sábado, 18 de janeiro de 2020

Artigo: Ideologia de Gênero - Infantil.

Ideologia de Gênero 

A pessoa não pode ser menina ou menino quando quiser ser
Ao conceber um filho, pai e mãe passam a dedicar toda a atenção para o pequeno ser que, em pouco tempo estará chegando, trazendo alegria, expectativas e muitas preocupações. Desde o inicio da sua vida intra uterina, todo o investimento dos pais é para que o filho alcance um desenvolvimento pleno.
O pequenino embrião vai se desenvolvendo, após oito semanas já é um feto e após o nascimento um lindo bebê, menino ou menina Gn1.27. O sexo biológico identifica a criança em seu gênero. A partir daí, um longo caminho, marcado por diferentes fases, levará esta criança à fase de adulto. Fatores internos (maturação), fatores externos (meio ambiente) influenciarão o seu desenvolvimento físico, mental, emocional, espiritual e comportamentos. “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele”. Pv 22.6  
Ideologia de gênero é o termo que reúne um conjunto de ideias que desvincula o comportamento sexual do sexo biológico.  
Segundo esta linha de pensamento, ninguém nasce homem ou mulher, mesmo trazendo no nascimento evidentes diferenças anatômicas e funcionais. Cada indivíduo deve construir a sua própria identidade sexual, isto é, seu gênero ao longo da vida. Homens e mulheres, portanto, seriam apenas papéis sociais flexíveis, que representariam como e quando quisessem, independentemente do que a biologia determine como tendências masculinas e femininas. Assim, a proposta é desvincular a educação e orientação das crianças no seu sexo biológico. 
Este tema vem sendo debatido no Brasil com mais intensidade desde a estruturação do Plano Nacional de Educação (PNE) em 2014. A proposta do Ministério da Educação (MEC) era incluir temas relacionados com a identidade de gênero e sexualidade nos planos de educação de todo o país. 
Pais e professores estão preocupados com a ameaça à formação saudável de crianças e adolescentes. Eles precisam ser respeitados no seu direito de se desenvolverem conforme o seu sexo biológico. A biologia não pode ser negada, ela é específica, exata e proposital. 
Sem Título 2Abrir espaço para que as crianças, desde a mais tenra idade, questionem e decidam sobre o seu papel sexual, ou seja, “Eu posso ser menina? Ou menino? Ou o que eu quiser ser?”, é uma proposta da Ideologia de gênero que não trará benefício algum ao desenvolvimento sexual da criança, ao contrário trará muita confusão. A harmonia do sexo biológico com a identidade e papéis sexuais, não depende de escolha “eu quero ser menino ou eu quero ser menina” como papel social flexível, este posicionamento não resolve o conflito interno, é muito mais do que isso. A criança pode ao longo do seu crescimento, vivenciar cada fase que marca o  desenvolvimento da sexualidade, questionar suas dúvidas, seus medos e inseguranças, demonstrar insatisfação com aspectos do seu próprio corpo, isto é normal acontecer, essas necessidades devem ser observadas e trabalhadas para que sigam, rumo a serem adultos saudáveis e equilibrados. Assim, entendendo a criança ou adolescente, com amor e sabedoria, ajudá-los a construir a sua sexualidade adulta, saudável, prazerosa. Esta atenção é importante, também para que as más influências que chegam, através de amigos, leituras, mídia, internet e etc... Sejam neutralizadas. 
Como em todas as áreas do desenvolvimento humano, a sexualidade também necessita de um olhar atencioso para que o seu devido valor não seja desvirtuado. 
A confiança e a firmeza de propósitos que as crianças percebem em seus “modelos sexuais”, pai para o menino, mãe para a menina, são elementos fundamentais para a formação da identidade sexual do menino e da menina.
A criança segue uma sequência específica no processo de desenvolvimento da sua sexualidade. Segundo pesquisas científicas e estudos realizados pela Neurociência e a Psicologia Evolutiva, há fundamentos biológicos nas diferenças de comportamento entre homens e mulheres, ou seja os genes são determinantes para algumas condutas.
A cultura e o meio ambiente influenciam na aprendizagem dos papéis sexuais.
Ronald Slaby e Karin Frey, através de uma pesquisa descobriam que uma criança passa por três estágios diferentes no desenvolvimento da idéia do próprio gênero: 
1. Ela descobre que é um menino ou uma menina – o que Slaby e Frey denominam “identidade de gênero”.
2. Depois compreende que continuará assim durante a sua vida toda – “estabilidade de gênero” 
3. Finalmente, compreende que isso não mudará, mesmo que ela consiga se parecer com o sexo oposto – “constância de gênero”. 
No estudo de Slaby e Frey, entre quatro e cinco anos as crianças compreendem os três estágios. 
Na Psicologia temos aspectos interessantes reveladas na teoria da aprendizagem, (Walter Mischel) ele usou dois princípios básicos da aprendizagem para explicar o desenvolvimento de conceito de gênero e papel sexual. O primeiro é o princípio do reforçamento, onde as ações que trazem consequências agradáveis tendem a ser repetidas. Quando os pais dão atenção a comportamentos de menino, a criança aprende que é um menino e valoriza comportamentos de menino. 
O segundo princípio é a aprendizagem observacional. Não é necessário que uma criança seja gratificada para que aprenda algo. Cada um de nós aprende também observando outras pessoas fazendo alguma coisa. Nós aprendemos muitas coisas através dos meios que a tecnologia proporciona, a mídia, observando algo interessante. A criança aprende como meninos ou meninas se comportam, observando seu pai, mãe, irmãos ou outras pessoas na sua vida. Enfim, Mischel concluiu que as crianças são reforçadas pela imitação, observando as pessoas do mesmo sexo.
Como podemos perceber, crianças e adolescentes precisam de compreensão e orientação segura. Cada criança é única. Possui personalidade com características diferenciadas, até na sua maneira de perceber e interpretar a realidade. Vai ganhando maturidade e conta com a maturidade dos adultos para orientá-la. Precisa ser reconhecida e valorizada pelas suas capacidades, talentos, fragilidades, pontos fortes e fracos. Ela precisa reconhecer o valor que possui e, então, plantamos sementinhas, para que possam germinar e dar frutos, ajudando-os, assim a perceberem o que podem melhorar ou mudar, e o que não puderem mudar,   devem aceitar e desenvolver a resiliência para poder ultrapassar as dificuldades , que com certeza enfrentarão na vida. Pais são educadores, capacitados e convocados por Deus para educar os seus filhos (Dt.4.40ª)!     
A Igreja, através da Escola Dominical, e departamentos de Jovens e adolescentes contribuem de forma significativa no processo de crescimento de jovens e crianças. São educadores. A ED, que trabalha com grupos de faixas etárias específicas, tem acesso às angustias e necessidades tão característica em cada fase, como coadjuvante direto na formação cristã, através dos seus professores, produz conhecimento mais amplo da Palavra de Deus, além de promover os valores cristãos, pode trazer orientações abrangentes aos temas que envolvem o cotidiano dos alunos. Num clima de comunhão com Deus, alunos e professores podem tirar dúvidas, trocar experiências, discutir ideias e fortalecer valores, desenvolvendo também, estratégias e recursos espirituais para estar fortalecidos, vencer as atrações do mundo e identificar os perigos das más influencias.
Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a Tua Palavra” (Sl. 119.9).
Artigo extraído da Revista Ensinador Cristão - Ano 19 - nº 76 (out/nov/dez de 2018) 

Lição 03 - 1º Trimestre 2020 - O Nascimento de Jesus - Primários.

Lição 3 - O Nascimento de Jesus 

1º Trimestre de 2020
Objetivo: Que o aluno compreenda que Deus fala conosco.
Ponto central: Deus fala conosco de diferentes maneiras. 
Memória em ação: “Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho [...]” (Jo 3.16).
Querido (a) professor (a), na próxima lição vamos narrar às crianças o nascimento do nosso Salvador Jesus. O maior presente de Deus para nós!
Além de todo o conteúdo programático disponível em sua revista, deixamos aqui mais uma sugestão para frisar o nosso objetivo com esta lição e nosso “Ponto Central”: Deus fala conosco de diferentes maneiras e isto é um presente! 
Portanto, após a lição, para melhor ilustrá-la e fixá-la nos pequeninos proponha a seguinte dinâmica – que você deve preparar com antecedência:
Uma criança de cada vez tirará de uma caixa de presente um versículo encorajador (previamente escolhido e lá colocado por você. Seguem algumas sugestões: Js 1.9; Sl 36.6; Is 43.1; 49.15; Jr 1.5; Rm 5.8; Gl 1.15; 1 Jo 3.1, etc.). 
E uma a uma deverá escolher uma maneira de transmiti-lo para o colega ao lado: Pode ser lendo-o em voz alta, ou o entregando com um abraço, ou lhe cochichando no ouvido ou após cantar um hino que lembre o versículo, com um desenho, mímica para ele adivinhar, etc. 
Estimule-os a serem bem criativos e o que a turma mais gostar ganhará uma surpresa especial (pose ser um bombom, algo simples, mas que ao final todos possam ganhar). Você pode ajudá-los caso queiram sugestões.
Após este momento reforce que assim como ocorreu ali em classe, Deus também fala conosco de diferentes maneiras, às vezes por sonho, outras vezes dentro do nosso coração, através da orientação dos nossos pais e responsáveis, pessoas que confiamos, ou usando um amigo com uma palavra de incentivo, um abraço, e, sobretudo, através da leitura da sua Palavra e deste momento na Escola Dominical em que aprendemos mais sobre Ele. 
Por isso, devemos sempre ter o coração aberto para ouvir o que Jesus está falando conosco, afinal, ouvi-lo e ter este amor e cuidado dEle são nosso maior presente!
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula! 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 03 - 1º Trimestre 2020 - O Anúncio do “Pentecostes” - Juvenis.

Lição 3 - Joel – O Anúncio do “Pentecostes” 

1º Trimestre de 2020
“Porque derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes” (Is 44.3)
OBJETIVOS
Evidenciar o juízo e a misericórdia divina;
Anunciar o derramamento do Espírito Santo;
Explicar o Dia do Senhor e a sua justiça.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. CONTEXTO HISTÓRICO
2. ESTRUTURA DO LIVRO
3. A MENSAGEM DE JOEL
Querido (a) professor (a), especialmente para nós que somos pentecostais, esta próxima lição será ainda mais especial. 
Com o passar dos anos da caminhada cristã tendemos a nos “acostumar” demais com coisas extraordinárias acerca do mover do Espírito Santo. Por exemplo, você recorda a primeira vez que o sentiu queimar em seu coração? A primeira vez que falou em línguas, profetizou e/ou recebeu uma profecia que Ele mesmo confirmou vir direto dEle para sua vida? As vezes que fomos às lágrimas por senti-lo de forma tão intensa ou receber da parte dEle uma resposta ou milagre há muito aguardados... 
Oh, como é bom rememorar esses eventos, revigora a nossa fé e nos conecta novamente ao fato de quão especial e glorioso é ter o Espírito Santo em nossas vidas. Por isso, além de todo o conteúdo programático e subsídios disponibilizados em sua revista, sugerimos aqui que você separe um momento para compartilhar uma dessas ricas experiências do mover do Espírito em sua vida com seus Juvenis; e também incentive aos que desejarem fazer o mesmo. 
Ao final da aula, faça um apelo, acerca de quem gostaria de ser batizado com o Espírito Santo ou sentir essa chama revigorada em seu coração. Proponha um momento de oração ou mesmo dependendo da sua disponibilidade e realidade de sua igreja, esta reunião de busca e oração por este propósito pode ser extraclasse. 
Na ocasião, pode ser exibido trecho de um documentário, ou lido trecho de um livro, sobre grandes avivamentos e mover do Espírito Santo ao longo dos séculos da Igreja, como os das Ilhas Fiji, o da Rua Azusa, o vivenciado por John Wesley na Inglaterra ou tantos outros. Material não falta e é muito útil para nos despertar para o fato de que nosso Deus ainda é o mesmo e tem prazer em se derramar sobre nós de maneiras extraordinárias, que impactam gerações e verdadeiramente transformam vidas.
Além desses momentos, serem de extrema importância espiritual  para avivar sua fé, também servem para lhe aproximar de seus alunos e renovar tanto em você como neles a sede por mais do Senhor, o desejo de buscá-lo ainda mais.O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Lição 03 - 1º Trimestre 2020 - Mamãe, presente do Papai do Céu - Berçário.

Lição 03 - Mamãe, presente do Papai do Céu 

1º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Que o bebê perceba, no amor e no cuidado da mamãe, o amor e a proteção de Deus.
É hora do versículo: “Eu nunca os deixarei e jamais os abandonarei” (Hebreus 13.5).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre o bebê Moisés, mas chamando a atenção para o cuidado da mamãe Joquebede que se esforçou muito para cuidar do seu bebê e não deixar que ele fosse morto pelo malvado rei. Joquebede representa todas as mamães que amam e cuidam dos seus bebês fazendo com que eles entendam o cuidado do Papai do Céu sendo demonstrado pela mamãe.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem com giz de cera a imagem da mamãe alimentando o seu bebê. Diga que o amor e o cuidado do Papai do Céu pelo bebê é como o amor e o cuidado da mamãe.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 03 - 1º Trimestre 2020 - Jesus é apresentado no Templo - Maternal.

Lição 3 - Jesus é apresentado no Templo 

1º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Que a criança entenda que os pais de Jesus cumpriram uma ordem de Deus. 
Para guardar no coração: “[...] Você é meu filho; hoje eu me tornei seu pai” (Sl 2.7).
Seja bem-vindo 
“A presença de Jesus enche os corações de alegria. Assim como Jesus chegou à vida de Simeão e trouxe alegria, também nos alegrou ao entrar em nosso coração quando o recebemos como nosso Salvador. No dia em que conheceu Jesus, Simeão não estava no Templo por acaso, não estava passeando por ali; ele foi conduzido pelo Espírito Santo. Aquele momento foi preparado por Deus, pois ao tomar em seus braços aquele bebê Simeão declarou o propósito do nascimento daquele bebê: Ele seria luz para todas as nações, o Salvador do mundo inteiro. Da mesma forma que o Espírito Santo conduziu Simeão ao Templo, proporcionando-lhe a imensa alegria que sentiu ao conhecer o Messias, é o Espírito Santo que convence o pecador da necessidade de um encontro com Cristo. Esse encontro proporciona não apenas alegria, mas também traz cura, libertação, paz e, principalmente, salvação!” (Daniele Pereira)
Subsídio professor
“Simeão e Ana eram tementes a Deus. Como todo judeu, conheciam as Escrituras. Tinham conhecimento da vinda do Messias. Liam profecias maravilhosas a respeito dEle. Eram pessoas de idade avançada, experientes na vida e respeitadas por serem idosos, algo difícil de ver nos dias de hoje. Supostos “Messias” devem ter surgido, mas Simeão e Ana sabiam que quando chegasse o verdadeiro, não teriam dúvidas. O tempo foi passando, mas não perderam a esperança, pois a fé era maior que a longa espera. Devemos confiar no Senhor até o último instante. Simeão, por ser justo e temente a Deus durante anos, foi abençoado com a revelação do Espírito Santo de que não morreria antes de ver o Salvador de Israel. Ana também foi abençoada por servir a Deus por muitos anos. Eles puderam ver o que muitos não puderam (Mt 13.17). Imagine a alegria que sentiram ao ver o Cristo e saber que não foi em vão toda dedicação e espera! Essa bênção pode ser alcançada por nós, se também formos fiéis ao Senhor” (Daniele Pereira).
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Lucas 2.22-35. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 03 - 1º Trimestre 2020 - Mamãe, Presente do meu Amigo - Jd. Infância.

Lição 03 - Mamãe, Presente do meu Amigo 

1º Trimestre de 2020
Objetivos: Os alunos deverão saber que o Papai do Céu cuida de nossa vida; e compreender que devemos confiar no Papai do Céu quando estamos com medo. 
É hora do versículo: “Quando estou com medo, eu confio em ti, ó Deus Todo-Poderoso” (Sl 56.3).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história de Joquebede considerando que ela foi um exemplo de mamãe que cuidou muito bem de seu filho, sendo assim, um presente para Moisés. Através do cuidado e do amor da mamãe, a criança poderá compreender melhor como o Papai do Céu nos ama e cuida de nós.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem o desenho de Moisés no cestinho que seria colocado no rio. Em seguida, dê um pedaço de retalho para as crianças colarem cobrindo o bebê como se fosse sua manta. Reforce que a mamãe de Moisés cuidou muito bem dele e assim ele cresceu e cumpriu a tarefa que o Papai do Céu queria que ele realizasse.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância 

Lição 03 - 1º Trimestre 2020 - O Amigo que Aprendeu a Amar - Juniores.

Lição 3 - O Amigo que Aprendeu a Amar 

1º Trimestre de 2020
Texto Bíblico – Lucas 9.49-55.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos conhecerão a história de alguém que ao conhecer Jesus, teve seu temperamento transformado. João, também conhecido como o discípulo do amor, antes de se converter verdadeiramente era uma pessoa de gênio difícil. O comportamento dele e de seu irmão Tiago não refletia o pensamento de Cristo mesmo após se tornarem discípulos, pois ainda não compreendiam a profundidade do amor de Deus. Tudo que aprenderam no judaísmo refletia apenas a exigência da lei que nem mesmos aqueles que a ensinavam conseguiam colocar em prática.
Certa vez, quando os discípulos atravessaram a aldeia dos samaritanos, não foram recebidos tão bem quanto esperavam. Isso ocorreu devido à rivalidade que havia entre judeus e samaritanos. Por conta disso, Tiago e João perguntaram ao Mestre se Ele permitiria que orassem para descer fogo do céu e consumir os samaritanos. Jesus os repreendeu, visto que esse tipo de comportamento não revelara o amor e cuidado de Deus pelas pessoas, mas sim um espírito de juízo e condenação.
Jesus prossegue dizendo que o Filho do homem não veio para destruir a alma das pessoas, mas sim para salvá-las. Considerando que as pessoas no tempo de Jesus, inclusive os judeus, encontravam-se distantes de Deus e com a mente cauterizada, receber o amor revelado em Cristo, de fato, era algo surpreendente. A religião judaica pensava somente no cumprimento de ordenanças e cerimoniais, quando na verdade o que mais importava (e ainda importa) é preocupar-se com o bem-estar das pessoas. Embora os discípulos estivessem demonstrando certo zelo pelo seu Mestre e não admitissem o fato de que os samaritanos estivessem rejeitando as verdades do evangelho, isso não justifica o desejo de ira e vingança sobre eles.
O evangelho de Jesus Cristo demonstra amor e misericórdia até mesmo sobre aqueles que não querem receber a Palavra de Deus. É difícil aceitar o fato de que haja pessoas que se opõem, perseguem e combatem com agressividade os princípios do evangelho. Contudo, é importante lembrar-nos da verdade dita por Tiago, irmão do Senhor, em sua Carta: “Porque a raiva humana não produz o que Deus aprova” (Tg 1.20). Por maior que seja a indignação do crente frente a essas oposições é importante ter em mente que a verdade do evangelho sempre prevalecerá. Sendo assim, nosso papel é apenas pregar a Palavra de Deus e apontar o caminho que pode levar o homem à salvação. Todavia, há somente um que pode convencer o ser humano do erro: o Espírito Santo.
Para reforçar o ensinamento da Lição de hoje, sugerimos a seguinte atividade:
Reúna os alunos em círculo e pergunte se eles já foram rejeitados por algum amigo. Diga que muitas pessoas não querem ser nossos amigos por vários motivos ou mesmo porque não gostam de nós. Foi exatamente o que aconteceu com os discípulos, eles não foram bem recebidos em Samaria somente porque os samaritanos não concordam com os judeus. Mas Jesus ensinou que devemos amar a todas as pessoas. Até mesmo aquelas que não querem ser nossos amigos devem ser tratadas com amor e respeito. Reforce que não devemos esperar recompensa porque a nossa recompensa vem do Senhor.

Lição 03 - 1º Trimestre 2020 - Sou Livre para Escolher - Pré Adolescentes.

Lição 3 - Sou Livre para Escolher 

1º Trimestre de 2020
A lição de hoje encontra-se em: Efésios 1.3-14.
Caro(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos refletirão a respeito da oportunidade que Cristo nos concede de escolher. Deus em sua grandiosa sabedoria nos fez para que louvássemos o seu Santo Nome e obedecêssemos à sua Santa Palavra. Todavia o Senhor não nos obriga a nada, antes nos mostra qual o caminho correto a seguir e espera que tomemos as decisões certas. O Senhor não obriga nenhuma de suas criaturas a fazer a sua vontade como se fossem marionetes na mão do Criador. Pelo contrário, Ele espera que cada um de nós tome a espontânea decisão de amá-Lo e servi-Lo.
Na Carta que escreveu aos Efésios o apóstolo Paulo afirma que Deus nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo (Ef 1.5,6). Isso significa que o propósito de Deus para o ser humano é que todos cheguem ao completo conhecimento da verdade e tornem-se filhos de Deus por adoção. Sendo assim o papel que nos cabe é obedecer à vontade do Criador. Neste contexto encontramos dois conceitos que são de suma importância: eleição e predestinação. A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, pp. 1808-09) aborda o assunto da seguinte maneira:
[...] A eleição (gr. eklegoe) refere-se à escolha feita por Deus, em Cristo, de um povo para si mesmo, a fim de que sejam santos e inculpáveis diante dEle (cf. 2 Ts 2.13). Essa eleição é uma expressão do amor de Deus, que recebe como seus todos os que recebem seu Filho Jesus (Jo 1.12). A doutrina da eleição abarca as seguintes verdades:
(1) A eleição é cristocêntrica, isto é, a eleição de pessoas ocorre somente em união com Jesus Cristo. Deus nos elegeu em Cristo para a salvação (1.4; ver v. 1, nota). O próprio Cristo é o primeiro de todos os eleitos de Deus. A respeito de Jesus, Deus declara: ‘Eis aqui o meu servo, que escolhi’ (Mt 12.18; cf. Is 42.1,6; 1 Pe 2.4). Ninguém é eleito sem estar unido a Cristo pela fé.
(2) A eleição é feita em Cristo, pelo seu sangue; ‘em quem [Cristo]... pelo seu sangue’ (1.7). O propósito de Deus, já antes da criação (1.4), era ter um povo para si mediante a morte redentora de Cristo na cruz. Sendo assim, a eleição é fundamentada na morte sacrificial de Cristo no Calvário, para nos salvar dos nossos pecados (At 20.28; Rm 3.24-26).
[...] A predestinação (gr. proorizo) significa ‘decidir de antemão’ e se aplica aos propósitos de Deus inclusos na eleição. A eleição é a escolha feita por Deus, ‘em Cristo’, de um povo para si mesmo (a igreja verdadeira). A predestinação abrange o que acontecerá ao povo de Deus (todos os crentes genuínos em Cristo).
(1) Deus predestina seus eleitos a serem: a. chamados (Rm 8.30); b. justificados (Rm 3.24; 8.30); c. glorificados (Rm 8.30); d. conformados à imagem do Filho (Rm 8.29); e. santos e inculpáveis (1.4); f. adotados como filhos (1.5); (g) redimidos (1.7); (h) participantes de uma herança (1.14); (i) para o louvor da sua glória (1.12; 1 Pe 2.9); (j) participantes do Espírito Santo (1.13; Gl 3.14); e (l) criados em Cristo Jesus para boas obras (2.10).
(2) A predestinação, assim como a eleição, refere-se ao corpo coletivo de Cristo (isto é, a verdadeira igreja), e abrange indivíduos somente quando inclusos neste corpo mediante a fé viva em Jesus Cristo (1.5,7,13; cf. At 2.38-41; 16.31).
Considerando esses termos é possível compreender que a salvação planejada por Deus para a humanidade não se trata de uma escolha específica de alguns e condenação premeditada de outros. Deus em seu amor e graça estende a salvação a toda à humanidade, mas é papel do ser humano crer e compreender de fato esse amor. A Palavra de Deus é bem clara quando afirma que é da vontade de Deus que todo homem se salve (cf. 1 Tm 2.3,4). Isso quer dizer que Deus não exclui nenhum ser humano da oportunidade de encontrar a salvação. Infelizmente os caminhos traçados pela humanidade resultaram em um afastamento sistemático da presença de Deus. Mas Deus continua mostrando à consciência do homem o que está de acordo com a sua vontade ou não. Tudo o que Deus espera é que o ser humano creia e encontre a verdadeira salvação em Cristo Jesus, o único meio pelo qual podemos ser salvos.
Para aplicar o assunto da aula de hoje sugerimos que você realize a seguinte atividade com seus alunos:
Leve para a sala de aula alguma fruta em uma sacola. Pode ser maçã ou banana. Permita que alunos escolham uma fruta para comer. Em seguida faça a devida observação: no dia a dia, por mais simples que pareça, fazemos várias escolhas. Cada escolha resulta em alguma consequência. Assim como escolher uma fruta requer alguns cuidados para que não comamos um alimento de má qualidade, assim também devemos analisar e pensar bem antes de escolher que decisão tomar. Mostre para os seus alunos que aceitar a Cristo é uma escolha muito especial que não deve ser considerada como pouca coisa. Crer em Cristo determina onde iremos passar toda a eternidade. Além disso, há muitas escolhas na vida que devem ser feitas com bastante cautela, pois as consequências virão de acordo com a natureza das nossas decisões.

Lição 03 - 1º Trimestre 2020 - O Filho Amado e Obediente - Adolescentes.

Lição 3 - O Filho Amado e Obediente 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO DA LIÇÃO
1 – UM MENINO EDUCADO
2 – A EDUCAÇÃO DE JESUS
3 – UM EXEMPLO DE OBEDIÊNCIA
4 – UM FILHO QUE CRESCIA DE ACORDO COM A VONTADE DE DEUS
OBJETIVOS
Informar que Jesus recebeu uma boa educação de seus pais;
Destacar que Cristo passou por todas as etapas da educação judaica;
Ensinar que Jesus era um filho obediente à vontade de seu Pai celestial.
ENSINO CRISTÃO: DECRETO DE DEUS
“Ele parece não fazer algo de Si mesmo que possivelmente possa delegar às Suas criaturas. Ordena-nos que façamos lenta e desajeitadamente o que Ele poderia fazer perfeitamente e num piscar de olhos. [...] Talvez não percebamos o problema em sua inteireza, por assim dizer, de permitir que vontades finitas coexistam com a Onipotência. Parece envolver em cada momento quase que uma espécie de abdicação divina”.
(C.S.Lews)
Certo cartum retratava um senhor Brown e uma senhorita Smith. Era óbvio que a moça, munida das provas e dos resultados de entrevistas, candidatava-se a um cargo pedagógico. 
“Sinto muitíssimo, mas não podemos aceitá-la. Notamos que você é recém-formada de uma escola de educação, e exigimos um professor com experiência em sala de aula de, no mínimo, cinco anos. Além disso, você só tem grau de bacharel e preferimos alguém com o mestrado”. 
O olho do leitor então passa para o quadro seguinte, onde o senhor Brown, agora irmão Brown e superintendente da Escola Dominical, entrevista a irmã Smith, a qual rebate o pedido que ele lhe fez para ser professora: “Irmão Brown, sou nova-convertida e, na verdade, não sei muita coisa sobre a Bíblia”.
“Ora, isso não é problema”, responde ele. “A melhor maneira de aprender a Bíblia é ensina-la”.
“Mas, irmão Brown, eu nunca ensinei aos juniores”, ela objeta.
“Oh, não deixe que isso a coíba, irmã Smith. Tudo o que exigimos é alguém com o coração disposto”, vem a resposta. 
O cenário é mais do que um desenho caricatural; é um comentário de nosso baixo nível de discernimento em relação ao ensino cristão. Se você planeja ensinar que 2 + 2 são 4, precisa de cinco anos de experiência pedagógica. Se espera ensinar as crianças a dizer, “Eu trouxe”, em vez de, “Eu truce”, provavelmente lhe exijam o mestrado. Mas, para ensinar o currículo da vida cristã, qualquer coisa é boa o bastante para Deus.
Que contraste com o desígnio para o ensino, apresentado no Novo Testamento. Segunda Timóteo 2.2 informa-nos que o ensino não é um ministério da mediocridade, mas da multiplicação. Nenhum ser humano está completamente cônscio do poder residente no ensino. Toda vez que alguém ensina, desencadeia um processo que, idealmente, nunca acaba. Duas razões atuam para formar um argumento convincente: a Igreja tem de ensinar. Não se trata de opção, mas de uma característica indispensável; não é difícil de contentar; mas necessário. A denominação evangélica que não educa, deixa de existir como Igreja do Novo Testamento. Para que o Cristianismo seja perpetuado, precisa ser propagado. 
É ordem de Jesus Cristo
Mateus 28.19,20 enfoca a lente zoom do Espírito Santo na Grande Comissão, que são as últimas palavras de Jesus Cristo ditas aos discípulos antes da ascensão dele. Cinco referências da Grande Comissão no Novo Testamento (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.46-48; Jo 20.21-23; At 1.8) indicam que não é algo aleatório, mas essencialmente para estratégia de nosso Senhor. 
O mandato “Fazei discípulos” (ARA) inclui intrinsecamente o ensino. Mas temos de notar que o ensino requerido aqui é o de determinada espécie, isto é, “guardar [obedecer] todas as coisas” que Cristo ordenou. Em outras palavras, Seus ensinamentos foram designados para produzir informação e transformação. Esse tipo de instrução é muito exigente e inacreditavelmente difícil de se realizar.
Lucas 6.40 fornece mais apoio ao objetivo de Jesus no que se refere aos Seus ensinamentos, quando Ele diz: “Mas todo o que for perfeito será com o seu mestre”. A verdade de Deus não foi revelada para satisfazer nossa curiosidade, mas para nos conformar à imagem de Cristo. 
Foi praticada pela Igreja Primitiva  
Não há a menor sombra de dúvida de que o Novo Testamento ordena a Igreja a ensinar. Mas a Igreja primitiva obedeceu mesmo a esse mandamento? 
A Ilustração. Em Atos 2.41-47, temos um retrato da Igreja primitiva, o qual nos informa que eles “perseveravam na doutrina [ensino] dos apóstolos” (2.42). Este era o padrão contínuo; não uma exceção. 
A Implementação. Efésios 4 confirma o compromisso de ensinar. Jesus Cristo, após subir aos céus, deu dons aos homens, a fim de que servissem à Igreja, conforme está escrito: “Uns [...] para pastores e doutores [mestres, professores]” (Ef 4.11). O propósito? “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.12); mais outra prova de que os talentosos são chamados para ministério da multiplicação e não da adição. 
Para o judeu, não havia uma posição mais alta na escada da sociedade do que a de rabino. Por conseguinte, quando a Igreja do primeiro século foi ensinada sobre a doutrina dos dons espirituais, confrontou-se com um problema. As pessoas clamavam pelo “dom de ensino” com todos os privilégios a ele pertencentes. Como resultado, Tiago teve de emitir esta advertência: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres [professores], sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1). Considerando que o professor é compelido a falar e que a língua é o último membro a ser dominado (Tg 3.2), deve-se ter muito cuidado, ao aspirar tal responsabilidade, ponderada e sensata. 
As evidências bíblicas acima devem ser constrangedoras o bastante para atrair o sério e abortar o superficial.
Texto extraído da obra “Manual de Ensino Para o Educador Cristão”. Rio de Janeiro: CPAD.

Lição 03 - 1º Trimestre 2020 - O Ministério de Jesus - Jovens.

Lição 3 - O Ministério de Jesus 

1º Trimestre de 2020
Introdução
I-O Ofício de Profeta
II-O Ofício de Sacerdote
III-O Ofício de Rei
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Apresentar o ofício profético de Jesus;
Demonstrar que através de seu ofício sacerdotal Jesus foi ao mesmo tempo oferta e ofertante da nossa salvação;
Concluir que a realeza de Cristo exige de nós reconhecê-lo como superior a César.
Palavras-chave: Jesus Cristo.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria de Verônica Araujo:
INTRODUÇÃO
Muito já foi escrito a respeito do ministério terreno de Jesus cujo propósito foi a redenção de todos os pecadores (1 Tm 1.15). Desta forma, traremos, neste capítulo, algumas considerações sobre este aspecto da vida do Messias que se aplica neste contexto, sem termos a pretensão de, sequer, esgotar o estudo deste assunto tão relevante para os cristãos nesses dias atuais.  
Ao estudar o ministério terreno de Cristo, devemos levar em conta que tal ministério consistia em: ensinar, pregar e curar. Seus ensinos eram expostos de forma simples, clara, original e com autoridade; e seus milagres abrangiam a integralidade do homem, não apenas curando-lhe o corpo, como também, salvando-lhe a alma; como tão bem apresenta-nos a nossa Declaração de Fé das Assembleias de Deus
Sua mensagem era exposta com simplicidade, clareza, originalidade e autoridade: “porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas” (Mt 7.29); seu método ainda hoje impressiona, pois Ele ensinava de modo que nunca houve nem antes e nem depois dEle alguém que fizesse igual: “Nunca homem algum falou assim como este homem” (Jo 7.46). Quanto aos milagres, Jesus preocupava-se com a integralidade das pessoas, não só salvando-lhes a alma, mas também curando suas enfermidades: “Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz” (Lc 8.48). Os milagres operados por Cristo registrados no Novo Testamento revelam que Ele é o Messias de Israel, como também a extensão do domínio do seu poder, mostrando sua autoridade sobre a natureza, sobre o pecado, autoridade para perdoar pecados, sobre a morte, sobre o Diabo com seus agentes e o Inferno, sobre as enfermidades, e nada é impossível para Ele, o qual, a respeito de si mesmo, declarou: “É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mt 28.18).1  
Além do ministério terreno, o Senhor Jesus Cristo exerceu o chamado munus triplex, ou seja, “o tríplice ofício”, de profeta, sacerdote e rei. Esses três ofícios eram os mais importantes em Israel nos tempos do Antigo Testamento e constituem o ministério messiânico de Cristo que será o foco deste capítulo.  
Dicionário Bíblico Wycliffe salienta que “essas eram as três funções entre os israelitas do Antigo Testamento cujos ocupantes recebiam investidura pela unção com óleo (profeta, 1 Rs 19.16; sacerdote, Êx 29.7; 30.25,30; rei, 1 Sm 9.16; 16.1,13).”2 Quando o Espírito Santo veio sobre Jesus, na ocasião do seu batismo no Rio Jordão, em forma corpórea de uma pomba, pela unção divina Ele foi investido no seu tríplice ministério (Lc 4.18).
Entretanto, o fato de exercer tais ofícios não diminuiu em nada a humildade de Jesus, pelo contrário, fez do nosso Senhor o nosso modelo para a humildade que se torna essencial para servir aos outros. 
I – O OFÍCIO DE PROFETA
A Bíblia nos ensina que Jesus exerceu, entre outras funções, a de profeta. Para entendermos como Jesus desempenhou este ofício, precisamos primeiramente compreender como os profetas são identificados na Bíblia. Eles têm a função de apresentar Deus, revelar a sua vontade e instruir o povo ou uma pessoa individualmente; e podemos afirmar, com toda a certeza, que isso Jesus fez como nenhum outro poderia fazer. 
Antes de prosseguirmos, vejamos o conceito  apresentado pelo Dicionário Vine para profeta (prophetes):
“aquele que fala antecipadamente ou abertamente, proclamador da mensagem divina”, denotava entre os gregos um intérprete dos oráculos dos deuses.
Na Septuaginta, é a tradução da palavra rôeh, “vidente” (1 Sm 9.9), indicando que o “profeta” era aquele que tinha intercurso imediato com Deus. Também traduz a palavra nãbhî, que significa “qualquer um em quem a mensagem de Deus emana” ou “aquele a quem qualquer coisa é comunicada secretamente”. Por conseguinte, em geral, o “profeta”  era a pessoa em quem o Espírito de Deus descansava (Nm 11.17-29), alguém, a quem e por quem Deus fala (Nm 12.2; Am 3.7, 8). No caso dos profetas do Antigo Testamento, suas mensagens eram em grande parte a proclamação dos propósitos divinos de salvação e glória a serem realizados no futuro; o “profetizar” dos “profetas” do Novo Testamento era uma pregação das deliberações divinas da graça já realizadas e a predição dos propósitos de Deus no futuro.3 
Desde o princípio existem profetas (Lc 1.70), pois o homem sempre teve anseio pelas coisas de Deus e, assim, sente o desejo de buscá-lo. De acordo com o pastor Ezequias Soares, “o sistema profético de Israel é singular porque teve a sua origem em Deus e a sua mensagem atravessou os séculos e continua instruindo as nações.” [...] E “as Escrituras Sagradas consideram os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó como profetas (Gn 20.7; Sl 105.9-15).”4 Todavia, o ministério profético em Israel começou com Moisés e Arão, que tinham a função de falar em nome de Deus (Êx 7.1). Durante o período que estiveram no deserto do Sinai, Deus ordenou que Moisés constituísse uma congregação de 70 anciãos para que o ajudasse a liderar o povo. Aqueles homens receberam o Espírito Santo e Moisés explicou que qualquer pessoa poderia profetizar (Nm 11.29).Ainda no período do Antigo Testamento, 
Deus levantou e inspirou profetas para ensinar e admoestar os hebreus sobre o perigo da idolatria. Eram instrutores ungidos e divinamente escolhidos para ensinar a nação a viver na presença de Javé (Os 12.10). Eles tinham também a responsabilidade de tornar conhecida sua revelação e anunciar as coisas futuras (Dt 18.21, 22).5 
Os profetas se utilizavam de métodos variados para ensinar o povo a viver em santidade; não hesitavam em enfrentar reis desobedientes, governadores, sacerdotes ou qualquer outro tipo de liderança que não seguisse a Palavra de Deus. Eles tinham ainda a missão de condenar a idolatria, a injustiça social e anunciar a vinda do Messias, o maior de todos os profetas.
Em Jesus cumpriu-se o anúncio profético de Moisés
Que Moisés fora um profeta para o seu povo, boca de Deus e o instrumento dEle para libertar os israelitas da servidão de Faraó e conduzi-los a uma Terra Prometida, onde manava leite e mel, não nos resta nenhuma dúvida.  Durante os anos de caminhada no deserto, Deus falava com Moisés face a face, isso fazia desse legislador dos hebreus um modelo para os demais profetas. Um dos anúncios de Moisés diz respeito a vinda de um profeta semelhante a ele. Considere o seguinte registro bíblico:
O SENHOR, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis; conforme tudo o que pediste ao SENHOR, teu Deus, em Horebe, no dia da congregação, dizendo: Não ouvirei mais a voz do SENHOR, meu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra. Então, o SENHOR me disse: Bem falaram naquilo que disseram. Eis que lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. E será que qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu o requererei dele. Porém o profeta que presumir soberbamente de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não tenho mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, o tal profeta morrerá. E se disseres no teu coração: Como conheceremos a palavra que o SENHOR não falou? Quando o tal profeta falar em nome do SENHOR, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o SENHOR não falou; com soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele. (Dt 18.15-22)
A promessa de que Deus levantaria um Profeta “semelhante a Moisés” (v. 18) teve cumprimento em Cristo. Foi o apóstolo Pedro que, em seu discurso, apresenta a descrição de Cristo no Antigo Testamento, comprovando que aqueles acontecimentos que eles estavam vivendo eram cumprimento das Escrituras: “Porque Moisés disse: O Senhor, vosso Deus, levantará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser” (At 3.22).
Várias são as passagens bíblicas no Novo Testamento que corroboram esta afirmação, em que o próprio Jesus considerava-se profeta: “Importa, porém, caminhar hoje, amanhã e no dia seguinte, para que não suceda que morra um profeta fora de Jerusalém” (Lc 13.33); e era aclamado em diversas ocasiões pelo povo: “E a multidão dizia: Este é Jesus, o Profeta de Nazaré da Galileia” (Mt 21.11); “Outros diziam: É Elias. E diziam outros: É um profeta ou como um dos profetas” (Mc 6.15); “E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo” (Lc 7.16). 
Mesmo com todo o respeito e apreço que os profetas do Antigo Testamento tinham por Moisés, Jesus é superior a Moisés “Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou” (Hb 3.3); e superior a todos os profetas pois Ele é Deus em forma humana (Jo 1.14; Cl 2.9). Eis a diferença significativa entre o Senhor Jesus e Moisés: Ele não falava em nome de Deus (como faziam os profetas do Antigo Testamento dizendo “Assim diz o Senhor”), não era o seu porta-voz, mas o Filho Unigênito.
O profetismo de Jesus
As atividades que Jesus realizava, e que constam nos Evangelhos, revelam que Ele era verdadeiramente o Profeta. Este ofício está relacionado às predições que fez e aos milagres que realizou. Verdadeiramente o povo cria que o Senhor visitara o seu povo através de Cristo (Lc 7.16). Ele ilumina as nações através da sua doutrina e palavra de autoridade; e também profetizou sobre eventos que ainda hão de acontecer.
Ele sabia que no mar havia um peixe com uma moeda onde Pedro conseguiria o dinheiro para pagar tanto o seu imposto quanto o do Mestre (Mt 17.27). Não havia necessidade de ninguém dizer o que há no interior do homem porque Jesus já sabia de tudo (Jo 2.24, 25) e a Bíblia afirma que só Deus conhece o coração do homem (1 Rs 8.39). Jesus é onisciente porque Ele é Deus! Não há nada no universo que Ele não saiba, seja passado ou futuro. Diferentemente do que ensinam os mulçumanos, Jesus não é apenas um profeta. Ele é Deus em forma humana, Deus conosco e Unigênito de Deus (Mt 1.23). 
Sendo conhecedor do interior do homem, Jesus denuncia a hipocrisia dos fariseus e faz predições sobre eles (Mt 23). Este grupo, no começo, inspirava-se em puro zelo pela glória de Deus, mas foram se deteriorando até receberem fortes denúncias. O Jesus-Profeta profere oito “ais” (23.13-36) contra aqueles líderes religiosos, lançando-os não com amargura, mas com profunda tristeza. Esses “ais” são advertências proféticas, avisos claros das consequências dos atos e caráter daqueles que deviam ser o espelho para os demais. Devemos nos proteger do espírito dos fariseus e dos escribas, tão combatidos por Jesus, que amavam as aparências e desprezavam a humildade.  
A urgente necessidade de resgate do discurso profético de Jesus
O partido dos fariseus não existe mais, porém o espírito do farisaísmo ainda está presente em nosso meio, assim como o joio no meio do trigo. Por este motivo, faz-se necessário o resgate do discurso profético de Jesus cujo ministério profético continua através do seu corpo: a Igreja. De acordo com o pastor Severino Pedro, “a tarefa profética de Jesus não estava limitada ao tempo de duração de sua vida terrena, como os demais antes dEle, mas por meio do Espírito Santo e de sua vitoriosa e profética Igreja, o seu ministério profético continuou depois da crucificação.”6 
A morte não foi capaz de cessar ou interromper o ministério profético de Cristo. Jesus morreu graças a sua natureza humana (1 Pe 3.18-22). Quanto à natureza divina, Ele não permaneceu na morte, antes foi imediatamente vivificado e continua a sua atuação profética através da sua Igreja. Os profetas agora possuem o dom da profecia (1 Co 14.3), ou seja, recebem de Cristo e por intermédio dEle as manifestações sobrenaturais deste dom, com a finalidade de edificar, exortar e consolar (1 Co 14.3) a sua Igreja até o dia do arrebatamento.
Como poderemos resgatar esse discurso profético? Talvez esta seja a pergunta que permeia os pensamentos. Antes de qualquer coisa, buscando o batismo no Espírito Santo, que é a promessa deixada por Jesus, o Profeta, de que receberíamos revestimento de poder a fim de sermos testemunhas (At 1.8) para perpetuar a sua obra. Devemos também resistir ao Diabo (Tg 4.7, 8) e à tentação (1 Co 10.13; Ef 6.10, 11; Hb 4.15, 16).
II – O OFÍCIO DE SACERDOTE
Desde a Queda, o pecado entrou no mundo e corrompeu o gênero humano, fazendo separação entre Deus e o homem (Is 59.2); porém, o Senhor sempre provê um meio de se comunicar com a sua criatura, feita a sua imagem e semelhança. Assim Ele instituiu sacerdotes no Antigo Testamento e, na Nova Aliança, enviou-nos seu Filho Unigênito Jesus, para exercer também a função de Sacerdote entre os homens, sendo já predito pelos profetas que Cristo viria como um sacerdote eterno (Sl 110.4). 
Desde o período patriarcal, as funções sacerdotais eram desempenhadas pelos chefes de família. Noé, Abraão e Jó são alguns desses exemplos de que já existia a prática de oferecer sacrifícios em altares pelos pecados dos membros de sua família. E antes de o sacerdócio hebraico (arônico) ser estabelecido por Moisés, a Bíblia já mencionava o sacerdócio de Melquisedeque (Gn 41.45; 46.20; 47.22,26).
No Antigo Testamento, a liderança religiosa tinha de estar nas mãos dos sacerdotes, já que o sacerdote era o “ministro das coisas sagradas”, principalmente aquele que oferecia sacrifícios no altar e agindo como mediador entre o homem e Deus.
Dicionário Bíblico Wycliffe explica bem a respeito da importância do sacerdócio na religião e na vida do Antigo Testamento,
O sacerdócio hebraico constitui uma das características dominantes da religião e da vida do AT. Isso pode ser constatado não só através das múltiplas referências feitas nas Escrituras, mas na própria construção da religião do AT com sua classe especial de sacerdotes representativos, e pela importância das relações e das funções religiosas durante a vida toda. 
A visão hebraica do mundo, e da vida no mundo, era completamente controlada pelo sobrenatural e impregnada dele. A necessidade de manter relações aceitáveis com Deus, que não eram naturais ao homem, concedia ao sacerdote e aos seus ensinos a mais elevada prioridade.
E justifica a necessidade dos sacerdotes na Antiga Aliança:
[...] Eles eram necessários para a preservação de um permanente contato de Israel com Deus. O israelita relacionava-se com Deus através de um pacto nacional especial que envolvia o sacerdócio por causa de seus serviços essenciais como mediador e representante. Portanto, os sacerdotes operavam entre Deus e o povo a fim de preservar esse relacionamento estabelecido através da aliança.8  
O perfeito sacerdote
Seguindo instruções divinas, Moisés consagra Arão e seus filhos para este nobre ofício (Êx 28.1,41; 29.9-30). O sacerdócio da ordem de Arão foi estabelecido por Deus para oferecer sacrifícios pelos pecados do povo e representar o Senhor entre os hebreus, seu povo escolhido.  Todavia, este sacerdócio exercido por Arão e seus filhos (de forma geral pela tribo de Levi) não era perfeito por se tratar de pessoas que tinham falhas e eram mortais. Por este motivo, Cristo, o sacerdote perfeito, tornou-se o responsável pela tarefa de representar o povo e interceder por ele (1 Tm 2.5; Hb 7.25-28). Todos os sacerdotes, anteriores a Jesus, morreram e foram substituídos, como diz as Escrituras: “E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque, pela morte, foram impedidos de permanecer” (Hb 7.23). No entanto, o sacerdócio de Cristo, estabelecido pelo Pai, é singular, imutável e eterno “Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb 7.17,21,24). 
Dicionário Bíblico Wycliffe esclarece outras situações sobre a transitoriedade do sacerdócio arônico e o perfeito sacerdócio de Cristo.
O sucesso da religião sacerdotal dependia intensamente do significado e do espírito dessa operação, especialmente por parte do próprio povo. A eficiência do sacerdócio, por causa de seu caráter extremamente representativo, podia rapidamente escorregar para uma atividade infrutífera de padrão ritualístico, desprovida do significado e do espírito desse mesmo ritual.
Isto por sua vez, eliminava qualquer envolvimento pessoal ou real das pessoas representadas. O ritual torna-se rigidamente importante e seu significado desaparece. Em muitos sentidos, a história do sacerdócio hebraico transformou-se nisto. No AT, os profetas muitas vezes levantavam a voz contra a atitude do povo que abandonou o Deus que lhes falou através de Moisés. Na época do NT existia uma profunda divisão entre os fariseus, com sua meticulosa adesão aos rituais e aspectos físicos do padrão do AT, e Jesus Cristo com sua ênfase no significado interior e na interpretação espiritual de todos os elementos da vida. 
Os principais componentes do evangelho, que preenchiam as fórmulas do AT através da obra redentora de Cristo, estão tipicamente representados no sacerdócio hebraico. Esse sacerdócio, portanto, que era de suma importância na época do AT como um meio de assegurar-se e manter uma posição aceitável de comunhão com Deus, torna-se, no NT, o fundamento para a compreensão do ministério mediador e redentor de Jesus Cristo.9 
Jesus não era da linhagem de Arão, pois não descendia da tribo de Levi (Nm18.27; 1 Cr 23.13), mas de Judá (Hb 7.13,14). Por este motivo Jesus é chamado sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, evidenciando que o seu sacerdócio não era da Lei, mas sim de uma nova dispensação. 
Ele foi ofertante e oferta
Quando um israelita descumpria a lei, sua comunhão com Deus era interrompida e, de acordo com Levítico 4, tal pessoa deveria oferecer um sacrifício a fim de expiar sua culpa e reconciliar-se com o Criador. Todavia, este ritual realizado por um sacerdote não era suficientemente capaz de restabelecer a comunhão perdida e aperfeiçoar o adorador, muito menos os touros e bodes sacrificados eram capazes de tal tarefa. Por isso esses sacrifícios eram transitórios. 
No entanto, como afirma a nossa Declaração de Fé das Assembleias de Deus “o próprio Senhor Jesus Cristo apresentou-se como sacrifício  pelos pecados de toda a humanidade, e, além disso, seu sacrifício foi único, perfeito e com validade eterna, resolvendo , assim, para sempre, o problema do pecador: “mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus” (Hb 10.12).”10  Ele foi o Mediador, constituído por Deus, de toda a humanidade, e não apenas de um povo. O seu sacrifício vicário na cruz do Calvário anula os efeitos do pecado na vida daquele que crê em seu sacrifício e o recebe como único e suficiente Salvador. Agora não há mais a necessidade de um sacerdote terreno, graças à superioridade do sacerdócio de Cristo. Seu sacrifício foi feito uma vez por todas. Jamais se repetirá! 
A Igreja de Cristo, uma comunidade sacerdotal
Quando Jesus, o nosso Sumo Sacerdote, ascendeu aos céus após ter consumado a redenção na cruz, Ele continua seu sacerdócio intercedendo por nós (Hb 7.25). E Cristo não deixou-nos sozinhos, Deus enviou a promessa do Espírito Santo (Gl 3.13,14). Com este revestimento de poder, a Igreja de Cristo realiza a tarefa da evangelização e da intercessão. 
Nas palavras do pastor e consultor teológico, Claudionor de Andrade,
O sacerdócio levítico era glorioso; seus membros eram considerados príncipes de Deus (Zc 3.8). Todavia, o Senhor Jesus Cristo é superior ao sacerdócio levítico, pois é eterno (Sl 110.4). Quanto a nós, somos uma nação santa, profética e sacerdotal — recebemos a incumbência de proclamar o Evangelho e interceder pelos que perecem (1 Pe 2.9). Portanto, sirvamos ao Senhor com todo o nosso ser, para que, por meio de nossa vida, venha o Reino dos Céus à Terra.11   
A responsabilidade dada por Deus à sua igreja — fazer discípulos em todas as nações — inclui muitas tarefas como pregar, ensinar, cuidar, doar, administrar, edificar, entre tantas outras. Obedecer a este mandamento individualmente, seria humanamente impossível. Todavia, enquanto corpo de Cristo, uma comunidade sacerdotal, podemos fazer muito mais se trabalharmos juntos. Dessa forma, poderemos expressar a plenitude de Cristo. 
III – O OFÍCIO DE REI
No Antigo Testamento, os reis tinham de ser israelitas escolhidos pelo Senhor (Dt 17.14-20), com a obrigação de observar a Torá e implementar a política divina (2 Rs 11.12), não contando com recursos humanos, mas sempre dependente do Senhor, o Rei dos reis.
Davi foi ungido rei com este propósito e como recompensa pela sua fidelidade, Deus prometeu-lhe uma dinastia eterna (2 Sm 7.16). Anos mais tarde, o profeta Isaías prediz que o trono de Davi permaneceria em segurança quando o Senhor promete um menino, nascido de uma virgem (Is 7.14). O nome dEle seria “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6,7). Séculos depois, quando a casa de Davi não estava no trono, quando o povo era sujeitado pelos gentios, o Salvador chegou, nascido sem pompas e circunstâncias, em uma humilde estrebaria, filho de um carpinteiro. Seu nome era Jesus “a salvação do Senhor” ou “o Senhor salva” (Mt 1.21).Jesus não nasceu príncipe. Ele nasceu Rei “Onde está aquele que é nascido rei dos judeus?” (Mt 2.2); e como tal foi adorado pelos sábios do oriente, que guiados pela estrela, o adoraram e ofertaram-lhe dádivas, dignas de um verdadeiro rei: ouro, incenso e mirra (Mt 2.11). Certamente eles acreditavam que Jesus era digno de adoração.
Ah! Jesus é rei
E por fim, Jesus também exerceu o ofício de Rei, o Messias (Ungido), que, traduzido, é o Cristo.12 Não há dúvida alguma de que Jesus era o Rei predito pelos profetas no Antigo Testamento, o Messias prometido pelo Deus de Israel, que viria a fim de libertar seu povo da opressão dos gentios, o Salvador e Redentor deles. Jesus foi aclamado pelo povo e Ele se autoproclamou  “Rei”, não deixando dúvidas quanto a este ofício que Ele também desempenhou.
Jesus chamou-se a si mesmo "Rei" (cf. Jo 18.37), e disse que o Pai havia-lhe destinado o reino (cf. Lc 22.29). Os profetas haviam profetizado que Jesus viria como Rei (cf. Sl 2.6-8; 8.6; 110.6; Is 9.7; Jr 23.5). Quando Ele nasceu, foi adorado como Rei (cf. Mt 2.2,11). Antes de subir ao Gólgota, Ele entrou triunfante em Jerusalém, conforme as profecias (cf. Zc 9.9,10; Mt 21.1-11), e foi então aclamado como Rei (cf. Lc 19.38). Voltando ao céu, após a sua ressurreição, foi aclamado como o Rei da Glória (cf. Sl 24.8-10). Graças a Deus! 
Após a ressurreição de Jesus, Deus exaltou-o soberanamente (cf. Fp 2.9), e coroou-o de honra e de glória (cf. Hb 2.7), glorificando-o com "aquela glória que tinha" antes que o mundo existisse (cf. Jo 17.5) e que Ele havia deixado para ser homem (cf. Fp 2.6-8). Ele foi agora feito Senhor e Cristo (cf. At 2.36), Príncipe e Salvador (cf. At 5.31), Juiz dos vivos e dos mortos (cf. At 10.42), e assentou-se à direita de Deus nos céus (cf. Ef 1.20). Deus entregou tudo nas suas mãos (cf. Jo 3.35), e Ele tem agora todo o poder no céu e na terra (cf. Mt 28.18). 
Porém, a plenitude desse ministério Jesus mostrará quando voltar ao mundo como Rei, para restaurar tudo que os profetas têm predito (cf. At 3.21). Então Ele, como descendente de Davi, se assentará no trono real e estabelecerá o milênio (cf. Lc 1.32,33; Mt 19.28; 25.31). Então a sua querida Igreja reinará com Ele (cf. 2 Tm 2.12; Ap 20.4), e o seu reino não terá fim (cf. Is 9.7). Vamos, portanto, orar como Jesus nos ensinou: "Venha o teu Reino" (Mt 6.10).13  
A compreensão equivocada quanto à missão de Cristo, pois achavam que Ele seria o Messias político que venceria os romanos e estabeleceria um governo nacional, não diminuiu o seu messiado, pelo contrário, Jesus ensinou que como o Messias Ele sofreria humilhação e morte, ressuscitando dos mortos para vencer o maior inimigo, não só de Israel, mas de toda a humanidade: o pecado e a morte (Mc 8.31).
A acusação mentirosa
Jesus evitava o título de “messias”, em grego Christos (“Ungido”). Ele não reivindicava nenhum trono terreno para Si, nem tampouco aspirava às regalias que a realeza messiânica lhe permitiria. Cristo não desejava evitar a cruz pois estava Ele consciente de que a sua missão era expiar os pecados da humanidade. De acordo com David R. Nichols, em seu capítulo sobre Jesus na Teologia Sistemática editada por Stanley M. Horton, “Jesus queria mesmo evitar o termo, por incluir conotação de liderança política e militar, que não fazia parte das atividades do seu Reino na sua primeira vinda.”14
Durante seu ministério, Jesus foi chamado de Cristo em diversas ocasiões:
- Pelo seu discípulo, Pedro, que ao afirmar que Jesus era “o Cristo” (Mt 16.16, 17) recebe a confirmação de Jesus que, ao mesmo tempo, pede para que seus discípulos não digam a ninguém que Ele o era (Mt 16.20);
- Pelos endemoninhados, que sabiam ser Ele o Cristo, ao afirmarem que Jesus era o Filho de Deus; os quais Jesus também repreendeu, não os deixando falar (Lc 4.41);- e por fim, diante do tribunal: 
Jesus mostrou-se relutante em aceitar o título de “Messias”. Em Marcos 14.60-62 lemos: “E, levantando-se o sumo sacerdote no Sinédrio, perguntou a Jesus, dizendo: Nada respondes? Que testificam estes contra ti? Mas ele calou-se e nada respondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito? E Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.” O sumo sacerdote compreendeu, e, de tão raivoso, rasgou as próprias vestes.
A relutância de Jesus pode ser notada mais especialmente quando olhamos o contexto da pergunta e o tempo que o sumo sacerdote levou para conseguir que Jesus confessasse ser o Messias. Mateus 26.63 indica ainda mais relutância, pois o sumo sacerdote acabou submetendo Jesus a juramento sagrado. Em consequência, Jesus já não podia manter silêncio: “Disse-lhes Jesus: Tu o disseste” (26.64) — era a confirmação. Não se jactava de ser o Messias, nem se esforçava para estabelecer-se tal. Ele simplesmente é o Messias.15 
Raras foram as vezes que Jesus se designou como Messias. Um dos episódios aconteceu em Samaria, quando revelou-se à mulher na beira do poço quando ela disse: “Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem”, Jesus respondeu: “Eu o sou, eu que falo contigo” (Jo 4.25, 26). 
Sabendo que a maior expectativa dos judeus, nos dias de Jesus, era que o Messias fosse um governante político, descendente do rei Davi que foi um protótipo do Messias: um libertador e um conquistador, os inimigos de Jesus, que não tinham como acusá-lo em nada, fizeram uma acusação mentirosa, alegando que o Mestre tinha cometido o pecado da blasfêmia e traição, com a tentativa de usurpar o trono do governo do Império Romano. Pelos motivos já expostos acima, confirmamos que essas acusações eram mentirosas, pois Jesus, nosso Messias divino, não buscava glória e honra neste mundo. 
Kyrios que foi trocado pelo César
O senhorio de Cristo não tinha uma conotação material, mas sim espiritual. O Messias divino que morreu na cruz, aperfeiçoando a salvação, ressuscitou dentre os mortos e subiu até a presença do Pai onde está vivo e permanece nosso Messias, nosso Senhor, para sempre e eternamente. 
O termo grego kyrios foi usado pelos autores do Novo Testamento com a ideia de um título divino e não humano para Jesus: 
Kyrios, mais propriamente um adjetivo grego que significa “ter poder e autoridade”. Usada como um substantivo, essa palavra significa "senhor, mestre, dono". Essa é a palavra padrão para "senhor" na Septuaginta (LXX) e no NT. Era uma palavra exatamente equivalente a Adonai, e também foi usada na LXX para traduzir Yahweh, porque os rabinos liam Adonai no lugar do nome divino. Foi um termo aplicado ao Senhor Jesus pelos autores do NT, como um título divino.16  
CONCLUSÃO
Sejamos imitadores de Cristo, principalmente, imitemos a sua humildade. A humildade é essencial para servir aos outros. Em vez de procurar prestígio, o cristão deve procurar um lugar onde possa servir. Se Deus quiser que o irmão ou a irmã sirvam em uma escala maior, Ele os convidará a assumir uma posição mais alta (Lc 14.11), não busque você mesmo tal lugar. Jesus possuía o tríplice ofício de maior honra entre os hebreus: Profeta, Sacerdote e Rei. Todavia Ele nasceu em uma estrebaria, e foi colocado em uma manjedoura. Dono do ouro e da prata, deu-nos o maior exemplo de humildade e serviço.Quer saber como ser humilde? Compare-se somente com Cristo, perceba a sua iniquidade e entenda as suas limitações. Reconheça seus dons e suas qualidades, e esteja disposto a usá-los como Cristo lhe orientar. Tenha compromisso em servir.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ANDRADE, Claudionor de. Adoração, Santidade e Serviço: os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
Dicionário Vine. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p. 903.
Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 1714.
Guia cristão de leitura da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 27.
HORTON, Stanley M. (ed.) Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 19ª Impressão, 2018.
PEARLMAN, Myer. Lucas: O Evangelho do Homem Perfeito. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
_______. MateusO Evangelho do Grande Rei. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
SILVA, Ezequias Soares (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 52.
SOARES, Ezequias. O Ministério Profético na Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 22.                                                                          
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Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 SILVA, Esequias Soares (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 52.
2 Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1048.
3 Dicionário Vine. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p. 903.
4 SOARES, Ezequias. O Ministério Profético na Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp. 17, 19.
5 Ibid., p. 22.
6 SILVA, Severino Pedro da. A Vida de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 1990, p.78.
 Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 1714.
8  Ibid., p. 1714.
9 Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 1714.
10 SILVA, Ezequias Soares (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 54.
11 ANDRADE, Claudionor de. Adoração, Santidade e Serviço: os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 45
12 A forma grega para Messias — o mesmo sentido que nossa palavra “Cristo — tornou-se mais comum entre os primeiros cristãos para se referir a Jesus. Mas lembre-se, “Cristo” não é título, não é um sobrenome. Os seguidores de Cristo logo passaram a ser chamados de cristãos (At 11.26). (Guia cristão de leitura da Bíblia, p. 27)
13 BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp. 63, 64.
14 HORTON, Stanley M. (ed.) Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 19ª Impressão, 2018, p. 314.
15 HORTON, Stanley M. (ed.) Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 19ª Impressão, 2018, pp. 314-15.
16 Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 1796.

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