o medo e nos torna campeões.
Atividade: Fale a respeito de alguns heróis do Novo Testamento. Explique que estes homens e mulheres eram pessoas comuns, como nós, todavia eles venceram seus inimigos e algumas lutas porque confiavam em Jesus. Quando olhamos para Jesus com confiança nos tornamos corajosos e assim nos tornamos um campeão. Em seguida, peça que os alunos sentem-se em circulo no chão da classe. Depois, solicite que eles formem dois grupos (podem ser meninos x meninas). A seguir, escreva no quadro de giz palavras que estejam relacionadas com alguns heróis do Novo Testamento sem as vogais. Por exemplo: JSS (Jesus), STV (Estevão), PDR (Pedro), SLS (Silas), PL (Paulo). Determine um tempo para que os alunos descubram as palavras. O grupo que acertar mais palavras será o vencedor. Ainda em grupo, conclua a atividade mostrando aos alunos o quanto é bom fazer parte de um grupo vencedor. Aqueles que creem em Jesus e entregaram sua vida a Ele já fazem parte desse grupo, que é mais que vencedor.
(Atividade extraída da Obra Boas Ideias para Professores de Educação Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, pp. 56,57).

Lição 02 - 2º Trimestre 2019 - Crescimento Saudável - Pré Adolescentes.

Lição 2 - Crescimento Saudável 

2º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: 1 Timóteo 4.8.
Caríssimo(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos terão a oportunidade de dialogar a respeito do crescimento saudável. E quando falamos crescimento não estamos nos referindo somente ao crescimento físico, mas também ao crescimento psíquico e espiritual. E para tanto é preciso manter alguns cuidados, a disciplina e o equilíbrio para que o pré-adolescente não somente cresça, mas cresça de forma saudável. Cuidar do corpo, da mente e da alma não se trata de vaidade, mas de pensar na qualidade de vida que temos vivido. O adolescente na fase de crescimento precisa estar interado com esses detalhes.
“Tempo de Crescer.
Uma excelente maneira de o adolescente conquistar a felicidade é mediante a orientação sobre a forma correta de crescer e viver. A Bíblia diz que a boa árvore produz frutos bons:
‘Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo’ (Mt 7.17-19).
A árvore deixa uma simples lição de vida para todo o ser humano demonstrando que as etapas de crescimento são normais, pois tudo na árvore está sendo preparado para uma farta frutificação. O fruto perfeito e gostoso justifica todo o trabalho e dedicação gasto com a planta. Não adianta ser uma planta muito bonita ou bem cuidada; para indicar que a árvore é boa, ela tem que produzir frutos bons. A qualidade dos frutos é analisada pelo tamanho, perfeição e sabor. Só neste último estágio é que todos podem louvar pelo resultado de todo o processo do plantio.
Na vida prática, isso significa que todo o investimento de pais e líderes na educação de um adolescente tem a finalidade de prepará-lo para uma frutificação abundante no futuro. O temperamento é um dos aspectos mais importantes na constituição da vida frutífera. Quantos jovens não alcançam alvos para a sua frutificação por causa do gênio difícil, insubmissão, preguiça e desobediência a todos os padrões estabelecidos pelos pais e líderes? Esses precisam ser ajustados urgentemente.
Os responsáveis pelo ensino precisam estar atentos a tudo o que diz respeito às reações e atitudes dos adolescentes diante de problemas, escolhas, e situações. É tempo de ajustar e consertar temperamentos, para que o jovem não sofra no futuro: ‘Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo’ (Mt 7.19). O apóstolo Paulo também fala da importância dos frutos na vida do homem. As características pessoais precisam se ajustar às características espirituais. Essa união vai garantir excelentes frutos. No livro de Gálatas, encontramos os frutos ideais que todo cristão precisa dar: ‘Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei’ (Gl 5.22,23).”
(Texto extraído do livro Os Maravilhosos Anos da Adolescência. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp. 53,54). 

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Lição 2 - 2º Trimestre 2019 - Fui Injustiçado - Adolescentes.

Lição 2 - Fui Injustiçado 

2º Trimestre de 2019
OBJETIVOS
Estimular a fidelidade a Deus, mesmo diante de circunstâncias adversas;
Conscientizar sobre o perdão e a importância de ter um coração limpo; 
Explicar os ‘sonhos de Deus’ para o aluno.
ESBOÇO DA LIÇÃO:
UM JOVEM SONHADOR
INJUSTIÇADO DENTRO DA SUA PRÓPRIA CASA
DEUS HONRA JOSÉ NO EGITO
O PODER DO PERDÃO
A lição desta semana toca em algumas questões importantes: a capacidade de permanecer fiel a Deus, embora as circunstâncias sejam contrárias; a importância e a necessidade de se oferecer o perdão ao outro e permanecer com o coração limpo. São lições que aprendemos com José, o jovem hebreu, posto por Deus como governador do Egito a fim de preservar uma linhagem, que séculos depois, nos daria Jesus Cristo.Para auxiliar a preparação de sua aula é importante saber algumas informações específicas sobre José. Por isso, disponibilizamos o seguinte trecho para você: 
JOSÉ
1. Décimo primeiro filho de Jacó, e primeiro filho com sua esposa favorita, Raquel, depois que sua irmã Leia já lhe havia dado seis filhos e uma filha. Estéril há muito tempo, e desejosa de ter filhos, Raquel chamou seu primeiro filho de José, em hebraico, yosep ou yehosep, que significa ‘Que Ele acrescente’; e como ela explica, ‘O Senhor me acrescente outro filho’ (Gn 30.24).
José era o único filho de Raquel na época do retorno da região de Harã à Palestina, e tornou-se o filho favorito de Jacó. Quando Jacó foi ao encontro de Esaú, colocou Raquel e José no lugar mais seguro da caravana. Esse favoritismo é comentado em Gênesis 37.3, como consequência da idade avançada de seu pai. José era um pastor, assim como seus irmãos, e provocou sua hostilidade ao relatar ao pai informações sobre a má conduta destes. Jacó demonstrou sua parcialidade dando ao filho um longo manto ornado com mangas (literalmente, um manto especial). É possível que aquele manto tivesse sido confeccionado sob encomenda, com um tecido colorido (cf. vestimenta dos asiáticos, mostrada no túmulo de Khumhotep II do Reino do Meio, em Beni Hasan). Esse presente indicava que Jacó pretendia fazer de José o seu principal herdeiro e, com isso, acirrou a ira de seus irmãos contra ele (37.4).
Após ser vendido como escravo pelos seus irmãos, sofrido todas as sortes de injustiças, Deus se lembrou de José e o elevou a governador do Egito. Anos depois, ele reencontra seus irmãos e se depara diante de tudo o que aconteceu com ele em anos anteriores. O resultado desse encontro é uma das narrativas mais belas da Bíblia.[...]
Por fim, José revelou sua identidade, e isso foi feito com uma considerável emoção de sua parte; ele chorou tão alto que todos os egípcios o ouviram (45.2; cf. 42.24; 43.30,31). Podemos observar claramente o sensível e compreensivo caráter de José pela segurança que deu aos irmãos, mostrando que os havia perdoado e estava preocupado com seu bem estar. Além disso, José viu a mão de Deus em sua carreira, pois Senhor o havia escolhido com a finalidade de preservar Israel através de sua pessoa (45.7,8). (Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.1091)

Lição 02 - 2º Trimestre 2019 - A Liderança no Antigo Testamento - Juvenis.

Lição 2 - A Liderança no Antigo Testamento

2º Trimestre de 2019
“E todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado por profeta do SENHOR”(1 Sm 3.20).
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. SAMUEL, UM HOMEM QUE RESUME A LIDERANÇA NO AT
2. SAMUEL, O JUIZ QUE UNGIU DOIS REIS
3. O MINISTÉRIO SACERDOTAL DE SAMUEL
4. SAMUEL, O PROFETA DE SEU TEMPO
Querido (a) professor (a), como o tema liderança será explanado no decorrer dos próximos meses, que tal propor um bate-papo para saber o que seus alunos pensam sobre o assunto?! Erroneamente, até mesmo no contexto extrarreligioso, as pessoas associam e até resumem a posição de líder ao status, poder, ascensão...  Quando na verdade o que faz um bom líder é oposto – a humildade de SERVIR; como o exemplo do maior de todos os líderes, que lavou os pés de seus liderados para lhes ensinar a fazer o mesmo.
  Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus, e que ia para Deus,  levantou-se da ceia, tirou as vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se.  Depois, pôs água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim?  Respondeu Jesus e disse-lhe: O que eu faço, não o sabes tu, agora, mas tu o saberás depois. Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo.[...]
Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito?  
Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. 
Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou. Se sabeis essas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes. (João 13.3-17)
Você, mestre, líder de seus Juvenis, já meditou no poder deste exemplo? Como tem exercido a sua liderança? Seus alunos te olham tal qual os discípulos olhavam para o Mestre deles, Jesus, enquanto o via lavar os seus pés, servi-los? Acima de suas palavras, eles aprendem com seu exemplo. Então, de nada adiantaria nós falarmos que liderança não é status social, se nós nos valermos de nossas posições desta maneira; se com nossas atitudes demonstramos ego inflado com superioridade vã. 
Neste momento você provavelmente já trouxe à memória líderes que te inspiraram ao longo de sua trajetória, por diversas razões e de variadas maneiras. Afinal, apesar da essência dos princípios bíblicos de liderança serem os mesmos, somos chamados a exercê-los cada qual com sua individualidade, talentos, características, personalidades, peculiaridades. Assim como veremos ao longo desta revista ao estudar diferentes líderes, mas todos igualmente levantados e poderosamente usados por Deus.
Também provavelmente lembrou-se de alguns que ao contrário de te motivar ou inspirar te desanimaram ou repeliram. Podemos e devemos aprender com ambos. O que, a nossa maneira, podemos aproveitar, e o que precisamos deixar de reproduzir?
Que tal levar este trecho precioso das Escrituras tais quais as reflexões advindas dele para seus alunos?! Sugiro que antes de aplicar os tópicos de sua revista você faça um “pensa rápido” explicando que quando você disser uma palavra, eles imediatamente deverão dizer a primeira palavra que lhes vier à cabeça. E você vá anotando na lousa ou quadro ou cartaz que fique exposto à visão de todos. Diga palavras relacionadas ao nosso tema: Líder; liderança; pastor; guia; responsável; Moisés, etc. E abaixo de cada palavra o que eles forem dizendo. Em seguida, medie essa discussão sobre porque muitos atribuem à liderança superioridades, quando Jesus ensinou na prática que ela se tratava de humildade e serviço. Então, neste momento leia com eles a passagem aqui explanada de João13.3-17.
Ao final ore clamando ao Senhor para que Ele nos dê amor, sabedoria e humildade necessários para fazer de nós líderes servos, segundo o seu coração e exemplo tão glorioso, dando até mesmo a sua vida pelos seus liderados.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 02 - 2º Trimestre 2019 - Os Artesãos do Tabernáculo - Adultos.

Lição 2 - Os Artesãos do Tabernáculo 

 2º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – HOMENS ESPECIAIS PARA SERVIÇOS ESPECIAIS (31.1,2,6)
II – CHEIOS DO ESPÍRITO, SABEDORIA, ENTENDIMENTO E CIÊNCIA (Êx 31.3-5)
III – USANDO OS TALENTOS PARA A GLÓRIA DE DEUS 
Elienai Cabral
 
II – CHEIOS DO ESPÍRITO, SABEDORIA, ENTENDIMENTO E CIÊNCIA (ÊX 31.3-5)
Cheios do Espírito de Deus para Realizar a Obra
Ao escolher Bezalel e Aoliabe, Deus investiu em suas vidas para que os mesmos fossem inspirados e inventivos para fazerem cada peça do Tabernáculo. Toda a criatividade de Bezalel e Aoliabe obedeceria ao plano original de Deus entregue a Moises. Nada poderia ser feito ao bel-prazer, mas, sim, de acordo com o plano original. Moisés teve a garantia de que aqueles dois homens e todos aqueles que os ajudariam nas várias atividades seriam cheios do Espírito de Deus (Êx 31.3). Essa concessão seria manifestada em sabedoria, entendimento e ciência para a realização de todas as atividades que envolviam habilidades com metais, madeiras e peles. Todas as peças fabricadas para o Tabernáculo tinham significados especiais. Esse era o modo de Deus fazer conhecida a sua vontade e o seu desejo de habitar com o povo de Israel. Toda a simbologia constitui-se figura de representação da realidade espiritual. Para o ministério cristão, o requisito para a obra de Deus ser feita é ser cheio do Espírito Santo (ver Ef 5.18). 
A Prerrogativa de Deus (Êx 31.1,2)
É prerrogativa de Deus o direito de chamar quem Ele quiser. Quando Ele chama, assim o faz por nome, como fez com Moisés, Bezalel e Aoliabe. Deus é Soberano e conhece particularmente cada pessoa no mundo. Na Igreja, o método divino é o mesmo. Para o serviço do Tabernáculo, o Senhor escolheu aqueles que tinham habilidade para fazer determinada obra e encheu-os de conhecimento e ciência. Quando Jesus escolheu seus discípulos, Pedro foi especialmente escolhido para trabalhar com os judeus; mais tarde, Paulo foi escolhido para evangelizar os gentios. 
Para tornar suas habilidades ainda mais precisas, Bezalel e Aoliabe tiveram a provisão de Deus, que lhes concedeu sabedoria e ciência. Na Igreja, Deus tem concedido dons a pessoas que são investidas de sabedoria para edificarem espiritual, moral e doutrinariamente o corpo de Cristo. Os ministros de Deus tornam-se sábios arquitetos e construtores da Igreja de Deus (ver 1 Co 3.9). 

III – USANDO OS TALENTOS PARA A GLÓRIA DE DEUS 
1. Os Talentos (Habilidades) de Bezalel e Aoliabe (Êx 31.1-6)
Bezalel fora especialmente escolhido por Deus por ser um artesão altamente profissional e por saber trabalhar com ouro, prata e cobre, além de outros materiais como madeira e pele. Bezalel sabia lavrar esses metais com esmero, bem como madeira para a confecção das peças sob medida que seriam utilizadas no Tabernáculo. Ele e Aoliabe estariam submetidos às revelações de Deus para a confecção das peças que envolviam os altares, as colunas e as cortinas com suas cores. Como escultores, artesãos, carpinteiros e marceneiros, Bezalel e Aoliabe eram especialistas, e tudo quanto fizeram no Tabernáculo, independentemente da estrutura, da estética e da beleza de seus trabalhos, eram feitos para a glória de Deus. Seus talentos pessoais seriam efetivados com a supervisão de uma equipe de obreiros qualificados para moldarem os muitos objetos sagrados com ouro, prata e cobre, e até mesmo os vestidos dos sacerdotes, que eram usados nas ministrações sacerdotais no culto do Tabernáculo, seriam lavrados com pedras preciosas. 
2. Os Talentos Revelados na Igreja (Mt 25.14-30)
A parábola de Jesus sobre os talentos envolvia a história de um homem rico que, precisando viajar e ausentar-se da sua terra, resolveu distribuir responsabilidades de negociação com os seus servos. Mateus utilizou o termo grego talanton, que significa “talento”, e referia-se a uma moeda de alto valor. O homem da parábola distribuiu os talentos aos seus servos de acordo com a capacidade de cada um deles para negociar com aqueles talentos, que podem representar qualidades naturais e graças espirituais que qualificam pessoas a realizarem determinados serviços para o Reino de Deus. Cada crente é dotado de algum talento com o qual poderá trabalhar para o Senhor Jesus e receber a devida recompensa pelo seu trabalho. Esses talentos podem representar “dons” concedidos pelo Espírito Santo, tanto em relação a talentos naturais quanto a talentos espirituais, os quais são identificados pelas habilidades úteis para os serviços da Igreja de Cristo. 
Texto extraído da obra “O TABERNÁCULO”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Lição 02 - 2º Trimestre 2019 - Nem Pobreza e Nem Riqueza, mas o Necessário - Jovens.

Lição 2- Nem pobreza e nem riqueza, mas o necessário 

2º Trimestre de 2019
Introdução
I-A Prosperidade Financeira no Antigo Testamento
II-A Prosperidade Financeira e o Cristianismo
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Mostrar a prosperidade financeira no Antigo Testamento;
Explicar a prosperidade Financeira e o Cristianismo;
Palavras-chave: Cobiça e soberba.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Natalino das Neves:
Na história de Israel narrada na Bíblia, fica evidente como a evolução da organização em sociedade, da fuga de uma vida rural para uma vida mais urbana, do uso do dinheiro e dos bens materiais tomou conta dos desejos humanos, promovendo o uso das pessoas e o amor às coisas. O problema quando isso é legitimado por meio da religião.
Para analisarmos qual é a perspectiva cristã em relação ao dinheiro, primeiro vamos pesquisar qual era a perspectiva do povo hebreu, com base em Deuteronômio 28.1-6, e somente depois verificaremos a releitura realizada por Jesus em Mateus 6.19-24 e quais foram as recomendações aos seus discípulos. 
I. A Prosperidade Financeira no Antigo Testamento
A prosperidade e a teologia da retribuição
A interpretação de alguns textos bíblicos sem considerar o contexto cultural e teológico da época da escrita podem levar os leitores atuais a tomar uma teologia contrária ao projeto de Deus como se fosse a própria intenção de Deus. Com relação à prosperidade condicionada à obediência tem levado muitos cristãos a defender uma religião mercantil. Os expoentes da teologia da prosperidade defendem que a doença, pobreza, sofrimento, entre outros males são consequências do pecado. Eles também afirmam que as bênçãos e prosperidade são recompensas pela obediência à doutrina propagada por eles. Uma mercantilização da fé. O protótipo da teologia da prosperidade é conhecido no Antigo Testamento (AT) como a teologia da retribuição. Essa teologia é bem destacada no livro de Jó. Nesse livro ela é representada pelos “amigos de Jó”. Ao chegarem para consolar Jó das desgraças que haviam lhe ocorrido procuram a causa do ocorrido. Para isso, procuram obter de Jó a confissão de quais pecados havia cometido para sofrer absurda desgraça. A teologia defendida na época legitimava a riqueza adquirida por meio da exploração, pois segundo ela, a riqueza era sinônima de justiça, de pureza e de santidade. Por outro lado, a pobreza significava castigo pelo pecado e injustiça praticada. 
A mercantilização da fé leva os seus defensores, que acabam se beneficiando de sua prática, a usar o nome de Deus para legitimar sua teologia. No próprio livro de Jó já se pode constatar essa prática:
Outra prática utilizada para legitimar a autoridade dos discursos era a utilização de supostas revelações e visões. No discurso de Elifaz, é citada uma estranha, confusa e duvidosa visão noturna (Jó 4.12-17). Entretanto, Elifaz não obtém êxito nesta prática com intenção de convencer Jó de sua culpabilidade e submissão ao sofrimento como correção do pecado encoberto. Muitas denominações cristãs contemporâneas se utilizam da mesma técnica. [...] Os ouvintes que estão em busca de uma libertação, conquista de prosperidade e sucesso, alimentam esse processo de mercantilização da fé. [...] Portanto, os discursos de Elifaz defendem uma religião mercantil e se utiliza de supostas visões e revelações para dar credibilidade às suas afirmações. p. 37, 38)
Rossi (2008, p. 89, 99), ao falar sobre os líderes atuais que representam a teologia de retribuição, afirma que esses geralmente usam de artifícios de supostas revelações para legitimar suas afirmações e discursos inflamados. O pior que nesses discursos, feitos como se fossem ordenados pelo próprio Deus, fazem promessas de parceria e comprometimento de Deus com sua realização. O resultado é frustração e abandono da fé por muitas pessoas. No caso de Jó, ele muda de posicionamento e questiona a teologia propagada pelos seus “amigos”, pois tinha convicção de sua comunhão com Deus e de sua integridade. 
Ele era testemunha viva de que a obediência era fundamental, mas não deveria ser exercida a base de troca com Deus por uma vida próspera. Portanto, a teologia dominante na época de Jó era de barganha com Deus. Apesar de já ser questionada no Antigo Testamento (livro de Jó) ela prevaleceu no imaginário judeu. Se a adoração a Deus fosse garantia de recompensa material, o mundo estaria repleto de “adoradores” interesseiros.
As bênçãos da prosperidade são consequências naturais 
O capítulo 28 de Deuteronômio faz parte de um contexto maior. As unidades Deuteronômio 26.16—27 e 29.9-20 emolduram (parte inicial e final) o contexto e tem objetivo de explicar as bênçãos e maldições que formam a maior parte da unidade de Deuteronômio 27.9—28.68 e está relacionada ao compromisso entre Yahweh e o povo da aliança, da qual o texto em estudo faz parte Deuteronômio 28.1-6. A unidade lembra o modelo de tratado de suserania e vassalagem do antigo Oriente Próximo, que era firmado entre uma nação que tinha o domínio com outra que era dominada por aquela. Nesses tratados era comum ter uma pequena lista de direitos (bênçãos) e uma lista grande de obrigações (maldições), que seriam recebidas por quem violasse o pacto firmado. No entanto, no pacto de aliança de Deuteronômio não é imposto, mas é dada a liberdade para o povo aceitar ou não o compromisso.
Em Deuteronômio 28.1-14 são pronunciadas as bênçãos e em Deuteronômio 28.15-68 são pronunciadas as maldições, quase quatro vezes o conteúdo das bênçãos. Nele está presente o princípio teológico de Israel de que a obediência à aliança com seu Deus traria bênção e prosperidade, e a desobediência traria maldição e miséria. Por ser o povo da aliança com Yahweh as bênçãos serviam como recompensas pela retidão moral, enquanto as maldições eram resultado de rebelião e prática do mal. Para nosso estudo, o que interessa são as bênçãos. As bênçãos estão relacionadas ao que era de valor para a época, abrangia a vida no campo e a vida na cidade (v. 3). A abundância da prole que era importante principalmente para o campo, pois a mão de obra era algo valioso na época e uma família numerosa era considerada uma bênção para os camponeses, a maioria da população. A colheita abundante tinha a ver com a provisão das condições para plantio e colheita, que envolvia as condições da natureza e recursos para efetuar a colheita como os vasos usados para coletar utilizar o produto do campo (v. 5). Além da prosperidade das criações e êxito nas principais ocupações da época. A teologia deutoromista vê a origem do mal na idolatria, ou seja, o abandono das instruções de Yahweh e a adoração aos deuses propagados pelas outras nações. Por isso, em vários momentos o povo da aliança é instado a renovar o pacto (Dt 10.14-21; 11.22; 30.15-20). Por mais que a metade do livro de Deuteronômio contenha ritos e leis, ele não é um livro de caráter legalista. Nele, o cumprimento da lei está relacionado ao amor a Deus “de todo o coração e toda a alma e toda a força” (Dt 6.5; 13.3; 26.16; 30.2, entre outros textos). Ao comentar sobre Deuteronômio, Andiñach (2015, p. 138) afirma “Nada mais distante do espírito desse livro do que o fato de pensar que simplesmente por cumprir ritos e oferendas se poderá alcançar a bênção de Deus”. Infelizmente, esse foi o entendimento prático de parte desse povo até os dias de Cristo e continua influenciando o povo evangélico até os dias atuais.
Com relação ao texto de Deuteronômio 28.2-5, interessante notar que ele não incentiva a busca de Deus pela bênção. O texto afirma que a benção é atraída pela atitude das pessoas: “virão sobre ti e te alcançarão”, isso “quando ouvires a voz do Senhor, teu Deus”. Desse modo, as bênçãos são consequências naturais do comportamento humano. Vamos dar exemplo prático para evidenciar essa afirmação. Qual seria o resultado na vida de uma pessoa honesta, dedicada à sua família e ao trabalho, trato educado e fácil com as pessoas, dentre outras virtudes possíveis? Evidente que as consequências naturais são de uma pessoa feliz e bem sucedida, tanto no seio de sua família, como no trabalho e nos demais relacionamentos. De tal modo, que diríamos que essa pessoa é abençoada, uma consequência natural como retorno natural de suas atitudes e comportamento. Todavia, como explicita o Salmo 73, um ímpio também pode ser “bem sucedido” em seus negócios e outras áreas da vida. Porém, do que vale essa “prosperidade”, sem a graça de Deus? O sábio Agur faz um pedido ajuizado a Deus em Provérbios 30,8b “não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada”. Possuir o que se pode conquistar com o trabalho e honestidade. 
Bem-aventurado quem mantém sua integridade o tempo todo 
O que produz paz e uma vida de excelência pelos padrões bíblicos é uma vida de comunhão com Deus, vivida segundo a sua vontade. Segundo Eclesiastes 7.8, o fim é melhor do que o começo. Existem pessoas que começam bem, mas terminam mal. No entanto, para quem não começou bem ainda resta uma esperança se entrar pelo caminho da fé em Deus. Todavia, Deuteronômio 28.6 afirma que o ideal é desfrutar da bem-aventurança na entrada e na saída. Para isso, o ser humano precisa ser fiel a Deus em todo tempo independente de prosperidade financeira. 
O fato de possuir muitos bens e prestigio pode significar para algumas pessoas sucesso e garantia de uma vida feliz. Contudo, isso não condiz com a realidade bíblica e a prática de vida. Existem muitas pessoas com grande prosperidade financeira, porém infelizes e depressivas. Da mesma forma, há pessoas simples e de baixíssimo poder aquisitivo felizes e que desfrutam de boa paz. Assim, não é a riqueza ou a pobreza que define o sucesso, a felicidade ou a excelência de vida das pessoas. Por mais que a crença popular no AT era relacionar a prosperidade financeira com a obediência a Deus, fica claro que várias personagens reconhecidas como fiéis tiveram vida simples e passaram por várias privações, como vários exemplos de profetas. Um texto do Novo Testamento que geralmente é mal interpretado é Fp 4.13 “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. O erro de interpretação se dá por considerar o versículo isolado de seu contexto. Na totalidade, Paulo afirma que já havia passado por dificuldade e momentos difíceis na sua vida, assim como também momentos de fartura e de prosperidade. Com a afirmação do v. 13, ele passa a mensagem que independente de qualquer um dos momentos (escassez ou prosperidade) a fidelidade a Deus deve ser constante, ou seja, não é a escassez ou a prosperidade que define a relação com Deus, mas a experiência de intimidade e comunhão com Ele. 
Obedecer à Palavra de Deus e fundamental na vida do ser humano, conquanto, isso não pode ser usado como barganha para receber benefícios de Deus.
II - A Prosperidade Financeira e o Cristianismo 
Depois de analisar o conceito de prosperidade para o povo hebreu na antiguidade, vamos observar qual foi o tratamento dado ao tema por Jesus. O Evangelho de Mateus tem como um dos seus pontos fortes a ênfase nos ensinos práticos do Mestre dos mestres. Dentro da unidade conhecida como O Sermão do Monte, é reservada uma subunidade para abordar os ensinamentos de Jesus de como lidar com as riquezas materiais. 
O maior tesouro é fazer a vontade Deus e viver em paz 
Depois dos discursos de Jesus sobre as bem-aventuranças e a advertência sobre a hipocrisia religiosa baseada em rituais e práticas com objetivo de aparentar certa religiosidade, que contrasta com a verdadeira justiça divina, Ele inicia uma seção de ditados de sabedoria. Esses adágios faziam parte da cultura judaica e eram apreciados como ensinos para o dia a dia dos judeus. O primeiro ditado está relacionado a uma palavra preferida por Mateus: tesouros. Ele usa termo grego “thesauros” nove vezes, enquanto em todo o Novo Testamento ela aparece dezessete vezes. Arrington e Stronstad (2012, p. 56) afirmam que esse termo “pode se referir às riquezas materiais (e.g., Mt 2.11; 13.44), mas na maioria dos casos indica riquezas espirituais ou celestiais (e.g., Mt 12.35; 13.52; 19.21). [...] Jesus contrasta tesouros terrenos que inevitalmente se decompõem, com a incorruptibilidade das riquezas celestiais”. Jesus incentiva o investimento nas riquezas celestiais. Ele não desmerece os bens materiais, mas a sua supervalorização.
Em uma sociedade consumista e centrada na economia de mercado como a atual, o dinheiro assume um papel peculiar, inclusive no meio religioso que tem o papel de mediação com o sagrado. A cada dia parece que o dinheiro tem encontrado no âmbito religioso, em especial no meio neopentecostal e pentecostal, um ambiente propício para o mercantilismo religioso. As pessoas são educadas para se ocupar com o “ter”. A busca para ter boa formação, ter um emprego que dê uma boa projeção financeira e social, ter uma boa casa, ter um bom carro, e assim por diante. Não há nenhum problema em se preparar para o mercado de trabalho e buscar conquistar uma boa situação financeira, isso é natural. No entanto, o problema é quando isso se torna a meta principal a ser atingida. Jesus adverte que o principal tesouro a ser conquistado não é o material e terreno, pois só produzem satisfação e alegrias momentâneas, e que podem ser facilmente tiradas. Em vez disso, Ele recomenda que ajuntemos o que pode ser desfrutado na vida eterna com Deus. Nenhuma riqueza do mundo pode comprar a paz que uma pessoa que faz a vontade de Deus desfruta. Muitas pessoas “poderosas” dariam tudo o que possuem para ter a paz que um cristão fiel desfruta com Deus e com as demais pessoas. A paz, que é fruto de um relacionamento saudável com o Deus, a família, amigos, comunidade cristã e a sociedade em geral. Cada pessoa colherá aquilo que planta (Gl 6.8).
O coração era considerado o centro do compromisso e das decisões (Mt 5.8,28), o tesouro que ele escolher vai definir o relacionamento com Deus, com as pessoas e com as coisas (Lc 12.16,17; Mt 16.26). A recomendação de Jesus é um coração misericordioso e generoso (Mt 5.42; 6.2-4). Assim, alcançará o maior tesouro que é fazer a vontade de Deus e ter paz.
A metáfora do olho como lâmpada do corpo 
A metáfora do olho como lâmpada do corpo é apresentada logo após a declaração de Jesus sobre as diferenças entre os tesouros terrenos e celestiais. Vincent (2012, p.38) afiança que o adjetivo grego haplous, que é traduzido por bom (olho bom), tem por trás a imagem de um tecido sem muitas dobras complicadas para dar a ideia de simplicidade ou singularidade, “num sentido moral: puro, objetivo, sem devaneios”. Enquanto que o seu antônimo tem o sentido de “duplicidade de indecisão condenadas no versículo 24”. O adjetivo haplous também é utilizado para se referir à generosidade (Rm 12.8), liberalidade (2 Co 8.2; 9.11; Tg 1.5) e beneficência (2 Co 9.13). Dessa forma, essas são algumas características de pessoas que tem os “olhos bons”, segundo a metáfora. 
O Reino de Deus irrompeu num tempo em que o mundo do primeiro século estava em profunda crise. A maioria, na pobreza, vivia ansiosa pelas coisas fundamentais à sobrevivência e em grande expectativa pelo futuro, com fé na esperança messiânica. Por outro lado, uma minoria que vivia em função do dinheiro e do que ele podia proporcionar. Eles não viam na obtenção do lucro a qualquer custo como um problema ético ou moral, mas como sinal de bênção divina. Para falar sobre essas diferenças de como lidar com o dinheiro, Jesus utiliza-se da metáfora do olho como lâmpada do corpo (Mt 6.22,23). O olho guia o corpo e dirige seus movimentos, sentimentos e ações. O texto descreve dois tipos de olhos: o bom ou são e o mau ou doente. O olho bom enxerga segundo a vontade de Deus, um olhar livre da ansiedade obsessiva pelas provisões materiais e que prioriza as ações de caridade e solidariedade, por isso torna o corpo luminoso (luz). Por outro lado, o olho mau enxerga segundo o interesse pela riqueza egoísta, buscando a acúmulo de riquezas de forma corrupta, assim sendo torna o corpo escuro (trevas). Jesus finaliza a metáfora com uma de suas declarações mais enigmáticas “Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!”. Como a luz pode ser trevas? As trevas sendo vistas como luz se tornam ainda mais perigosas, pois quando as pessoas trocam o bem pelo mal, reduz-se a esperança de mudança a quase zero. Essa era a situação de muitos religiosos na época de Jesus, tidos como referenciais e pessoas do bem, mas seus olhos estavam atentos somente para fazer o mal. Por isso, muitos que ouviram Jesus e foram tocados pela sua palavra não seguiram seus ensinamentos, pois não venceram o mal que estava enraizado dentro de si e conduziam seus olhos para os tesouros terrenos.
A metáfora esclarece que as escolhas humanas são moldadas pela visão de mundo de cada pessoa.  Desse modo, o estado presente o “olho” que determinará o futuro do corpo.   
A escolha entre servir a Deus ou ao materialismo, o deus Mamom 
Em todo o capítulo seis de Mateus o tema recorrente é o compromisso do coração. Um compromisso desvirtuado tem como foco o acumulo obsessivo de bens materiais. Jesus adverte constantemente sobre a motivação egoísta das práticas cotidianas do povo. Quando Mateus se refere ao Diabo e suas tentações ele concentra nos aspectos econômicos da vida. O ser humano é tentado pelas ambições pessoais, pelo desejo de ter mais do que é necessário, mesmo que tenha que tirar dos desfavorecidos, como tem ocorrido na atual situação política do Brasil. Matthew Henry traz um bom comentário sobre o equilíbrio na busca de bens materiais:
[...] não devemos acumular tesouros na terra, isto é: (1) Não devemos considerar as coisas terrenas como as melhores, ou as mais valiosas em si mesmas, nem as mais proveitosas para nós [...]. (2) Não devemos cobiçar a abundância destas coisas, nem estar tomando posse delas cada vez mais, e acrescentando-as, como fazem os homens com aquilo que é o seu tesouro, sem nunca saberem quando já têm o suficiente. (3) Não devemos confiar nas coisas terrenas para o futuro, para serem a nossa segurança e suprimento no tempo por vir — não devemos dizer ao ouro: “Tu és a minha esperança”. (4) Não devemos nos satisfazer com as coisas terrenas, como tudo o que precisamos ou desejamos; devemos nos contentar com o suprimento de nossas necessidades neste mundo, não desejando que a nossa porção seja exagerada. Não devemos fazer destas coisas a nossa consolação (Lc 6.24). Também não devemos nos sentir consolados pelos nossos bens (Lc 16.25). Consideremos que estamos acumulando, não para a nossa posteridade neste mundo, mas para nós mesmos no porvir. Precisamos fazer a nossa escolha, como se fôssemos os escultores de nossa própria vida; isto é, seremos aquilo que nós mesmos delinearmos. Cabe a nós escolher sabiamente, pois estaremos escolhendo para nós mesmos, e teremos aquilo que escolhermos (HENRY, 2015, p. 71).
O imaginário religioso transmitido por uma longa tradição judaica é questionado em Mateus 6.24, em que o dinheiro e o Diabo se fundem. Eles se tornam uma coisa só, Mamom, o deus do egoísmo e contrário ao amor, que precisa ser exorcizado. Para se livrar desse “demônio” e de suas tentações é preciso, em primeiro lugar, resistir o amor ao dinheiro e as vantagens egoístas que ele pode proporcionar. Fazer um uso sábio e prudente do dinheiro. Ninguém pode servir a dois senhores com propósitos distintos, pois as suas ordens de comando a qualquer momento serão contraditórias ou conflitantes. Não tem como amar e ser fiel a ambos, por isso a decisão de quem servir é inevitável (1 Jo 2.15; Tg 4.4). Escolha servir a Deus, ainda que isso exija sacrifícios e renúncias.
Jesus contrasta tesouros terrenos e destrutíveis com a incorruptibilidade das riquezas celestiais, reservadas a quem prioriza a vontade de Deus.                                                                     
*Adquira o livro do trimestre. NEVES, Natalino. Cobiça e Orgulho: Combatendo o desejo da Carne, o Desejo dos Olhos e a Soberba da Vida. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.