quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Lição 05 - 4º Trimestre 2020 - Jesus e a mulher samaritana - Pré Adolescentes.

 

Lição 5 - Jesus e a mulher samaritana 

4º Trimestre de 2020

A lição de hoje encontra-se em: João 4.7-30.

Olá prezado(a) professor(a),

A lição desta semana aborda o encontro de Jesus com a mulher samaritana junto ao poço de Jacó. Esse encontro é um dos mais marcantes da história bíblica tendo em vista que revela verdades importantes para o crescimento espiritual dos discípulos de Jesus. A mulher samaritana encontra em Jesus a revelação correta de Deus, completamente diferente daquela que havia aprendido desde a infância. De igual modo, há verdades que precisamos conhecer acerca de Deus que somente fazer parte de uma instituição religiosa não será suficiente para compreendermos. A mulher da história provou de uma água espiritual que transformou a sua vida e lhe concedeu ousadia para anunciar em Samaria que o Messias estava entre eles. A água que ela provou supriu completamente o vazio da sua alma.

1. Deus procura uma adoração verdadeira e honesta. A primeira verdade que podemos aprender com a história da mulher samaritana diz respeito à sua compreensão sobre o Messias. Culturalmente, a versão samaritana considerava que o lugar exato onde deveriam adorar a Deus era no monte. Os judeus não falavam com os samaritanos porque estes eram descendentes de uma miscigenação entre israelitas e assírios, consequente da ocupação do território no ano 722 a.C., uma mistura que, originalmente, era reprovada por Deus (cf. Êx 34.10-16). Por esse motivo, os samaritanos eram tão rejeitados, pois não eram considerados descendentes puros da nação de Israel. Entretanto, Jesus esclarece à mulher samaritana que o verdadeiro adorador não considera o monte ou mesmo o templo como local delimitado para adoração, pois os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Jesus revela a verdadeira natureza da adoração: “em espírito e em verdade” (cf. Jo 4.24).

Aquela mulher aprendeu que, de fato, adorar a Deus não se resumia ao que ela havia aprendido. A adoração sincera não pode ser imposta ou delimitada por um espaço geográfico, tendo em vista que o aspecto externo de uma adoração não necessariamente reflete o que está acontecendo no interior da pessoa (cf. Is 29.13). Finalmente, Jesus se revela à mulher samaritana como o Messias Prometido. Ela ficou maravilhada com as verdades que ouviu e foi contar na cidade o ocorrido.

2. Uma experiência sobrenatural com o Espírito Santo. Outra verdade que aprendemos com este episódio diz respeito à compreensão equivocada da forma como Deus se manifesta ao ser humano. A delimitação do local de adoração não somente revela o simplismo de achar que adorar a Deus se restringe a um local específico, mas também demonstra que o relacionamento com Deus está restrito a poucos momentos de reunião religiosa. No entanto, Jesus ratifica que a comunhão com Deus é algo que faz parte do próprio estilo de vida da pessoa. Conseguintemente, a adoração excede os momentos de cultos dos templos. A verdadeira adoração encontra-se no espírito de um coração manso e de uma vida dedicada a cumprir com alegria os mandamentos do Senhor (cf. v. 23). A obediência é a melhor oferta que podemos dar a Deus e agradá-lo (cf. Mt 23.23).

3. Um anseio por compartilhar da água do Espírito. Depois daquele encontro, algo diferente aconteceu na vida da mulher samaritana. Ela não dependia mais de se orgulhar do poço onde Jacó havia bebido como uma referência religiosa de adoração, não precisava considerar o monte como a única forma de expressar sua gratidão a Deus. A partir de agora, sua própria vida era o altar de adoração, a água que ela havia provado naqueles poucos instantes de diálogo com Jesus fez brotar em seu interior uma fonte que jorrava para a vida eterna. Deus estava com ela e a sede da sua alma fora saciada. De agora em diante o seu anseio era compartilhar da mesma água com os demais moradores da região onde morava. O que ocorreu na vida da mulher samaritana resultou em bênçãos para outras pessoas. Deus deseja nos encher com seu Espírito para que possamos compartilhar da “água da vida” com os demais que se encontram sedentos e sem salvação.

Converse com seus alunos e pergunte se já experimentaram de um momento de profunda comunhão com Deus. Explique que a partir de agora eles deverão orar para receberem o batismo com o Espírito Santo. Mostre que esta experiência é fundamental para que sejam cheios do Espírito Santo e possam testemunhar as verdades do evangelho a todos os que estão à sua volta, seus familiares, vizinhos e amigos.

Tenha uma excelente aula!

Lição 05 - 4º Trimestre 2020 - A Paganização do Cristianismo - Adolescentes.

 

Lição 5 – A Paganização do Cristianismo 

4º Trimestre de 2020

TEXTO BÍBLICO: 2 Timóteo 3.1-5

DESTAQUE: “Pois o soldado quando está servindo, quer agradar o seu comandante e por isso não se envolve em negócios da vida civil.” (2 Timóteo 2.4)

OBJETIVOS:
# Destacar as conquistas do cristianismo após o fim da perseguição e os males decorrentes da mistura entre Igreja e Estado que ocorreu em seguida, ainda durante o Império Romano;
# Ressaltar que a Igreja Católica Romana foi criada com a oficialização do cristianismo como religião do Império Romano;
# Enfatizar que a Igreja deve influenciar o mundo e não o contrário. 

Olá Caro(a) Professor(a),

Na lição de hoje, veremos que a Igreja do Senhor enfrentou um momento muito difícil de deterioração espiritual. Após o período dos apóstolos, muitos ensinamentos não foram preservados, pois os novos mestres que surgiram passaram a introduzir certos dogmas e doutrinas que não correspondiam às verdades bíblicas. 

Os apóstolos Paulo, Pedro e João, por intermédio de suas Cartas, e até mesmo o próprio Senhor Jesus, predisseram que esse tempo havia de chegar. Surgiriam falsos obreiros, os quais introduziriam heresias entre o povo de Deus e os crentes deveriam estar atentos para não serem enganados. 

Mas, esse quadro degenerativo da igreja não esteve delimitado ao período pós-apostólico, visto que até os dias atuais é notável o desvio da verdade em várias igrejas que se intitulam proclamadoras da Palavra de Deus. 

Assim também, a verdadeira Igreja de Cristo, que preza pela Bíblia Sagrada como única regra de fé, não pode se dobrar diante do desvio da verdade e permitir que as falsas doutrinas prevaleçam sobre as verdades bíblicas.

As palavras do apóstolo Pedro retumbam sobre os dias atuais. Diga-se de passagem, nunca se ouviu de um tempo de tantas heresias sendo proclamadas como se vê nos dias de hoje. Quanto a isso, vale ressaltar as medidas de precaução anunciadas pelos apóstolos: vigiar e perseverar na doutrina dos apóstolos. A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, pp. 1949-50) discorre sobre as palavras de Pedro, expostas no capítulo dois de sua segunda carta:

Entre vós haverá falsos mestres. O Espírito Santo adverte repetidas vezes nas Escrituras que surgirão muitos falsos mestres dentro das igrejas. As advertências a respeito de mestres e líderes introduzindo heresias no meio do povo de Deus foram feitas antes por Jesus (ver Mt 24.11 nota; 24.24,25), e o Espírito Santo continuou advertindo através de Paulo (ver 2 Ts 2.7 nota; 1 Tm 4.1 nota; 2 Tm 3.1-5), de Pedro (vv. 1-22), de João (1 Jo 2.18; 4.1; 2 Jo 7,11), de Judas (Jd 3,4,12,18) e das cartas de Cristo às sete igrejas.

Negarão o Senhor que os resgatou. De conformidade com Pedro, os falsos mestres dentro da igreja que estavam ‘negando (gr. arneomai= repudiar ou renunciar) o Senhor que os resgatou’ tinham abandonado o caminho certo e se desviado (v. 15), tornando-se ‘fontes sem água’ (v. 17). Antes, eles tinham se livrado da maldade do mundo, mediante Jesus Cristo, mas agora voltaram a emaranhar-se no pecado (v. 20).

Será blasfemado o caminho da verdade. Muitos crentes professos seguirão esses falsos pregadores, com suas ‘dissoluções’ (isto é, imoralidades sexuais). Por causa da vida pecaminosa desses líderes e seus seguidores, Deus e seu evangelho serão inflamados (ver 2Tm 4.3,4 nota).

Por avareza... palavras fingidas. Os falsos mestres comercializarão o evangelho, sendo peritos na avareza e em conseguir dinheiro dos crentes, a fim de promover ainda mais seus ministérios e seus modos luxuosos de vida.

(1) Os crentes devem estar cientes de que um dos métodos principais dos falsos ministros é usar ‘palavras fingidas’, ou seja, contar histórias impressionantes, mas inverídicas, ou publicar estatísticas exageradas a fim de motivar o povo de Deus a contribuir com dinheiro. Glorificam a si mesmos e promovem seu próprio ministério com esses relatos inventados (cf. 2 Co 2.17). Deste modo, o crente sincero, mas desinformado, torna-se um objeto de exploração.

(2) Pelo fato de esses obreiros profanarem a verdade de Deus e fraudarem o seu povo com sua cobiça e engano estão destinados à perdição e à destruição.

- Considere as afirmativas apresentadas neste artigo e converse com seus alunos a respeito dos falsos ensinamentos que têm entrado nas igrejas nos dias atuais. Pergunte se eles conseguem identificar quando o ensinamento não está de acordo com os princípios da Palavra de Deus. Divida a classe em grupos, entregue uma folha de papel A4 para cada grupo e peça que identifiquem as seitas ou até mesmo “igrejas” que pregam falsas doutrinas. Peça também que listem os ensinamentos que identificam essas instituições como anunciadoras de heresias. Você poderá ajudar os alunos a formular as respostas.

Boa aula.

Lição 05 - 4º Trimestre 2020 - O Lamento de Jó - Adultos.

 

Lição 5 – O Lamento de Jó 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – PRIMEIRO LAMENTO DE JÓ: POR QUE NASCI?
II – SEGUNDO LAMENTO DE JÓ: POR QUE NÃO NASCI MORTO?
III – TERCEIRO LAMENTO DE JÓ: POR QUE CONTINUO VIVO?
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Explicar que Jó era humano e, como tal, tinha todo o direito de extravasar seus sentimentos, não sendo recriminado por Deus por isso.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Esclarecer que a angústia de Jó fez com que ele desejasse a morte como um escape;
II – Aclarar o desejo de Jó em ser como um abortivo;
III – Pontuar que Jó representa os que, em situação desesperadora, não veem nenhuma luz no fim do túnel.

PONTO CENTRAL
O lamento de Jó revela toda sua dor como ser humano.

Querido(a) professor (a), na lição do próximo domingo estudaremos a respeito do lamento de Jó. A forma como o patriarca lidou com a catástrofe que sobreveio sobre sua casa e sua vida revelam que ele, mesmo sendo um homem temente a Deus, piedoso, santo, íntegro e justo, chegou ao extremo para que seu sofrimento tivesse um fim: desejar a morte, ou ainda, desejar nem mesmo ter nascido. Como humano, Jó extravasou os seus sentimentos, mas de forma alguma ele negou a Deus ou o amaldiçoou.  Porventura é falta de fé lamentar diante de uma calamidade? Perder a alegria da vida diante de uma tragédia? “Externalizar a dor humana não significa ausência de fé. Nosso Senhor externalizou a própria dor diante da dor de outras pessoas. Ele mesmo chorou (Jo 11.35).” (Ensinador Cristão. Ano 21 nº 83.CPAD: Rio de Janeiro, p. 38)

Vejamos o que o comentarista da lição discorre sobre a paciência e a perseverança neste período na vida de Jó:

Paciência x Perseverança

por Pastor José Gonçalves

Uma leitura rápida no capítulo 3 demonstra que a reação de Jó diante da segunda prova é bem diferente daquela adotada na primeira. Nos capítulos 1 e 2, vê-se um Jó resignado e conformado com tudo o que lhe sobrevém. Entretanto, a partir do capítulo 3, Jó continua resignado, porém não demonstra o mesmo conformismo de antes. De fato, quando o apóstolo Tiago faz referência a Jó na sua carta, ele destaca mais a sua perseverança do que a sua paciência. Esse fato é claramente demonstrado pelo uso da palavra grega hupomoné, usada em Tiago 5.11, cujo sentido é mais bem compreendido como perseverança, e não paciência.i Jó foi mais perseverante do que paciente. Ele é resignado, mas não conformado. Ele está pronto a questionar por que tudo aquilo está sobrevindo sobre ele. Entretanto, isso não significa dizer que há uma ruptura na narrativa do texto e que esse Jó não tem nada a ver com o primeiro. Só há um Jó. Nem significa dizer também que Jó perdeu a fé e amaldiçoou a Deus como Satanás havia dito. Nada disso aconteceu e nem é sugerido pela narrativa. O que, de fato, acontece é que Jó, desconhecendo a trama diabólica, não tem explicação racional e teológica para tudo o que lhe sobreveio. Isso o leva a questionar tudo e a todos. 

Após o primeiro ciclo de provas, Jó está exausto e querendo entender a razão do seu sofrimento.ii Por não saber dos bastidores da sua prova, Jó via tudo aquilo como se fosse uma ação direta de Deus. Isso, evidentemente, aumentava o seu drama e intensificava o seu lamento. O lamento de Jó, todavia, não deve ser visto como algo escandaloso e fora de contexto. Na verdade, a narrativa, de uma forma nua e crua, mostra o lado humano de Jó; ou seja, Jó não é um super-homem, que está imune aos problemas e vicissitudes da vida. Não! Pelo contrário! Jó mostra toda a sua humanidade quando está disposto a questionar e a entender os dilemas da vida para os quais não tem explicação. É esse o Jó que tem inspirado a tantos e permitido que o sofredor, o afligido e o oprimido identifiquem-se com a sua causa. É esse Jó que o capítulo 3 apresenta. No primeiro lamento, ele questiona por que havia sido concebido ou nascido; no segundo, por que não havia nascido morto e, no terceiro, por que continuava vivo. Contudo, debaixo de intenso conflito psicológico, Jó jamais pensou em dar cabo da própria vida. 

Texto extraído da obra “A Fragilidade Humana e a Soberania Divina:O Sofrimento e a Restauração de Jó”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã


 i Strong’s Concordance. https://biblehub.com/greek/5281.htm. 
ii Jó vê-se diante da “falta de sentido” ou, como se diz hoje em dia, “ficou sem chão”. É aqui que busca reacomodar a sua fé a sua nova realidade. Veja: FRANKL, Victor. Em Busca de Sentido. Petrópolis: Vozes, 1991; MAGRATH, Alister. Surpreendido pelo Sentido. São Paulo: Hagnos, 2015.


Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

sábado, 24 de outubro de 2020

Lição 04 - 4º Trimestre 2020 - Louvarei ao Papai do Céu com todo o coração - Berçário.

 

Lição 04 - Louvarei ao Papai do Céu com todo o coração 

4º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Levar a criança a entender que ela pode se alegrar em Deus e louvá-lo.

É hora do versículo: “Ó Senhor Deus, eu te louvarei com todo o coração [...]” (Salmos 9.1).

Nesta lição, as crianças aprenderão que o Papai do Céu é muito bom, é poderoso e nos ama. Convide os pequenos a glorificar a Deus com todo o seu coração. Através do louvor, estimule os bebês a darem o seu coraçãozinho a Jesus.

Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua a imagem abaixo para as crianças colorirem o desenho com giz de cera. Este desenho representa que estamos oferecendo o nosso coração ao Papai do Céu.

licao4 bercario maocoracao

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 04 - 4º Trimestre 2020 - Raabe ajuda os espias - Maternal.

 

Lição 4 - Raabe ajuda os espias 

4º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Preparar a criança para, se preciso for, arriscar-se pelo Reino de Deus. 

Para guardar no coração: “Qualquer que procurar salvar a sua vida perdê-la-á [...]”  (Lc   17.33 - ARC).

Seja bem-vindo

“Chegue antes dos alunos e verifique se a classe está limpa e arrumada. É importante que o seu material esteja devidamente organizado e disposto na ordem em que será usado. Isto evita atrasos e, principalmente, distrações.

Cumprimente as crianças com entusiasmo, tratando-as pelo nome. Receba alegremente os visitantes, fazendo-os sentirem-se especiais. Pergunte o que fizeram no sábado. Passearam? Visitaram a vovó? Brincaram? Alguém ajudou o papai ou a mamãe? (Marta Doreto)

Subsídio professor

“Sabemos que a mente de uma criancinha desenvolve-se mais lentamente que o seu corpo. Mas não com tanta lentidão como se acreditava algumas décadas atrás. Nos últimos anos, cientistas e educadores descobriram que a mente da criança desenvolve-se bem mais rápido do que se pensava, e foram criados programas de ensino pré-escolar, que proporcionam à criança oportunidades de uma melhor expansão da capacidade mental.

Conhecedores deste fato, e observando os pequeninos em classes da Escola Dominical, concluímos que mesmo os de 3 e 4 anos, possuem habilidade mental suficiente para compreender e absorver grandes verdades espirituais. Embora alguns conceitos doutrinários possam parecer vagos e difíceis, os alunos do maternal poderão absorvê-los se forem repetidos várias vezes” (Marta Doreto).

Oficina de ideias

“Se depois das atividades da revista do aluno ainda sobrar tempo, faça mais esta: Dê a cada aluno uma folha de papel. Com um pincel largo, passe tinta guache nas palmas de suas mãozinhas, e oriente-os a “carimbar” a folha de papel com as mãos. Diga: Jesus escolheu você para ser seu ajudante. Ele quer que você use as mãozinhas para ajudá-lo.

Você não precisa esperar crescer e ficar grande para ser um ajudante de Jesus. Você pode trabalhar para Ele desde já. Sugira serviços que as crianças possam fazer para Deus” (Marta Doreto).

Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Josué 2. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 04 - 4º Trimestre 2020 - O Amigo que Andou sobre as Águas - Jd. Infância.

 

Lição 4 - O Amigo que Andou sobre as Águas 

4º Trimestre de 2020

Objetivos: Os alunos deverão saber que Jesus é Filho do Deus Todo-Poderoso e nada é impossível para Ele; e aprender que Deus está sempre conosco e por isso não precisamos ter medo de nada. 

É hora do versículo: “O Senhor está comigo, e eu não tenho medo” (Sl 118.6).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de uma tempestade que os discípulos estavam atravessando cheios de medo porque Jesus não estava com eles. Um tempo depois o Mestre veio andando pelas águas e Pedro também quis andar sobre as águas como Jesus. Nada é impossível para o Filho do Papai do Céu, então Ele disse para Pedro caminhar e ele caminhou em cima da água, sem afundar! 

Mas coitado de Pedro, ele acabou duvidando do que estava acontecendo com ele, com medo, começou a afundar. Ainda bem que Jesus estava ali e o salvou! 

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com a ilustração de Pedro caminhando sobre as águas. Reforce para as crianças que, quando confiamos em Jesus, não precisamos ter medo de nada!

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 04 - 4º Trimestre 2020 - A História de uma Moeda - Primários.

 

Lição 4 - A História de uma Moeda 

4º Trimestre de 2020

Objetivo: Que o aluno entenda a importância de se alegrar com aqueles que retornam para o Caminho do Senhor.

Ponto central: Temos um grande valor para Deus

Memória em ação: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar quem está perdido” (Lc 19.10) 

Querido (a) professor (a), em nossa próxima aula nós vamos ensinar nossos pequeninos sobre a “Parábola da Dracma Perdida”, narrada em Lucas 15.8-10. 

É fundamental que ao longo de toda a aula você foque no objetivo e ponto central da lição, presentes em sua revista. O versículo para memorização está alinhado com eles. Por isso dedique um tempo especial para a sessão “Memória em Ação”.     

Antes de introduzir a história explique para as crianças o valor que aquela dracma/ moeda tinha para a mulher da parábola. Mais do que valor financeiro, tinha também valor sentimental. Para as mulheres palestinas, as dez moedas de prata que lhes eram dadas como presentes de casamento simbolizavam aquela união.   

Para familiarizar as crianças ainda mais com o contexto emocional da história, pergunte-as o que elas têm de valor sentimental, que se perdessem ficariam muito tristes e procurariam desesperadamente. Dê alguns exemplos, pode ser um brinquedo que têm desde bebezinhas; pode ser um presente dado por alguém especial que não está mais entre nós; pode ser até mesmo um bichinho de estimação. Imagina se perdessem um hamster, gatinho ou cachorro e não soubessem se ele está bem, o que aconteceu com ele... 

Certamente procurariam com todo empenho. E o que fariam quando encontrassem? Deixe que se expressem livremente e aproveite os melhores exemplos para ilustrar o sentimento da mulher da moeda perdida.     

Ao final da história, explique que ao contar esta parábola, Jesus estava tentando explicar que cada um de nós temos um grande valor para Deus. Que quando nos afastamos da igreja, é como se nos perdêssemos dEle e tal qual a mulher da história, Ele nos procura, espera nos reencontrar ardentemente. E quando encontra há uma festa nos céus e em seu coração. Da mesma forma, devemos nos alegrar quando alguém que não está na igreja aceita a Jesus como Senhor e Salvador, ou alguém que se afastou dEle retorne.

  unidos   

Sugerimos que você confeccione um cartaz com papel pardo ou papel 40 kg, que formem braços abertos e um coração no centro. Peça que as crianças recordem de pessoas que ainda não conhecem a Deus e pessoas que se afastaram da igreja. 

Em seguida, peça que de um por um, escrevam os nomes delas dentro do coração. Frise que Deus e a sua Igreja, ou seja, cada um de nós estaremos de braços abertos para quando elas voltarem. 

Ore com as crianças por cada pessoa que esta perdida, pedindo que o Senhor as atraia com seu amor e graça e logo elas sejam encontradas, que venham aos braços do Pai, haja festa nos céus e em nossos corações.

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 04 - 4º Trimestre 2020 - Jacó, o homem que teve um encontro com Deus - Juniores.

 

Lição 4 - Jacó, o homem que teve um encontro com Deus 

4º Trimestre de 2020

Texto bíblico – Gênesis 25.24-34; 27; 28.10-19.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos conhecerão mais um pouco da história de um homem que teve um encontro com Deus. Seu nome era Jacó, filho de Isaque e neto de Abraão. Depois de cometer alguns erros que marcaram sua vida, Jacó teve um encontro com Deus e desde então precisava consertar o passado. A lição de hoje ensinará que há erros que devem ser evitados, pois poderão trazer graves consequências para o resto da vida.

Jacó tinha um irmão gêmeo chamado Esaú e os dois cresceram juntos, porém tinham personalidades bem diferentes. A história desse homem de Deus já se inicia marcada pelo seu nascimento, pois quando saia do ventre de sua mãe, diz a Bíblia que ele segurou o calcanhar de seu irmão Esaú (cf. Gn 25.24-26). Este episódio resultou para que ele recebesse o nome de Jacó, que significa “suplantador”. Mas a história de Jacó não para por aí, ele enganou seu irmão e seu pai com a ajuda de sua mãe, fazendo-se passar por seu irmão para receber a bênção de Isaque, o que resultou no ódio em família. Esse e outros erros cometidos por Jacó nos fazem pensar que o homem sem Deus não tem direção. Talvez se ele tivesse observado a lei de Deus e qual o propósito do Senhor para a sua vida, muitos erros poderiam ter sido evitados. Mas foi no meio do caos que ele teve um encontro com Deus.

Após este episodio, Jacó se retirou para a casa de Labão, seu tio. Fugitivo e solitário pelo deserto, Jacó deitou-se para dormir e teve a visão de uma escada que tocava o céu, os anjos de Deus subiam e desciam sobre ela. De repente, Jacó ouve a voz do próprio Deus fazendo-lhe a promessa de que aquela terra pertenceria à sua descendência como havia prometido a Abraão, seu avô (Gn 27.43; 28.10-17). Mas Deus ainda precisava trabalhar no caráter de Jacó, então ele teve que suportar ser enganado por Labão. O suplantador agora seria suplantado para aprender que somente a verdade deve prevalecer!

Em todas essas ocasiões, Deus não abandonou Jacó e ensinou que ele poderia ser diferente. Foi então que chegou o tempo de Deus na vida de Jacó, era o tempo de voltar para a casa de seu pai e reencontrar seu irmão Esaú. A disposição de Jacó em obedecer à voz de Deus resultou em bênção para sua vida, pois foi no caminho da obediência que ele teve um encontro maravilhoso com Deus. Quando atravessava o vau de Jaboque com a sua família, Jacó ficou para trás e contemplou um varão que lutou com ele. A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, pp. 84,85) discorre deste episódio:

O varão que ‘lutou’ com Jacó era provavelmente o ‘anjo do Senhor’ (cf. 16.7; 21.17; 22.11; 31.11; Os 12.4), o qual é frequentemente identificado com o próprio Deus (cf. vv, 28,30; Jz 6.12-14,22; ver Êx 3.2 nota). Enquanto Jacó lutava desesperadamente com Deus para obter a bênção prometida, Deus o deixou prevalecer (v. 28), porém feriu a coxa de Jacó (v. 25), como lembrança de que este não devia doravante andar na sua própria força, mas, confiar inteiramente em Deus e andar na dependência dEle (vv. 30-32).

O nome de Jacó, que dava a entender um defraudador astucioso, agora foi mudado para ‘Israel’, que significa ‘aquele que luta com Deus’. Os seguidores de Cristo, às vezes, são chamados o ‘Israel de Deus’ (Gl 6.16) — isto é, aqueles que lutam com Deus. Deus não quer que seu povo seja inerte, mas que o busque com zelo a fim de receber suas bênçãos e sua graça (Mt 5.6; 6.33; 7.7,8; 11.12; Lc 1.5-10).

A história de Jacó nunca mais foi a mesma após encontra-se com Deus. Assim acontece na vida daqueles que têm um encontro com Jesus, pois a presença de Deus marca a pessoa para que ela não seja mais a mesma. Em 2 Co 5.17, Paulo afirma que “Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo”. Quem serve a Cristo não pratica mais a mentira, não toma o que não lhe pertence e não tira vantagem sobre o próximo como fazia Jacó antes de se tornar Israel. Mas depois que encontrou-se com Deus, Jacó se tornou uma nova pessoa. 

Convide seus alunos para um período de oração, forme um círculo de mãos dadas e peça ao Senhor que proporcione a cada um deles um encontro com Deus, uma mudança interior para que cresçam no caminho certo e tenham um coração transformado. Reserve um período ao final da aula para realizar a oração.

Tenha uma ótima aula! 

Lição 04 - 4º Trimestre 2020 - Jesus e Nicodemos - Pré Adolescentes.

 

Lição 4 - Jesus e Nicodemos 

4º Trimestre de 2020

A lição de hoje encontra-se em: João 3.1-7,16-18.

Olá, prezado(a) professor(a),

Na aula desta semana seus alunos aprenderão sobre um encontro muito especial registrado no evangelho de João. Nicodemos foi encontrar-se com Jesus à noite quando todos já estavam dormindo, pois temia ser visto por seus companheiros de Sinédrio. O Sinédrio era um conselho formado apenas por homens judeus que conheciam muito bem a Lei de Moisés e exerciam forte influência no Templo. Desse encontro podemos aprender várias lições que são de muita valia e que revelam a natureza da nova vida debaixo da graça.

Depois de elogiar o Mestre e demonstrar profunda admiração pelos seus ensinamentos, Nicodemos fica fascinado ao saber a respeito do “novo nascimento”. Como poderia um homem depois de velho tornar ao ventre de sua mãe e nascer novamente? Mas Jesus pacientemente explica a Nicodemos que quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus (Jo 3.5). O novo nascimento é resultado da ação do Espírito Santo na vida de quem se abre para receber Jesus como Salvador e Senhor. A conversa continua e Nicodemos permanece resistente ao fato de que existe uma nova natureza gerada pelo Espírito. É por meio dessa nova natureza que Deus se identifica conosco e nos tornamos seus filhos por adoção (cf. Rm 8.14-16).

Na doutrina da salvação, o novo nascimento é sinônimo de regeneração. De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1576):

(1) A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa (Rm 12.2; Ef 4.23,24), efetuadas por Deus e o Espírito Santo (3.6; Tt 3.5). Por esta operação, a vida eterna da parte do próprio Deus é outorgada ao crente (3.16; 2 Pe 1.4; 1 Jo 5.11), e este se torna um filho de Deus (1.12; Rm 8.16,17; Gl 3.26) e uma nova criatura (2 Co 5.17; Cl 3.10). Já não se conforma com este mundo (Rm 12.2), mas é criado segundo Deus ‘em verdadeira justiça e santidade’ (Ef 4.24).

(2) A regeneração é necessária porque, à parte de Cristo, todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a Deus e de agradar-lhe (Sl 51.5; 58.3; Rm 8.7,8; 5.12; 1 Co 2.14).

(3) A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para Deus (Mt 3.2) e coloca a sua fé pessoal em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador (ver 1.12 nota).

(4) A regeneração envolve mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência a Jesus Cristo (2 Co 5.17; Ef 4.23,24; Cl 3.10). Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado (ver 8.36 nota; Rm 6.14-23), e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a Deus e de seguir a direção do Espírito (Rm 8.13,14). Vive uma vida de retidão (1 Jo 2.29), ama aos demais crentes (1 Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1 Jo 3.9; 5.18) e não ama o mundo (1 Jo 2.15,16).

Vale ressaltar que a transformação na vida daquele que recebe a ação do Espírito, mediante o conhecimento da verdade, se mostra através do Fruto do Espírito. É apropriado que os aspectos da natureza guiada pelo Espírito se revelem à medida que o crente se aproxima do exercício espiritual e das práticas de devoção pessoal como: oração, jejum, leitura e observação da Palavra de Deus. Tais práticas edificam a comunhão com Deus e fortalecem a maturidade cristã.

Com estas afirmativas é possível compreender que o relacionamento com Deus não pode se limitar a fazer parte de uma religião. Se assim fosse, Nicodemos teria uma profunda compreensão do que Jesus havia lhe falado, afinal de contas, ele era “mestre em Israel”. Entretanto, podemos aprender com o exemplo de Nicodemos que fazer parte da igreja não faz dos seus alunos servos de Deus. Aproveite a oportunidade e converse com eles sobre a satisfação de fazer parte da Igreja do Senhor. Explique o quanto é proveitoso estar na presença de Deus na fase em que eles estão vivendo.

Tenha uma boa aula!

Lição 04 - 4º Trimestre 2020 - Defensores da Fé - Adolescentes.

 

Lição 4 - Defensores da Fé 

4º Trimestre de 2020

TEXTO BÍBLICO: 2 Timóteo 4.1-5

OBJETIVOS: 
#Relacionar os grandes apologistas da fé cristã no início da igreja;
#Destacar a importância de defender a fé cristã em todos os tempos, e especialmente em nossos dias; 
#Promover o entendimento das Sagradas Escrituras para enriquecimento espiritual e para defesa diante dos ataques das seitas e heresias de nossos dias.

Olá caro(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos conhecerão a história de um dos maiores nomes da igreja cristã. 

O apóstolo Paulo foi um homem que viveu intensamente as verdades do evangelho e não teve a própria vida por preciosa. Depois de um bom tempo vivendo na religiosidade e no extremismo do judaísmo, Paulo entregou-se completamente à vontade de Deus após ter um encontro com Jesus Cristo no caminho para Damasco. 

A experiência do apóstolo com o Senhor foi tão intensa que ele ficou sem poder enxergar durante três dias. Depois de restaurada a sua visão, Ananias - servo do Senhor, levou Paulo e o apresentou aos demais discípulos e já anunciava Jesus aos judeus que havia em Damasco (cf. At 9). Ali começava uma grande história na vida daquele que seria o instrumento de Deus para escrever a base doutrinária para a igreja até os dias atuais.

Além de se tornar um grande pregador do evangelho, missionário, apóstolo, estudioso das Sagradas Escrituras, Paulo recebeu de Deus a incumbência de escrever Cartas para as igrejas das regiões da Ásia e Macedônia que foram de grande valia para o crescimento e desenvolvimento da fé dos irmãos. 

Essas mesmas Cartas serviram para fundamentar a base doutrinária das igrejas cristãs dos dias atuais, mais especificamente, as protestantes. Fato é que “a Palavra de Deus é viva e poderosa e corta mais do que qualquer espada afiada dos dois lados. Ela vai até o lugar mais fundo da alma e do espírito, vai até o íntimo das pessoas e julga os desejos e pensamentos do coração delas” (Hb 4.12). Não seria diferente através do seu servo que havia escolhido para a realização desta obra especifica. 

De acordo com o Dicionário Wycliffe (2006, pp. 1480, 1481), Paulo trata de pontos específicos que sustentam os pilares da teologia sistemática moderna:

Na tentativa de reunir entre seus escritos as ideias principais, merecem destaque, em particular, as que seguem:

A doutrina da justificação pela fé. Esta grande verdade foi experimentada pela primeira vez pelo próprio Paulo (cf. Gl 2.16), formando o ponto central de sua mensagem missionária (cfr. At 13.38,39), e tornou-se o fundamento em suas cartas para as igrejas. Ela é central particularmente nas cartas aos Gálatas (3—4) e Romanos (3.21—5.21), e até mesmo onde não foi repetidamente elaborada supõe-se que seja a base para a experiência cristã (1 Co 6.11; 2 Co 5.16-21; Ef 2.8,9). A justiça de Deus é atribuída ao homem pela fé, e não como resultado de suas obras ou méritos (Rm 3.22; 10.4; Gl 2.16; 3.22; Fp 3.9).

[...] O conceito de estar em Cristo. Ao julgar pela ocorrência frequente desta sentença nos relatos de Paulo — mais de 160 vezes — ela deve ter formado uma parte importante do pensamento do apóstolo. [...] Para Paulo, estar ‘em Cristo’ significava ser liberto da escravidão do pecado e da lei. Um exemplo poderoso desta verdade encontra-se em Romanos 6—8. Uma pessoa torna-se viva ‘para Deus, em Cristo Jesus’ (6.11); ela recebe a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor’ (8.1); e nada pode nos separar do amor de Deus ‘que está em Cristo Jesus’ (8.39). Tudo isto contrasta com estar ‘na carne’ (8.8) e experimentar a escravidão do pecado ‘que habita’ em cada um de nós (7.17). O resultado da verdade é que Cristo está em nós pelo seu Espírito, para nos dar esta vitória (8.9-11).

O ponto de vista escatológico de Paulo. [...] ‘Da primeira até a última carta, o pensamento de Paulo está sempre uniformemente dominado pela expectativa do retorno imediato do Senhor Jesus, do julgamento e da glória messiânica’ (A. Schweitzer, The Mysticism of St. Paul, p. 52). Porém, muitos ainda reagem contra os excessos deste ponto de vista. Não havia apenas uma mudança da ênfase da esperança da parousia à felicidade presente [...]. É possível que a distinção entre a escatologia e aquilo que é apocalíptico tenha um propósito aqui. Paulo, na verdade acreditava firmemente na segunda vinda de Cristo como é evidente em muitas passagens de suas cartas (1 Ts 4.13-5.11; 2 Ts 1-2; 1 Co 15; Rm 13.11,12).

Deve-se considerar que os escritos de Paulo contribuíram significativamente para pesquisas na área teológica no que diz respeito às verdades que serviram de pilar para o amadurecimento da teologia da salvação, da vida cristã terrena e para a escatologia. 

Boa aula! 

Lição 04 - 4º Trimestre 2020 - Despertamentos Espirituais na Inglaterra - Juvenis.

 

Lição 4 - Despertamentos Espirituais na Inglaterra 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O MINISTÉRIO DE JOHN WESLEY
2. O MINISTÉRIO DE PODER
3. O IMPACTO DO AVIVAMENTO INGLÊS NA SOCIEDADE

OBJETIVOS
Conhecer o Ministério de John Wesley;
Mostrar a missão de um homem de Deus;
Destacar o impacto do avivamento inglês na Inglaterra.

Querido (a) professor (a), seguiremos estudando os impactos dos avivamentos na História da Igreja e na vida de pessoas que se puseram a buscar a Deus com todo coração, alma e entendimento. 

Nesta próxima aula veremos como o clamor e ministério de um único homem, John Wesley, transformou a realidade de toda sua nação; semeando frutos que se desdobraram ao longo dos séculos na Inglaterra e servindo de referência a diferentes povos por mais de 200 anos, até os dias de hoje. 

Abaixo leia um trecho da magnífica história de John Wesley, presente no Best-seller da CPAD, “Heróis da Fé”. Seria muito enriquecedor propor para toda a classe a leitura deste livro clássico, que relata avivalistas e avivamentos extraordinários para nos inspirar e principalmente nos despertar a buscarmos mais desse mover sobrenatural e transformador do Espírito Santo também sobre a nossa geração.

John Wesley – Tocha tirada do fogo (1703-1791)

O céu, à meia-noite, era iluminado pelo reflexo sombrio das chamas que devoravam vorazmente a casa do pastor Samuel Wesley. Na rua, ouviam-se os gritos: "Fogo! Fogo!" Contudo, a família do pastor continuava a dormir tranquilamente, até que os escombros ardentes caíram sobre a cama de uma filha, Hetty. A menina acordou sobressaltada e correu para o quarto do pai. Sem poder salvar coisa alguma das chamas, a família foi obrigada a sair casa a fora, vestindo apenas as roupas de dormir, numa temperatura gélida.

A ama, ao ser despertada pelo alarme, arrebatou a criança menor, Carlos, do berço. Chamou os outros meninos, insistindo que a seguissem, desceu a escada; porém, John, que então contava cinco anos e meio, ficou dormindo.

Três vezes a mãe, Susana Wesley, que se achava doente, tentou, debalde, subir a escada. Duas vezes o pai tentou, em vão, passar pelo meio das chamas, correndo. Sentindo o perigo, ajuntou a família no jardim, onde todos caíram de joelhos e suplicaram a favor da criança presa pelo fogo.

Enquanto a família orava, John acordou e, depois de tentar descer pela escada, subiu numa mala que estava em frente a uma janela, onde um vizinho o viu em pé. O vizinho chamou outras pessoas e conceberam o plano de um deles subir nos ombros de um primeiro enquanto um terceiro subia nos ombros do segundo, e alcançaram a criança. Dessa maneira, John foi salvo da casa em chamas, apenas instantes antes de o teto cair com grande fragor.

O menino foi levado, pelos intrépidos homens que o salvaram, para os braços do pai. "Cheguem, amigos!", clamou Samuel Wesley, ao receber o filhinho, "ajoelhemo-nos e agradecemos a Deus! Ele me restituiu todos os meus filhos; deixem a casa arder; os meus recursos são suficientes." Quinze minutos depois, casa, livros, documentos e mobiliários, não existiam mais.

Anos depois, em certa publicação, apareceu o retrato de John Wesley e embaixo a representação de uma casa ardendo, com as palavras: "Não é este um tição tirado do fogo?" (Zacarias 3.2).

Encontra-se nos escritos de Wesley, a seguinte referência interessante, desse histórico sinistro: "Em 9 de fevereiro de 1750, durante um culto de vigília, cerca das onze horas da noite, lembrei-me de que era esse o dia e a hora, havia quarenta anos, em que me tiraram das chamas. Aproveitei-me do ensejo para relatar a maravilhosa providência. Os louvores e as ações de graças subiram às alturas e grande foi o regozijo perante o Senhor". Tanto o povo, como John Wesley, já sabiam naquele tempo porque o Senhor o poupara do incêndio. 

[...] Um pastor prega, em média, cem vezes por ano, mas John Wesley pregou cerca de 780 Vezes por ano, durante 54 anos. Esse homenzinho, com a altura de apenas um metro e sessenta e seis centímetros e pesando menos de sessenta quilos, dirigia-se a grandes multidões e sob as maiores provações. Quando as igrejas lhe fecharam as portas, levantou-se para pregar ao ar livre.

Apesar de enfrentar a apatia espiritual quase geral nos crentes, a par de uma onda de devassidão e crimes no país inteiro, multidões de 5 mil a 20 mil afluíam para ouvir seus sermões. Tornou-se comum, nesses cultos, os pecadores acharem-se tão angustiados, que gritavam e gemiam. 

Se célebres materialistas, tais como Voltaire e Tomaz Paine, gritaram de convicção ao se encontrarem com Deus no leito de morte, não é de admirar que centenas de pecadores gemessem, gritassem e caíssem ao chão, como mortos, quando o Espírito Santo os levava a sentir a presença de Deus. Multidões de perdidos, assim, tornavam-se novas criaturas em Cristo Jesus, nos cultos de John Wesley... 

Que você busque a inspiração do Espírito Santo para transmitir aos seus alunos as maravilhas que Ele pode e deseja operar por meio daqueles que o buscam.

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula! 

Paula Renata Santos
Editora Responsável da Revista Juvenis

Lição 04 - 4º Trimestre 2020 - O Drama de Jó - Adultos.

 

Lição 4 - O Drama de Jó 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – TRAGÉDIA DE NATUREZA ECONÔMICA
II – TRAGÉDIA DE NATUREZA FAMILIAR
III – TRAGÉDIA DE NATUREZA FÍSICA E PSICOLÓGICA
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Mostrar que Jó manteve sua fidelidade a Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Revelar de que forma as tragédias que se abateram sobre Jó atingiram os seus bens;
II – Explicar de que forma Jó teve sua família destroçada pelos ventos;
III – Demonstrar de que forma Jó teve sua saúde física e mental abalada.

PONTO CENTRAL
O sofrimento se abate sobre o justo.

Querido(a) professor (a), na lição deste domingo estudaremos a respeito do drama de Jó. Ele sofreu perdas profundas que foram capazes de contribuir para o seu conhecimento, ainda maior, de quem era o Todo-Poderoso. O crente em Jesus deve entender que ele não está isento dos sofrimentos deste mundo. Todavia, as dores e as perdas não são capazes de minar a fé que temos nas promessas de Jesus para nós, seus filhos. O cristão precisa saber que, com Jesus, não estamos sozinhos, não devemos ter medo e nem sentimento de culpa, não podemos perder a esperança e devemos crer que Deus nos ama.

Enquanto estivermos neste mundo, seremos atingidos por “ventos” de várias origens, e como Jó, poderemos ter nossa família atingida. Não cessemos de orar por nossa casa, e oferecer sacrifício a Deus por ela. Vejamos o que o comentarista da lição discorre sobre este assunto:

Ventos sobre a Família

por Pastor José Gonçalves

 “[...] Estando ainda este falando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito, eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova” (1.18,19). Na série de ataques que Jó havia sofrido até então, nenhum havia sido tão doloroso como esse. Perder bois, jumentas, camelos e até mesmo escravos, que faziam parte das posses dos seus donos, sem dúvida causou-lhe sofrimento e tristeza. Todavia, tudo isso era, de certa forma, suportável. Não eram os seus entes queridos. Entretanto, com a família foi diferente. Ela fazia parte da vida de Jó. No Antigo Oriente, isso também valia para a cultura semita. A ideia de família diferia muito daquela adotada posteriormente na cultura ocidental.

Wolff (2007) mostra a importância antropológica do indivíduo no contexto social do mundo antigo a partir da família judaica. Segundo ele, no antigo Israel, o indivíduo é primeiramente membro da sua família. Ela é chamada casa ou casa paterna. Dessa forma, até quatro gerações podiam conviver nessa grande família. Wolff (2007, p. 324) lembra que, nessa grande família, 

além dos homens, há as mulheres associadas por casamento e as filhas não casadas, ademais escravos e escravas, agregados e trabalhadores estrangeiros. Se considerarmos que o número de filhos era grande, de modo que um israelita com 20 anos facilmente era pai, com 40 anos, avô e com 60 anos, bisavô e que os irmãos mais novos do chefe da família, junto com seus descendentes, podiam fazer parte da grande família, entendemos facilmente que essa grande família fornecesse 50 homens ao exército (1 Sm 8.12). 

Em segundo lugar, as grandes famílias são membros de um clã. Wolff (p. 324) destaca que, à luz do registro bíblico, cerca de 20 famílias formavam um clã. A chefia desse clã estava a cargo dos anciãos, que também exerciam jurisdição (1 Rs 21.8ss.). Em terceiro lugar, o clã estava unido a uma tribo. As tribos formavam uma comunidade que morava com os seus clãs na mesma região. À frente de cada tribo, havia um príncipe. Em quarto lugar, a comunidade das tribos chamava-se “Israel” ou “casa de Israel”. Essa “casa de Israel”, como o povo de Iavé, formava uma unidade. No período tribal, um “juiz” com capacidade carismática libertava o povo. Em quinto lugar, no período monárquico, ao qual Wolff (p. 325) denomina de período estatal, a instância jurídica suprema era ocupada pelo rei.  

Essa estruturação familiar no contexto do antigo Israel, evidentemente quando vista no seu estágio mais primitivo, sem dúvidas mantinha alguma similaridade com a família vivida nos dias de Jó. Isso permite termos uma noção do quanto Jó sofreu ao perder de uma só vez todos os seus filhos. O homem que sempre viveu em família agora passa a viver sozinho. A cada ataque, a situação ficava cada vez mais dramática, e o sofrimento de Jó só crescia. 

Assim como o “fogo do céu” caiu para destruir a fazenda de Jó, um “tornado satanicamente orientado” (Champlin, 2001, p. 1868) foi arremessado contra a sua família. Craig Keener (2018) acredita que há base bíblica para afirmar que, sob certas circunstâncias e quando tem permissão para isso, Satanás exerce influência sobre fenômenos naturais, como, por exemplo, provocar o “vento do deserto” (Jó 1.18,19). Keener (2018, p. 206) narra um fato em que um fenômeno aparentemente natural (a queda de uma árvore) teria destruído a sua vida e a de outras pessoas se Deus não os tivesse protegido. Mesmo em se tratando de um fenômeno aparentemente natural, Keener diz não ter dúvidas de que o Diabo estava por trás daquela ação. Segundo ele, a sua convicção sobre esse fato foi formada a partir da leitura do livro de Jó. 

Então certo dia estava lendo Jó 1 no hebraico na minha devocional, e subitamente captei o que havia lido muitas vezes antes: Satanás enviou um vento forte, fazendo uma casa ruir sobre os filhos de Jó (Jó 1.12,19). Eu havia escrito um comentário de Apocalipse, em que uma figura maligna traz fogo do céu (Ap 13.13). Mas de algum modo isso havia permanecido desconectado de minha teologia sobre o real poder do mal.

O que essas narrativas do livro de Jó mostram é que não podemos subestimar as forças malignas. O fato é que o maligno, mesmo que de forma limitada, pode causar danos físicos e materiais sob certas circunstâncias. Por outro lado, também não se pode superestimá-las. O que não deve ser esquecido é que, sob quaisquer circunstâncias, quem teme a Deus estará sempre protegido. Essa maneira de enxergar as coisas evita a presunção de achar que Satanás é um ser inoperante, que não oferece mais nenhum risco (ver 2 Co 2.11; Lc 22.31-34). Isso também evita que se caia num dualismo, onde Deus e Satanás estão medindo forças um com o outro em pé de igualdade. Como já foi demonstrado nesse texto, o Diabo é um ser criado. Não é autoexistente, nem onipotente e muito menos todo-poderoso. Somente Deus detém esses atributos. 

[...] e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor. Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” (1.21-22). Os ventos soprados por Satanás sobre os negócios de Jó e a sua família, sem dúvida, além de terem um poder devastador, também foram avassaladores. O objetivo era ver o patriarca blasfemar de Deus. Mesmo diante de tanto sofrimento, Jó não blasfemou de Deus. “Jó demonstrou que é possível a devoção sem receber nada em troca. É possível a fidelidade a Deus à parte das bênçãos divinas. O que Deus havia falado sobre Jó era verdade” (Zuck, 1981, p. 21). Jó creu que Deus estava no controle e que, portanto, deveria submeter-se à vontade soberana dEle. Deus, portanto, deveria continuar sendo louvado.

Texto extraído da obra “A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: O Sofrimento e a Restauração de Jó”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 04 - 4º Trimestre 2020 - Saul: Somente ser escolhido não faz a diferença - Jovens.

 

Lição 4 - Saul: Somente ser escolhido não faz a diferença 

4º Trimestre de 2020

INTRODUÇÃO

Neste capítulo, trataremos do primeiro rei de Israel, Saul. Escolhido por Deus e ungido pelo profeta Samuel, Saul teria um futuro brilhante se não resolvesse desobedecer ao Senhor e fazer pouco caso das orientações do Eterno. Saul foi o homem escolhido pelo próprio Deus para inaugurar a monarquia em Israel. Todavia, essa escolha, como qualquer outra, não se torna plena se o escolhido por Deus não faz o que é possível para obedecer à sua vocação. Além da desobediência, ele optou por obedecer ao Senhor parcialmente e viu-se envolvido pelo ciúme e pela inveja. Saul perseguiu Davi, foi atormentado, consultou uma feiticeira e terminou os seus dias de forma triste, dando cabo da sua própria vida. Como veremos, o imenso projeto de Deus não possui predileção por pessoas que desprezam a obediência e que fazem pouco caso daquilo que o Senhor diz. Infelizmente, não são poucas as pessoas que preferem sair do caminho de Deus para seguirem outras trilhas, pagando um preço alto por isso.

 I - UM INÍCIO SOBRENATURAL

A história do início da monarquia em Israel dá-se no livro de 1 Samuel. O livro dos Juízes registra que, após a morte de Josué, não havia uma liderança nacional reconhecida. Os juízes revezaram-se em diversas frentes, mas não como um governo administrativo e organizado. A falta de uma liderança mais centralizada provavelmente despertou nos israelitas o desejo de serem governados por um rei. As outras nações tinham reis que provavelmente organizaram administrativamente os seus Estados. Além disso, os filhos de Samuel, que poderiam dar prosseguimento ao ministério do seu pai, não eram pessoas confiáveis para liderar o povo. Diferentemente do pai, eles eram pessoas que se deixaram corromper, e isso foi um dos motivos que levou os anciãos a pedir a Samuel um rei.

2. Escolhido por Deus

Dizer que Saul não foi escolhido por Deus é uma declaração que precisa ser avaliada à luz das Sagradas Escrituras. De acordo com 1 Samuel, o povo pede um rei (8.5), cumprindo-se o que o Senhor havia predito em Deuteronômio 17, e Ele concede a realização desse pedido (8.22). A prerrogativa da escolha era de Deus. A orientação dada por Ele foi: Quando entrares na terra que te dá o Senhor, teu Deus, e a possuíres, e nela habitares, e disseres: Porei sobre mim um rei, assim como têm todas as nações que estão em redor de mim, porás, certamente, sobre ti como rei aquele que escolher o Senhor, teu Deus; dentre teus irmãos porás rei sobre ti; não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não  seja  de teus irmãos.  Porém não multiplicará para si cavalos, nem fará voltar o povo ao Egito, para multiplicar cavalos; pois o Senhor vos tem dito: Nunca mais voltareis por este caminho. Tampouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração se não desvie; nem prata nem ouro multiplicará muito para si. (Dt 17.14-17) O Eterno encarregou-se de revelar a Samuel quem seria o primeiro monarca dos hebreus: O Senhor o revelara aos ouvidos de Samuel, um dia antes que Saul viesse, dizendo: Amanhã, a estas horas, te enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por capitão sobre o meu povo de Israel, e ele livrará o meu povo da mão dos filisteus; porque tenho olhado para o meu povo, porque o clamor chegou a mim (1 Sm 9.15,16). Esses textos deixam claro que o Senhor conduziu as circunstâncias que levaram Samuel a entender que Ele havia escolhido Saul como rei de Israel. O texto ainda diz que Saul seria ungido para trazer livramento ao povo de Deus. Na perspectiva de Eugene Merrill: Conforme muitos estudiosos já observaram, a escolha de Saul foi mais baseada em dons carismáticos, bem mais ao estilo dos juízes, do que na linhagem dinástica normal, caracterizada pela entronização e sucessão. Ele não pertencia a qualquer linhagem especial — veio de uma pequena tribo, a tribo de Benjamim, e era filho de Quis, que embora sendo homem de aparência, certamente não possuía nem podia reivindicar qualquer grau de nobreza. 2 Duas questões precisam ser observadas com cautela no tocante ao que Merrill disse. A primeira é em relação aos dons carismáticos pelos quais Saul foi apontado para ser rei. Estamos falando de uma época em que a profecia e a revelação de Deus aos seus profetas era reconhecida e aceita. Dons carismáticos são apresentados nas Escrituras como uma forma de Deus falar com as pessoas e edificar a sua obra. Foi por meio de uma palavra da parte de Deus que Débora falou com Baraque e convocou-o para a guerra, e a Escritura não coloca em xeque que quem escolheu Saul para ser rei e revelou-o ao profeta Samuel foi o próprio Deus. Os testes para a profecia ser entendida como vinda de Deus eram simples: Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos, porquanto o Senhor, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o Senhor, vosso Deus, com todo o vosso coração e com toda a vossa alma. Após o Senhor, vosso Deus, andareis, e a ele temereis, e os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis, e a ele servireis, e a ele vos achegareis. E aquele profeta ou sonhador de sonhos morrerá, pois falou rebeldia contra o Senhor, vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito e vos resgatou da casa da servidão (Dt 13.1-5) E se disseres no teu coração: Como conheceremos a palavra que o Senhor não falou? Quando o tal profeta falar em nome do Senhor, e tal palavra se não cumprir, nem suceder 

Ser Escolhido somente não Faz Diferença sim, esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele. (Dt 18.21,22) Se o profeta levasse o povo a afastar-se do Senhor, ou se profetizasse e não fosse cumprido o que havia falado, era, então, tido por falso profeta. O chamado carismático de Saul estava de acordo com a vontade de Deus, como veremos. A segunda questão, desta vez sobre a ordem dinástica, é o fato de que, para que haja uma dinastia, é necessário que haja uma sequência de reis vindos de um mesmo tronco familiar. Como Israel não tinha anteriormente esse tipo de liderança governamental, Saul foi o primeiro. Sempre é preciso ter um rei iniciando o processo que gerará uma dinastia. No caso de Saul, a dinastia não ocorreu porque Saul foi posteriormente rejeitado por Deus. É possível que Merrill esteja fazendo uma análise da perspectiva das nações em torno de Israel que poderiam ter dinastias. Entretanto, Saul foi o primeiro dos reis hebreus e, se tivesse permanecido obedecendo às orientações do Senhor, seria também o primeiro rei de uma dinastia. O certo é que Samuel, na escolha de Saul por Deus, atuou obedecendo orientações divinas, e rejeitar tal fato no processo de interpretação do texto é o mesmo que desprezar a própria orientação do Senhor a Samuel.

3. Sinais da sua Vocação

Para entendermos a importância do chamado de Saul, é preciso ver o que Samuel fala acerca da sua escolha. Entendemos que o Senhor não apenas falou com o profeta, certificando ao homem de Deus que aquela era a orientação divina. O próprio escolhido, Saul, precisava entender que fora chamado por Deus, e o Eterno deu-lhe claras mostras de que Ele estava conduzindo o início da monarquia em Israel por meio de Saul. Para Samuel,

 “[...] o Senhor o revelara aos ouvidos de Samuel, um dia antes que Saul viesse, dizendo: Amanhã, a estas horas, te enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por capitão sobre o meu povo de Israel, e ele livrará o meu povo da mão dos filisteus; porque tenho olhado para o meu povo, porque o clamor chegou a mim (1 Sm 9.15,16). 

Na sequência, após ser relatado que o Senhor havia falado com Samuel no dia anterior, ocorre o cumprimento do que Ele havia dito: 

E, quando Samuel viu a Saul, o Senhor lhe disse: Eis aqui o homem de quem já te tenho dito. Este dominará sobre o 52 | Os Bons e Maus Exemplos meu povo. E Saul se chegou a Samuel no meio da porta e disse: Mostra-me, peço-te, onde está aqui a casa do vidente. E Samuel respondeu a Saul e disse: Eu sou o vidente; sobe diante de mim ao alto; e comei hoje comigo; e pela manhã te despedirei e tudo quanto está no teu coração to declararei (1 Sm 9.17-19).

Saul, em seguida, recebeu um lugar de honra numa refeição em que Samuel havia convidado 30 homens (1 Sm 9.22, 23). Porém Samuel tomou a Saul e ao seu moço e os levou à câmara; e deu-lhes lugar acima de todos os convidados, que eram uns trinta homens. Então, disse Samuel ao cozinheiro: Dá cá a porção que te dei, de que te disse: Põe-na à parte contigo. Após isso, Samuel diz que Saul foi escolhido por Deus (1 Sm 10.1) e acrescenta que as jumentas de Quis, pai de Saul, foram achadas (1 Sm 10.2). O motivo da empreitada de Saul chegara ao fim, mas a de Deus ainda não. Saul, após ser ungido, encontraria um grupo de profetas, juntar-se-ia a eles e profetizaria logo em seguida, tornando-se, assim, um novo homem (ver 1 Sm 10.5-7). A orientação divina era que, após esses sinais serem cumpridos, Saul saberia que o Senhor era com ele (1 Sm 10.7). Esses sinais seriam cumpridos no mesmo dia (1 Sm 10.9). Ou foram obra do acaso e de uma manipulação dos “dons carismáticos” de Samuel, ou foi o próprio Deus que conduziu cada detalhe para assegurar a Saul que a vontade do Eterno é que o benjamita fosse rei. A verdade é que o Senhor não apenas escolheu Saul, como também mostrou por sinais que Ele estaria com o primeiro rei de Israel. Saul, com tantos sinais, ainda assim teve dificuldades de ser visto imediatamente como um escolhido do Senhor. Não havia escolas para reis. Não houve sequer um rei de Israel antes de Saul. Ele precisou confiar e depender de Deus. Infelizmente, essa confiança e dependência duraram pouco no seu reinado. 

II – ERRANDO NO MEIO   

1. Uma Chamada Promissora?

Após ser ungido rei de Israel, Saul iniciou o seu reinado com uma campanha militar. Um homem chamado Naás, amonita, sitiou Jabes-Gileade e propôs que faria aliança com os homens daquela localidade caso eles Saul – Ser Escolhido somente não Faz Diferença | 53 arrancassem, cada um, o seu olho direito. Assim, a afronta cairia sobre Israel, uma forma de dizer que as localidades em Israel não estavam seguras e que qualquer um poderia tomá-las, pois não havia rei em Israel. A mutilação daqueles homens seria uma grande vergonha para a nação. Para que tal não acontecesse, a notícia dessa afronta chegou até Saul (1 Sm 11.6,7). A didática de Saul foi bem simples. Enviar pedaços de carne às tribos de Israel com aquela mensagem foi convincente. A resposta do povo foi à altura da afronta lançada. Saul reuniu mais de 300 mil homens, que atacaram os sitiantes amonitas e livraram Jabes-Gileade. O gosto da vitória foi tão grande que “todo o povo partiu para Gilgal, e levantaram ali rei a Saul perante o Senhor, em Gilgal, e ofereceram ali ofertas pacíficas perante o Senhor; e Saul se alegrou muito ali com todos os homens de Israel” (1 Sm 11.15). A vitória na campanha contra os filhos de Amom indicava que a monarquia em Israel havia começado bem. O Senhor abençoou com uma vitória a primeira guerra travada por Saul, e a sua liderança começou a ser reconhecida pelos hebreus. Como menciona Katie McKoy, Saul, ainda humilde, deu a Deus a glória pela vitória de Israel sobre os amonitas (vv 12, 13). Gilgal, como local onde os filhos de Israel puseram pela primeira vez os pés na Terra Prometida e erigiram um monumento a Deus pela libertação deles da escravidão do Egito (Js 4.19, 20), era um lugar apropriado para a celebração da vitória deles. Mas eis que Saul, posteriormente, deixou-se levar pelo seu próprio entendimento. Em todo momento de guerra, soldados precisam estar alimentados para que possam manter-se em combate e dificultar as coisas para o inimigo. Numa situação de guerra seguinte, Saul conjurou uma maldição a qualquer soldado do seu exército que se alimentasse naquele dia e condenou à morte o próprio filho, Jônatas, que não sabia da ordem do rei. Por misericórdia de Deus, Jônatas foi poupado pelo povo. Saul era dotado de uma séria falha de personalidade. Ele se inclinava a decisões precipitadas, quando sob pressão. Isso evidenciou-se no episódio em que Jônatas, seu filho, comeu um pouco de mel encontrado no campo, sem saber que seu pai impusera uma maldição a quem comesse algo durante a batalha. Isso provocou uma crise de autoridade e, quando o exército tomou o lado de Jônatas, para que ele não fosse vítima de uma palavra precipitada do rei, a crise de autoridade tornou-se uma crise de confiança, e Saul foi o perdedor.

2. Uma Desobediência Completa 

Passado um ano do seu reinado, Saul entrou numa nova empreitada: lutar contra os filisteus. Os antigos inimigos de Israel armaram um combate contra os hebreus, e Saul deveria aguardar o retorno de Samuel para que o sacerdote oferecesse holocaustos ao Senhor e fossem ao combate. Entretanto, a impaciência de Saul foi mais forte que o seu senso de respeito pelo que Deus orientara. Ele mesmo ofereceu sacrifícios (1 Sm 13.9,10). O problema maior não era os filisteus no campo de batalha, e sim a precipitação do rei de Israel (1 Sm 13.13,14).

3. Uma Obediência Parcial

Em outra ocasião, o Senhor havia dito a Saul, por intermédio de Samuel, que o rei aniquilasse os amalequitas. Aquele povo seria julgado por Deus por causa dos seus maus procedimentos contra os filhos de Israel, e Saul recebeu a ordem para destruí-los. Mas o que o rei de Israel fez? Poupou o rei e separou o gado para oferecerem um “sacrifício” ao Senhor. Acontece que Deus não tinha pedido nada daquilo. A resposta do Eterno para Samuel foi: “Arrependo-me de haver posto a Saul como rei; porquanto deixou de me seguir e não executou as minhas palavras” (1 Sm 15.11). Saul até tentou apresentar desculpas para a sua atitude, só que o peso do seu julgamento é visto nas palavras de Samuel em 1 Samuel 15.22,23. 

4. O Cântico das Mulheres 

Outro cenário triste na vida de Saul e que mostra o quanto ele era suscetível à mudança de humor foi quando, após a morte de Golias por Davi, chegando este da batalha, mulheres receberam-no juntamente com os combatentes do rei com danças e um cântico bem distintivo: “Saul matou milhares, mas Davi matou dez milhares!”. Ao que parece, Saul não se sentiu incomodado com a vitória de Davi sobre Golias. O que Saul não gostou foi do canto das mulheres após a vitória de Davi sobre gigante, pois a música que cantavam atribuiu um valor maior para a vitória do adolescente e, consequentemente, uma vitória menor para o rei (1 Sm 18.6-9). Imagina a cena: Você chega do combate, e vêm mulheres cantando e dançando ao seu encontro com uma forma de celebração patriótica comum naqueles dias. É provável que o tipo de música que elas cantavam obrigasse-as a ficarem divididas em dois grupos, onde um grupo cantava que Saul havia matado milhares, e o outro respondia que Davi havia matado dez vezes mais. Esse tipo de manifestação deixou o rei de Israel bastante irritado. Pouco antes da batalha contra Golias, o Senhor já havia dito a Saul duas vezes que ele havia sido rejeitado por ter desobedecido a Deus (1 Sm 13.13,14 e 15.23). A mente irritada do rei fez as devidas contas: “O que falta para esse moço, senão o reino?”. O que Saul não percebeu é que o mesmo Deus que o escolhera já havia escolhido também o seu sucessor.

III – UM FIM DESASTROSO PARA O PRIMEIRO REI DE ISRAEL    

1. O Preço de não se Ouvir e Obedecer a Deus 

Deus claramente nos concede o poder da escolha, mas igualmente as consequências da responsabilidade. Ele não nos fez pessoas sem entendimento ou volição. Ter a capacidade de escolher obedecer ao Senhor ou não em nada fere a soberania de Deus, pois Ele permanece soberano. Quem perde a oportunidade de ser usado por Deus é quem rejeita o projeto divino para a sua vida. O destino de Saul estava decretado. A chance que ele tivera no governo foi mal aproveitada, e ele seria substituído. 

2.Buscando Respostas no Mal

Saul, diante da batalha contra os filisteus, que seria a sua última, resolve procurar uma feiticeira para que lhe servisse de mediadora com o sobrenatural. Ele havia consultado ao Senhor, mas não obteve respostas por nenhuma das formas costumeiras (1 Sm 28.6). O preço a ser pago pela desobediência na liderança do povo de Deus foi o silêncio do próprio Senhor para com o rei. É intrigante saber que o silêncio de Deus não fez Saul busca-lo e obedecê-lo. Lamentavelmente, não são poucos os que buscam respostas de Deus sem querer buscar na mesma medida a sujeição aos desígnios dEle. 

3.O Perigo da Feitiçaria 

Não se pode ignorar que a feitiçaria não é uma prática nova. As sociedades antigas tinham os seus feiticeiros, e eles utilizavam-se dela para obter os seus desejos ou prejudicar pessoas tidas por desafetas. William Barclay comenta sobre a feitiçaria no primeiro século da era cristã: 

Feitiçaria(s); Mar.: magia. A palavra farmakeia seguiu um processo de degeneração no significado. Farmakon é uma droga, e farmakeia é o uso de drogas. Há três etapas no significado da palavra. Farmakeia é usada como uma palavra médica sem o menor mau sentido. Platão fala dos diferentes tipos de tratamento médico; a cauterização, a incisão, o uso de drogas, a privação dos alimentos (Platão: Protágoras 354 A). Dá sua própria opinião de que as doenças não perigosas nunca devem ser complicadas ainda mais pelo uso de drogas (Platão: Timeu 89 B). A esta altura, farmakeia é simplesmente uma palavra médica para uso medicinal das drogas. ii. A palavra passa, então, a denotar o abuso das drogas, ou seja: o uso de drogas para envenenar e não para curar. Assim, lemos acerca da lei a respeito do envenenamento (Platão: Leis 933 B), e Demóstenes acusa um homem mau de envenenamento e de todos os tipos de vilezas (Demóstenes 40.57). Este é o começo do mau sentido da palavra. iii. Por fim, a palavra assume o significado de feitiçaria e bruxaria. É usada, por exemplo, repetidas vezes para os feiticeiros e mágicos egípcios que competiam com Moisés quando Faraó não queria deixar Israel ir (Êx 7.11, 22; 8.18; Sab. 7.12; 18.13); a magia, bruxaria e feitiçaria são pecados por causa dos quais Isaías prediz a destruição da Babilônia pela ira de Deus (Is 47.9, 12). A palavra completou um círculo inteiro. A partir do significado de uma droga que cura, veio a significar um envolvimento vicioso e maligno na bruxaria e feitiçaria. O cristianismo desenvolveu-se numa era em que o uso da feitiçaria e das artes mágicas era generalizado, e frequentemente com intenções criminosas. Sabemos pouca coisa, ou nada, no tocante à feitiçaria, bruxaria e magia nos primeiros séculos da literatura grega. Plínio tem uma história que diz que a magia foi introduzida na Grécia por certo persa chamado Óstanes nos tempos das guerras persas (Plínio: História Natural 30.1). A primeira referência à feitiçaria criminosa acha-se nos discursos de Demóstenes. No discurso contra Aristogeiton refere-se a Teoris de Lemnos, “a feiticeira imunda”, que foi devidamente executada por causa dos seus maus caminhos. Em Roma, já nos dias das Doze Tábuas, achamos um regulamento que Saul – Ser Escolhido somente não Faz Diferença | 57 proíbe a danificação das colheitas alheias mediante a feitiçaria (Sêneca: Questões Naturais 14.7). Mas foi perto do fim do Império que a magia se generalizou em Roma. J. R. Mozley escreve: “É impossível negar que neste período, tentativas eram feitas no sentido de lesar inimigos e obter vantagens particulares por meios sobrenaturais, de tal maneira que a magia era exibida como prática realmente malévola, senão também maléfica” (Artigo sobre Superstitio, em W. Smith: Dictionary of Greek and Roman Antiquities). Não são poucas as inscrições em túmulos para homenagear as pessoas cuja morte, segundo se declarava, tinha sido provocada pela magia. Uma delas diz: “Eunia Fructuosa jaz aqui. Morreu de modo imerecido. Paralisada por sortilégios, ficou deitada por longo tempo, de modo que seu espírito foi torturado violentamente até sair dela, antes de ser devolvido à Natureza. Os Fantasmas ou os deuses celestiais serão os vingadores deste crime” (C.I.L. 2756).5 Como se fosse pouco, Saul chegou a usar o nome de Deus para garantir que não iria punir a feiticeira que o atendeu: Eis que tu saber o que Saul tem feito, como tem destruído da terra os adivinhos e os encantadores; por que. Pois, me armas um laço à vida para me fazer matar? Então Saul lhe jurou pelo nome do Senhor, dizendo: Vive o Senhor, que nenhum mal te sobrevirá por isso (1 Sm 28.9,10). 

4. O Fim de um Reinado 

Saul termina a sua história dando fim à própria vida. Após deixar de ouvir as orientações de Deus, ele viu-se sozinho e cercado por inimigos. Perdeu três dos seus filhos na batalha e tirou a própria vida, dando fim à sua história de forma triste. Termina, assim, a história do primeiro rei de Israel, um homem escolhido pelo Senhor, mas que se perdeu no caminho por causa da desobediência. 

CONCLUSÃO 

Ser escolhido por Deus para uma obra ou ministério não nos isenta de andar conforme os padrões de Deus. Saul obteve do Senhor uma cha 5 BARCLAY, William. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, pp. 35,36. 58 | Os Bons e Maus Exemplos mada, e sinais seguiram-se de que Deus havia-o escolhido. Entretanto, o que o fez perder o reino aos olhos do Eterno foi não andar de acordo com as orientações do Senhor. Não basta ter uma chamada de Deus. É preciso ser obediente a Ele em todo o tempo, pois isso certamente garantirá a presença e a orientação dEle conosco. A história de Saul poderia ter tido um final diferente. Ele poderia ser lembrado como um rei obediente a Deus e temente aos seus desígnios. A honra que ele recebeu para realizar a transição entre o período dos juízes e a monarquia foi obscurecida pela sua desobediência, pela precipitação, por inveja e por buscar o mal. Que possamos entender que ser vocacionado pelo Senhor tem o seu preço e que a obediência imediata às ordens de Deus e a comunhão com Ele garantem que sejamos bem-sucedidos em todos os nossos empreendimentos.