sábado, 7 de setembro de 2019

Lição 10 - 3º Trimestre 2019 - O Meu Amigo Guia e Protege o seu Povo - Jd. Infância.

Lição 10 - O meu Amigo Guia e Protege o seu Povo 

3º Trimestre de 2019
Objetivo: Os alunos deverão reconhecer que o deserto é um local difícil de viver; e relacionar alguns cuidados de Deus.  
É hora do versículo: “Confie no SENHOR. Tenha fé e coragem [...]” (Sl 27.14).
Professor, continuamos falando de cuidado e proteção com nossas crianças. Na lição passada as crianças viram o poder de Deus abrindo o Mar Vermelho, e depois de passar pelo mar com os pés secos, o povo continuou caminhando pelo deserto rumo à Terra Prometida. Agora não tinha mais o perigo de serem pegos por Faraó, mas eles tinham os perigos do deserto e ainda precisavam do cuidado e da proteção de Deus. E como Deus mostrava que estava com o seu povo? Através da nuvem durante o dia e da coluna de fogo durante a noite. 
Não se preocupe se você acha que essa história está se repetindo, pois há vantagem na repetição. “Acreditamos que é bom cantar os mesmos corinhos — com a mesma letra de música — por anos e anos, durante o crescimento dos nossos filhos. Fazemos o mesmo com versos e gestos; não hesitamos em repeti-los, quando já nos julgamos habilidosos em alguns deles. Contudo, quando falamos de histórias, logo pensamos: ‘Ah, já ouviram esta’. Mas se as histórias mantém as palavras corretas, as crianças querem ouvi-las mais uma vez, querem reconhecer suas falas favoritas, sem que sejam modificadas. Podemos ajudar nossas crianças a conhecer as histórias bíblicas tão bem como conhecem as três palavrinhas ‘Jesus me ama’, se assim as ensinarmos desde cedo.” (Beechick, Ruth. Como ensinar crianças do Jardim de Infância: Compreendendo e educando crianças de 4 e 5 anos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 65,66)
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 10 - 3º Trimestre 2019 - Os Dez Mandamentos - Primários.

Lição 10 - Os Dez Mandamentos 

3º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno compreenda que os mandamentos de Deus são importantes para o nosso bem-estar.
Ponto central: Os mandamentos de Deus são para o nosso bem.
Memória em ação: “Guardo a tua palavra no meu coração para não pecar contra ti” (Salmos 119.11).
Querido (a) professor (a), no próximo domingo o tema de nossa aula é provavelmente o mais conhecido do Pentateuco – os Dez Mandamentos. 
Muitas crianças lembrarão de imediato de alguma referência que já tiveram sobre o assunto, até mesmo vinda do universo externo à igreja, como na escola, programação televisiva, filme, série, novela... Portanto, para atrair a atenção delas pergunte se elas já ouviram falar, conhecem, sabem de cor... Deixem que se expressem livremente e com tato e carinho vá corrigindo qualquer informação equivocada.
A fim de despertar ainda mais o interesse delas para a nossa próxima lição, diga que hoje elas se divertirão muito aprendendo. Além de todo o conteúdo programático de sua revista, sugerimos aqui, caso haja tempo, duas brincadeiras para a memorização. Lembrando sempre que o lúdico é muito eficaz para o ensino e aprendizagem. 
A primeira é um jogo da memória. Porém, invés deles localizarem a carta do mandamento transcrito, eles deverão formar o par com o número, a ordem do mandamento. Por exemplo: “Respeite seu pai e sua mãe” deverá fazer par com o numeral 5º, por ser o quinto mandamento.
Para a confecção deste material você pode usar sua criatividade livremente. Seja aproveitando sobras de materiais de outras aulas, ou até permitindo que as próprias crianças façam o jogo, sob sua orientação, escrevendo os mandamentos e/ou enfeitando os numerais. O jogo pode ser em EVA com peças grandes – posteriormente pode virar um pôster ou ocupar um mural em sala – ou mesmo algo mais simples, com peças pequenas em cartolina ou o papel que você dispuser.
Outra sugestão é a elaboração de uma “Amarelinha” em classe. Pode ser previamente confeccionada por você ou mesmo a tradicional, desenhada com giz no chão, dependendo e se adequando sempre a realidade de sua igreja. Cada criança jogará normalmente a diferença é que quando chegarem ao número em que a pedrinha caiu deverá dizer o mandamento correspondente a ele. A diversão é garantida e o aprendizado e memorização também.
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Deus te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 10 - 3º Trimestre 2019 - Ética Cristã nos Relacionamentos - Juvenis.

Lição 10 - Ética Cristã nos Relacionamentos 

3º Trimestre de 2019
“E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2.18).
OBJETIVOS
Apontar para a necessidade de relacionar-se;
Mostrar que o cristão não pode viver isolado;
Conscientizar sobre o valor de uma boa amizade.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O SER HUMANO É UM SER SOCIAL
2. RELACIONAMENTOS COM CRENTES E NÃO-CRENTES
3. UMA AMIZADE SINCERA E BOA DEMAIS
Querido (a) professor (a), vamos prosseguir estudando ética, desta vez na esfera dos relacionamentos. Em sua revista você encontrará todo o planejamento de aula e subsídio necessário. 
É interessante aproveitar a temática que será levantada em classe, para aprofundar o debate sobre “jugo desigual”. Muitos associam esta expressão apenas a uma relação entre evangélico e alguém do mundo. Contudo, é importante salientar que o joio cresce junto ao trigo (Cf. Mt 13.24-30). Ou seja, pode e ocorre com frequência de o jugo desigual se dar entre dois “crentes”, duas pessoas da igreja. Portanto, acima de avaliar um status religioso, é importante incentivar os juvenis a observarem o caráter das pessoas com as quais se relacionam através de suas atitudes, não por suas palavras ou suposta fé.
Outro ponto relevante a ser debatido é o jugo desigual não só sob a ótica da espiritualidade, mas também analisando outros critérios importantes: interesses, comportamento, personalidade, ética e uma série de outros fatores que precisam ser minimamente compatíveis para que haja uma relação sadia.
A fim de lhe proporcionar ainda maior reflexão acerca do assunto desta próxima aula, segue um artigo para do nosso comentarista e autor da CPAD, Esdras Bentho, que também é Mestre, Doutorando em Teologia e professor da FAECAD.
A arte dos relacionamentos
Não existem relacionamentos perfeitos. Eles são construídos e dependentes da experiência, maturidade e sabedoria da pessoa em interpretar e corrigir as experiências afetivas negativas (Pv 15.31), transformando-as em lições positivas para que não se repita os erros cometidos (Pv 9.9; 13.16). É preciso educar as emoções para conviver com as diferenças e não responder o agravo com outro (Pv 15.1, 18, 23). Isto não ocorre de um dia para o outro, mas é um processo que perdura por toda vida. 
Relacionamentos saudáveis e afetividade (Jo 13.34)
O homem é um ser em construção. Ele não nasce pronto, acabado, mas do início ao fim da vida está em permanente desenvolvimento de sua personalidade, talentos, habilidades e relacionamentos (Sl 103.14-16). O homem não é apenas capaz de aprender, como também em desaprender, adquirir novos hábitos e caminhar rumo à maturidade (Ec 3.1-7). Ele cria e recria a si mesmo.  
A construção do sujeito não é um processo retilíneo, mas repleto de serpenteados, de rupturas e retomadas de rumo, como afirma Ec 3. Ele cresce no cultivo da vida social e deve ser sábio para distinguir os relacionamentos bons dos maus, as boas companhias das más, as interações frutíferas das frívolas e assim sucessivamente (Pv 13.20; 14.8). É no encontro dos vários afluentes da vida social, espiritual e afetiva que a vida e a identidade do sujeito são construídas. Ele tanto exerce quanto sofre influências e deve proceder de tal modo que as influências negativas não modifiquem seu comportamento e suas escolhas cristãs (Pv 14.33; 1Co 13.11). O homem deve ser bom apesar de toda lama que o cerca (Pv 4.20-27; 16.2; 21.21). 
Entendendo as interações humanas como parte de um processo necessário à construção do sujeito, e que esse desenvolvimento não ocorre exatamente como fórmulas matemáticas, mas se trata de uma construção social na qual o indivíduo se constitui e prossegue se constituindo, a pessoa é responsável por aquilo que cultiva e pelas escolhas que faz ao longo do caminho (Pv 16.9; 22.24-26). Nessa lida, a educação dos sentimentos desenvolvidos nas interações sociais na infância e adolescência são muito significativas para a nova fase da vida adulta, a qual o jovem, por exemplo, já se encontra no limiar. Cabe bem uma parte da poesia de Rudyard Kipling (Citado por Júlio Schwantes, em Colunas do Caráter):
“Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes, e, entre reis, não perder a naturalidade, e de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes, se a todos podes ser de alguma utilidade, e se és capaz de dar, segundo por segundo, ao minuto fatal todo valor e brilho, tua é a terra com tudo o que existe no mundo, e – o que ainda é muito mais – és um Homem, meu filho!.” 
Relacionamentos doentios e o ser  
O desenvolvimento integral do homem não deve ser fragmentado na imatura linguagem teológica da dicotomia ou tricotomia (Lc 2.52; 1Ts 5.23; Hb 4.12) ou mesmo nas expressões da psicologia (motor, afetivo, cognitivo, social), como se o crescimento afetivo saudável ou doentio se manifestasse em uma das partes sem afetar ou ter relação com o todo. O ser humano se desenvolve numa totalidade e cada uma das dimensões que o compõe é afetada como também influencia umas às outras. No exemplo de Saul, o primeiro a ser prejudicado foi o próprio rei que, tomado de profunda inveja e ira (Pv 14.17, 30), não teve maturidade para resolver seus dilemas e conflitos, vindo a cometer suicídio (1Sm 31.1-6). O desgaste emocional de Saul (1Sm 18.7-9) teria sido evitado se ele dominasse a si próprio (Pv 30.33; 25.28; Gl 5.23). 
[...] Sentir raiva, inveja, ciúmes entre outros sentimentos que afetam a vida psicossocial do homem, embora não desejável, faz parte da vida humana e da aprendizagem afetiva a qual o homem está trilhando e são descritos na Bíblia como pecado (Gl 5). Todavia, é necessário dominar e refrear tais sentimentos e impulsos (Pv 25.38; At 24.25). Caim (Gn 4.8-15), Saul (1Sm 18.7-15) e Sansão (Jz 14) são exemplos de pessoas que se deixaram levar por sentimentos que destruíram suas vidas. Leia a recomendação de Deus a Caim (Gn 4.7). Afirmou Júlio Schwantes, em Colunas do Caráter: "O domínio-próprio é uma conquista diária, em que as pequenas vitórias de hoje preparam as vitórias maiores de amanhã". Deste modo, afirmo que a verdadeira grandeza do homem é medida pela força dos sentimentos que ele domina, e não pelos sentimentos que o dominam.  
Construção de bons relacionamentos
Para compreender a base dos bons e dos maus relacionamentos é preciso entender a construção do próprio sujeito em seus diversos níveis: social, cultural, religioso. As interações sociais são construídas com base nos valores advindos da experiência de vida e formação da personalidade e caráter das pessoas. Nisto, a educação familiar como também a sociedade pode interferir positiva ou negativamente na construção ou não de relacionamentos maduros (Pv 23.13; 20.11; 29.15). Todavia, isso não significa que o sujeito esteja mecanicamente determinado por essas relações sociais, contudo, não se pode negar as influências externas na formação da afetividade. Da mesma forma como se aprende bons hábitos pode-se também com algum esforço abandonar os maus costumes e sentimentos que prejudicam as interações humanas. 
Bons relacionamentos são construídos ao longo do processo de aprendizado de vida do indivíduo (1Sm 18.1). Eles são capazes de estimular o que há de melhor no outro, revelando qualidades que talvez fosse ignorada pela própria pessoa (1Sm 19.1-7), pois favorece o conhecimento de si e do outro (1Sm 18.3-4). Eles não surgem de modo inesperado e mágico, mas desenvolvem-se à medida que os interesses e afinidades correspondem ao do outro. Neste aspecto, é importante escolher e iniciar boas amizades e relacionamentos saudáveis nos grupos de afinidades como a família e a igreja. Nesses dois grupos principais, os valores, os objetivos e as crenças são possivelmente mais afins do que noutros grupos de interesse como os da empresa, da universidade, onde nem sempre se encontram pessoas dispostas a compartilhar dos valores e crenças pessoais. A igreja, a comunidade da fé, é o lugar ideal para que o cristão estabeleça relacionamentos maduros e duradouros. Isto é possível porque há certa afinidade e interesse mútuos. Os princípios estabelecidos no Salmo 1.1-6 e 1 Coríntios 15.33 devem ser observados cuidadosamente por aqueles que desejam agradar ao Senhor, até mesmo na seleção de suas amizades e relacionamentos sólidos.
Infelizmente, os bons relacionamentos estão cada vez mais raros. O vulgar é ter muitas “curtidas” e “amigos” nas redes sociais, mas raro são os amigos para se estabelecer relacionamentos verdadeiros e duradouros. Todavia, isso não quer dizer que estabelecer bons relacionamentos seja impossível, apenas que boas interações humanas não se acham em qualquer lugar como mercadoria barata e de pouco prestígio. Alguns não encontram boas pessoas para se estabelecer boas interações humanas e significativas pelo simples fato de procurarem em lugares ruins. Daí a razão pela qual devemos valorizar as amizades dentro do grupo de interesse como a família e a igreja e, mesmo assim, doses de discernimento e perspicácia são necessários. Nem todas as amizades na comunidade de fé são sinceras. Sempre há um "judas" disposto a macular a honra dos outros e pilhar as sobras. Portanto, cultive os bons relacionamentos! Invista nas pessoas com as quais existe certa afinidade, principalmente com os domésticos na fé.
Personagens como Caim, Saul e Sansão ilustram como a falta de domínio pessoal sobre os sentimentos e desejos podem prejudicar as interações humanas. Portanto, se você tem dificuldade em dominar a si próprio ore a Deus pedindo o fruto do Espírito (Gl 5.22-23). 
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 10 - 3º Trimestre 2019 - Um Grande Sermão - Juniores.

Lição 10 - Um grande sermão 

3º Trimestre de 2019
Texto Bíblico – Mateus 5.1-12.
Prezado(a) Professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão a respeito da verdadeira felicidade. Jesus ensinou que existem atitudes que trazem a verdadeira felicidade aos nossos corações. Muitos procuram a felicidade em várias coisas deste mundo, achando que os bens materiais ou os prazeres da vida terrena podem preencher o vazio que sentem ou trazer alegria. Por isso, é importante que seus alunos aprendam desde cedo a respeito da verdadeira felicidade. 
Jesus expôs a vontade de Deus para os seus servos quando detalhou o Sermão do Monte (cf. Mt 5.1-12). Os ensinamentos apresentados neste sermão remetem às qualidades do caráter do cristão.
“Grandes multidões seguiam Jesus. Ele era o principal assunto da cidade; todos queriam vê-lo. Os discípulos, os companheiros mais íntimos desde homem popular, certamente foram tentados a sentirem-se importantes, orgulhosos e possessivos. Estar com Jesus não apenas lhes garantia prestígio, mas também poderia constituir-se numa oportunidade para receber dinheiro e poder.
As multidões se reuniam mais uma vez. Porém antes de dirigir-se a tão grande número de ouvintes, Jesus chamou seus discípulos à parte e advertiu-os sobre as tentações que enfrentariam como companheiros dEle. Disse-lhes que não esperassem fama e fortuna, mas pranto, fome e perseguição. No entanto, Jesus garantiu a seus discípulos que seriam recompensados, mas talvez não nesta vida.
Pode haver ocasiões em que seguir a Jesus traga grande popularidade. Aqueles que não viverem de acordo com as palavras de Jesus neste sermão poderão, para própria desgraça, usar a mensagem de Deus somente para promover seus interesses pessoais.
Jesus começou seu sermão com palavras que pareciam contradizer-se. Mas o modo de vida de Deu normalmente contradiz o do mundo. Se você deseja viver para Deus, deve estar pronto para dizer e fazer o que parece estranho para o mundo. Deve estar disposto a dar quando outros abusam. Abrindo mão de seus direitos e benefícios a fim de servir os outros, um dia receberá tudo o que Deus tem reservado para você.
Há pelo menos quatro considerações sobre as bem-aventuranças. (1) São um código de ética para os discípulos e um padrão de conduta para todos os cristãos. (2) Contrastam os valores do Reino, que é eterno, com os terrenos, que são temporários. (3) Contrastam a fé superficial dos fariseus com a fé real que Cristo exige. (4) Demonstram que as expectativas do Antigo Testamento cumprir-se-ão no novo Reino.
As bem-aventuranças não nos permitem escolher aquelas que nos agradam e desprezar as demais; devem ser consideradas como um todo, pois relacionam o que nós enfrentamos e como devemos agir como seguidores de Cristo” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 1222-23).
Como bons discípulos é nosso dever permitir que o Espírito Santo aperfeiçoe o caráter de Cristo em nós, a fim de que todas estas qualidades citadas no Sermão do Monte façam parte da nossa realidade diária. 
Para reforçar o ensinamento da lição de hoje, sugerimos a seguinte atividade:
Confeccione cartões com as palavras abaixo e coloque em uma sacola. Leia novamente o texto bíblico do Sermão do Monte, juntamente com seus alunos. Em seguida, retire as palavras da sacola, uma de cada vez, apresente para a turma e pergunte a qual bem-aventurança se refere.
 HUMILDADE – POBRE – FOME – MISERICÓRDIA –CORAÇÃO – PAZ – PERSEGUIÇÃO – CHORO

Lição 10 - 3º Trimestre 2019 - O Perdão Aproxima-nos de Deus - Pré Adolescentes.

Lição 10 - O Perdão aproxima-nos de Deus 

3º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Mateus 5.43-48; Marcos 11.25,26.
Prezado(a) professor(a),
Na aula de hoje seus alunos aprenderão a respeito do perdão, uma qualidade indispensável ao servo de Deus. Jesus ensinou que o perdão é uma decisão que devemos tomar se quisermos adentrar no Reino Celestial. Embora não seja uma atitude fácil, perdoar não deixa de ser uma condição, pois se não perdoarmos aqueles que nos causaram algum mal, nosso Pai Celestial também não perdoará as nossas faltas perante Ele (cf. Mt 6.14,15).
De fato, não há ninguém que possa afirmar que é perfeito e em algum momento da vida nunca tenha errado. Por esse motivo, devemos reconhecer que somos imperfeitos e, da mesma maneira que esperamos sermos tratados pelo nosso Senhor, devemos tratar as pessoas que estão à nossa volta.
Seus alunos estão na fase em que devem aprender a ser responsáveis por cada decisão que precisam tomar. Alguns aspectos emocionais são aprendidos com os responsáveis ainda na infância. Dentre eles está o hábito de perdoar o próximo. Se uma criança aprende com seus pais que deve resistir perdoar alguém que lhe tenha feito algum mal, crescerá desenvolvendo essa dificuldade. Na fase da infância, o exemplo dos pais é fundamental na formação do caráter.
Por esse motivo, o perdão deve ser um exercício aprendido desde a infância, e quando chegar a fase adulta a pessoa não sofrerá com problemas emocionais causados por conta da ausência de perdão.
“Ao ensinar a não retaliar os inimigos, Jesus nos impede de procurar fazer justiça com as próprias mãos. Amando e orando por nossos adversários, podemos vencer o mal com o bem. Os fariseus interpretavam de forma diferente os textos em Levítico 19.18 e Salmos 139.19-22; 140.9-11: eles criam que deviam amar somente aqueles que os amavam e odiar seus inimigos. Mas Jesus disse que devemos amar nossos inimigos. Se você os amar e tratá-los bem, demonstrará que Jesus verdadeiramente é o Senhor da sua vida. Isso só é possível àqueles que se entregam completamente a Deus, porque só Ele pode livrar-nos de nosso egoísmo natural. Devemos confiar no Espírito Santo que nos ajuda a demonstrar amor para com quem não amamos.
[...] Jesus nos dá uma surpreendente advertência sobre o perdão: se recusarmos perdoar aos outros, negamos nossa condição de pecadores que precisam do perdão de Deus. O perdão dos pecados, concedido por Deus quando aceitamos Jesus como Salvador e Senhor, não é resultado direto de perdoamos aos outros, e sim do sacrifício de Cristo por nós (ver Ef 4.32), mas ao entendermos o significado da misericórdia de Deus para conosco, devemos colocá-la em prática em relação a nosso próximo. É fácil pedir perdão a Deus, mas é difícil concedê-lo aos outros. Sempre que pedirmos que Deus perdoe os nossos pecados, devemos perguntar a nós mesmos: será que eu tenho perdoado aqueles que me têm magoado?” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 1226, 1228).
Aproveite e converse com seus alunos a respeito da dificuldade de perdoar. Explique que a magoa, o rancor, a raiva e outros sentimentos parecidos com esses estão ligados à nossa emoção. De outro modo, o perdão, o amor ensinado por Jesus, a alegria e outros aspectos benéficos encontrados nos mandamentos do Senhor estão ligados à nossa reflexão e capacidade de decisão. Portanto, podem ser pensados e colocados em prática como ensina nosso Senhor.

Lição 10 - 3º Trimestre 2019 - A Igreja e Sociedade - Adolescentes.

Lição 10 - A Igreja e Sociedade 

3º Trimestre de 2019

ESBOÇO DA LIÇÃO
O QUE É IGREJA
O VALOR DA IGREJA
LUGAR DE COMUNHÃO E SERVIÇO
AS ORDENANÇAS À IGREJA
OBJETIVOS
Ensinar
 o que a Igreja, dentro de uma perspectiva bíblica.
Conscientizar a respeito da importância da Igreja do Senhor.
Mostrar as ordenanças das igrejas.
Prezado professor, 
Prezada professora,
A paz do Senhor!
A lição desta semana versa sobre a relação entre Igreja e Sociedade. Um assunto muito importante para todos os que se identificam como parte do Corpo de Cristo, a Igreja. Por isso, considere as quatro perguntas abaixo antes de inicial o preparo de tua aula:
O que é a igreja para você? 
Segundo a perspectiva bíblica, qual o fundamento nas Escrituras para a existência da Igreja? 
Como a igreja primitiva encarava o conceito de Igreja?
Assim, para ajudar na reflexão dessas três perguntas, a fim de auxiliá-lo (a) na preparação da lição, disponibilizamos o seguinte texto:
A Igreja como agente do Reino de Deus
Como se vê, o Reino de Deus sobrepuja a esfera de ação da Igreja, pois, como se afirmou acima, tem a ver com a soberania de Deus sobre todas as eras. Entretanto, assim como o povo de Israel constituía-se na congregação de Deus do Antigo Testamento, com a responsabilidade de consubstanciar diante das nações pagãs o conteúdo do Reino de Deus, igualmente foi a Igreja comissionada por Deus com a mesma finalidade. Por viver a maior parte de sua história sob o domínio de outros povos, Israel não soube interpretar as profecias bíblicas acerca do Reino. Esta herança cultural serviu de ambiente propício à proliferação da chamada literatura apocalíptica judaica, como já vimos, cuja essência vislumbrava um juízo que libertasse a nação da opressão política. Este, no entanto, não era o conteúdo da proclamação do Reino de Deus por Jesus. Razão pela qual foi rejeitado pelos seus contemporâneos. Com a rejeição de Jesus pelos judeus, a implantação do Reino de Deus na Terra torna necessária a existência da Igreja para que a soberania divina, mediante o ministério de Cristo, confrontasse os indivíduos a ‘manifestarem uma resposta positiva, introduzindo-os em um novo grupo de comunhão’. Como bem afirmou um respeitado erudito, ‘a Igreja não é senão o resultado da vinda do Reino de Deus ao mundo por intermédio da missão de Jesus Cristo’. A Igreja, portanto, não é o Reino de Deus em sua plenitude, mas a sua expressão entre os homens. 
Como Igreja, ela não proclama a si mesma, mas o Reino de Deus. Ela não é um fim, mas o instrumento que apresenta ao mundo o Senhor do Reino e introduz em suas fronteiras os seres humanos arrancados do reino das trevas. Aqui e agora, em seu confronto com as forças do mal, antecipa as características da vida abundante e da glória divina a serem integralmente experimentadas na dimensão escatológica do Reino de Deus. Nesse sentido, Abraão de Almeida definiu o Reino de Deus como o nosso bem, alinhando oito áreas em que é percebida a sua presença benéfica: a área espiritual, emocional, física, intelectual, política, social, econômica, nacional e internacional. Veja parte do que ele afirma: 
O Reino de Deus é, em primeiro lugar, o nosso bem espiritual. Quando recebemos o Reino, recebemos a nossa plena realização espiritual. O nosso espírito, antes morto, revive com aquela vida abundante que Cristo oferece aos que creem nEle.
Essa realização espiritual, por sua vez, resulta em nosso bem emocional. Nossas emoções, antes confusas, se harmonizam quando adentramos o Reino. O ódio desaparece, dando lugar ao amor, e o amor tudo perdoa (...). 
Quando nossa mente é assim purificada de quaisquer sentimentos de inimizade, de mágoas ou ressentimentos, nosso corpo desfruta saúde, pois o Reino de Deus é também o nosso bem físico. 
São inúmeros os casos de cura física através do perdão. Os médicos confirmam o que acabamos de dizer. A causa de muitas enfermidades está exatamente em nossa recusa em perdoar. Quando abrigamos no coração desejo de vingança, inimizades e invejas, abrigamos também distúrbios circulatórios, respiratórios, glandulares, etc. E quando sobre nós reina o Deus de amor, também reina a saúde. 
O bem físico produzido pelo Reino de Deus em nossa vida resulta em nosso bem intelectual. Centralizados em Deus, os nossos conhecimentos têm amparo universal, cósmico. A própria Bíblia afirma que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Isso equivale a dizer que fora do âmbito do temor do Senhor, ou seja, fora do Reino, nossa intelectualidade se perde, fica sem propósito, e totalmente confusa. Deus considerou louca a sabedoria deste mundo, diz a Bíblia, que também afirma que aprouve a Deus salvar o homem pela loucura da pregação, pois a loucura da pregação, pois a loucura de Deus é mais sábia do que os homens (...). 
Como se observa, todos os que vivem dentro do Reino podem, por isso mesmo, exercer influência em todas as áreas da vida, mesmo que a pressão contrária do reino das trevas tente criar barreiras. Numa sociedade onde os cidadãos do Reino de Deus ocupem os lugares estratégicos e ajam à luz de seus princípios, quer na administração do país, quer na formulação de políticas educacionais, quer estabelecendo diretrizes para o bem-estar social, com certeza a ação deletéria do mal não terá como avançar os seus tentáculos. Por conseguinte, para que o ser humano seja alcançado por esse bem da realeza, a Igreja realiza as obras do Reino mediante a proclamação do evangelho de poder que lhe foi entregue por Cristo. A mesma instrumentalidade que operou em Jesus durante o seu ministério terreno - o Espírito Santo - está presente na vida da Igreja para que os milagres se realizem, as boas novas cheguem até os confins da Terra e ela possa confrontar o orgulho, a falsidade e o egoísmo disseminado pelo reino das trevas, manifestando em sua existência as qualidades do fruto do Espírito que antecipam a verdadeira natureza da era vindoura.
Texto extraído da obra “Transparência da Vida Cristã”, editada pela CPAD. 
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Lição 08 - 3º Trimestre 2019 - A Ética Cristã no Namoro - Juvenis.

Lição 8 - A Ética Cristã no Namoro

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis” (2 Coríntios 6.14a).
Esboço da Lição
1. O QUE É E PARA QUE SERVE O NAMORO?
2. RESPEITO AO NAMORADO(A) E A SUA FAMÍLIA
3. SE BEM APROVEITADO, O NAMORO É UMA FASE MARAVILHOSA DA JUVENTUDE

Objetivos
Explicar o propósito do namoro; 
Mostrar que o respeito é indispensável no namoro;
Pontuar o namoro como uma bênção.

Querido(a) professor(a), em nossa próxima aula vamos debater em classe um assunto muito importante e que agrada demais aos juvenis: NAMORO. E para ajudá-lo, além de todos os subsídios e orientações já fornecidas por sua revista, separamos aqui um artigo do pastor Ciro Zibordi, autor pela CPAD do best-seller “Erros que os pregadores devem evitar”. É ainda co-autor da obra “Teologia Sistemática Pentecostal”, também da CPAD.
Namoro: isto ainda existe?
Quando eu era jovem, tive a felicidade de ter sido instruído por meus pais e pastores acerca do namoro cristão. Aprendi que, para ser abençoado no casamento, é preciso começar certo, tendo um namoro de acordo com a vontade do Senhor (Rm 12.1,2), já que “aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1 Jo 2.17).
Como meu namoro foi grandemente abençoado por Deus, sinto-me no dever de ajudar a outros, apesar de saber que o que vou dizer aqui parecerá ultrapassado, arcaico e rígido demais para o mundo pós-moderno, em que prevalecem o relativismo, o hedonismo, o egoísmo, o imediatismo e o narcisismo. Mas espero ajudar pelos menos os jovens cristãos realmente interessados em glorificar a Deus em tudo (1 Co 10.31).
Há três fases muito importantes num relacionamento afetivo: namoro, noivado e casamento. O namoro é a fase em que o futuro casal deve se conhecer e, por isso, precisa conversar, conversar, conversar... O noivado é o período de preparação para o casamento, isto é, a união do casal propriamente dita.
O que é o namoro?
Confunde-se, hoje em dia, namoro com flerte, aventura e relacionamento sem compromisso. O chamado “ficar” parece ter chegado para ficar, mesmo. E é comum ouvir jovens dizendo: “Eu só fiquei com ele naquele dia; não foi nada sério”. Entre as pessoas que não temem a Deus prevalece a ideia de que os namorados podem se relacionar intimamente, sem nenhuma restrição. E vemos psicólogos e a própria mídia incentivando isso.
O namoro — namoro, mesmo! — é uma fase de conhecimento recíproco, que precede o período de preparação para o casamento: o noivado. Na palavra “namoro” está contido o termo “amor”, evidenciando que não se trata de um período sem importância. O namoro verdadeiro é para pessoas que se amam, e não para aquelas que apenas têm uma atração passageira ou simplesmente não querem ficar sozinhas.
Quando começar um namoro?
Para se começar um namoro, é preciso ter alcançado a maturidade, período que só vem após a adolescência, uma fase de transição entre a infância e a juventude. Como não se trata de passatempo, e sim de uma importante etapa, só deve pensar em namoro quem realmente está determinado a casar. Quem namora por namorar começa errado e sofrerá as consequências (Gl 6.7). Mas quem pensa em namoro sério precisa, necessariamente, se preocupar com as condições mínimas para um futuro casamento.
Certo rapaz que havia pedido uma jovem em namoro ouviu dela o seguinte: “Eu gostei de você, mas quero que converse com o meu pai”. O rapaz concordou em pedir permissão ao pai da jovem para namorá-la (prática que, hoje em dia, é tida como retrógrada, infelizmente) e, então, chegou o dia do interrogatório:
— Você trabalha? — perguntou o pai da jovem.
— Não, mas Deus vai me ajudar — respondeu o rapaz.
— Estuda?
— Não; precisei parar. Mas Deus vai me ajudar.
— Tem ideia de como sustentará a minha filha quando casarem?
— Não, mas tenho certeza de que Deus me ajudará...
Após ouvir tantas resposta repetitivas, o pai disse a sua filha: “Descobri que sou Deus...”
Sabemos que Deus ajuda a quem se esforça, tem vontade de estudar, trabalhar etc. (Jó 5.7; Pv 31.27). Nesse caso, quem namora — namora, mesmo! — deve ter um alvo: o casamento. E deve trabalhar em prol de tal realização, por mais estranhos que isso possa parecer nesses tempos pós-modernos.
Como encontrar a pessoa ideal para namorar?
Quem pensa em namorar de verdade, tendo como objetivo o casamento, precisa atentar para o seguinte:
Ore com fé, esperando no Senhor (Sl 40.1). Ele é poderoso para ajudar o jovem cristão a encontrar a pessoa certa (Pv 19.14). Ao mesmo tempo, é necessário procurar (Pv 18.22), pois em tudo, na vida, existe a parte de Deus e a do homem (cf. Pv 16.1,2; Tg 4.8).
Tenha cuidado com os profetizadores casamenteiros (Ez 13.2,3; Ap 2.20). A profecia, como dom do Espírito Santo que se manifesta, comumente, num culto coletivo a Deus, não serve, em regra geral, para ajudar os jovens crentes a encontrarem a “pessoa preparada”. Suas finalidades são edificação, exortação e consolação do povo de Deus (1 Co 14.3). Muitos hoje são infelizes em sua vida conjugal porque deram ouvidos a falsos profetas. Namoro é coisa séria! Não se deve permitir que a escolha tenha a interferência de terceiros, exceto a dos pais, que devem sim aconselhar e ajudar os filhos nessa tomada de decisão.
Procure uma pessoa segundo os critérios contidos na Palavra de Deus. Nessa busca, é necessário identificar qualidades, como a espiritualidade (1 Co 2.14-16; 5.11), que é uma beleza interior (Pv 15.13). Muitos se preocupam demasiadamente com a beleza física, que é enganosa (Pv 31.30). Esquecem-se de que a beleza do coração é a mais importante (1 Sm 16.17) e permanece mesmo com o passar dos anos, enquanto a exterior é ilusória, passageira e morrerá tal como uma flor (Pv 11.22; 1 Pe 1.24,25).
Preocupe-se com a incompatibilidade (Am 3.3). Muitos hoje dizem que isso não é importante e pensam que podem namorar uma pessoa descrente para ganhá-la para Jesus. Fazer isso, no entanto, é o mesmo que se jogar em um poço para tentar salvar alguém que lá caiu. E ninguém faria isso. Deve-se jogar a “corda” do Evangelho para o não crente se salvar, mas sem nenhum envolvimento sentimental. Antes de começar um namoro, é preciso verificar se não há incompatibilidades espiritual, social, etária, cultural etc. A mais perigosa é a espiritual (2 Jo vv. 10,11).
Considerando que a Bíblia chama os incrédulos de filhos do diabo (1 Jo 3.10), não havendo, pois, meio-termo, relacionar-se com um significa ter o Diabo como sogro. Não pense que um filho do Diabo terá Deus como sogro, em razão de se relacionar com uma filha de Deus, equilibrando, assim, o relacionamento. Nos casos de mistura, sempre é o crente o prejudicado (Gn 6.1-4; 1 Co 10). Por quê? Porque está pecando conscientemente, ignorando o que a Palavra de Deus ensina quanto ao jugo desigual com os infiéis (2 Co 6.14-18). Não há, portanto, nenhum consenso entre a luz e as trevas, entre Cristo e Satanás.
Que cuidados se deve tomar em um namoro?
Aos que já namoram dou também alguns conselhos. É preciso ter a preocupação de não exceder nas intimidades (2 Tm 2.22). Não é preciso se sentar a um metro de distância nem pedir para alguém ficar entre os dois. Todavia, não se deve confundir carinho com carícias, que devem ser guardadas para o casamento (cf. Pv 6.27,28; 20.21). Para isso, é preciso vencer as concupiscências, cobiças (Tg 1.14,15; 1 Jo 2.15-17), seja a dos olhos (Gn 3.6; Js 7.21; Mt 6.22,23), seja a da carne (1 Co 6.19,20). Peço ao leitores interessados no assunto que confiram todas as referências bíblicas, pois elas são muito mais relevantes do que as próprias palavras deste consulente.

Quanto tempo deve durar o namoro?
Nem muito nem pouco tempo. Geralmente, quem prolonga o período do namoro é porque não tem vontade de casar. Alguns, após longos anos, casam, mas não são felizes. O motivo? É possível que o casamento tenha sido ocasionado por pressão, e não por amor verdadeiro. Por outro lado, quem namora pouco tempo, não se prepara suficientemente para o casamento e poderá ter problemas sérios de ajustamento conjugal.
Como conduzir o namoro de acordo com a vontade de Deus?
Leia sempre a Palavra de Deus (Sl 119.105); ore todos os dias (1 Ts 5.17; Jr 33.3); cultive o amor (1 Co 16.14; 13.4-8), pois, sem ele, não há razão para existir namoro; aprenda a renunciar; não seja sempre o “dono da verdade” (Fp 2.4); saiba viver em harmonia (Pv 17.1), aprendendo a “dar o braço a torcer” (Pv 15.1); seja fiel, pois, quem não é fiel no namoro, não o será no casamento. Quem ama de verdade se mantém fiel até o fim (Pv 5.15-20; Ml 2.14,15).
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 10 - 3º Trimestre 2019 - Permaneçam Firmes na Palavra da Verdade - Jovens.

Lição 10 - Permaneçam firmes na Palavra da Verdade 

3º Trimestre de 2019 
Introdução
I - Relembrando verdades antigas;
II-A autenticidade da Palavra;
III-O valor da Palavra profética.
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Conscientizar a respeito da importância de recordar as veredas antigas;
Aprender sobre a autencidade da Palavra de Deus;
Saber o valor da Palavra profética. 
Palavras-chave: Esperança, alegria, crescimento e firmeza.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Valmir Nascimento:
O coração pastoral de Pedro o impeliu a admoestar seus leitores para que não esquecessem dos ensinos que haviam recebido. Apesar de estarem firmes na fé, eles deveriam manter viva na memória as verdades da Palavra de Deus. Esse é o segredo para que o cristão não seja enganado pelos falsos mestres, dando lugar à falsidade. Não há como refutar as heresias e os modismos se o crente não estiver submetido ao estudo constante da Palavra de Deus, sendo sempre recordado dos princípios basilares da fé. O apóstolo sabia que se os crentes não se voltassem para as antigas verdades, seriam enganados pelas novas mentiras. As heresias surgem exatamente quando se desprezam as verdades tradicionais e buscam-se modismos religiosos. 
Relembrando Verdades Antigas
Um chamado à lembrança (1.12,13)
Olhando para a segunda carta de Pedro fica patente o compromisso dele em manter os seus leitores firmados na Palavra do Senhor. Ele tem para si a obrigação de conservar a sua audiência ciente das exortações da parte de Deus: "... não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais, e estejais confirmados na presente verdade" (v.12). Apesar de serem conhecedores da verdade, e de estarem confirmados nela, o apóstolo tinha por importante reavivar na memória de seus leitores alguns princípios importantes da Palavra de Deus. 
Isso porque, em algumas ocasiões o ser humano esquece a verdade por lapso mental, mas na maioria das vezes o faz deliberadamente. Esse parece ser o caso aqui, visto que o apóstolo havia acabado de advertir sobre o esquecimento da purificação dos seus antigos pecados (1.9). Tiago sabia perfeitamente disso, tanto que em sua carta ele conclama seus leitores para que sejam cumpridores da palavra, e não ouvintes esquecidos, que se enganam a si mesmos (1.22). Tiago compara tais pessoas ao homem que contempla o seu rosto no espelho e logo em seguida se esquece da sua própria imagem (1.23-25).
O pastor Pedro não se furta em sua responsabilidade pastoral de prover para a igreja da época o ensino de valores elementares da fé cristã. Ele tinha por justo (apropriado, necessário) despertar os crentes com admoestações (v.13), pois queria gravar na mente e nos corações de seus leitores a palavra da verdade. Ele não estava preocupado em atender os anseios de seus leitores pregando novidades, mas em transmitir a perene mensagem de Deus. 
Aqui reside a diferença notável entre o verdadeiro pastor que se preocupa com suas ovelhas e o pregador aventureiro. O pastor sempre falará a verdade com amor, mesmo que sua pregação e ensino sejam considerados impertinentes e duros demais por aqueles que a ouvem. Enquanto isso, o pregador aventureiro escolhe suas mensagens de acordo com a expectativa da sua plateia e em sintonia com o desejo dos seus ouvintes. Esse tipo de pregador vive das novidades e firma seu ministério baseado em modismos. O problema é que uma igreja que vive de modismos é biblicamente frágil e espiritualmente instável, pois se esqueceu dos próprios fundamentos da fé.
A verdade não somente aceita a recordação e a repetição, como também precisa desses processos de atualização em nossas mentes. Na perspectiva bíblica, é preciso lembrar os atos divinos e as palavras sagradas como diretrizes para vivermos o presente e esperarmos o futuro. Por tal razão, Deus estabeleceu aos israelitas a obrigatoriedade de ensinarem continuamente a lei para os seus filhos. As palavras deveriam ser reiteradas em casa, no caminho, na hora de deitar e no momento de se levantar. Deveriam também ser atadas por sinal na mão, na testa e escritas nos umbrais e portais da casa (Dt. 6.6-9). Foi por causa desse padrão recordativo que os israelitas puderam manter a sua identidade religiosa e cultural diante dos demais povos. 
O ato de rememorar é importante para nós porque temos a propensão ao esquecimento. No aspecto ético, sermos recordados constantemente de certas regras morais é crucial para fugirmos das ações imorais, nos mantendo no caminho correto. Dan Ariely mostra isso em seu livro A mais pura verdade sobre a desonestidade i. Embora não seja cristão, o autor chegou em suas pesquisas comportamentais a várias conclusões que encontram ressonância nas Escrituras, sendo a principal delas a propensão do ser humano para a desonestidade, baseado naquilo que a teologia cristã denomina de depravação total. 
As pesquisas de Ariely também o levaram a constatar que uma das principais formas de evitarmos as condutas desonestas é por meio da recordação. Lembretes morais sugerem que nossa disposição e tendência para trapacear poderiam ser diminuídas se recebêssemos constantes recordações sobre padrões éticos. Ele cita, por exemplo, a importância ética de recordamos os Dez Mandamentos. Em um de seus experimentos na Universidade da Califórnia (UCLA), Ariely pegou 450 estudantes e os separou e dois grupos. A um dos grupos foi sugerido aos participantes que se lembrassem das regras contidas nos 10 mandamentos, ao outro não. Submetidos aos mesmos testes sobre honestidade, no grupo que não foi incentivado a lembrar dos mandamentos bíblicos constatou-se a típica trapaça generalizada. Enquanto isso, o outro grupo convidado a se lembrar dos mandamentos, não houve qualquer ação desonesta.
Como podemos manter as nossas mentes sempre vivas, recordando constantemente as verdades de Deus? Criando hábitos que nos coloquem constantemente em contato com a Palavra do Senhor, seja por meio da leitura da Bíblia e de bons livros, assim como frequentando a comunidade de fé, a fim de ouvirmos a pregação e o ensino das Escrituras.
Consciência da morte (1.14,15)
Pedro prossegue dizendo: "Sabendo que brevemente hei de deixar este meu tabernáculo, como também nosso Senhor Jesus Cristo já mo tem revelado" (v.14). O apóstolo está se referindo à morte, à partida deste mundo terrenal. Tabernáculo é uma alusão ao seu corpo físico. Como todos os cristãos primitivos, Pedro estava muito consciente da transitoriedade da vida ii. Ele sabia que o seu tempo estava se findando, e em vez de ser levado ao desespero e à angústia, o seu propósito é cumprir até ao fim a missão que lhe foi confiada. Jesus havia lhe dito: "... e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos" (Lc 22.32).
De acordo com Warren Wirsbe, Pedro sabia que morre¬ria em breve, de sorte que desejava cum¬prir suas responsabilidades espirituais antes que fosse tarde demais. “Uma vez que não sabemos quando vamos morrer, devemos começar a ser diligentes hoje mesmo!”iii O apóstolo queria que mesmo depois da sua morte suas palavras se mantivessem vivas na mente de seus leitores (v.15). Como era comum, esse era o “testamento” do apóstolo iv. Mas, em vez de deixar uma herança de bens materiais, ele estava deixando um legado para a posteridade, um ensino rico e de grande valor para a Igreja. Isso porque, sabia ele que o mais importante não era ele e sim a mensagem de Deus. Os homens passam, mas a Palavra de Deus permanece para sempre (1 Pe 1.25).
A Autenticidade da Palavra
Um ensino verdadeiro (1.16a)
Em seguida, Pedro inicia uma vigorosa defesa da autenticidade da sua mensagem, a fim de contrapor os ensinos distorcidos que estavam sendo disseminados. Cefas tinha uma profunda convicção de que tudo aquilo que havia dado a conhecer sobre Jesus, notadamente sobre o seu retorno glorioso, eram ensinos verdadeiros, firmados na realidade, não se tratando de invenções humanas. 
Ele diz: “Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas...” (v.16). A expressão fábulas é uma referência negativa às históricas falsas e caluniosas a respeito dos deuses v. Importante lembrar que nos tempos do Novo Testamento os mitos eram responsáveis por moldar a cultura e a visão de mundo das pessoas. A mitologia grego-romana idealizava estórias, deuses e heróis na tentativa de dar sentido à vida. Igualmente, os falsos mestres também estavam se valendo de fábulas para fundamentar suas doutrinas inverídicas e destruidoras.
Pedro quer fazer a distinção entre o falso e o verdadeiro, entre o mito e a realidade. Como os demais apóstolos, Pedro não só ensinava a verdade, como também queria manter a pureza da Palavra, batalhando contra toda e qualquer pessoa que a corrompesse. Afinal, o homem tem a terrível tendência de acreditar na mentira e de ser levado pelo engodo. A história do primeiro casal no Éden é a prova cabal disso! 
Com razão, A. W. Tozer escreveu que “o coração é herético por natureza e corre para o erro com a mesma naturalidade com que um jardim vira mato” vi. E assim, “o jardim negligenciado logo será tomado pelas erva daninhas; o coração que deixa de cultivar a verdade e de arrancar o erro, em pouco tempo, passa a ser um deserto teológico; a igreja ou a denominação que cresce e descuida do caminho da verdade logo se perde e se atola em algum vale lodoso do qual não tem como fugir” vii.
Pedro, é claro, não quer que isso ocorra. Ele está disposto a evitar com todas as suas forças que as ervas daninhas cresçam no solo da comunidade cristã, e se isso tiver acontecido, está comprometido a arrancá-las de maneira vigorosa. É este o mesmo sentimento e atitude que devemos ter em nossas igrejas. Não há como transigir com as fábulas e os enganos teológicos, pois destroem a verdade de Deus e minam a espiritualidade cristã.
O escritor sagrado está esclarecendo que a fé cristã, diferentemente do misticismo gnóstico, não segue essas fábulas. Ele destaca que os ensinos sobre o poder de Jesus e sobre a gloriosa vinda de Jesus não foram inventados como obras de ficção. Diferentemente das mitologias pagãs, a fé cristã se baseia em fatos e em firmes evidências. Embora a fé pessoal – a confiança íntima – independa de provas e de certezas, as crenças e convicções cristãs possuem explicações plausíveis. O cristianismo, afinal, encontra-se enraizado na história e é corroborado pela ciência e pela filosofia, tendo os cristãos à sua disposição ampla evidência da sua veracidade viii.
Essa compreensão nos ajuda a rejeitar duas visões equivocadas sobre a fé cristã: o Cristo da Fé e o Jesus Histórico. O chamado Cristo da Fé é baseado na ideia de que Jesus nada mais seria do que uma invenção humana, e que os Evangelhos não passariam de mitos. Segundo essa perspectiva, Jesus nunca teria existido, mas é a criação do imaginário popular. Enquanto isso, o chamado Jesus Histórico defende a historicidade de Jesus, mas contesta o seu poder e divindade. Tanto uma visão quanto outra estão equivocadas. Jesus não foi somente um simples personagem que apareceu no século primeiro e promoveu uma mudança extraordinária cultural, mas sim o Filho Encarnado de Deus que viveu dentro da história, e voltará em poder e glória.
O testemunho ocular (1.16b-18)
A primeira prova utilizada por Pedro que atesta a veracidade da sua mensagem é o seu testemunho ocular. A expressão "nós vimos a sua majestade" (v.16) refere-se ao episódio em que ele, juntamente com Tiago e João, presenciou a transfiguração de Jesus no monte santo, conforme registrado nos Evangelhos (Mt 17.1-13; Mc 9.2-13; Lc 9.28-36). 
Naquele tempo, o testemunho ocular possuía a sua validade como prova. Desse modo, se a verdade era estabelecida pelo testemunho de duas ou três pessoas, certamente o testemunho dos três apóstolos merece total credibilidade ix. Eldon Fuhrman explica que estes homens foram influenciados até o final do seu ministério por essa visão. Tiago morreu como mártir por causa do seu testemunho; João disse que viram a sua glória e Pedro insistiu ter ouvido a voz de Deus. Assim, “a sua visão da majestade de Cristo e a voz de Deus afirmando a filiação de Cristo eram evidências verdadeiras que distinguiam a encarnação da segunda pessoa da Trindade das afirmações espúrias dos mitos pagãos acerca da descida dos seus deuses à terra” x.
Além de ter um vislumbre da glória do Filho de Deus, ouviu a voz do Pai que dizia: "Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido". Mais que uma experiência pessoal do apóstolo, a transfiguração de Cristo foi uma revelação especial de Deus, que honrou e testificou do Filho. Jesus, afinal, é a revelação mais completa de Deus. Pedro está mostrando que a experiência no Monte da Transfiguração é um elemento crucial para demonstrar a autenticidade dos ensinos cristãos, pois ele viu, ouviu e sentiu a manifestação sobrenatural de Deus.
O valor da experiência
A experiência de Pedro nos faz perceber a importância da experiência na vida cristã. Juntamente com as Escrituras, a tradição e a razão, a experiência sempre foi considerada uma importante fonte da teologia cristã, embora menosprezada por algumas vertentes da cristandade xi. Coube exatamente aos segmentos avivados, inclusive o pentecostalismo, enfatizarem esse aspecto espiritual, destacando o encontro e o relacionamento pessoal com Deus. Craig Keener confirma isso ao dizer que “a contribuição mais distintiva do pentecostalismo clássico à igreja global foi a restauração de todo o quadro de dons espirituais como um pré-entendimento experiencial a partir do qual lemos as Escrituras” xii
Não há como menosprezar o papel da experiência dentro da espiritualidade. Afinal, como assevera César Moisés, “a experiência religiosa ou do Espírito (...) está na origem de todo pensamento teológico e também no início de qualquer religião, inclusive e, sobretudo, das monoteístas e bíblicas (judaísmo e cristianismo)” xiii.
As experiências com Deus autenticam a veracidade das Escrituras em nós. No caso de Pedro, a experiência de vislumbrar a transfiguração foi ímpar do ponto de vista pessoal, mas ao mesmo tempo fez ele voltar os seu olhos para as profecias antigas sobre o Messias, tanto que ele vai destacar este aspecto logo na sequência. Noutras palavras, a experiência deu vida ao Texto Sagrado, ao menos para a compreensão do apóstolo. 
Hoje, para nós, é relativamente simples olharmos em retrospectiva e assimilarmos a compreensão de que Jesus estava cumprindo as profecias do Antigo Testamento. No entanto, fazer isso naquela época era algo difícil. Keener observa que “havia uma diversidade de profecias sobre a era messiânica e obra do Messias, e havia poucos modos de distinguir seguramente o que era literal do que era figurado”. Assim, os primeiros cristãos aprenderam os textos certos de Jesus (veja Lc 24.25-27,44,45) e do que eles constataram que havia se cumprido nEle. Em outras palavras, diz Keener, “eles liam o texto à luz de sua experiência de Jesus, que encaixava bem demais e era divino para ser um acidente ou algo fabricado. Sua experiência os ajudou a organizar uma variedade de profecias para entender como elas se encaixavam” xiv.
Enquanto os mestres da lei olhavam para as profecias e não conseguiam ver nelas Jesus, os discípulos olhavam para Jesus e viam nEle o cumprimento profético, exatamente por causa das experiências que passaram. O teólogo pentecostal Gordon Fee assinalou que “não basta reunir todas as passagens e compará-las com algum conjunto de pressuposições doutrinárias, pois, no caso do Espírito, estamos lidando com a questão da experiência primitiva cristã”. No final das contas, prossegue Fee, “a única teologia que importa é que se traduz em vida” xv.
Sabemos que Deus existe e que a sua Palavra é verdadeira não somente porque são plausíveis ou por causa das evidências externas, mas também porque temos o testemunho interno do Espírito Santo (Rm 8.16) e experimentamos o seu poder. O crente pentecostal tem no encontro com Deus e na relação com o sobrenatural o aspecto central da sua espiritualidade. Não obstante, embora os pentecostais incentivem a experiência espiritual, fazem-no com um olho atento às Escrituras, frisou Robert Menzies xvi. Além de serem confirmadas, as nossas crenças básicas ganham vida e vigor quando são vivenciadas na prática. 
Não sem razão, a Bíblia contém um conjunto de histórias e narrativas das experiências de homens e mulheres de Deus. O livro de Atos dos Apóstolos, em especial, com suas magníficas narrativas de batismo no Espírito Santo, falar em novas línguas, curas e milagres, dentre outros eventos miraculosos, fornecem para a igreja contemporânea um modelo de vida e experiência pentecostal.
O Valor da Palavra Profética
Palavra confirmada e iluminada (1.19)
A segunda prova utilizada por Pedro que atesta a veracidade da sua mensagem são as profecias, por isso ele diz que devemos estar atentos às palavras dos profetas. O apóstolo está se referindo aos vaticínios de Deus constantes do Antigo Testamento, pois eles precedem e ao mesmo tempo confirmam o Evangelho, tornando a sua verdade ainda mais incontestável. Kistemaker pronuncia que “a expressão palavra é abrangente o suficiente para incluir, além das profecias sobre à segunda vinda de Cristo, todas as muitas profecias cumpridas em relação à sua vida aqui na terra” xvii.
O cumprimento profético é uma evidência inconteste da veracidade das Escrituras e da onisciência de Deus. A Bíblia contém centenas de profecias feitas séculos antes dos próprios eventos, muitas delas sobre o nascimento, obra e morte de Jesus. Há predileções do nascimento virginal de Cristo (Is 7.14; Mt 1.23), do local de seu nascimento (Mq 5.2; Mt 2.6), da maneira de sua morte (Sl 22.16; Jo 19.36), e do local de seu sepultamento (Is 53.9; Mt 27.57-60). No dia de Pentecostes (At 2), Pedro testificou o cumprimento daquilo que fora predito pelo profeta Joel (Jl 2.28). Será que tudo isso aconteceu por coincidência ou acaso? Evidentemente que não! Os ateus e céticos precisam ter muita fé para acreditar que isso tenha acontecido de maneira aleatória.
Pedro compara a palavra profética a uma lâmpada que ilumina na escuridão. Assim, os cristãos são encorajados a se deixarem iluminar por ela, pois como expressou o salmista: "Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho" (Sl 119.105). Note, porém, que segundo Pedro a luz ilumina "até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações". Jesus é a brilhante Estrela da Manhã (Nm 24.17; Ap 22.16), que voltará em glória e poder. 
Quaisquer que sejam os pormenores da interpretação dessa passagem, afirma Michael Green, a ênfase principal é manifesta: “durante todas as nossas vidas estamos peregrinando neste mundo de trevas. Deus graciosamente nos forneceu uma lâmpada, as Escrituras. Se prestarmos atenção a elas para a repreensão, a advertência, a orientação e o encorajamento, andaremos em segurança, Se as negligenciarmos, seremos engolfados pelas trevas. O decurso in¬teiro da nossa vida deve ser governado pela Palavra de Deus” xviii
Palavra inspirada (1.20,21)
Concluindo o seu raciocínio, Pedro agora explica porque a Palavra de Deus é digna de confiança (vv.20,21). Para entendermos melhor a sua explicação, devemos começar pelo verso 21, pois este dá sentido ao anterior. 
O apóstolo está dizendo que as Escrituras não foram produzidas pela mente humana, mas inspiradas pelo Espírito Santo de Deus. Pedro demonstra que a profecia é fruto da inspiração divina, em claro contraste com as fábulas e com os ensinos dos falsos profetas que serão mencionados no capítulo seguinte. 
O sentido do texto é que os autores humanos eram "levados adiante" (gr. pheromenoi), conduzidos pelo Espírito ao comunicarem as coisas de Deus. Eldon Furhman declara que “a iniciativa divina em produzir as Escrituras foi realizada por influência determinante e constrangedora do Espírito Santo em agentes humanos seletos” xix. Desse modo, a totalidade das Escrituras é inspirada, pois seus autores as escreveram sob a supervisão e orientação do Espírito Santo (2 Tm 3.16). 
Sobre esta passagem, Buist Fanning diz que dela surge, de forma sucinta, mas poderosa, a doutrina da “inspiração cooperativa”, o ensino de que a Escritura é o produto de uma autoria divina e humana, e ambas têm os seus devidos papéis. “Foram os seres humanos que transmitiram, pois foram eles que escreveram a Escritura, e ela reflete o estilo de escrita, o pano de fundo da condição religiosa, histórica e cultural deles” xx. Mas, além disso, foi o Espírito que dirigiu os seus escritos, de forma que aquilo que produziram não foi a própria exposição deles, mas a de Deus xxi.
Por essa razão, "nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação" (v.20). Visto que as Escrituras são o resultado da revelação e inspiração do Espírito Santo, ela deve ser interpretada como o auxílio da Terceira Pessoa da Trindade. Com efeito, a iluminação divina – para ler o texto – é a conclusão necessária da inspiração divina na escrita do texto sagrado xxii. Nas palavras de Warren Wirsbe: “Uma vez que a Bíblia não veio a existir pela volição humana, também não pode ser compreendida pela volição humana” xxiii.
Isso nos faz perceber que ao leitor não é dado o direito de dar ao texto sagrado o sentido que melhor lhe convém. Devemos ler a Bíblia com o propósito de entender o propósito de Deus, com o auxílio do Espírito Santo, pois sendo Ele o agente de inspiração, é também Ele quem nos ensina a interpretá-la corretamente e aplicá-la à vida. Somente com a iluminação do Consolador conseguimos compreender as verdades de Deus. Essa passagem refuta os falsos mestres e pregadores que alegam possuir "revelações especiais" de Deus. 
No entanto, isso não quer dizer que Pedro esteja proibindo o cristão de ler a Bíblia sozinho. Pedro está condenando a distorção do sentido do texto bíblico, por meio de interpretações individuais. Segundo Wirsbe, a palavra traduzida por "particular" significa "pertencente a alguém" ou "próprio". Sendo assim, “essa afirmação sugere que, uma vez que todas as Escrituras foram inspiradas pelo Espírito, devem apresentar coerência, e nenhum de seus textos pode ser separado do todo” xxiv. Afinal, “ao isolar um versículo de seu contexto verdadeiro, é possível usar a Bíblia para provar praticamente qualquer coisa, sendo essa, exatamente, a abordagem empregada pelos falsos mestres” xxv.
Notas e referências do Capítulo 10

*Adquira o livro do trimestre. NASCIMENTO, Valmir. A Razão da Nossa Esperança:Alegria, Crescimento e Firmeza nas Cartas de Pedro. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

i ARIELY, Dan. A mais pura verdade sobre a desonestidade. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2012.  
ii GREEN, 1983, p. 75.
iii WIRSBE, 2007, p. 570.
iv Cf. KEENER, 2017, p. 826.
v Idem.  
vi TOZER, A. W. Homem: habitação de Deus. São Paulo: Mundo Cristão, 2007, p. 146.
vii Idem.
viii HOWE, Thomas; HOWE, Richard. A veracidade do cristianismo. Em: BECKWITT, Francis; CRAIG, Willian L. MORELAND, J. P.Ensaios apologéticos: um estudo para uma cosmovisão cristã. São Paulo: Hagnos, 2006, p. 38.
ix ARRINGTON; STRONSTAD, 2015, p. 935.  
x FUHRMAN, 2016,p. 270.
xi Cf. OLSON, Roger. Histórias das controvérsias na teologia cristã. 2000 mil anos de unidade e diversidade. São Paulo: Editora Vida, 2004, p. 92.
xii KEENER, Craig.  A hermenêutica do Espírito: lendo as Escrituras à luz do Pentecostes. São Paulo: Vida Nova, 2018, p. 70.
xiii CARVALHO, César Moisés. Pentecostalismo e pós-modernidade: quando a experiência sobrepõe-se à teologia. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 353.
xiv Ibid., p. 82.
xv FEE, Gordon. Paulo, o Espírito e o povo de Deus. São Paulo: Vida Nova, 2015, p. 20.
xvi MENZIES, Robert. Pentecostes: essa história é a nossa história. Ebook Kindle. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, posição 184.
xvii KISTEMAKER, 2006, p. 361.
xviii GREEN, 1983, p. 85.
xix  FUHRMAN, 2016, p. 271.  
xx FANNING, Buist. Teologia de Pedro e Judas. Em: ZUCK, Roy (ed.). Teologia do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p. 514.  
xxi Idem.
xxii Ibid., p. 270.
xxiii WIRSBE, 2007, p. 574.
xxiv WIRSBE, 2007, p. 574.
xxv WIRSBE, 2007, p. 574.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 10 - 3º Trimestre 2019 - A Mordomia das Finanças - Adultos.

Lição 10 - A Mordomia das Finanças

3º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – TUDO O QUE TEMOS VEM DE DEUS
II – COMO O CRISTÃO DEVE GANHAR DINHEIRO 
III – COMO O CRISTÃO DEVE UTILIZAR O DINHEIRO
Elinaldo Renovato
Desde que surgiu o dinheiro ou a moeda como meio de troca para a aquisição de bens e serviços, o chamado “vil metal” tem ocupado lugar proeminente na vida da maioria das pessoas. No princípio da humanidade, as pessoas trocavam mercadoria por mercadoria. Quem tinha peixe e não tinha frutas procurava trocar peixe por verdura, mas quem tinha verdura não queria trocar por peixe, e sim por trigo; não raro, quem tinha trigo não queria trocar nem por peixe nem por verdura, mas por roupas. Era o chamado “escambo direto”, onde se desenvolviam as trocas diretas de mercadorias. Era um sistema rudimentar de economia, em que as transações tornavam-se por vezes demoradas e difíceis, quando os interesses dos negociantes não se harmonizavam.
Quando chegaram ao Brasil, os europeus usaram o escambo ou troca direta com os nativos. Trocavam espelhos, colares e outros bens por madeira preciosa, como o pau-brasil, animais exóticos, peles de animais, entre outras coisas, que tinham muito valor na Europa. Diante das dificuldades das trocas diretas, as pessoas usavam a imaginação em busca de soluções mais práticas. Descobriram que alguns produtos eram escassos e de interesse da maioria das pessoas. Assim, houve um tempo em que o sal, em sua forma bruta, era procurado e havia interesse do produto por praticamente todas as pessoas. Então, o sal passou a ser uma espécie de mercadoria-moeda. Quem tivesse sal poderia trocar por quaisquer produtos de seu interesse pessoal. As pessoas também aceitavam que o pagamento de seus serviços fosse feito em sal. Daí se originou a palavra salário. Ainda hoje, quando um produto ou serviço é caro, alguém diz que o mesmo é salgado
O gado foi usado como “uma das primeiras mercadorias usadas como padrão para comparar os valores dos demais artigos” 1.  As pessoas perguntavam: “Esse produto vale quantas cabeças de gado?”; algumas dessas mercadorias tinham inconvenientes por serem perecíveis, perderem peso, etc. Outras mercadorias também serviram para meio comum de troca, tais como conchas, ouro, prata, cobre e outros minérios por seu valor intrínseco, por serem cobiçados pelas pessoas e por serem raros e usados para satisfazer a vaidade de muitos. Os metais, fossem eles em pedaços ou lingotes, eram bem aceitos como meio de troca. Eram leves e não se desgastavam. Depois, os metais foram cunhados com efígie de governos e confiados a pessoas que os guardavam e emitiam recibos em papel, que podiam servir para resgatar o metal depositado. 
Tempos depois, com a evolução da economia, surgiu o papel moeda, que evoluiu para o que hoje conhecemos como meio de troca, a moeda fiduciária, o crédito bancário e, mais recentemente, até a chamada criptomoeda 2.  Em resumo, a moeda, ou o dinheiro em espécie ou em papel, títulos ou créditos fazem parte da economia moderna. O movimento dos recursos monetários é a base das finanças das nações. Tanto as nações como as pessoas nem sempre souberam lidar com o dinheiro por causa da má administração dos recursos econômicos e financeiros. Por outro lado, por haver “o amor ao dinheiro”, que é “a raiz de toda espécie de males” (1 Tm 6.10), países como o Brasil tornaram-se antros de corrupção desenfreada. Os cristãos precisam ser exemplo de referência na administração das finanças, as quais lhe são concedidas pela bondade e misericórdia de Deus. Reflitamos agora em alguns aspectos da mordomia das finanças por parte dos que valorizam a Bíblia como sua regra de fé e prática. 
Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD.

1 LOBO, R. Haddock. Pequena história da economia, p. 26.
2 O QUE É CRIPTOMOEDA. Disponível em: https://financeone.com.br/. Acesso em: Ago 23, 2018. “https://financeone.com.br/. “A criptomoeda é um código virtual que pode ser convertido em valores reais. Sua negociação se dá pela internet, sem burocracias, sem intermediários, caracterizada pela ausência de um sistema monetário regulamentado e da submissão a uma autoridade financeira (por exemplo, o Banco Central do Brasil)”. NOTA DO ESCRITOR: Investidores devem ter cuidado com moeda que não tem regulamentação oficial.

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