quarta-feira, 1 de julho de 2020

Como motivar as pessoas para a ED?

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Como motivar as pessoas para a ED? 

A Escola Dominical não precisa de marketing, e sim de exemplos!
Penso que uma das grandes preocupações de pastores que têm sob sua responsabilidade uma congregação ou de superintendentes da Escola Dominical, seja a baixa frequência na ED. Muitas vezes, a grande pergunta é: “o que fazer para motivar as pessoas?”. Não há uma resposta direta ou “milagrosa” para esta pergunta. Percebo, porém, que estamos focados em pontos materiais e deixamos de lado o fator humano. 
Pensando na pluralidade das várias igrejas da nossa denominação no Brasil, com diferentes características regionais e sociais, proponho uma reflexão prática sobre um tema simples, porém de extrema profundidade. 
Conversando com superintendentes e pastores de igrejas, percebi que o exemplo é um fator para motivação enquanto que a falta dele é um fator claro para desmotivação. 
A primeira observação está no âmago da família cristã. Os pais precisam dar o exemplo a seus filhos, participando da Escola Dominical. Mas participar não é apenas comparecer na Escola Dominical, ouvir alguma informação, levantar e ir embora. É mais do que isto!
As crianças e adolescentes observam seus pais e os imitam. Então, os pais precisam ir até a Escola Dominical, motivados a aprender. Aprender é diferente de ser informado. Aprender é quando aquilo em que ao estudar por meio formal ou informal, o objeto do estudo causa algum tipo de mudança naquele que aprende. Esta é uma definição “clássica” da Pedagogia e essencial para a vida cristã. Logo, se eu vou a Escola Dominical e nada muda em mim, então eu não estou aprendendo, eu estou sendo apenas informado. 
Os pais dão o exemplo quando demonstram que tem vontade em aprender e também “celebram” este aprendizado com mudanças que são observadas por seus filhos. Pequenas ações os marcarão como fator de motivação. Citando algumas: ao voltarem para casa após a Escola Dominical, os pais podem demonstrar como aprenderam o novo assunto ministrado ou podem comentar durante a refeição sobre o tema da lição, explicando aos seus filhos (observando a linguagem para cada faixa etária). Também seus filhos devem ver seus pais estudando a lição durante a semana. Os pais também dão exemplo com atitudes práticas. Primeiramente, devem levantar-se cedo no domingo, com tempo hábil para uma refeição agradável, e para que os filhos tenham tempo para “acordar” adequadamente para irem a Escola Dominical. Não se deve iniciar o domingo com gritos para acordar um ou outro, e os pais devem estar alegres em levantar para irem a igreja. O domingo precisa ser lembrado pela alegria em ir à Casa do Senhor para aprender (Sl 122.1, Sl 84.10). 
Outro ponto importante é a manifestação dos pais quanto ao aprendizado de seus filhos. Algumas igrejas (penso que a maioria) efetua encerramento da Escola Dominical, onde as classes, principalmente de crianças, apresentam o Texto Áureo e também apresentam algum cântico ou algo assim. Neste momento, sugiro que os pais mostrem que estão assistindo as crianças, tirem fotografias, façam filmagem, “vibrem” com seus filhos, porque eles estão aprendendo a Palavra de Deus, na linguagem deles, do jeitinho deles, mas certamente estão aprendendo. Quando os filhos são maiores, como pré-adolescentes, adolescentes e jovens, os pais podem perguntar sobre o que os filhos aprenderam na ED, inclusive durante a semana, podem estudar com seus filhos, ajudando-os a decorarem textos bíblicos. Parece que estamos mais preocupados com o ensino secular (que é importante obviamente) do que com o ensino bíblico de nossos filhos. Ir à Escola Dominical é quase que uma obrigação. Será que não estamos justamente passando uma mensagem a nossos filhos de que a Casa de Deus ou aprender de Deus não é tão importante? Que Deus tenha misericórdia de nós! 
Os professores têm um papel importantíssimo e são fatores para motivação, mas também devem dar o exemplo como membros fiéis e comprometidos com o Senhor. Suas atitudes fora da ED são observadas, principalmente pelas crianças. Devem estar preparados para dar aula, mas suas vidas deve ser um grande exemplo aos alunos.  
Por último, mas não menos importante, estão o pastor ou dirigente da igreja e seus obreiros auxiliares. Infelizmente tenho observado pastores e obreiros que não estão presentes na Escola Dominical, inclusive aparentemente até agem com um certo desdém quanto a Escola Dominical, como se não fosse importante. 
O líder, pastor ou dirigente deve ser o exemplo para a igreja conforme nos orienta Paulo (Tt 2.7, 1 Tm 4.12, 2 Ts 3.9), incluindo comparecer assiduamente na ED. Dentro da Escola Dominical, o pastor ou dirigente pode ser aluno ou professor. Se ele for aluno, ele deve ajudar o professor da classe em que está matriculado em questões polêmicas ou “delicadas” que possam surgir, mas os alunos devem ter liberdade para questionarem.  
O pastor deve estar cedo na Escola Dominical, preferencialmente recebendo os irmãos. O pastor também pode visitar as classes das crianças, adolescentes e jovens e nestas classes, uma boa prática é fazer a oração que inicia a aula, abençoando os alunos e o professor da classe. São pequenas coisas que o pastor pode fazer e que serão guardadas na memória dos membros como demonstração de amor pelo rebanho. 
O pastor deve ressaltar que a Escola Dominical é importante para a vida prática dos membros e deve ser tratada como algo importante para a família e para o ministério local. Ela não pode ser relegada a algo em segundo plano ou sem importância. E esta importância deve ser demonstrada pelos obreiros, como um dos principais elementos da igreja evangélica, porque através dela os membros aprendem mais da Palavra do Senhor. Além disto, a ED é um espaço para diálogo. É o momento em que as pessoas podem fazer perguntas sobre assuntos específicos, que (usualmente) não são feitas durante os cultos. 
Mesmo em tempos de Pós-Modernidade, o fator humano é o mais importante para a Escola Dominical, portanto, pastores e líderes dando exemplo e pais e mães sendo referência para seus filhos são fatores de motivação direta para a Escola Bíblica Dominical. Estes dois itens são aplicáveis em qualquer região, cultura e classe social.  
Apliquemo-nos a conhecer o Senhor; sua vinda é certa como a da aurora; ele virá a nós como a chuva, como a chuva da primavera que irriga a terra. 
Artigo extraído da revista Ensinador Cristão Ano 15 - nº 60 – (out/nov/dez de 2014)

Conflitos familiares - Como a Escola Dominical pode ajudar a resolvê-los .

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Conflitos familiares - Como a Escola Dominical pode ajudar a resolvê-los 

Introdução  
Em toda a Bíblia, percebemos a importância da família. Ela é uma instituição criada por Deus, e todo projeto de Deus não foi feito para fracassar. Entretanto, no decorrer dos séculos, a família foi perdendo sua identidade. Existiram, e ainda existem vários fatores que contribuem para a fragilidade da mesma. 
Segundo a Sociologia, a família é um organismo vivo, um sistema aberto, ou semi-aberto, pois ela dá e recebe informações, energia, trabalho, objetos e trocas permanentemente, o que possui e o que precisa com seu ambiente social.  
Moura (2012) nos chama atenção dizendo que, não existe fórmula para se evitar os conflitos, mas se os envolvidos adotarem atitudes como o autocontrole, a paciência e a prudência, especialmente no trato com as palavras, a harmonia, a reconciliação e o bom convívio estarão presentes na vida familiar.
Definindo alguns conflitos 
A família é constituída pelos cônjuges, pais, filhos e irmãos, cada um com sua personalidade e conflitos. Os maiores conflitos estão na área do relacionamento, e envolvem falta de diálogo, falta de tempo, crises existenciais, isolamento, orgulho, falta de disciplina e falta de elogio. 
Sabemos que a família inicia com o casamento, e para que o mesmo seja equilibrado, é necessário que os cônjuges se amem e se respeitem. As crises entre marido e mulher têm se agravado, pois existe entre os cônjuges uma baixa tolerância à frustração, uma resistência à mudança e o egoísmo.
Outro fator que gera conflito na família é a educação dos filhos. Segundo a Bíblia, eles são heranças do Senhor e são como “flechas na mão do valente”. É importante lembrar que eles precisam de atenção, amor e disciplina. 
O desenvolvimento humano é constituído por fases. No bebê, existe a fase chamada Anomia, ou seja, de completa ausência de regras. Não adianta dizer para um bebê parar de chorar que a mãe tem que trabalhar no dia seguinte, pois ele não entenderá. Na infância, predomina a Heteronomia, ou seja, a regra é imposta pelo adulto. Quando os adultos têm dificuldades em dizer “não” para uma criança, a mesma crescerá com uma baixa tolerância à frustração. Na adolescência, começa o predomínio da Autonomia, mas é importante lembrar que esta fase é uma das mais conflituosas, pois se em uma das anteriores houve problemas, na adolescência os mesmos poderão se agravar. 
Os conflitos entre pais e filhos encontram-se mais nas áreas da disciplina e da autoridade dos pais. Segundo o psicólogo Artur Nogueira, as pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam valorizando os defeitos dos outros. A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias. Não vemos mais pais e filhos se elogiando. Lembre-se: o filho gosta de ser lembrado, e o pai ou a mãe gostam de serem reconhecidos e valorizados.  
Outro conflito enfrentado pela família é a falta de compreensão, pois o filho deve entender as responsabilidades que estão sobre os pais e os pais devem compreender as fases de transição na vida dos filhos, bem como seus conflitos e inseguranças. 
Entretanto, mesmo enfrentando essas mudanças, a família atual, neste conceito ampliado, continua sendo o primeiro grupo de vital importância onde o ser humano se relaciona tendo sua função biológica e social.  
Em suma, todos os membros da família devem ter um só propósito, que é servir e agradar a Deus, e cada um deve cumprir o seu papel dentro da família. Os pais devem ser facilitadores na aprendizagem da vida, devem ser modelos para os filhos, devem ser agentes que preparam um bom caminho para os mesmos, e os filhos devem obedecer e respeitar os pais. Nunca esquecendo a presença maravilhosa do Espírito Santo, pois é Ele que nos ensina a tomarmos a decisão certa na hora mais difícil de um relacionamento.
A Escola Dominical como auxiliadora nos conflitos familiares   
Na Escola Dominical, o fator pedagógico envolve a figura do ensinador. Como destaca o pastor Marcos Tuler, ele deve ser diferente, pois ensinar não é somente a transmissão do conhecimento. Educar não é somente professar, ensinar e instruir. É preciso um envolvimento maior.  Segundo La Rosa (2003), aprender a aprender envolve a curiosidade, característica que revela uma inteligência aberta à realidade, a qual é inesgotável, seja ela física, biológica ou sócio-cultural. O aprendente revela-se um curioso, característica profundamente humana. Aprender, então, passa a ser uma tentativa de compreender, de modo mais aprofundado, algo novo ou algo do qual já se possui alguma informação. Por isso a busca incessante pelo conhecimento. 
Quando a família frequenta a ED, ela está tentando melhorar não somente sua vida intima com Deus, mas sua vida como um todo, e isso envolve a vida sócio-cultural, emocional e interpessoal. Diante dessa demanda, o ensinador precisa estar preparado, qualificado, ter uma intima comunhão com Deus, ser flexível e dedicado. Pois somente assim poderá influenciar e modificar a vida familiar dos seus alunos. 
É fundamental que o professor entenda que as famílias estão passando por um momento de crise. Ele precisa ter conhecimento de quais crises estão afetando a mesma.
Outro fator importante que o professor não deve esquecer é que todo aluno, ao iniciar um processo de aprendizagem, já traz consigo uma série de conceitos, crenças e informações de vida, que vão servir de filtro para a elaboração de novos conhecimentos. Isso porque o verdadeiro conhecimento deve gerar um novo comportamento, modificar hábitos, rever métodos. Essa é a razão básica de se aprender algo novo. 
Na visão de Lebar (2009), o estudante não controla completamente o ambiente e o ambiente não controla completamente o aluno. O ambiente influencia o ser, mas não o controla. Como Departamento, a Escola Dominical pode auxiliar as famílias promovendo palestras e encontros, trazendo assuntos atuais e envolventes. Lembrando sempre que ensinar não consiste em aplicar cegamente uma teoria nem em conformar-se com um modelo. É, antes de tudo, orientar na resolução de problemas, instruir para se tomar decisões e agir em situações de incerteza, e, muitas vezes, de emergência. Somente aquele que vive uma experiência de aprendizagem significativa pode compartilhá-la para transmiti-la.  
Segundo Rubinstein (2003), não se aprende de qualquer um; aprende-se daquele que está no lugar do conhecimento, seja pai ou mestre. Isto é aprendizagem. Aprende-se de quem se supõe saber. Pois o conhecimento não é transmitido de cofre. São transmitidos sinais, e é o próprio sujeito que, se apropriando desses sinais, constrói o conhecimento. Mas, para que o sujeito da aprendizagem conheça, o desejo é fundamental. O desejo de conhecer e a capacidade para conhecer andam juntas. 
Conclusão    
Observando a família atual, percebemos  grupos confusos, muitas vezes contraditórios, oscilando entre dois modelos: um hierarquizado e outro igualitário. Pode-se dizer que isso diz respeito ao fato de a modernidade ter afetado a família contemporânea, refazendo seus alicerces. Porém, apesar das pressões sem precedentes, que colaboram para a atual situação familiar, a família está e sempre esteve no centro da civilização e, mais do que isso, no centro da vontade de Deus. Seus alicerces bíblicos e naturais devem ser preservados. 
Segundo Carvalho (2007), não se pode pensar em educação tendo apenas o mobiliário e a figura do professor à frente expondo suas ideias, pois educar não é somente professar, instruir e ensinar. Essa nobre tarefa vai além das raias da informação ou simples instrução. Educar tem a ver com transmissão, assimilação de valores culturais, sociais e espirituais. Quem exerce apenas tecnicamente a função de ensinar não tem consciência de sua missão educativa, formadora de pessoas e de “mundos”.  
Portanto, a Escola Dominical, pode fazer muito para atenuar, ou mesmo resolver os conflitos familiares, tornando os encontros criativos, trazendo novidades e mostrando aos membros da família, o que são esses conflitos e como eles podem ser resolvidos. 
O bom ensino vem de um bom aprendizado. Somente assim poderemos envolver os membros da família na obra de Deus e fazer com que, mesmo enfrentando grandes desafios e grandes conflitos, eles permaneçam fiéis. Podemos ser sábios, se dermos ouvidos à Palavra; ou tolos e fracassados, se nos recusarmos a aprender.
Artigo extraído da revista Ensinador Cristão do ano 15 - nº 59 – (jul/ago/set de 2014)

Educação cristã no século 21: um grande desafio


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Educação cristã no século 21: um grande desafio 

Nos dias presentes, a nova geração tem que conviver num ambiente completamente hostil à fé cristã. Nas escolas, desde cedo, os filhos são ensinados que Deus não existe. Que o universo surgiu por acaso; que o homem veio do macaco; que a Bíblia é um mito, ou um livro de lendas ou de fábulas.
Os primeiros pastores dos filhos devem ser seus pais, se forem crentes em Deus. Ser pai e mãe cristãos, nos dias presentes, é um desafio grande, e, ao mesmo tempo, missão gratificante, quando se analisam as funções que Deus confiou à paternidade e à maternidade. A cada dia que passa, mais difícil torna-se o relacionamento entre pais e filhos, mesmo que sejam evangélicos. No entanto, a Palavra de Deus sempre foi, é, e será o verdadeiro manual de Deus para a família, para o casamento, e para o lar. Neste estudo, desejamos compartilhar o que o Senhor tem nos proporcionado em termos de conhecimento e experiências sobre a educação cristã da família e do lar.
I – Pais no Antigo Testamento
1. Sob a égide da Teocracia. 
No Antigo Testamento, os pais viviam sob a Teocracia, ou sob o governo de Deus sobre o povo. Todas as normas ou doutrinas, de caráter espiritual, moral, social, ou familiar, emanavam da Lei de Deus. Os pais não tinham grandes desafios, no relacionamento com os filhos, pois os mesmos, desde o berço, eram criados segundo os mandamentos, os juízos e os estatutos de Deus (Dt 5.31). Eles eram de fato os sacerdotes do lar.
2. Os pais tinham mandamento de ensinar a seus filhos (Dt 11.18-21).   
Os profetas entregavam a mensagem de Deus; os pais a aceitavam e transmitiam aos filhos.
3. Os judeus eram cuidadosos na educação dos filhos. 
Aos 12 anos, eles passavam (e ainda passam) pela cerimônia do “Bar-Mtzvá”, quando já deveriam saber de cor os pontos mais importantes da lei. A sinagoga era templo e era escola também. 
II -  Pais no Novo Testamento
1. A educação era integral. 
Nas poucas referências sobre o tema, vemos o exemplo da educação do menino Jesus. Diz a Bíblia (Lc 2.40, 52). Esses textos nos falam da educação espiritual (“em espírito”), no conhecimento de Deus e intelectual (“cheio e sabedoria”), no crescimento físico (“em estatura”), e no crescimento espiritual e social (“em graça para com Deus e os homens”).
2. Os filhos eram sujeitos aos pais. 
Ainda que não se possa generalizar, por falta de informações, mais uma  vez, na educação de Jesus, vemos que seus pais sabiam criá-lo sob sujeição ou disciplina (Lc 2.51). Nos tempos atuais, a rebeldia na família é tão grande que muitos pais não sabem o que fazer.
3. Os pais são exortados a ensinar os filhos.
“E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4 – grifo nosso).
III – A Educação Antiga e a moderna 
O pastoreio da nova geração é diretamente influenciado pelo tipo de educação que for transmitida à família. Há diferenças fundamentais entre a educação antiga e a educação na pós-modernidade.
1. A Educação Antiga. 
 Nas décadas passadas, os pais criavam os filhos na base do autoritarismo. Tudo era feito na base de um relacionamento rígido. A igreja evangélica, em muitos casos, colaborou para esse tipo de educação. Era a educação repressiva. Eram comuns os castigos físicos, com o uso da “vara” para as falhas mais simples. Teve seu aspecto positivo, pois os filhos eram obrigados a respeitar os limites que lhes eram impostos. Havia respeito aos pais, aos mais velhos, e às normas. Os aspectos negativos dessa educação manifestavam-se tempos depois, quando os filhos tornavam-se independentes. De certa forma, essa educação contrariava a Bíblia, que manda criar os filhos sem provocá-los à ira (Ef 6.4).
2. A Educação Moderna.
Na educação moderna, de uns trinta ou quarenta anos passados, os psicólogos levaram os pais a não ter autoridade sobre seus filhos, para não serem repressivos. Assim, grande parte dos filhos passou a ter uma educação permissiva. Para eles, quase tudo é permitido. Os especialistas aconselham que não se deve reprimir para que os filhos não fiquem frustrados. O resultado dessa educação é uma libertinagem e uma permissividade absurda, a ponto de pais permitirem que suas filhas pratiquem sexo com os namorados em suas próprias residências. É a educação permissiva.
Esse tipo de educação leva os filhos, desde crianças, a não respeitarem limites, normas e princípios. Aliás, essa educação “moderna”, em geral, não tem princípios morais, éticos, e muito menos espirituais. É uma agressão aos princípios bíblicos, que exorta aos pais a criarem seus filhos “na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4b); e manda ensinar ao menino o caminho em que deve andar, para que, quando envelhecer, não se esqueça dele (Pv 22.6).
O que os pais cristãos devem escolher? A educação repressiva, que levou muitos filhos à frustração e ao desvio dos caminhos do Senhor? Ou a educação permissiva, que tem levado muitos à pecaminosidade, à libertinagem e à condenação espiritual? Certamente, nenhum dos dois tipos é desejável aos pais cristãos. Mas há uma terceira via, que é a da Educação Cristã.
IV -  A Educação Cristã 
A nosso ver, é a única forma de educação que pode resultar em benefícios espirituais, morais, éticos, sociais e físicos para os pais e para os filhos. É a alternativa para evitar-se a repressão, o autoritarismo, e a permissividade, que tantos prejuízos causam à formação da família. Alguns aspectos dessa abençoada educação podem ser resumidos como se seguem. É uma síntese dos cuidados espirituais que os pais cristãos devem ter para com seus filhos. Não deve ser repressiva nem permissiva. Com a educação cristã, podemos ter um pastoreio eficaz para as novas gerações. É uma educação amorosa e formativa.
1. Os filhos devem ser vistos como herança do Senhor (Sl 127.3 a). Assim, devem ser tratados com muito zelo, cuidado e amor. 
2. Os filhos são prêmios de Deus. “e o fruto do ventre, o seu galardão” (Sl 127.3b). Galardão é prêmio. Sempre os pais devem ser gratos a Deus pelo filho ou pela filha que nasceu no seu lar. São presentes, ou prêmios, vivos, que devem ser cuidados, guardados, e criados com muito amor. 
3. Os pais devem ensinar a palavra de Deus no lar. Os pais devem ser os primeiros e os mais importantes professores de seus filhos (Pv 22.6)”. E (Dt 11.18-21) esse princípio, da educação no AT, é válido e atual para os dias presentes, se os pais querem ver seus filhos bem formados na vida espiritual.
4. Os filhos devem ser criados na doutrina e admoestação do Senhor (Ef 6.4). Os pais não devem ter medo de doutrinar, de ensinar os filhos os princípios da palavra de (Hb 4.12). O ensino da Bíblia é mais poderoso que castigos físicos, psicológicos, e todo o tipo de repressão desnecessária.
5. O culto doméstico é de grande valor para a vida dos filhos. Infelizmente, a maioria dos pais cristãos não fazem o culto doméstico. É um trabalho simples, mas de grande efeito sobre os filhos e sobre a família em geral. É como acender o altar da adoração no lar.  É melhor do que deixar os filhos presos ao altar da televisão. Fortalece os laços afetivos e espirituais entre pais e filhos. Pode ser feito em 15 minutos por dia, apenas! Cânticos, leitura bíblica, pedidos de oração, e oração por todos, um por um, etc. Lembremos: a pior educação é a da “babá eletrônica”, a TV (ver Sl 101.3; Dt 7.26). Pior ainda é a da “conselheira eletrônica” - A Internet. Muitos têm sido pervertidos por esses meios pós-modernos de (des) educação.
6. Os filhos devem ser levados, ou incentivados a ir à igreja local. A igreja deve ser a continuação do lar. E o lar, a continuação da igreja. Um deve completar o outro. Quando crianças, os pais devem leva-los à igreja, à Escola Dominical, aos cultos. Quando adolescentes e jovens, devem ser persuadidos a ir à casa do Senhor. Se, desde crianças, forem acostumados a ir à igreja, quando jovens darão valor a essa prática saudável (Mc 10.13-16). 
Com essa visão, entendemos que a saída para os pais crentes é desenvolver, em seu lar, os princípios bíblicos para a educação dos filhos. Do contrário, a deseducação formal e agressiva, nas escolas, vai leva-los para longe de Deus. Só há esperança para as novas gerações permanecerem nos caminhos do Senhor, se o lar for a continuação da igreja e a igreja a continuação do lar, de maneira inteligente, com harmonia e amor. 
Artigo extraído da revista do ano 15 - nº 57 – (jan/fev/mar de 2014) 

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Lição 13 - 2º Trimestre 2020 - Deus me ouve quando eu oro - Berçário.

Lição 13 - Deus me ouve quando eu oro 

2º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Mostrar às crianças que o Papai do Céu ouve as orações.
É hora do versículo: “[...] e Ele ouvirá a minha voz” (Salmos 55.17).
Nesta lição, as crianças concluirão o trimestre quando aprenderam sobre falar com o Papai do Céu, ou seja, aprenderam sobre a oração e sua importância na vida do bebê.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem o desenho de Jesus com as crianças. O Papai do Céu nos ouve quando falamos com Ele e nos leva em seu colo, assim como Jesus.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 13 - 2º Trimestre 2020 - O Meu Amigo Cura a sogra de Pedro e os Doentes - Maternal.

Lição 13 - O Meu Amigo Cura a sogra de Pedro e os Doentes 

2º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Que a criança aprenda a expressar gratidão a Jesus por meio do louvor. 
Para guardar no coração: “ [...] louvem a Deus, com gratidão no coração.” (Cl  3.16)
Seja bem-vindo
“Após receber com carinho a acomodar todos os alunos, converse com eles sobre o que fizeram antes de vir à igreja. Pergunte: Vocês tomaram café da manhã? Comeram pão, ou beberam um leitinho? Que delícia! Mas vocês se lembraram de agradecer ao Papai do Céu pela comidinha do café da manhã? E pelo sol, bem lindo, que está lá fora? Vocês agradeceram a Deus pelo dia de hoje? É muito importante agradecer. Vamos ficar em pé, agora, para orar e dizer obrigado ao Papai do Céu? Faça uma breve oração de agradecimento. Agradeça também pelo trimestre. 
Cantem um hino apropriado à lição. Recolha as ofertinhas. Aproveite para dizer que quando entregamos a Deus a nossa oferta, também estamos agradecendo pelas coisas que Ele nos dá.” (Karen Bandeira)
Somos assim
“Para os alunos do Maternal, a interatividade é fundamental. Para aprender, eles devem se relacionar entre si, o que lhes ensinará que as pessoas são diferentes umas das outras, e interagir com a maior diversidade possível de recursos (brinquedos, materiais de arte, livros, etc.). Quanto mais heterogêneo o ambiente, mais os pequeninos extraem dele. A sala de aula, portanto, deve apresentar diversos estímulos (visuais, táteis, auditivos, palatáveis e olfativos). Sempre que possível, inclua nas aulas objetos diferentes, que produzam sons, água, areia, pedrinhas, ou algum tipo de alimento que possam cheirar e degustar. O esforço do professor em oferecer tais estímulos contribui na organização da forma de pensar e agir dos alunos.” (Karen Bandeira)
Atividade do aluno
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Até logo
Prezada professora, chegamos ao final da nossa série de estudos a respeito dos milagres de Jesus. Com certeza, a sua fé e a de seus alunos foram fortalecidas mediante o estudo de cada lição. Aprendemos o quanto o Senhor Jesus Cristo é poderoso. Ele tudo pode! Não somos merecedores dos feitos de Jesus em nosso favor, mas Ele pela sua graça nos salvou e atende aos nossos clamores. Que venhamos louvar a Jesus pelos seus feitos e partilhar do presente da salvação com aqueles que ainda não receberam a Cristo como Salvador. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal
Envie suas dúvidas ou sugestões para telma.bueno@cpad.com.br

Lição 13 - 2º Trimestre 2020 - O Amigo Corajoso - Jd Infância.

Lição 13 - O Amigo Corajoso 

2º Trimestre de 2020
Objetivos: Os alunos deverão esclarecer que a vontade de Deus está acima da dos homens e Daniel teve coragem porque confiava em Deus. 
É hora do versículo: “[...] Ele me livrou de todos os meus medos” (Sl 34.4).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de Daniel sendo lançado na cova dos leões, que podemos ter coragem para enfrentar as coisas mais terríveis porque confiamos no Papai do Céu.
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com o desenho de Daniel sentado junto com os leões que estão dormindo e tranquilos, mesmo com um humano junto deles. É assim que o Papai do Céu faz conosco, Ele fecha a boca dos leões e os colocam para dormir para não devorar os seus filhos que confiam nEle. 
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 13 - 2º Trimestre 2020 - Nós somos a Casa de Deus - Juniores.

Lição 13 - Nós somos a Casa de Deus 

2º Trimestre de 2020
Texto bíblico – 1 Coríntios 3.9,16.
Prezado(a) professor(a),
Estamos chegando ao final de mais um trimestre e seus alunos tiveram o privilégio de conhecer a importância da Casa do Senhor, um lugar muito especial reservado por Deus para que os seus servos possam se reunir para adorá-lo e aprender as Sagradas Escrituras. Nesta última aula seus alunos aprenderão que, além do espaço que Deus reservou para que o Seu nome fosse glorificado, há um lugar que Ele deseja ocupar: O NOSSO CORAÇÃO. 
Muitas pessoas afirmam que Deus habita em seus corações. É muito comum escutar este argumento quando estamos evangelizando, pois muitos querem esquivar-se da responsabilidade de deixar seus pecados. Entretanto o simples fato de acreditar em Deus não significa que o Espírito Santo habite no coração da pessoa. Somente os que se arrependeram de seus pecados e buscaram o perdão divino, mediante a fé em Jesus Cristo, é que podem receber o Espírito Santo. Infelizmente, muitos não querem reconhecer que precisam de Jesus, mas afirmam com todas as forças que Deus está em suas vidas.
A história de hoje nos mostra que Deus deseja fazer morada em nós. De acordo com a Carta que o apóstolo Paulo escreveu à igreja de Corinto, nós somos o templo de Deus e o Seu Espírito habita em nós (cf. 1 Co 3.16). E quais seriam os critérios para ter o Espírito Santo habitando em nós? 
1. Em primeiro lugar, para ter o Espírito Santo é preciso ser reconhecido como filho de Deus. João afirma em seu evangelho que a todos os que creem e recebem Jesus como o Filho Unigênito do Pai, a estes é concedido o direito de se tornarem filhos de Deus por adoção (cf. Jo 1.11,12; Ef 1.5).
2. Para ser um filho de Deus é preciso ser adotado pelo Pai. As pessoas confundem esse aspecto pelo fato de Deus haver criado todas as coisas e, por isso, acreditam que já nasceram filhos de Deus. No entanto, a Palavra de Deus afirma que uma pessoa não pode ter o Espírito de Deus vivendo de acordo com a sua natureza humana, pois os que vivem assim não podem agradar a Deus, e quem não tem o Espírito de Deus, este não é dele (cf. Rm 8.8,9).
3. Outro aspecto que ratifica que uma pessoa é filho de Deus é o amor ao próximo. Jesus deixou bem claro que a marca de seus seguidores seria o amor. As pessoas conheceriam os discípulos pelo amor que manifestassem uns aos outros, considerando como modelo o mesmo amor de Cristo (cf. Jo 13.34,35). João, na primeira Carta que escreveu, confirma esta verdade quando ensina: “se obedecemos aos ensinamentos de Deus, sabemos que amamos a Deus de todo o nosso coração. É assim que podemos ter certeza de que estamos vivendo unidos com Deus: Quem diz que vive unido com Deus deve viver como Jesus Cristo viveu” (1 Jo 2.5,6).
Portanto, não há como negar que para sermos, de fato, filhos de Deus precisamos entender que esta relação com o Criador só é possível quando declaramos fé no Unigênito Filho de Deus: Jesus Cristo. Somente mediante a fé no Senhor Jesus é que podemos alcançar o perdão, a justificação, a santificação, a comunhão e, por fim, a vida eterna (cf. Jo 14.6; At 4.12).
Com base nos pontos apresentados neste artigo, confeccione uma casa em formato de papelão com alças para vestir nos alunos. Faça a brincadeira da dança da cadeira, disponibilize uma música ao fundo. Na pausa da música o aluno que ficar de pé deverá vestir a roupa da Casa de Deus e dizer uma característica que devemos ter como Casa de Deus. O aluno que permanecer até o final e não errar a pergunta vence a brincadeira.

Lição 13 - 2º Trimestre 2020 - A Relação entre os Dons e o Amor - Pré Adolescentes.

Lição 13 - A Relação entre os Dons e o Amor 

2º Trimestre de 2020
A lição de hoje encontra-se em: 1 Coríntios 13.1-13.
Prezado(a) professor(a),
Chegamos ao final de mais um trimestre e este é o melhor momento para analisar como os seus alunos corresponderam aos ensinamentos das lições. Como eles receberam o conhecimento da Palavra de Deus? Eles compreenderam a lição? Quais foram as dificuldades que você, professor, encontrou no ensino das lições? Tome nota de cada detalhe para que no próximo trimestre o seu trabalho possa ser aperfeiçoado.
A lição deste trimestre vai abordar um dom muito importante para a administração dos demais dons, sejam estes espirituais ou ministeriais: o dom do amor. O apóstolo Paulo afirma que até podemos realizar grandes feitos em nome de uma boa causa, mas se não tivermos amor tudo será em vão. Logo, sem o amor de Deus em nossas vidas não haveria razão para realizarmos qualquer coisa em sua obra.
O comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1760) enfatiza a supremacia do amor em 1 Coríntios 13.1-13:
Este capítulo deixa claro que um caráter semelhante ao de Cristo, Deus o enaltece acima do ministério, da fé ou a posse dos dons espirituais. (1) Deus valoriza e destaca o caráter que age com amor, paciência (v. 4), benignidade (v. 4), altruísmo (v. 5), aversão ao mal e amor à verdade (v. 6), honestidade (v. 6), e perseverança na retidão (v. 7), muito mais do que a fé que move montanhas ou realiza grandes feitos na igreja (vv. 1,2,8,13). (2) Os maiores no Reino de Deus serão aqueles que aqui se distinguem em piedade interior e no amor a Deus, e não aqueles que se notabilizam pelas realizações exteriores (ver Lc 22.24-30). O amor de Deus, derramado dentro do coração do crente pelo Espírito Santo, é sempre maior do que a fé, a esperança, ou qualquer outra coisa (Rm 5.5).
[...] Os crentes que têm amor genuíno pelos que também pertencem ao corpo de Cristo, devem buscar os dons espirituais a fim de poderem ajudar, consolar, encorajar e fortalecer os necessitados (cf. 12.17). Não devem esperar passivamente que Deus lhes conceda os dons do Espírito Santo (12.7-10). Devem, pelo contrário, com zelo, desejar e buscar com oração esses dons, principalmente, os que são próprios para encorajar, consolar e edificar (cf. 14.3,13,19,26).
Vale ressaltar que uma das características peculiares do amor é a disposição em servir. Não se pode esperar de alguém que afirma ter o amor de Deus um comportamento que não se submete ao serviço. Infelizmente, em muitos lugares, o que se vê não são pessoas dispostas a servir, e sim a gloriar-se por conta de um dom ou capacidade ministerial. Deus não concede dons para o engrandecimento pessoal da pessoa. Engana-se quem pensa que pode se tornar famoso ou ganhar certo prestígio por conta dos dons e talentos que possui. Antes a proposta dos dons é a edificação do corpo de Cristo, a Igreja.
Aproveite o momento e converse com seus alunos sobre os dons e talentos que eles receberam do Senhor. Mostre as qualidades que devem ser encontradas na pessoa que recebeu de Deus um talento para edificação da igreja. Ao final, diga que existe uma qualidade que não pode faltar no servo do Senhor, sem a qual, todas as outras se tornam superficiais e todo o serviço em vão: O AMOR.

Lição 13 - 2º Trimestre 2020 - Renovando a Aliança - Jovens.

Subsídios Lições Bíblicas - Jovens

Lição 13 - Renovando a Aliança 

2º Trimestre de 2020
Introdução
Como são formados, no inconsciente coletivo da sociedade, os conceitos sobre as pessoas? Pelo conjunto dos fatos praticados ou predominantemente pelos últimos atos? Vejamos. Como nos lembramos de Judas Iscariotes?  Pela sua decisão de seguir a Cristo, deixar sua família, participar do ministério evangelístico do Messias ou pelo beijo traidor? E do presidente americano Richard Nixon? Pela sua luta contra a inflação, a aproximação política dos EUA com a China e a retirada das tropas americanas do Vietnã, ou pelo escândalo das escutas telefônicas ilegais na Casa Branca, o caso Watergate? Foram seus últimos atos, sem dúvida, que estigmatizaram suas biografias. Na Bíblia há muitas histórias de homens que começaram bem, mas terminaram mal. Não cultivaram a virtude da perseverança. Desobedeceram a Deus. Perderam a fé. Entretanto, há homens nobres, fiéis, resilientes, os quais começaram bem, tiveram uma vida equilibrada, por andarem com o Senhor, e concluíram sua carreira gloriosamente. Dentre eles ressai, de maneira palmar, o comandante Josué.
O poder nunca o corrompeu. A assunção ao comando, com o passar dos anos, apenas mostrou sua essência, quem realmente ele era. Sua espiritualidade não se resumia à superficialidade. Seu mentor, Moisés, deixou um bonito legado para a posteridade, que ele, com humildade, seguiu triunfalmente. Aliás, a Bíblia diz que "precedendo a honra vai a humildade" (Pv 15.33).
O sucesso nunca subiu à sua cabeça, mantendo firme a aliança com Deus. Ganhou muitas guerras, mas jamais perdeu a paz e a comunhão com o Senhor. A maldade e a intolerância não se instalaram no reino. A decepção e a tristeza também não, pois sua fé nunca mudou, por isso ele não perdeu o rumo, nem se tornou um homem amargo e cruel.
Ele poderia ter começado bem, e terminado mal, mas, para a glória de Deus, terminou melhor. Era esse o plano do Altíssimo. Seu nome foi inscrito no rol da galeria dos heróis da fé, e, assim, Deus não o lançou ao ostracismo, circunstância contumaz dos desobedientes.
O desfecho da história de cada um de nós depende da qualidade das escolhas que fazemos, ao longo da vida. A biografia de Josué é uma prova de que o fim das coisas é melhor que o começo, mas somente para quem toma as decisões corretas, em Deus, até o fim. Nunca é tarde para se arrepender.
Assim, com o reconhecimento incontestável de suas virtudes e sua extraordinária liderança, depois de anos de paz vividos desde a divisão da terra, Josué convocou o povo para duas assembleias, a fim de se despedir, concitando os hebreus a que não desistissem de possuir o restante da terra prometida e continuassem a servir a Deus (Js 23) e, finalmente, propondo que renovassem o concerto com o Senhor (Js 24).
Nas duas ocasiões, em que pese o tom saudosista, condensado na frase “eis que vou hoje pelo caminho de toda a terra” (Js 23.14), Deus o usou grandemente com exortação e grave advertência, características de um grande líder, tais como: “um só homem dentre vós perseguirá mil” (Js 23.10 ARA) e “deitai, pois, agora, fora aos deuses estranhos que há no meio de vós” (Js 24.23). O povo se animou e renovou a aliança com o Eterno, para, em seguida, enterrar os restos mortais de José (Js 24.32), marcando o fim de uma Era de heróis da fé.
I- Instantes finais
1- Josué reúne o povo em Siló
Não se tem certeza onde ocorreu a primeira assembleia geral de Josué com os hebreus e sua liderança, mas o local mais provável para sua realização foi em Siló, onde estava instalada a tenda da congregação, porém existe, ainda, a possibilidade de ela ter ocorrido em Timnate-Sera, onde Josué morava. O fato é que o respeitado líder desejava falar a todo povo suas últimas orientações administrativas.
Também, não existem comprovações de ocorrerem periodicamente tais assembleias entre o comandante-em-chefe e seus subordinados. A nação de Israel, além disso, estava passando por um momento de certo conforto, agora já estabelecida e usufruindo da terra prometida. Assim, talvez, os hebreus tivessem até esquecido de Josué; já não precisavam mais de alguém para prepará-los para uma guerra, agora eles até poderiam, quem sabe, se ocupar mais em estabelecer relações diplomáticas amistosas com os cananeus que restaram por perto – essa, inclusive, aparenta ser uma das maiores preocupações de Josué.
Josué revela, então, uma característica marcante dos homens de Deus: eles reconhecem a importância de saber parar. Isso, em pelo menos dois sentidos aqui abordados: a) a hora de começar e o tempo de encerrar o ministério e b) o momento certo de parar, avaliar e ajustar a trajetória. Josué reconhecia que seu tempo à frente da nação de Israel estava chegando ao fim, que o projeto de Deus tinha para seu povo continuaria e convoca, portanto, toda liderança de Israel para ouvir suas recomendações para o futuro.
2- Josué faz um discurso contundente
Neste primeiro discurso, é importante perceber que ele é realizado bem depois da conquista de Canaã, “muitos dias depois que o Senhor dera repouso a Israel de todos os seus inimigos em redor, e sendo Josué já velho e entrado em dias” (Js 23.1). Não é possível saber a quantidade exata de tempo transcorrido, mas há a certeza de que foi tempo suficiente para o povo desfrutar das bênçãos da terra prometida e seu líder avançar ainda mais em idade e experiência. Ou seja, Josué pôde observar o povo de Israel por um bom tempo antes de marcar aquela reunião, por isso as palavras dele deveriam ser ainda mais valorizadas pela alta carga de sabedoria e experiência que eram capazes de transmitir àquela geração e, quiçá, às futuras. 
Josué inicia sua fala relembrando-os que já estava “velho e entrado em dias” (Js 23.2); cedo ou tarde, Israel não poderia mais contar com sua presença. Sejam quais fossem os desafios que o povo deveria enfrentar dali em diante, eles deveriam enfrentá-los sozinhos, não mais com Josué, mas como Josué. Então, ele começa a trazer à memória tudo quanto o Senhor realizou no meio deles e de que forma tão maravilhosa o próprio Deus se encarregara de batalhar pelo povo. E Josué arremata: Esforçai-vos! (Js 23.6). Essa foi a mesma palavra que o Senhor lhe dissera, através de Moisés, na ocasião do seu chamado (Dt 31.7)! Agora, aquele que esforçou-se e foi grandemente usado pelo Altíssimo, empregava toda força do imperativo de seu chamado – e que todos conheciam bem, pois o fato estava registrado no livro de Deuteronômio, o qual era lido a cada sete anos por todo Israel, na festa dos tabernáculos – e conclamava o povo a possuírem a mesma determinação em guardar e fazer “tudo quanto está escrito no livro da lei de Moisés; para que dele não vos aparteis nem para a direita nem para a esquerda” (Js 23.6) a fim de que não se imiscuíssem com a cultura pagã das cidades que ainda restaram ao redor deles.
Josué teve a oportunidade de contemplar os caminhos que o povo escolhia trilhar enquanto estavam em período de bonança, e, certamente, observava uma perigosa aproximação com as culturas do mundo que os cercava. Por isso, com o mesmo padrão de zelo que possuía, fez um chamado à responsabilidade do compromisso com o Senhor. Ele os convidava a manterem sempre bem hasteada a aliança com o Jeová Nissi (um dos nomes de Deus: o Senhor é minha bandeira – Ex 17.15)!
3- A justiça de Deus é implacável 
Na parte final de seu discurso, Josué muda o enfoque. A partir do versículo doze, ele passa a apresentar o resultado da desobediência (Js 23.15).
Como dito em mais detalhes no capítulo anterior, Israel possuía o livre arbítrio de suas escolhas, estava livre para decidir. O que se impõe é: pode-se escolher a semente, mas não a colheita. Se o povo decidisse pelo caminho da obediência e retidão, Deus cumpriria tudo o que tinha prometido (Js 23.5). Porém, caso decidissem pelo caminho da desobediência e rebelião, os resultados seriam devastadores (Js 23.16)!
Josué primeiro apresenta os benefícios de preservar firme a fé e o compromisso com o Jeová Nissi. Note como as nações temiam aquele povo nômade, de ex-escravos, sem tecnologia bélica de ponta (Js 2.8-11)... Deus era, e continuaria sendo, fielmente, a bandeira do povo de Israel. Porém, diante da quebra da aliança com o Senhor, os hebreus conheceriam inevitavelmente o Jeová Nakah – um dos nomes de Deus: o Deus que pune (Ez 7.9)!
O Criador é mui longânimo em misericórdia, prometendo, inclusive, renová-las a cada manhã (Lm 3.22), mas não se pode esquecer que o Senhor também é fogo consumidor (Dt 4.23,24; Hb 12.29) – completamente justo e santo! Paciência que nunca acaba não é paciência, é subserviência. Para o pecado existe uma recompensa (Rm 6.23) – seus efeitos são inevitáveis.
II- Josué reúne o povo em Siquém
1-Aliança é renovada.
Josué, depois, marcou outra assembleia, com as mesmas pessoas, em um local muito especial, tanto que, dessa vez, ele é expresso para os leitores do livro: Siquém. Era especial porque foi neste mesmo lugar que Abraão teve um encontro com o Senhor e dEle recebeu a confirmação de Sua promessa (Gn 12.6,7) e porque, também, era próximo dos montes Gerizim e Ebal, onde o povo renovara a aliança com o Senhor algum tempo atrás (Js 8.30-35). Siquém carregava, com certeza, forte significado para o povo de Deus; pairava sobre aquele lugar a memória constante da presença de Deus e da renovação de Suas promessas e alianças. 
“...Eles se apresentaram diante de Deus” (Js 24.1) e Josué intenta, nessa assembleia, diferentemente da anterior, não mais fazer um discurso teológico, de despedida, porém trazer uma palavra profética, que começou desta maneira: “Assim diz o Senhor Deus de Israel” (Js 24.2). Ele iniciou narrando a história do povo, a partir de Abraão, quando ainda era idólatra (esse era um aceno importante de se fazer diante das preocupações de Josué com a idolatria do povo), passando pelas trajetórias de Isaque, Jacó, Moisés e Arão, bem como lembrando os grandes feitos, desde as pragas no Egito até a expulsão dos cananeus, sempre realçando que foi Ele, o Senhor, quem concedeu todas as vitórias aos hebreus (Js 24.2-13). 
O resultado de toda recordação histórica do povo é, sinteticamente, um: a produção um profundo temor ao Deus todo poderoso; que exista um forte e contínuo medo em receber a desaprovação do Altíssimo e trocar as maravilhosas experiências da boa mão do Senhor pela terrível ira do Jeová Nakah. Josué fez tudo o que pôde para oportunizar àquela geração a escolha de renovar, de novo, a opção pelo concerto com o Criador ou não. Eles estavam cientes das condições exigidas pelo Deus dos deuses – o que incluía a exclusividade da adoração. É possível, até, que tais exigências de Deus fossem a tônica dos argumentos das culturas pagãs para tentar persuadir os Israelitas à apostasia, tais como “esse Deus é muito rígido”, “Ele é implacável e vingativo” ou “cobra algo que naturalmente não queremos fazer”. Será que, nos dias de hoje a santa igreja do Senhor não é direcionado argumentos como esses, intentando o desvio dos crentes do santo caminho ou, até mesmo, para um modelo de evangelho mais light, mais “moderno”? O Mestre ensina que Seu julgo é suave e Seu fardo é leve (Mt 11.30). Contudo, não podemos esquecer jamais que o caminho para a salvação é estreito (Mt 7.13,14) e nesse caminho não se passa com bagagem, é necessário despir-se de si mesmo (Mt 16.24)! O caminho mais largo e fácil é ladeira para a perdição (1 Jo 2.15-20).
O fato é que, depois de tudo, o povo fez sua escolha deliberada, racional e intencional: "Longe de nós abandonar o Senhor para servir outros deuses!” (Js 24.16 NVI). Eles estavam optando, acertadamente, pela aliança com o Criador. Josué, que conhecia de perto a perigosamente fácil inclinação do povo à idolatria (ver Dt 9.6-16), fez uma solene advertência (Js 24.19,20), obtendo como a resposta final do povo que “de maneira nenhuma [abandonaremos a Deus]! Nós serviremos ao Senhor" (Js 24.21 NVI).
2- O memorial
Concluída a profecia, Josué conclamou o povo a servir ao Todo-Poderoso, como ele e sua casa o fariam, mesmo que todos se esquecessem do concerto que fizeram com Deus (Js 24.15) e que, ademais, renovassem esse compromisso memorialmente. O povo aceitou, de bom grado, a proposta do servo do Senhor, renovando a aliança (Js 24.26). 
Os homens, com frequência, esquecem os compromissos morais e espirituais firmados, mas o Senhor nunca se olvida, pois nossas palavras que firmam compromisso ficam gravadas perpetuamente perante Deus, da mesma forma que as dEle ficam! Josué representou essa circunstância imutável ao erigir, debaixo de um carvalho, uma grande pedra, dizendo que ela serviria para prestar testemunho (Js 24.27). Mesmo aqueles que, porventura, não estivessem familiarizados com a escrita poderiam ver, naquela rocha, uma espécie de memorando oficial e de interesse público, a sólida e imutável lembrança desse dia glorioso: o dia em que a aliança com o Altíssimo foi renovada!
3- Josué, servo do Senhor, e Eleazar, morrem!
No início do livro (Js 1.1) Josué, mesmo depois da morte de Moisés, continuou se autoqualificando como “servo de Moisés”, ao passo que, ao longo do livro, Moisés sempre foi chamado, por Josué, de “servo do Senhor”. Agora, com a morte de Josué, alguém que escreveu essa porção final, denominou-o, por inspiração divina: “Josué, filho de Num, o servo do Senhor” (Js 24.29). Deus sempre honra, e coloca em postos estratégicos, aqueles que colocam suas vidas inteiramente em Suas mãos.
A morte de Josué, o enterro dos ossos de José e o falecimento do sacerdote Eleazar (Js 24.29-33), põem termo ao livro e encerram, de forma magnânima, um ciclo áureo de personagens acima da média dos homens, formando uma grande nuvem de testemunhas, que viveram pela fé  (Hb 11.1-31; 12.1).
III - Um salto para o futuro
Depois da morte de Josué, os hebreus passaram a viver na terra prometida,sendo liderados por juízes. Após, instaurou-se a monarquia, com a assunção ao trono do Rei Saul. Tempos depois, houve a divisão do reino: Sul e Norte e, com o passar dos séculos, grandes impérios levaram os povos de Israel para cativeiro. O Reino do Norte nunca retornou à sua terra, mas o do Sul voltou 70 anos depois.
Em seguida, Israel, ou o Reino de Judá, como ficou conhecido, habitou na sua terra por gerações, mas sempre sofrendo agressões e o domínio de inimigos. No tempo de Jesus, por exemplo, Israel estava subjugado pelos romanos. No ano 70 d.C., entretanto, por causa de uma rebelião, aconteceu a destruição de Jerusalém e os habitantes foram dispersos pelo mundo, a Diáspora, que durou cerca de 2.000 anos.
1- O renascimento de uma Nação
No fim do século XIX, surgiu um movimento político-nacionalista chamado Sionismo, pela iniciativa do Theodor Herzl, que pregava a volta de milhões de judeus à sua terra, a Palestina, a qual estava sob o domínio do Império Otomano. A justificativa disso era a Bíblia, por causa da promessa de Deus. Assim, em 1918, com o fim da 1ª guerra, o Império Otomano deixou de existir e a Inglaterra passou a ter domínio da região, impulsionando a imigração judaica nas décadas seguintes.
O ambiente de tensão etnocentrista na palestina era uma realidade, mas a partir da década de 1930, isso se tornou mais visível, quando começaram a eclodir violentos conflitos internos com a população árabe. Entre os anos de 1939 e 1945, no período da 2ª Guerra Mundial, houve grande perseguição do regime nazista, sob a liderança de Adolf Hittler, o que levou ao extermínio de milhões de judeus de várias nacionalidades, genocídio conhecido como Holocausto, o que estimulou ainda mais o Sionismo.
Em 1947, a ONU estabeleceu um plano para a partilha da Palestina entre árabes e judeus, após o encerramento do mandato britânico na região, consubstanciado na Resolução nº 181, que foi aprovada em uma sessão presidida por um brasileiro, Osvaldo Aranha, o qual deu o voto de desempate para a criação de dois Estados independentes: Israel e a Palestina.
Os judeus aceitaram a divisão proposta, mas as lideranças palestinas e árabes não. Ou seja, o surgimento do Estado Judeu foi conflituoso desde antes de acontecer, como o foi o nascimento dos irmãos Jacó e Esaú. Assim, num clima de hostilidade dos vizinhos regionais, mas sob a bênção de Deus, e cumprindo a palavra profética (Is 35.10; 56.8; Jr 3.14; 23.8; Ez 11.17), David Ben Gurion, em 14 de maio de 1948 (5 de yiar de 5708, segundo o calendário judaico), proclamou em Tel Aviv o novo Estado de Israel, o que se configurou, no contexto do final dos tempos, em relação ao Plano da Salvação, como o sinal de maior significado na perspectiva da iminente volta do Senhor, porque Ele disse “aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão” (Mt 24.32). 
Além do mais, o renascimento de Israel das cinzas da história como nação politicamente organizada em apenas um dia, também estava previsto nas Escrituras, conforme se vê: “Quem já ouviu falar de uma coisa assim? Quem já viu isso acontecer? Pois será que um país pode nascer num dia só? Uma nação aparece assim num instante? Mas foi isto mesmo que aconteceu com Sião: assim que sentiu dores de parto, ela deu à luz os seus filhos” (Is 66.8 NTLH). O Senhor, que ama as portas de Jerusalém (Sl 87.2), estava a colocando no centro do cenário mundial, favor decisivo para o desenrolar dos últimos fatos da história da humanidade.
2 - Guerras e conquistas  
No dia seguinte à restauração da “figueira” (Mt 24.32; Lc 21.29-31), Egito, Síria, Líbano, Jordânia e Iraque atacaram Israel. Depois de um ano de conflito, foi declarado um armistício, em 1949, e criou-se uma linha divisória imaginária entre os dois estados, chamada linha verde. Ocorre que o estado palestino nunca foi criado, sendo a terra destinada para ele sido fatiada entre vários países: Israel ficou com uma parte, a Faixa de Gaza ficou com o Egito, a Cisjordânia e a parte leste de Jerusalém ficaram com a Jordânia. 
Israel, dessa forma, ficou com um território maior do que o previsto. Nas décadas de 1950 e 1960, a imigração dos judeus, da Europa, aumentou sensivelmente para a região. Em 1964, como contraponto ao avanço sionista, e contando com o apoio da Liga Árabe, foi fundada a Organização para a Libertação da Palestina – OLP, que, nas décadas de 1970 e 1980, começou a desferir ataques terroristas contra os judeus, no afã de pressionar para receberem a devolução dos territórios ocupados por Israel.
Em 1967, eclodiu um outro importante conflito bélico: A Guerra dos Seis Dias, quando Egito, Síria e Jordânia atacaram Israel, o qual, mais uma vez, saiu vitorioso, acrescentando novamente seu território, dominando, agora, também, a Faixa de Gaza e Península do Sinai (Sul), as Colinas de Golã (Norte), a Cisjordânia (Leste), incluindo a porção oriental de Jerusalém.
Diante da expansão do território israelense, em 1973, Egito e Síria fizeram um ataque surpresa contra Israel (Guerra do YomKippur), que, novamente, no final, ganhou a guerra. Em 1979, Menachem Begin, 1º Ministro de Israel, assinou um tratado de paz com o Egito, com a intermediação dos EUA, quando os hebreus devolveram a Península do Sinai.
Israel continuou sendo odiado por seus vizinhos e, em 1982, quando atacou e ocupou uma das bases que eram usadas para lançamento de foguetes pela OLP, no Sul do Líbano, contra o Estado Sionista, libaneses revoltados criaram, financiado pelo Irã, o grupo terrorista Hezbolah, composto prioritariamente por muçulmanos xiitas.
3- Das Intifadas até os dias atuais
Até o momento em que este comentário foi escrito, já aconteceram várias Intifadas – palavra árabe que significa agitação, levante, revolta – da população civil da denominada “Palestina” contra o Estado de Israel. A primeira aconteceu em 1987, por causa da ocupação israelense da Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nesse momento de tensão política, foi criado o grupo terrorista Hamas, de origem muçulmana sunita, que buscava, em suma, a destruição total de Israel. A Intifada prosseguiu até o ano de 1993, quando Yitzhak Rabin, 1º Ministro de Israel, assinou o acordo de paz em Oslo, na Noruega, com a OLP, liderada por Yasser Arafat. Em 1994, Israel assinou acordo de paz com a Jordânia.
A 2ª Intifada aconteceu porque, em 28 de setembro de 2000, o líder da oposição do parlamento hebraico, Ariel Sharon, que se tornaria 1º ministro meses depois, visitou o Monte do Templo em Jerusalém Oriental, o que foi interpretado que Israel estava reivindicando tanto os territórios ocupados quanto o Monte do Templo, um dos lugares mais sagrados dos muçulmanos. Em decorrência disso, no dia 6 de outubro de 2000, o Hamas declarou um "dia de fúria" e pediu aos palestinos que atacassem postos militares avançados de Israel, o que levou Israel, em 2002, a construir um muro para proteger seu o território na fronteira com a Cisjordânia. Em 2005, porém, Israel tirou as tropas da Faixa de Gaza, o que marcou o fim da rebelião. Dois anos depois, os terroristas do Hamas passaram a controlar a Faixa de Gaza, enquanto o Fatah, grupo político atualmente liderado por Mahmoud Abbas, permaneceu administrando apenas a Cisjordânia.
O crescente desentendimento étnico-político-religioso regional, com o lançamento de foguetes contra Israel, ataques à população civil, dentre outros atos de hostilidade, provocou fortes respostas militares do povo sionista nos anos de 2010, 2012, 2014 e 2015 (Intifada das Facas), o que fomentou, ainda mais, o sentimento antissemita presente historicamente. Registre-se, ademais, que os conflitos ocorridos ultimamente na terra prometida, notadamente no Século XX, além de proporcionarem a morte de milhares de pessoas, forçou que cerca de 700 mil palestinos fossem expulsos de suas casas, os quais se transformaram em refugiados nos países vizinhos. Eles e/ou seus descendentes, hoje, somam cerca de 7 milhões de pessoas que se sentem injustiçadas, daí a enorme dificuldade de resolver essas tensões antes da volta do Salvador do Mundo.
No dia 30 de setembro de 2019, por exemplo, vários órgãos da mídia internacional repercutiram o discurso do chefe militar do Irã, Major-General HosseinSalami, dizendo já existirem, atualmente, plenas possibilidades da destruição total de Israel; ideal político 1, aliás, defendido abertamente pelo regime dos aiatolás desde a Revolução Islâmica de 1979. O intento satânico de aniquilar os descendentes de Abraão é, tanto antigo, quanto real; mas Israel, o pequeno, mas desenvolvido país asiático, encravado em uma porção da terra prometida, continuará sua marcha escatológica até que aquilo que está escrito a seu respeito, nas sagradas escrituras, cumpra-se integralmente.
Conclusão
O livro de Josué narra a trajetória épica de um povo que ultrapassou seus limites pessoais, aprendendo a confiar em Deus nos momentos mais difíceis, arriscando suas próprias vidas, em face da manifestação gloriosa do poder de Deus, bem como pela condução prudente e corajosa de seus principais líderes nesse período: Josué, o comandante, e Eleazar, o sacerdote. 
No fim da narrativa bíblica, ambos estavam próximos da morte, mas vislumbra-se o cuidado constante da liderança com o objetivo de que a geração vindoura mantivesse o padrão vitorioso de obediência total a Deus, consubstanciado no pacto estabelecido (Js 24.26,27), marcando, com isso,  o fim de um ciclo histórico, coroado, ademais, pelo enterro dos ossos de José.
Logo em seguida, há a informação, por outro escritor, acerca da morte de Josué e Eleazar (Js 24.29,33), encerrando exitosamente a missão dada pelo Senhor. Suas vidas cumpriram o propósito para o qual foram designadas pelo Eterno. O futuro traria muitas surpresas, boas e más, sobre a vida dos hebreus, até os dias atuais, mas Deus nunca perdeu, como se viu, ao longo dos milênios, o controle das rédeas da história.

1  AGENCE FRANCE PRESSE; STAFF, Toi. Iran Guards chief: Destroying Israel now not a dream but an ‘achievable goal’. The Times Of Israel, 2019. Disponível em: < https://www.timesofisrael.com/iran-guards-chief-says-destroying-israel-is-not-a-dream-but-an-achievable-goal/>. Acesso em: 18 out. 2019.

terça-feira, 23 de junho de 2020

Lição 13 - 2º Trimestre 2020 - A Batalha Espiritual e as Armas do Crente - Adultos.

Subsídios Lições Bíblicas - Adultos

Lição 13 - A Batalha Espiritual e as Armas do Crente 

2º Trimestre de 2020
A batalha espiritual é uma realidade. Esse assunto é relegado por alguns cristãos, e superestimado por outros. Entretanto, devemos tratar de todo o conselho de Deus presente nas Escrituras Sagradas. Vivemos uma batalha espiritual que não pode ser ignorada. Por isso, você tem o objetivo central de, nesta lição, mostrar que o uso da armadura de Deus assegura a vitória no campo da batalha espiritual. Nele, com o auxílio dessa armadura, seremos vitoriosos contra o ataque do Maligno. Para clarificar essa perspectiva espiritual, você deve demonstrar qual deve ser o preparo espiritual do crente para a batalha. Depois, apresentar o campo da batalha espiritual do crente. E, finalmente, mostrar quais são as armas espirituais indispensáveis ao crente. Os três tópicos da lição percorreram esses objetivos e, você, professor, tem como compromisso pedagógico garantir o cumprimento deles.
Resumo da lição
A presente lição tem como ponto central mostrar que o uso da armadura de Deus assegura a vitória do crente no campo da batalha espiritual. Nesse sentido, o primeiro tópico demonstra o preparo espiritual do crente para a batalha, destacando que a vitória contra o mal somente é possível por meio do fortalecimento do crente no poder do Senhor. Além desse fortalecimento, essa realidade passa pela vigilância em toda a oração e súplica. 
Fortalecidos no poder de Deus e em oração e súplicas, o segundo tópico mostra qual o campo da Batalha Espiritual do crente, destacando as astutas ciladas do Diabo, o conflito contra o reino das trevas e as agências das potestades do ar. O que você deve deixar patente em classe é que o crente precisa conhecer o seu campo de batalha espiritual para que possa guerrear contra o Inimigo e receber a vitória.
Conhecendo o campo de batalha, agora o crente precisa tomar posse de suas armas espirituais. Exatamente o que o terceiro tópico mostra: (1) As armas de defesa (a verdade, couraça da justiça, o evangelho da paz, o escudo da fé e o capacete da salvação); (2) a arma de ataque (a espada do Espírito, a Palavra de Deus).
Uma palavra
Chegamos ao fim de mais um trimestre. É interessante que você faça uma recapitulação dos principais assuntos tratados ao longo desse período de estudos. Ao concluir esta lição, desafie os alunos a serem mais espirituais, a cultivarem uma espiritualidade mais profunda diante de Deus. Essa é a vontade do Pai. 

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Lição 12 - 2º Trimestre 2020 - Jesus orou em um jardim - Berçário.

Lição 12 - Jesus orou em um jardim 

2º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Mostrar às crianças que falar com o Papai do Céu nos ajuda a ficar longe do mal.
É hora do versículo: “[...] levantai e orai [...]” (Lucas 22.46).
Nesta lição, as crianças continuarão aprendendo sobre a oração, e saberão que orar nos ajuda a ficar longe do mal. O nosso exemplo disso é Jesus, que orou até mesmo em um jardim. Jesus orava em todos os lugares.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem o desenho de Jesus orando no Jardim do Getsêmani. Peça que as crianças façam desenhos de flores para enfeitar o jardim onde Jesus estava orando.
licao12 bercario jesusnogetsemani
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário