Lição 13
TEMA A DEUS
EM TODO TEMPO
29 de dezembro de 2013
TEXTO ÁUREO
“De
tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos;
porque este é o dever de todo o homem” (Ec 12.13)
VERDADE PRÁTICA
Obedecer aos mandamentos do Senhor é a
prova de que vivemos uma vida justa diante dos homens e de Deus.
COMENTÁRIO DO
TEXTO ÁUREO
“De tudo o que se
tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque este é o
dever de todo o homem” (Ec 12.13)
Nosso último
texto áureo deste ano de 2013 é basicamente o resumo final do livro de
Eclesiastes. Assim, todo o livro de Eclesiastes deve-se interpretar segundo o
contexto deste seu penúltimo versículo.
O rei Salomão, o
pregador, começou com uma avaliação bastante negativista da vida, declarando
várias vezes que tudo é vaidade, ou seja, a efemeridade da vida e das coisas, mas no fim, especificamente no
versículo 13, ele conclui com um sábio conselho, a
indicar onde se pode encontrar o sentido da vida. No temor do Senhor, no amor a
Ele, é na obediência aos seus mandamentos, temos o propósito e a satisfação que
não existem em nada mais.
De acordo com o
comentário da Revista Ensinador Cristão, CPAD, n° 56, p.42, lemos: “O
capítulo 12 de Eclesiastes encerra as reflexões de Salomão a respeito da vida”.
O pessimismo ainda pode ser visto neste último capítulo. Salomão finaliza
fazendo uma reflexão sobre diferentes fases da vida. Ele reconhece que a vida é
passageira. Tiago a compara a um vapor "que aparece
por um pouco e depois desvanece" (Tg 4.14).
Ela é muito
breve, por isso precisamos vive-la de modo completo, isto é, temendo a Deus e
obedecendo aos seus mandamentos.
Talvez, um dos
conselhos mais importantes que Salomão nos oferece em todo o livro é: "Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade"
(Ec 12.1).
A juventude não
dura para sempre. O homem tem tentado, ao longo dos anos, encontrar uma fórmula
mágica capaz de preservar a juventude e o vigor, porém sabemos que isso é
impossível.
Devemos cuidar
bem da nossa saúde, pois todos nós teremos que enfrentar a velhice e para isso
precisamos estar preparados. "Os dias
maus" no versículo primeiro do capítulo 12 é uma referência
à velhice e não à morte”.
Segundo o Comentário
Bíblico Beacon "a velhice é vista como um tempo de luz efêmera e
de dias escuros de inverno. As nuvens dão a entender depressão e a chuva pode
ser entendida como lágrimas" (Ec 12. 1 b-5).
Salomão é bem
pessimista, pois, cada etapa da vida é única e tem a sua beleza. Deus está com
aqueles que o temem até a sua velhice: "E até à
velhice eu serei o mesmo e ainda até às cãs eu vos trarei; eu o fiz, e eu vos
levarei, e eu vos trarei e vos guardarei" (Is 46.4). O
Senhor não nos abandona em nenhuma etapa da nossa vida. Nós é que abandonamos o
Senhor, como fez Salomão.
Não gostamos de
falar a respeito da morte, porém ela é parte integrante da vida (Ec 12.6-8).
Salomão se utiliza de várias metáforas nos versículos 6 a 8 do capítulo doze,
para mostrar que a vida do homem termina de maneira súbita, por isso é
necessário temer a Deus em todo tempo. Faça tudo que você puder fazer para Deus
hoje, pois talvez não tenhamos tempo amanhã. Porém se vivermos hoje para o
Senhor, não nos importará se a vida terminar de repente.
Viver de modo
sábio é temer a Deus e aguardar os seus mandamentos. O temor a Deus é o
princípio da sabedoria e da vida abundante. Quem teme a Deus vive todas as
fases da vida de modo a agradar a Deus. Desperdiçar qualquer fase da vida,
longe de Deus, é loucura.
Temer a Deus é
reconhecer nossas limitações e a grandeza do nosso Criador. Tema a Deus e viva
de modo pleno cada fase da sua vida, pois Jesus nos prometeu jamais nos deixar
sozinhos: "Eis que eu estou convosco todos os dias,
até a consumação dos séculos" (Mt 28.20).
Segundo o Comentário
Matthew Henry Antigo Testamento Jó a Cantares de Salomão: “O pregador
sábio e contrito está aqui fechando 0 seu sermão; e ele o fecha não apenas como
um bom orador, mas também como um bom pregador, o que provavelmente o fez
deixar as melhores impressões e pelo que ele desejou ser poderoso e duradouro
em relação aos seus ouvintes.
Aqui temos:
- I. Uma
exortação às pessoas jovens, para que comecem cedo a ser religiosas e não
deixem isso para a velhice (v. 1), reforçada com argumentos tirados das
adversidades da velha idade (w. 1-5) e da grande mudança que a morte fará em
nós, w. 6,7.
- II. Uma
repetição da grande verdade que ele assumiu para provar em seu discurso, a
vaidade do mundo, v. 8.
- III. Uma
confirmação e recomendação do que ele escreveu neste e em seus outros livros,
como digno de ser devidamente pesado e considerado, w. 9-12.
- IV. A grande
questão resumida e concluída, com uma responsabilização a todos para serem
verdadeiramente religiosos, em consideração ao julgamento que está por vir, w.
13,14”. (HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento
Jó a Cantares de Salomão. Editora CPAD. pag. 951).
RESUMO DA LIÇÃO 13
TEMA A DEUS EM TODO TEMPO
I. UMA VERDADE
QUE NÃO PODE SER ESQUECIDA
1.
Somos criatura.
2.
Há um criador.
II. OS DOIS
GRANDES MOMENTOS DA VIDA
1.
A Juventude.
2.
A velhice.
III. AS
DIFERENTES DIMENSÕES DA EXISTÊNCIA HUMANA
1.
Corporal.
2.
Espiritual.
IV.- PRESTANDO CONTA DE TUDO
1.-
Guardando o mandamento.
2.-
Aguardando o julgamento.
INTERAÇÃO
Prezado professor, estamos encerrando mais um
trimestre. De todos os assuntos que estudamos nesta lição, os que nos trazem
mais perplexidades são as perspectivas apresentadas acerca da imprevisibilidade
da vida, o movimento dinâmico que ela apresenta e as contingências da nossa
existência.
O homem que não confia em Deus pensa que foi
lançado a esmo no mundo. Aqui, é que o crente em Jesus se distingue daqueles
que não creem em Deus.
Quando amamos e tememos ao Senhor de todo o nosso
coração, compreendemos a vida como algo finito no mundo, mas na esperança de
brevemente encontrarmo-nos em plenitude com um Deus “que tem,
ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível” (1 Tm 6.16).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber que somos criatura;
Deus, o Criador.
Explicar os dois
grandes momentos da vida (juventude e velhice) e as duas dimensões da
existência humana (corporal e espiritual).
Guardar os
mandamentos do Senhor e praticar a sua justiça.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
PALAVRA CHAVE
TEMOR :
Sentimento
profundo de respeito e obediência.
Salomão chega ao final de suas reflexões acerca
da vida “debaixo do sol”. O pregador
conclui o seu ensino no capítulo 12 de Eclesiastes, contrastando vividamente os
distintos momentos da vida humana: juventude e velhice, alegria e tristeza,
vida e morte, presente e futuro, temporal e eterno.
O estilo adotado por Salomão deixa-nos a sensação
de que ele processa a sua reflexão de trás para frente. O autor fala da juventude
a partir de uma análise realista da velhice. Fala da vida com os olhos fitos na
morte.
Fala do temporal com os olhos voltados ao eterno.
Fala da criatura a partir do Criador. E fala do prazer da vida sem perder de
vista o julgamento final. Nessa última
lição, veremos como o ensinamento do pregador nos ajuda a construir uma fé
sadia e fundamentada no temor do Altíssimo.
I. UMA VERDADE QUE NÃO PODE SER ESQUECIDA
1. Somos criatura. O último
capítulo de Eclesiastes inicia-se com uma exortação a que nos lembremos do
nosso Criador. Uma das doutrinas mais bem definidas da Bíblia é a da criação.
Pela fé cremos no Deus criador do universo (Hb
11.3). Mas aqui, não temos o interesse apologético de provar a existência de
Deus, pois Salomão parte do princípio de que Deus é, e que os seus leitores têm
isso muito bem resolvido. Com a expressão “lembra-te do teu
Criador”, o sábio ensina aos
homens que eles não passam de criaturas.
O termo hebraico para lembrar, zakar,
reforça essa ideia. Ele significa recordar, trazer a mente, fazer um memorial. É
como se o pregador dissesse: “Coloque
isso em sua mente e, se possível, faça um memorial. Não esqueça que você é
criatura e que há um Criador”.
2. Há um Criador. Se em
Eclesiastes 12.1 o pregador revela Deus como o Criador, no versículo 13, o
livro mostra o Pai Celeste como o Supremo Juiz. Foi Deus quem criou e modelou a
criatura a quem Ele chamou de homem!
Este fato nos obriga a enxergar o ser humano como
criatura e Deus como o Criador. O homem como ser temporal e Deus como o Eterno.
Portanto, a partir dessa compreensão, podemos encarar a vida com mais humildade
e prudência.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Uma verdade que não pode ser esquecida: somos criatura; há
um Criador.
II. OS DOIS GRANDES MOMENTOS DA VIDA
1. A Juventude. Salomão
passa a falar sobre a juventude, ou seja, o estágio da vida que representa o
período de maior vigor.
Ele se vale de várias figuras para demonstrar a
nossa finitude e o quão frágeis somos. Em Eclesiastes 11.9, Salomão havia
falado da juventude, destacando-a como uma fase de recreação e de satisfação. Tais
metáforas criam a imagem da exuberância, elemento característico da mocidade.
Elas denotam que, nessa fase da vida, as pessoas
não se preocupam com lembranças, memoriais ou história. É como se não houvesse
um referencial. Mas em o Novo Testamento, o autor sagrado mostra 1 esse
referencial (Hb 12.2)—Jesus Cristo — e exorta-nos a viver a vida com os olhos
fitos no Mestre.
2. A velhice. No
Eclesiastes, a juventude é vista como um estágio inicial e intenso da vida,
enquanto a velhice aparece como o último estágio da existência, onde nada mais
parece fazer sentido.
O corpo físico, outrora forte, robusto e cheio de
vigor, agora se mostra enfraquecido pelos anos da vida. De forma metafórica, o
sábio prova que a velhice é bem diferente da juventude. O prazer não é como
antes (12.1), o sol não brilha com o mesmo esplendor (12.2), e o metabolismo do
corpo não funciona como no passado (Ec 12.3- 5). Enfim, a velhice mostra-nos
como somos frágeis, sujeitos a quebrar a qualquer instante (12.6).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os dois grandes momentos da vida que o sábio apresenta no
Eclesiastes são a juventude e a velhice.
III. AS DIFERENTES DIMENSÕES DA EXISTÊNCIA HUMANA
1. Corporal. Os
sentimentos e fatos experimentados na vida — alegrias ou tristezas, acertos ou
erros, o presente ou o passado — apenas são possíveis por causa da dimensão
corporal de nossa existência.
O rei Salomão chama-nos a atenção para esse fato
ao dizer que “o pó volte à terra, como o era” (Ec 12.7a). O texto bíblico denota que possuímos um corpo sujeito
às limitações de espaço e tempo. Por isso, não devemos esquecer que somos
absolutamente finitos.
Isso não significa que não temos valor. Ao
contrário, a Escritura demonstra que a dimensão temporal é tão importante
quanto a espiritual. Em 1 Coríntios 6.19,20, não há dualismo entre corpo e espírito,
como se este fosse bom e aquele mau. Portanto, devemos cuidar do nosso corpo e
usá-lo sempre para a glória de Deus.
2. Espiritual. Eclesiastes
12.7b revela que possuímos uma dimensão espiritual da vida, pois o nosso
espírito voltará “a Deus, que o deu”. O contexto do capítulo 12 de Eclesiastes faz um
contraste entre o temporal e o eterno, não deixando dúvidas que o termo
hebraico ruach, traduzido por fôlego, hálito e espírito, significa precisamente
“espírito” como a parte imaterial do
homem (1 Ts 5.23; 2 Co 5.8; Fl 1.23).
Assim como cuidamos da nossa dimensão material,
devemos cuidar da espiritual (2 Co 7.1; 1 Tm 4.8). E apesar de o homem ser
constituído por duas dimensões existenciais — a humana e a espiritual —, elas
não são independentes entre si, pois o homem é um ser integral (1 Ts 5.23).
IV. PRESTANDO CONTA DE TUDO
1. Guardando o mandamento. Após falar
da brevidade da vida e da necessidade de se buscar em Deus um sentido para ela,
o sábio conclui que o dever de todo homem é temer a Deus e guardar os seus
mandamentos (Ec 12.13).
Aqui, há duas coisas que precisam ser ditas. Primeira,
a vida é dinâmica, mas precisa de regras e normas. Segunda, é nosso dever ouvir
e guardar a Palavra do Senhor no coração. O mandamento divino é constituído de
princípios eternos e, para o nosso próprio bem, temos de observá-los e
acatá-los integralmente fazendo tudo quanto o Criador requer de nós, pois esta
é a vontade de Deus (1 Jo 5.3).
2. Aguardando o julgamento. Nas últimas
palavras do Eclesiastes, há uma séria advertência sobre o julgamento a que todo
ser humano estará sujeito. O pregador diz que “Deus há
de trazer a juízo toda obra e até tudo o que está encoberto, quer seja bom,
quer seja mau’’ (Ec 12.14)”.
As nossas obras e ações serão avaliadas por Deus,
pois para Ele os valores estão bem definidos: o certo e o errado nunca mudam. O
termo hebraico mishpat, usado nas últimas palavras de Salomão, possui o
sentido jurídico de tomada de decisão.
Chegará, pois o dia da prestação de contas de
todos os homens. O Justo Juiz decidirá o nosso destino (Rm 14.10,12). Tais
palavras não são intimidatórias, mas um convite a vivermos com responsabilidade
diante de Deus e da sociedade.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Todo homem não deve esquecer isto: Um dia prestaremos contas
de tudo a Deus.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A vida é um contraste entre a alegria e a
tristeza, entre a juventude e a velhice, entre a vida e a morte, entre o
passado e o presente.
Não há como fugir a essa realidade. Sabendo que a
nossa vida “debaixo do sol” é tão fugaz, cabe-nos procurar vivê-la da melhor
maneira possível, pois esse é um dom do Criador. Salomão, em sua singular
sabedoria, nos ensina: tema a Deus em todo o tempo. Só assim seremos felizes.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo
Testamento - Jó a Cantares de Salomão. 1 .ed. Rio de janeiro: CPAD,
2010.
MELO, Joel Leitão de. Eclesiastes versículo por
versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1999. PALMER, Michael D. (Ed.) Panorama
do Pensamento Cristão, l. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“[Os jovens] devem ser ensinados a considerar a
Deus como supremo”.
Ele expõe a verdade de que ‘o temor do Senhor é o
princípio da ciência’ ([Provérbios 1] v.7); é a parte principal do
conhecimento; é o que inicia o conhecimento, isto é, (1) de todas as coisas que
devem ser conhecidas, esta é a mais evidente - que Deus deve ser temido, deve
ser reverenciado, servido e adorado; este é o princípio do conhecimento, e não
sabem nada os que não sabem isto. (2) Para adquirir todo o conhecimento útil, é
extremamente necessário que temamos a Deus; nós não somos qualificados para nos
beneficiar das instruções que nos são dadas, a menos que nossas mentes sejam
possuídas por uma santa reverência por Deus, e que cada pensamento em nós seja
levado à obediência a Ele. Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, deve
conhecer a sua doutrina (Jo 7.17). (3) Assim como todo o nosso conhecimento
deve se originar do temor a Deus, ele também tende a este temor, como sua
perfeição e centro. “Sabem o suficiente os que sabem como temer a Deus, que são
cuidadosos em todas as coisas, para agradar a Ele e temerosos de ofendê-lo em
alguma coisa; este é o Alfa e o Ômega do conhecimento” (HENRY, Matthew. Comentário
Bíblico Antigo Testamento - Jó a Cantares de Salomão. 1 .ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2010, p.720).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“[Prestando contas à luz do Sermão do Monte]”
Em um importante sentido, todo o Sermão do Monte
representa uma simples expansão desse apelo compassivo. Começando no mesmo ponto
de partida — um lamento sobre a iminente destruição de Jerusalém — Cristo
simplesmente amplia a sua perspectiva e transmite aos discípulos um extenso
apelo que inclui desde o futuro escatológico até o momento do seu retorno e do
juízo que o acompanhará. Portanto, esse mesmo espírito que inspirou o pranto de
Cristo sobre a cidade de Jerusalém, permeia e dá um colorido a todo o Sermão do
Monte. E Mateus, que estava presente e ouviu em primeira mão, registrou tudo
isso no seu Evangelho, que é como um farol para todos os pecadores, em todos os
tempos. Trata-se do último e terno apelo do Senhor para o arrependimento, antes
que seja tarde demais.
Examinando esse sermão também vemos que todos os
vários apelos de Jesus para sermos fiéis e todas as suas advertências para
estarmos preparados ficam reduzidos a isso: eles representam um compassivo
convite para nos arrependermos e crermos. Ele está nos prevenindo de que
devemos nos preparar para a sua vinda porque, quando retornar, Ele trará o
Juízo Final. E, ao concluir o seu sermão, Ele descreve detalhadamente esse
juízo.
Essa parte remanescente do Sermão do Monte
transmite uma das mais severas e solenes advertências sobre o juízo em toda a
Escritura. Cristo, o Grande Pastor, será o Juiz, e irá separar suas ovelhas dos
bodes. Estas palavras de Cristo não foram registradas em nenhum dos outros
Evangelhos. Mas Mateus, pretendendo retratar Cristo como Rei, mostra-o aqui
sentado no seu trono terreno. Na verdade, esse juízo será o primeiro ato depois
do seu glorioso retorno à Terra, sugerindo que esta será a sua primeira atividade
como governante da Terra (cf. SI 2.8-12). Esse evento inaugura, portanto, o
Reino Milenial, e é distinto do juízo do Grande Trono Branco descrito em
Apocalipse 20, que ocorre depois que a era milenial chega ao fim. Nesse caso,
Cristo está julgando aqueles que estarão vivos no seu retorno, e irá separar as
ovelhas (os verdadeiros crentes) dos bodes (os descrentes). “Os bodes
representam a mesma classe de pessoas que são retratadas como servos maus, como
virgens imprudentes, e como o escravo infiel nas parábolas imediatamente
precedentes” (MACARTHUR JR., John. A Segunda Vinda. 1 .ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2008, pp.l 80-81).