Subsídios Lições Bíblicas - Jovens
Lição 7 - DERROTANDO O PRIMEIRO INIMIGO
2º Trimestre de 2020
Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus, estamos iniciando o preparo de mais uma lição. Segue abaixo o subsídio elaborado pelo comentarista do trimestre, pastor Reynaldo Odilo:Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus, estamos iniciando o preparo de mais uma lição. Segue abaixo o subsídio elaborado pelo comentarista do trimestre, pastor Reynaldo Odilo:
DERROTANDO O PRIMEIRO INIMIGO
Introdução
Sendo de conhecimento amplo e irrestrito que, se por um lado, na batalha da vida, há sempre obstáculos naturais (Sara não podia ter filhos, Moisés apresentava um problema na fala, Jefté nascera de uma prostituta, Mefibosete era aleijado, Zaqueu tinha baixa estatura etc.), conforme visto no capítulo 4, também se mostra irrefutável a existência de outras barreiras no caminho das conquistas, as quais não têm nada de “naturais”. São opositores que se levantam: uns espirituais, outros humanos, ou sentimentos de pânico, pensamentos contrários, traumas emocionais persistentes, fragilidades da própria estrutura psicológica de cada um... Os mais cruéis, entrementes, elevam-se ao status de inimigos estratégicos, que precisam ser derrotados completamente, sob pena de arruinarem impiedosamente a marcha triunfal dos que amam ao Senhor.
Esses antagonistas vorazes surgem, muitas vezes, inesperadamente. Pessoas, ideias ou situações, que vêm para matar, roubar e destruir. Na Bíblia, as referências a esses tipos de adversários em relação aos servos de Deus são abundantes. Eis alguns exemplos: O inimigo estratégico de: 1) Moisés –Ex 15.4-6,9; 2) Sansão –Jz 16.23,24; 3) Davi – 1Sm 24.4; 26.8; 2 Sm 22.18; 4) Elias – 1Rs 21.20; 5) Ester – Et 7.6; 8.1; 6) Jesus e da Igreja –Mt 13.39; Jo 10.10.
Por óbvio, não existe apenas um inimigo estratégico ao longo da vida, mas vários que vão surgindo à proporção que se caminha. Também não significa que todos os adversários se enquadrem na categoria de “estratégicos”, isto é, que sejam mais fortes, vorazes e astuciosos. Todavia, qualquer que seja o inimigo, nunca ele deve ser subestimado, na medida em que, muitas vezes, a sagacidade do mal consiste em esconder, a princípio, a sua pujança, mordacidade, e, no momento oportuno, atacar com vigor, causando prejuízos irreparáveis e até a morte.
Assim, enfrentar Jericó, o inimigo estratégico, não era fácil, porém havia muita confiança de que Deus daria vitória, pois estava claro que aquela guerra não era somente de Israel, mas também do Senhor, pois chegara a hora do juízo divino, haja vista que a medida da iniquidade dos amorreus se completara (Gn 15.16; Dt 9.5; 18.12). Assim, os israelitas eram apenas uma divisão do Seu grande exército, junto com os Seus anjos (Sl. 148.2) e forças da natureza (Js 10.11-14; Jz 5.20).
A grande questão que emergiu para Josué era se ele estava disposto a obedecer à orientação de Deus, ainda que ela parecesse “estranha”. Depois do encontro com o Capitão da Nossa Salvação (narrado em Js 5.13-16), Josué entendeu que a tática bélica deveria ser aquela (certamente) informada pelo Ser angelical. Para o inimigo estratégico ser derrotado, somente com armas espirituais, poderosas em Deus, e com a realização de movimentos orientados pelo Céu! Se Josué atendesse à voz de Deus não sofreria nenhum revés. A igreja do século XXI, igualmente, possui resiliência para esperar com paciência e agir somente na hora certa?
I - Verdades sobre um inimigo estratégico
Ele é forte e sagaz
Sob a inspiração do Altíssimo, Davi descreveu, de forma poética, sobre os muitos inimigos perigosos que cercam a caminhada dos que se refugiam em Deus, no Salmo 91:
Porque ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa. (...) Não temerás espanto noturno, nem seta que voe de dia, nem peste que ande na escuridão, nem mortandade que assole ao meio-dia. (...) Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. (Sl 91.3,5,6,10)
Observe-se que nenhum desses inimigos enumerados são naturais, mas fazem parte de um plano maligno para desestabilizar quem busca refúgio em Deus. Por fim, Davi, pelo Espírito, mencionou acerca da pujança desses adversários tenebrosos anteriormente citados: “Pisarás o leão e a áspide; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente” (Sl 91.13). A figura do leão traz à tona a informação de que os inimigos a serem derrotados são mais fortes (Pv 30.30) e a imagem da áspide revela que eles são muito sagazes (Gn 3.1); após, seguindo a tradição da poesia hebraica, repete-se a ideia com “o filho do leão e a serpente” para se enfatizar a verdade. Ou seja, os inimigos estratégicos possuem mais força e detêm melhor planejamento de ataque, entretanto, “aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará” (Sl 91.1).
A cidade-estado, ou o reino de Jericó (dependendo do ângulo da observação político-administrativa), encaixava-se na descrição de inimigo estratégico de Israel, na conquista de Canaã, conforme atestado por dez espias enviados para inspecionar a terra 38 anos antes (Nm 13.28 – escavações arqueológicas mostram que ela possuía uma grande, forte e antiga muralha erigida há, aproximadamente, 800 anos) e que era protegida por homens impiedosos e ardilosos como serpentes. Afinal, o cálice da ira divina não seria derramado em uma população de justos, mas sobre um povo mau, corrompido espiritualmente, eticamente, moralmente socialmente, haja vista terem sido engodados secularmente por uma cosmovisão satânica, levando-os a práticas impiedosas em todos os sentidos.
Ademais, a cidade de Jericó estava encravada estrategicamente no meio da terra dos cananeus, conforme se observa em Dt 34.1, quando Moisés subiu ao monte Nebo, que estava na Transjordânia, defronte à Jericó, e por isso, ele teve uma visão ampla do território da Cisjordânia a ser conquistado.
O servo de Deus deve alimentar e treinar seu espírito todos os dias, exercitando-se espiritualmente1, para, só assim, conseguir subjugar o seu inimigo estratégico. Essa é uma luta que vale a pena, pois quando o mal que intimida e enfraquece o servo de Senhor for derrotado, todas as outras conquistas se tornarão menos difíceis.
Ele quer destruir
Jesus alertou que o inimigo estratégico do rebanho (o ladrão) vem somente para matar, roubar e destruir, todavia, entregando-se aos cuidados dEle, que é o Sumo Pastor, a ovelha terá vida em abundância (Jo 10.10). Esse desejo de destruição, de morte, é inerente ao adversário da obra de Deus (no homem) e, em consequência, o mal deve ser completamente aniquilado, como Samuel fez com Agague (1 Sm 15.32,33).
O desejo do povo de Jericó, igualmente, era o de destruir Israel, pela análise do episódio dos dois espias. Ora, em Js 2.16,22, diz-se que os cananeus que procuravam os espias eram “perseguidores” (hb. radaph, que pode ser traduzido como aquele que busca ardentemente). Por outro lado, Raabe fez os espias descerem por uma corda e mandou-os ficarem três dias escondidos (a perseguição era exaustiva) e, por fim, está escrito que os canaanitas os buscavam “por todo o caminho” dando a entender que aquilo era uma questão urgente, de “vida ou morte”. Com certeza, o objetivo dessa busca não era para lhes oferecer um banquete de boas-vindas, a não ser que fossem servir comida envenenada! No cotidiano da vida, igualmente, há inimigos que querem “matar, roubar e destruir” os que vivem retamente, por isso, todo cuidado é pouco.
Ele só cairá com a ajuda de Deus
Josué precisava do auxílio do Céu para conquistar Jericó. Disso nenhum estudioso discorda. O rei Davi, no Salmo 91, depois de mencionar alguns adversários ferozes que planejam a morte daqueles que servem a Deus (tópico 1), passou didaticamente a explicar que aquele que confia no Senhor (Sl 91.2) somente os vencerá, se: 1) amar profundamente ao Senhor (Sl 91.14a); 2) conhecer (no sentido de ter intimidade) o nome de Deus (Sl 91.14b) e 3) invocá-Lo na hora da angústia (Sl 91.15). Noutro lugar, Davi reiterou que Deus é socorro bem presente na hora da angústia (Sl 46.1). Se Josué houvesse buscado outro tipo de socorro, refúgio, a derrota de Israel seria fragorosa.
Para deixar bem clara essa verdade, de maneira pedagógica, Deus determinou, 40 anos antes, a fabricação de duas trombetas de prata – sofisticadas obras de arte (a prata era depurada no fogo, daí porque é símbolo da redenção, na Bíblia)– cujo toque serviria para conclamar o povo a fim de se reunir e também para dar o sinal de partida do acampamento, durante a caminhada no deserto. Entretanto, mais adiante, o Senhor disse que as trombetas também seriam tocadas quando os israelitas estivessem em dificuldades e nas festas religiosas (Nm 10.2, 9,10), fazendo emergir a ideia de que “em situação de perigo, soar as trombetas era, na verdade, uma oração para o socorro de Deus2, conduta que continuou após o fim da jornada pelo deserto. Assim, o toque das trombetas soava como um pedido de ajuda, na hora da angústia, e, com isso, movia-se o coração do Altíssimo em favor do povo, lembrando-se Ele da aliança abraâmica! Dessa forma, na hora da aflição, deve-se tocar a trombeta da oração, porque somente com a intervenção de Deus é que os inimigos serão destruídos. Provavelmente isso aconteça devido ao fato de que as pessoas que se levantam contra aquele que serve a Deus nunca agem estimuladas tão somente pela má índole, porém, sempre são instrumentalizadas pelo Diabo; por isso, o auxílio do Céu torna-se imprescindível.
II - A estratégia de Deus para a batalha de Jericó
Corte dos suprimentos do inimigo e manutenção do ânimo da tropa (6.1,2)
No milenar livro “A Arte da Guerra” aconselha-se que “tratando-se de tomar uma cidade, apressa-te em sitiá-lá, concentra nisso todas as tuas forças. Precipita-te” , mas essa não foi a orientação divina, pois Deus abriria um “flanco” de misericórdia para Jericó, ao determinar que a cidade, antes de atacada, fosse circundada por sete dias. Em Ap 4.3, da mesma forma, antes de serem abertos os selos (Ap 5), João viu o arco celeste ao redor do trono de Deus, o que representava a misericórdia do Senhor (Gn 9.13,16), que sempre é oferecida antes do juízo! Nesse mesmo sentido, importante transcrever o seguinte comentário:
A ordem dos eventos provavelmente não fazia sentido para os habitantes não arrependidos de Jericó. Diante deles passaram os homens de Deus armados, os sacerdotes com a arca do concerto e a retaguarda muda (8-10). Mui provavelmente esses acontecimentos confundiram os defensores de Jericó, mas os obedientes israelitas sabiam o que faziam e para quem o realizavam. Talvez eles não tivessem plena compreensão da razão pela qual esse padrão deveria ser seguido e não havia demonstração de que desejavam saber as razões. Mas eles estavam convencidos de que o jeito de Deus seria vitorioso. (...)
Os moradores de Jericó receberam um assento na primeira fila para ver a fidelidade demonstrada ao seu povo. Eles tinham conhecimento da travessia do mar Vermelho, das vitórias no deserto (2.10) e da abertura do rio Jordão. Esse Deus cumpridor de suas promessas estava diante deles para fazer uma avaliação. (...)
Dia após dia os habitantes de Jericó foram advertidos, foram chamados a considerar esse Deus vivo e foram testemunhas. A paciência e a longanimidade de Deus foram mostradas. O sétimo dia trouxe advertências ainda mais intensas. Finalmente chegou o dia do fim da graça da misericórdia. O julgamento assumiu o lugar da graça e da misericórdia. O salário do pecado caiu sobre os idólatras (20).4
Na esteira do comentário anterior, viu-se o amor de Deus no estratégico desfile militar. Mesmo caindo sobre os homens de Jericó um grande pavor, pela presença circundante de Israel, isso não foi suficiente para quebrantar-lhes os corações, os quais se fecharam “em si” completamente. Ninguém saía nem entrava (Js 6.1). O que era uma porta de escape, tornou-se na ruína, pois isso enfraqueceu ainda mais a Jericó – os suprimentos escassearam. Como não haveria rendição, cortar a fonte de alimentação dos inimigos era a primeira medida.
Dessa maneira, o Senhor estava, também, como mencionado na citação anterior, estimulando a fé dos guerreiros. Sun Tzu interpretou perfeitamente essa dupla função das manobras de guerra, ao vaticinar:
Durante a noite, o clamor dos tambores servirá para espalhar o pânico entre teus inimigos e recobrar o ânimo de teus soldados. Durante o dia, o tremular das bandeiras, a multiplicidade de suas evoluções, a diversidade de suas cores e a estranheza do conjunto, ao mesmo tempo que informam teus homens, mantendo-os de prontidão, ocupando-os e distraindo-os, semeiam a dúvida e a perplexidade no seio do inimigo.5
Assim, ao Israel desfilar ao redor da Cidade de Jericó, os dois benefícios mencionados estavam sendo potencializados. Deus tinha dito antes ao cerco: “Olha, tenho dado na tua mão a Jericó, ao seu rei e aos seus homens valorosos” (Js 6.2). Interessante que, ao repetir essa previsão de vitória, o Senhor usou a palavra hebraica ra'ah, que é traduzida nas versões ARC e ARA como olha, mas que poderia ter sido utilizada, em substituição, uma das seguintes expressões: observe, examine, inspecione, perceba, considere, discirna... O Altíssimo estava pedindo a Josué que atentasse para todo o cenário em sua volta, percebesse o enredo dos acontecimentos e considerasse o grande amor demonstrado, bem como Seu cuidado especial por Israel.
Assim, nos sete dias de manobras militares, o Senhor, à proporção que cortava suprimentos físicos e emocionais dos inimigos, fortalecia o coração dos hebreus, de maneira que pudessem, no momento certo, agir varonilmente!
Homens armados à frente dos sacerdotes
Na vida do servo de Deus, quase sempre, não se deve tentar compreender as coisas que acontecem, somente nos incumbe as aceitar. É assim que se caminha, sem transtornos, com Deus. Observe-se na estratégia aparentemente ilógica daquela batalha: Os homens armados sairiam marchando à frente, após seguiriam sete sacerdotes com buzinas, feitas de chifre carneiro, e, logo em seguida, a arca da aliança, conduzida não pelos coatitas (o que era a regra), mas por sacerdotes; por fim, a retaguarda. Nos seis primeiros dias, rodearam a cidade uma vez por dia e, no sétimo dia, contornaram-na sete vezes, aumentando a pressão em cima de todos. No sítio arqueológico de Jericó, escavado no século passado, o centro urbano apresenta uma circunferência de 2,3 Km, o qual poderia ser circundado, com facilidade, entre 15 e 20 minutos. Sendo assim, no último dia, o desfile durou, no máximo, 2h20min.
Portanto, o povo de Deus não se cansou, mas foi estimulado, aquecendo-se, à peleja. Esse, geralmente, é o modus operandi utilizado pelo Senhor nas lutas diárias do viver cristão.
À espera de um milagre
Como vencer um obstáculo construído há quase mil anos, como eram as muralhas de Jericó? Um grande milagre precisaria acontecer! Ora, Josué estabeleceu toda a estratégia bélica da semana, no que foi perfeitamente atendido e, naquele momento, Deus entraria em ação. O que aconteceria? O Senhor estava ensinando ao povo paciência (Sl 27.14; 37.7; 40.1) e confiança (Sl 27.1,2; Sl 37.5). Deus quis ver até quando onde os hebreus permaneceriam fiéis e atentos ao comando que vinha do Céu, pela voz de Josué. Eles experimentariam um alto nível de bênçãos se pudessem demostrar um alto grau de fidelidade, característica não presente na geração anterior, que morreu no deserto.
Na vida do cristão, igualmente, há instante nos quais, ou Deus age ou nada de bom haverá, como aconteceu com Pedro (At 12.6,7), Paulo (At 28.3-5), com os apóstolos (2Co 1.8-10) etc.
III - Deus se mostra forte aos que confiam nEle
Um momento de fé e irracionalidade
Os pensamentos do Eterno são muito mais altos que os dos homens (Is 55.9), por isso não se pode esperar que, sempre, os comandos divinos se adequem à racionalidade humana. No caso dessa guerra, Josué tinha dito: — Não gritem, até que eu diga: gritai! No sétimo dia, depois de rodearem a cidade sete vezes, chegou o momento. Ele disse: — Gritai... Eis o que aconteceu: “Gritou, pois, o povo, tocando os sacerdotes as buzinas; e sucedeu que, ouvindo o povo o sonido da buzina, gritou o povo com grande grita” (Js 6.20). O povo obedeceu ao comando do líder, sem querer nenhuma explicação, por entender que aquela era a orientação do Senhor.
Caem os muros
Jericó era uma cidade humanamente invencível. Suas intransponíveis muralhas, construídas estrategicamente em um lugar fortificado, forneciam proteção a todos aqueles que estavam por elas guarnecidos. O receio de serem conquistados pelos israelitas, fez-lhes desmaiar o coração, haja vista que nunca imaginaram passar por tal coisa. Na verdade, observando a estratégia militar traçada dada por Deus, percebe-se claramente que, sem a existência do componente divino na invasão, Israel jamais teria logrado êxito em sua missão.
Assim, no último dia, quando os sacerdotes tocaram as buzinas longamente e, depois da ordem de Josué, o povo gritou. Como resultado “o muro caiu abaixo, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e tomaram a cidade” (Js 6.20).
Estudos arqueológicos demonstram que as muralhas da cidade de Jericó eram impressionantemente largas e altas. As armas de guerra existentes no final da Idade do Bronze eram insuficientes para destruí-las, notadamente se houvesse um exército forte, como o era o de Jericó, para combater pela cidade e acredita-se que somente um evento sísmico (como um grande terremoto) causou a ruína de tão grandiosa obra da engenharia humana. Talvez nunca se descubra quais foram os mecanismos que Deus usou para destruir os muros de Jericó, mas que interessa? O fato primordial é que eles ruíram e o Senhor deu vitória ao seu povo.
Jericó é destruída, mas Raabe é salva
Atravessar o rio Jordão sem água, rodear Jericó por sete dias e tocar as buzinas, como Deus determinou, eram coisas fáceis de fazer. Entretanto, nesse instante, o Senhor ordenou a total destruição de todos os habitantes de Jericó, inclusive velhos e criancinhas, e os hebreus cumpriram isso fielmente. A hora do juízo divino tinha chegado àquela cidade cheia de pecados e devassidão, a qual deveria ser riscada do mapa (como o foram Sodoma, Gomorra, Pompéia) juntamente com suas culturas demoníacas. Deus mandou matar pessoas para executar a justiça e cumprir sua promessa aos descendentes de Abraão.
No meio daquele antro de devassidão, porém, havia uma prostituta, cheia de pecados, que se converteu ao Deus Todo-Poderoso, Raabe. Ela foi salva, juntamente com sua família, porque acolheu os espias e, após, colocou um fio de escarlate em sua janela. Cumpriu-se nela uma verdade que seria proferida por Paulo séculos após: “Crê no Senhor Jesus, e serás salvo tu e tua casa” (At 16.31). Raabe foi perdoada e entrou na genealogia de Jesus, sendo referida no Novo Testamento como uma mulher de grande fé.
“A captura de Jericó deu aos israelitas a oportunidade de entrar na parte central de Canaã. O outro lugar estrategicamente importante era Ai, que dominava a entrada para o vale que levava à Canaã ocidental”6, e Israel deveria conquistá-la também para encerrar a primeira campanha militar e, após, empreender a segunda rumo às cidades-estados (reinos) localizadas no sul de Canaã, no afã de enfrentar a coligação dos amorreus. Por fim, a terceira, com guerras a serem travadas contra a confederação do norte.
Conclusão
Josué, após o encontro com Deus, entendeu que era apenas servo do General, submetendo sua experiência militar à vontade de Deus – toda sua estratégia (gr. stratēgía–“que concerne ao general”) seria orientada por Ele. Assim, conduzido pelo Senhor, Israel primeiro tomou Jericó, o inimigo estratégico, e depois seria a vez de Ai, garantindo, com isso, livre acesso para a cadeia de montanhas central e colocando uma cunha entre as regiões norte e sul de Canaã.
Na vida dos cristãos atuais, igualmente, em algum momento da trajetória haverá inimigos estratégicos a serem destruídos, seja a influência de uma pessoa má, um pecado contumaz, uma situação perigosa etc.; é preciso, por isso, ter muito cuidado para não se sucumbir nesses tempos de guerra.
1 DANIEL, Silas. Como Vencer a Frustração Espiritual. 1ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 146.
2 RICHARDS, Laurence O.. Guia do Leitor da Bíblia. 5ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 98.
3 TZU, Sun. A Arte da Guerra. tradução de Sueli Barros Cassal. Porto Alegre: L&PM, 2006, p. 16.
4 LIVINGSTON, George Herbert; COX, Leo G.; KINLAW, Dennis F.; BOIS, Lauriston J. Du; FORD, Jack; DEASLEY, A.R.G..Comentário Bíblico Beacon. 1ª ed., vol. 1, Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 364.
5 TZU, Sun. A Arte da Guerra. tradução de Sueli Barros Cassal. Porto Alegre: L&PM, 2006, p. 40.
6 MEARS, Henrietta C..Estudo Panorâmico da Bíblia. São Paulo: Vida, 1982, p. 80.
2 RICHARDS, Laurence O.. Guia do Leitor da Bíblia. 5ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 98.
3 TZU, Sun. A Arte da Guerra. tradução de Sueli Barros Cassal. Porto Alegre: L&PM, 2006, p. 16.
4 LIVINGSTON, George Herbert; COX, Leo G.; KINLAW, Dennis F.; BOIS, Lauriston J. Du; FORD, Jack; DEASLEY, A.R.G..Comentário Bíblico Beacon. 1ª ed., vol. 1, Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 364.
5 TZU, Sun. A Arte da Guerra. tradução de Sueli Barros Cassal. Porto Alegre: L&PM, 2006, p. 40.
6 MEARS, Henrietta C..Estudo Panorâmico da Bíblia. São Paulo: Vida, 1982, p. 80.
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.