O JULGAMENTO E A SABEDORIA PERTENCEM A DEUS
14 de setembro de 2014
Professor
Alberto
TEXTO
ÁUREO
“Há só um Legislador e um Juiz, que pode
salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” (Tg 4.12).
VERDADE
PRÁTICA
Não podemos
estar na posição de juízes contra as pessoas, pois somente Deus é o Justo Juiz.
COMENTÁRIO
DO TEXTO ÁUREO
“Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu,
porém, quem és, que julgas a outrem?” (Tg 4.12).
Nosso texto áureo está
inserido no versículo 12 do capítulo 4 da Epístola de Tiago, é o fechamento das
instruções e exortações sobre a necessidade de resistir as paixões carnais.
Neste contexto Tiago declara: “Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir.
Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” (Tg 4.12).
Deus é o autor da Lei,
portanto, somente Ele pode julgar de acordo com a essência da Lei, Ele
verdadeiramente sabe o significado real da lei, infelizmente ao longo do tempo,
os homens distorceram a Lei divina, o Senhor Jesus declarou: “...Na cadeira de
Moisés estão assentados os escribas e fariseus... Pois atam fardos pesados e
difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com seu
dedo querem movê-los;” (Mt 23:2-4) e “Mas ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus;
e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando... Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o
cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé;
deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas...” (Mt 23:5-28).
Portanto, somente Deus que
deu a lei, somente Ele é o Juiz que pode julgar, somente Ele possui a
inteligência, sabedoria e o poder de julgar aos homens. Como autor da vida e Senhor de toda criação,
Ele pode salvar e destruir, no entanto, Ele nos amou: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que
deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que
condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo
3:16-17).
Mas, Ele também é Juiz e
há de vir para julgar os vivos e os mortos: “Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo,
que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino” (2
Tm 4:1). Portanto, “Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e
destruir...” (Tg 4.12ª).
“...Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” (Tg 4.12b) – Trata-se de uma
observação vital, porque o questionamento é: porque você presume ter tamanha
responsabilidade de Juiz, visto que só Deus é Juiz? Tal atitude é uma
insanidade, apenas o torna ridículo, néscio, irresponsável: “Não julgueis, para
que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados,
e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que
reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que
está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu
olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e
então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão” (Mateus 7:1-5); “Todavia, a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós, ou
por algum juízo humano; nem eu tampouco a mim mesmo me julgo. Porque em nada me
sinto culpado; mas nem por isso me considero justificado, pois quem me julga é
o Senhor. Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o
qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os
desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor” (1
Coríntios 4:3-5).
Isso não significa que não
podemos ajudar aqueles que estão em dificuldade espiritual, orientando-os e
aconselhando-os. O texto não é contra a ideia de fazermos juízos morais, de
tentar ajudar a outros a corrigirem os seus caminhos errados e tortuosos, mas
devemos fazer tudo com caridade e paciência: “Irmãos, se algum homem chegar a ser
surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com
espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado.
Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo” (Gálatas 6:1-2) e Tiago nos ensina: “Irmãos, se algum
dentre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, Saiba que aquele
que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma
alma, e cobrirá uma multidão de pecados” (Tiago 5:19-20).
Portanto, que o Temor do
SENHOR esteja sempre presente em nossa vida, para compreendermos que: “Há só um Legislador
e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a
outrem?” (Tg 4.12).
RESUMO DA LIÇÃO 11
O JULGAMENTO E A SABEDORIA PERTENCEM A DEUS
I – O PERGIO DE COLOCAR-SE COMO
JUIZ (Tg 4.11,12)
1. A ofensa gratuita.
2. Falar mal dos outros e
ser juiz da lei (Tg 4.11).
3. O autêntico Legislador e
Juiz pode salvar e destruir (Tg 4.12).
II - A BREVIDADE DA VIDA E A
NECESSIDADE DO RECONHECIMENTO DA SOBERANIA DIVINA (Tg 4.13-15).
1. Planos meramente humanos
(Tg 4.13).
2. A incerteza e a brevidade
da vida (Tg 4.14).
3. O modo bíblico de abordar
o futuro (Tg 4.15).
III - OS PECADOS DA ARROGÂNCIA E
DA AUTOSSUFICIÊNCIA DO SER HUMANO (Tg 4.16,17)
1. Gloriar-se nas presunções
(Tg 4.16a).
2. A malignidade do orgulho
das presunções (Tg 4.16b).
3. Faça o bem (v.17).
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Tiago 4.11-17
11 Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal
de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; e, se tu julgas
a lei, já não és observador da lei, mas juiz.
12 Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e
destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?
13 Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a
tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos.
14 Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã.
Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se
desvanece.
15 Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e
se vivermos, faremos isto ou aquilo.
16 Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda
glória tal como esta é maligna.
17 Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete
pecado..
INTERAÇÃO
Tiago nos
ensina que falar mal do irmão e julgá-lo nos torna juiz da lei. Sabemos que só
existe um único juízes e legislador — Deus. Quem somos nós para julgar nossos
irmãos em Cristo?
Como seres
humanos somos falhos, imperfeitos e não conhecemos o que vai no interior de
cada um.
Deus é santo,
justo e conhece as nossas verdadeiras intenções, por isso, somente Ele tem como
julgar as pessoas com retidão.
Em o Novo
Testamento, Jesus afirmou que a lei se resume em dois mandamentos, amar a Deus
acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Quem ama o seu irmão
não o julga. E quem não ama já está descumprindo a lei divina.
Quais têm sido
suas atitudes para com seus irmãos? Você os ama, os compreende, ou tem se
colocado diante de cada um como um juiz impiedoso?
Não se esqueça
da advertência do nosso Mestre: “Não julgueis, para que não sejais julgados [...]” (Mt
7.1,2).
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Analisar os
perigos de se colocar como juiz dos irmãos.
Conscientizar-se da brevidade
da vida.
Mostrar
que a arrogância e a autossuficiência são pecados.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra
Chave
JULGAR:
Pronunciar
sentença (de condenação ou de absolvição); sentenciar.
A lição dessa
semana é a continuação dos conselhos práticos de Tiago aos seus leitores. Os
assuntos com maior destaque são a “relação social entre os irmãos” e o
“planejamento da vida”.
Aprenderemos
que, uma vez nascidos de novo, não podemos nos relacionar de maneira
conflituosa com os outros. Outro aspecto importante que estudaremos é que o
planejamento da nossa vida tem de estar de acordo com a soberana vontade de
Deus — único legislador e juiz da vida. Ele é quem sempre terá a última palavra.
I. O PERIGO DE
COLOCAR-SE COMO JUIZ (Tg
4.11,12)
1. A ofensa
gratuita. Não há
postura mais problemática em uma igreja local quanto a do “disse-me-disse”.
Infelizmente,
tal comportamento parece ser uma questão cultural. Algumas pessoas parecem ter
satisfação em destilar palavras que machucam. O que ganham com isso?
Um ambiente
incendiado por insinuações maldosas, onde elas mesmas passam a maior parte das
suas vidas sofrendo e levando outros a sofrerem. Assim, Tiago inicia a segunda
seção bíblica do capítulo quatro abordando o relacionamento interpessoal entre
os crentes (v.11).
Devemos evitar
as ofensas e as agressões gratuitas, pois o “irmão ofendido é mais difícil de
conquistar do que uma cidade forte; e as contendas são como ferrolhos de um
palácio” (Pv 18.19). As ofensas só trazem angústias, tristezas e desgraças.
2. Falar mal
dos outros e ser juiz da lei (Tg 4.11). O pecado de falar mal do outro foi por Tiago tratado com
clareza ainda no versículo 11. Quem empresta os seus lábios para caluniar e
emitir falso testemunho, além de estar pecando, coloca-se como o juiz do outro,
mas não cumpridor da lei.
Nós, servos de
Cristo, fomos chamados para ser discípulos, não juízes. Quem busca estabelecer
condições para amar o próximo não pode ser discípulo de Jesus de Nazaré. Já
imaginou se hoje, Deus, o nosso Pai, tratasse-nos numa posição de Juiz?
Provavelmente estaríamos perdidos!
3. O autêntico
Legislador e Juiz pode salvar e destruir (Tg 4.12). Com o objetivo de demonstrar o porquê
de não podermos nos colocar como juízes dos outros, o texto bíblico recorda do
quanto somos pecadores e declara que há apenas um Legislador (criador das leis)
e Juiz (apto para julgar a todos) (v.12).
Apenas o
Criador tem o poder de salvar e destruir. Portanto, antes de emitir uma palavra
de julgamento contra uma pessoa, responda a esta questão: “Tu, porém, quem és,
que julgas a outrem?”.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Falar mal
de um irmão e julgá-lo é pecado, pois só existe um único Juiz e Legislador
entre os crentes, Jesus Cristo.
II. A BREVIDADE DA
VIDA E A NECESSIDADE DO RECONHECIMENTO DA SOBERANIA DIVINA (Tg 4.13-15).
1. Planos
meramente humanos (Tg 4.13). É
comum algumas vezes falarmos “daqui tantos anos vou fazer isso”, “em 2018 eu
farei aquilo”, etc.
É verdade que
precisamos planejar a vida. Entretanto, todo planejamento deve ser feito com a
sabedoria do alto. Isto é uma dádiva de Deus.
Todavia,
infelizmente nos acostumamos à mera rotina e tendemos a planejarmos o futuro
sem ao menos nos lembrarmos de que Deus, o autor da vida, tem de ser
consultado, pois tudo o que temos é fruto da sua bondade e misericórdia.
2. A incerteza
e a brevidade da vida (Tg 4.14). “A
vida é um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece”. Eis uma séria
advertência de Tiago para nós! O ser humano muitas vezes se esquece da sua real
condição.
Fazemos os
planos para amanhã ou depois, mas ninguém tem a certeza do futuro que lhe
espera. A nossa vida é breve, passa como a fumaça. Lembre-se de que a nossa
existência terrena é passageira e que, por isso, devemos viver a vida segundo a
vontade de Deus, esperança nossa.
3. O modo
bíblico de abordar o futuro (Tg 4.15). Após compreendermos que a existência humana é finita e
Deus é o infinito Absoluto, o versículo 15 nos ensina a ter um estilo de vida
diferente.
A consciência
da nossa limitação, bem como da transitoriedade e a brevidade da vida, deve
incidir sobre o nosso modo de viver ao mesmo tempo em que deve servir como
ponto de partida para confiarmos ao Senhor todos os nossos planos.
Só com essa
consciência, buscaremos realizar a vontade de Deus que é boa, perfeita e
agradável (Rm 12.2). Portanto, agiremos assim: “Se o Senhor quiser, e se
vivermos, faremos isto ou não”. Tal postura não é falta de fé, ao contrário, é
fé na Palavra de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A vida do
homem é frágil e breve, por isso, precisamos reconhecer que somos dependentes
do Criador.
III. OS PECADOS DA
ARROGÂNCIA E DA AUTOSSUFICIÊNCIA DO SER HUMANO (Tg 4.16,17)
1. Gloriar-se
nas presunções (Tg 4.16a). Pensar
que podemos controlar a nossa vida é de uma presunção orgulhosa que afronta o
próprio Deus.
Nós somos as
criaturas e Deus, o Criador. Infelizmente, muitos fazem os seus planos
desprezando o Senhor como se fosse possível deixá-lo fora do curso da nossa
vida. Não sejamos presunçosos e arrogantes! Reconheçamos as nossas
fragilidades, pois somos pó e cinza (Gn 18.27; Jó 30.19). Mas Deus, o nosso
Pai, é tudo em todos por Cristo Jesus, o nosso Senhor (Cl 3.11).
2. A
malignidade do orgulho das presunções (Tg 4.16b). A gravidade da presunção e da
arrogância humana pode ser comprovada na segunda parte do versículo dezesseis:
“toda glória tal como esta é maligna”.
O livro de
Ezequiel conta-nos a história do rei de Tiro. Ali, a malignidade, a arrogância
e o orgulho humano levaram um poderoso rei a perder tudo o que tinha. Ele era
poderoso em sabedoria e entendimento, acumulando para si riquezas e poder.
Mas seu
coração tornou-se arrogante, enchendo o interior de violência, iniquidades,
injustiças do comércio e profanação dos santuários (Ez 28.4,5,16,18). Em pouco
tempo o seu fabuloso império desmoronou.
Não há ser
humano no mundo que resista às tentações da arrogância, do poder e do orgulho. Triste
é o final de quem se entrega à malignidade do orgulho das presunções humanas.
3. Faça o bem
(v.17). Fazer o
bem é uma afirmação da Epístola de Tiago que lembra as suas primeiras
recomendações de não sermos apenas ouvintes, mas praticantes da Palavra (Tg
1.22-25).
Ora, se nós
ouvimos, entendemos, compreendemos e podemos fazer o que deve ser feito, mas
não o fazemos, estamos em pecado. Deus condena o pecado de omissão!
Não sejamos
omissos quanto àquilo que podemos e devemos fazer! Como discípulos de Cristo
não podemos recuar. Antes, temos de perseverar em perseguir o alvo que nos foi
proposto até o fim (Fp 3.14).
SINOPSE DO TÓPICO
(III)
Que jamais
venhamos permitir que a presunção e o orgulho dominem os nossos corações e que
nos faça acreditar que podemos controlar nossa vida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos nesta
lição as duras advertências de Tiago. Infelizmente, as transgressões descritas
na epístola são quase que naturais na atualidade. Não são poucos os que
difamam, caluniam e falam mal do próximo.
Comportam-se
como os verdadeiros juízes, ignorando que com a mesma medida com que medem os
outros, eles mesmos serão medidos (Mc 4.24).
Vimos também
que ainda que façamos os melhores planos para a nossa vida, devemos nos lembrar
de que a vontade de Deus é sempre o melhor. Que aprendamos com Tiago a perdoar
ao outro e submetermo-nos à vontade do Pai.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS,
Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural
do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007.
ARRINGTON, French L.; STRONSTD (Eds.). Comentário
Bíblico Pentecostal Novo Testamento.
Volume 2. 4ª Edição. RJ: CPAD, 2009.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
I
Subsídio Bibliológico
“Julgar ou Submeter-se à Lei”?
Tiago inicia
uma transição da convocação dos crentes para o seu preparo para o iminente
julgamento, exortando-os a cumprir sua responsabilidade perante os semelhantes
que, por sua vez, também o enfrentarão. Faz essa mudança de retórica e
repetindo o aviso feito em 3.1, que voltará a focalizar em 5.1-9, aconselhando
a respeito da atitude que as pessoas devem ter para com seus semelhantes.
Tiago é
claramente enfático na sua denúncia sobre como os crentes às vezes tratam os
outros (‘não faleis mal uns dos outros’, v.11). Essa tendência de falar
julgando e condenando os outros, talvez sem um verdadeiro motivo (calúnia),
certamente representa uma das razões pelas quais ele previne contra o orgulho
de assumir as responsabilidades de um ensinador (3.1). “O adequado papel de um
mestre é ‘convencer do erro do seu caminho um pecador’ (5.20), e não condená-lo
(cf. 7.1-5)” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.1683).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
II
Subsídio Bibliológico
“Tiago
identifica dois problemas que se originam quando as pessoas reivindicam as
prerrogativas de um julgamento que por direito pertence somente a Deus, o
‘único Legislador e Juiz “(v.12).
Ao condenarmos
outros, estamos principalmente condenando a própria lei. Talvez Tiago
acreditasse que esse era o caso porque quando condenamos as pessoas estamos condenando
aqueles que foram ‘feitos à semelhança de Deus’ (3.9), e assim, implicitamente,
estamos condenando o próprio Deus (cf. Rm 14.1-8).
Aqueles que
julgam os semelhantes estão se posicionando como juízes acima da lei ao invés
de submeterem-se a ela (‘se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas
juiz’, Tg 4.11); isto é, inevitavelmente o padrão de comportamento reproduz o
desejo do juiz humano e não a vontade de Deus (veja 4.13-17). “Ao invés de nos
atermos às omissões dos semelhantes na obediência à lei de Deus, deveríamos nos
concentrar em nossa submissão a Ele (4.7) e à sua lei” (ARRINGTON, French L;
STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª
Edição. RJ: CPAD, 2004, p.1683).
SUBSÍDIOS ENSINADOR
CRISTÃO
O Julgamento e a Soberania pertencem a Deus
Diz um ditado
popular: “Antes de apontar um dedo para alguém, lembre que há quatro apontados
para você”. Se esta simples recomendação fosse levada em consideração, muitos
mal entendidos seriam evitados. É impressionante como há pessoas que se julgam
acima do bem e do mal. Com isso não queremos dizer que não temos a legitimidade
de interpretar quando alguém está ou não agindo de maneira dissimulada. Mas o
que está em questão nesta seção bíblica de Tiago (4.11-17) é o estilo de vida
que a pessoa desenvolve sob a perspectiva de ser superior a outra pessoa.
Nos versículos
13-15, Tiago lembra-nos da brevidade da vida e da soberania de Deus sobre ela.
Quem é verdadeiramente o juiz perfeito, senão Deus? Nós somos simples
assistentes, e muitas vezes, os próprios réus necessitados do perdão divino.
Quanta misericórdia Deus teve por você, por mim e tantos outros seres humanos!
Torna-se uma tarefa impossível de relatar em alguma folha de papel tamanha
misericórdia e amor. Com a exceção da direção divina, a nossa vida é incerta e
breve. Hoje estamos vivos, mas amanhã podemos estar mortos. Por isso, quem
somos nós para posicionarmo-nos como juízes algozes de alguém?
Caro
professor, veja quanta riqueza de temas práticos podemos trabalhar nesta aula
com os nossos alunos! É imprescindível que os estimulemos a pensarem estas
questões práticas de maneira inteligente e franca. O tema da lição desta semana
é vivenciado por eles a cada dia das suas vidas. Não podemos desperdiçar a
oportunidade de convencermos os nossos alunos à adequarem as suas consciências
à luz da Palavra. Não é normal que as pessoas vivam julgando as outras, e nunca
parem para fazer um exame da própria consciência. Este exame pode ser feito de
maneira bem prática. Basta, no final de um dia, ao chegar em casa, perguntar-se
sinceramente: Hoje magoei alguém com o meu comportamento? Há dentro de mim
algum sentimento que reflete a ambição, o egoísmo e o prazer sórdido?
Essas
perguntas ajudam-nos a conhecer nós mesmos. Se as fizermos à nossa consciência
e respondermo-las com sinceridade não ficará pedra sobre pedra. Então, nos
conheceremos melhor, desenvolveremos uma autocrítica mais eficaz e teremos toda
a independência para odiar o pecado que tenta nos assombrar. FONTE: www.professoralberto.com.br