O PROPÓSITO DOS
DONS ESPIRITUAIS
13 de abril de 2014
Professor
Alberto
TEXTO
ÁUREO
“Assim também vós, como desejais dons
espirituais, procurai sobejar neles, para edificação da igreja.” (1 Co 14.12).
VERDADE
PRÁTICA
Os dons são recursos concedidos por Deus para
fortalecer e edificar a Igreja espiritualmente.
COMENTÁRIO
DO TEXTO ÁUREO
“Assim também vós, como desejais dons
espirituais, procurai sobejar neles, para edificação da igreja.” (1 Co 14.12).
Nosso
texto áureo está inserido no capítulo 14 da Primeira Epístola de Paulo aos
Coríntios, quando Paulo ensina que o dom de profecia é superior ao de línguas.
Após
o apóstolo Paulo apresentar o dom de profecia como mais edificante para a
igreja que o falar línguas, ele exorta a igreja a buscar os dons espirituais,
ser abundantes neles, mas sempre visando a edificação coletiva da comunidade
cristã, nesta perspectiva o dom de profecia é superior porque edifica toda a
igreja, enquanto o de língua apenas a própria pessoa: “O que fala em outra língua
a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a igreja” (1 Co 14.4).
Portanto,
os dons espirituais são dados a Igreja para sua edificação, esse é o objetivo
do ofício ministerial, conforme Efésios 4.11-12. Os dons espirituais foram
concedidos com esse propósito de edificação, conforme 1 Coríntios 14.3-5, 12. O
alvo dos dons espirituais é a perfeição e união com o Senhor Jesus, conforme
Efésio 4.16.
Como
os dons são para a edificação da Igreja, é importante que as pessoas usadas
pelo Espírito Santo, compreendam que não é o instrumento que é importante mas o
som que sai dele, portanto a autonegação é necessário para seu pleno
desenvolvimento, conforme 1 Coríntios 10.23-33. Assim a esperança é que os dons
espirituais edifiquem mutualmente os irmãos, conforme Romanos 14.19. Todas as
ações efetuadas no seio da igreja cristã precisam ter como objetivo a
edificação (Ef 4.29).
Os dons são recursos concedidos por Deus para fortalecer e
edificar a Igreja espiritualmente.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 12.8-11; 13.1,2.
1 Coríntios 12
8 - Porque a um,
pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a
palavra da ciência;
9 - e a outro,
pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
10 - e a outro, a
operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os
espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das
línguas.
11 - Mas um só e o
mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um
como quer.
1 Coríntios 13
1 - Ainda que eu
falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o
metal que soa ou como o sino que tine.
2 - E ainda que
tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e
ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não
tivesse amor; nada seria.
RESUMO DA LIÇÃO 2
O
PROPÓSITO DOS DONS ESPIRITUAIS
I - OS DONS NÃO SÃO PARA ELITIZAR O CRENTE
1. A igreja Coríntia.
2. Uma igreja de muitos
dons, mas carnal.
3. Dom não é sinal de
superioridade espiritual.
Il - EDIFICANDO A SI MESMO E AOS OUTROS
1. Edificando a si mesmo.
2. Edificando os outros.
3. Edificando até o não
crente.
IIl - EDIFICAR TODO O CORPO DE CRISTO
1. Os dons na igreja. N
2. Os sábios arquitetos do
Corpo de CRISTO.
3. Despenseiros dos dons.
INTERAÇÃO
Qual é o real propósito dos
dons espirituais?
Você, tem uma visão bíblica e
teológica a respeito do objetivo dos dons?
Muitos estão se utilizando
dos dons de forma interesseira e egoísta.
As dádivas divinas nos são
concedidas pela graça e devem ser utilizadas com sabedoria e santidade a fim de
que o nome do Senhor seja exaltado e todos os membros do Corpo de Cristo sejam edificados.
Os dons não são para elitizar
o crente. Também não são sinal de superioridade espiritual.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Conscientizar-se de que os dons espirituais não são
para elitizar o crente.
·
Compreender que os dons devem ser utilizados para edificar a si mesmo e aos
outros.
·
Saber que o propósito dos dons é a edificação do Corpo de Cristo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
“O que precisamos fazer para receber os dons espirituais?”;
“A santidade é condição para o recebimento dos dons?”.
Explique que os dons espirituais são habilidades concedidas pelo
Espírito Santo para edificação da igreja.
Para receber estas habilidades basta crer e pedir com fé.
Os dons são presentes divinos e fruto da misericórdia do Pai. É graça
de Deus!
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
PROPÓSITO:
Aquilo
que se busca alcançar; objetivo, finalidade, intuito.
Nesta
lição estudaremos o verdadeiro propósito dos dons espirituais concedidos por
Deus à sua Igreja.
Os
dons do Espírito Santo são recursos imprescindíveis do Pai para os seus filhos.
O
seu propósito é edificar-nos e unir-nos, fortalecendo assim a Igreja de Cristo
(1Tm 3.15).
I. OS DONS NÃO SÃO
PARA ELITIZAR O CRENTE
1. A igreja coríntia. A Igreja em Corinto
localizava-se numa cidade comercial e próxima do mar, sendo uma das mais
importantes do Império Romano.
Corinto
era uma cidade economicamente rica, porém marcada pelo culto idolátrico.
Durante
a segunda viagem missionária de Paulo, a igreja recebeu a visita do apóstolo
(At 18.1-18).
Por
conhecer muito bem a comunidade cristã em Corinto foi que o apóstolo dos
gentios tratou, em sua Primeira Epístola dirigida àquela igreja, sobre a
abundância da manifestação dos dons do Espírito, chegando a afirmar daquela
igreja que “nenhum dom lhe faltava” (1Co 1.7).
2. Uma igreja de muitos dons,
mas carnal. Os dons do Espírito
concedidos por Deus à igreja de Corinto tinham por finalidade prepará-la e
santificá-la para o serviço do evangelho: a proclamação da Palavra de Deus
naquela cidade.
Todavia,
além de aquela igreja não usar corretamente os dons que recebera do Pai, tinha
em seu meio divisões, inveja, imoralidade sexual, etc.
Como
pode uma igreja evidentemente cristã ser ao mesmo tempo carnal e imoral?
Por
isso Paulo a chama de carnal e imatura (1Co 3.1,3).
Com
este relato, aprendemos que as manifestações espirituais na igreja local não
são propriamente indicadoras de seriedade, espiritualidade e santidade.
igreja
onde predominam a inveja, contenda e dissensões, nem de longe pode ser chamada
de espiritual, e sim de carnal.
3. Dom não é sinal de
superioridade espiritual. Muitos creem erroneamente que os irmãos agraciados com dons da
parte de Deus são, por isso, mais espirituais que os outros.
Todavia,
os dons do Espírito são concedidos pela graça de Deus. Por ser resultado da
graça divina, não recebemos tais dons por méritos próprios, mas pela bondade e
misericórdia de Deus.
Que
a mensagem de Jesus possa ressoar em nossa consciência e convencer-nos de uma
vez por todas de que os dons não são garantia de espiritualidade genuína:
“Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor,
não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E,
em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente:
Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt
7.22,23).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Os dons do Espírito Santo são concedidos pela
graça divina; eles não devem ser usados para elitizar o crente.
II. EDIFICANDO A SI
MESMO E AOS OUTROS
1. Edificando a si mesmo. Paulo diz que quem “fala língua estranha edifica-se a si mesmo” (1Co 14.4). O apóstolo estimulava os
crentes da igreja de Corinto a cultivarem sua devoção particular a Deus através
do falar em línguas concedidas pelo Espírito, com o objetivo de edificarem a si
mesmos.
Isto
não significa que o apóstolo dos gentios proibia o falar em línguas
publicamente, mas ao fazê-lo de maneira devocional o crente batizado com o
Espírito Santo edifica-se no seu relacionamento com Deus.
Falar
ou orar em línguas provenientes do Espírito é uma bênção espiritual
maravilhosa.
2. Edificando os outros. Os crentes de Corinto
falavam em línguas e exerciam vários dons espirituais, mas parece que eles não
se preocupavam muito em ajudar as pessoas. Por isso, o apóstolo lembra que os
dons só têm razão de existir quando o portador preocupa-se com a edificação da
vida do outro irmão em Cristo (1Co 14.12).
Em
lugar de buscarmos prosperidade material, como se pudéssemos barganhar com Deus
usando dinheiro em troca de bênçãos, busquemos os dons espirituais.
Agindo
assim edificaremos a nós mesmos e também aos outros.
3. Edificando até o não crente. Embora o apóstolo dos
gentios estimulasse todos os crentes a falarem em línguas, isto é, a edificarem
a si mesmos, seu desejo era que também esses mesmos crentes profetizassem a fim
de que a igreja toda fosse edificada.
O
comentário da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal diz sobre esse texto: “Embora o próprio Paulo falasse em
línguas, enfatizava a profecia, porque esta edificava a Igreja inteira,
enquanto falarem línguas beneficiava principalmente o falante”.
Todos
quantos vierem a frequentar nossas reuniões devem ser edificados, sejam crentes
ou não.
Por
isso, não podemos escandalizar aqueles que não comungam a mesma fé que nós (1Co
14.23).
Como
eles compreenderão a mensagem do evangelho se em uma reunião não entenderem o
que está sendo falado? (1Co 14.9).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os dons só têm uma razão de existir na vida do
crente: edificar a vida do outro irmão em Cristo.
III. EDIFICAR TODO O
CORPO DE CRISTO
1. Os dons na igreja. Na Primeira Carta aos
Coríntios, Paulo dedica dois capítulos (12 e 14) para falar a respeito do uso
dos dons na igreja.
O
apóstolo mostra que quando os dons são utilizados com amor, todo o Corpo de
Cristo é edificado. Conforme diz Thomas Hoover, parafraseando Paulo em Efésios
4.16, “os membros do corpo, cada qual com sua própria
função concedida pelo Espírito, cooperam para o bem de todas. O amor é
essencial para os dons espirituais alcançarem seu propósito”.
Se
não houver amor, certamente não haverá edificação (1Co 13).
Sem
o amor de Deus nos tornamos egoístas e acabamos por colocar nossos interesses
em primeiro lugar.
O
propósito dos dons, que é edificar o Corpo de Cristo, só pode ser cumprido se
tivermos o amor de Deus em nossa vida.
2. Os sábios arquitetos do
Corpo de Cristo. Deus levanta homens para edificarem espiritual, moral e
doutrinariamente a igreja local.
A
Igreja é o “edifício de Deus” (1Co 3.9).
Os
ministros, sábios arquitetos (1Co 3.10).
O
fundamento já está posto pelos apóstolos: Jesus Cristo (1Co 3.11).
Mas
os ministros têm de tomar o cuidado com as pedras assentadas sobre este
alicerce, pois eles também tomam parte na edificação espiritual da Igreja de
Cristo segundo a mesma graça concedida aos apóstolos.
Por
isso, Paulo faz uma solene advertência para a liderança hoje: “mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr
outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1Co
3.10,11).
3. Despenseiros dos dons. O apóstolo Pedro exortou a igreja acerca da administração dos
dons de Deus (1Pe 4.10,11).
Ele
usou a figura do despenseiro que, antigamente, era o homem que administrava a
despensa e tinha total confiança do patrão.
O
despenseiro adquiria os mantimentos, zelava para que não estragassem e os
distribuíam para a alimentação da família.
Desta
forma, os despenseiros da obra do Senhor devem alimentar a “família de Deus” (1Co 4.1; Ef 2.19).
Eles
precisam ter o cuidado no uso dos dons concedidos pelo Senhor para prover a alimentação
espiritual, objetivando a edificação do Corpo de Cristo: “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons
despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém falar, fale segundo as
palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus
dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a
glória e o poder para todo o sempre” (1Pe 4.10,11).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Quando os dons espirituais são utilizados com amor
todo o Corpo de Cristo é edificado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A
igreja de Jesus Cristo tem uma missão a cumprir: proclamar o evangelho em um
mundo hostil às verdades de Cristo e descrente de Deus.
Diante
desta tão sublime tarefa, a igreja necessita do poder divino.
Os
dons espirituais são um “arsenal” à disposição do corpo de Cristo para o
cumprimento eficaz de sua missão na terra.
Como
já foi dito, o propósito dos dons é edificar toda a igreja, todo Corpo de
Cristo para ser abençoado, exortado e consolado.
Por
isso, nunca devemos usar os santos dons de Deus em benefício particular, como
se fosse algo exclusivo de certas pessoas.
Somos
chamados a servir a Igreja do Senhor, e não a utilizar os dons de Deus para nós
mesmos.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
SOUZA,
Estêvam Ângelo de. Nos Domínios do Espírito. 2 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 1987.
HORTON,
Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo
Testamento. 12 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“Dado conforme o Espírito Deseja
A primeira relação dos dons com a repetição do fato que cada um
é dado pelo Espírito (1Co 12.8-10) leva ao clímax no versículo 11, que diz:
‘Mas um só e o mesmo Espírito opera todas as coisas, repartindo particularmente
[individualmente] como quer’. Aqui temos um paralelo com Hebreus 2.4, que fala
dos apóstolos que primeiramente ouviram o Senhor e depois transmitiram a
mensagem: ‘Testificando também Deus com eles, por sinais [sobrenaturais], e
milagres, e várias maravilhas [tipos de obras de grande poder] e dons
[distribuições separadas] do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade’. É
evidente, à luz destes trechos, que o Espírito Santo é soberano ao outorgar os
dons. São distribuídos segundo a sua vontade. Buscamos os melhores dons, mas Ele
é o único que sabe o que é realmente melhor em qualquer situação. Fica
evidente, também, que os dons permanecem debaixo de sua autoridade. Nunca são
nossos no sentido de não precisarmos do Espírito Santo, pela fé, para cada
expressão desses dons. Nunca se tornam parte da nossa própria natureza, ao
ponto de não perdê-los, de serem tirados de nós. A Bíblia diz que os dons e a
vocação de Deus são permanentes (Deus não muda de opinião a respeito deles),
mas aqui há referência a Israel (Rm 11.28,29)” (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.230).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio
Bibliológico
“O amor é essencial
Os dons têm um lugar especial na igreja e são muito úteis. Mas o
amor representa a essência da vida cristã, e é absolutamente necessário. Ele
encontra um lugar mesmo entre os dons carismáticos, porém os dons sem a
presença do amor são como um corpo sem alma.
Sem amor, o dom de falar se torna vazio e imprudente — ele é como
o metal que soa ou como o sino que tine. O metal que soa (‘gongo barulhento’)
significa que um pedaço de metal não lavrado ou gongo usado para chamar a
atenção. Tinir (alalazon) significa ‘colidir’, ou um som alto e áspero. O sino (ou
símbolo) consistia de duas meias circunferências que eram golpeadas causando um
estrondo. A ideia aqui é de um inexpressivo som de metal em lugar de música.
O objetivo do apóstolo é mostrar que o homem que professa o dom
da glossolalia, da forma como era praticada em Corinto, mas que não tem amor,
na realidade não é mais que um instrumento metálico impessoal” (Comentário
Bíblico Beacon. 1 ed. Vol. 8, Rio de
Janeiro: CPAD, 2006, pp.343,44).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O Propósito dos Dons
Muitas dúvidas pairam sobre os crentes pentecostais quando o
assunto é os dons espirituais. Elas prejudicam a obra de Deus e o recebimento
das bênçãos divinas. Os dons do Espírito Santo são recursos indispensáveis para
o Corpo de Cristo. Eles contribuem para a expansão e edificação da Igreja.
Os dons são sempre concedidos aos crentes visando um propósito
específico. Qual será este objetivo? O alvo divino é a edificação de todos os
membros do Corpo. Infelizmente, alguns fazem um uso errado dos dons. Vemos
crentes tentando usar os dons para alcançar interesses pessoais. Em vez de
glorificar o nome do Senhor, estes se utilizam dos dons a fim de galgar
posições eclesiásticas. Muitos não estão mais sendo usados pelo Espírito Santo,
mas estão tentando usar o Espírito. Eles estão enganando a si próprios. O
Senhor conhece nossos corações e as nossas intenções. Haverá um dia que teremos
que prestar contas ao Senhor a respeito do uso dos nossos dons e talentos.
Neste dia muitos ouvirão do próprio Senhor a quem tentaram enganar (Mt 7.24).
O objetivo dos dons não é a superioridade ou elitização de um
grupo (1Co 12.7)
Por falta de conhecimento bíblico, muitos acreditam,
erroneamente, que os dons são um sinal de grande espiritualidade e até de
superioridade, mas não o são. Tomemos como exemplo os irmãos da igreja de
Corinto. Ao visitar aquela igreja, Paulo relatou que ali havia a manifestação
de muitos dons espirituais (1Co 1.7). Corinto era uma cidade cosmopolita,
marcada pela idolatria, paganismo e imoralidade. Ser um crente fiel naquela
cidade não era fácil. Logo, Deus concedeu muitos dons do Espírito Santo àqueles
irmãos a fim de que tivessem condições de lutar contra a idolatria, a
imoralidade e permanecessem em santidade até a volta de Cristo. Todavia, a
igreja de Corinto estava longe de ser uma igreja espiritual. O pecado havia
adentrado ali. Paulo chama os irmãos de Corinto de carnais e meninos (1Co 3.1).
Fica então a pergunta: “O que torna o crente espiritual? Os dons?” Podemos
aprender, por intermédio dos irmãos de Corinto, que não. Quem tem poder para
santificar os crentes é o Espírito Santo. Os dons são dádivas divinas. São
presentes e não tem o poder de nos santificar.
Os dons espirituais são dádivas importantes e necessárias à
igreja nestes últimos dias antes da Segunda Vinda de Cristo. Estamos vivendo
tempos trabalhosos (2Tm 3.1), por isso, precisamos ser cheios do Espírito Santo
e procurar com dedicação os dons espirituais (1Co 12.31).