terça-feira, 5 de novembro de 2019

Lição 06 - 4º Trimestre 2019 - As Bodas do Cordeiro - Juvenis.

Lição 6 - As Bodas do Cordeiro 

4º Trimestre de 2019
"E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus” (Ap 19.9).
OBJETIVOS
Conceituar a expressão “Bodas do Cordeiro”;
Expor sobre o que acontecerá na Festa de Bodas;
Mostrar quem são os noivos deste casamento.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. AS BODAS DO CORDEIRO
2. O MOMENTO DAS BODAS
3. OS PARTICIPANTES DAS BODAS
4. A NOIVA DO CORDEIRO
Querido (a) professor (a), abordar escatologia em uma classe de Juvenis pode ser um desafio, mas Deus é contigo para capacitá-lo (a). Evidentemente, a complexidade do tema aliada ao seu público-alvo, numa faixa etária bastante questionadora, poderá requerer de você um tempo de dedicação maior para o estudo e leitura. 
Pensando nisto – além de todo conteúdo pedagógico presente em sua revista –, lhes deixamos abaixo, como subsídio extra, um artigo para esclarecer e aprofundar ainda mais alguns tópicos da lição do próximo domingo.
O texto é de autoria do escritor, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e autor de diversos livros publicados pela CPAD, incluindo o best-seller “Erros que os pregadores devem evitar”, pastor Ciro Sanches Zibordi.
O QUE SÃO AS BODAS DO CORDEIRO?
Logo após o Rapto da Igreja — um evento secreto, exclusivo para os salvos em Cristo, imperceptível para o mundo sem Deus (Jo 14.1-3; Hb 9.28; cf. At 1.11), como já vimos em artigos anteriores, neste blog —, “estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17). E, enquanto o mundo sofre os horrores da Grande Tribulação, ocorrerá, concomitantemente, outro evento exclusivo para os salvos arrebatados: o casamento entre Cristo e a Igreja, também conhecido como as Bodas do Cordeiro. Neste artigo discorrerei sobre algumas características desse glorioso evento reveladas nas Escrituras.
1. A Palavra de Deus não dá muitos detalhes sobre as Bodas do Cordeiro. Elas serão um grande banquete como nunca houve, no qual se cumprirão tipos, parábolas e profecias relacionadas com Cristo e sua Igreja. O melhor dessa festa só será conhecido após o Arrebatamento da Igreja (cf. Rm 8.18; 1 Pe 5.1). O que precisamos saber está escrito de modo direto em Apocalipse 19.7-9: “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus”.
2. As Bodas do Cordeiro são o casamento entre Cristo e a Igreja. A Palavra de Deus afirma que o Senhor Jesus é o Noivo ou Esposo celeste (Ef 5.25-27,32; Mt 9.15; 25.1-10 etc.). E, por isso, o apóstolo Paulo dirigiu-se aos crentes de Corinto com as seguintes palavras: “estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2 Co 11.2). Quanto à Noiva do Cordeiro, a Igreja, estará vestida de linho fino, puro e resplandecente, que representam as justiças dos santos (Ap 3.4,5; cf. 4.4).
3. A Igreja estará preparada para as Bodas do Cordeiro. O texto de Mateus 25.1-13 tem sido aplicado erroneamente a Israel. O conectivo “então” (v. 1) revela que o Senhor Jesus continua falando a respeito do futuro glorioso da Igreja, e não de Israel. Nos versículos anteriores à parábola das virgens vemos que o Mestre começara a falar especificamente sobre a sua iminente Vinda e a importância de estarmos prontos para ela (Mt 24.36-51). Como a Bíblia é análoga, nota-se, à luz de Mateus 25.10 e Apocalipse 19.7, que a Noiva — a Igreja do Senhor arrebatada — já estará pronta, preparada, para as Bodas do Cordeiro. A Noiva, a Igreja, já chegará ao local do banquete ataviada, devidamente trajada com as suas vestes nupciais. E o Noivo, o Senhor Jesus, com grande alegria, a apresentará diante de seu Pai (Mt 10.32; Ap 3.5) e dos seus anjos (Lc 12.8). Participaremos da Ceia prometida pelo próprio Noivo: “E eu vos destino o Reino, como meu Pai mo destinou, para que comais e bebais à minha mesa no meu Reino e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel” (Lc 22.29,30).
4. As Bodas do Cordeiro são mais uma prova de que a Igreja não passará pela Grande Tribulação. Em Apocalipse 19, mencionam-se os exércitos do Céu — claramente, uma alusão à Noiva do Cordeiro — que, triunfantemente, seguem Jesus montados em cavalos brancos, “vestidos de linho fino, branco e puro” (v. 14). Fica claro que a Noiva, na Manifestação do Senhor em poder e grande glória, já terá participado das Bodas do Cordeiro (vv. 6-9), visto que estará vestida plenamente com “os atos de justiça dos santos” (v. 8, NASB). Não há dúvida de que, nesse momento — como o número desses atos já terão sido completados —, o Arrebatamento e o Tribunal de Cristo já terão ocorrido. Como os eventos em Apocalipse 19 a 22 estão em ordem cronológica, fica claro também que as Bodas ocorrerão no Céu antes que Cristo se manifeste em poder e grande glória para derrotar o Anticristo e seu exército (Ap 19.11-21).
5. A Igreja entrará nas Bodas do Cordeiro já galardoada. Quando ela entrar na sala do banquete, estará coroada, galardoada, e será honrada pelo Noivo. Isso foi o que João viu quando contemplou 24 anciãos no Céu — antes de Deus lhe ter revelado o início da Grande Tribulação (cf. Ap 4-6) —, os quais simbolizam a totalidade da Igreja. O número 24, à luz de Apocalipse 21, alude claramente às doze tribos de Israel, representando os salvos dos tempos do Antigo Testamento, e os doze apóstolos do Cordeiro, representantes da Igreja estabelecida pelo Senhor nos tempos neotestamentários (Mt 16.18). Deus mostrou a João como serão a adoração e o louvor a Deus no Céu, logo após o Arrebatamento da Igreja. Observe que os mencionados 24 anciãos (gr. presbuteros) — que não são anjos, pois em nenhum lugar da Bíblia anjos são chamados de “presbíteros” — estão assentados em tronos e têm vestes brancas e coroas na cabeça (Ap 4.4). E note também que o Senhor Jesus mostrou tudo isso a João logo após ter prometido às igrejas da província da Ásia — igrejas reais, mas que também representam a totalidade da Igreja (cf. Ap 2.7,11,17,29; 3.6,13,22) — que os fiéis e vencedores receberiam coroas e vestes brancas, e se assentariam em tronos (Ap 2.10; 3.4,5,21).
6. No fim das Bodas do Cordeiro, os mártires da Grande Tribulação se unirão à Igreja. A Noiva do Cordeiro é formada por todos os remidos, de todas as épocas. Todas as pessoas salvas, inclusive as dos tempos do Antigo Testamento, foram salvas por meio do sangue do Cordeiro (cf. Hb 11; Ap 13.8). Os salvos em Cristo que forem mortos pelo Anticristo por não adorá-lo, os mártires, irão para o Paraíso (Ap 6.9) e, logo após a Manifestação do Senhor em poder e grande glória e a ressurreição mencionada em Apocalipse 20.4-6, integrarão os exércitos do Senhor, que seguirão aquEle que se chama “Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça”, cujos olhos são “como chama de fogo; [...] vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus” (Ap 19.11-13).
7. Como parte das Bodas haverá uma grande e gloriosa Ceia. É um tanto difícil para muitos entenderem o porquê dessa “alimentação” no Céu. Uma vez que estaremos em outra dimensão e já teremos, então, corpos glorificados — não mais sujeitos às leis da natureza (Fp 3.20,21) —, que necessidade haverá de comida e bebida, e como isso se dará? Não me arrisco a especular sobre a gloriosa Ceia das Bodas do Cordeiro. Mas faço minhas as palavras de Paulo: “para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm 8.18, ARA).
Maranata!
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

sábado, 2 de novembro de 2019

Lição 05 - 4º Trimestre 2019 - Um bebê muito forte - Berçário.

Lição 05 - Um bebê muito forte 

4º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Mostrar à criança que o Papai do Céu abençoou o bebê Sansão com força.
É hora do versículo: “O Senhor é a minha força [...]” (Sl 28.7).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história do bebê Sansão. Ele foi um bebê prometido aos seus pais e Deus o abençoou dando-lhe muita força. Toda a força de Sansão tinha um propósito. Sansão também não podia comer ou beber qualquer coisa. O bebê também deve se alimentar bem, comendo frutas, comidinhas e bebendo suco para crescer forte e saudável.
Leve algumas frutas e sucos da fruta para distribuir para os bebês. Antes, verifique com os pais se seus filhos não possuem alergia a nenhum tipo de alimento.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 05 - 4º Trimestre 2019 - Josias lê o Livro de Deus - Jd. Infância.

Lição 05 - Josias lê o Livro de Deus 

4º Trimestre de 2019 
Objetivos: Os alunos deverão compreender que, para ficarem longe do pecado e agradarem sempre a Deus, devem ler a Bíblia diariamente a fim de conhecerem as leis do Senhor. 
É hora do versículo: “Guia-me pelo caminho dos teus mandamentos, pois neles encontro a felicidade” (Sl 119.35).
Nesta lição, as crianças irão compreender que precisam ler a Bíblia diariamente para conhecerem as leis do Senhor e ficarem longe do pecado. Assim, estarão agradando ao Papai do Céu. O jovem rei Josias não conhecia a Palavra de Deus, que estava esquecida, perdida em um canto. Quando Hilquias achou o livro de Deus e o rei Josias ouviu as palavras que estavam escritas nela, o rei soube da vontade de Deus e descobriu que o povo estava fazendo coisas erradas, que deixavam o Papai do Céu triste. O rei Josias se arrependeu de tudo o que tinha feito de errado e todo o povo também. 
Conduza as crianças a um momento de reflexão sobre o que elas fazem e se tais atitudes agradam ao Papai do Céu. 
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você entregue uma folha em branco para cada aluno e peça que desenhe (ou que escreva, quem souber) atitudes que agradam a Deus e atitudes que entristeçam a Deus. Incentive-os a sempre terem atitudes que agradem ao Papai do Céu.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 05 - 4º Trimestre 2019 - A História do Perdão - Juniores.

Lição 5 - A História do Perdão 

4º Trimestre de 2019
Texto Bíblico — Mateus 18.21-35.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos terão a oportunidade de aprender um pouco mais a respeito do perdão. Diga-se de passagem, esta é uma das práticas mais difíceis da vida cristã. Se para os adultos é complexo lidar com esse tipo de situação, quanto mais para os juniores que ainda estão em fase de amadurecimento das capacidades mentais. 
Lidar com o perdão não é apenas uma questão de vontade, mas sim, de necessidade. Jesus, ao ensinar seus discípulos a respeito do perdão não usou de meio termo, mas foi categórico em afirmar que perdoar é uma exigência para que a nossa relação com Deus seja mantida. Se perdoarmos aqueles que nos ofendem ou causaram algum mal, também seremos perdoados por Deus. Se, porém, não perdoarmos aqueles que nos causaram algum dano, o Pai Celestial também não perdoará as nossas ofensas (cf. Mt 6.14,15). Isso significa que o perdão é um fator determinante para a nossa relação com Deus.
“Naquela época, havia sérias consequências para os que não podiam pagar suas dívidas. Um credor podia apoderar-se do devedor e de sua família, forçá-los a trabalhar para ele até que a dívida fosse paga. O devedor também podia ser enviado para a prisão, seus familiares podiam ser vendidos como escravos, para ajudar a pagar o débito. Esperava-se que, enquanto estivesse na prisão, as terras do devedor fossem vendidas ou que seus parentes pagassem a dívida em seu lugar. Caso contrário, o devedor permaneceria na prisão por toda a vida.
Pelo fato de Deus perdoar todos os pecados que cometemos, não devemos negar perdão a nossos semelhantes. À medida que entendemos o completo perdão de Cristo em nossa vida, devemos demonstrar uma atitude de perdão em relação aos outros. Se não fizermos, colocamo-nos acima da lei do amor de Cristo” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 1257).
Aprender a perdoar é um exercício que seus alunos precisam aprender a praticar desde cedo. Há muitos adultos que adquirem acentuada dificuldade em perdoar os outros que lhes fazem algum mal porque na infância não aprenderam a perdoar o próximo. Pelo contrário, muitos foram estimulados a responder as ofensas com a mesma moeda. Esse tipo de comportamento deve ser rejeitado entre os juniores.
Aproveite a ocasião e mostre aos seus alunos que boas maneiras devem ser preservadas. Para tanto, prepare um cartaz com as qualidades do caráter de cristo que devem ser imitadas. Diga o quanto Jesus foi manso, humilde, bondoso e misericordioso, mesmo nos momentos em que teve de sofrer as injustiças e ofensas da parte daqueles que pretendiam matá-lo por inveja. Apesar de sofrer tamanha angústia e traição o nosso Mestre ainda teve de encontrar fôlego para dizer: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem” (cf. Lc 23.34). Diga aos seus alunos que devem olhar para o exemplo de Jesus toda vez que se sentirem injustiçados e perceberem que precisam perdoar alguém.

Lição 05 - 4º Trimestre 2019 - As Consequências das Escolhas - Pré Adolescentes.

Lição 5 - As Consequências das Escolhas 

4º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Romanos 2.6-8.
Caro(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos serão conscientizados a respeito das consequências das escolhas. É preciso fazer escolhas certas para que se tenha um futuro próspero. As escolhas que fazemos podem nos trazer consequências boas ou ruins. O resultado depende da natureza da escolha que cada um faz. Por isso, é tão importante saber escolher de acordo com a vontade de Deus, pois Ele é o maior interessado em nossa felicidade.
E para que não venhamos cometer erros desnecessários ou mesmo agir de forma precipitada o Senhor disponibiliza para nós o seu conselho. Em algumas situações, Deus não mostra explicitamente o que uma pessoa deve fazer, mas usa a vida de alguém que tenha mais experiência ou que já tenha passado pela mesma situação para aconselhar que decisão tomar ou que caminho seguir (cf. Pv 1.1-6). Note que o conselho de alguém não isenta a pessoa da responsabilidade da sua decisão. Lembremo-nos de que cada um deverá prestar contas a Deus de tudo quanto fez durante o tempo em que esteve neste mundo.
A capacidade de fazer escolhas sábias advém de outra qualidade muito importante: a capacidade de “ouvir”. Eis aí uma prática que a maioria das pessoas não valoriza pelo fato de acreditarem piamente que sempre estão com a razão. A Bíblia nos ensina que ouvir é uma qualidade essencial para aqueles que desejam tomar decisões sábias. Em provérbios diz que “quem responde antes de ouvir mostra que é tolo e passa vergonha” (Pv 18.13 – NTLH).
A ansiedade nas decisões tem sido a causa de muitos males, inclusive, se tratando da fase da pré-adolescência, período em que seus alunos estão aprendendo a lidar com as emoções e a refletir antes de agir. Por esse motivo é tão importante aprender ouvir e aprender com os outros. Tiago afirma em sua Carta: “Lembrem disto, meus queridos irmãos: cada um esteja pronto para ouvir, mas demore para falar e ficar com raiva” (cf. Tg 1.19). Ouvir e pensar antes de qualquer resposta é uma qualidade que enriquece o caráter de qualquer pessoa.
“Quando falamos muito e ouvimos pouco, a mensagem que transmitimos aos outros é que pensamos que as nossas ideias são muito mais importantes do que as deles. Tiago nos aconselha sabiamente a invertermos este processo. Coloque um cronômetro mental em suas conversas, e controle o quanto você fala e o quanto você escuta. Quando as pessoas falam com você, elas sentem que seu ponto de vista e suas ideias têm valor?” (Bíblia de estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 1753).
Demorar em falar e muito menos ficar com raiva reflete um comportamento quase impossível de ser alcançado, quanto mais se tratando de um pré-adolescente. Todavia, é seu papel, professor, orientá-los a buscar em Deus a graça necessária para ouvir quando necessário e escolher sabiamente para que possam experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus (Rm 12.1,2).
Aproveite a ocasião e pergunte aos seus alunos se eles têm facilidade de ouvir conselhos. Pergunte também como eles fazem para tomar decisão: pedem opinião aos mais experientes? Procuram saber mais informações a respeito do que precisam escolher? Mostre-lhes que o mais importante, em qualquer ocasião, é que busquem a orientação divina por meio da oração e leitura da Palavra. 

Lição 05 - 4º Trimestre 2019 - O que são Epístolas - Adolescentes.

Lição 5 - O que são Epístolas 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO
AS EPÍSTOLAS DE PAULO
AS EPÍSTOLAS GERAIS
OBJETIVOS
Apresentar o propósito das epístolas;
Despertar nos alunos o interesse em lerem as epístolas;
Conscientizá-los de que as epístolas são úteis para orientá-los;
Caro professor, prezada professora, na aula desta semana você terá a oportunidade de ajudar os alunos a potencializarem a capacidade de ler mais eficazmente as epístolas, ou cartas, do Novo Testamento. Basicamente, esses escritos se dividem em Epístolas Paulinas (escritas pelo apóstolo Paulo) e Epístolas Gerais, ou Universais – “Católicas” (escritas por outros apóstolos ou autores).
No uso geral, o termo epístola remonta uma correspondência escrita, seja particular ou pública. Na aula desta semana é importante o professor, ou a professora, pontuar uma forma competente de lermos as epístolas neotestamentárias. Por isso, após a explicação dos conceitos gerais das epístolas, tanto as paulinas quanto as gerais, sugerimos a seguinte atividade:
• Informe aos alunos que as epístolas do Novo Testamento estão constituídas em parágrafos.
• Explique a eles que um parágrafo é a “divisão de um texto escrito, indicada pela mudança de linha, cuja função é mostrar que as frases aí contidas mantêm maior relação entre si do que com o restante do texto.”
• Mostre a eles que a versão da Bíblia usada na Escola Dominical, NTLH (Nova Tradução na Linguagem de Hoje – Sociedade Bíblica do Brasil / SBB), marca os parágrafos das epístolas com subtítulos, como por exemplo: 
 1 CORÍNTIOS 1.1-9
Saudação
1-2 Eu, Paulo, que fui chamado pela vontade de Deus para ser apóstolo de Cristo Jesus, escrevo, junto com o irmão Sóstenes, esta carta à igreja de Deus que está na cidade de Corinto. Escrevo a todos os que, pela sua união com Cristo Jesus, foram chamados para pertencerem ao povo de Deus. Esta carta é também para aqueles que em todos os lugares adoram o nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso.
3 Que a graça e a paz de Deus, o nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês!
Bênçãos por meio de Cristo
4 Eu sempre agradeço ao meu Deus por causa da graça que ele tem dado a vocês por meio de Cristo Jesus. 
5 Por estarem unidos com Cristo Jesus, vocês foram enriquecidos em tudo, tanto no dom de anunciar o evangelho como no dom da sabedoria espiritual. 
6 A mensagem a respeito de Cristo está tão firme em vocês, 
7 que vocês não têm deixado de receber nenhum dom espiritual enquanto esperam a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo. 
8 Cristo vai conservá-los firmes até o fim para que no dia da volta do nosso Senhor Jesus Cristo vocês não tenham culpa de nada.
9 Deus é fiel e chamou vocês para que vivam em união com o seu Filho Jesus Cristo, o nosso Senhor.
• Ou seja, o bloco dos versículos 1-3 constitui o primeiro parágrafo da epístola de 1 Coríntios; e o dos versículos 4-9, o segundo parágrafo.
• Mostre como que cada parágrafo apresenta uma ideia central que pode ser resumida em uma ou duas sentenças: 1ª Parágrafo: o apóstolo Paulo se identifica ao público leitor e mostra a quem dirige sua epístola, saudando-o (vv.1-3);1  2º Parágrafo: a gratidão do apóstolo a respeito dos coríntios, pois estes vivem da graça de Deus por meio de Cristo e são abençoados por isso.
• Finalize a atividade estimulando que os alunos leiam uma das epístolas do Novo |Testamento considerando essa habilidade de lê-las considerando as divisões dos parágrafos. Sugerimos a carta de 1 Timóteo, pois trata-se de uma epístola dirigida a um jovem.
Desejamos que o estimado professor, ou a estimada professora, ministre uma excelente aula.
Deus abençoe!
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD


1 Note como o subtítulo da NTLH, “SAUDAÇÃO”, contempla a descrição da sentença. 
2 Perceba a mesma coisa em relação ao subtítulo “BÊNÇÃOS POR MEIO DE CRISTO”.

Lição 05 - 4º Trimestre 2019 - A Instituição da Monarquia em Israel - Adultos.

Lição 5 - A Instituição da Monarquia em Israel 

4º Trimestre de 2019

ESBOÇO GERAL
I – POR QUE A MONARQUIA 
II – A ESCOLHA DE SAUL COMO REI
III – O REI QUE O POVO ESCOLHEU 
Um Sentimento de Orgulho Nacional

Osiel Gomes
Uma leitura geral do capítulo 8 de 1 Samuel esclarece alguns porquês que levaram o povo a solicitar a monarquia. Mas vale evidenciar que os críticos acreditam e aludem que tanto esse texto como os capítulos 10 a 12 na verdade tratam de uma narrativa que se segue à implantação da monarquia, e que o que se poderia ter então aqui é uma crítica histórica que se faz a essa instituição.
Podemos dizer que a monarquia terá diversas causas no processo histórico da existência do povo de Deus. Na época dos juízes, o quadro é de total celeuma, anarquia, falta de autoridade (Jz 21.25) e, dentro do próprio sistema dos juízes, já havia em boa parte do povo o desejo por uma liderança centralizada. Isso se comprova porque o povo solicitou que Gideão fosse o líder deles (Jz 8.22,23). 
Alguns biblistas, especialmente aqueles que trabalham com o Antigo Testamento, apontam que havia uma falta de consenso quanto à questão da monarquia, pois alguns dentre os judeus achavam que isso era certo e bom, ter um só líder que pudesse estar à frente do povo de Deus. Através da implantação da monarquia, segundo a visão de alguns, a concentração e a unificação de Israel se dariam de maneira mais fácil, sobretudo com um líder capaz de organizar uma força militar poderosa, uma adoração centralizada, dando proteção a todos. Essa instituição era imprescindível, mas, para outros, não era necessário. Assim pensava Samuel.
Sendo ou não correta a implantação da monarquia, o desejo de um líder com poder centralizado já era grande e o que vai colocar mais lenha na fogueira são algumas causas externas. Uma delas é a velhice de Samuel. Ele, que foi a grande esperança de todos, que conseguiu colocar Israel no eixo da vontade divina, estava se apagando. Muitos temiam surgir uma liderança como fora a de Eli, por isso todos se empenharam em buscar um rei que lhes desse proteção e estabilidade.
Hermeneuticamente não é fácil explicar Deuteronômio 17.14,15, posto que, na opinião de muitos estudiosos, o que se percebe pela sua leitura é uma monarquia antecipada da parte de Deus, a qual seria implantada no seu momento certo. Não há dúvidas de que o Senhor desejava a monarquia, mas nela Deus seria o rei que escolhia um humano para estar à frente do seu povo.
No geral, ocorre que o povo, já tendo o desejo de ter um rei, procurava se aproveitar de qualquer circunstância para que esse projeto viesse a ser consolidado. Assim, diante da velhice de Samuel e da vida corrupta que seus filhos levavam, foi formada uma comissão para ter com esse juiz e solicitar a implantação da monarquia.
No que tange à comitiva que foi falar com Samuel, que o texto diz que eram os anciãos de Israel, na verdade tratava-se de líderes de famílias, tribos, ou os principais da cidade que tinham autoridade. Eles formavam um tipo de assembleia geral. Esse tipo de ajuntamento não era algo novo no momento. Estava presente quando Moisés foi enviado para libertar os israelitas do poder de faraó (Êx 3.16). Por causa da casa de Eli, Samuel reviveu na mente deles o procedimento maléfico dos filhos do sacerdote, de maneira que temeram que toda aquela situação antiga viesse à tona outra vez.
Essa comitiva viu Samuel como um bom juiz, mas não acreditava em seus filhos. Entendia-se que agora havia chegado o momento de acabar de vez com o sistema dos juízes, posto que eles eram sempre falhos, vulneráveis, pecaminosos, não inspiravam confiança, e por isso disseram: “Dá-nos um rei”. 
Nada poderia justificar esse pedido feito pela assembleia geral, primeiro porque estava se esquecendo que os juízes que surgiam vinham por meio de uma aprovação divina e, em segundo lugar, ainda que a monarquia fosse implantada, ela seria dirigida por homens pecaminosos também. 
O âmago do pedido está revelado quando os israelitas dizem que querem um rei como tinham todas as demais nações. Nesse particular, estavam colocando-se no nível daqueles pagãos, que não tinham compromisso com Deus, eram independentes. Samuel não aprovou o pedido, posto que eles queriam ser como as nações pecaminosas.
A questão de querer uma monarquia não era pecado, pois se teria muitas vantagens na concentração de um poder unificado em torno da autoridade de um homem, em tempos de constantes guerras. Porém, a grande questão é que o próprio povo que pede um rei era pecaminoso, só se voltava para Deus em momentos de grandes crises, desespero, e foi nesse momento que solicitaram um rei.
O pedido da assembleia não soou bem aos ouvidos de Samuel, que entendia que se estava rejeitando a teocracia em razão da monarquia. Todavia, nesse particular, foi um pouco flexível, pois entendia que havia perigo nos dois lados: no sistema dos juízes, os homens pecavam e a monarquia seria dirigida também por homens; ele então vai buscar uma orientação divina, o que dará oportunidade para a monarquia. O historiador Flávio Josefo diz que esse pedido incomodou Samuel, o qual passou a noite toda em oração. Orar em momentos de grandes decisões e crises é fundamental para o cristão e, como falou Tiago, a oração do justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16).
Deus respondeu a Samuel dizendo que permitiria o estabelecimento da monarquia. É claro, essa concessão da parte divina não é porque Ele entendesse ser o melhor para Israel, posto que muitos reis irão ser pecadores, infligidores de leis, corruptos, porém, frente ao que vinha acontecendo, no caso dos juízes (Jz 17.6; 21.25), esse novo sistema poderia ser uma nova chance de melhora para a nação.
Podemos dizer que o propósito especial da parte de Deus foi antecipado pelo povo, de maneira que o ideal foi sacrificado, mas isso iria acontecer porque faria parte do processo da formação de Israel, para que todos entendessem que um bom governo, sucesso, paz, não se encontram no homem ou na forma do sistema político, mas somente em Deus.
Novo Comentário da Bíblia, falando desse pedido e da implantação da monarquia, expressa:
Mas a perversidade e a fraqueza dos homens levaram à desobediência, ao fracasso. Só em presença do perigo é que o povo dava ouvidos às mensagens do Senhor. Agora, levado por um sentimento de orgulho nacional, vai pedir um rei. A monarquia, no fim de contas, nos destinos da Providência, tinha por objetivo dar ao povo eleito uma ideia do reinado messiânico. Mas, se tivessem seguido fielmente a Deus, tornava-se dispensável a presença dum rei terreno.1  
Conforme a citação acima, entendemos então o porquê de Deus permitir a monarquia, para imprimir no povo um ideal messiânico, pois é a partir desse momento que se pode entender que o texto de Deuteronômio seria escatológico, apontando para Jesus Cristo, o rei ideal, o qual sairia da casa de Davi. 
Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD.

1 F. Davidson (ed.). Novo Comentário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1997, p. 307.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Lição 05 - 4º Trimestre 2019 - Despedindo-se com louvor - Maternal.

Lição 5 - Despedindo-se com louvor 

4º Trimestre de 2019
Objetivo da Lição: Ensinar à criança que devemos ser fiéis ao Senhor até o fim. 
Para Guardar no Coração: “[...] Sejam fiéis [...]” (Apocalipse 2.10).
Perfil da Criança 
Crianças desta idade já podem realizar muitas atividades com autonomia, mas ainda carecem de alguma ajuda. Elogios e incentivos ajudá-las-ão a tornar-se cada vez mais independentes. Um “obrigado” sempre que um aluno tomar a iniciativa de, por exemplo, jogar um papel na lata de lixo, também contribui para a sua autoconfiança.
Subsídio Professor
Ao receber os alunos, pergunte: Quem já falou com o Papai do Céu hoje? O que vocês lhe disseram? Agradeceram pelo soninho gostoso que tiveram? Agradeceram pelo lindo dia de hoje? Pelo café da manhã?
Deixe que as crianças falem um pouco, e pergunte: Alguém de vocês está dodói, ou alguém da família de vocês está doente? Se todos estiverem bem, peça que repitam esta oração: “Obrigado, Jesus, porque o Senhor cuida bem do meu corpinho.”  Se algum aluno estiver doente, diga-lhe que Jesus é poderoso e pode curar qualquer doença. Antes de fazer uma breve oração por ele, encoraje os demais alunos a estender as mãos sobre o que está enfermo. Então, convide-os a repetir bem alto as frases: “Obrigado pela minha saúde, Jesus!” “Obrigado pelo soninho gostoso!” “Obrigado pela minha caminha!” “Obrigado pelo leitinho!” “Obrigado pelos coleguinhas!” (pelo papai, a mamãe, a tia, a igreja, etc). “Eu te louvo porque o Senhor é muito bom para mim.” Glória a Deus!
Oficina de Ideias 1
De a cada criança um palito de picolé e uma caneta hidrocor, e ensine-as a desenhar uma “carinha feliz” na ponta do palito.
Até Logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para lerem a história bíblica que se encontra em Deuteronômio 32.1-43.  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
*Este subsídio foi extraído de Lições Bíblicas do Maternal Mestre 7/8, Marta Doreto, CPAD. 
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 05 - 4º Trimestre 2019 - A Tola Promessa de Saul - Primários.

Lição 5 - A Tola Promessa de Saul 

4º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno compreenda que devemos ter cuidado com as promessas que fazemos.
Ponto central: Deus se agrada de quem é bondoso.
Memória em ação: “Toda maldade é pecado [...]” (1 Jo 5.17a).
Querido (a) professor (a), no próximo domingo vamos avançando no aprendizado sobre o “último Juiz, primeiro Rei e maior Rei de Israel”. Os primários compreenderão que não devemos fazer promessas sem antes pensar com muita cautela, se poderemos cumpri-la e se não prejudicaremos ninguém com ela. 
Na história que vamos transmitir às crianças, Saul visou mais a vitória, do que seus soldados, companheiros de luta. Ele não se preocupou se iria passar por cima de alguém para conseguir o que desejava. Nós como adultos sabemos que muitas pessoas, até mesmo dentro da igreja, agem desta maneira. Usam outras como se fossem degraus para chegarem ao objetivo que desejam. 
Em todas as camadas da sociedade percebemos a urgente necessidade da compreensão de que “os fins não justificam os meios”. Por melhor que seja a motivação ou desejo a ser alcançado, não podemos abrir mão do que é certo para conquistá-lo; não podemos deixar de agir com bondade, ou deixar de considerar o bem das pessoas envolvidas. Esta é uma lição importantíssima para qualquer idade. Esperamos que nesta faixa etária, colabore para formar a base de um genuíno caráter cristão.
Para ilustrar e ampliar ainda mais a compreensão desta lição pelos Primários, sugerimos aqui uma dinâmica. Com seu auxílio, cada criança deverá escrever em um pedaço de papel uma prenda/ missão / ação para que um colega sorteado realize. Todos deverão assinar o que propuseram. 
Misture os papéis e peça que cada criança retire uma tarefa. A grande surpresa e lição desta brincadeira é que cada tarefa deverá ser cumprida, não por quem a retirou, mas por quem a sugeriu. Desta maneira, você explicará que tudo o que fizermos deve considerar o bem-estar de todos; que não podemos desejar ou fazer aos outros aquilo que não gostaríamos que acontecesse com nós mesmos.
Ao final, após as crianças terem cumprido o que cada uma o que elas próprias sugeriram para o outro, tire a sua própria sugestão de missão, que deverá ser: Todos juntos repetirem nosso “Ponto Central” e versículo do “Memória em Ação”.
Deus te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 05 - 4º Trimestre 2019 - A Grande Tribulação - Juvenis.

Lição 5 - A Grande Tribulação 

4º Trimestre de 2019
“Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais” (Mt 24.21).
OBJETIVOS
Conceituar “Grande Tribulação”;
Explicar como será a Grande Tribulação;
Mostrar para quem será a Grande Tribulação.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O CONCEITO DE GRANDE TRIBULAÇÃO
2. A MANIFESTAÇÃO DO ANTICRISTO
3. A ABERTURA DOS SETE SELOS
4. A MARCA DA BESTA
Querido (a) professor (a), é muito interessante instigar seus alunos a continuarem os estudos para além da sala de aula. Portanto, prepare algumas questões ligadas ao tema do domingo seguinte para que os juvenis possam ler em casa a respeito e trazer as respostas na próxima aula. Premie de alguma maneira aos que trouxerem e instigue a participação de todos os demais. 
deixados para trasUma outra atividade extraclasse que pode ser realizada em conjunto e com grande êxito é cinematográfica. Que tal uma “sessão pipoca” exibindo o clássico filme cristão “Deixados Para Trás”?! Nele vários temas propostos no trimestre são abordados de uma maneira interessante e podem ser debatidos no decorrer das lições.
Além de todo conteúdo pedagógico presente em sua revista, lhes deixamos abaixo, como subsídio extra, um artigo para esclarecer e aprofundar ainda mais alguns tópicos da lição deste próximo domingo. 
O texto é de autoria do teólogo, pedagogo, professor da FAECAD e autor de diversos livros da CPAD, Esdras Costa Bentho.
Haverá Salvação durante a Grande Tribulação?
Haverá salvação na Grande Tribulação? Se houver, será por meio do sangue do mártir ou do sangue de Cristo? 
Será por iniciativa pessoal ou por agência do Espírito Santo? O que a Bíblia diz a respeito do temário?
Essas perguntas são frequentes e comuns entre os crentes interessados pela Escatologia Cristã. Neste breve artigo, explicamos de modo objetivo e prático essas importantes indagações a respeito da soteriologia escatológica.
A Salvação será pela graça mediante a fé
Haverá salvação durante a Grande Tribulação segundo Apocalipse 7; 12.11 e 14.4. As descrições nestes textos confirmam que a salvação será mediante o sangue de Cristo.
O conceito popular entre os cristãos de que a salvação durante este período se dará mediante o sangue ou morte do próprio indivíduo necessita de alguns esclarecimentos. Inicialmente, nenhum daqueles que mantiverem a sua crença em Cristo neste período será salvo por ter sido morto pela figura enigmática do Anticristo. A salvação não é por qualquer ato de justiça que possamos efetuar. O único meio através do qual o crédulo deste período será salvo é mediante a agência do sangue de Cristo: “E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra” (Ap 7.14-15 – grifo nosso).
O princípio da salvação pela graça mediante a fé ainda continua válido para esses dias de grandes agruras, o princípio do versículo 6 [Hb 1.11-40], sem fé é impossível agradar a Deus, não se limita à presente era, mas vale para todas as épocas . É assim que se entende o texto de Apocalipse 12.11: “Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida”. (grifo nosso)
No primeiro agente, o sangue, encontramos a graça, pois se refere ao sacrifício voluntário e gratuito de Cristo a favor da humanidade e, somente depois, a segunda agência, a fé, mediante a qual a pessoa confessa sua incapacidade de se salvar e aceita os postulados do Calvário: “e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida”.  
Mesmo a salvação sendo operada através do sangue de Cristo, torna-se-á necessário a manifestação da fé do mártir na obra efetuada por Cristo. Isto o indivíduo afirmará através de sua fé por meio de sua própria morte. Neste caso, o crédulo desse tempo não é salvo porque deu a sua vida, mas porque o seu sangue derramado na morte testifica e confirma a sua fé no sacrifício vicário de Cristo.
A salvação será através da ação do Espírito Santo
Alguém pode perguntar: “Como alguém poderá crer no sangue de Cristo durante a Grande Tribulação?”. A resposta a esta pergunta está clara através de todo o Novo Testamento: através da agência do Espírito Santo. A respeito da ação salvífica do Paracleto, Jesus afirmou: Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado. O mesmo princípio é ratificado em João 3.5,6. A diferença entre a atuação do Espírito no tempo da Graça para os dias da Grande Tribulação é, que, na Graça, o Espírito habita no crente, enquanto na Grande Tribulação, assim como no Antigo Testamento, o Espírito não habitará no crédulo. Assim, distinguimos entre a regeneração efetuada pelo Espírito e a habitação do Espírito no crente. Mesmo que o Espírito não habite no crente no tempo da Grande Tribulação isto não O impedirá de efetuar a regeneração nessa pessoa.
Os Resultados da Salvação
Os textos que tratam da salvação neste período tribulacional indicam vários resultados da salvação:
a) Haverá purificação pessoal: Passagens como Apocalipse 7.9,14 e 14.4 mostram claramente que o indivíduo salvo é aceito por Deus. Em nenhuma outra base o indivíduo poderia estar “diante do trono de Deus”.
b) Haverá salvação nacional: A preparação de tal nação (veja Ez 20.37,38; Zc 13.1,8,9) resultará na salvação da nação no segundo advento, como prometido em Romanos 11.27. As promessas nacionais podem ser cumpridas porque Deus, pelo Espírito Santo, redimiu um remanescente em Israel ao qual e por meio do qual as alianças podem ser cumpridas.
c) Haverá bênçãos milenares: Apocalipse 7.15-17 e 20.1-6 deixam claro que a salvação oferecida durante esse período encontrará seu cumprimento na terra milenar. Todas as bênçãos e privilégios de serviço, posição e acesso a Deus são vistos no âmbito milenar. É assim que as promessas nacionais serão realizadas mediante a salvação individual durante a tribulação e serão desfrutadas na terra durante o milênio.
Cada cristão deve entender que a Igreja aguarda pacientemente o Arrebatamento da Igreja. Nossa salvação já está garantida e segura em Cristo.O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD 

Lição 05 - 4º Trimestre 2019 - Os Discípulos são Livres da Prisão - Jovens.

Lição 5 - Os Discípulos são Livres da Prisão 

4º Trimestre de 2019
Introdução
I- Oposição à Obra de Deus;
II-A Libertação da Prisão;
III- O que mais Importa é Obedecer a Deus.
Conclusão

Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Analisar a oposição enfrentada pela igreja do primeiro século;
Destacar o agir de Deus na libertação dos discípulos da prisão;
Enfatizar que a obediência a Deus traz alegria e vitória.
Palavras-chave: Poder, cura e salvação.

A pureza da Igreja Primitiva foi protegida pela obra soberana do Espírito Santo. Foi algo dramático e decisivo. Duas pessoas estão mortas, mas um ambiente puro para o Espírito Santo funcionar foi mantido. Como resultado, há um grande reavivamento em Jerusalém. As pessoas estão vindo de todo o campo para serem curadas. Deus está trabalhando de uma maneira poderosa. Sempre que o Senhor estiver trabalhando, você pode esperar, porque Satanás vai lutar contra isso. O que geralmente nos surpreende é o que ele usa para combatê-lo. Quem está tentando impedir a obra do Espírito Santo? Os líderes religiosos, justamente aqueles que deveriam estar mais empolgados com o reavivamento espiritual.
A Inveja
Enquanto Deus fazia maravilhas naquela primeira comunidade cristã, as pessoas alegravam-se e glorificavam a Deus por tudo. Mas os “líderes” religiosos, principalmente os da seita dos saduceus, encheram-se de inveja. Esse sentimento é terrível, pois corrói e destrói relacionamentos. Provérbios 14.30 diz: “O coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a podridão dos ossos”. E em Tiago está escrito: “Porque, onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa” (Tg 3.16). 
E foi justamente isto que aconteceu em razão desse sentimento maligno que habitava no coração daqueles religiosos: uma obra perversa. Eles prenderam os apóstolos e colocaram-nos na prisão. Precisamos ter todo o cuidado com a inveja, assim como também precisamos ter uma visão mais ampla de todo o corpo de Cristo. Se Deus está abençoando outra igreja na comunidade, que está realmente pregando a Jesus Cristo, devemos ficar contentes e regozijarmo-nos em vez de procurarmos falhas em seus métodos. Inveja sobre a obra de Deus na vida de outra pessoa ou ministério é uma coisa extremamente má.
Temos um exemplo disso no relatório que os discípulos deram a Jesus: 
E João lhe respondeu, dizendo: Mestre, vimos um que, em teu nome, expulsava demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue. Jesus, porém, disse: Não lho proibais, porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim. Porque quem não é contra nós é por nós.1  
Até mesmo os discípulos de Jesus sentiram inveja de certo homem que expulsava demônios simplesmente pelo fato de este não os estar seguindo. Jesus, porém, corrige esse pensamento exclusivista dos discípulos, ensinando a tolerância e a compreensão de que Deus usaria pessoas além daquele grupo. Matthew Henry (1662–1714) coloca:
Muitos têm sido como os discípulos, dispostos a calar aqueles homens que têm conseguido pregar o arrependimento em nome do Senhor Jesus Cristo aos pecadores, somente porque não seguem juntamente com eles. O Senhor culpa os apóstolos, lembrando-lhes que aqueles que operam milagres em seu Nome não podem causar danos à sua causa. Se pecadores são levados ao arrependimento, a crerem no Salvador, e a levarem uma vida sóbria, justa e santa, então vemos que o Senhor é quem está trabalhando por intermédio de tal pregador.2  
É sempre bom relembrarmos as palavras de Paulo: “Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram” (Rm 12.15). Logo, se algum obreiro, igreja ou ministério estiver alegre por estar sendo canal da graça de Deus para alcançar pessoas, então devemos ficar alegres também. Por outro lado, se houver choro, também devemos chorar. 
Um Anjo Abre o Cárcere
O texto diz que os apóstolos foram recolhidos à prisão pública. Não bastava a inveja; tinham que fazer algo maligno a respeito. Sobre as prisões, o Doutor em Novo Testamento e escritor Craig Keener diz: 
Em geral, as prisões eram usadas para a detenção até o julgamento e não para o encarceramento como punição. Nesse período, a guarnição romana controlava a Fortaleza Antônia, no monte do templo; a guarda do templo, portanto, prende os apóstolos em outro local, embora este talvez seja, também, próximo ao templo. A elite, até aqui, havia tolerado a popularidade dos apóstolos. Contudo, agora ela arriscava ser desonrada se não fizesse algo em relação a eles.3  
O que os líderes religiosos não contavam é que um anjo apareceria para libertar os apóstolos. E o versículo 19 diz que um anjo abriu as portas do cárcere e conduziu-os para fora. Simples assim. Um anjo do Senhor entrou lá e abriu as portas da prisão. Parece até coisa de filme, mas não é; um anjo tem mais poder que qualquer herói de ação hollywoodiano. Em 2 Reis 19.35, está escrito que, em uma noite, um anjo do Senhor feriu 185 mil assírios no acampamento deles. A Palavra de Deus também nos diz que os anjos são “espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação” (Hb 1.14). 
E isso aconteceu com mais esse relato milagroso no livro de Atos. Somente Deus tem esse poder. Só Ele pode libertar-nos das prisões de nossa alma e emoções. Nesse caso, esses apóstolos não tinham cometido crime algum; eles apenas pregavam a Palavra de Deus. E, mesmo assim, foram injustamente presos. Mas Deus vê todas as coisas e, se precisar realizar um milagre para seus filhos, Ele assim o fará. Glória a Deus! De repente, aqueles apóstolos, provavelmente abatidos por estarem naquela situação, veem-se do lado de fora, libertos e com uma ordem a seguir. O anjo havia-lhes dito para voltarem ao templo e continuarem falando “todas as palavras desta vida” (At 5.20). Na língua aramaica dos judeus, seria hayye, que quer dizer “vida” ou “salvação”. Percebe-se que ele não diz as palavras desta nova lei ou desta nova religião, “mas uma nova vida de que Cristo é o motivo, poder e alvo”.4 
No dia seguinte, havia confusão entre os judeus. Eles mandaram buscar os presos, mas não acharam ninguém — e mais: o cárcere estava fechado com toda segurança, segundo o relato dos guardas (At 5.23). O anjo havia aberto as portas e, em seguida, fechado tudo, parecendo que nada havia acontecido. Deus trabalha assim muitas vezes: sem muito alarde, barulho ou divulgação, mas algo sobrenatural acontece. Em certas ocasiões de milagres, Jesus pediu àqueles que tinham recebido a benção que não contassem a ninguém, como foi o caso do leproso (Mt 8.4) e dos dois cegos (Mt 9.30). 
Eles ficaram perplexos pelo acontecido. Onde estavam os presos? Como isso aconteceu? Porém, mesmo diante de algo sobrenatural, não creram. Muitos nos dias de Jesus também presenciaram milagres, mas não creram nEle (Jo 12.37).
Da Prisão ao Templo
O versículo 25 de Atos 5 diz que alguém informa: “Eis que os homens que encerrastes na prisão estão no templo e ensinam o povo”. Que maravilha! Não era plano de Deus que aqueles discípulos ficassem aprisionados sem cumprir o propósito que tinham. Eles precisavam estar livres para continuar proclamando o evangelho. Deus não permite que seus filhos fiquem permanentemente aprisionados às amarras espirituais e emocionais, pois deseja que se coloquem no propósito que Ele mesmo estabeleceu. O Salmo 27.5 diz: “Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto do seu tabernáculo me esconderá; pôr-me-á sobre uma rocha.” 
É interessante observar que o templo significa a presença do Senhor, e este é o lugar em que o Senhor quer que estejamos, e não numa prisão. E prisão pode não ser simplesmente um lugar para encarcerados, mas também pode significar aprisionado pelas circunstâncias da vida, pelos traumas do passado, pela falta de perdão. No entanto, da mesma forma que Deus livrou miraculosamente seus discípulos naquele primeiro século, Ele deseja também nos libertar de todas as mazelas que porventura nos aprisionam e impedem de viver plenamente em sua presença. 
Certa vez, Jesus voltou à sua terra natal, Nazaré, que ficava na Galileia, e, entrando numa sinagoga, foi-lhe dado o livro do profeta Isaías para ler. Ele toma o livro e lê: 
O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então, começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.5 
Jesus veio para curar e libertar. E Ele continua com o mesmo poder para realizar isso continuamente. Sejamos curados e libertos, bem como instrumentos nas mãos do Senhor para que outros sejam da mesma forma (Is 6.8). 
O mais Importante É Obedecer a Deus
Depois do milagre da libertação do cárcere, os apóstolos foram ao templo continuar a ensinar (At 5.25). Logo os discípulos foram levados ao Sinédrio pelo capitão e os guardas. Que incoerência: o Sinédrio, que reunia os líderes judaicos, julgando aqueles que estavam glorificando o rei deles! Mas a religião em si não chega ao conhecimento de Deus; aliás, ela pode tornar-se um grande obstáculo para chegar-se até Ele, cegando a pessoa e tornando-a numa pessoa sem amor. E, ao ficar mais velho e um bom religioso, essa pessoa torna-se muito crítica. E, se você ficar suficientemente religioso, vai aprender a odiar as pessoas. Talvez você, lendo esse livro, pode concordar que suas piores dores tinham a ver com a igreja, não é verdade? Pessoas religiosas magoaram-no profundamente; você estava numa situação difícil e tiraram-no fora, e você pensou: “Eu achava que neste lugar o que prevalecia era o amor!”. Não; era tudo religião; não era amor; era tudo sobre endurecer o poder de Deus!
Veja o que Jesus falou sobre pessoas religiosas em João 16.1-3: “[...] não conheceram ao Pai nem a mim”. O texto não diz “não creram no Pai nem a mim”! Então, mesmo com toda a sua atividade religiosa, Deus ainda pode ser um estranho para você! Daí, você pode ficar bravo com um Deus que nem conhecia! Daí, você tomará decisões ruins, as coisas ficarão difíceis, bem como os relacionamentos, o trabalho, etc. Daí, você diz: “Deus!”, e Ele diz: “Você nem me conhece! Se me conhecesse, não faria isso, não tomaria essa decisão”. Portanto, é possível ir ao culto, cantar, orar, ouvir a Palavra, ofertar e ainda não conhecer a Deus. É como se Ele estivesse dizendo: “Você me respeita, me obedece, mas ainda não me conhece”. 
Na sequência da história, o sumo sacerdote repreendeu os apóstolos mais uma vez, proibindo-os de ensinar sobre Cristo, pois queriam lançar sobre eles o sangue dEle (At 5.28). Entretanto, Pedro e os outros apóstolos afirmaram categoricamente: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (v. 29). Boor comenta:
É significativo para a clareza de fé dos apóstolos que eles não usam essa benevolência do povo e sua libertação miraculosa do cárcere e benefício próprio. Admitem que há um direito para intimá-los. Voluntariamente seguem o capitão do templo, sabendo que é o plano e a vontade de seu Deus que mais uma vez digam aos líderes de seu povo o testemunho de Jesus. [...] Com isso tudo e fundamentado. Mas é óbvio que essa palavra também pode ser uma frase piedosa, com que qualquer um justifica o que lhe convém. Na realidade, é preciso mostrar com muita determinação por que os apóstolos de fato “obedecem a Deus” de modo tão sério que não podem observar proibições contrárias de seres humanos, ainda que sejam determinadas pelos sacerdotes e anciãos de seu povo.
Sempre que as leis humanas entrarem em conflito com os princípios da Palavra de Deus, devemos ignorá-las e obedecer ao Senhor. Mesmo que sejamos presos, não podemos abrir mão dos estatutos e mandamentos do Senhor (2 Tm 3.16,17). A história diz que o líder cristão chinês Watchman Nee (1903–1972) viveu dias assim. Quando a China tornou-se comunista em 1949, as igrejas começaram a ser pressionadas a ceder ao controle do estado. Missionários foram perseguidos e expulsos, e muitos crentes foram mortos ou presos. Watchman Nee, um evangelista, foi preso por confessar sua fé em Cristo. Ele ficou quase 20 anos preso e só seria solto se não pregasse mais o evangelho. Ele não concordou e ficou mais cinco anos preso até matarem ele ali mesmo.
No próximo capítulo, estudaremos o martírio de Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, que também preferiu morrer a parar de pregar a Cristo (At 6–7). 
O Parecer de Gamaliel
Os líderes judeus ficaram furiosos e queriam matar os apóstolos. Gamaliel, renomado mestre de Paulo, representante da Escola de Hilel, levanta e emite um parecer. Ele relembra os ouvintes de que apareceram outros que fizeram movimentos no passado e que não se perpetuaram, como Teudas e Judas. Logo, seu conselho era para que deixassem aqueles homens, pois, se o Senhor Deus não estivesse naquele negócio, tudo se acabaria; porém, se aquela missão fosse mesmo de Deus, contrapor-se a isso seria como lutar contra o próprio Deus (At 5.35-39). 
A princípio, esse conselho até pareceu prudente, pois o aceitaram de fato. No entanto, comparar o movimento dos cristãos com outros estranhos que aconteceram foi um julgamento equivocado, haja vista as características que cada um tinha. Teudas levou um grupo de judeus ao Jordão prometendo abrir suas águas. Judas influenciou o povo a não dar tributo a Roma, mas somente a Deus. Os apóstolos, por sua vez, queriam apenas proclamar o Cristo crucificado, porém ressurreto. No entanto, o parecer do rabino de deixar a história julgar tudo o que aconteceria mostrou-se efetivo e confirmou-o de fato.
O rabino (ou doutor da lei) Gamaliel, o Velho, que Lucas mencionou aqui, é venerado no judaísmo como um dos mais sábios e mais santos de seus anciãos. Nesse caso, o carisma pessoal de Gamaliel e o respeito que ele tinha conquistado na sua época evitaram que o Sinédrio tentasse eliminar os apóstolos, como tinham feito com Jesus. O princípio que Gamaliel declarou mostrar outra maneira como expressamos reverência por Deus, e a convicção de que Ele age ativamente no nosso mundo. O conselho de Gamaliel: Deixem a história julgar. Não assumam muitas coisas em suas próprias mãos, porque não são capazes de perceber o que Deus pode estar fazendo. 
E a história julgou. O movimento cristão demonstrou que Deus estava naquele negócio, que cresceu nos últimos 2 mil anos, alcançando não apenas pessoas daquela região, como também de todo o mundo.
Violentados e Proibidos de Pregar
Mesmo após o conselho do respeitado Gamaliel, eles chamaram e, em seguida, açoitaram os apóstolos. Não bastasse a humilhação, aprisionamento injusto, era preciso usar de violência. Esse castigo era 40 chibatadas menos uma (Dt 25.1-3; 2 Co 11.24). Parece que o uso dessa força foi mais severo do que o encarceramento e ameaças anteriores (At 4.21). Jesus já havia falado sobre esse tipo de perseguição que os discípulos podiam esperar: “Mas, antes de todas essas coisas, lançarão mão de vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões e conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por amor do meu nome” (Lc 21.12). 
Então, eles são proibidos pelo conselho de continuar com a sua missão. O mundo sempre tentará parar a missão da igreja. Nesse caso, ele está cegando o sistema religioso da época, que eram “corretos” por fora, porém podres por dentro, para não verem que aquele movimento era de Deus. Jesus disse que o Senhor havia cegado os olhos e endurecido o coração desse povo em razão de sua incredulidade, como afirmou o profeta Isaías (Jo 12.39,40). Hoje em dia, Satanás utiliza-se de variadas formas para tentar parar o avanço da Igreja, como, por exemplo, o liberalismo teológico, as heresias dentro da igreja, que vão contra a suficiência das Escrituras, o secularismo, o ateísmo, além de leis mais rígidas que dificultam os cultos públicos, entre outros. Mas nada disso poderá deter a Igreja do Senhor (Mt 16.18). 
Alegres por Sofrerem por Cristo
Mesmo com toda aquela afronta, injustiça e violência, a Palavra diz no versículo 41 de Atos 5: “Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus”. Naquele momento, a bem-aventurança que Jesus falou estava sendo cumprida na vida dos apóstolos. No Sermão do Monte, Jesus havia dito: 
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus; bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.8 
Certamente, aqueles seguidores de Jesus lembraram-se das palavras de seu Mestre e podiam alegrar-se por passar por essas afrontas pelo nome de Cristo. Eles foram “honrados com a desonra”. O escritor César Moisés Carvalho comenta: 
O fato é que naquele momento histórico, tanto nos dias de Jesus quanto da igreja do primeiro século, haveria perseguição para quem se dispusesse a viver de acordo com a justiça do Reino, ou seja, para todos que passassem a seguir ao Senhor. Não seriam louvados, antes, injuriados, perseguidos e caluniados. No entanto, os discípulos deveriam se alegrar, pois há uma grande recompensa para eles diante de Deus e, ainda mais, no contexto judaico havia ainda uma das maiores honras para um judeu que era identificar-se com os profetas veterotestamentários. Um grande contraste com os nossos dias quando se quer, a todo custo, evitar todo tipo de oposição à fé, criando até leis que favoreçam os que dizem seguir a Jesus, mas não querem pagar preço algum por suas convicções cristãs e, consequentemente, por representar Deus na face da Terra [...], esse foi o problema de Israel.  
Muito pertinente o que o pastor César Moisés Carvalho coloca de que hoje o cristão não pode, de forma alguma, sofrer por seguir sua convicção religiosa. Muitos evangélicos ficaram chocados e revoltados por causa de uma cena no desfile do Carnaval do ano de 2019 no Rio de Janeiro, na qual uma Escola de Samba retratou o Diabo batendo e derrotando Jesus, o que causou um grande alvoroço. É claro que também não gostei — o que, aliás, só vi porque os crentes estavam expondo aquilo. Mas, de fato, não fiquei surpreso que algo daquela natureza pudesse sair daquele meio dominado por Satanás. Mas o que esperávamos?! Que aquelas pessoas sem moral, pudor e entregues à concupiscência da carne viessem na avenida cantando um hino da Harpa Cristã e pregando Cristo?! Mas é claro que não! O mundo jaz no maligno (1 Jo 5.19). Aquele lá não era mesmo meu Jesus retratado, pois Ele é vencedor desde sempre! (Lc 1.33). 
O que me espantou da reação dos evangélicos era a noção de que não podem, de forma alguma, serem afrontados em suas crenças, receber qualquer oposição à fé, quando Jesus disse que seríamos odiados pelo mundo (Mt 24.9). Por que não fazem uma reação tão forte ao todo do Carnaval quando tudo ali, com aquela sensualidade depravada, causa tantos males às pessoas, caracterizando-se uma aberração. É como dizer que não passaram dos limites antes, que, até então, aguentamos tudo, mas que agora foi longe demais! Tem algo de estranho nesse contexto aí. Precisamos saber que não podemos esperar coisa boa do sistema corrompido deste século. O que devemos fazer é orar e pregar a essas pessoas para a salvação e libertação delas e nunca esperarmos ser amados por elas, pois: “É necessário que em meio a muitas aflições ingressemos no Reino de Deus!” (At 14.22, Bíblia King James Atualizada).
A Obra não Cessou 
E aquela perseguição, aprisionamento, açoites, afrontas e proibição não foram suficientes para deter a obra de Deus naquele primeiro século da Igreja. O versículo 42 diz que: “E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo”. Eles não podiam sequer cogitar a ideia de parar a missão que lhes foi dada pelo Senhor Deus. Embora tendo sofrido tudo aquilo, os discípulos alegraram-se por acharem-se dignos de levar à frente a missão iniciada por seu Mestre e Senhor. 
Era isso que as autoridades romanas que, mais tarde, condenaram mártires aos leões não conseguiam entender. É isso que jamais será entendido por aqueles que imaginam que a pregação do evangelho e o compromisso de viver a plenitude dele é um movimento como outro qualquer, e que as leis, punições e ameaças bastam para acabar com isso.10 
No final, Gamaliel estava certo: essa obra era de Deus, e ninguém podia pará-la. E ainda podemos crer nisso hoje! Apesar das novas oposições que a Igreja atravessa, ninguém poderá deter a expansão do Reino de Deus na terra. 

*Adquira o livro do trimestre. PESCH, Henrique. Poder Cura e Salvação: O Espírito Santo Agindo na Igreja em Atos. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.

Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

Lição 04 - 4º Trimestre 2019 - A menina que ajudava a mamãe - Berçário.

Lição 4 - A menina que ajudava a mamãe 

4º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: A criança deverá compreender que Mirian ajudou a cuidar e salvar o bebê Moisés.
É hora do versículo: “Respeite o seu pai e a sua mãe [...]” (Dt 5.16).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história do bebê Moisés e conhecerão sua irmã Miriam e o seu papel na proteção do bebê para não ser morto pelo malvado rei. Miriam gostava muito da sua mamãe e do seu irmãozinho e por isso ficou na beira do rio observando para onde o cestinho seria levado. Mas Miriam não podia ser vista e por isso ela se escondeu. Você pode achar a irmãzinha de Moisés?
Imprima a folha abaixo e distribua para as crianças procurarem onde a irmã de Moisés está escondida. Faça esta atividade depois de realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 04 - 4º Trimestre 2019 - Aprendendo a respeito do livro de Deus - Jd. Infância.

Lição 04 - Aprendendo a respeito do livro de Deus 

4º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão entender a importância de aprender sobre Deus e de estudar a Bíblia diariamente; e demonstrar atitudes de respeito para com a Palavra de Deus quando estiver sendo lida. 
É hora do versículo: “[...] A fé vem por ouvir a mensagem [...]” (Rm 10.17).
Nesta lição, as crianças irão entender a importância de aprender sobre Deus e de estudar a Bíblia diariamente; além de demonstrar atitudes de respeito para com a Palavra de Deus quando ela estiver sendo lida. Foi assim no Antigo Testamento quando Esdras leu o Livro da Lei para o povo e os ouvintes ficaram atentos e comportados.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você imprima a folha abaixo, entregue uma para cada aluno e peça que escrevam a seguinte frase dentro do rolo: A FÉ VEM POR OUVIR A MENSAGEM.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância