sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Lição 06 - 4º Trimestre 2020 - Natã: Falando o que Deus Mandou Você Falar - Jovens

 

Lição 6 - Natã: Falando o que Deus Mandou Você Falar 

4 Trimestre de 2020– 08/11/2020

INTRODUÇÃO 

Um dos maiores desafios a quem serve ao Senhor é estar em sintonia com Ele. Mais que isso, somos desafiados a falar em nome de Deus, e isso é um privilégio que traz consigo alta carga de responsabilidade, pois quanto maior o nível de glória revelado, maior a exigência divina. Ser um porta-voz do Eterno exige de nós uma intimidade com Deus, além de atitudes que estejam de acordo com os padrões divinos. Não raro, é preciso discernir quando o Senhor está ou não está falando e não confundir nossa vontade com a de Deus, ainda que esteja aparentemente em sintonia com Ele.  Tal distinção é necessária, pois nossos pensamentos nem sempre são movidos pelos mesmos pensamentos do Eterno. Ele mesmo disse: Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos. (Is 55.7-9) Neste capítulo, veremos o exemplo de Natã, o profeta que precisou voltar atrás numa coisa que disse, e, com a história dele, aprender que o Senhor pode usar-nos para falarmos com as pessoas, mas que só podemos falar em nome de Deus o que Ele realmente disse.

I – QUEM FOI NATà

Natã é apresentado nas Escrituras, em 2 Samuel, como um homem de Deus e profeta, sendo também usado pelo Senhor e apontado como escritor que registrou as crônicas sobre a vida e os feitos de Davi: “Os atos, pois, do rei Davi, assim os primeiros como os últimos, eis que estão escritos nas crônicas de Samuel, o vidente, e nas crônicas do profeta Natã, e nas crônicas de Gade, o vidente” (1 Cr 29.29). Ele também é apresentado como uma das pessoas que auxiliou na instalação e organização do culto na Casa do Senhor, por orientação do próprio Deus, ajudando na disposição dos grupos de levitas que tocariam alaúdes e harpas. Natã desenvolveu um talento que ajudou Davi e Salomão na preparação do culto: inserir e organizar os cantos levitas que iriam tocar na Casa do Senhor. Esse ato foi importante duplamente, pois, atém de os levitas precisarem ser divididos conforme os instrumentos que tocariam nas celebrações ao Eterno, essa ordem de dividi-los tinha partido do próprio Deus. A iniciativa da obediência era de Davi, mas foi o Senhor quem ordenou que a música tivesse espaço no seu culto (2 Cr 29.25). Note que até mesmo os levitas que tocariam instrumentos tinham de ser organizados, pois a adoração ao Eterno precisa ser ordeira. Havia muitos músicos, e cada grupo louvaria no seu devido tempo. Desde o Antigo Testamento, há uma preocupação para que a adoração a Deus tenha beleza e expresse a grandeza dEle. Cânticos novos deveriam ser trazidos, e louvores mostrando os grandes feitos de Deus deveriam ensinados por meio de músicas (Sl 96.1-9). 

Davi, o rei que amava a música, compôs salmos que são entoados até hoje por cristãos de todo o mundo. O seu amor pelo culto a Deus e pelo ambiente onde Ele estava pode ser visto no Salmo 122.1:  “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor!” Ele amava tanto a Deus que fez questão de trazer a Arca de Deus para Jerusalém, fazendo desse momento uma festa para todos os que estavam presentes.  Ainda sobre a música na tradição religiosa dos hebreus.

A ligação com Davi e a monarquia não foi um impeditivo para que Natã exercesse o seu papel de profeta. Diferentemente do rei Saul, Davi buscava ao Senhor, e este respondia ao seu servo por diversos meios, inclusive usando pessoas como Natã. Natã era ligado à monarquia, à pessoa de Davi, e, estando nesse círculo social, foi lá usado pelo Senhor para falar com o rei. Não nos é dito como ele conheceu a Davi, mas é-nos informado que Davi respeitava bastante as palavras de Natã a ponto de ser confrontado pelo profeta sobre um pecado e, em seguida, pedir perdão a Deus. O Senhor tem servos seus em todas as esferas da sociedade, e aqueles que estão em posição de influência por bondade de Deus devem manter o temor a Ele e depender exclusivamente dEle em tudo. Pensemos numa pessoa como Daniel. Na Palavra de Deus, ele é descrito como um profeta, e ele era de fato. A revelação que o Senhor trouxe por intermédio do seu servo mostra muito o que vai acontecer nos últimos dias. Daniel, no entanto, exerceu o seu ministério profético sendo ele um profissional em terra estrangeira. O seu ambiente de trabalho era palaciano. Ele circulava nas altas esferas da sociedade no seu tempo. Nessa posição, ele foi a voz de Deus para advertir reis e ser um gestor de excelência. O livro de Daniel mostra-nos o quanto Deus importa-se com todas as pessoas independentemente da sua posição social. 

Os profetas eram homens e mulheres usados pelo Senhor para trazerem a sua Palavra de forma impactante. As suas palavras vinham diretamente do próprio Deus, não consistindo do fruto de um estudo dos textos, da sua organização em forma de sermão, da retórica para a comunicação e da prática da homilética. Eles foram usados por Deus a partir das revelações que recebiam, e essas revelações estavam relacionadas a eventos futuros, ou mesmo a situações correntes dos seus dias, como, por exemplo, a injustiça social, pecados individuais ou nacionais. Nem todos os profetas de Deus tiveram os seus nomes registrados nas Escrituras. Isso, porém, não invalida a importância que tiveram na história de Israel. 

II – CONFRONTANDO O REI DAVI 

Quando estava reinando em Jerusalém, Davi deixa de ir à guerra e, ao passear pelo palácio, vê uma mulher tomando banho. Ele, então, procura saber quem ela é e manda chamá-la. Mesmo ciente de que ela é casada com um dos seus mais leais guerreiros, Davi deita-se com ela. Como se fosse pouco quebrar uma aliança entre um casal, Davi engravida Bate-Seba e tenta encobrir o seu pecado trazendo o marido dela para casa. Como Urias veio, mas não tocou na sua esposa, Davi preparou tudo para que ele fosse morto. Além de adúltero, Davi tornara-se um assassino. Ele já havia matado homens em batalhas, mas o que fez contra Urias não se enquadrou em uma morte por legítima defesa na guerra. Ele planejou a morte de um dos seus melhores soldados e deixou-o para ser morto covardemente pelo inimigo. Isso foi tão grave que o próprio Deus disse: Por que, pois, desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o mal diante de seus olhos? A Urias, o heteu, feriste à espada, e a sua mulher tomaste por tua mulher; e a ele mataste com a espada dos filhos de Amom. Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e mataste a mulher de Urias, o heteu, para que te seja por mulher.

Mesmo sendo um homem segundo o coração de Deus, Davi deixou-se levar. O rei pagou um alto preço dentro da sua própria casa por conta dos seus desejos. O Senhor acentua o pecado de Davi quando diz que os filhos de Amom mataram Urias. Um soldado que vai à guerra sabe que pode ou não voltar para casa, mas, no caso de Urias, a ordem para a sua morte partiu de Davi a fim de que os seus inimigos matassem o soldado e ele entrasse na estatística de mortos de guerra. Deus, no entanto, não pensava como Davi. 

Apesar do pecado de Davi, o Senhor quis restaurá-lo, só que tal feito não seria possível se Davi não fosse confrontado com o seu próprio erro, e Deus iria usar Natã para essa missão.  Para chegar ao coração do homem segundo o coração de Deus, Natã busca um método bastante didático — contar uma história. Histórias costumam prender a atenção de quem as ouve, e esse mecanismo captou a atenção do rei. O profeta não se aproveitou dos seus dons para humilhar o rei. As acusações contra Davi eram graves, e o julgamento divino já havia sido decretado contra ele. O seu pecado — matar um dos seus mais fiéis guerreiros e apropriar-se da viúva grávida — não passaria sem consequências, mas o Senhor estava pronto para tratar com Davi. Natã contou a história de um homem rico que tinha várias ovelhas e que era vizinho de um homem simples, dono de uma única ovelhinha. No dia em que recebeu uma visita, o homem rico sacrificou a ovelha única do homem pobre e usou a sua carne para dar à visita. Essa história deixou Davi bastante irritado. Ele havia sido pastor de ovelhas quando adolescente e, impressionado pela história, disse que aquele homem rico deveria ser morto pelo que fizera — isso sem saber que as suas palavras eram o veredito do pecado que ele mesmo cometera. 3. Um Rei que se Arrependeu Natã, usado por Deus, respondeu ao rei Davi que o homem rico daquela história era o próprio rei, apresentando, assim, o pecado de Davi, que tomou a esposa de outro homem como se fosse sua. A estratégia atinge o seu objetivo. Convencido do seu erro, Davi demonstra arrependimento, pois sabia que o seu pecado era digno de morte. Ele, então, externa a sua preocupação, que era perder a presença de Deus na sua vida: “Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo” (Sl 51.11). Ele sabia que a comunhão que tinha com o Senhor era mais importante do que ocultar um pecado; assim sendo, sujeitou-se à disciplina imposta. O preço que pagou no futuro e dentro da sua própria casa foi alto, porém Davi contou com a misericórdia de Deus. Neste episódio de Natã para com o rei Davi, fica demonstrado que dons e talentos são bênçãos do Senhor, mas usá-los com sabedoria faz com que o projeto de Deus seja estabelecido no tocante à comunicação conosco. Davi arrependeu-se do seu pecado e voltou-se para Deus. 

III – FALANDO O QUE DEUS MANDOU

Um segundo momento importante na história de Natã e Davi refere-se a quando este já era rei. O seu amor pelo Deus de Israel e pela celebração do culto impulsionaram-no a trazer a Arca de Deus para Jerusalém em uma celebração pública em que ele chegou a oferecer sacrifícios e abençoou o povo. Para Davi, foi um momento de alegria; já para Mical, a sua esposa, foi um momento de vergonha (ver 2 Sm 6.20-23). Pelo teor do texto, Davi ficou tão empolgado com a possibilidade de a Arca da Aliança estar em Jerusalém que acabou não prestando atenção nos seus próprios modos, e, de alguma forma, partes do seu corpo apareceram, causando repulsa em Mical, filha de Saul. Lamentavelmente, Mical não pôde ter filhos de Davi. É curioso como a informação da esterilidade de Mical é apresentada justamente após a sua discussão com Davi. Após esse cenário, inicia-se o ponto alto da narrativa. 1. Um Desejo Lícito A Palavra de Deus mostra-nos que, antes de morrer, Davi teve o desejo de construir um santuário para o Eterno. Sendo ele o segundo rei da monarquia, desejava deixar um legado não apenas para ser lembrado, mas igualmente para refletir a sua fé e a sua devoção ao Senhor: “Sucedeu, pois, que, morando Davi já em sua casa, disse Davi ao profeta Natã: Eis que moro em casa de cedros, mas a arca do concerto do Senhor está debaixo de cortinas” (1 Cr 17.1). Davi desejou deixar um legado à posteridade em homenagem ao Deus de Israel. O Eterno merecia um lugar de adoração para congregar o seu povo. Davi não se esqueceu do que o Senhor fez por ele. Houve outras pessoas que conseguiram destaque e foram prósperas em Israel. Alguns deles, como Davi, conseguiram a sua “casa de cedros”, mas diferentemente de Davi, esqueceram-se dos sagrados momentos de consagração e do concerto secreto com o Senhor. Como o Senhor Jesus nos diz, na parábola do semeador, algumas sementes caem em um solo em que são sufocadas pelos cuidados deste mundo e pela sedução das riquezas, e tornam-se infrutíferas. Oh, a tristeza de uma vida cujas grandes determinações de dedicação e concerto com Deus foram negligenciadas! Esse não era o caso de Davi, pois ele estava pronto para agir de acordo com a sua santa decisão, essa grande determinação de que ele deveria responder às bênçãos de Deus com os seus máximos esforços. A princípio, ele recebeu uma resposta favorável de Natã (2 Sm 7.3). Mas rapidamente ficou muito evidente que a resposta de Deus era “Não!” A linguagem desse capítulo parece um pouco incerta, está bastante clara no relato apresentado em 1 Crônicas 17.4 [...] naquela mesma noite Deus veio a Natã e disse: “Vai e dize a Davi, meu servo: Assim diz o Senhor: Tu me não edificarás uma casa para morar.”

Ao ouvir o desejo de Davi de construir o Templo para o Senhor, Natã, sem consultar ao Eterno, fala como se Ele estivesse com Davi naquela empreitada. O objetivo de construir uma casa onde o culto a Deus pudesse ser uma referência era louvável, e, com certeza, não era necessário consultar a Deus para a aprovação daquele projeto (1 Cr 17.2). Sem perguntar a Deus, Natã chancela o plano de Davi. Não é possível crer que Natã tenha falado aquilo de má-fé, mas o fato de não ter consultado ao Senhor custou ao profeta um constrangimento (1 Cr 17.3,4). Na primeira vez em que Natã foi enviado a falar com Davi, foi por causa do pecado deste. Dessa vez, entretanto, foi por causa da precipitação do profeta (ver 1 Cr 17.7,8). O Senhor dá a Natã a estratégia para falar com o rei. Ele começa dizendo que Davi foi tirado de onde ninguém poderia vê-lo, ou seja, do curral de ovelhas. Deus deu a Davi unção, vitórias, o reino, entre tantas coisas. A presença de Deus na vida de Davi era notória. Mas havia um “porém”: Davi tinha as mãos manchadas com sangue das campanhas de guerra que participou (ver 1 Cr 22.8) O santuário para o Altíssimo, que ficaria em Israel, seria construído sim, mas pelas mãos de outra pessoa, Salomão. O projeto de Davi seria executado pelo seu filho Salomão. Mas, para isso, era necessário Davi saber da vontade de Deus, e não da opinião do profeta. 2 REDPATH, Alan. Formando o Homem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 175. 

Aqui reside a lição: Nunca se utilize de um dom sem que o Senhor chancele o que você vai dizer, muito menos o use em nome de Deus. Davi havia recebido vitórias da parte de Deus, unificou o reino e queria dar um destaque ao culto ao Senhor. Isso, por si só, não era errado, mas nem todos os pensamentos que temos em relação ao culto ou à obra de Deus é necessariamente o que o Senhor deseja que façamos; nem todo projeto que, aos nossos olhos, é de Deus ou para a sua glória é realmente da parte de Deus para nós.  3. Aprendamos a Distinguir nossa Opinião da Opinião de Deus Resguardar nossa opinião e distingui-la da orientação de Deus deve ser uma atitude corrente em nossos dias. Na verdade, é honroso manifestar essa distinção. No Novo Testamento, o apóstolo Paulo fez isso na primeira carta canônica que enviou aos Coríntios. Houve perguntas sobre a situação de casais em que um dos cônjuges havia aceitado a Jesus, ao passo que o outro, não. 1 Coríntios 7.12 mostra que, no tocante à questão da possibilidade de um homem crente viver com uma mulher não crente, e ela não desejar separar-se dele, o parecer do apóstolo era que o casal não buscasse o divórcio. Paulo fez a distinção entre o que era a sua opinião pessoal e o que era a orientação de Deus com as palavras “digo eu, não o Senhor”. E por qual motivo Paulo, com toda orientação e revelação de Deus recebidas, deixou claro que quem estava dando o parecer naquele momento era ele, e não Deus? Simplesmente porque o Senhor não disse nada ao apóstolo sobre aquele assunto. Da mesma forma como aconteceu com o profeta Eliseu, quando a sunamita perdeu o seu filho e foi procurar o profeta. O Senhor não disse ao seu servo o que havia ocorrido na casa da sunamita e, por isso, o profeta teve de ir à casa dela. Lá chegando, o servo de Deus ressuscitou o menino morto, e o Senhor foi glorificado naquele lar. Deus nem sempre manifesta a sua vontade ou revela aquilo que desejamos saber, e, nesses momentos, é preciso ter cautela para falar e agir. Natã precisou voltar atrás no que disse a Davi. Isso pode parecer vergonhoso para algumas pessoas, pois voltar atrás no que dizemos pode significar que erramos ao falar. Talvez essa atitude nos cause constrangimento. Por isso, é necessário pensarmos bastante antes de falar. É melhor saber retroceder em atos ou palavras a fim de manifestar a humildade necessária para continuar sendo usado pelo Senhor. Manter uma palavra que não nos foi dada por Deus incorre sérios problemas não só em nossa vida, como também na das pessoas que nos cercam. Algumas vezes o sonho vem de Deus; outras vezes não. Ambos são nobres. Ambos são grandes decisões. Ambos são ideais. Mas, quando não são de Deus, não irão realizar-se... nem devem. E no geral é difícil determinar sua origem, muito difícil mesmo. De fato, você terá amigos como Natã que lhe dirão: — Vá, faça tudo que decidiu, porque o Senhor está com você — só para ver Deus mostrar-lhe mais tarde que esse não é o plano dele. É interessante notar que foi exatamente isso que aconteceu com Davi.3 4. Aprendendo a Ouvir um Não de Deus Imagine se Davi tivesse construído o Templo? Teria gastado tempo e recursos e não teria agradado a Deus nos seus projetos. Deus poupou o rei de dispender recursos que seriam posteriormente aproveitados por Salomão, o seu filho. O Senhor louvou a atitude de Davi, porém deixou claro que Salomão iria construir o Templo. Sobre esse assunto, Charles Swindoll diz: Que resposta dura para levar ao rei. Mais cedo, naquele mesmo dia, Natã dissera a Davi: “O Senhor está com você, Davi. Va em frente e realize seus planos”. Agora, poucas horas depois, Natã ouve o Senhor dizendo: “Nada disso. Nada disso!” Como pode ver, Natã não ouvira a voz certa da primeira vez. Não fazia parte do plano de Deus que Davi construísse um templo. Era uma ótima ideia, um grande plano no coração de Davi... mas não era o plano de Deus. E isso e difícil de suportar. Com a recusa desse pedido, no entanto, Deus oferece afirmação a Davi: Davi, você e um homem de guerra, o seu coração está nos campos de batalha. Você e um soldado e um guerreiro, e não um construtor. E um homem para as trincheiras e o abençoei de tal modo que todos os seus inimigos foram subjugados. Lembre-se agora de que não se trata de uma questão de pecado aqui. Não e o juízo de Deus que está vindo sobre Davi em consequência de um erro. E simplesmente Deus redirecionando o plano de Davi e dizendo: — Essa é uma grande decisão, mas digo “não” a você e digo “sim” ao seu filho. Aceite isso. A última parte do v .8 é profunda, pois Deus diz a Davi: “Bem fizeste em o resolver em teu coração”. Em vez de considerar o seu desejo de construir um templo como algo errado, Deus diz a ele: — Louvo o seu pensamento, louvo você por ter um coração tão sensível a mim que desejou construir uma casa de adoração para a minha glória. Foi bom isto estar em seu coração. Não é meu plano que faça isso, mas eu o louvo por pensar assim. 3 SWINDOLL, Charles. Davi: um homem segundo o coração de Deus. Rio de Janeiro: Mundo Cristão, p. 200. 

CONCLUSÃO 

Natã, com a sua história, mostra-nos que é possível uma pessoa ser usada por Deus em um momento e, em outro, deixar-se levar pela sua própria opinião e manifestá-la como se fosse a vontade de Deus. O fato de Deus ter-nos usado uma vez, de uma forma, não significa que Ele assim o fará da mesma forma. Não estamos imunes a apresentar nossas próprias opiniões como se fossem palavras de Deus. Por isso, é necessário que tenhamos o devido discernimento para não ultrapassar os limites daquilo que o Senhor disse. Ter um dom da parte do Eterno não nos isenta de usá-lo com sabedoria. Para que isso não ocorra, é necessário estarmos alinhados com a sua Palavra, que está revelada nas Escrituras, e sabermos ouvir o Eterno falando conosco. Mais que isso, é necessário saber voltar atrás naquilo que falamos em nome de Deus, sem que o Senhor tenha-nos mandado falar. Por mais que a intenção seja boa a nossos olhos e que pareça que o Senhor há de ser honrado em uma empreitada, é necessário saber se Ele está de acordo com aquele projeto. 

Lição 06 - 4º Trimestre 2020 - A Teologia de Elifaz: Só os Pecadores Sofrem? - Adultos.

 

Lição 6 - A Teologia de Elifaz: Só os Pecadores Sofrem? 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO

I – OS PECADORES NO CONTEXTO DA JUSTIÇA RETRIBUTIVA
II – OS PECADORES NO CONTEXTO DA TRADIÇÃO RELIGIOSA
III – OS PECADORES DIANTE DE UM DEUS INFINITO
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL

Destacar o pensamento teológico de Elifaz que faz uma defesa contundente da religião tradicional segundo a qual somente os pecadores sofriam.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

I – Apontar a defesa de Elifaz acerca da justiça retributiva;
II – Mostrar a associação de Elifaz a respeito do pecado à quebra da tradição religiosa;
III – Identificar o abismo que Elifaz diz existir entre o Criador e a criatura.

PONTO CENTRAL
Não só os pecadores sofrem.

Querido(a) professor (a), na lição do próximo domingo estudaremos a respeito do sofrimento humano. Na realidade, todos os seres humanos querem saber a natureza de seus sofrimentos e questionam: “Será a consequência de algum pecado cometido no passado?”

Entender este episódio na vida de Jó, permite-nos que sejamos mais pacientes e compreensivos em relação ao sofrimento de muitos irmãos na atualidade. Que o Senhor tenha misericórdia de nós e não venhamos a fazer acusações precipitadas quando alguém passar por momentos difíceis em sua vida. Só Deus conhece o início e o fim; a causa e a finalidade de cada sofrimento de seus filhos.

A partir desta lição, nos deteremos “[...] na teorização que os amigos de Jó começam a fazer acerca da calamidade do patriarca. O que era para ser uma visita solidária, passa a ser um período de teorização acerca do sofrimento alheio. O objeto dessa teorização pode ser identificado com a seguinte pergunta: ‘Por que Jó está sofrendo?’ Uma possibilidade, de acordo com a crença comum na época, era que Jó teria cometido algum pecado para estar naquele estado. Ou seja, se há sofrimento é porque o homem pecou? Só os pecadores sofrem?

Resumo da lição

As perguntas acima representam o eixo da teologia de Elifaz, a justiça retributiva. Destacá-la é o objetivo geral de nossa lição. 

Para alcançar esse objetivo, trabalharemos o primeiro objetivo específico dessa lição que é apontar a defesa de Elifaz acerca da justiça retributiva. O primeiro tópico trabalha a lei da semeadura e da colheita. É uma lei que está presente na Bíblia. O ser humano colhe o que planta. Entretanto, Jó rejeita os efeitos dessa lei em seu sofrimento, pois ele não havia cometido um pecado de justificasse essa tragédia.

Estava presente ali uma tradição religiosa que, na perspectiva de Elifaz, havia sido quebrada por Jó e, por isso, ele estava sofrendo esta calamidade. Mostrar isso é o segundo objetivo específico da lição. Nesse sentido, o segundo tópico apresenta que a teoria de Elifaz representa a tradição religiosa da época e as palavras de Jó representavam a quebra dessa tradição. Para fazer a sua defesa, Jó espera um defensor celeste, um mediador justo e imparcial.

O último objetivo específico da lição é identificar o abismo que Elifaz diz existir entre o Criador e a criatura. O último tópico justamente faz esse paralelo entre um Deus transcendente e o homem finito. Segundo a teologia de Elifaz, Deus não se importa com as queixas humanas, pois Ele está muito acima do homem. Entretanto, Jó não concordara com isso. Deus havia de caminhar com os homens.

Aplicação

É preciso deixar bem claro que há sim uma lei de semeadura e colheita. A Bíblia mostra isso com muita clareza. Entretanto, há também o caminho que Deus faz com os homens, que também é uma verdade bíblica. Diante do sofrimento, Deus caminha conosco no sofrimento. Nem sempre o sofrimento na vida do crente é um acerto de contas, mas uma oportunidade de amadurecer espiritualmente.”   “A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: O Sofrimento e a Restauração de Jó”

Vejamos o que o comentarista da lição discorre sobre a transcendência divina no terceiro discurso de Elifaz:

Transcendência sem Imanência (22.1-3;12)
por Pastor José Gonçalves

Então, respondeu Elifaz, o temanita, e disse: Porventura, o homem será de algum proveito a Deus? Antes, a si mesmo o prudente será proveitoso. Ou tem o Todo-Poderoso prazer em que tu sejas justo, ou lucro algum em que tu faças perfeitos os teus caminhos? [...] Porventura, Deus não está na altura dos céus? Olha para a altura das estrelas; quão elevadas estão! 


No seu terceiro discurso, Elifaz expõe uma defesa da transcendência de Deus (Jó 22). O conceito que ele possuía da grandeza de Deus não destoa daquele que encontramos em outras porções das Escrituras. O problema com a argumentação de Elifaz não diz respeito ao conteúdo da sua doutrina, mas, sim, à forma como era interpretada e aplicada por ele. Elifaz, então, usa esse conceito de transcendência para humilhar e rebaixar Jó. Para ele, Deus é onipotente, grandioso e majestoso e, devido a isso, não deveria rebaixar-se para dar atenção a um pecador como Jó, que deveria reconhecer o seu lugar de insignificância e conformar-se com o julgamento punitivo do Senhor sobre ele.  

“Porventura, Deus não está na altura dos céus? Olha para a altura das estrelas; quão elevadas estão!” (22.12). Fica bastante claro que Elifaz argumenta em defesa da transcendência de Deus, que é a doutrina que destaca a supremacia divina em relação ao Universo criado. Nesse aspecto, Harris (1984, p. 703) destaca: 


Duvidar da transcendência de Deus é duvidar de seu caráter. Sem nenhuma base de juízo absoluto, não se pode condenar a conduta humana [...] a transcendência divina significa que sobre o homem e sobre tudo aquilo que é terreno está o Criador, Preservador, Cuidador, que dá as leis e é um juiz independente. O homem é dependente deste Deus para sua própria existência e suas ações estão sujeitas ao escrutínio e avaliação de Deus. Porque Deus é transcendente e livre para atuar em e sobre a sua criação sem ser assimilado ou subjugado por ela. 


Deus é o “totalmente outro”. Contudo, há um perigo quando não se compreende corretamente a transcendência de Deus. Corre-se o risco de a crença em Deus ser transformada num simples deísmo. Nas palavras de Willis (citado por Harris, 1984, p. 362), “Deus, uma vez que criou o universo, se apartou dele”. Dizendo isso de uma forma mais simples, quando é destacado apenas o atributo da transcendência divina — por exemplo, a sua soberania —, Deus é transformado num déspota, um carrasco que age sobre a sua criação sem sentimento algum. Jó vai contrapor-se a isso. 

“Mas ele sabe o meu caminho [...]” (23.10). Mesmo sabendo que Deus estava oculto e em silêncio, Jó tinha a consciência de que o Senhor era um ser relacional. Deus não estava distante a ponto de não conhecer o seu caminhar. Harris (1984, p. 362) destaca: 


É confortante crer que Deus está presente em toda a sua criação em forma única e pessoal. É sua singularidade que provoca nossa adoração e é sua personalidade que nos permite crer em suas promessas de graça, em sua direção e cuidado. Acima de tudo, é a certeza de sua santidade que o coloca como o juiz moral do universo. Porque Ele é santo, espera que nós também sejamos santos. E esta é a maior prova de sua imanência: Deus presente na vida de cada um dos membros de seu povo. 

Se a transcendência divina descamba para o deísmo quando mal compreendida, por outro lado uma compreensão equivocada da imanência divina pode desembocar no panteísmo e politeísmo. De uma forma simples, Deus não está tão distante da sua criação (transcendência) a ponto de não se relacionar com ela, mas também não está tão próxima (imanência) a ponto de misturar-se com ela. Portanto, o contraste entre o entendimento de Elifaz, que via Deus de forma transcendente, com a resposta de Jó, que o via também de forma imanente, permite que se veja onde a teologia estava sendo mal aplicada. Uma teologia errada conduz a uma crença igualmente errada.

Texto extraído da obra “A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: O Sofrimento e a Restauração de Jó”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã


Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Lição 05 - 4º Trimestre 2020 - Louvo ao Papai do Céu que está sempre comigo - Berçário.

 

Lição 05 - Louvo ao Papai do Céu que está sempre comigo 

4º Trimestre de 2020 

Objetivo da lição: Ouvir sobre o amor de Deus, um amor tão grande, que deu seu Filho Jesus em razão de todos nós.

É hora do versículo: “[...] O Senhor está sempre comigo [...]” (Salmos 16.8).

Nesta lição, as crianças aprenderão que podemos confiar que o Papai do Céu está sempre conosco. De noite ou de dia, enquanto comemos, brincamos ou dormimos. O Papai do Céu está com a mamãe e o papai, com o vovô, a vovó e o imãozinho ou irmãzinha. 

Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua a imagem abaixo para as crianças colorirem, com giz de cera, o desenho do bebê segurando um coração. Reforce que o Papai do Céu está sempre conosco porque Ele está em nosso coração.

licao5 bercario bebecoracao

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 05 - 4º Trimestre 2020 - Débora ajuda Baraque e o povo - Maternal.

 

Lição 5 - Débora ajuda Baraque e o povo 

4º Trimestre de 2020

 

Objetivo da lição: Estimular a criança a empregar sua sabedoria e coragem para ajudar outras pessoas. 

Para guardar no coração: “Um ao outro ajudou e ao seu companheiro disse: Esforça-te”  (Is   41.6 - ARC).

Seja bem-vindo

Chegue sempre antes das crianças, a fim de ter tudo organizado e evitar agitações desnecessárias. Faça da marcação de frequência um momento agradável, e não estressante.  

Incentive as crianças a louvar ao Papai do Céu, que nos dá coragem, com o cântico escolhido para a aula de hoje. Depois de cantar louvando a Deus ore com as crianças. Sugestão de oração: “Querido Papai do Céu, quando eu tiver de fazer alguma coisa assustadora, confiarei no Senhor para me dar coragem. Com a coragem que o Senhor me dá, farei o que for preciso. Em nome de Jesus, amém”.

Subsídio professor

“Quando uma criança coloca a mãozinha na sua, essa mão bem pode estar pegajosa de sorvete de chocolate, ou suja, por ter o seu dono andado brincando com o cachorro. Pode haver uma verruga no lado de dentro do polegar, ou um curativo cobrindo uma feridinha no anular.

Mas a coisa mais importante dessa mãozinha é que ela contém o futuro. Essas são as mãos que um dia poderão segurar uma Bíblia ou um revolver; tocarão muito bem o órgão da igreja, ou farão rodar as máquinas de jogos, que roubam o sustento de mulheres e crianças; tratarão com ternura as feridas de um leproso, ou tremerão com o resultado da degeneração que o álcool produz no cérebro humano.

Agora, essa mãozinha está entre as suas. Está pedindo auxílio e direção. Ela representa uma personalidade, um indivíduo que deve ser respeitado como tal, e cujo crescimento diário é sua responsabilidade” (Moody Monthly).

Oficina de ideias

Desenhe um escudo numa folha de papel. Faça uma cópia para cada aluno. Distribua cola e grãos de milho, ou pipoca, para que grudem nele. Converse: Quando os soldados usam escudo? Isto mesmo, na guerra, para se defender. Quem deu coragem aos soldados israelitas para guerrear contra o exército malvado do inimigo? Sim, Deus sempre nos dá coragem para fazer o que é preciso. Débora foi corajosa e ajudou Baraque. 

Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Juízes 4. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 05 - 4º Trimestre 2020 - As Irmãs Amigas de Jesus - Jd. Infância.

 

Lição 5 - As Irmãs Amigas de Jesus 

4º Trimestre de 2020

Objetivos: Os alunos deverão saber que para quem é um verdadeiro amigo de Deus, o Reino dos Céus é mais importante do que tudo, deve ter o primeiro lugar; e aprender que quem coloca o Papai do Céu em primeiro lugar é feliz e abençoado. 

É hora do versículo: “[...] ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus” (Mt 6.33).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história das irmãs Maria e Marta, que um verdadeiro amigo do Papai do Céu deve dar mais importância para as coisas que são do Céu. Maria ouvia mais os ensinos de Jesus do que Marta que ficava mais preocupada com os afazeres da casa.

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com a ilustração representando Maria ouvindo os ensinos de Jesus e Marta fazendo os afazeres de casa, querendo que Maria vá ajudá-la. Reforce que também devemos fazer os afazeres de casa, ajudar o papai e a mamãe, mas antes de tudo devemos orar, louvar, ler e aprender a Palavra de Deus. 

licao5 jardim asirmas

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 05 - 4º Trimestre 2020 - José, um jovem fiel a Deus - Juniores.

 

Lição 5 - José, um jovem fiel a Deus 

4º Trimestre de 2020

Texto bíblico – Gênesis 39.1-20; 40.20-23; 41.38-43.

Prezado(a) professor(a),

Na lição de hoje seus alunos aprenderão sobre a vida de um personagem que apresentou uma qualidade muito importante e necessária em nossos dias: a fidelidade. José foi um jovem que enfrentou muitas adversidades e injustiças, a começar pelo seu lar. Mesmo encontrando muitas lutas pelo caminho, José se tornou um grande exemplo de perseverança e obediência. Seus alunos terão a oportunidade de aprender muitas lições com a história de José.

A vida de José se complica mais do que devia por conta do seu comportamento. Depois que recebeu a revelação de que o sol, a lua e onze estrelas se inclinavam diante dele o jovem resolveu contar a seus irmãos sobre os seus sonhos (cf. Gn 37). Como se não bastasse o hábito de expor para seu pai os erros que seus irmãos cometiam o jovem deu a entender em seus sonhos que estaria acima de seu pai e de seus irmãos em situações futuras. Isso despertou a inveja e o ciúme de seus irmãos. Além dos maus hábitos de José a atitude de Jacó agrava mais ainda o relacionamento entre os filhos ao favorecer José perante seus irmãos. Esse fato se comprova no episódio da túnica de várias cores que José recebeu de presente. Desde então, seus irmãos arquitetavam um plano para se livrarem de José sem que alguém soubesse.

Muitas lições podem ser adquiridas com esta situação e ensinadas aos seus alunos:

A. Somos escolhidos e não prediletos. Quando Deus escolhe alguém para realizar a sua obra não significa que esta pessoa deva se orgulhar e pensar que está fazendo por merecer. O orgulho juvenil de José o levou a ter atritos com seus irmãos. Se ele tivesse atribuído a Deus o domínio de todas as coisas, talvez não se livrasse da inveja de seus irmãos, mas minimizaria os problemas que teve com eles (cf. Dt 14.2; Jr 1.5).

B. Deus usou o mal em favor do bem. A Palavra de Deus nos ensina que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (cf. Rm 8.28). Assim também Deus usa as circunstâncias para refinar o caráter de seus filhos a fim de que estejam preparados para realizar os propósitos do Senhor. Deus tem o poder de transformar males em benefícios, esta é uma verdade clara na vida de José.

C. Deus recompensa a fidelidade. A fidelidade de José ocasionou em que os planos de Deus na vida do seu servo viessem a se cumprir no tempo certo. Mesmo sendo injustiçado, assediado, maltratado e preso, José não perdeu a esperança de que Deus poderia mudar o quadro da situação a seu favor. Os primeiros reveses que enfrentou quando foi vendido pelos seus próprios irmãos eram apenas Deus o preparando para as adversidades que viriam antes de José ascender ao trono e se tornar governador geral do Egito. Deus recompensou a fidelidade de José (cf. Gn 45.7,8).

Aproveite a ocasião e distribua uma folha de papel A4 para a turma. Pergunte a seus alunos que características eles notaram em José que mais chamou a atenção. Peça que eles anotem na parte superior da folha e façam um desenho representando a característica.

Tenha uma excelente aula!

Lição 05 - 4º Trimestre 2020 - Jesus e a mulher samaritana - Pré Adolescentes.

 

Lição 5 - Jesus e a mulher samaritana 

4º Trimestre de 2020

A lição de hoje encontra-se em: João 4.7-30.

Olá prezado(a) professor(a),

A lição desta semana aborda o encontro de Jesus com a mulher samaritana junto ao poço de Jacó. Esse encontro é um dos mais marcantes da história bíblica tendo em vista que revela verdades importantes para o crescimento espiritual dos discípulos de Jesus. A mulher samaritana encontra em Jesus a revelação correta de Deus, completamente diferente daquela que havia aprendido desde a infância. De igual modo, há verdades que precisamos conhecer acerca de Deus que somente fazer parte de uma instituição religiosa não será suficiente para compreendermos. A mulher da história provou de uma água espiritual que transformou a sua vida e lhe concedeu ousadia para anunciar em Samaria que o Messias estava entre eles. A água que ela provou supriu completamente o vazio da sua alma.

1. Deus procura uma adoração verdadeira e honesta. A primeira verdade que podemos aprender com a história da mulher samaritana diz respeito à sua compreensão sobre o Messias. Culturalmente, a versão samaritana considerava que o lugar exato onde deveriam adorar a Deus era no monte. Os judeus não falavam com os samaritanos porque estes eram descendentes de uma miscigenação entre israelitas e assírios, consequente da ocupação do território no ano 722 a.C., uma mistura que, originalmente, era reprovada por Deus (cf. Êx 34.10-16). Por esse motivo, os samaritanos eram tão rejeitados, pois não eram considerados descendentes puros da nação de Israel. Entretanto, Jesus esclarece à mulher samaritana que o verdadeiro adorador não considera o monte ou mesmo o templo como local delimitado para adoração, pois os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Jesus revela a verdadeira natureza da adoração: “em espírito e em verdade” (cf. Jo 4.24).

Aquela mulher aprendeu que, de fato, adorar a Deus não se resumia ao que ela havia aprendido. A adoração sincera não pode ser imposta ou delimitada por um espaço geográfico, tendo em vista que o aspecto externo de uma adoração não necessariamente reflete o que está acontecendo no interior da pessoa (cf. Is 29.13). Finalmente, Jesus se revela à mulher samaritana como o Messias Prometido. Ela ficou maravilhada com as verdades que ouviu e foi contar na cidade o ocorrido.

2. Uma experiência sobrenatural com o Espírito Santo. Outra verdade que aprendemos com este episódio diz respeito à compreensão equivocada da forma como Deus se manifesta ao ser humano. A delimitação do local de adoração não somente revela o simplismo de achar que adorar a Deus se restringe a um local específico, mas também demonstra que o relacionamento com Deus está restrito a poucos momentos de reunião religiosa. No entanto, Jesus ratifica que a comunhão com Deus é algo que faz parte do próprio estilo de vida da pessoa. Conseguintemente, a adoração excede os momentos de cultos dos templos. A verdadeira adoração encontra-se no espírito de um coração manso e de uma vida dedicada a cumprir com alegria os mandamentos do Senhor (cf. v. 23). A obediência é a melhor oferta que podemos dar a Deus e agradá-lo (cf. Mt 23.23).

3. Um anseio por compartilhar da água do Espírito. Depois daquele encontro, algo diferente aconteceu na vida da mulher samaritana. Ela não dependia mais de se orgulhar do poço onde Jacó havia bebido como uma referência religiosa de adoração, não precisava considerar o monte como a única forma de expressar sua gratidão a Deus. A partir de agora, sua própria vida era o altar de adoração, a água que ela havia provado naqueles poucos instantes de diálogo com Jesus fez brotar em seu interior uma fonte que jorrava para a vida eterna. Deus estava com ela e a sede da sua alma fora saciada. De agora em diante o seu anseio era compartilhar da mesma água com os demais moradores da região onde morava. O que ocorreu na vida da mulher samaritana resultou em bênçãos para outras pessoas. Deus deseja nos encher com seu Espírito para que possamos compartilhar da “água da vida” com os demais que se encontram sedentos e sem salvação.

Converse com seus alunos e pergunte se já experimentaram de um momento de profunda comunhão com Deus. Explique que a partir de agora eles deverão orar para receberem o batismo com o Espírito Santo. Mostre que esta experiência é fundamental para que sejam cheios do Espírito Santo e possam testemunhar as verdades do evangelho a todos os que estão à sua volta, seus familiares, vizinhos e amigos.

Tenha uma excelente aula!

Lição 05 - 4º Trimestre 2020 - A Paganização do Cristianismo - Adolescentes.

 

Lição 5 – A Paganização do Cristianismo 

4º Trimestre de 2020

TEXTO BÍBLICO: 2 Timóteo 3.1-5

DESTAQUE: “Pois o soldado quando está servindo, quer agradar o seu comandante e por isso não se envolve em negócios da vida civil.” (2 Timóteo 2.4)

OBJETIVOS:
# Destacar as conquistas do cristianismo após o fim da perseguição e os males decorrentes da mistura entre Igreja e Estado que ocorreu em seguida, ainda durante o Império Romano;
# Ressaltar que a Igreja Católica Romana foi criada com a oficialização do cristianismo como religião do Império Romano;
# Enfatizar que a Igreja deve influenciar o mundo e não o contrário. 

Olá Caro(a) Professor(a),

Na lição de hoje, veremos que a Igreja do Senhor enfrentou um momento muito difícil de deterioração espiritual. Após o período dos apóstolos, muitos ensinamentos não foram preservados, pois os novos mestres que surgiram passaram a introduzir certos dogmas e doutrinas que não correspondiam às verdades bíblicas. 

Os apóstolos Paulo, Pedro e João, por intermédio de suas Cartas, e até mesmo o próprio Senhor Jesus, predisseram que esse tempo havia de chegar. Surgiriam falsos obreiros, os quais introduziriam heresias entre o povo de Deus e os crentes deveriam estar atentos para não serem enganados. 

Mas, esse quadro degenerativo da igreja não esteve delimitado ao período pós-apostólico, visto que até os dias atuais é notável o desvio da verdade em várias igrejas que se intitulam proclamadoras da Palavra de Deus. 

Assim também, a verdadeira Igreja de Cristo, que preza pela Bíblia Sagrada como única regra de fé, não pode se dobrar diante do desvio da verdade e permitir que as falsas doutrinas prevaleçam sobre as verdades bíblicas.

As palavras do apóstolo Pedro retumbam sobre os dias atuais. Diga-se de passagem, nunca se ouviu de um tempo de tantas heresias sendo proclamadas como se vê nos dias de hoje. Quanto a isso, vale ressaltar as medidas de precaução anunciadas pelos apóstolos: vigiar e perseverar na doutrina dos apóstolos. A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, pp. 1949-50) discorre sobre as palavras de Pedro, expostas no capítulo dois de sua segunda carta:

Entre vós haverá falsos mestres. O Espírito Santo adverte repetidas vezes nas Escrituras que surgirão muitos falsos mestres dentro das igrejas. As advertências a respeito de mestres e líderes introduzindo heresias no meio do povo de Deus foram feitas antes por Jesus (ver Mt 24.11 nota; 24.24,25), e o Espírito Santo continuou advertindo através de Paulo (ver 2 Ts 2.7 nota; 1 Tm 4.1 nota; 2 Tm 3.1-5), de Pedro (vv. 1-22), de João (1 Jo 2.18; 4.1; 2 Jo 7,11), de Judas (Jd 3,4,12,18) e das cartas de Cristo às sete igrejas.

Negarão o Senhor que os resgatou. De conformidade com Pedro, os falsos mestres dentro da igreja que estavam ‘negando (gr. arneomai= repudiar ou renunciar) o Senhor que os resgatou’ tinham abandonado o caminho certo e se desviado (v. 15), tornando-se ‘fontes sem água’ (v. 17). Antes, eles tinham se livrado da maldade do mundo, mediante Jesus Cristo, mas agora voltaram a emaranhar-se no pecado (v. 20).

Será blasfemado o caminho da verdade. Muitos crentes professos seguirão esses falsos pregadores, com suas ‘dissoluções’ (isto é, imoralidades sexuais). Por causa da vida pecaminosa desses líderes e seus seguidores, Deus e seu evangelho serão inflamados (ver 2Tm 4.3,4 nota).

Por avareza... palavras fingidas. Os falsos mestres comercializarão o evangelho, sendo peritos na avareza e em conseguir dinheiro dos crentes, a fim de promover ainda mais seus ministérios e seus modos luxuosos de vida.

(1) Os crentes devem estar cientes de que um dos métodos principais dos falsos ministros é usar ‘palavras fingidas’, ou seja, contar histórias impressionantes, mas inverídicas, ou publicar estatísticas exageradas a fim de motivar o povo de Deus a contribuir com dinheiro. Glorificam a si mesmos e promovem seu próprio ministério com esses relatos inventados (cf. 2 Co 2.17). Deste modo, o crente sincero, mas desinformado, torna-se um objeto de exploração.

(2) Pelo fato de esses obreiros profanarem a verdade de Deus e fraudarem o seu povo com sua cobiça e engano estão destinados à perdição e à destruição.

- Considere as afirmativas apresentadas neste artigo e converse com seus alunos a respeito dos falsos ensinamentos que têm entrado nas igrejas nos dias atuais. Pergunte se eles conseguem identificar quando o ensinamento não está de acordo com os princípios da Palavra de Deus. Divida a classe em grupos, entregue uma folha de papel A4 para cada grupo e peça que identifiquem as seitas ou até mesmo “igrejas” que pregam falsas doutrinas. Peça também que listem os ensinamentos que identificam essas instituições como anunciadoras de heresias. Você poderá ajudar os alunos a formular as respostas.

Boa aula.

Lição 05 - 4º Trimestre 2020 - O Lamento de Jó - Adultos.

 

Lição 5 – O Lamento de Jó 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – PRIMEIRO LAMENTO DE JÓ: POR QUE NASCI?
II – SEGUNDO LAMENTO DE JÓ: POR QUE NÃO NASCI MORTO?
III – TERCEIRO LAMENTO DE JÓ: POR QUE CONTINUO VIVO?
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Explicar que Jó era humano e, como tal, tinha todo o direito de extravasar seus sentimentos, não sendo recriminado por Deus por isso.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Esclarecer que a angústia de Jó fez com que ele desejasse a morte como um escape;
II – Aclarar o desejo de Jó em ser como um abortivo;
III – Pontuar que Jó representa os que, em situação desesperadora, não veem nenhuma luz no fim do túnel.

PONTO CENTRAL
O lamento de Jó revela toda sua dor como ser humano.

Querido(a) professor (a), na lição do próximo domingo estudaremos a respeito do lamento de Jó. A forma como o patriarca lidou com a catástrofe que sobreveio sobre sua casa e sua vida revelam que ele, mesmo sendo um homem temente a Deus, piedoso, santo, íntegro e justo, chegou ao extremo para que seu sofrimento tivesse um fim: desejar a morte, ou ainda, desejar nem mesmo ter nascido. Como humano, Jó extravasou os seus sentimentos, mas de forma alguma ele negou a Deus ou o amaldiçoou.  Porventura é falta de fé lamentar diante de uma calamidade? Perder a alegria da vida diante de uma tragédia? “Externalizar a dor humana não significa ausência de fé. Nosso Senhor externalizou a própria dor diante da dor de outras pessoas. Ele mesmo chorou (Jo 11.35).” (Ensinador Cristão. Ano 21 nº 83.CPAD: Rio de Janeiro, p. 38)

Vejamos o que o comentarista da lição discorre sobre a paciência e a perseverança neste período na vida de Jó:

Paciência x Perseverança

por Pastor José Gonçalves

Uma leitura rápida no capítulo 3 demonstra que a reação de Jó diante da segunda prova é bem diferente daquela adotada na primeira. Nos capítulos 1 e 2, vê-se um Jó resignado e conformado com tudo o que lhe sobrevém. Entretanto, a partir do capítulo 3, Jó continua resignado, porém não demonstra o mesmo conformismo de antes. De fato, quando o apóstolo Tiago faz referência a Jó na sua carta, ele destaca mais a sua perseverança do que a sua paciência. Esse fato é claramente demonstrado pelo uso da palavra grega hupomoné, usada em Tiago 5.11, cujo sentido é mais bem compreendido como perseverança, e não paciência.i Jó foi mais perseverante do que paciente. Ele é resignado, mas não conformado. Ele está pronto a questionar por que tudo aquilo está sobrevindo sobre ele. Entretanto, isso não significa dizer que há uma ruptura na narrativa do texto e que esse Jó não tem nada a ver com o primeiro. Só há um Jó. Nem significa dizer também que Jó perdeu a fé e amaldiçoou a Deus como Satanás havia dito. Nada disso aconteceu e nem é sugerido pela narrativa. O que, de fato, acontece é que Jó, desconhecendo a trama diabólica, não tem explicação racional e teológica para tudo o que lhe sobreveio. Isso o leva a questionar tudo e a todos. 

Após o primeiro ciclo de provas, Jó está exausto e querendo entender a razão do seu sofrimento.ii Por não saber dos bastidores da sua prova, Jó via tudo aquilo como se fosse uma ação direta de Deus. Isso, evidentemente, aumentava o seu drama e intensificava o seu lamento. O lamento de Jó, todavia, não deve ser visto como algo escandaloso e fora de contexto. Na verdade, a narrativa, de uma forma nua e crua, mostra o lado humano de Jó; ou seja, Jó não é um super-homem, que está imune aos problemas e vicissitudes da vida. Não! Pelo contrário! Jó mostra toda a sua humanidade quando está disposto a questionar e a entender os dilemas da vida para os quais não tem explicação. É esse o Jó que tem inspirado a tantos e permitido que o sofredor, o afligido e o oprimido identifiquem-se com a sua causa. É esse Jó que o capítulo 3 apresenta. No primeiro lamento, ele questiona por que havia sido concebido ou nascido; no segundo, por que não havia nascido morto e, no terceiro, por que continuava vivo. Contudo, debaixo de intenso conflito psicológico, Jó jamais pensou em dar cabo da própria vida. 

Texto extraído da obra “A Fragilidade Humana e a Soberania Divina:O Sofrimento e a Restauração de Jó”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã


 i Strong’s Concordance. https://biblehub.com/greek/5281.htm. 
ii Jó vê-se diante da “falta de sentido” ou, como se diz hoje em dia, “ficou sem chão”. É aqui que busca reacomodar a sua fé a sua nova realidade. Veja: FRANKL, Victor. Em Busca de Sentido. Petrópolis: Vozes, 1991; MAGRATH, Alister. Surpreendido pelo Sentido. São Paulo: Hagnos, 2015.


Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

sábado, 24 de outubro de 2020

Lição 04 - 4º Trimestre 2020 - Louvarei ao Papai do Céu com todo o coração - Berçário.

 

Lição 04 - Louvarei ao Papai do Céu com todo o coração 

4º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Levar a criança a entender que ela pode se alegrar em Deus e louvá-lo.

É hora do versículo: “Ó Senhor Deus, eu te louvarei com todo o coração [...]” (Salmos 9.1).

Nesta lição, as crianças aprenderão que o Papai do Céu é muito bom, é poderoso e nos ama. Convide os pequenos a glorificar a Deus com todo o seu coração. Através do louvor, estimule os bebês a darem o seu coraçãozinho a Jesus.

Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua a imagem abaixo para as crianças colorirem o desenho com giz de cera. Este desenho representa que estamos oferecendo o nosso coração ao Papai do Céu.

licao4 bercario maocoracao

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 04 - 4º Trimestre 2020 - Raabe ajuda os espias - Maternal.

 

Lição 4 - Raabe ajuda os espias 

4º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Preparar a criança para, se preciso for, arriscar-se pelo Reino de Deus. 

Para guardar no coração: “Qualquer que procurar salvar a sua vida perdê-la-á [...]”  (Lc   17.33 - ARC).

Seja bem-vindo

“Chegue antes dos alunos e verifique se a classe está limpa e arrumada. É importante que o seu material esteja devidamente organizado e disposto na ordem em que será usado. Isto evita atrasos e, principalmente, distrações.

Cumprimente as crianças com entusiasmo, tratando-as pelo nome. Receba alegremente os visitantes, fazendo-os sentirem-se especiais. Pergunte o que fizeram no sábado. Passearam? Visitaram a vovó? Brincaram? Alguém ajudou o papai ou a mamãe? (Marta Doreto)

Subsídio professor

“Sabemos que a mente de uma criancinha desenvolve-se mais lentamente que o seu corpo. Mas não com tanta lentidão como se acreditava algumas décadas atrás. Nos últimos anos, cientistas e educadores descobriram que a mente da criança desenvolve-se bem mais rápido do que se pensava, e foram criados programas de ensino pré-escolar, que proporcionam à criança oportunidades de uma melhor expansão da capacidade mental.

Conhecedores deste fato, e observando os pequeninos em classes da Escola Dominical, concluímos que mesmo os de 3 e 4 anos, possuem habilidade mental suficiente para compreender e absorver grandes verdades espirituais. Embora alguns conceitos doutrinários possam parecer vagos e difíceis, os alunos do maternal poderão absorvê-los se forem repetidos várias vezes” (Marta Doreto).

Oficina de ideias

“Se depois das atividades da revista do aluno ainda sobrar tempo, faça mais esta: Dê a cada aluno uma folha de papel. Com um pincel largo, passe tinta guache nas palmas de suas mãozinhas, e oriente-os a “carimbar” a folha de papel com as mãos. Diga: Jesus escolheu você para ser seu ajudante. Ele quer que você use as mãozinhas para ajudá-lo.

Você não precisa esperar crescer e ficar grande para ser um ajudante de Jesus. Você pode trabalhar para Ele desde já. Sugira serviços que as crianças possam fazer para Deus” (Marta Doreto).

Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Josué 2. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 04 - 4º Trimestre 2020 - O Amigo que Andou sobre as Águas - Jd. Infância.

 

Lição 4 - O Amigo que Andou sobre as Águas 

4º Trimestre de 2020

Objetivos: Os alunos deverão saber que Jesus é Filho do Deus Todo-Poderoso e nada é impossível para Ele; e aprender que Deus está sempre conosco e por isso não precisamos ter medo de nada. 

É hora do versículo: “O Senhor está comigo, e eu não tenho medo” (Sl 118.6).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de uma tempestade que os discípulos estavam atravessando cheios de medo porque Jesus não estava com eles. Um tempo depois o Mestre veio andando pelas águas e Pedro também quis andar sobre as águas como Jesus. Nada é impossível para o Filho do Papai do Céu, então Ele disse para Pedro caminhar e ele caminhou em cima da água, sem afundar! 

Mas coitado de Pedro, ele acabou duvidando do que estava acontecendo com ele, com medo, começou a afundar. Ainda bem que Jesus estava ali e o salvou! 

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com a ilustração de Pedro caminhando sobre as águas. Reforce para as crianças que, quando confiamos em Jesus, não precisamos ter medo de nada!

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 04 - 4º Trimestre 2020 - A História de uma Moeda - Primários.

 

Lição 4 - A História de uma Moeda 

4º Trimestre de 2020

Objetivo: Que o aluno entenda a importância de se alegrar com aqueles que retornam para o Caminho do Senhor.

Ponto central: Temos um grande valor para Deus

Memória em ação: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar quem está perdido” (Lc 19.10) 

Querido (a) professor (a), em nossa próxima aula nós vamos ensinar nossos pequeninos sobre a “Parábola da Dracma Perdida”, narrada em Lucas 15.8-10. 

É fundamental que ao longo de toda a aula você foque no objetivo e ponto central da lição, presentes em sua revista. O versículo para memorização está alinhado com eles. Por isso dedique um tempo especial para a sessão “Memória em Ação”.     

Antes de introduzir a história explique para as crianças o valor que aquela dracma/ moeda tinha para a mulher da parábola. Mais do que valor financeiro, tinha também valor sentimental. Para as mulheres palestinas, as dez moedas de prata que lhes eram dadas como presentes de casamento simbolizavam aquela união.   

Para familiarizar as crianças ainda mais com o contexto emocional da história, pergunte-as o que elas têm de valor sentimental, que se perdessem ficariam muito tristes e procurariam desesperadamente. Dê alguns exemplos, pode ser um brinquedo que têm desde bebezinhas; pode ser um presente dado por alguém especial que não está mais entre nós; pode ser até mesmo um bichinho de estimação. Imagina se perdessem um hamster, gatinho ou cachorro e não soubessem se ele está bem, o que aconteceu com ele... 

Certamente procurariam com todo empenho. E o que fariam quando encontrassem? Deixe que se expressem livremente e aproveite os melhores exemplos para ilustrar o sentimento da mulher da moeda perdida.     

Ao final da história, explique que ao contar esta parábola, Jesus estava tentando explicar que cada um de nós temos um grande valor para Deus. Que quando nos afastamos da igreja, é como se nos perdêssemos dEle e tal qual a mulher da história, Ele nos procura, espera nos reencontrar ardentemente. E quando encontra há uma festa nos céus e em seu coração. Da mesma forma, devemos nos alegrar quando alguém que não está na igreja aceita a Jesus como Senhor e Salvador, ou alguém que se afastou dEle retorne.

  unidos   

Sugerimos que você confeccione um cartaz com papel pardo ou papel 40 kg, que formem braços abertos e um coração no centro. Peça que as crianças recordem de pessoas que ainda não conhecem a Deus e pessoas que se afastaram da igreja. 

Em seguida, peça que de um por um, escrevam os nomes delas dentro do coração. Frise que Deus e a sua Igreja, ou seja, cada um de nós estaremos de braços abertos para quando elas voltarem. 

Ore com as crianças por cada pessoa que esta perdida, pedindo que o Senhor as atraia com seu amor e graça e logo elas sejam encontradas, que venham aos braços do Pai, haja festa nos céus e em nossos corações.

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 04 - 4º Trimestre 2020 - Jacó, o homem que teve um encontro com Deus - Juniores.

 

Lição 4 - Jacó, o homem que teve um encontro com Deus 

4º Trimestre de 2020

Texto bíblico – Gênesis 25.24-34; 27; 28.10-19.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos conhecerão mais um pouco da história de um homem que teve um encontro com Deus. Seu nome era Jacó, filho de Isaque e neto de Abraão. Depois de cometer alguns erros que marcaram sua vida, Jacó teve um encontro com Deus e desde então precisava consertar o passado. A lição de hoje ensinará que há erros que devem ser evitados, pois poderão trazer graves consequências para o resto da vida.

Jacó tinha um irmão gêmeo chamado Esaú e os dois cresceram juntos, porém tinham personalidades bem diferentes. A história desse homem de Deus já se inicia marcada pelo seu nascimento, pois quando saia do ventre de sua mãe, diz a Bíblia que ele segurou o calcanhar de seu irmão Esaú (cf. Gn 25.24-26). Este episódio resultou para que ele recebesse o nome de Jacó, que significa “suplantador”. Mas a história de Jacó não para por aí, ele enganou seu irmão e seu pai com a ajuda de sua mãe, fazendo-se passar por seu irmão para receber a bênção de Isaque, o que resultou no ódio em família. Esse e outros erros cometidos por Jacó nos fazem pensar que o homem sem Deus não tem direção. Talvez se ele tivesse observado a lei de Deus e qual o propósito do Senhor para a sua vida, muitos erros poderiam ter sido evitados. Mas foi no meio do caos que ele teve um encontro com Deus.

Após este episodio, Jacó se retirou para a casa de Labão, seu tio. Fugitivo e solitário pelo deserto, Jacó deitou-se para dormir e teve a visão de uma escada que tocava o céu, os anjos de Deus subiam e desciam sobre ela. De repente, Jacó ouve a voz do próprio Deus fazendo-lhe a promessa de que aquela terra pertenceria à sua descendência como havia prometido a Abraão, seu avô (Gn 27.43; 28.10-17). Mas Deus ainda precisava trabalhar no caráter de Jacó, então ele teve que suportar ser enganado por Labão. O suplantador agora seria suplantado para aprender que somente a verdade deve prevalecer!

Em todas essas ocasiões, Deus não abandonou Jacó e ensinou que ele poderia ser diferente. Foi então que chegou o tempo de Deus na vida de Jacó, era o tempo de voltar para a casa de seu pai e reencontrar seu irmão Esaú. A disposição de Jacó em obedecer à voz de Deus resultou em bênção para sua vida, pois foi no caminho da obediência que ele teve um encontro maravilhoso com Deus. Quando atravessava o vau de Jaboque com a sua família, Jacó ficou para trás e contemplou um varão que lutou com ele. A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, pp. 84,85) discorre deste episódio:

O varão que ‘lutou’ com Jacó era provavelmente o ‘anjo do Senhor’ (cf. 16.7; 21.17; 22.11; 31.11; Os 12.4), o qual é frequentemente identificado com o próprio Deus (cf. vv, 28,30; Jz 6.12-14,22; ver Êx 3.2 nota). Enquanto Jacó lutava desesperadamente com Deus para obter a bênção prometida, Deus o deixou prevalecer (v. 28), porém feriu a coxa de Jacó (v. 25), como lembrança de que este não devia doravante andar na sua própria força, mas, confiar inteiramente em Deus e andar na dependência dEle (vv. 30-32).

O nome de Jacó, que dava a entender um defraudador astucioso, agora foi mudado para ‘Israel’, que significa ‘aquele que luta com Deus’. Os seguidores de Cristo, às vezes, são chamados o ‘Israel de Deus’ (Gl 6.16) — isto é, aqueles que lutam com Deus. Deus não quer que seu povo seja inerte, mas que o busque com zelo a fim de receber suas bênçãos e sua graça (Mt 5.6; 6.33; 7.7,8; 11.12; Lc 1.5-10).

A história de Jacó nunca mais foi a mesma após encontra-se com Deus. Assim acontece na vida daqueles que têm um encontro com Jesus, pois a presença de Deus marca a pessoa para que ela não seja mais a mesma. Em 2 Co 5.17, Paulo afirma que “Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo”. Quem serve a Cristo não pratica mais a mentira, não toma o que não lhe pertence e não tira vantagem sobre o próximo como fazia Jacó antes de se tornar Israel. Mas depois que encontrou-se com Deus, Jacó se tornou uma nova pessoa. 

Convide seus alunos para um período de oração, forme um círculo de mãos dadas e peça ao Senhor que proporcione a cada um deles um encontro com Deus, uma mudança interior para que cresçam no caminho certo e tenham um coração transformado. Reserve um período ao final da aula para realizar a oração.

Tenha uma ótima aula! 

Lição 04 - 4º Trimestre 2020 - Jesus e Nicodemos - Pré Adolescentes.

 

Lição 4 - Jesus e Nicodemos 

4º Trimestre de 2020

A lição de hoje encontra-se em: João 3.1-7,16-18.

Olá, prezado(a) professor(a),

Na aula desta semana seus alunos aprenderão sobre um encontro muito especial registrado no evangelho de João. Nicodemos foi encontrar-se com Jesus à noite quando todos já estavam dormindo, pois temia ser visto por seus companheiros de Sinédrio. O Sinédrio era um conselho formado apenas por homens judeus que conheciam muito bem a Lei de Moisés e exerciam forte influência no Templo. Desse encontro podemos aprender várias lições que são de muita valia e que revelam a natureza da nova vida debaixo da graça.

Depois de elogiar o Mestre e demonstrar profunda admiração pelos seus ensinamentos, Nicodemos fica fascinado ao saber a respeito do “novo nascimento”. Como poderia um homem depois de velho tornar ao ventre de sua mãe e nascer novamente? Mas Jesus pacientemente explica a Nicodemos que quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus (Jo 3.5). O novo nascimento é resultado da ação do Espírito Santo na vida de quem se abre para receber Jesus como Salvador e Senhor. A conversa continua e Nicodemos permanece resistente ao fato de que existe uma nova natureza gerada pelo Espírito. É por meio dessa nova natureza que Deus se identifica conosco e nos tornamos seus filhos por adoção (cf. Rm 8.14-16).

Na doutrina da salvação, o novo nascimento é sinônimo de regeneração. De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1576):

(1) A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa (Rm 12.2; Ef 4.23,24), efetuadas por Deus e o Espírito Santo (3.6; Tt 3.5). Por esta operação, a vida eterna da parte do próprio Deus é outorgada ao crente (3.16; 2 Pe 1.4; 1 Jo 5.11), e este se torna um filho de Deus (1.12; Rm 8.16,17; Gl 3.26) e uma nova criatura (2 Co 5.17; Cl 3.10). Já não se conforma com este mundo (Rm 12.2), mas é criado segundo Deus ‘em verdadeira justiça e santidade’ (Ef 4.24).

(2) A regeneração é necessária porque, à parte de Cristo, todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a Deus e de agradar-lhe (Sl 51.5; 58.3; Rm 8.7,8; 5.12; 1 Co 2.14).

(3) A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para Deus (Mt 3.2) e coloca a sua fé pessoal em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador (ver 1.12 nota).

(4) A regeneração envolve mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência a Jesus Cristo (2 Co 5.17; Ef 4.23,24; Cl 3.10). Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado (ver 8.36 nota; Rm 6.14-23), e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a Deus e de seguir a direção do Espírito (Rm 8.13,14). Vive uma vida de retidão (1 Jo 2.29), ama aos demais crentes (1 Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1 Jo 3.9; 5.18) e não ama o mundo (1 Jo 2.15,16).

Vale ressaltar que a transformação na vida daquele que recebe a ação do Espírito, mediante o conhecimento da verdade, se mostra através do Fruto do Espírito. É apropriado que os aspectos da natureza guiada pelo Espírito se revelem à medida que o crente se aproxima do exercício espiritual e das práticas de devoção pessoal como: oração, jejum, leitura e observação da Palavra de Deus. Tais práticas edificam a comunhão com Deus e fortalecem a maturidade cristã.

Com estas afirmativas é possível compreender que o relacionamento com Deus não pode se limitar a fazer parte de uma religião. Se assim fosse, Nicodemos teria uma profunda compreensão do que Jesus havia lhe falado, afinal de contas, ele era “mestre em Israel”. Entretanto, podemos aprender com o exemplo de Nicodemos que fazer parte da igreja não faz dos seus alunos servos de Deus. Aproveite a oportunidade e converse com eles sobre a satisfação de fazer parte da Igreja do Senhor. Explique o quanto é proveitoso estar na presença de Deus na fase em que eles estão vivendo.

Tenha uma boa aula!