sábado, 23 de maio de 2020

Lição 08 - 2º Trimestre 2020 - A Batalha contra Ai - Jovens.

Subsídios Lições Bíblicas - Jovens

Lição 8 - A Batalha contra Ai 

2º Trimestre de 2020
Prezado(a) professor(a),
Segue o subsídio da lição 8. Uma boa aula!
A BATALHA CONTRA AI
Introdução
Subestimar pessoas nunca foi, nem nunca será, uma boa ideia, porque, geralmente, as aparências enganam. Com isso, profere-se julgamento precipitado, desprezando o conselho de Jesus: “não julgueis segundo a aparência” (Jo 7.24). Não é sem razão essa sabia recomendação do Mestre dos mestres, haja vista que as análises realizadas tão somente com base nas aparências não possuem consistência, equivocam-se e promovem confusões. O profeta Samuel, por exemplo, observava bastante a aparência das pessoas, a fim de considerá-las aptas ou não para determinadas tarefas e, por isso, foi repreendido pelo Senhor no episódio da sagração de Davi, quando lhe disse: “Não atentes para a sua aparência [...] porque o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1 Sm 16.7). Deus, nesse episódio, criticou ostensivamente a abordagem superficial das razões, a qual, infelizmente, apresenta-se como o padrão das considerações humanas.
Por outro lado, superestimar as pessoas constitui-se em conduta de sabedoria, capaz de conceder ganhos extraordinários. Note o caso de um jovem doente, pronto para morrer e que, por isso, foi subestimado pelo seu senhor, que provavelmente arrazoou: — Este escravo está doente; se o levarmos, irá nos atrapalhar. Então, melhor o deixarmos morrer em paz. Dessa forma, ele foi abandonado no meio do nada. Nos três dias seguintes, o quadro de saúde do rapaz se agravou, pois ele nada comeu ou bebeu, até que Davi e seus homens o encontraram e cuidaram dele. Recobrado o vigor, aquele ex-combatente amalequita conduziu o exército de Davi a uma grande vitória (1 Sm 30.11-17). Se Davi houvesse subestimado o pobre moribundo, teria sofrido uma irreparável perda, mas o filho de Jessé, como se sabe, era um homem segundo coração de Deus e, por esse motivo, enxergou onde a visão humana (amalequita) somente viu prejuízo e morte, uma oportunidade de investimento. Interessante a descrição da alimentação fornecida ao egípcio: água, um pedaço de massa de figos secos e dois cachos de passas, demonstrando que foi um investimento alto, para uma tropa em perseguição, com suprimentos regrados, e que não sabia qual seria o resultado daquela ação.
A análise precipitada, superficial, do senhor amalequita, em relação àquele que lhe parecia um estorvo, foi a causa da sua própria ruína, o que, na verdade, ressai como uma marca dos seres humanos em suas relações com os semelhantes. Esse paradigma de avaliação crítica, nalgumas vezes, transborda para o exame de situações desconhecidas, as quais, aparentemente, não oferecem risco grave: Isso será fácil. Não há com o que se preocupar. Está tudo sob controle. Ocorre que, às vezes, trata-se de um engano que redundará em enorme prejuízo. Assim, para se evitar surpresas desagradáveis, mister acreditar que nas batalhas da vida, em regra, não existem inimigos subestimáveis, pequenos, insignificantes. Todos os inimigos são potencialmente perigosos. Essa falta de discernimento foi, precisamente, o erro de Israel no caso da guerra contra Ai. 
Graças a Deus, porém, que Israel reconheceu a precipitação e falta de sabedoria e, contando com a misericórdia e bondade de Deus, conseguiu retornar ao patamar inicial e, assim, ascendendo ao estágio de dependência de Deus, tão necessário para a consecução de resultados positivos, logrou êxito na nova guerra empreendida. 
Os hebreus conquistaram Jericó, no Vale do Jordão e, agora, venceram a guerra contra uma das principais cidades localizada no caminho da cadeia central de montanhas: Ai, que era um lugar de importância estratégica, controlava a rota principal de Gilgal à região de Betel. A tática militar inspirada pelo Céu ao comandante hebreu estava sendo desenhada.
I - A Derrota para Ai
1. O perigo da autoconfiança 
Desconsiderar a importância dos semelhantes, sejam amigos ou sejam inimigos, chama-se subestimação. E, para que ela atue de maneira forte e eficaz, outro sentimento precisa reinar altaneiramente: a autoconfiança. São duas faces nefastas de uma mesma moeda. Uma mistura insana capaz de deteriorar, apequenar, desqualificar, o mais bem-intencionado dos homens! 
Josué, sem dúvida, era um homem de bem, mas que caiu no engodo da autoconfiança “excessiva” (quase um pleonasmo), aquela que levou Pedro a dizer a Jesus que nunca o negaria... Por óbvio, acreditar que se é capaz de realizar algo, com ajuda de Deus, como aconteceu quando enfrentou Jericó (Js 7.13), constitui-se em sentimento de suma importância. Todavia, terceirizar a estratégia do combate a observadores não chamados por Deus, e sem consultar o Príncipe do exército do Senhor, em oração, ou mesmo o sacerdote Eleazar, como aconteceu, foi uma imprudência, rendendo-lhe as baixas de 36 soldados israelitas! Em nenhum pesadelo, por mais tenebroso, naqueles dias de boas expectativas, supunha-se que tal fato ocorreria.
Não há nada mais ameaçador, perigoso, para um crente que a autoconfiança, pois ela anula a advertência: “vigiai e orai”. O servo de Deus deve acreditar que, com o auxílio do Céu, nada o deterá, entretanto jamais deve agir com orgulho, ufanismo, jactância. Ser ateu de si mesmo produzirá efeitos benéficos na caminhada com o Senhor, já que assim o cristão entenderá que sua capacidade de realização pessoal, ou a de outros que o ajudam, não é a causa primaz do êxito obtido, mas que, sobretudo, a vitória veio do Senhor.
A Bíblia trata acerca de alguns homens que, no início da vida, eram ateus de si mesmos, e crentes em Deus, mas, depois se tornaram crentes de si mesmo e, por consequência, excluíram o Altíssimo do seu rol de prioridades. Um deles foi o rei Asa que no começo do reinado “fez o que era bom e reto aos olhos do Senhor, seu Deus [...] E mandou a Judá que buscassem ao Senhor, Deus de seus pais” (2 Cr 14.2,4). Como o governo dele foi próspero! Ocorre que, na sua velhice “[...] caiu doente de seus pés [...], contudo, na sua enfermidade, não buscou ao Senhor, mas, antes, os médicos” (2 Cr 16.12). Ou seja, o foco de sua fé foi desviado da verdadeira fonte do poder! É isso fez, e faz, toda a diferença, no resultado final.
2. A percepção equivocada dos espias
Exercer o poder delegado, de uma autoridade constituída por Deus, exige certas condições, dentre as quais a de agir, com toda a humildade e responsabilidade, como se fosse o próprio poder delegante. Entretanto, há determinadas condutas que somente quem foi comissionado pelo Eterno pode realizar. Paulo, por exemplo, ensinou a Timóteo que ele não impusesse “precipitadamente as mãos” (1 Tm 5.22), alertando-o para que não delegasse atribuições eclesiásticas a quem não era realmente vocacionado para o trabalho. Caso isso acontecesse, não apenas o “consagrado” e sua família sofreriam, mas também toda a igreja e, em razão disso, se evidenciou a exortação, para que seu filho na fé não se impressionasse com as aparências dos homens. Que importante conselho!
Nesse desiderato, os espias (que certamente eram crentes fiéis) receberam a missão delegada por Josué para avaliarem a Cidade de Ai, porém o fizeram com excessivo entusiasmo, subestimaram os riscos, desconsideraram importantes variantes (Js 7.3). Na verdade, eles não estavam habilitados para tal função, pois para realizar aquela tarefa precisava-se de mais que experiência belicosa; carecia-se de haver sido constituído pelo Senhor especificamente. Colher as informações confiáveis, analisar as nuances e decidir a estratégia de guerra, eram atribuições exclusivas de Josué, depois de buscar a Deus.
Por óbvio, pedir opiniões e obter dados de outras pessoas não se vislumbra como um sinal de fraqueza, mas de inteligência (Jo 6.5,6). Todavia o fato de o líder não ponderar, investigar por si (como Josué fez anteriormente — Js 5.13) e, sobretudo, buscar conhecer a vontade divina, demonstra imaturidade, ingenuidade, irresponsabilidade. Israel pagou um alto preço pela desatenção e insubmissão de Josué (Js 7.4,5)!
3. Uma derrota importante 
Israel entrou na guerra pensando que, mais uma vez, sair-se-ia exitoso, porém, constituiu-se em grande fracasso: uma derrota acachapante. A morte de 36 israelitas, que fugiam diante dos inimigos, não era algo numericamente relevante, porém, no aspecto da promessa de Deus, era muito grave, porquanto o episódio mostrou que havia algo muito errado no comando! Onde estavam as promessas de Deus que garantiam sucesso em tudo?! O ânimo dos israelitas foi completamente atingido (Js 7.5), elemento psicológico importante para uma tropa. O medo, a dúvida, a apreensão substituíram a alegria decorrente da batalha contra Jericó.
Por outro lado, os inimigos que, até então, esperavam uma derrota fatal, celebraram que as coisas não eram tão ruins como pareciam. Matthew Henry aduz que “se todo exército estivesse lá, eles também não teriam sido capazes de defender seus postos, porque agora estavam debaixo da culpa e da ira divina”1.  Com os pecados que cometemos, o nome do Senhor não é glorificado.
II - O Motivo da Derrota: Israel Pecou!
1. A reação de Josué
Josué passou toda sua vida contemplando as consequências que os pecados dos seus compatriotas provocaram no destino dos hebreus. Quantas frustrações ele deve ter colecionado desde que saiu do Egito, passando pelos inóspitos anos de deserto e agora, na Terra Prometida, mais uma vez, algo deu errado. Certamente, o Inimigo de Deus deve ter se alegrado com o desfecho da guerra contra Ai, pois é nesses momentos de fragilidade, de decepção, de exaustão mental que o Inferno busca sepultar de vez a fé dos homens de Deus. C. S. Lewis, no seu livro de ficção em que um demônio envia cartas a outro, com o fim de ensiná-lo a tentar um crente ao pecado, capturou, de maneira ímpar, a fecha na psiquê humana que o Diabo tenta usar para monopolizar as situações emocionais desfavoráveis (como era aquela vivida por Josué) para conquistar as almas dos homens, a fim de poder “comercializá-las”, posto que em Apocalipse 18.13 está escrito que “Babilônia” era negociante de “almas de homens”.
Sem dúvida, como mencionou Lewis, Josué estava se sentindo pressionado, exausto, por tantas intercorrências emocionais; entretanto, naquele momento de grande frustração e tentação, por causa do vexame, ao invés de murmurar e “vender sua alma ao Diabo”, ele rasgou as suas vestes e prostrou-se diante do Senhor. Ele era um homem que tinha muita intimidade com Deus. Em sua oração, porém, questionou por que o Altíssimo tinha abandonado Israel tão cedo, quando poderia tê-lo deixado na Transjordânia, sem atravessar o Rio Jordão, dentre outros absurdos, ao que o Senhor replicou: “Levanta-te! Por que estás prostrado assim sobre o teu rosto? Israel pecou...” (Js 7.6-11).
Colocar a culpa pelo fracasso no Eterno!? Josué estava fazendo exatamente isso, quando foi interrompido pelo Senhor, para abrir-lhe o entendimento, posto que foi o pecado que Israel cometeu que proporcionou aquela tão grande derrota.  Afinal, como se sabe, tendo o pecado natureza maligna, ele desperta a ira da parte de Deus 2, o qual pode manifestar sua justiça imediatamente. É bem verdade que os homens estão acostumados com a longanimidade de Deus, em rechaçar o pecado lentamente (Gn 15.16), ou mesmo no Juízo Final (Lc 10.13,14), porém o Senhor pode derramar o cálice da sua ira, querendo, imediatamente (At 5.1-5). Isso se chama soberania.  Ele é o Justo Juiz!
2. Acã subtraiu objetos consagrados
Sabendo que havia sido cometida a transgressão, foi-se procurar o homem do pecado, o qual foi identificado pelo lançar de sortes, possivelmente através da escolha de cacos de cerâmica uniformes, devidamente identificados, postos dentro de um jarro (1 Sm 14.41,42; Pv 16.33), mesmo método usado para distribuir a Terra Prometida (Nm 26.55). A sorte caiu sobre Acã, um homem que, possivelmente, com menos de 20 anos de idade, atravessou o Mar Vermelho, depois peregrinou pelo deserto por 40 anos, atravessou o Rio Jordão, contemplou a queda dos muros de Jericó, mas, infelizmente, seu coração não era reto diante de Deus. Ao ver objetos consagrados, desejou-os, subtraiu-os e escondeu-os. O pecado de Acã produziu efeitos catastróficos para todo o Israel!
Grandes obstáculos foram retirados, diante da marcha triunfal de Israel, ao longo dos anos (Mar Vermelho, Rio Jordão, muralhas de Jericó, fortes inimigos, etc.)... nada podia deter esse povo vencedor, exceto o pecado, com seu poder destruidor, conforme se viu neste caso. É por isso que a Bíblia recomenda que nós, cristãos, devemos deixar de lado todo o pecado e embaraço que tão de perto nos rodeia (Hb 12.1).
3. A ira do Senhor se acendeu
No dia 8 de julho de 1741, nos Estados Unidos, foi pregado um importante sermão por Jonathan Edwards que proclamava a ira de Deus contra o pecado, o que trouxe um grande quebrantamento nos ouvintes, alguns choravam, outros se agarravam às colunas do templo, sentindo o calor das chamas do fogo do inferno sob seus pés... Naquele dia, a ira de um Deus santo foi estampada em fortes cores.
Edwards, sem dúvida, não exagerou nas afirmações feitas, porque “horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31). O pecado faz Deus se irar, não apenas ocasionalmente, mas todos os dias (Sl 7.11). Quando Ele olha para os filhos dos homens, sua santidade e sua justiça são frontalmente desafiadas, e isso lhe suscita ira. Nesse passo, ao vislumbrar Acã se apropriando do anátema (Js 7.1), sua santa ira se acendeu contra os filhos de Israel. Aquilo foi tão grave que Deus determinou um “memorial” sobre Acã e sua família, os quais foram apedrejados e queimados, juntamente com todos os seus bens (Js 7.25,26). Uma cena dantesca. O salário do pecado é a morte. As consequências daquele erro ficariam, para sempre, na lembrança do povo (Js 22.20), da mesma maneira que aconteceu quando Deus trouxe juízo em face do pecado de Ananias e Safira (At 5.11) “E houve um grande temor em toda a igreja e em todos os que ouviram estas coisas”.
III - Deus Entrega a Cidade de Ai
1. Um inimigo confiante 
Depois de a memória de Acã ser extirpada do meio do povo, Deus, mais uma vez, restaurou a fé do líder, dizendo-lhe que não temesse, nem se espantasse, porque tinha entregue à cidade inimiga em suas mãos (8.1). Agora, porém, a autoconfiança irresponsável mudou de lado, pois eram os inimigos quem estavam, como se diz coloquialmente, “cantando vitória”. Não sabiam, entretanto, que o Senhor havia mudado a sorte de seu povo, porquanto, uma vez resolvido o problema do pecado, as promessas foram renovadas e a bênção, novamente, estava a caminho. Seria apenas uma questão de tempo.
A longanimidade de Deus apresenta-se como um traço marcante de seu caráter, como se vê nesta situação de restauração. Ocorre, entrementes, que, no caso do pecado de Acã — como também nos de Nadabe e Abiú (trouxeram fogo estranho para o culto), Uzá (tocou na Arca da Aliança), Zacarias (duvidou da palavra de Gabriel), Ananias e Safira (mentiram na presença de Deus) —, a transgressão afrontou à autoridade de Deus, não só sua santidade. Quando isso acontece, em regra, o juízo divino ocorre sem delongas. Nessa seara, portanto, todo cuidado é pouco. 
2. A estratégia de Deus é diversificada
O Altíssimo é sumamente criativo. A natureza é prova inequívoca disso, uma vez que, como se sabe, tudo que foi criado possui uma identidade própria. Por exemplo, não existem dois seres vivos com o mesmo DNA e isso estabelece uma variação incrível na vida. Na verdade, todos nós temos somente algo em comum: todos somos diferentes. Por outro lado, analisando a criação inanimada, observa-se que nem mesmo as moléculas dos flocos de neve possuem a mesma semelhança, trazendo à memória a expressão paulina acerca da “multiforme sabedoria de Deus” (Ef 3.10), cuja ação pode ser contemplada até nos lugares mais longínquos do Universo.
Com base nessa perspectiva, vê-se, de maneira admirável, Deus mudando mais uma vez o seu jeito de agir (em relação à guerra contra Jericó) sem, todavia, alterar nenhum dos seus princípios. Contra Ai, as capas babilônicas, as peças de ouro, a prata, as pedras preciosas, que fossem encontradas, poderiam ser tomadas por despojo. Dessa vez, eles não rodeariam a cidade, pois a estratégia seria de emboscada: uma parte do povo fugiria para o deserto (Js 8.24), fingindo estar em fuga, mas, quando os homens de Ai os perseguissem, milhares de hebreus, que estavam escondidos, saqueariam e queimariam a cidade. 
O plano deu certo, e quando os inimigos viram sua cidade em chamas, ficaram desesperados, mas agora já era tarde demais. Todos foram mortos pelos israelitas (Js 8.2-29). O Senhor, que décadas antes, determinou que Moisés levantasse sua vara para que Israel prosperasse na peleja (Êx 17.11), agora fazia o mesmo com Josué, só que ele deveria levantar sua lança (Js 8.26). Deus, em sua criatividade, diversificou o milagre e, ademais, novamente, honrou o líder.
3. Culto da restauração
 A conquista de Israel sobre Ai trouxe grande alívio para Josué, o qual, em obediência à palavra do Senhor (Dt 27.1-8), convocou o povo até o Monte Ebal, onde edificou um altar, colocando, em pedras, uma cópia da lei de Moisés — talvez os Dez Mandamentos — (Js 8.30-35). Naquele lugar, promoveu uma grande reunião com importante significado profético, ocasião em que renovou o compromisso do povo com a Lei de Deus.
Inequivocamente, aquela árdua caminhada até o Monte Ebal deixou profundas impressões no povo de Israel, que precisava ter uma âncora espiritual na sua alma, marcando fortemente a presença de Deus em suas condutas. Chegando ao local do congresso espiritual, num lugar significativo da história hebraica, houve um reencontro do povo com Deus, depois de eventos complicados na Terra Prometida. Josué precisava de homens fortes nas próximas lutas que se avizinhavam, mas também que, sobretudo, tivessem experiências com o Senhor.
Conclusão
Os episódios até aqui mencionados demonstram, à sociedade, que se o povo de Deus seguir as orientações do Céu nunca será derrotado num empreendimento de fé, ainda que o inimigo seja mais forte e bem mais preparado do que ele. Caso desobedeça à Palavra de Deus, porém, como aconteceu com Acã, e aconteça de o líder, sem realizar um autoexame acerca da situação espiritual do povo e sem consultar a Deus, envolver-se numa guerra, por causa da legalidade dada ao mal, sofrerá revés, pois Deus não faz acepção de pessoas, nem tem o culpado por inocente.
Entretanto, ainda que tudo pareça perdido, e a situação seja desesperadora, havendo arrependimento e quebrantamento, o Senhor, por sua infinita misericórdia, quebrará os grilhões da morte e fará novamente resplandecer a luz do seu rosto sobre o seu povo, dando-lhe vitória.
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

1   HENRY, Matthew. Comentário Bíblico - Antigo Testamento - Josué a Ester. vol.
2. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 29.2   PEDRO, Severino. A Doutrina do Pecado. Rio de Janeiro: 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 21.

Lição 08 - 2º Trimestre 2020 - Edificados sobre o Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas - Adultos.

Subsídios Lições Bíblicas - Adultos

Lição 8 - Edificados sobre o Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas 

2º Trimestre de 2020
Cristo Jesus edificou a sua Igreja, os apóstolos ensinaram e os profetas testemunharam o Cristo edificador. Com isso, você tem o compromisso de ensinar nesta lição que Cristo é a base da Igreja e que estamos alicerçados na doutrina dos apóstolos e no testemunho dos profetas. Para isso, outros objetivos na lição devem ser desdobrados.
Em primeiro lugar, você deve explicitar que no Antigo Testamento Deus habitou no Tabernáculo e no Templo, mas que no Novo habita em nós por meio de seu Espírito Santo.
Em segundo, você deve apresentar o fundamento como a doutrina dos apóstolos e o testemunho dos profetas tendo Cristo como a pedra basilar. E, finalmente, você deve fazer uma reflexão sobre sermos o templo do Espírito Santo e a necessidade de vivermos em santidade. Somos Igreja, o Corpo de Cristo. Esse Corpo expressa tudo o que Jesus ensinou e viveu.    
Resumo e destaques da lição
Tudo na lição gira em torno dessa sentença: Jesus Cristo é pedra basilar da Igreja. Ou seja, todo o seu planejamento de aula deve atingir esse ponto.
Assim, o primeiro tópico mostrará que no Antigo Testamento Deus habitou em lugares erguidos por mãos humanos, mas no Novo Ele habita em nós. O que você precisa deixar bem claro neste tópico é que em Cristo um novo conceito de santuário é construído. Os crentes são comparados a um edifício espiritual onde Cristo Jesus é a pedra principal. Esse edifício espiritual requer uma vida interior de espiritualidade profunda em Deus.
O segundo tópico apresentará o fundamento como a doutrina dos apóstolos e o testemunho dos profetas tendo Cristo como a pedra basilar, o que significa que você deve apresentar a verdade de que a igreja está edificada sobre a pedra angular que é o próprio Cristo. O seu fundamento é a doutrina dos apóstolos e o testemunho dos profetas bíblicos. Nesse sentido o edifício espiritual foi erguido na Igreja do Novo Testamento: (1) Cristo, a pedra basilar; (2) os ensinos dos apóstolos; (3) o testemunho dos profetas.  
O último tópico traz uma reflexão sobre sermos o templo do Espírito Santo e a necessidade de viver a santidade, o que significa que você deve conscientizar os alunos de que Deus habita na vida daquele que, edificado em Cristo, torna-se templo santo do Senhor. Deus comunga com o crente por intermédio do Espírito Santo. Ser templo do Espírito Santo é um dos símbolos mais fortes da Bíblia em relação à morada de Deus em nós.
Subsídio extraído da Revista Ensinador Cristão - Ano 21 nº81 (Jan/Fev/Mar) 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Lição 07 - 2º Trimestre 2020 - Davi orou louvando a Deus - Berçário.

Lição 07 - Davi orou louvando a Deus 

2º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Incentivar o desejo de louvar a Deus através da oração.
É hora do versículo: “Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor [...]” (Salmos 150.6).
Nesta lição, as crianças continuarão aprendendo que, através da oração, podemos também louvar ao Papai do Céu. Também podemos usar instrumentos musicais e a nossa voz.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem e enfeitarem o desenho da harpa como quiserem. Leve um violão de brinquedo e faça um som com ele. Diga que a harpa também faz som como o violão. Diga também que Davi tocava harpa desde pequeno. Distribua material necessário para as crianças realizem a tarefa. Aproveite o que a turma já tiver disponível. Cuide para que as crianças tenham a máxima segurança ao realizar a tarefa para não manusearem materiais tóxicos. Não deixe de cantar com a turminha. 
licao7 bercario harpa
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 07 - 2º Trimestre 2020 - O Meu Amigo Faz uma Menina Reviver - Maternal.

Lição 7 - O Meu Amigo Faz uma Menina Reviver 

2º Trimestre de 2020 
Objetivo da lição: Que a criança aprenda que não há problema que Jesus não possa resolver. 
Para guardar no coração: “Jesus ouviu isso e disse a Jairo: Não tenha medo; tenha fé e ela ficará boa.” (Lc  8.50)
Seja bem-vindo 
“Com a sala previamente arrumada e com o material de hoje já organizado, receba os alunos alegremente. Acomode todos eles, diga que está feliz por terem vindo, mais este domingo, ouvir as histórias sobre os milagres de Jesus.
Cantem um corinho que fale do poder de Deus. Em seguida, diga-lhes que hoje aprenderão algo muito importante: aprenderão que Jesus é poderoso para fazer até as coisas que são impossíveis.
Aproveite para fazer suspense, lançando as seguintes indagações: “De quem será essa caminha? Será que é de alguma criança dodói? Será que essa criança vai ficar boa?” Mas não antecipe o fim da história. Acompanhados por um cântico apropriado, recolha as ofertinhas.” (Karen Babdeira)
Para refletir
“‘Ele, Deus, dará a luz’ é o significado do nome Jairo, o pai da menina que morrerá. Imagine o seu desespero ao saber que, devido aos minutos a mais que Jesus levará no trajeto, sua filhinha não resistira. “Tenha fé”, disse Jesus a Jairo, encorajando-o. Nessa circunstância, aparentemente sem solução, Jairo não se importou com o risco de ser expulso da sinagoga, e publicamente preferiu apenas crer. Já havia, ao redor de sua casa, pranteadores e muito alvoroço. Mesmo havendo recebido confirmação de que já era tarde demais, não se uniu aos que compunham o velório, nem aos que zombavam de Cristo por haver dito que a menina ficaria boa. Mas Jairo levou Jesus até ela. E o espírito da menina, ao ouvir a ordem divina para que se levantasse, obedeceu imediatamente. Quando tudo ao redor parecer contrário, quando à frente houver somente pranto, quando rirem da esperança que você deposita em Deus, lembre-se: Ele lhe dará a luz.” (Karen Bandeira)
Fixando a aprendizagem
“Leve lençóis e outros tecidos para improvisar roupas do tempo de Jesus. Cada criança terá a sua oportunidade de vestir-se conforme o personagem da história que preferir, e de reproduzir, como se fosse um teatrinho, as falas desse personagem. Por exemplo: Se a criança escolher ser o papai Jairo, primeiro vai chorar de tristeza, por sua filha estar quase morta, mas depois vai louvar a Deus por ela reviver.
Estimule os alunos a serem criativos, porém respeite os que, envergonhados, preferirem não participar.” (Karen Bandeira)
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Marcos 5.22-43. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal
Envie suas dúvidas ou sugestões para telma.bueno@cpad.com.br

Lição 07 - 2º Trimestre 2020 - O Amigo Medroso - Jd. Infância.

Lição 07 - O Amigo Medroso 

2º Trimestre de 2020
Objetivos: Os alunos deverão confiar que o Senhor é a nossa força! Ele nos ajuda em todas as situações difíceis.
É hora do versículo: “[...] Deus é a força do seu povo” (Sl 28.8).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de Gideão, que podemos ter medo, mas devemos confiar no Papai do Céu que seremos vencedores porque Ele nos guarda. Deus prometeu a Gideão que ele seria vitorioso na batalha e assim aconteceu! Confie que o Senhor é a nossa força! Ele nos ajuda em todas as situações difíceis, assim como foi com Gideão e seus soldados.
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com a cena que ilustra o momento da quebra dos jarros e o acendimento das tochas por Gideão e os soldados, conforme narrado na história bíblica, para as crianças colorirem.
licao7 jardim gideao
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância 

Lição 07 - 2º Trimestre 2020 - Um Lugar onde Deus concede Dons - Juniores.

Lição 7 - Um Lugar onde Deus concede Dons 

2º Trimestre de 2020 
Texto bíblico – 1 Coríntios 12.4-11.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos terão a oportunidade de aprender que Deus os chamou para realizar algo específico em seu Reino. Para tanto o Senhor distribui dons espirituais aos seus servos a fim de que todos possam cooperar na realização da obra de Deus. Os dons são recursos que o Senhor disponibiliza para edificação da sua igreja. Este é um assunto que os seus alunos precisam estar familiarizados para que não haja desorganização na administração dos dons. O nosso Deus é sábio e espera que a sua obra seja realizada de forma organizada.
Há pelo pelos menos dois aspectos que seus alunos precisam compreender enquanto ainda estão na classe de Juniores: 
1. Em primeiro lugar é importante enfatizar o que é um dom. A palavra dom significa dádiva, presente concedido por alguém a outrem. No nosso caso, recebemos da parte de Deus um presente que Ele deseja que recebamos e administremos em favor dos nossos irmãos. Essa graça Deus nos concede para realização da obra de Deus. Sendo assim, podemos entender o dom como a capacitação ou aptidão para realizar alguma coisa específica no Reino.
A Bíblia menciona dons espirituais e dons ministeriais. Os dons espirituais são manifestações espirituais ministradas através da ação direta do Espírito Santo no crente (cf. 1 Co 12.7-11). Os dons espirituais são: palavra de sabedoria, palavra da ciência, fé, dons de curar, operação de maravilhas, profecia, discernimento de espíritos, variedade de línguas e interpretação das línguas. O Espírito é o mesmo que opera em todos os dons e reparte particularmente a cada pessoa como quer. A função desses dons é a edificação da igreja.
2. A Palavra de Deus também menciona os dons ministeriais. Estes dons são habilidades concedidas a fim de preparar o povo de Deus para o trabalho cristão, crescimento e desenvolvimento do corpo de Cristo. A igreja precisa de pessoas habilitadas com conhecimento e sabedoria para executarem o serviço de administração da obra e treinamento de novos obreiros para a sua seara. Os dons ministeriais são: apóstolos, profetas, evangelistas, doutores e pastores.
É importante que seus alunos saibam que o espaço da Escola Dominical é uma oportunidade que Deus nos concede para aprendermos a sua Palavra e, assim, sermos treinados para o serviço cristão. A obra de Deus não se resume apenas em vir à igreja, cantar e estudar. Essas atividades, embora sejam de suma importância para o fortalecimento do crente, são apenas etapas de preparação para o exercício do testemunho cristão.
Não são poucas as vezes que nos deparamos com amigos, familiares, vizinhos e colegas de trabalho que não são servem a Deus, mas precisam ser alcançados pela pregação do evangelho a fim de que creiam e sejam salvos. Aproveite a ocasião para reforçar a importância de seus alunos aprenderem a desempenhar os dons que o Senhor os tem concedido. Pergunte-lhes quantas pessoas têm sido alcançadas por intermédio do talento que eles receberam.
Para complementar a aplicação da lição desta semana, sugerimos a seguinte atividade:
“Encape uma caixa como se fosse para presente ou utilize uma já pronta. Coloque dentro da caixa a letra J que você escreveu em um pedaço de cartolina, um espelho pequeno e a figura da cruz. Sente-se em círculo com os alunos no chão. Diga que trouxe um ‘presente’ muito especial e que gostaria de partilhar com todos, pois todos são amigos. Instigue a curiosidade das crianças e pergunte quem sabe o que tem dentro da caixa. Pergunte o que elas gostariam de oferecer para um amigo. Depois de ouvir com atenção as crianças, peça que elas formem uma fila. Coloque a caixa sobre uma mesa. Abra a caixa com cuidado e peça que as crianças olhem os objetos. Pergunte se gostariam de ganhar um presente como este. Diga que a letra jota é de Jesus, o Filho de Deus. Mostre a figura da cruz e diga que Jesus foi pregado na cruz e ali morreu por nossos pecados. Jesus deu sua vida por nós. Peça que se olhem no espelho e diga: Deus ama você. Você é muito precioso para o Pai. Explique que Jesus é o melhor presente que podemos receber e oferecer aos nossos amigos” (Texto extraído da obra de BUENO, Telma. Boas Ideias para Professores de Educação Cristã. 1ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, pp. 39,40).

Lição 07 - 2º Trimestre 2020 - O Dom de Profecia - Pré Adolescentes.

Lição 7 - O Dom de Profecia 

2º Trimestre de 2020
A lição de hoje encontra-se em: 1 Coríntios 12.10; 14.1,3.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos conhecerão um dos dons mais importantes e exercitados na obra de Deus. O dom de profecia, embora pouco compreendido no seio da igreja, é um dom fundamental na edificação do Corpo de Cristo. Assim como o dom de línguas tem a finalidade de fortalecer o crente espiritualmente de modo pessoal, o dom de profecia também exerce esta mesma finalidade, porém em sentido coletivo, ou seja, para toda a igreja.
É importante que seus alunos compreendam em que consiste a manifestação do Espírito Santo através de cada dom para que não fiquem confundidos. Nem toda manifestação espiritual tem origem em Deus, por isso é tão importante identificar se a pessoa que está expressando o dom, de fato, transmite uma mensagem coerente com os princípios bíblicos. Quanto mais no que diz respeito ao dom de profecia, por ser um dom que transmite de forma direta a mensagem do Espírito, deve passar por uma avaliação mais rigorosa.
No tocante ao dom de profecia, a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1757) define:
É preciso distinguir a profecia aqui mencionada como manifestação momentânea do Espírito da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4.11. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas. Como manifestação do Espírito, a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio dEle (At 2.16-18). Quanto à profecia, como manifestação do Espírito, observe o seguinte: 
(a) Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob o impulso do Espírito Santo (1 Co 14.24,25,29-31). Aqui não se trata da entrega de sermão previamente preparado.
(b) Tanto no Antigo, como no Novo Testamento, profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade de Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (1 Co 14.3).
(c) A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (14.25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (14.3,25,26,31).
(d) A igreja não deve ter como infalível toda profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão na igreja (1 Jo 4.1). Daí, toda a profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (14.29,32; 1 Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de Deus (1 Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a Cristo (12.3).
(e) O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de Deus e não a do homem. Não há no Novo Testamento um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus tomava o profeta para isso (12.11).
As manifestações dos dons na igreja precisam estar em coerência com a ação do Espírito registrada no texto bíblico. Qualquer manifestação duvidosa que foge do padrão anunciado à igreja do Novo Testamento deve ser ignorada, porquanto não transmite a segurança e a edificação espiritual inerente à ação de Deus por intermédio deste dom.
Com base nas considerações apresentadas, converse com seus alunos se eles conseguem identificar a manifestação do Espírito na igreja através do dom de profecia. Abra espaço para perguntarem e apresentarem suas possíveis dúvidas. Ao final, ore ao Senhor pedindo que os conceda este precioso dom e a sabedoria necessária para administrá-lo.   

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Lição 07 - 2º Trimestre 2020 - DERROTANDO O PRIMEIRO INIMIGO - Jovens.

Subsídios Lições Bíblicas - Jovens


Lição 7 - DERROTANDO O PRIMEIRO INIMIGO  

 2º Trimestre de 2020
Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus, estamos iniciando o preparo de mais uma lição. Segue abaixo o subsídio elaborado pelo comentarista do trimestre, pastor Reynaldo Odilo:Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus, estamos iniciando o preparo de mais uma lição. Segue abaixo o subsídio elaborado pelo comentarista do trimestre, pastor Reynaldo Odilo:
DERROTANDO O PRIMEIRO INIMIGO 
Introdução
Sendo de conhecimento amplo e irrestrito que, se por um lado, na batalha da vida, há sempre obstáculos naturais (Sara não podia ter filhos, Moisés apresentava um problema na fala, Jefté nascera de uma prostituta, Mefibosete era aleijado, Zaqueu tinha baixa estatura etc.), conforme visto no capítulo 4, também se mostra irrefutável a existência de outras barreiras no caminho das conquistas, as quais não têm nada de “naturais”. São opositores que se levantam: uns espirituais, outros humanos, ou sentimentos de pânico, pensamentos contrários, traumas emocionais persistentes, fragilidades da própria estrutura psicológica de cada um...  Os mais cruéis, entrementes, elevam-se ao status de inimigos estratégicos, que precisam ser derrotados completamente, sob pena de arruinarem impiedosamente a marcha triunfal dos que amam ao Senhor.
Esses antagonistas vorazes surgem, muitas vezes, inesperadamente. Pessoas, ideias ou situações, que vêm para matar, roubar e destruir. Na Bíblia, as referências a esses tipos de adversários em relação aos servos de Deus são abundantes. Eis alguns exemplos: O inimigo estratégico de: 1)  Moisés –Ex 15.4-6,9; 2) Sansão –Jz 16.23,24; 3) Davi – 1Sm 24.4; 26.8; 2 Sm 22.18; 4) Elias – 1Rs 21.20; 5) Ester – Et 7.6; 8.1; 6) Jesus e da Igreja –Mt 13.39; Jo 10.10.   
Por óbvio, não existe apenas um inimigo estratégico ao longo da vida, mas vários que vão surgindo à proporção que se caminha. Também não significa que todos os adversários se enquadrem na categoria de “estratégicos”, isto é, que sejam mais fortes, vorazes e astuciosos. Todavia, qualquer que seja o inimigo, nunca ele deve ser subestimado, na medida em que, muitas vezes, a sagacidade do mal consiste em esconder, a princípio, a sua pujança, mordacidade, e, no momento oportuno, atacar com vigor, causando prejuízos irreparáveis e até a morte.
Assim, enfrentar Jericó, o inimigo estratégico, não era fácil, porém havia muita confiança de que Deus daria vitória, pois estava claro que aquela guerra não era somente de Israel, mas também do Senhor, pois chegara a hora do juízo divino, haja vista que a medida da iniquidade dos amorreus se completara (Gn 15.16; Dt 9.5; 18.12). Assim, os israelitas eram apenas uma divisão do Seu grande exército, junto com os Seus anjos (Sl. 148.2) e forças da natureza (Js 10.11-14; Jz 5.20). 
A grande questão que emergiu para Josué era se ele estava disposto a obedecer à orientação de Deus, ainda que ela parecesse “estranha”. Depois do encontro com o Capitão da Nossa Salvação (narrado em Js 5.13-16), Josué entendeu que a tática bélica deveria ser aquela (certamente) informada pelo Ser angelical. Para o inimigo estratégico ser derrotado, somente com armas espirituais, poderosas em Deus, e com a realização de movimentos orientados pelo Céu! Se Josué atendesse à voz de Deus não sofreria nenhum revés. A igreja do século XXI, igualmente, possui resiliência para esperar com paciência e agir somente na hora certa?
I - Verdades sobre um inimigo estratégico
Ele é forte e sagaz
Sob a inspiração do Altíssimo, Davi descreveu, de forma poética, sobre os muitos inimigos perigosos que cercam a caminhada dos que se refugiam em Deus, no Salmo 91: 
Porque ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa. (...) Não temerás espanto noturno, nem seta que voe de dia, nem peste que ande na escuridão, nem mortandade que assole ao meio-dia. (...) Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. (Sl 91.3,5,6,10)
Observe-se que nenhum desses inimigos enumerados são naturais, mas fazem parte de um plano maligno para desestabilizar quem busca refúgio em Deus. Por fim, Davi, pelo Espírito, mencionou acerca da pujança desses adversários tenebrosos anteriormente citados: “Pisarás o leão e a áspide; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente” (Sl 91.13). A figura do leão traz à tona a informação de que os inimigos a serem derrotados são mais fortes (Pv 30.30) e a imagem da áspide revela que eles são muito sagazes (Gn 3.1); após, seguindo a tradição da poesia hebraica, repete-se a ideia com “o filho do leão e a serpente” para se enfatizar a verdade. Ou seja, os inimigos estratégicos possuem mais força e detêm melhor planejamento de ataque, entretanto, “aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará” (Sl 91.1).
A cidade-estado, ou o reino de Jericó (dependendo do ângulo da observação político-administrativa), encaixava-se na descrição de inimigo estratégico de Israel, na conquista de Canaã, conforme atestado por dez espias enviados para inspecionar a terra 38 anos antes (Nm 13.28 – escavações arqueológicas mostram que ela possuía uma grande, forte e antiga muralha erigida há, aproximadamente, 800 anos) e que era protegida por homens impiedosos e ardilosos como serpentes. Afinal, o cálice da ira divina não seria derramado em uma população de justos, mas sobre um povo mau, corrompido espiritualmente, eticamente, moralmente socialmente, haja vista terem sido engodados secularmente por uma cosmovisão satânica, levando-os a práticas impiedosas em todos os sentidos.
Ademais, a cidade de Jericó estava encravada estrategicamente no meio da terra dos cananeus, conforme se observa em Dt 34.1, quando Moisés subiu ao monte Nebo, que estava na Transjordânia, defronte à Jericó, e por isso, ele teve uma visão ampla do território da Cisjordânia a ser conquistado. 
O servo de Deus deve alimentar e treinar seu espírito todos os dias, exercitando-se espiritualmente1, para, só assim, conseguir subjugar o seu inimigo estratégico. Essa é uma luta que vale a pena, pois quando o mal que intimida e enfraquece o servo de Senhor for derrotado, todas as outras conquistas se tornarão menos difíceis. 
Ele quer destruir
Jesus alertou que o inimigo estratégico do rebanho (o ladrão) vem somente para matar, roubar e destruir, todavia, entregando-se aos cuidados dEle, que é o Sumo Pastor, a ovelha terá vida em abundância (Jo 10.10). Esse desejo de destruição, de morte, é inerente ao adversário da obra de Deus (no homem) e, em consequência, o mal deve ser completamente aniquilado, como Samuel fez com Agague (1 Sm 15.32,33). 
O desejo do povo de Jericó, igualmente, era o de destruir Israel, pela análise do episódio dos dois espias. Ora, em Js 2.16,22, diz-se que os cananeus que procuravam os espias eram “perseguidores” (hb. radaph, que pode ser traduzido como aquele que busca ardentemente). Por outro lado, Raabe fez os espias descerem por uma corda e mandou-os ficarem três dias escondidos (a perseguição era exaustiva) e, por fim, está escrito que os canaanitas os buscavam “por todo o caminho” dando a entender que aquilo era uma questão urgente, de “vida ou morte”. Com certeza, o objetivo dessa busca não era para lhes oferecer um banquete de boas-vindas, a não ser que fossem servir comida envenenada! No cotidiano da vida, igualmente, há inimigos que querem “matar, roubar e destruir” os que vivem retamente, por isso, todo cuidado é pouco.
Ele só cairá com a ajuda de Deus
Josué precisava do auxílio do Céu para conquistar Jericó. Disso nenhum estudioso discorda. O rei Davi, no Salmo 91, depois de mencionar alguns adversários ferozes que planejam a morte daqueles que servem a Deus (tópico 1), passou didaticamente a explicar que aquele que confia no Senhor (Sl 91.2) somente os vencerá, se: 1) amar profundamente ao Senhor (Sl 91.14a); 2) conhecer (no sentido de ter intimidade) o nome de Deus (Sl 91.14b) e 3) invocá-Lo na hora da angústia (Sl 91.15). Noutro lugar, Davi reiterou que Deus é socorro bem presente na hora da angústia (Sl 46.1). Se Josué houvesse buscado outro tipo de socorro, refúgio, a derrota de Israel seria fragorosa. 
Para deixar bem clara essa verdade, de maneira pedagógica, Deus determinou, 40 anos antes, a fabricação de duas trombetas de prata – sofisticadas obras de arte (a prata era depurada no fogo, daí porque é símbolo da redenção, na Bíblia)– cujo toque serviria para conclamar o povo a fim de se reunir e também para dar o sinal de partida do acampamento, durante a caminhada no deserto. Entretanto, mais adiante, o Senhor disse que as trombetas também seriam tocadas quando os israelitas estivessem em dificuldades e nas festas religiosas (Nm 10.2, 9,10), fazendo emergir a ideia de que “em situação de perigo, soar as trombetas era, na verdade, uma oração para o socorro de Deus2, conduta que continuou após o fim da jornada pelo deserto. Assim, o toque das trombetas soava como um pedido de ajuda, na hora da angústia, e, com isso, movia-se o coração do Altíssimo em favor do povo, lembrando-se Ele da aliança abraâmica! Dessa forma, na hora da aflição, deve-se tocar a trombeta da oração, porque somente com a intervenção de Deus é que os inimigos serão destruídos. Provavelmente isso aconteça devido ao fato de que as pessoas que se levantam contra aquele que serve a Deus nunca agem estimuladas tão somente pela má índole, porém, sempre são instrumentalizadas pelo Diabo; por isso, o auxílio do Céu torna-se imprescindível.
II - A estratégia de Deus para a batalha de Jericó
Corte dos suprimentos do inimigo e manutenção do ânimo da tropa (6.1,2)
No milenar livro “A Arte da Guerra” aconselha-se que “tratando-se de tomar uma cidade, apressa-te em sitiá-lá, concentra nisso todas as tuas forças. Precipita-te” , mas essa não foi a orientação divina, pois Deus abriria um “flanco” de misericórdia para Jericó, ao determinar que a cidade, antes de atacada, fosse circundada por sete dias. Em Ap 4.3, da mesma forma, antes de serem abertos os selos (Ap 5), João viu o arco celeste ao redor do trono de Deus, o que representava a misericórdia do Senhor (Gn 9.13,16), que sempre é oferecida antes do juízo! Nesse mesmo sentido, importante transcrever o seguinte comentário:
A ordem dos eventos provavelmente não fazia sentido para os habitantes não arrependidos de Jericó. Diante deles passaram os homens de Deus armados, os sacerdotes com a arca do concerto e a retaguarda muda (8-10). Mui provavelmente esses acontecimentos confundiram os defensores de Jericó, mas os obedientes israelitas sabiam o que faziam e para quem o realizavam. Talvez eles não tivessem plena compreensão da razão pela qual esse padrão deveria ser seguido e não havia demonstração de que desejavam saber as razões. Mas eles estavam convencidos de que o jeito de Deus seria vitorioso. (...)
Os moradores de Jericó receberam um assento na primeira fila para ver a fidelidade demonstrada ao seu povo. Eles tinham conhecimento da travessia do mar Vermelho, das vitórias no deserto (2.10) e da abertura do rio Jordão. Esse Deus cumpridor de suas promessas estava diante deles para fazer uma avaliação. (...)
Dia após dia os habitantes de Jericó foram advertidos, foram chamados a considerar esse Deus vivo e foram testemunhas. A paciência e a longanimidade de Deus foram mostradas. O sétimo dia trouxe advertências ainda mais intensas. Finalmente chegou o dia do fim da graça da misericórdia. O julgamento assumiu o lugar da graça e da misericórdia. O salário do pecado caiu sobre os idólatras (20).4 
Na esteira do comentário anterior, viu-se o amor de Deus no estratégico desfile militar. Mesmo caindo sobre os homens de Jericó um grande pavor, pela presença circundante de Israel, isso não foi suficiente para quebrantar-lhes os corações, os quais se fecharam “em si” completamente. Ninguém saía nem entrava (Js 6.1). O que era uma porta de escape, tornou-se na ruína, pois isso enfraqueceu ainda mais a Jericó – os suprimentos escassearam. Como não haveria rendição, cortar a fonte de alimentação dos inimigos era a primeira medida. 
Dessa maneira, o Senhor estava, também, como mencionado na citação anterior, estimulando a fé dos guerreiros. Sun Tzu interpretou perfeitamente essa dupla função das manobras de guerra, ao vaticinar:
Durante a noite, o clamor dos tambores servirá para espalhar o pânico entre teus inimigos e recobrar o ânimo de teus soldados. Durante o dia, o tremular das bandeiras, a multiplicidade de suas evoluções, a diversidade de suas cores e a estranheza do conjunto, ao mesmo tempo que informam teus homens, mantendo-os de prontidão, ocupando-os e distraindo-os, semeiam a dúvida e a perplexidade no seio do inimigo.5 
Assim, ao Israel desfilar ao redor da Cidade de Jericó, os dois benefícios mencionados estavam sendo potencializados. Deus tinha dito antes ao cerco: “Olha, tenho dado na tua mão a Jericó, ao seu rei e aos seus homens valorosos” (Js 6.2).  Interessante que, ao repetir essa previsão de vitória, o Senhor usou a palavra hebraica ra'ah, que é traduzida nas versões ARC e ARA como olha, mas que poderia ter sido utilizada, em substituição, uma das seguintes expressões: observe, examine, inspecione, perceba, considere, discirna... O Altíssimo estava pedindo a Josué que atentasse para todo o cenário em sua volta, percebesse o enredo dos acontecimentos e considerasse o grande amor demonstrado, bem como Seu cuidado especial por Israel.
Assim, nos sete dias de manobras militares, o Senhor, à proporção que cortava suprimentos físicos e emocionais dos inimigos, fortalecia o coração dos hebreus, de maneira que pudessem, no momento certo, agir varonilmente!
Homens armados à frente dos sacerdotes
Na vida do servo de Deus, quase sempre, não se deve tentar compreender as coisas que acontecem, somente nos incumbe as aceitar. É assim que se caminha, sem transtornos, com Deus. Observe-se na estratégia aparentemente ilógica daquela batalha: Os homens armados sairiam marchando à frente, após seguiriam sete sacerdotes com buzinas, feitas de chifre carneiro, e, logo em seguida, a arca da aliança, conduzida não pelos coatitas (o que era a regra), mas por sacerdotes; por fim, a retaguarda. Nos seis primeiros dias, rodearam a cidade uma vez por dia e, no sétimo dia, contornaram-na sete vezes, aumentando a pressão em cima de todos. No sítio arqueológico de Jericó, escavado no século passado, o centro urbano apresenta uma circunferência de 2,3 Km, o qual poderia ser circundado, com facilidade, entre 15 e 20 minutos. Sendo assim, no último dia, o desfile durou, no máximo, 2h20min.
Portanto, o povo de Deus não se cansou, mas foi estimulado, aquecendo-se, à peleja. Esse, geralmente, é o modus operandi utilizado pelo Senhor nas lutas diárias do viver cristão.
À espera de um milagre
Como vencer um obstáculo construído há quase mil anos, como eram as muralhas de Jericó? Um grande milagre precisaria acontecer! Ora, Josué estabeleceu toda a estratégia bélica da semana, no que foi perfeitamente atendido e, naquele momento, Deus entraria em ação. O que aconteceria? O Senhor estava ensinando ao povo paciência (Sl 27.14; 37.7; 40.1) e confiança (Sl 27.1,2; Sl 37.5). Deus quis ver até quando onde os hebreus permaneceriam fiéis e atentos ao comando que vinha do Céu, pela voz de Josué. Eles experimentariam um alto nível de bênçãos se pudessem demostrar um alto grau de fidelidade, característica não presente na geração anterior, que morreu no deserto. 
Na vida do cristão, igualmente, há instante nos quais, ou Deus age ou nada de bom haverá, como aconteceu com Pedro (At 12.6,7), Paulo (At 28.3-5), com os apóstolos (2Co 1.8-10) etc.
III - Deus se mostra forte aos que confiam nEle
Um momento de fé e irracionalidade
Os pensamentos do Eterno são muito mais altos que os dos homens (Is 55.9), por isso não se pode esperar que, sempre, os comandos divinos se adequem à racionalidade humana. No caso dessa guerra, Josué tinha dito: — Não gritem, até que eu diga: gritai! No sétimo dia, depois de rodearem a cidade sete vezes, chegou o momento. Ele disse: — Gritai... Eis o que aconteceu: “Gritou, pois, o povo, tocando os sacerdotes as buzinas; e sucedeu que, ouvindo o povo o sonido da buzina, gritou o povo com grande grita” (Js 6.20). O povo obedeceu ao comando do líder, sem querer nenhuma explicação, por entender que aquela era a orientação do Senhor. 
Caem os muros
Jericó era uma cidade humanamente invencível. Suas intransponíveis muralhas, construídas estrategicamente em um lugar fortificado, forneciam proteção a todos aqueles que estavam por elas guarnecidos. O receio de serem conquistados pelos israelitas, fez-lhes desmaiar o coração, haja vista que nunca imaginaram passar por tal coisa. Na verdade, observando a estratégia militar traçada dada por Deus, percebe-se claramente que, sem a existência do componente divino na invasão, Israel jamais teria logrado êxito em sua missão. 
Assim, no último dia, quando os sacerdotes tocaram as buzinas longamente e, depois da ordem de Josué, o povo gritou. Como resultado “o muro caiu abaixo, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e tomaram a cidade” (Js 6.20).
Estudos arqueológicos demonstram que as muralhas da cidade de Jericó eram impressionantemente largas e altas. As armas de guerra existentes no final da Idade do Bronze eram insuficientes para destruí-las, notadamente se houvesse um exército forte, como o era o de Jericó, para combater pela cidade e acredita-se que somente um evento sísmico (como um grande terremoto) causou a ruína de tão grandiosa obra da engenharia humana. Talvez nunca se descubra quais foram os mecanismos que Deus usou para destruir os muros de Jericó, mas que interessa? O fato primordial é que eles ruíram e o Senhor deu vitória ao seu povo. 
Jericó é destruída, mas Raabe é salva
Atravessar o rio Jordão sem água, rodear Jericó por sete dias e tocar as buzinas, como Deus determinou, eram coisas fáceis de fazer. Entretanto, nesse instante, o Senhor ordenou a total destruição de todos os habitantes de Jericó, inclusive velhos e criancinhas, e os hebreus cumpriram isso fielmente. A hora do juízo divino tinha chegado àquela cidade cheia de pecados e devassidão, a qual deveria ser riscada do mapa (como o foram Sodoma, Gomorra, Pompéia) juntamente com suas culturas demoníacas. Deus mandou matar pessoas para executar a justiça e cumprir sua promessa aos descendentes de Abraão.
No meio daquele antro de devassidão, porém, havia uma prostituta, cheia de pecados, que se converteu ao Deus Todo-Poderoso, Raabe. Ela foi salva, juntamente com sua família, porque acolheu os espias e, após, colocou um fio de escarlate em sua janela. Cumpriu-se nela uma verdade que seria proferida por Paulo séculos após: “Crê no Senhor Jesus, e serás salvo tu e tua casa” (At 16.31). Raabe foi perdoada e entrou na genealogia de Jesus, sendo referida no Novo Testamento como uma mulher de grande fé. 
“A captura de Jericó deu aos israelitas a oportunidade de entrar na parte central de Canaã. O outro lugar estrategicamente importante era Ai, que dominava a entrada para o vale que levava à Canaã ocidental”6, e Israel deveria conquistá-la também para encerrar a primeira campanha militar e, após, empreender a segunda rumo às cidades-estados (reinos) localizadas no sul de Canaã, no afã de enfrentar a coligação dos amorreus. Por fim, a terceira, com guerras a serem travadas contra a confederação do norte.
Conclusão
Josué, após o encontro com Deus, entendeu que era apenas servo do General, submetendo sua experiência militar à vontade de Deus – toda sua estratégia (gr. stratēgía–“que concerne ao general”) seria orientada por Ele. Assim, conduzido pelo Senhor, Israel primeiro tomou Jericó, o inimigo estratégico, e depois seria a vez de Ai, garantindo, com isso, livre acesso para a cadeia de montanhas central e colocando uma cunha entre as regiões norte e sul de Canaã. 
Na vida dos cristãos atuais, igualmente, em algum momento da trajetória haverá inimigos estratégicos a serem destruídos, seja a influência de uma pessoa má, um pecado contumaz, uma situação perigosa etc.; é preciso, por isso, ter muito cuidado para não se sucumbir nesses tempos de guerra.

1 DANIEL, Silas. Como Vencer a Frustração Espiritual. 1ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 146.
2 RICHARDS, Laurence O.. Guia do Leitor da Bíblia. 5ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 98.
3 TZU, Sun. A Arte da Guerra. tradução de Sueli Barros Cassal. Porto Alegre: L&PM, 2006, p. 16.
4 LIVINGSTON, George Herbert; COX, Leo G.; KINLAW, Dennis F.; BOIS, Lauriston J. Du; FORD, Jack; DEASLEY, A.R.G..Comentário Bíblico Beacon. 1ª ed., vol. 1, Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 364.
5 TZU, Sun. A Arte da Guerra. tradução de Sueli Barros Cassal. Porto Alegre: L&PM, 2006, p. 40.
6 MEARS, Henrietta C..Estudo Panorâmico da Bíblia. São Paulo: Vida, 1982, p. 80.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Lição 07 - 2º Trimestre 2020 - Cristo é a nossa reconciliação com Deus - Adultos.

Subsídios Lições Bíblicas - Adultos

Lição 7 - Cristo é a nossa reconciliação com Deus 

2º Trimestre de 2020
A Palavra de Deus diz que somos embaixadores da parte de Cristo para exercer o ministério da reconciliação. Como embaixadores de Cristo a nossa missão é proclamar que, em Cristo, Deus reconciliou-se com o mundo. Nessa perspectiva, a presente lição quer conscientizar o aluno de que por meio do sacrifício vicário, Cristo Jesus desfez a inimizade entre judeus e gentios, e, entre dois povos, criou um: a Igreja. Para desdobrar essa ideia geral que permeia a lição, você deve pontuar sobre a inimizade que existia entre Deus e os homens; explicar que pela paz, Cristo fez um “Novo Homem”; e evidenciar que pela cruz fomos reconciliados com Deus. A lição desta semana traz uma reflexão sobre a reconciliação entre Deus e os homens por intermédio de Cristo Jesus, o Nosso Senhor.
Resumo da lição
A cruz foi o lugar em que Cristo desfez a inimizade entre Deus e os homens. Todo o argumento da lição caminha para essa maravilhosa verdade. Ali, Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo (2 Co 5.19). Por isso, o primeiro tópico pontua que Cristo desfez a inimizade entre os homens, mostrando que a obra expiatória da cruz de Cristo retirou a barreira que existia entre os povos e aboliu as ordenanças que eram agentes da inimizade entre judeus e gentios.
O segundo tópico explica que pela paz, Cristo fez um “Novo Homem”, deixando claro que a paz conquistada por Cristo possibilitou a comunhão com Deus e a união entre os povos. Essa nova humanidade tem paz com Deus e uns com os outros. Nesse sentido a mensagem dos cristãos deve ser uma proclamação de boas novas de paz, conforme Atos 10.36: “A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos)”.
O terceiro tópico evidencia que pela cruz fomos reconciliados com Deus, uma verdade que traduz o ministério da reconciliação entre dois povos ao restaurar a comunhão e estabelecer a Igreja, a nova família de Deus. Logo, a reconciliação entre os homens passava primeiramente pela reconciliação com Deus por meio de Cristo.
Aplicação
Use a ideia presente no subsídio didático-pedagógico ao concluir a lição, mostrando que a união entre judeus e gentios por meio da obra de Cristo é uma imagem poderosa para que a nossa comunhão entre irmãos seja uma realidade experimentada em Deus no relacionamento com o próximo.
Subsídio extraído da Revista Ensinador Cristão - Ano 21 nº81 (Jan/Fev/Mar) 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Lição 06 - 2º Trimestre 2020 - Um Lugar onde Deus fala - Juniores.

Lição 6 - Um Lugar onde Deus fala 

2º Trimestre de 2020
Texto bíblico – Hebreus 1.1,2.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão a discernir a voz de Deus. Você, professor, consegue reconhecer a voz do Senhor quando Ele fala com você? Seus alunos estão em uma fase de muita curiosidade e querem saber com maiores detalhes de que forma ocorreram as manifestações de Deus nos tempos bíblicos. Saber que Deus, o soberano Criador, se revela ao ser humano falho e repleto de limitações é algo glorioso.
Para tratar deste assunto é importante que no momento da preparação da aula você faça as seguintes perguntas a si mesmo: você reconhece a voz de Deus quando Ele está falando? Consegue entender a vontade de Deus quando Ele se revela a você? Sabe identificar quais são os meios que Deus utiliza para conversar com os seus servos? Enfim, são perguntas importantes que seus alunos carecem de obter respostas.
Tendo em vista que estamos vivendo um tempo complexo em que todos querem ter o privilégio de serem “portadores da voz de Deus”, é indispensável que seus alunos saibam que o melhor lugar para se ouvir a voz de Deus é a igreja. Não existe espaço melhor para aprendermos a identificar se realmente é Deus quem está falando. E a Escola Dominical, de forma específica, nos ajuda a compreender com maiores detalhes de que modo ocorre este evento.
O fato é que Deus deseja se comunicar com o seu povo e o mais importante meio que Ele utiliza para isso é a sua própria Palavra. O comentarista da Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1060) discorre:
(2) Além da fala direta, Deus ainda falou através dos profetas. Quando eles se dirigiam ao povo de Deus, assim introduziam as suas declarações: “Assim diz o Senhor”, ou “Veio a mim a palavra do Senhor”. Quando, portanto, os israelitas ouviam as palavras do profeta, ouviam, na verdade, a palavra de Deus. (3) A mesma coisa pode ser dita a respeito do que os apóstolos falaram no Novo Testamento. Embora não introduzissem suas palavras com a expressão “assim diz o Senhor”, o que falavam e proclamavam era, verdadeiramente, a palavra de Deus. [...] (4) Além disso, tudo quanto Jesus falava era a palavra de Deus, pois Ele, antes de tudo, é Deus (Jo 1.1,18; 10.30; 1 Jo 5.20). Lucas, escritor do terceiro evangelho, declara explicitamente que, quando as pessoas ouviam a Jesus, ouviam na verdade a palavra de Deus (Lc 5.1).
Observe que a palavra de Deus assume papel indispensável quando o assunto é identificar a voz de Deus. Isso não significa que devemos desprezar aqueles que têm o dom divino e são usados para transmitir uma mensagem específica. Todavia, estas não devem ser aplicadas como base para nossas decisões e não devem assumir o mesmo nível de autoridade que pertence apenas à Palavra de Deus. Esta sim deve ter a primazia em nossas vidas quando o objetivo é descobrir a vontade de Deus.
Para reforçar o ensinamento da aula de hoje, sugerimos a seguinte atividade: escolha textos da Bíblia que relatam a fala de vários personagens nela encontrados e escreva em cartões. Você pode utilizar papel cartão ou recortar cartolinas para confeccionar os cartões. Traga os cartões para a sala de aula e distribua para os alunos. Tenha uma lista à parte com as frases e os nomes de cada personagem bíblico. Peça que cada aluno, por vez, leia a frase para a turma e pergunte se eles conseguem identificar a quem se refere a frase em destaque. 

Lição 06 - 2º Trimestre 2020 - O Dom de operar maravilhas - Pré Adolescentes.

Lição 6 - O Dom de operar maravilhas 

2º Trimestre de 2020
A lição de hoje encontra-se em: 1 Coríntios 12.10; Atos 20.9-12. 
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos estão convidados a conhecer mais um dom que Deus concedeu ao seu povo para edificação. O dom de Operar Maravilhas é uma manifestação que deixa claro que as grandes realizações do poder de Deus não estão restritas ao passado, mas se estendem também ao presente e ao futuro da igreja.
Os milagres sempre fizeram parte da história do povo de Deus, principalmente quando falamos da igreja de Cristo. Desde os tempos da igreja primitiva os milagres acompanhavam a mensagem da Palavra de Deus. Em alguns episódios os milagres eram evidências de que o poder de Deus verdadeiramente havia se manifestado em favor do seu povo. Outras vezes era uma prova para os incrédulos de que o poder de Deus está acima das forças das trevas. Mas o que importa para nós é saber que este é mais um dom que Deus deliberou para edificação da sua igreja.
O Comentário Bíblico Pentecostal (2003, p. 1013) classifica este dom da seguinte maneira:
[...] Paulo considera que as intervenções divinas são algo separado das curas já que “milagre” (dynamis) é, em geral, um termo abrangente usado para obras maravilhosas de todos os tipos. A expulsão de demônios em particular poderia ser uma função deste dom (veja At 16.18; 19.12) e estava entre as “maravilhas extraordinárias” que Deus realizou através de Paulo (19.11). Bittlinger (41) sugere que isto podia incluir a ressurreição dos mortos (At 9.36-42; 20.7-20) e os milagres da natureza (28.3,4). Incluiria também eventos como o julgamento da cegueira de Elimas, o mágico (o inverso da cura!) (13.9-11). Os primeiros discípulos oravam para que o Senhor realizasse curas, como também “sinais e prodígios” (4.29,30). O livro de Atos é um amplo testemunho de que a sua oração era respondida.
Um aspecto importante que seus alunos precisam saber é que Deus deseja conceder-lhes dons. Mas esses dons não são para o engrandecimento pessoal, e sim para revelar a magnificência do poder divino. Esses dons são alcançados à medida que os crentes se disponibilizam para o serviço na “seara do Senhor” e exercitam a fé, uma ferramenta indispensável para a realização de grandes feitos. A Palavra de Deus afirma que sem fé é impossível agradar ao Senhor (cf. Hb 11.6). Este dom não opera de forma independente, e sim em concomitância com o dom da fé. A operação de maravilhas inclui a realização de feitos inexplicáveis pela lógica humana.
Considerando as afirmativas da lição desta semana, compartilhe com seus alunos sobre a importância deste dom para a igreja dos dias atuais. Converse com eles sobre as manifestações que tem ocorrido na igreja e que muitos estão associando a Deus. Ajude seus alunos a identificarem quais são os critérios bíblicos para identificarmos quando um milagre procede de Deus. Reforce aos alunos que o objetivo dos dons que Deus concedeu à sua igreja é a glorificação do nome do Senhor e não para o engrandecimento do homem. Dedique alguns minutos ao final da aula para conversarem sobre o assunto.

terça-feira, 5 de maio de 2020

Lição 06 - 2º Trimestre 2020 - Davi orou pedindo perdão - Berçário.

Lição 06 - Davi orou pedindo perdão 

2º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Despertar a necessidade de pedir perdão ao nosso Deus.
É hora do versículo: “Nele temos [...] o perdão [...]” (Efésios 1.7).
Nesta lição, as crianças continuarão aprendendo que, através da oração, podemos pedir perdão ao Papai do Céu pelas coisas erradas que fizemos. Davi foi um grande guerreiro e rei, pecou, arrependeu-se, pediu perdão e foi perdoado.
Quando fazemos algo de errado com o Papai do Céu, com o papai, a mamãe ou com um amiguinho, devemos pedir desculpas pelo nosso erro e nunca mais fazer aquilo novamente.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem o pequeno guerreiro Davi.
licao6 bercario davi
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário