Lição 03
TRABALHO E
PROSPERIDADE
2o de outubro de 2013
TEXTO ÁUREO
“A
bênção do Senhor é que enriquece, e ele não acrescenta dores” (Pv 10.22).
VERDADE PRÁTICA
A Bíblia condena a inércia e a
preguiça, pois é através do trabalho e da bênção de Deus que prosperamos.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“A
bênção do Senhor é que enriquece, e ele não acrescenta dores” (Pv 10.22).
Nosso texto áureo está
inserido no capítulo 10 de Provérbios, onde há provérbios sobre vários
assuntos.
Provérbio 10.22, aponta para
Deus como a fonte da verdadeira prosperidade. A bênção do Senhor deixa nos
ricos espiritualmente, em saúde, em posses, em sabedoria, e o mais importante,
junto a esse enriquecimento, não há resultados de dores, sofrimentos ou
ansiedades. Infelizmente, o enriquecimento material que não procede da bênção
do Senhor é cheio de preocupações, ansiedades, inseguranças, etc.
O Antigo Testamento contém
muitas promessas relacionadas à prosperidade material de pessoas específicas e
também do povo de Israel como nação (Gn 13.2; 39.2-5; Js 22.8; 1 Rs 2.3).
Os conceitos que elas
expressam permanecem válidos ainda hoje como verdades espirituais, mas isso não
quer dizer que possuir riquezas materiais seja sinal de espiritualidade ou que
estas sejam objeto de fé, como ensinam os arautos da falsa doutrina da
prosperidade material.
A prosperidade em Provérbios
está diretamente relacionada à obediência à Bíblia e à dedicação ao trabalho.
No Antigo Testamento, a verdadeira prosperidade é primeiramente espiritual —
bem diferente do que os admiradores da teologia da prosperidade têm pregado e
ensinado.
Uma vida bem-sucedida não é
somente resultado do sucesso financeiro, mas, sim, da obediência a Deus, da
fidelidade e da santidade (Pv 3.3,4).
Uma leitura honesta do Novo
Testamento deixa claro que em nenhum momento ele estimula o acúmulo de bens ou
aponta a prosperidade material como um fim permanente a ser buscado na vida do
cristão. Ao contrário, as riquezas são descritas como algo que pode servir de
obstáculo à comunhão com Deus e até mesmo levar à ruína espiritual (Mt 6.19-21;
10.23; 13.22; 1 Tm 6.9).
O fato da Palavra de Deus
declarar que: “A bênção do Senhor é que enriquece, e ele
não acrescenta dores” (Pv 10.22), não significa que o crente
deve estar focado no enriquecimento material, pelo contrário em Mateus 6.33 o
Senhor Jesus declara: 33 "Mas buscai
primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão
acrescentadas".
No capítulo 6 do Evangelho de
Mateus temos 34 versículos, subdivididos em 3 agrupamentos, o primeiro grupo de
versículos Mt 6.1-18 nos mostram o contraste entre os antigos padrões judaicos
de conduta e os novos padrões ensinados pelo Senhor Jesus, o Messias. O segundo
grupo de versículos Mt 6.19-24, nos mostram o uso correto das propriedades, a
relação que devemos ter para com as riquezas, e o cuidado da busca desenfreada
pelas coisas terrenas e outros bens materiais. O último grupo de versículos Mt 6.25-34,
fala sobre a ansiedade e a confiança. Isso o Senhor Jesus exige da parte do
novo Israel, da Igreja, chamados para fora do mundo para serví-lo. Essas
instruções são distintamente cristãs, ainda que originalmente tenham sido dadas
aos judeus, são direcionadas ao novo Israel, aqueles que acolheram sua nova
Lei. O Evangelho de Mateus é um documento cristão, ainda que reflita a
transição da antiga para a nova dispensação.
Neste último grupo de
versículos, 24 a 34 do capítulo 6 de Mateus, encontramos oito razões pelas
quais os crentes no Senhor Jesus Cristo devem evitar toda sorte de ansiedades
relacionadas à vida material e física, a busca por riqueza sem a bênção do
Senhor só nos traz muitíssimas ansiedades, desespero, sensação contínua de
insegurança. Vejamos as oito razões pelas quais devemos evitar as ansiedades
decorrentes da busca de riquezas materiais que são:
1. - a nossa vida aqui nessa
terra, é muito mais que simplesmente esse viver cotidiano, material e físico,
portanto não deve se restringir e ser dominada apenas pelos desejos e elementos
materiais que o mundo ou o sistema possa oferecer (Mt 6.25);
2. - Deus, nosso Pai, cuida
dos animais irracionais, inferiores e isolados, quanto mais dos seus filhos
queridos (Mt 6.26);
3. - a nossa ansiedade, as
nossas preocupações, em nada altera as condições de vida, ou aumenta a sua
duração, ou seja, nossas ansiedades, não mudam absolutamente nada, não nos faz
crescer em nada (Mt 6.27);
4. - Nosso Santo e amoroso
Deus, veste as flores frágeis de maneira belíssima e perfumada, sem que as
mesmas tenham raciocínio algum, quanto mais nós, seus filhinhos amados, Deus
providencia e tem providenciado as necessidades de cada um sem que precisemos
nos preocupar (Mt 6.28-30);
5. - Os gentios, os mundanos,
os carnais, vivem desesperadamente em busca das coisas deste mundo, faz parte
do raciocínio dos pagãos a ansiedade pelas coisas materiais e terrenas,
diferentemente os crentes, filhos do reino de Deus, contam com seu Pai
Celestial (Mt 6.31-32);
6. - Nosso Deus é Pai, o Pai
conhece as necessidades de seus filhos, nosso Deus e Pai conhece muito bem, as
minhas e as suas necessidades, a fé nisso, nos traz conforto, porque
diferentemente dos deuses do paganismo, que não eram pai para seus adeptos, mas
apenas senhores, fazia com que seus adeptos tivessem razões para não esperar
muito deles. Mas os discípulos do reino, que são filhos do Pai celeste, tem
razão em esperar o fornecimento de tudo. (Mt 6.32);
7. - A busca pelo reino de
Deus e sua justiça , por si mesma, nos garante as coisas menos importante. A expressão “em primeiro lugar” (Mt 6.33)
provavelmente, nos remeta que Jesus só permite uma busca, uma ansiedade, Portanto,
não uma série, sendo essa a primeira de várias, mas a primeira, no sentido de
única, uma forte expressão de desejo, um exercício de alma naquilo que diz
respeito ao reino de Deus e à sua justiça. Portanto essa busca deve ser suprema
e nenhuma outra coisa merece a atenção do ser humano, é a única coisa digna de
ocupar a mente e o coração do crente, que foi feito à imagem de Deus, ou seja,
somente essa busca é permitida e incentivada no Reino de Deus, que são coisas
pertinentes ao próprio Reino: “Desejai as coisas grandes (as mais
importantes), e as coisas pequenas vos serão acrescentadas, e desejai as coisas
celestiais, e as coisas terrenas vos serão acrescentadas”, tanto
Orígenes como Clemente de Alexandria, considerados pais da igreja cristã,
citaram essas palavras (Mt 6.33);
8. - A ansiedade por si só é
inútil, só acrescenta maior sofrimento na vida diária da pessoa, já tão perturbado
em seu cotidiano. Na realidade é uma irracionalidade sofrer algo, que ainda não
existe, juntamente com o já existente, o qual é perfeitamente real (Mt 6.34).
O capítulo 6 de Mateus deve ser um dos ensinos
norteadores de nossas vidas, assim sendo, não devemos isolar o versículo 33,
mas devemos considerar e compreender que esse versículo 33 "Mas
buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos
serão acrescentadas", atinge
o ponto mais elevado do MANIFESTO CONTRA O MATERIALISMO e ao mesmo tempo nos
apresenta a principal instrução do ensino do Senhor Jesus a respeito da atitude
cabível ao crente, concernente às coisas materiais, o que não invalida em nada
a declaração do nosso texto áureo, pelo contrário se completam: “A bênção do Senhor é que enriquece, e ele não acrescenta
dores” (Pv 10.22), por isso: “... buscai
primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão
acrescentadas" (Mt 6.33).
RESUMO DA LIÇÃO 03
TRABALHO
E PROSPERIDADE
I. A METÁFORA DO CELEIRO E DO
LAGAR (Pv 3.9,10)
1.
A dádiva que faz prosperar.
2.
A bênção que enriquece.
II. A METÁFORA DA FORMIGA (Pv
6.6-11)
1.
As formigas sabem poupar.
2.
As formigas sabem ser autônomas.
III. A METÁFORA DO LEÃO (Pv
22.13; 26.13)
1.
Conhecendo o leão.
2.
Matando o leão.
IV. O TRABALHO E A METÁFORA DOS
ESPINHEIROS (Pv 24.30-34)
1.
Trabalho, prosperidade e espiritualidade!
2.
Trabalho, ócio e lazer!
INTERAÇÃO
O trabalho é um dom de Deus para a
humanidade. Ele eleva a dignidade do homem e a da mulher. Esta, no entanto,
conquistou um papel de destaque no mercado profissional. Não se pode ignorar o
advento da mulher no mercado de trabalho como elemento revolucionário para o
modelo tradicional da família.
Hoje, na maioria dos casos, mesmo que a
mulher opte por não mais trabalhar fora, o homem não consegue prover a família
com o próprio salário. O custo de vida é caro, o salário é pequeno, fazendo com
que até os aposentados retornem ao mercado formal do trabalho. O fato é que
para prosperarem na vida, tanto o homem quanto a mulher devem trabalhar,
trabalhar... É através do trabalho que prosperamos.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender as quatro
metáforas da lição (do celeiro e do lagar, da formiga, do leão e do
espinheiro).
Reconhecer a
importância e o valor do trabalho.
Saber que a
prosperidade é fruto da bênção de Deus, mas de muito trabalho também.
COMENTÁRIO
Professor, se
possível reproduza o esquema abaixo na lousa ou tire cópias.
Ao concluir
a lição de hoje faça uma síntese das metáforas estudadas usando o auxílio do
respectivo esquema. Em seguida, afirme à classe que essas metáforas são
símbolos linguísticos empregados pela Bíblia para demonstrar a importância e o
valor do trabalho na vida do ser humano.
introdução
PALAVRA
CHAVE
TRABALHO:
Conjunto de
atividades, produtivas ou criativas, que o homem exerce para atingir
determinado fim.
Nas lições anteriores, aprendemos que um provérbio bíblico
utiliza a linguagem metafórica para expressar o seu real significado. De fato a
palavra hebraica machal traduzida em nossas Bíblias como provérbio, possui um
leque de significados: parábola, comparação, alegoria, fábula, provérbio, dito
enigmático, símbolo, argumentação ou apologia.
Tais recursos linguísticos permeiam todo o livro dos Provérbios.
Na lição de hoje, veremos algumas das metáforas usadas pelos sábios para tratar
da natureza do trabalho e sua importância. Elas revelam que o labor é uma
condição necessária à expressão humana.
Ao
observarmos o campo, a imagem de um animal ou mesmo a atividade dos insetos,
aprenderemos acerca da grandeza do trabalho.
Era
dessa forma que os sábios da antiguidade ensinavam, pois quando se entende tais
metáforas, compreende-se melhor a natureza do trabalho.
I.
A METÁFORA DO CELEIRO E DO LAGAR (Pv 3.9,10).
1. A dádiva que faz prosperar. Em
Provérbios 3.9,10, está escrito que devemos honrar ao Senhor com nossas posses
e com o melhor de nossa renda.
Tal atitude, segundo o sábio, fará com que os nossos “celeiros” se
encham abundantemente e que trasbordem de mosto os nossos “lagares”. O celeiro
e o lagar transbordantes são metáforas que representam uma vida abundante!
O celeiro, tradução do hebraico asam, é o lugar onde se deposita a
produção de grãos. Quando transbordava era sinal de casa farta! Vemos isso nas bênçãos decorrentes da
obediência (Dt 28.8). Mas o conselho do sábio mostra que isso só é possível
quando há generosidade em fazermos a vontade de Deus.
2. A bênção que enriquece. No mesmo
texto, Salomão fala dos bens e da renda adquiridos como fruto do trabalho. Mas
a verdadeira prosperidade não vem apenas de nosso esforço, mas principalmente
do resultado direto da bênção do Senhor.
É exatamente isso o que diz o sábio em Provérbios 10.22. O celeiro e o
lagar somente se encherão e trasbordarão quando a bênção de Deus estiver neles.
É a bênção divina que faz a distinção entre ter posses e ser verdadeiramente
próspero, pois é possível ser rico, mas não ser feliz. A prosperidade integral
só é possível com a presença de Deus em nossa vida.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O celeiro e o lagar transbordantes são metáforas que
representam uma vida abundante.
II.
A METÁFORA DA FORMIGA (Pv 6.6-11)
1. As formigas sabem poupar. Na metáfora
da formiga, o sábio nos exorta a tomarmos uma atitude prudente diante da
realidade da vida: “Vai ter com a formiga”.
A palavra hebraica usada aqui é yalak, e possui o sentido de
“mover-se”, tomar uma atitude na vida (Pv 6.6)! Até os insetos podem nos dar
lições sobre o trabalho! Mas não é apenas isso que aprendemos com as formigas.
Ainda em Provérbios, o sábio Agur invoca o exemplo desses pequenos
insetos (Pv 30.25). As formigas possuem uma noção sofisticada de trabalho — “no
verão [elas] preparam a sua comida”. Isto é, as formigas sabem poupar! Elas não
apenas trabalham, mas também poupam. O cristão deve aprender igualmente a
poupar recursos para eventualidades futuras.
2. As formigas sabem ser autônomas.O texto de
Provérbios diz que a formiga, mesmo “não tendo superior,
nem oficial, nem dominador, prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu
mantimento” (Pv 6.7,8).
As formigas também são responsáveis e trabalham sem serem vigiadas. O
erudito Derek Kidner observa o contraste entre elas e o preguiçoso, quando
informa que a formiga não precisa de fiscal, enquanto o preguiçoso precisa ser
advertido o tempo todo. A formiga discerne os tempos, o preguiçoso não!
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Na metáfora da formiga o sábio nos
exorta a tomarmos uma atitude prudente diante da realidade da vida: trabalhar.
III.
A METÁFORA DO LEÃO (Pv 22.13; 26.13)
1. Conhecendo o leão. A metáfora
do leão se encontra em duas passagens do
livro de Provérbios (22.13 e 26.13).
Há uma pequena variante nesses provérbios, mas o sentido é o mesmo — o
preguiçoso sempre arranja uma desculpa para fugir do trabalho!
Ora o leão está “lá fora”, ora está “no caminho” e ora está “nas
ruas!”. O leão é o mais forte dos animais, e a sua presença causa medo. O fato
de o preguiçoso ver o trabalho como um leão significa que ele o encara como uma
realidade difícil de ser enfrentada.
Tem medo do trabalho, assim como tem medo do leão! É desnecessário
dizer que essa é uma visão completamente equivocada do labor.
2. Matando o leão. Há alguns provérbios populares que expressam um
sentido semelhante aos provérbios estudados acima.
Por exemplo: “a vida é dura para quem é mole”; “matando um leão por
dia”. Tais ditos populares revelam que a vida pode ser difícil, dura, mas tem
de ser enfrentada.
Não adianta ficar com medo do leão! O pastor Matthew Henry observa que
esse “leão” é fruto da imaginação do preguiçoso e só serve para reforçar a sua
inércia.
Se há um leão lá fora, é o leão do qual falou o apóstolo Pedro, e ele
está rugindo em busca de quem possa devorar (1 Pe 5.8). O preguiçoso será a sua
principal presa!
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A metáfora do leão torna-se fruto da imaginação do homem,
quando este busca um álibi para reforçar a sua inércia.
IV. O TRABALHO E A METÁFORA DOS ESPINHEIROS (Pv 24.30-34)
1. Trabalho, prosperidade e
espiritualidade! Já vimos que o trabalho
possui também uma dimensão espiritual (Pv 3.9). Isso vai de encontro àquilo que
pensa o senso comum acerca do trabalho.
A ideia que ficou associada ao trabalho é a de que
ele é algo meramente material e totalmente destituído de valor espiritual. Mas
não é assim que pensa o sábio (Pv 24.30). Quando ele viu o campo do preguiçoso
totalmente abandonado, cheio de espinheiros, a primeira sensação que teve foi
de um “homem falto de entendimento”.
É interessante observarmos que, no hebraico, essa
expressão vem carregada de valores espirituais. A palavra hebraica usada para
“entendimento” é leb, significando
coração, entendimento e mente.
A ideia é mostrar o que há no interior do homem — a
espiritualidade. Andrew Bowling, especialista em hebraico bíblico, destaca que
esse vocábulo é usado para indicar as funções imateriais da personalidade
humana.
Portanto, o trabalho é algo extremamente espiritual.
Ninguém será menos crente porque trabalha, aliás, a
verdade é justamente o contrário (Ef 4.28; 2Ts 3.10)!
2. Trabalho, ócio e lazer! A análise do sábio sobre a inércia do preguiçoso, que favoreceu o
nascimento de espinheiros dentro da plantação, é uma forma de ironizar o ócio
dele (Pv 24.33,34).
Não dá para prosperar mantendo-se de braços
cruzados, e muito menos ficando eternamente em repouso! É preciso se mexer.
Todavia, esse é apenas um aspecto da questão, pois quem trabalha precisa de
descanso e também de lazer! Deus criou o princípio do descanso semanal (Gn
2.2). Precisamos, inclusive, de tempo livre para estarmos a sós com Deus e com
a nossa família.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Apesar de sua
importância material, o trabalho é um assunto extremamente espiritual.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
O trabalho dignifica o homem e é por isso que devemos levá-lo a sério.
Trabalhando, alcançaremos a verdadeira e bíblica prosperidade. Essa
recomendação é válida também para os obreiros, pois se não tiverem cuidado,
acabarão por mergulhar numa inércia pecaminosa.
Não devemos, todavia, nos fazer escravos do trabalho. Devemos estar
disponíveis também a cultuar a Deus, cuidar de nossa família e, com ela,
recrear-nos.
Enfim, se nos dedicarmos ao trabalho, conforme recomenda-nos a Bíblia,
teremos uma vida digna e tranquila na presença de Deus.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
SOUZA, B. As
chaves do sucesso financeiro: a prosperidade à luz da Bíblia. Rio de
Janeiro: CPAD, 2001.
MAXWELL, J. Atitude
vencedora: sua chave para o sucesso pessoal. RJ: CPAD, 2004.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
“Subsídio Teológico
“O
Lazer e o Renascimento da Vida Sabática
Os teólogos
cristãos há muito têm afirmado que para que a vida atinja seu potencial
espiritual pleno, deve ser vivida de maneira dialética e rítmica. O lazer e o
trabalho merecem quantidades proporcionadas de tempo e energia. Deste modo a
alma pode ser nutrida na contemplação e o corpo ocupado no trabalho. O trabalho
não é o inimigo. O inimigo é um estilo de vida que revolve-se exclusivamente em
torno do trabalho. A inteireza na vida vem de reconhecer e experimentar a
interação dos ritmos de trabalho, descanso, adoração e divertimento. Surge o
reconhecimento da capacidade deles revitalizarem-se uns aos outros quando lhes
é dado o devido lugar. Uma volta aos ritmos do sábado tem implicações
refrescantes para indivíduos, famílias e a sociedade, embora integrá-los com os
padrões de vida agitados e destrutivos de fins do século XX venha a testar a
resolução até do mais devoto” (VOLF, M. Trabalho in PALMER, M. D. (Ed.)
Panorama do Pensamento Cristão. 1 ed.; RJ: CPAD, 2001, p.272).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio
Teológico
“O
que é Trabalho?
‘Se ninguém
me perguntasse, eu saberia; se quero explicar a quem me pergunta, não sei’. Era
assim que Agostinho expressava sua dificuldade em definir ‘tempo’. O mesmo
parece verdade com ‘trabalho’. Pensamos que sabemos o que é trabalho, mas, quando
tentamos pôr em palavras o que pensamos que sabemos o que é trabalho,
gaguejamos.
Começarei
explicando o que é trabalho destacando algumas coisas. Primeiro, embora muito
estrênuo, trabalho não é simplesmente labuta e fadiga, como alguns tendem a
pensar, interpretando Gênesis 3 em parte incorretamente. Na verdade, muitos
gozam do trabalho que fazem e os que fazem são os melhores trabalhadores. Não
seria estranho dizer que os melhores trabalhadores não trabalham? Segundo,
trabalho não é simplesmente emprego remunerado. Embora a maioria das pessoas
nas sociedades industrializadas esteja empregada pela remuneração que percebem,
muitos trabalham duro sem receber pagamento. Pegue, por exemplo, as donas de
casa (raramente donos de casa) que gastam quase todas as horas em que estão
acordadas mantendo uma casa em ordem e criando os filhos. Muitas delas com
razão se ressentem quando as pessoas insinuam que não trabalham; isto é
acrescentar um insulto (‘você não trabalha’) a uma injúria (elas não recebem
pagamento).
Precisamos
de uma definição abrangente de trabalho, uma que inclua o trabalho desfrutado e
o trabalho sofrido, o trabalho remunerado e o trabalho voluntário. Uma
definição muito simples de trabalho seria ‘uma atividade que serve para
satisfazer as necessidades humanas’: Você prepara uma refeição para ter algo
que comer; você digita manuscritos para receber um cheque. Em contraste, o
propósito de jogar é jogar: Você joga futebol, porque gosta de jogar futebol;
você lê um livro, porque gosta de ler livros. Claro que cozinhar pode ser seu
passatempo, então você cozinha, porque você gosta de cozinhar, e encher
estômagos vazios é, nesse caso, um benefício colateral. Semelhantemente, jogar
futebol (se você é jogador profissional) ou ler livros (se você é aluno ou professor)
pode ser seu trabalho; então você joga, porque precisa de dinheiro ou
reconhecimento, e lê livros, porque precisa passar nos exames ou preparar uma
conferência; a pura diversão de jogar ou ler é, então, uma coincidência feliz.
Portanto, trabalhar é uma atividade instrumental: Não é feito para o seu
próprio bem, mas para satisfazer necessidades humanas”
(VOLF, M. Trabalho in PALMER, M.
D. (Ed.) Panorama do Pensamento Cristão. 1 ed., RJ: CPAD, 2001, pp.225-26).
SUBSÍDIOS ENSINADOR
CRISTÃO
Trabalho e
Prosperidade
Quem não
deseja ter uma vida próspera e abençoada? E o desejo de todo ser humano e não
há nada de errado em ser bem-sucedido. Mas, o que é ser próspero? Embora cada
um tenha uma definição própria, para respondermos a essa questão temos que
recorrer às Escrituras Sagradas e observar o que é ser bem-sucedido à luz da
Palavra.
A
prosperidade em Provérbios está diretamente relacionada à obediência à Bíblia e
à dedicação ao trabalho. No Antigo Testamento, a verdadeira prosperidade é
primeiramente espiritual — bem diferente do que os admiradores da teologia da
prosperidade têm pregado e ensinado.
Uma vida
bem-sucedida não é somente resultado do sucesso financeiro, mas, sim, da
obediência a Deus, da fidelidade e da santidade (Pv 3.3,4).
Como cristãos,
podemos afirmar que nossas riquezas são e serão sempre intangíveis e nunca
somente monetárias. Atualmente, os crentes têm sido iludidos quando o assunto é
prosperidade. Eles tendem a relacionar o ser bem-sucedido ao dinheiro e bens
materiais. Muitos estão buscando desesperadamente os bens materiais. Querem ser
ricos a todo o custo e acabam desprezando a Deus, tropeçando e perdendo o nosso
bem precioso, a nossa salvação. Por isso Jesus a adverte em Mateus 16.26. Não
podemos ser influenciados pela maneira de pensar deste mundo (Rm 12.2). Para
alguns, o “ter” passou a ser mais importante que o “ser”. Pertencer ao Reino de
Deus está diretamente ligado ao “ser” — ser benigno, ético, compassivo, etc.
Sabemos que
a prosperidade não é somente resultado direto do trabalho e do esforço do
homem, todavia sem trabalho não há prosperidade. A preguiça impede o homem de
prosperar. O preguiçoso sonha, deseja, mas dificilmente alcança seus objetivos
(Pv 13.4; 20.13; 23.21). Precisamos nos dedicar ao trabalho, pois este dignifica
o homem. Em Provérbios, encontramos uma série de exortações ao trabalho. O
indolente é seriamente advertido (Pv 10.26; 19.15; 24.30-34). Muitos oram a
Deus, mas não agem, não fazem a sua parte. Deus não vai fazer o nosso trabalho.
A Palavra de Deus relata que Jesus era um homem de dores e trabalho (Jo 5.17).
Sigamos os passos do Mestre.
Além da
preguiça, vejamos alguns outros obstáculos que impedem a prosperidade:
•
Falta de comprometimento, de inteireza de coração (2Cr 25.2);
•
Infidelidade a Deus. Não honra ao Senhor com as nossas primícias (Pv
3.9,10);
•
Desobediência deliberada a Deus (Dt 28.15);
•
Falta de confiança no Todo-Poderoso.
Bom seria que o homem não tocasse em mulher (1
Co 7.1) FONTE: www.professoralberto.com.br