quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Lição 09 - 1º Trimestre 2020 - Os primeiros ajudantes - Maternal.

Lição 9 - Os primeiros ajudantes 

1º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Que a criança saiba que Jesus teve amigos.
Para guardar no coração: “Vocês são meus amigos se fazem o que eu mando.” (Jo 15.14)
Subsídio professor
“A união faz a força”, diz um ditado popular. Existem tarefas que são difíceis de ser realizadas sozinho. Imagine um pedreiro tendo que dar conta de toda uma obra, ou um engenheiro, além de criar um projeto, ter que erguer uma estrutura. Seria impossível, não é mesmo? Mas Jesus decidiu escolher homens com personalidades diferentes para um mesmo ideal: pregar as Boas-Novas a todas as pessoas. Ele formou uma equipe cujos integrantes eram mais que simples ajudantes; eles se tornaram amigos (Jo 15.15). Jesus, com isso, criou uma proximidade maior com seus ajudantes, chamados de discípulos (Mt 26.18). Hoje Ele conta com novos ajudantes para pregar a sua Palavra: aquele grupo de doze passou a ser de milhares espalhados por todas as nações. E esse número forma a sua Igreja, que aumenta a cada dia, também chamada de “Corpo de Cristo” (1 Co 12.27). Que possamos nos lembrar todos os dias que fazemos parte do grupo de ajudantes de Jesus e, principalmente, que somos seus amigos!” (Daniele Pereira). 
Somos assim
Características emocionais e espirituais                                                             Necessidades
Forte desejo de amar.  Frise o amor e cuidado de Deus por elas. A certeza do amor e afeto dos pais.
Crédulas. Ensine a verdade. Não ensine algo que deva ser desaprendido. Encoraje a confiança no Senhor.
Cheias de admiração. Estimule o desejo delas à adoração. Forme reverência pela oração, a Bíblia, a casa do Senhor, etc.
Ansiosas em serem ensinadas e aprender.Esteja alerta para identificar a prontidão mostrada pelas crianças para receber a verdade espiritual. Requer tempo, paciência, entendimento e genuíno interesse dos líderes adultos.
(GANGEL, Kenneth O.; HENDRICKS, Howard G. Manual de Ensino para o Educador Cristão. 4. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 123)
É hora de preparar-se
“Professor, ao longo deste trimestre, você tem ensinado aos alunos quem é Jesus. Procure mostrar que Ele é o nosso amigo, mas seja você também um amigo para seus alunos. Procure tratá-los de modo que eles sintam que podem confiar em você como um amigo, mas deixe claro que o melhor amigo que podemos ter é Jesus. 
Convide um aluno para orar iniciando a aula. Após o período de louvor, recolha as ofertas. Com entusiasmo, mostre os visuais e diga aos alunos quantos acontecimentos a respeito de Jesus eles já aprenderam. Em seguida, pergunte à turma quem sabe fazer barquinhos de papel. Explique que cada um fará um barquinho com a sua ajuda. Diga-lhes que os barcos são usados por pescadores. Pergunte se algum aluno conhece um pescador. Depois, conte a história, procurando mostrar que alguns dos ajudantes de Jesus eram pescadores. Faça os exercícios da revista do aluno e finalize com a atividade sugerida na seção oficina de ideias” (Daniele Pereira). 
Subsídio
“O número de seguidores de Cristo crescera a tais proporções, que se fazia necessária a separação de obreiros que levassem a missão do Reino adiante. Para tanto, Jesus selecionou certo número de discípulos para que recebessem treinamento específico.
1. Seu número. Por que foram escolhidos em número de doze? [...] Doze é o número do povo de Deus no Antigo e no Novo Testamento (Ap 21.12-14). O número dos apóstolos, pois, já indicava a futura liderança da Igreja. Assim como os filhos de Jacó eram os pais de Israel segundo a carne, de igual modo os doze apóstolos o seriam segundo o Espírito. Seriam pais espirituais não somente dos judeus convertidos, como também dos gentios que haveriam de receber a Cristo.
2. Seus nomes. A lista começa com Pedro, o líder espiritual do grupo; embora viesse a negar o Senhor, arrepender-se-ia de maneira sincera e inquestionável. A mesma lista termina com Judas, o líder financeiro, que viria a trair o Mestre.
Neste grupo, havia um ‘círculo íntimo’ composto por Pedro, Tiago e João, que mantinha uma comunhão mais estreita e privilegiada com o Mestre (Mc 5.37; 9.2). Não se tratava de nenhum favoritismo. Temos de convir, porém, que há discípulos que se apegam mais ao Mestre que os demais.
[...]Havia diferenças de temperamentos entre os doze apóstolos. Pedro era impulsivo; João e Tiago eram os fogosos filhos do trovão; Mateus era o eficiente publicano; Tomé, o homem das dúvidas e tristezas; Simão, o zelote, um revolucionário da Galileia. Assim também ocorre hoje com as nossas igrejas; compõem-na homens e mulheres dos mais variados temperamentos. Os apóstolos eram simplesmente seres humanos. Os Evangelhos não fazem qualquer tentativa de encobrir-lhes as falhas. Mas aquEle que havia dito que faria deles pescadores de homens, cumpriu a promessa: foi moldando-lhes a personalidade segundo a Sua própria imagem” (PEARLMAN, Myer. Marcos: O Evangelho do Servo de Jeová.  5.ed. Série Comentário Bíblico. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 40-43).
Até logo
Convide a todos para retornarem no próximo domingo para continuarem aprendendo sobre o Amigo Jesus.  Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 09 - 1º Trimestre 2020 - Um Presente para a Família de Zacarias - Jd. Infância.

Lição 09 - Um Presente para a Família de Zacarias 

1º Trimestre de 2020
Objetivos: Os alunos deverão entender que o Papai do Céu sabe a hora certa de nos abençoar; e crer que somente o Papai do Céu faz o impossível. 
É hora do versículo: “Os filhos são um presente do Senhor; eles são uma verdadeira bênção.” (Sl 127.3)
Nesta lição as crianças aprenderão que o Papai do Céu prometeu que daria um filho para Zacarias, que já era idoso, e esta criança seria um grande presente para a família. Zacarias duvidou e ficou sem falar até o bebê nascer! Porque Deus cumpriu o que prometeu e realizou o que era impossível, e na hora certa!
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem a ilustração que representa o momento em que Zacarias, que ainda não estava falando, escreveu o nome do menino em uma plaquinha e mostrou às pessoas. Peça que as crianças escrevam o nome JOÃO na plaquinha que está na mão de Zacarias. Reforce aos alunos que o Papai do Céu sabe a hora certa de nos abençoar; e por isso devemos crer que somente o Papai do Céu faz o impossível, assim como fez com a família de Zacarias.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância 

Lição 09 - 1º Trimestre 2020 - O Amigo Arrependido - Juniores.

Lição 9 - O Amigo Arrependido 

1º Trimestre de 2020
Texto Bíblico – Lucas 19.1-10.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos estão convidados a conhecer mais um personagem bíblico que teve a sua história marcada pela amizade com Cristo. Ao longo da narrativa bíblica encontramos vários exemplos de pessoas que, de fato, se arrependeram de seus pecados e decidiram caminhar em comunhão e obediência aos preceitos da Palavra de Deus. 
O exemplo de Zaqueu é maravilhoso pelo fato de ser possível encontrar em sua vida os frutos de arrependimento esperados de qualquer pessoa que se converte a Cristo. Este homem decidiu não somente doar metade das suas riquezas aos pobres, como também, restituir, quadruplicadamente, a qualquer pessoa que, provavelmente, tenha sido defraudada por ele. A Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal (2003, p. 1392) comenta a respeito:
A julgar pela reação da multidão, Zaqueu deve ter sido um publicano muito desonesto. Mas depois que conheceu Jesus, percebeu que sua vida precisava ser completamente corrigida. Ao ofertar aos pobres com generosidade e fazer as devidas restituições àqueles a quem enganou, Zaqueu demonstrou mudança interior por meio de uma ação exterior. Não é suficiente seguir a Jesus apenas no pensamento ou no coração. É necessário demonstrarmos nossa fé por meio de uma mudança de comportamento. Sua fé resultou em ação? Que mudanças você precisa fazer?
São essas perguntas que todo crente deve fazer a si mesmo diariamente. Que tipo de comportamento está demonstrando de modo que as pessoas possam ver que verdadeiramente se arrependeu das coisas erradas que fazia? Estimule seus alunos a orar pedindo perdão a Deus pelas coisas erradas que fazem. Pode ser o menor dos erros, mas é importante que tenham a sensibilidade em se arrepender constantemente.
Outro aspecto importante que não pode deixar de ser considerado quando pedimos perdão a Deus é o fato de perdoarmos as pessoas que também nos ofenderam. O nosso arrependimento e mudança de comportamento não resultarão em nada se também não perdoarmos as pessoas e não permitirmos que elas mudem seu comportamento.
Para fixar o ensinamento da lição de hoje, distribua para os alunos uma folha de papel A4, lápis e um envelope tamanho carta. Peça para que eles escrevam uma redação de no mínimo dez linhas, contando para Deus as coisas erradas que tenham feito e como se sentem no momento. Em seguida, peça que dobrem a carta e coloquem no envelope. É importante que somente o aluno que escreveu saiba o conteúdo. Ao final, reúna os alunos e ore a Deus pedindo que perdoe as ofensas cometidas e renove em cada um a vontade de fazer o que é correto. Os alunos deverão levar seus envelopes para casa e continuar orando durante a semana.
Tenha uma boa aula!

Lição 09 - 1º Trimestre 2020 - Caminhando em Santidade - Pré Adolescentes.

Lição 9 - Caminhando em Santidade 

1º Trimestre de 2020
A lição de hoje encontra-se em: 1 Tessalonicenses 4.1-5.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos estão convidados a conhecer mais uma etapa que compreende o Plano da Salvação: a santificação. Refletir sobre este assunto parece bem complexo, tendo em vista a fase que seus alunos estão atravessando. Há muitos desafios que o pré-adolescente cristão precisa enfrentar para manter-se santo e submisso à vontade de Deus.
Além da oposição do mundo e dos convites que o crente tem que rejeitar para não pecar, há também uma batalha que predomina no corpo, acerca da qual, o apóstolo Paulo cita alguns detalhes. Paulo denomina este processo de “batalha da carne contra o espírito”, uma luta desigual que influencia as nossas atitudes diariamente para que não façamos o que queremos (cf. Rm 7.15-25).
Essa inclinação descontrolada do nosso corpo pelo pecado chama-se concupiscência. Mas Deus mostrou para o apóstolo que nem tudo estava perdido, pois Cristo venceu o pecado e a morte (Rm 7.24,25). Embora o pecado ainda se encontre combatendo em nosso corpo, já não pode mais nos condenar. Porquanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que já não andam mais conforme a vontade da carne, e sim segundo o espírito, isto é, para aqueles que se dedicam às coisas espirituais em Cristo (cf. Rm 8.1). A nova vida em Cristo é uma vida de esperança, graça e perdão.
Por esse motivo, a reflexão com relação à santificação é tão importante. Vejamos o significado desse termo de acordo com o Dicionário Bíblico Wycliffe (2006, p. 1762):
Santificação é uma palavra derivada do lat. Sanctus; do verbo heb. Qadash, “ser separado, consagrado”; do substantivo grego hagiasmos, “consagração”, “purificação”, “santificação”; do verbo hagiazo, “santificar”, “separar as coisas profanas ou consagrar”, “purificar ou santificar”. [...] As principais ideias relacionadas à santificação são a separação daquilo que é pecaminoso, por um lado, e, por outro, a consagração àquilo que é justo e que está de acordo com a vontade de Deus.
A santificação precisa ser distinguida da justificação. Na justificação, Deus atribui ao crente, no momento em que recebe a Cristo, a própria justiça de Cristo, e a partir de então vê esta pessoa como se ela tivesse morrido, sido sepultada e ressuscitada em novidade de vida em Cristo (Rm 6.4-10). É uma mudança que ocorre “de uma vez por todas” na condição legal ou judicial da pessoa diante de Deus. A santificação, em contraste, é um processo progressivo que ocorre na vida do pecador regenerado, momento a momento. [...]
Desta forma podemos compreender que ser santo é ser separado, assim como Deus é Santo. Além disso, ser santo é encontra-se em um estado de santidade na presença de Deus. No caso da santificação, este é um processo que se inicia a partir do momento em que a pessoa aceita Jesus Cristo como único Salvador e se estende por toda a sua vida. Aproveite a ocasião e converse com seus alunos a respeito das dificuldades que enfrentam para manterem-se santos na presença de Deus. Solidarize-se com seus alunos e diga que você os entende, porquanto, já atravessou por esta fase. Mostre que a graça de Deus é permanente conosco e não nos deixará sozinhos na batalha da carne contra o espírito.
Que Deus abençoe o seu trabalho! Ótima aula. 

Lição 09 - 1º Trimestre 2020 - Influenciando a Sociedade - Adolescentes.

Lição 9 - Influenciando a Sociedade 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO DA LIÇÃO
1 – “VOCÊS SÃO O SAL DA TERRA”
2 – A LUZ PRECISA BRILHAR
3 – FAZENDO A DIFERENÇA
OBJETIVOS
Pontuar que os discípulos de Cristo devem influenciar a sociedade;
Ensinar que os atos de justiça do discípulo revelam o Reino de Deus às pessoas;
Mostrar que só faremos a diferença se demonstrarmos amor pelas pessoas.
DIANTE DO NECESSITADO, A NOSSA FÉ SEM OBRAS É MORTA
Eliezer de Lira e Silva
1. Fé e obras. Ao ler desavisadamente a epístola de Tiago o leitor pode afirmar que a epístola contradiz os ensinamentos do apóstolo Paulo quanto à doutrina da salvação pela fé (Rm 4.1-6). Todavia, ao estudarmos cuidadosamente o tema em questão, veremos que os ensinos paulinos e os de Tiago, em hipótese alguma se contradizem. Quando Paulo escreve sobre as obras, ele se refere a Lei ― o orgulho nos rituais judaicos e na obediência a um sistema de regras religiosas ― equanto que Tiago, às obras de misericórdia ao próximo necessitado. O meio-irmão do Senhor não se opôs ao apóstolo dos gentios. Enquanto Paulo anunciava ao pecador a salvação pela graça mediante a fé (Ef. 2.8), Tiago doutrinava os crentes sobre a impossibilidade de vivermos a fé de Cristo sem manifestar os frutos de arrependimento (Mt 3.8). Isto é, o primeiro preocupou-se com a causa da salvação e o segundo, com o efeito dela.  2. O cristão e a caridade. “A fé não acompanhada de ação é morta”, declara Tiago. “Fazer”, “realizar” e “agir” são atitudes que integram a religião pura e imaculada: ajudar os necessitados nas suas necessidades. A fé, quando não produz tais frutos, é morta. A fim de ilustrar tal verdade, Tiago inquire retoricamente os servos de Deus dizendo que se oferecermos, a um irmão ou a uma irmã, que estejam padecendo necessidade, apenas uma palavra de “incentivo” e não lhes dermos as coisas de que eles necessitam, isso não resolverá o problema. Diante de alguém necessitado, o que precisa ser feito? Orar e despedi-lo sem nada? Se assim procedermos, nossa oração não servirá para nada. Aliás, como ensina João, a pessoa que não se compadece dos necessitados, não tem o amor de Deus em sua vida (1 Jo 3.17,18). Tal aspecto já havia sido ensinado por Jesus ao dizer que, no socorro àqueles que precisam de ajuda, acolhemos o próprio Senhor (Mt 25.40).   3. A “morte” da fé. A concepção de fé apresentada na epístola de Tiago é a confiança em Deus: “Tu crês que há um só Deus?” (v.19). Logo, as obras de que Tiago fala, consistem na expressão da vontade de Deus, ou seja, amar o próximo, visitar os enfermos, defender os direitos dos pobres, praticar a justiça etc. Esta é a fé viva em Deus! A epístola nos ensina que se amamos o outro, não amamos segundo as nossas concupiscências, mas segundo o amor de Deus por nós. Este amor nos estimula a amar o ser humano independentemente de quem ele seja. Ame o próximo e mostrará uma fé viva. Não ame, e se confirmará: a tua é fé está morta.     
(Texto extraído de Lições Bíblicas, 3º Tri de 2014, editora CPAD)

Lição 09 - 1º Trimestre 2020 - A Salvação Ofertada Por Jesus Cristo - Jovens.

Lição 9 - A Salvação Ofertada Por Jesus Cristo 

1º Trimestre de 2020
Introdução
I-Eleição
II-Arrependimento e fé
III-Regeneração
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Apresentar as bases bíblicas para a doutrina da eleição;
Demonstrar a relevância do arrependimento para a obra da salvação;
Discutir sobre as especificidades da regeneração.
Palavras-chave: Jesus Cristo.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria de Marcelo Oliveira:

INTRODUÇÃO
O objetivo deste capítulo é apresentar os quatro aspectos importantes que, no estudo da Teologia Sistemática, enquadram-se na ordem da salvação: Eleição, arrependimento, fé e regeneração. 
Veremos que a eleição nas Escrituras é uma doutrina biblicamente fundamentada, e, principalmente, centralizada em Cristo Jesus, por isso, é uma doutrina cristocêntrica.
Estudaremos também que o arrependimento e a fé precedem a obra de salvação. Nosso Senhor chama a todos a se arrependerem e, assim, crerem no Evangelho. 
E, finalmente, perceberemos que a regeneração é uma doutrina desafiadora, pois nos mostra a nova natureza que herdamos como filhos e filhas de Deus. 
A salvação é um dom precioso que Deus nos concedeu por meio de Jesus Cristo, seu Filho. Somos salvos pela graça divina, mediante a fé em Cristo. A notícia alvissareira é que a salvação é uma dádiva de Deus. Não depende, por isso, de regras, ritos, sistemas de leis ou algo semelhante. Ela não depende de nós, mas única e exclusivamente da graça de Deus.
Uma das coisas mais maravilhosas que pode acontecer para com o ser humano é desfrutar dessas bênçãos gloriosas e espirituais. Nesse sentido, iniciaremos o capítulo pelo grande bem que recebemos quando estamos em Cristo: a nossa eleição.      
I - ELEIÇÃO
A doutrina bíblica da Eleição é uma das mais disputadas no estudo em Teologia. Séculos se passaram e o impasse continua. Qual estudioso da Bíblia nunca tomou conhecimento das disputas entre arminianos e calvinistas?
Os calvinistas afirmam que os eleitos são escolhidos antes de qualquer arrependimento e fé pela parte deles.1  Ou seja, a eleição precede a obra do Espírito Santo. E que também a Expiação de Cristo é limitada, isto é, nosso Senhor não morreu por toda a humanidade, mas por alguns eleitos por decreto antes da obra de salvação; ordenando outros para a perdição eterna. A isso denomina-se a dupla predestinação calvinista. 
Nós, arminianos e pentecostais, afirmamos que os eleitos são escolhidos em Cristo Jesus para a salvação. E que Deus, pela sua presciência, previu que eles aceitariam o seu Filho. Afirmamos também que a Expiação de Cristo é ilimitada, ou seja, que Ele morreu por toda a humanidade para salvação, e que esta é eficaz a todo o que se arrepende e crê no Filho de Deus. 
A grande distinção de nossa posição em relação à perspectiva calvinista é que nós partimos de Cristo. Primeiramente, Deus predestinou Jesus Cristo para ser o Salvador dos pecadores, o Mediador, o Redentor, o Sacerdote e Rei. Por isso, é uma doutrina cristocêntrica. Consideramos, assim, que qualquer doutrina que não parta de Cristo é insuficientemente cristocêntrica.2  
A eleição bíblica é uma doutrina que não se baseia numa espécie de particularismo, em que se seleciona alguns indivíduos e descarta outros; mas ela é claramente corporativista, onde um povo é eleito. Quer dizer que Deus escolheu Cristo como o Redentor de um corpo de pessoas que se arrepende e crê em Jesus. De acordo com William G. Witt, “a eleição e predestinação não se tratam da escolha incondicional e misteriosa de certas pessoas conhecidas apenas por Deus, mas antes, a eleição e predestinação daqueles que depositam a fé em Cristo, seu redentor”. Portanto, continua William Witt, “a eleição é em Cristo, mas não há ninguém que esteja em Cristo sem que tenha fé”.3 
Por isso, para nós pentecostais-arminianos, soa incrivelmente antibíblica a afirmação de que a eleição precede ao arrependimento e a fé, já que, conforme vimos, a eleição bíblica se confirma em quem deposita a fé primeiramente em Cristo. É o que está expresso na Declaração de Fé das Assembleias de Deus:
A predestinação genuinamente bíblica diz respeito apenas à salvação, sendo condicionada à fé em Cristo Jesus, estando relacionada à presciência de Deus. Portanto, a predestinação dos salvos é precedida pelo conhecimento prévio de Deus daqueles que, diante do chamamento do Evangelho, recebem a Cristo como o seu Salvador pessoal e perseveram até o fim.4 
Essa compreensão nos motiva, por intermédio do revestimento de poder do Espírito Santo, a proclamar com urgência o evangelho da Salvação. Assim, podemos dizer que a eleição em Cristo se aplica de modo corporativo, em que Deus elegeu um povo: a Igreja. E faz parte desse povo quem passa pela obra de convencimento do Espírito Santo, mediante o arrependimento e fé. Assim, passamos a analisar agora esse aspecto corporativo da eleição de Deus em Cristo Jesus.   
A eleição como uma doutrina biblicamente fundamentada
Em primeiro lugar, a Bíblia ensina a eleição de Deus no Antigo Testamento: a escolha de Abraão (Ne 9.7), a escolha de Israel (Dt 7.6; 14.2; At 13.17), a escolha de Davi (1 Rs 11.34); também no Novo Testamento: a inclusão de anjos (1 Tm 5.21), Cristo (Mt 12.18; 1 Pe 2.4,6), um remanescente de Israel (Rm 11.5) e os crentes, de maneira individual (Rm 16.13; 2 Jo1.1,13) ou coletiva (Rm 8.33; 1 Pe 2.9).  Aqui, encontramos na Bíblia dois tipos de eleição: a eleição para o ministério (individual) e a eleição para a salvação (coletiva).
A eleição de indivíduos refere-se ao serviço e funções ministeriais e suas relevâncias no Reino de Deus. Só para ficar em dois exemplos, podemos citar o de Jeremias em que ele tenta relutar contra a própria chamada: “Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta” (Jr 1.5). Soberanamente Deus elegeu e chamou o profeta. Outro exemplo marcante é o chamado do apóstolo Paulo: “E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões” (At 9.5). O apóstolo foi forjado pelo Senhor Jesus para uma obra pela qual impactaria muitas nações. 
A perspectiva coletiva — ou corporativa — da eleição vai em direção à totalidade do Corpo de Cristo. Conforme as palavras do pastor Silas Daniel: 
A Bíblia sempre fala da eleição no plural. Deus ‘nos elegeu’ (Ef 1.4). O foco, invariavelmente, é esse povo (Ef 2.14,19), corpo (Ef 1.23; 2.15,16; 3.6; 4.4,12,16,25; 5.23,30, família (Ef 2.19; 3.15), edifício (Ef 2.20-22), chamado de Igreja (Ef 1.22; 3.10; 5.23,24,25,27,29,32). Toda a Epístola aos Efésios, por exemplo, trata os eleitos como um corpo, um conjunto. Claro que um conjunto é formado por indivíduos, mas o foco sempre é o conjunto. O foco da eleição não é o indivíduo, mas o grupo, o corpo, a Igreja, formada por todos aqueles que creram em Cristo e permanecerão até o fim.6          
Aqui, como se pode ver, não negamos a doutrina da eleição. Pelo contrário, reafirmamo-la solenemente, pois trata-se de uma doutrina maravilhosa. Deus em Cristo nos elegeu, mediante sua presciência, para a salvação. Entretanto, em relação à mecânica dessa doutrina, afirmamos vigorosamente que, no lugar de a eleição ser pessoal, ela é corporativa; no lugar de selecionar pessoas, Deus escolheu a Igreja. Igualmente foi o que Ele fez no Antigo Testamento. No lugar de escolher israelitas, escolheu Israel (Is 48.1).   
Essa doutrina da eleição coloca Cristo como o centro de tudo e enfatiza o amor de Deus pela humanidade. Infelizmente, há setores do segmento evangélico que parece ter problemas sérios em Deus amar o pecador. Como se Ele só estivesse interessado em destruí-lo inevitavelmente. Ora, as Sagradas Escrituras falam com clareza que Deus amou o ser humano pecador (leia-se: a humanidade) de tal forma que enviar o seu Filho amado ao mundo foi a prova mais concreta desse amor: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
A urgência de correspondermos à dignidade da eleição
Aqui, nos referimos a nossa responsabilidade diante da eleição. Atente para este versículo: “Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis” (2 Pe 1.10). Esse versículo está dentro da seção de 2 Pedro 1.5-11. Essa seção trata a respeito da responsabilidade humana no desenvolvimento da santidade. Isso está muito claro nos versículos 5-7 em que a qualidade da fé é destacada. Ou seja, ela deve ser acrescida de virtude, ciência, temperança, paciência, piedade, fraternidade e amor. No versículo 8 o apóstolo diz que se essas qualidades forem confirmadas em nós, não seremos “estéreis” nem “ociosos” no conhecimento de nosso Senhor. Essas qualidades formam uma espécie de identidade, uma marca em nós na caminhada com Cristo. 
Retomando o versículo 10, destacamos a expressão “procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição”. Ou seja, é uma ordenança a zelar com vigor o que recebemos de Jesus, isto é, a vocação e a eleição para a salvação. Aqui, há um apelo do apóstolo à vida santa. A exortação apostólica é tão séria que Pedro completa o versículo dizendo que “fazendo isto, nunca jamais tropeçareis”. Do contrário, o que foi construído em nós por nosso Senhor Jesus Cristo pode ser destruído por nossas próprias ações por intermédio de uma apostasia. Há quem veja nessas palavras uma espécie de confiança do homem para desenvolver a sua santidade. Isso é um espantalho, pois uma vez que o Espírito Santo operou em nós, agora, temos o privilégio de cooperar com Ele no zelo de nossa eleição e santidade. Pois não havendo esse zelo, essa cooperação, a carta aos hebreus nos adverte para a possibilidade real da apostasia: “Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele que é dos céus” (12.25). 
Os perigos que nos rodeiam para nos tirar da presença de Cristo são muitos. A sedução das antigas e novas religiões. O apelo a viver uma vida hedonista. Perspectivas filosóficas que nos tiram a esperança do céu e da vida eterna com Cristo. Por isso há um apelo nas Escrituras em valorizarmos o que Deus tem nos presenteado. Por intermédio do Espírito Santo, a vivermos em pronta vigilância, zelar pela nossa vida devocional na presença de Deus, de modo que sejamos achados fiéis.
Muitos em nome da graça, “da soberania determinista de Deus” na salvação, da “eleição incondicional”, têm justificado sua vida de pecado, banalizado a santidade e esfriado o fervor, bem como cochilado na urgência da evangelização.    
O que não é eleição
Mostramos que a nossa eleição está fundamentada em Cristo. Nele, somos eleitos para vida eterna. O que significa dizer que a eleição bíblica não é um decreto de Deus firmado desde antes da fundação do mundo em que uns já estão destinados para o inferno e outros, para céu (supralapsarianismo 7). Também não quer dizer que dentre um “mar” de seres humanos mortos e caídos, Deus escolheu alguns, ignorando complemente os demais (infralapsarianismo 8).  
De modo nenhum é assim. A Bíblia revela que Deus é todo amor, Ele deseja e espera que todos os homens se salvem (2 Pe 3.9). Outrossim, aqueles que resistem à graça de Deus são os responsáveis pela a própria escolha em viver eternamente separados do Pai, conforme nos diz Daniel Pecota:
[...] Necessário é dizer que, fosse impossível resistir à graça de Deus, os incrédulos pereceriam, não por não quererem corresponder, mas por não poderem. A graça de Deus não seria eficaz para eles. Neste caso, Deus pareceria mais um soberano caprichoso que brinca com os seus súditos que um Deus de amor e graça. Sua promessa: ‘todo aquele que quer’ seria uma brincadeira de inigualável crueldade, pois Ele é quem estaria brincando. Mas o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo não brinca conosco. Quando os braços de nosso Senhor Jesus Cristo se estenderam na cruz, Ele abrangeu a todos, pois Deus ama o mundo. Deus é amor, e a própria natureza do amor subentende que ele pode ser resistido ou rejeitado. Pela sua própria natureza, o amor é vulnerável. Não lhe diminuímos a magnífica grandeza ou a soberania se cremos possível recusar seu amor e graça, que buscam atrair todas as pessoas a si mesmos. A situação é a inversa. Deus, cujo amor anseia que todos cheguem a Ele mas não os obriga irresistivelmente a vir e cujo coração fica magoado com a recusa, forçosamente é de uma grandeza que ultrapassa a nossa imaginação.9      
Ora, o que é produzido em nós para a salvação não pode ser executado sem o consentimento expresso de quem está vivendo a experiência. De fato, a salvação provém da graça inefável de Deus, mas isso não significa você anular a responsabilidade humana nessa economia espiritual. Eliminar a responsabilidade do homem é deixar de considerar textos sérios das Escrituras em que nosso Senhor expõe a necessidade de uma escolha, pois 
Há somente uma resposta apropriada a tamanho amor: arrepender-nos e crer. Claro está que não podemos produzir tais ações sem a capacitação divina. Por outro lado, não são produzidas em nós sem o nosso consentimento. Evitemos as expressões extremadas do sinergismo (a ‘operação em conjunto’) e do monergismo (a ‘operação isolada’). [...] Formas extremadas de sinergismo remontam a Pelágio, que negava a depravação essencial da humanidade. Na sua expressão evangélica moderada, entretanto, remonta a Armínio e, de modo mais expressivo, a Wesley, sendo que estes dois teólogos enfatizavam nossa capacidade de escolher livremente, mesmo nas questões que afetam o nosso destino eterno. O sinergista evangélico afirma que somente Deus salva, mas acredita que as exortações universais ao arrependimento e à fé fazem sentido apenas se pudermos, na realidade, aceitar ou rejeitar a salvação.10 
Essa perspectiva bíblica e equilibrada para a eleição divina é determinante para a nossa prática de evangelização. Essa compreensão foi e continua a ser determinante na abundante colheita de almas que o Senhor dá à sua Igreja. Somos chamados por Deus a anunciar o evangelho a toda a criatura, mostrando-lhe a seriedade da decisão que ela tem que tomar. Diante dela, e da operação do Espírito Santo, lhe é posta duas escolhas: vida e morte; luz e trevas; salvação e perdição. 
II - ARREPENDIMENTO E FÉ
O arrependimento e a fé são elementos essenciais no processo de salvação do crente. Eles dizem respeito à pessoa que tem sua mente inteiramente transformada (arrependimento); e, ao mesmo tempo, a uma virada completa para crer (fé).     
O arrependimento como uma obra divina
A palavra arrependimento, do substantivo grego metanoia, significa “mudança de mente”. É uma reviravolta integral em que a pessoa passa a mudar suas atitudes básicas. É também um aspecto central para a fé cristã.
O Novo Testamento dá ênfase grande acerca do arrependimento. Em Atos 17.30, a Palavra revela que Deus anuncia a todos os homens que se arrependam. Em Mateus 3.2, a mensagem de João Batista é o arrependimento. Em Jesus, ela se revela em Mateus 4.17. Nos apóstolos, em Atos 2.38 o arrependimento está no centro da pregação. Todos são uníssonos em ressoar: “Arrependei-vos!”.
Mas o que é o arrependimento na prática? Em sua obra, “Teologia de John Wesley”, Kenneth J. Collins cita um fragmento de um dos sermões do grande pregador britânico a respeito de arrependimento: 
Bem, o arrependimento não é uma obra isolada, mas, por assim dizer, é um conjunto de muitas outras, pois as seguintes obras estão compreendidas em seu âmbito: (1) o pesar por causa do pecado; (2) a humilhação sob a mão de Deus; (3) o ódio do pecado; (4) a confissão do pecado; (5) a súplica veemente por misericórdia divina; (6) o amor de Deus; (7) o deixar de pecar; (8) o firme propósito de ter nova obediência (9) a restituição de bens adquiridos desonestamente; (10) o perdão das transgressões cometidas contra nós; (11) as obras de caridade ou de assistência ao necessitados.11  
Em tempos mais tarde, bem depois da pregação do sermão acima, Wesley escreve:
Primeiro, por arrependimento, você quer dizer apenas condenação do pecado. Mas essa é uma avaliação muito parcial do arrependimento. Qualquer criança que tenha aprendido o catecismo sabe que, no arrependimento, também está incluída a renúncia ao pecado; [...] viver, quando há oportunidade, em obediência à vontade de Deus; e até mesmo quando não há oportunidade, ter sincero desejo e propósito de fazer isso; [...] e a fé nas misericórdias de Deus concedidas por intermédio de Cristo Jesus.12   
Note que essa perspectiva wesleyana acerca do arrependimento está claramente de acordo com que João Batista pregou no deserto. Diante do povo, ao ser perguntado por ele como proceder diante de seu próprio pecado, João Batista respondeu:
Quem tiver duas túnicas, que reparta com o que não tem, e quem tiver alimentos, que faça da mesma maneira. E chegaram também uns publicanos, para serem batizados, e disseram-lhe: Mestre, que devemos fazer? E ele lhes disse: Não peçais mais do que aquilo que vos está ordenado. E uns soldados o interrogaram também, dizendo: E nós, que faremos? E ele lhes disse: A ninguém trateis mal, nem defraudeis e contentai-vos com o vosso soldo (Lc 3.11-14). 
Em Efésios, apóstolo Paulo revela este mesmo princípio: 
Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade.  Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da redenção  (Ef 4.28-30).
A Bíblia expressa a necessidade do arrependimento porque, ao mesmo tempo, ela expõe a pecaminosidade universal dos homens. Nesse sentido, o arrependimento traz a ideia de dor, angústia e miserabilidade em relação às nossas ações perversas. A consciência que uma vez estivemos rebelados contra Deus deve causar em nós tamanha comiseração.         
A missão de Cristo: chamar pecadores ao arrependimento  
O chamado de Cristo ao arrependimento era uma marca de seu ministério: “Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento” (Mt 9.13). Aqui, há um ponto muito significativo. A mensagem de Cristo é acolhedora e consoladora, mas essencialmente, ela requer o arrependimento dos que a ouvem. Num tempo marcado pelos discursos fáceis, em que Jesus aparece como quem recebesse a todos sem exigir nada em troca; é preciso reafirmar: por ocasião do seu ministério terreno, Nosso Senhor requeria e ainda requer dos que o ouve, o arrependimento. 
O conteúdo da mensagem evangélica
Atônitos, por serem confrontados com os seus delitos e pecados, os ouvintes do apóstolo Pedro, na ocasião do Pentecostes, perguntaram: “Que faremos, varões irmãos” (At 2.37). De pronto, o apóstolo Pedro lhes respondeu: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus para o perdão dos pecados” (At 2.38). Esta é pregação pura e simples: o chamado para o arrependimento e o convite para crer. 
Se o arrependimento é a mudança completa da natureza, a fé é o único caminho de acesso a Deus, conforme expresso em Hebreus 11.6. É preciso arrepender-se, mas é preciso fé no Filho de Deus, o que significa confessá-lo com a boca e o coração. 
Não se pode negociar com esse compromisso evangélico de pregar a Cristo, chamando o povo a arrepender-se e a crer. Num contexto onde a mensagem em muitos lugares está sendo violada, precisamos ressoá-la conclamando que os homens se arrependam e creiam no evangelho.     
III - REGENERAÇÃO
Quem passa pelo arrependimento e pela fé em Cristo, passa pela experiência da regeneração. É a obra em que Deus faz tudo novo em uma pessoa.   
O que é regeneração
O teólogo Daniel Pecota define o termo regeneração assim: “A regeneração é a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual Ele cria de novo a natureza interior”.13  Isso diz respeito ao ato soberano de Deus de criar tudo novo na interioridade humana. Essa perspectiva aparece no Antigo Testamento quando ocorre a promessa de que o Senhor fez a respeito de tirar o “coração de pedra” e colocar no lugar um “coração de carne” (Ez 11.9). Essa promessa é corroborada por Ezequiel 36.25-27, quando o profeta diz: “Então, espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo [...]. E porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos”. O Novo Testamento reafirma tal poder regenerador: “não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo” (Tt 3.5).
Essa ação poderosa, decisiva e instantânea do Espírito ocorre na vida de quem se arrepende de seus pecados e crê no Filho de Deus.     
Características da regeneração na vida de uma pessoa
O conjunto de características que marcam a regeneração na vida de uma pessoa que se arrepende e crê não passa necessariamente por aspectos físicos, mas por um conjunto de consequências espirituais que obrigatoriamente impactam a natureza material do ser humano. 
Quem passou pela experiência bendita da regeneração não é mais dominado pela natureza pecaminosa, mas pelo Espírito Santo. Quem anda no Espírito, não mais será enredado pela concupiscência da carne (Gl 5.16). 
Quem passou pela experiência bendita da regeneração reconhece-se como filho de Deus. O Espírito Santo testifica com ele a respeito dessa maravilhosa paternidade: “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.16). O que significa que nossa natureza é outra, nossa filiação é divina e, portanto, estamos mortos inteiramente para o pecado, a transgressão e os delitos; e graciosamente vivos para Deus. 
Quem passou pela experiência bendita da regeneração vive absolutamente diferente dos que não foram alcançados por tão maravilhosa graça. É um novo pensar, agir, sentir. As ações agora emergem de um interior completamente regenerado. Por isso, seu pensar, agir e sentir são novos.
A experiência da regeneração traz uma perspectiva de novidade para a vida com Deus. Assim, somos convidados por Ele a andar em novidade de vida. Andarmos em sua presença a fim de que, com coerência de nossa vida, o seu nome seja glorificado.      
CONCLUSÃO
O estudo sobre a obra de salvação traz para nós a perspectiva de quão grande é o amor de Deus. Um amor maravilhoso que não olha cor, raça, gênero e condição social. Mesmo o mais vil pecador é objeto do amor de Deus. Foi por ele que o Pai entregou o seu Filho. 
Esse amor nos constrange a afastar-nos do caminho de maldade, perversidade e a andar em novidade de vida. Aqui, há uma correlação de amor e santidade. Isso é interessante, pois o grande pregador britânico John Wesley tinha exatamente esse entendimento 
“[...] por ele entender que o amor e a santidade têm relação um com outro — e, às vezes, estão ‘em tensão’ um com o outro. Ou seja, Wesley, de um lado, considera, em termos da santidade divina — a santidade que separa e distingue —, ‘a infinita distância existente entre Ele e nós’. De outro lado, ele ressalta a comunicabilidade do amor e o fato de ser dirigido ao outro, seu abraço abrangente. A santidade, conforme mencionado na introdução, cria distância; o amor busca comunhão. Esses mesmos dois predicados do ser divino, santidade e amor, descrevem — na verdade, sintetizam — qual é a vontade do Altíssimo para a igreja, para aqueles que não foram apenas ‘chamados’ e ‘separados’, em santidade, do mundo, mas que também foram convidados a entrar, em amor e missão, nesse mesmo mundo.14    
Que amor é esse? É o amor que nos abraçou sendo nós pecadores ainda, mas que nos convidou a viver a santidade de Deus. É o amor baseado na bondade Deus, sua longanimidade, misericórdia e compaixão, que também é santo. O amor e a santidade de Deus são pontos que por nós devem ser sempre ressaltados. Foi esse amor que fez com que houvesse uma salvação. Por isso, esse amor nos constrange a amar, a ser santo, a estar em comunhão plena com Deus. A santidade como consequência direta do amor de Deus deve ter lugar precípuo em nossa vida pessoal.
Fomos eleitos e regenerados, respondemos a essa bênção com arrependimento e fé. Somos, assim, participantes da mais preciosa bênção que o nosso Deus providenciou para a humanidade: a salvação. Que amor é esse? 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COLLINS, Kenneth. Teologia de John Wesley: O Amor Santo e a Forma da Graça. Rio de Janeiro: 2010.
DANIEL, Silas. Arminianismo a Mecânica da Salvação: Uma exposição histórica, doutrinária e exegética sobre a graça de Deus e a responsabilidade humana. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
OLSON, Roger E. Olson. Teologia Arminiana: Mitos e Realidades. São Paulo: Editora Reflexão, 2013.
PINK, A. W. Deus é Soberano. 2.ed. São José dos Campos: Editora Fiel, 1997.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Claudionor C. Dicionário Teológico. 13ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
GILBERTO, Antônio, et al. Teologia Sistemática Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
GREATHOUSE, Wilian M.; METZ, Donald; CARVER, Frank. Comentário Bíblico Beacon. v. 8. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.                                                                     
*Adquira o livro do trimestre. Jesus Cristo: Filho do Homem: Filho de Deus. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 Leia o que escreve A. W. Pink, no clássico reformado Deus é Soberano: “[...] A eleição feita pelo Pai precede a obra do Espírito Santo nos que são salvos, bem como precede a obediência que eles prestam mediante a fé” (PINK, A. W. Deus é Soberano. 2.ed. São José dos Campos - RJ: Editora Fiel, 1997, p.60).  
2 OLSON, Roger E. Olson. Teologia Arminiana: Mitos e Realidades. 1.ed. São Paulo: Editora Reflexão, 2013, pp.237,38. 
3 Witt, William G. apud OLSON, Roger E., 2013, p.240.   
4 Declaração de Fé das Assembleias de Deus. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.110.
5 HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.362. 
6 DANIEL, Silas. Arminianismo a Mecânica da Salvação: Uma exposição histórica, doutrinária e exegética sobre a graça de Deus e a responsabilidade humana. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.429.
 Oriunda de duas palavras latinas, supra (acima, superior) e lapsus (queda), a expressão revela que, supostamente, Deus escolheu alguns para a vida eterna e condenou todos os demais seres humanos para a perdição eterna desde antes da fundação do mundo.
8 Oriunda de duas palavras latinas, infra (abaixo, inferior, base) e lapsus (queda), a expressão traz a perspectiva de Deus estava contemplando todas as criaturas caídas e mortas no pecado. Assim, Deus escolheu os eleitos e ignorou os não-eleitos.  Isso foi feito por decreto divino desde antes da fundação do mundo. 
9 HORTON, Stanley, 1996, p.366-67. 
10 Ibidem, p.367.
11 COLLINS, Kenneth. Teologia de John Wesley: O Amor Santo e a Forma da Graça. 1.ed. Rio de Janeiro: 2010, p.216. 
12 COLLINS, Kenneth., 2010, p.217. 
13 HORTON, Stanley, 1996, p.370. 
14 COLLINS, Kenneth., 2010, p.39.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 09 - 1º Trimestre 2020 - O Primeiro Projeto de Globalismo - Adultos.

Lição 9 - O Primeiro Projeto de Globalismo 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO GERAL
I – A SEGUNDA CIVILIZAÇÃO HUMANA
II – A GLOBALISMO DE BABEL
III – A INTERVENÇÃO DE DEUS EM BABEL
VELHA REBELIÃO COM NOVO NOME
Claudionor de Andrade
Não é tarefa fácil definir ou identificar o globalismo, porque, apesar de ser movido por um único espírito — o do Anticristo —, este projeto apresenta-se com múltiplos tentáculos, alguns dos quais antagônicos entre si. Suas vertentes também são múltiplas: econômicas, religiosas, científicas e políticas. Mas, pelo que observamos, quem está no comando desse empreendimento não se preocupa com as divergências havidas entre seus tentáculos e vertentes, porque sabe muito bem como orquestrar toda essa dialética até que uma síntese se torne possível.  
Todavia, na condição de servos de Deus, obrigamo-nos a definir e a identificar o globalismo, a fim de não tomarmos parte nas obras infrutuosas das trevas, pois um dos objetivos desse projeto, claramente satânico, é apropriar-se também da Igreja de Cristo. 
1. Definindo o globalismo. O globalismo não é uma mera globalização, porque esta é tão inevitável hoje quanto o foi outrora; é impossível impedir os seres humanos de interagirem-se entre si. Relacionamentos diplomáticos, comerciais e religiosos sempre existiram desde os impérios dos rios Tigre e Eufrates até as potências do Volga e do Potomac. Logo, a globalização é necessária para o desenvolvimento do ser humano, pois ajuda a povoar e a integrar o planeta. Aliás, a Grande Comissão é, em sua premissa básica, uma ordenança global, pois o Senhor Jesus nos ordena a evangelizar de Jerusalém aos confins da Terra (At 1.8).
O globalismo, entretanto, é uma doutrina que, contrapondo-se à vinda do Reino de Deus à Terra, busca arregimentar todas as instituições humanas, desde as políticas às religiosas, sob um único governo: o do Anticristo, conforme escreve Paulo aos irmãos de Tessalônica (2 Ts 2.1-12).
Logo, não podemos empregar o termo “globalismo” como sinônimo da palavra “globalização”, porque, no contexto que ora analisamos, não há sinonímia alguma entre ambos. Por esse motivo, defini-lo-emos como a doutrina que, apesar de possuir variadas matrizes, tem como objetivo dominar todas as instituições humanas e, em seguida, congregar toda a humanidade em torno de um governante mundial: o Anticristo. Tal plano, como veremos mais adiante, acha-se revelado claramente no Apocalipse de Jesus. 
2. Seus objetivos básicos. No tópico anterior, conseguimos definir razoavelmente o globalismo e revelar o seu principal objetivo. Agora, busquemos especificar quais as verdadeiras metas desse projeto que, conforme já dissemos, tem pelo menos seis mil anos de história. Portanto, os súditos do príncipe deste mundo contam com experiências e ensaios acumulados em vários milênios de rebeliões contra o Senhor. Não lhes falta nem teologia, nem teoria política; sua expertise é formidável.
Nas entrelinhas dos últimos acontecimentos, inferimos que o globalismo vem trabalhando, sutil e habilmente, a política, a religião, a economia e a cultura, visando dominá-las a fim de apressar a ascensão do personagem que, na Bíblia, aparece como o homem do pecado (2 Ts 2.3).
Em que pesem os aparentes confrontos entre o Oriente e o Ocidente e entre o Norte e o Sul, as nações vêm sendo orquestradas, para que aceitem, sem contestação alguma, a ascensão de um potentado mundial. Na realidade, os governos perceberam que os seus modelos políticos, quer de direita, quer de esquerda, já não funcionam como no princípio; fracassaram na essência e na forma. Tal mandatário, portanto, estaria acima dos órgãos mais poderosos como as Nações Unidas e a União Europeia. Vê-se, pois, que o príncipe deste mundo, ora agindo como Diabo, jogando uma nação contra outra, ora agindo como Satanás, confrontando a todas, cria uma dialética, que, no final, resultará numa síntese já revelada na Bíblia: o governo do Anticristo.
O Anticristo precisará, a fim de lhe sustentar o governo, de uma assessoria religiosa, visando a construção de uma mística em torno de sua pessoa. Já cercado de mitologia, não lhe será difícil impor as políticas mais iníquas, absurdas e genocidas. Eis porque, desde já, busca ele unificar todas as religiões, por mais antagônicas e irreconciliáveis, para que o seu globalismo seja bem-sucedido. Não vamos, por ora, entrar em mais detalhes a esse respeito, porque ainda voltaremos a falar no assunto. Por enquanto, basta sabermos que os globalistas estão interessados em todas as instituições humanas, principalmente as religiosas.
Em todas as eras, a economia sempre exerceu forte pressão nas decisões humanas. Haja vista o que aconteceu na Alemanha após a Primeira Guerra Mundial. A inflação, naquele país, a partir de 1918, tornou-se de tal forma incontrolável, que o operário precisava de uma sacola de dinheiro para comprar um naco de pão. Aqui, meu querido leitor, não vai hipérbole alguma. Nesse clima de desespero, não foi difícil a Adolf Hitler roubar o coração da culta e inquiridora nação germânica. E, ali, entre cientistas, filósofos e teólogos, instaurou o seu nacional socialismo que, redundando na Segunda Guerra Mundial, causaria a morte de 60 milhões de pessoas. Os ideólogos do globalismo sabem que, pelo estômago, poderão dominar o mundo. Aliás, o controle da economia é um dos objetivos da Besta, conforme lemos no capítulo 13 de Apocalipse. Hoje, ensaia-se a união de todas as empresas numa imensa e formidável corporação, que, aliada à política e à religião globais, darão todo o suporte ao governante mundial.
Ora, com o domínio da política, da religião e da economia, não será difícil ao globalismo uniformizar todas as culturas do mundo, numa monolítico cultural. E, depois, já com uma cultura unificada, tentarão seus ideólogos impor à humanidade um único idioma, forçando-a a retroceder à Torre de Babel. A fim de alcançar seus intentos, vandalizam impiedosamente todas as instituições já consagradas. Quer na literatura, quer na música, seja nas artes, seja no mais humilde artesanato, a desconstrução de identidades nacionais vem acelerando-se em prol de uma cultura satânica, deformada e anticristã. Mas, como já dissemos, o globalismo não é um fenômeno novo; é algo tão velho quanto a antiga serpente, segundo no-lo mostra a História Sagrada e a profana. 
Texto extraído da obra “A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Lição 08 - 1º Trimestre 2020 - A Resistência contra a tentação - Adolescentes.

Lição 8 - A Resistência contra a tentação 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO DA LIÇÃO
1 – SEMEANDO “BOAS NOTÍCIAS”
2 – A BOA SEMENTE É A PALAVRA DE DEUS
3 – SEMEANDO EM TERRENO IMPRÓPRIO
4 – UMA TERRA BOA PRODUZ FRUTOS EM ABUNDÂNCIA
OBJETIVOS
Apontar em que áreas da vida, Cristo foi tentado no deserto;
Explicar que somos atraídos pelos nossos maus desejos;
Conscientizar que não devemos ceder às tentações.
UM ESCRAVO CHAMADO JOSÉ
Claudionor Correa de Andrade
Se em casa era o mais querido dos filhos, no exílio, José teria de experimentar as angústias de um escravo. O Senhor, porém, era ele.
1. O preço de um jovem. Os irmãos de José venderam-no a uns mercadores ismaelitas por vinte siclos de prata (Gn 37.28). Avaliaram-no abaixo da cotação do mercado (Ex 21.32). As pessoas socialmente aviltantes não tinham muito valor. Haja vista a esposa de Oseias (Os 3.2). Já o Servo de Jeová foi avaliado de acordo com o pregão da bolsa de escravos (Mt 26.15).
O valor de José, entretanto, excedia ao do próprio ouro (Pv 31.10).    
2. A pureza de um jovem. Quem serve a Deus prospera até mesmo na servidão. Não sabemos o preço que Potifar ofereceu por José. Mas logo descobriria ter adquirido um bem mui valioso, pois tudo o que o jovem hebreu punha-se a fazer prosperava (Gn 39.1-6). Quem serve a Deus prosperava em qualquer circunstância (Sl 1.3). Não desanime, vá em frente. 
Por ser um jovem formoso, não demorou a ser cobiçado pela esposa de seu amo (Gn 37.7). José, porém, temia a Deus, e guiava-se por uma ética superior. Por isso, respondeu à sua senhora: “Como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus?” (Gn 39.9). Os Dez Mandamentos ainda não haviam sido decretados, mas a lei de Deus já estava gravada em seu coração (Rm 2.14).  
3. A prisão de um jovem. Embora muito o assediasse, a mulher de Potifar não conseguiu arrastá-lo ao pecado. Certo dia, porém, estando apenas os dois em casa, ela o agarrou pelas roupas. Ele, desvencilhando-se, deixou-lhes as vestes nas mãos, e fugiu nu (Gn 39.10-12). Só um homem revestido da graça de Deus é capaz de semelhante reação.
Vendo-se rejeitada, a mulher acusa-o de querer forçá-la. Quanto a Potifar, a fim de salvar as aparências, manda-o à prisão, onde eram apenados os oficiais do rei (Gn 39.20). O egípcio poderia ter executado o hebreu. Todavia, apesar de sua ira, conhecia muito bem a índole da esposa.
Apesar do cárcere, José é bem-sucedido. Por isso, o carcereiro-mor entrega-lhe o cuidado dos outros presos, pois “tudo o que ele fazia o Senhor prosperava” (Gn 39.23).  
(Texto extraído de Lições Bíblicas, 4º Tri de 2015, editora CPAD)
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD

Lição 08 - 1º Trimestre 2020 - O Início da Civilização Humana - Adultos.

Lição 8 - O Início da Civilização Humana 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO GERAL
I – A ORIGEM DA CIVILIZAÇÃO HUMANA
II – CIVILIZAÇÃO E CONFLITO
III – O DEUS QUE INTERVÉM NA CIVILIZAÇÃO
Claudionor de Andrade
Billy Graham (1918-2018), ao narrar o seu encontro com Albert Einstein (1879-1955), destaca o fato de ter ouvido do cientista alemão, de origem judaica, um comentário nada animador: “É mais fácil transformar o urânio do que o coração humano”. O evangelista norte-americano, com os seus milhões de almas ganhas para Cristo, certamente respondeu ao celebrado físico que o urânio, de fato, jamais transformará o homem mau num cidadão bom e exemplar. Mas o Evangelho de Cristo, sim. Somente a Mensagem da Cruz é capaz de redimir o indivíduo, salvar a civilização de si mesma e dar um novo rumo à História.
Como seres gregários, não podemos viver a par da sociedade nem fora da civilização ou à margem da História. Isso porque, desde o nascimento até à morte, estamos ligados aos nossos semelhantes; trata-se de um sistema que, embora imperfeito, mantém-nos vivos. Já ouvi muita gente queixar-se das regras e das leis, como se o Estado, por exemplo, fosse irremediavelmente mau, pernicioso e desnecessário. Não posso negar que há Estados, como o comunista e o nazista, que se encaixam nessa descrição. Todavia, os crentes que assim esbravejam contra o Estado e a sociedade, geralmente murmuram também contra a Igreja, qualificando-a de inútil, pois segundo alegam, é possível adorar a Deus apenas em casa. Se a Igreja de Cristo não fosse necessária, querido irmão, Deus não a teria estabelecido já bem antes da fundação do mundo.
Como veremos, mais adiante, a civilização é ímpia, porque o homem sem Deus é essencial e cronicamente ímpio. Isso significa que, se toda a humanidade abandonar a impiedade, poderemos ter uma civilização justa, equânime e piedosa. E, a partir daí, Céus e Terra confundir-se-ão numa só grei. Embora o Reino de Deus ainda não haja sido estabelecido entre nós, podemos constatar seus efeitos redentores, por intermédio do Evangelho, na família, na sociedade e no Estado. 
Alguns dizem que a História é o relato do fracasso da civilização humana. Mas, para mim, a História, quer sagrada quer secular, é a narrativa dos grandes atos Deus na vida do indivíduo, em particular, e da civilização, como um todo. Se não fosse Jesus Cristo, a espécie humana seria hoje tão somente pó e cinza.    
Texto extraído da obra “A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Lição 08 - 1º Trimestre 2020 - Presente para uma mãe - Berçário.

Lição 08 - Presente para uma mãe 

1º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Inculcar ao bebê que Deus dá à família o alimento necessário.
É hora do versículo: “Dá-nos cada dia o alimento que precisamos” (Lucas 11.3).
Na lição de hoje as crianças aprenderão que o Papai do Céu nos dá o alimento necessário. Assim como Ele ajudou a mamãe que não tinha dinheiro para dar comida e seus filhos e só tinha o azeite em casa. O Papai do Céu fez o azeite dela aumentar e nunca mais eles ficaram sem dinheiro para ter o que comer. Reforce que o Papai também cuida da mamãe, do papai e do bebê.
Sobre a aprendizagem da criança do Berçário, sabemos que “uma das mais importantes aprendizagens infantis durante este período se encontra na área sócio-emocional. Um bom desenvolvimento emocional contribui para outros tipos de aprendizagens. E, por outro lado, o resultado mais importante de outras aprendizagens pode ser a contribuição para o desenvolvimento sócio-emocional de um indivíduo. 
Nesta faixa etária, (ou ainda um pouco maior) a criança é em grande parte um indivíduo autônomo, nos primeiros estágios de se tornar uma criatura social. Seu mundo egocêntrico começa a se abrir um pouco e de maneira crescente passa a perceber os outros. Embora não seja verdadeiramente sensível às necessidades dos outros, pode ser ensinado de várias formas a responder aos outros. As experiências em grupo são valiosas para as crianças nesse estágio de desenvolvimento. 
A criança é capaz de aprender em situações específicas como fazer os outros felizes. Podemos recompensá-la por dar um brinquedo a um colega que chora, ou por ajudar uma outra criança menor a alcançar algo que está num lugar alto, ou por não empurrar alguém. Recompense-o com um elogio, um brinquedo ou com outro prêmio palpável. Por mais que pareça promoção de motivos egoístas, tal atitude providencia uma fundação para que ela ajude os outros mais tarde, sem egoísmo. Além de recompensá-las frequentemente, devemos também fornecer às crianças ideias de como ajudar aos outros. Cada incidente específico é uma experiência de aprendizagem que pode ser compreendida pela criança. Porém, não são capazes de compreender admoestações gerais sobre ser bom com seus colegas ou sobre como dividir com os outros. 
Converse sobre todos na sala de aula. Ajude-os a aprender os somos de seus colegas e também a aprender algo sobre eles. Asse as crianças que os outros são seus amigos.  
Dê-lhes oportunidades para realizar atividades juntos — não cooperativamente, pois isso não é inteiramente possível, mas coletivamente. Quando dramatizarem uma história, todos podem ser José procurando por seus irmãos, ou Noé construindo a arca. Ao montar os murais, todos passam cola nas folhas. Utilize jogos simples, dirigidos. 
Criança não somente precisa aprender a manejar suas relações com os outros, mas também aprender a lidar consigo mesma. Ao testar suas habilidades, frequentemente se atrapalha, ficando zangada ou frustrada. O professor pode estabelecer rotinas e ordens na sala de aula. A criança consegue se ajustar às rotinas e isso reduz o número de decisões que deve tomar, consequentemente reduzindo a frequência de suas frustrações. Acessos de raiva são comuns nessa idade e a melhor maneira de lidar com eles é ignorá-los. Mostre indiferença a este tipo de comportamento, elogiando e dando atenção a comportamentos sociais aceitáveis. 
Enquanto aprendem a se tornar sociais e desenvolvem a fundamento do caráter e personalidade cristãos, as crianças necessitam de orientação sábia e paciente. O professor deve olhar para esses aspectos do desenvolvimento como uma parte do seu trabalho mais importante do que as aprendizagens cognitivas que possam acontecer em sua sala de aula.”(BEECHICK, Ruth. Como Ensinar Crianças do Maternal: Não é tão fácil mas aqui está como fazer. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp 43-44)  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário