sábado, 18 de novembro de 2017

Lição 08 - 4º Trimestre 2017 - A Bíblia Ensina a Cuidar da Terra - Adolescentes.

Lição 8

A Bíblia ensina a cuidar da terra4° Trimestre de 2017
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ESBOÇO DA LIÇÃO:A TERRA É A CRIAÇÃO DE DEUS
A CRIAÇÃO SOFRE PELA AÇÃO MÁ DO SER HUMANO (RM 8.18-22)
NÓS DEVEMOS CUIDAR DA TERRA
OBJETIVOS
Mostrar biblicamente aos alunos que temos responsabilidades com a Criação;
Conscientizá-los de que quem ama a Deus não pode ficar indiferente à natureza;
Estimulá-los a criarem estratégias para conscientização de outras pessoas.

O OLHAR DE JESUS NA PERSPECTIVA DA CRIAÇÃO
Valmir Nascimento
O primeiro aspecto da visão de Cristo é a Criação. Partindo do pressuposto bíblico de que tudo o que existe foi criado por Deus (Gn 1.1), Jesus via todas as coisas como o resultado do poder criativo do Pai, de quem a natureza refletia a sua magnitude e perfeição. Pelo seu olhar, então, o mundo não é o resultado do acaso, governado por forças imateriais e entregue à própria sorte. Na verdade, esse universo possui as digitais do seu Criador; os céus manifestam a sua glória e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos (Sl 19.1), e todas as coisas estão sob o seu controle.
Aos olhos de Cristo, escreveu Dallas Willard, este é um mundo imbuído de Deus e impregnado de Deus. É um mundo pleno de uma realidade gloriosa, onde cada elemento está dentro da alçada do conhecimento e do controle diretos de Deus – embora ele permita que algumas coisas, por bons motivos, sejam por enquanto diferentes daquilo que ele deseja. “É um mundo inconcebivelmente belo e bom por causa de Deus e porque Deus está sempre nele. É um mundo em que Deus age continuamente e no qual ele continuamente se compraz. Enquanto o nosso entendimento não perceber que cada coisa visível e cada acontecimento está cheio da glória da presença de Deus, a palavra de Jesus não terá nos conquistado totalmente” (A Conspiração Divina, p. 81). Por esse motivo, Willard afirma que a boa nova sobre o Reino só será uma diretriz segura para a nossa vida se enxergarmos o mundo em que vivemos como ele o enxerga.
A ideia da Criação e da soberania divina sobre todas as coisas está na base da lente de Jesus. Ao tomar a natureza como exemplo, ele diz para seus discípulos evitarem a ansiedade pela solicitude da vida:
Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam;
E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?
Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?
Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;
Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. (Mt 6.26-34)

É interessante notar nessa passagem o modo como o Mestre ensina os seus discípulos: “Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta”. No grego, a palavra “olhai” (emblepõ) significa observar de forma fixa; contemplar; discernir de forma clara (Bíblia Palavra Chave, CPAD, p. 2184). Logo, Jesus nos manda olhar o mundo a fim de descobrir as maravilhas do Criador e o seu poder providencial até mesmo nas coisas mais simples da natureza.
Ver e compreender todas as coisas pelo foco da Criação não é algo puramente teórico, mas tem consequências práticas e magníficas para a vida pessoal e para a história humana, atingindo questões éticas, culturais e jurídicas, pois as implicações dos valores e princípios dela decorrentes, como a soberania divina, o propósito da vida, a dignidade humana e a igualdade entre as pessoas conferem padrão absoluto à verdade e valor intrínseco à vida, fundamentando assim um padrão adequado de existência em sociedade.
Por conta disso é que o Cristianismo - a par dos ensinamentos de Cristo - é o alicerce da civilização ocidental. Dinesh D’Souza lembra que o Cristianismo tomou esse continente retrógrado e deu-lhe ensino e ordem, estabilidade e dignidade. “Onde só havia um lugar desolado, eles produziram aldeias, depois vilas e, por fim, comunidades e cidades. Ao longo dos anos, o selvagem guerreiro bárbaro se tornou um gentil cavaleiro, e se formaram novos ideais de civilidade, de comportamento e de romance que moldam a nossa sociedade até hoje” (A Verdade do Cristianismo, Thomas Nelson, p. 64). Segundo D’Souza o Cristianismo é responsável pelo modo de vida e pela organização de nossa sociedade, com contribuições para as nossas leis, nossa economia, nossas artes, nosso calendário, nossos feriados e nossas prioridades morais e culturais, o que levou o escritor J. M. Roberts a escrever: “É bem provável que nenhum de nós fosse o que fosse hoje se um punhado de judeus há quase dois mil anos não tivesse acreditado que haviam conhecido um grande mestre, que o haviam visto crucificado, morto e enterrado, e depois ressuscitado”.
Grande parte da importância da cosmovisão cristã para a história da sociedade decorre justamente do conceito cristão da Criação, afinal, em primeiro lugar ela dá sentido e significação à vida, apontando para o propósito da existência humana, como fruto de um desígnio perfeito de um Deus amoroso (Jo 3.16) e sábio. Por isso, não somos acidentes e muito menos vivemos à deriva, sem rumo e sem direção.

Jesus via as pessoas por esse prisma. Ele valorizava cada pessoa individualmente não pelo seu status social, posição eclesiástica ou por algum benefício que pudesse receber, mas pelo seu valor intrínseco. Suas vidas faziam sentido e tinham significado, não em virtude de algo que tenham feito, mas em razão de trazerem consigo o desígnio de Deus sobre suas vidas. Percebemos isso ao ver o mestre se aproximando dos marginais, pecadores e publicanos, a fim de tocar e transformar suas vidas.
Marcelo Oliveira de OliveiraRedator do Setor de Educação Cristã da CPAD
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Lição 08 - 4º Trimestre 2017 - O Papel da Liderança na Igreja - Juvenis.

Lição 8

O Papel da Liderança na Igreja
4° Trimestre de 2017
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ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A IMPORTÂNCIA DOS LÍDERES NA IGREJA
2. O PERFIL BÍBLICO DE UMA LIDERANÇA CRISTÃ
3. VOCAÇÃO E CHAMADO PARA A LIDERANÇA
OBJETIVOS
Discutir
 a importância da liderança na igreja;
Descrever as qualificações de um bom líder cristão;
Refletir sobre a vocação para a liderança cristã.
     Querido (a) professor (a), na próxima aula vamos conversar com os juvenis sobre a liderança na igreja e a importância de segui-la, claro que com toda sabedoria. Não estamos falando aqui de uma doutrinação à obediência cega e irresponsável, como infelizmente muitas instituições religiosas requerem, mesmo isto não sendo coerente com a Palavra de Deus. Afinal, o Senhor nos criou como seres pensantes e não como robôs prontos a acatar ordens, sem nem refletir sobre elas primeiro.

     Propomos que esta reflexão seja expandida para a sala de aula. Faça perguntas que levantem esta temática. Perguntas como: “Respeitar é obedecer sem pensar?”; “É bíblico obedecermos às autoridades? Mesmo quando estas estão em desacordo com a própria Bíblia?”; “Existe um limite para a obediência à liderança? Qual seria?”; “Discordar da ordem de um líder é desrespeito, é pecado?”; “Quando e de que maneira é pecado?”; “É possível contra-argumentar respeitosamente?”

     Conduza esta reflexão de forma sábia, deixando que seus alunos se expressem com honestidade e ao final da discussão de cada pergunta, mostre que é possível um diálogo respeitoso entre liderado e liderança cristã, principalmente quando este é pautado em argumentos bíblicos e quando compreendemos que ela é fruto de legítimo zelo e amor.

     Nesta faixa etária seus alunos tendem a ser questionadores, o que para muitos é encarado como “rebeldia”, mas na verdade pode ser trabalhado como uma boa característica. O educador de hoje precisa compreender e estar preparado para dialogar com esta geração que — de forma muito excedente às suas precursoras —, refletem, indagam, contra-argumentam muito mais. A verdade é que, contrariem-se os líderes mais conservadores ou não, nenhum progresso na História da humanidade, ou mesmo na História da Igreja se deu sem que pessoas assim se levantassem. Não nos esqueçamos do pai da Reforma Protestante que deu origem a religião que professamos hoje.

     Martinho Lutero recorria ao estudo das Escrituras diante de uma ordem, um rito, uma tradição vinda da liderança da antiga igreja, mesmo que travestida de mandamento bíblico. Incentive os seus alunos a fazerem o mesmo, evidentemente respeitando a sua liderança. Mas deixe claro que não precisam para isso abrirem mão do raciocínio, reflexão e, sobretudo, estudo bíblico. A fim de que quando discordarem com uma ordem, possam respeitosa e sabiamente, mostrar seu ponto de vista, seus argumentos não pautados em “achismos” pessoais, mas na Palavra de Deus. Desta maneira, você estará colaborando para a formação de crentes mais estudiosos, conscientes e responsáveis, assim como também para que estes se tornem futuros líderes mais sábios e coerentes, seguidos não por sua posição imposta, mas pela sua influência admirada.

      Nível 1 – Posição
     A posição é o nível de liderança mais baixo; é nível de entrada. A única influência que o líder posicional tem é a que com o título do cargo de trabalho. As pessoas seguem porque têm de seguir. A liderança posicional baseia-se nos direitos ganhos pela posição e título. Não há nada de errado em ter uma posição de liderança. Mas tudo está errado em usar a posição para fazer as pessoas seguirem você. A posição é substituta ineficiente para a influência.
    Pessoas que chegam apenas ao nível 1 podem ser chefes, mas nunca são líderes. Têm subordinados, não membros de equipe. Contam com regras, regulamentos políticas e organogramas para controlar seus subordinados. As pessoas o seguem apenas dentro dos limites declarados da autoridade. E as pessoas farão apenas o que lhes é exigido. Quando os líderes posicionais pedem um esforço ou tempo extra, raramente são atendidos.

   Líderes posicionais geralmente têm dificuldade em trabalhar com voluntários, pessoas mais jovens e pessoas de alto nível de escolaridade. Por quê? Porque líderes posicionais não têm influência, e esse tipo de pessoa tende a ser mais independente.

  A posição é o único nível que não requer habilidade e esforço para alcançar. Qualquer pessoa pode ser nomeada para uma posição (sem ser necessariamente um verdadeiro líder). [...]
    Nível 4 – Desenvolvimento de Pessoas
    Líderes tornam-se grandes, não por causa do poder, mas por causa da habilidade em capacitar pessoas. É o que os líderes de nível 4 fazem. Usam a posição, relação e produtividade para investir em seus seguidores e desenvolvê-los até que esses seguidores se tornem líderes por conta própria. O resultado é reprodução. Líderes de nível 4 reproduzem-se.

    A produção pode vencer jogos, mas o desenvolvimento de pessoas vence campeonatos. Duas coisas sempre acontecem no nível 4. Em primeiro lugar, o trabalho em equipe atinge um nível muito alto. Por quê? Porque o alto investimento em pessoas aprofunda as relações, ajuda as pessoas a conhecerem-se melhor e reforça a lealdade. Em segundo lugar, o desempenho aumenta. Por quê? Porque existem mais líderes na equipe, e ele ajudam a melhorar o desempenho de todos.

    Líderes de nível 4 mudam a vida das pessoas que eles lideram. Por conseguinte, os liderados os seguem por causa do que seus líderes fazem para eles pessoalmente. E suas relações são muitas vezes duradouras. (MAXWELL. Jonh C. 5 Níveis de Liderança. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 17-19)

   O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!
Paula Renata SantosEditora Responsável da Revista Juvenis
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Lição 08 - 4º Trimestre 2017 - A Resposta Cristã para a Violência Urbana - Jovens.

Lição 8

                                     A resposta Cristã para a Violência Urbana               4° Trimestre de 2017
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INTRODUÇÃO
I - A PERSPECTIVA BÍBLICA SOBRE A VIOLÊNCIA
II - O PODER PÚBLICO E A VIOLÊNCIA URBANA
III - A IGREJA EM UMA SOCIEDADE VIOLENTA
CONCLUSÃO
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivo central ajudar os jovens a refletirem a respeito da violência urbana dentro de uma perspectiva bíblica:
Perspectiva Bíblica sobre a Violência
Não há como combater a criminalidade se não reconhecermos a verdade básica da realidade do mal. O mal não é uma ilusão ou uma simples doença mental, como afirmam certos sociólogos. Ainda que problemas patológicos possam, em alguma medida, contribuir para atos violentos, a raiz da criminalidade encontra-se na natureza humana decaída.

Igualmente frágeis são as teorias que atribuem às forças sociais e aos problemas econômicos a gênese da criminalidade. A mídia insiste que o crime é um problema técnico que pode ser resolvido com a criação de condições sociais corretas mediante políticas acertadas, distribuição de dinheiro às áreas certas e organização do ambiente físico de forma apropriada 1. Mas, a realidade e a história têm provado que mesmo quando as condições sociais são favoráveis a criminalidade persiste em existir. Igualmente, mesmo as pessoas que tiveram acesso a boa educação e uma vida financeiramente abastada são protagonistas de crimes, violentos ou não.

Nessa linha de raciocínio, John Stott lembra que as oportunidades educacionais têm se espalhado rapidamente pelo mundo ocidental e muitos projetos sociais têm sido criados, entretanto, as atrocidades, a corrupção, os conflitos e a opressão insiste em acompanhar a humanidade 2. O que dizer dos exemplos cotidianos de jovens e adolescentes da classe média alta e rica, que apesar do acesso à educação de qualidade nas melhores escolas e universidades do mundo cometem crimes bárbaros, e o envolvimento na corrupção de políticos e profissionais com boa formação acadêmica?

Os autores Charles Colson e Nancy Pearcey afirmam que a face do mal é assustadoramente comum. Eles dizem isso depois de citar crimes bárbaros cometidos por pessoas aparentemente “normais”, sem qualquer aparência de maldade, como Susan Smith, a mulher que afogou seus dois filhos deixando que o carro caísse num lago com as crianças dentro do veículo; uma criança de 11 anos de idade e outra de 13 que depois de acionarem o alarme de incêndio da escola atiraram nos alunos e professores da escola em que estudavam, à medida que saíam do prédio; ou ainda o caso dos três jovens de Datmouth, Massachusetts, que cercaram um colega da nona séria e o mataram a facadas e, após o ato, sorriram e trocaram cumprimentos batendo as palmas da mão um do outro em pleno ar, como jogadores de basquete celebrando uma boa enterrada na cesta 3. Colson e Pearcey ainda afirmam que a cobertura da grande mídia dessas crimes oferece todas as respostas convencionais: pobreza (mas, a maioria dos matadores era da classe média), raça (mas, maioria é branca), infância complicada (mas, milhões de crianças no mundo todo vêm de circunstancia de desaforáveis e nunca cometeram crimes)4
No Brasil, ao menos dois casos ilustram essa realidade sombria. O primeiro envolvendo a jovem Suzane Louise Von Richthofen que, juntamente com os irmãos Daniel Cravinhos e Christian Cravinhos, planejou com requinte de crueldade a morte de seus pais Manfred Albert von Richthofen e Marísia enquanto dormiam, na noite de 31 de outubro de 2012. O outro caso ocorreu em 28 de março de 2008, envolvendo a morte da menina Isabella de Oliveira Nardoni, de cinco anos de idade, arremessada do sexto andar do Edifício London, em São Paulo, pelo pai, Alexandre Nardoni, e pela madrasta da criança, Anna Carolina Jatobá. Em ambos os episódios os crimes foram cometidos por pessoas da classe média, com boa educação e sem qualquer problema de ordem psicológica.

A razão para se esquivar da explicação cristã para todos esses problemas é a temível palavra pecado. A sociedade pós-moderna, relativista e hedonista do tempo presente, rejeita por completo a ideia da responsabilidade moral como algo ultrapassado. Nada obstante, ela precisa se voltar para o pressuposto bíblico do pecado original e da tendência para a maldade, como diz Paulo em Romanos 7.15 (“Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço), a fim de conferir ordem e segurança para a sociedade.
Violência ao longo da Bíblia
Após o crime de Caim, a Bíblia relata muitos outros episódios de violência, a ponto de homens sanguinários se vangloriarem de seus feitos cruéis (Gn 4.23) e assassinos serem cultuados como verdadeiro heróis (Gn 6.4). Na época de Noé, as escrituram afirmam que a terra estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência (Gn 6.11). Lawrence Richards explica que maldade e violência são as duas palavras usadas para caracterizar os pecados que causaram o dilúvio do Gênesis: “Maldade é rasah, atos criminosos que violam os direitos dos outros e tiram proveito do sofrimento deles. Violência é hamas, atos deliberadamente destrutivos que visam prejudicar outras pessoas” 5. Esse mesmo padrão de violência irá se repetir nos últimos dias antes do segundo advento de Cristo (Mt 24.12,37). 
As escrituras contêm outros casos de violência, crueldade e agressão, física e emocional, que demonstram a condição pecaminosa do homem (Gn 34.13-31; Êx 2.11, 12; Jz 19—21; 2 Sm 13.23-39; 1Rs 21). A razão pela qual tais passagens constam na Bíblia Sagrada, sem qualquer supressão, é confirmar a natureza caída do homem. Certamente, o objetivo de tais relatos é simplesmente descrever aquilo ocorreu, sem o objetivo de fornecer um modelo de conduta a ser seguido. Absolutamente! Elas constam no cânon bíblico, pois não é objetivo de Deus esconder a verdade ou falsear a história da humanidade.

Nunca foi intenção de Deus que o ser humano se entregasse à violência. Tanto assim que a Lei estabelecia uma série de punições para diversos tipos de crimes. Dos dez mandamentos, dois visam claramente a pacificação social: não matarás; não roubarás (Êx. 20. 13, 15).
O Poder Público e a Violência Urbana
É inegável que vivemos dias violentos. René Girardi bem disse que “a violência parece estar presa num processo de escalada que lembra a propagação do fogo ou a de uma epidemia” 6. Ele afirma:
Há violências familiares e escolares, as de que se tornam culpados esses adolescentes que massacram os colegas nas escolas americanas, e há violências visíveis no mundo inteiro, e o terrorismo sem limites nem fronteiras. Este último se entrega a uma verdadeira guerra de extermínio contra as populações civis. Parece que estamos indo em direção a um encontro de toda a humanidade com sua própria violência” 7.
O Brasil é um dos países com maior índice de criminalidade do mundo, com elevada taxa de homicídios, roubos, sequestros e outros atos criminosos. Segundo o Atlas de Violência, em 2014 houve 59.627 homicídios no Brasil — o que equivale a uma taxa de homicídios por 100 mil habitantes de 29,1 8. Esse é o maior número de homicídios já registrado e representa mais de 10% dos homicídios registrados no mundo, colocando o Brasil como o país com o maior número absoluto de homicídios. 
Numa comparação com uma lista de 154 países com dados disponíveis para 2012, o Brasil estaria entre os 12 países com maiores taxas de homicídios por 100 mil habitantes. A título de análise, entre 2011 e 2015, a violência no Brasil matou mais pessoas do que a Guerra da Síria 9. A faixa etária mais atingida pela violência é a juventude. No recorte por sexo e faixa etária, o estudo indica que 46,9% dos homens que morrem entre os 15 e os 29 anos e são vítimas de homicídio. O número salta para 53% quando são jovens de 15 a 19 anos.

Como podemos notar, a realidade brasileira é marcada pelo alto índice de violência urbana. Em algumas regiões do país bairros inteiros estão dominados por gangues e traficantes. Noutras, há insegurança e terror, com falta de ordem e segurança pública adequada. Sequestros relâmpagos e roubos a mão armada são comuns em quase todas as cidades. Diante desse quadro, a sociedade vive em estado de medo permanente.
O Estado e a sua função de punir o mal

A quem compete o papel de coibir a criminalidade? Biblicamente, entendemos que o Estado recebeu de Deus autoridade delegada para punir o mal e castigar os malfeitores: Eis as palavras de Pedro:
Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores e para louvor dos que fazem o bem. Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo o bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos; como livres e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus. Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei (1Pe 2.13-17).

De acordo com Francis Schaeffer: “O Estado deve ser um agente da justiça para restringir o mal, punindo o malfeitor, e para proteger os bons da sociedade”10. Em suas palavras: “Pedro diz nesse trecho que a autoridade civil tem de ser honrada e que Deus tem de ser temido. O Estado, como ele o define, deve punir aqueles que fazem o mal e recompensar aqueles que fazem o bem. Se não for assim, então toda a estrutura se desfaz em pedaços”11. De fato, sem esse padrão de legitimidade da autoridade constituída e aplicação da justiça a sociedade seria um caos. Deus estabeleceu um padrão de ordem e segurança para a vida em sociedade.

Nesse sentido, só há falar em dever do cidadão para com o Estado se este não for precedido da existência de Deus. Afinal, como assinalou Jónatas Machado, “é totalmente arbitrário e irracional pretender deduzir um hipotético dever de subordinação do Estado Constitucional a princípio de racionalidade, verdade, previsibilidade, proporcionalidade e eficácia, a partir de uma visão de mundo que postule que tudo resultou de processos físicos e químicos irracionais, aleatórios, ineficientes e até cruéis” 12. Jónatas Machado está dizendo que é ilógico pensar em um sistema de justiça e em um Estado Democrático de Direito, que garanta ordem em segurança, sem a crença básica na existência de um Legislador Inteligente. O ateísmo, ao contrário, não consegue fundamentar um Estado com tais características, pois parte de premissas que contradizem tais aspectos. Por esse motivo, o cristianismo tem sido historicamente relevante no campo do direito e na aplicação da justiça, pois os seus postulados, além de bíblicos, são essenciais para a edificação de um sistema de responsabilidade moral e criminal dos indivíduos.
O papel do Poder Público
É necessário destacar primeiramente que a segurança é uma garantia constitucional, um direito de todos. O artigo 144 da Constituição Federal estabelece que “a segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”. O Estado, portanto, deve preservar a ordem e garantir a segurança física e patrimonial das pessoas. Cada um dos poderes constituídos tem a sua própria parcela de responsabilidade.

Sendo assim, responsável por editar as leis, o Poder Legislativo tem o papel preponderante na criação de normas gerais de proteção, ao considerar previamente como crimes os atos deletérios à vida em sociedade. O objetivo, como diz Walter Kaiser, não é a vingança, mas a manutenção da justiça para o maior número possível de pessoas 13. A existência de uma política criminal bem elaborada é essencial para promover a ordem social e refrear a delinquência. Enquanto isso, leis lenientes que desconsideram o perigo inerente a certos comportamentos sociais, como o uso das drogas, são o ponto de partida para o caos e a desordem.

Por sua vez, cabe ao Poder Executivo aplicar as leis e instituir políticas públicas que busquem garantir a efetiva segurança da população. Há que se manter, para isso, um corpo de policiamento capacitado, que atue de maneira preventiva e repressiva ao crime. “A solução não é simplesmente uma questão de construir mais prisões e encarcerar mais criminosos” 14, bem afirmaram Charles Colson e Nancy Pearcey. De acordo com os autores do livro E agora, como viveremos?, “[...] o melhor modo de reduzir o crime não é reagir depois do fato com castigos e reabilitação, mas desencorajá-lo antes que aconteça, criando uma vida em comunidade civilizada e ordenada”15. Eles não estão descartando as medidas de repressão contra o crime, afinal, a própria existência de leis claras que estabelecem os critérios de punição às infrações, também servem como mecanismos de prevenção.

Colson e Pearcey citam o exemplo da teoria da janela quebrada. Na qual se uma janela está quebrada e não é consertada depressa, os ofensores potenciais verão isso como um convite para quebrar mais janelas. Quando as janelas nunca são consertadas, dizem os autores, e mais estão sendo quebradas, um senso de desordem é criado, facilitando, quando não incita, mais ação criminal. A teoria da janela quebrada encontra respaldo no Shalom israelita, referindo-se à paz no sentido positivo, como o resultado de uma sociedade corretamente organizada, com base bíblica na doutrina da Criação. Os autores ainda afirmam que o estabelecimento da ordem funciona tão bem como um preventivo contra o crime, porque expressa uma ordem subjacente e mostra que a comunidade está disposta a impor essa ordem 16.

Por fim, o Judiciário é o poder responsável por aplicar a lei ao caso concreto. Tem ele o importante papel de julgar de maneira célere e punir com justiça os homens violentos e sanguinários, evitando com isso a impunidade. Na passagem de Romanos, Paulo afirmou que os magistrados são ministros de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal (Rm 13.4). Em seu debate Sobre a Magistratura Armínio definiu-a (a magistratura) “como um poder proeminente e administrativo ou uma função com um poder proeminente, instituída e preservada por Deus, com o propósito de que os homens possam, na sociedade de seus companheiros, ‘ter uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade’”17. O poder, segundo Armínio, “se apoia na criação e por meio dela, no domínio que Deus tem sobre todas as coisas criadas, mas, em especial, sobre o homem” 18. Ele ainda escreve: “Uma vez que o objetivo desse poder é o bem de todos, ou de toda a associação de homem, que pertencem à mesma nação ou estado, o príncipe de tal estado é menos do que o próprio estado [...]” 19.
A IGREJA EM UMA SOCIEDADE VIOLENTA
Em tempos de violência, qual a contribuição que a igreja cristã pode dar ao enfrentamento deste grave problema social? Respondo: Muitas; tanto na esfera teórica quanto prática. Além de fornecer os pressupostos fundamentais de moralidade, justiça e ordem social, aspectos essenciais para a solução criminal, a fé cristã pode ser testemunhada de maneira sublime pela igreja local na prevenção de crimes e reabilitação dos infratores.
Deus estabelece a ordem
A sabedoria e a bondade de Deus se revela claramente na história das Escrituras. O Senhor criou o primeiro casal e lhes forneceu um ambiente de ordem e comunhão. O relato dos primeiros capítulos de Gênesis conta que o homem foi criado para viver segundo essa ordem, para um bom relacionamento com Deus e com o seu semelhante.

Mesmo após a Queda vemos o firme propósito de Deus em manter a ordem, ao estabelecer regras claras sobre o comportamento humano e punir o mal. Não é sem razão que Ele estabeleceu Leis para a nação de Israel, que envolvia aspectos éticos, cívicos e cerimoniais. Do ponto de vista social, o intuito dos Mandamentos era organizar a vida em comunidade, para proteger os israelitas contra o arbítrio e a ofensa alheia. Os Mandamentos (Êx 20.1-17), afinal, estão fundados na ternura divina — por isso a Lei é boa (Rm 7.12; Sl 19.8), e estabelecem limites para o viver comunitário, para que tenhamos um bom relacionamento com Ele e com o próximo.

Hoje, as leis criminais seguem esse modelo bíblico. Embora os contextos sejam diferentes e as normas penais distintas, a versão bíblica fornece a base sobre a qual deve ser feita a diferença entre o certo e o errado, entre o justo e o injusto. O combate ao crime e o enfrentamento da violência não se tratam de questões eminentemente legislativas. A existência das leis parte da premissa da importância da ordem e necessária convivência pacífica, e é exatamente a pedra fundamental fornecida pelo cristianismo bíblico.

Por esse motivo, os filhos de Deus têm condições suficientes de contribuir com o enfrentamento da violência urbana, valendo-se das ferramentas que Deus nos disponibilizou em sua Palavra.
Conclusão
No exemplo de Jesus (Lc 10.37), a atuação do Bom Samaritano não se resumiu às palavras de apoio ao homem que fora espancado a caminho de Jericó. A Bíblia diz que ele “atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele” (v. 34). Há muitos feridos e moribundos ainda hoje. Cuidar dessas pessoas revela a nobreza do amor de Deus derramado em nossos corações (Rm 5.5)!
*Este subsídio foi adaptado de NASCIMENTO, Valmir. Seguidores de Cristo: Testemunhando numa Sociedade em Ruínas. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 94-104.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1COLSON; PEARCEY, 2000, p. 221.
2STOTT, J. Cristiano básico. Viçosa/MG: Ultimato, 2007, p. 80.
3 COLSON; PEARCEY, 2000, p. 226.4 STOTT, 2007, p. 226.
5 RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia: uma Análise de Gênesis a Apocalipse Capítulo por Capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 29.
6 GIRARDI, R. Aquele por quem o escândalo vem. São Paulo: É Realizações, 2011, p. 32.
7 GIRARDI, 2011, p. 32.
8 IPEA. Atlas da violência 2016. Disponível em: http://infogbucket.s3.amazonaws.com/arquivos/2016/03/22/atlas_da_violencia_2016.pdf. Acesso em 1/fev/17.
9 Em 5 anos, violência no Brasil mata mais que a guerra na Síriahttp:// exame.abril.com.br/brasil/violên cia-brasil-mata-mais-guerra-siria/.Acesso em 1/fev/17.
10 SCHAEFFER, F. A igreja no século XXI. São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 209.
11 SCHAEFFER, 2010, p. 209.
12 MACHADO, 2013, p. 65.
13 KAISER JR., W. O cristão e as questões éticas da atualidade. São Paulo: Vida Nova, 2016, p. 165
14 COLSON; PEARCEY, 2000, p. 428.
15 COLSON; PEARCEY, 2000, p. 430.
16 COLSON; PEARCEY, 2000, p. 433.
17 ARMÍNIO, J. As Obras de Armínio. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 588.
18 ARMÍNIO, 2015, p. 589.
19 ARMÍNIO, 2015, p. 591.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Lição 08 - 4º Trimestre 2017 - Salvação e Livre-Arbítrio - Adultos.

Lição 8

Salvação e Livre-Arbítrio4° Trimestre de 2017
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ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – A ELEIÇÃO BÍBLICA É SEGUNDO A PRESCIÊNCIA DIVINA
II – ARMÍNIO E O LIVRE-ARBÍTRIO
III – ELEIÇÃO DIVINA E LIVRE-ARBÍTRIO
CONCLUSÃO
OBJETIVO GERAL
Explicar que o projeto primário de Deus foi salvar a humanidade, contudo, de acordo com sua soberania, concedeu o livre-arbítrio ao homem.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Mostrar que a eleição bíblica é segundo a presciência divina;
II – Discutir a tese bíblica de Armínio a respeito do livre-arbítrio;
III – Conhecer a respeito da eleição divina e do livre-arbítrio.
PONTO CENTRAL
De acordo com sua soberania, Deus concedeu o livre-arbítrio ao homem.

SALVAÇÃO E LIVRE-ARBÍTRIO
Marcelo Oliveira de Oliveira
Prezado(a) professor(a), na aula desta semana é importante remontar a biografia de Jacó Armínio. Por isso o estudo de livros de história da Igreja é importante. Há também boas literaturas teológicas sobre Armínio, uma delas já mencionada em artigo anterior. A CPAD também tem as obras de autoria de Armínio publicadas em língua portuguesa à disposição dos irmãos: As Obras de Armínio, 3 Volumes. Assim, faremos um breve resumo sobre a importância desse grande teólogo.
Quem foi Armínio?
Jacó Armínio era um teólogo holandês que se posicionou contrário a algumas doutrinas de linha calvinista com o objetivo de destacar mais o caráter amoroso, bondoso e justo de Deus que foram manifestos na pessoa bendita de Jesus Cristo. Por isso Armínio foi acusado injustamente de ensinar muitas heresias. Contra ele, se analisados de maneira séria, argumentos frágeis e insustentáveis foram usados. Infelizmente, esse “espírito” é comum ainda hoje. A fé cristã não é uma expressão homogênea. Embora tenhamos pontos de fé comuns, que nos une, também temos pontos que nos traz discordâncias pontuais: batismo, escatologia, batismo no Espírito. Mas temos de fazer um alerta importante! Por exemplo, antes de existirem tradicionais-históricos, pentecostais, neopentecostais e outros, já havia milhares de cristãos fiéis ao Senhor. Isso significa que a história da Igreja não começou com uma pessoa ou denominação somente. Por isso não se justifica guerras teológicas, brigas denominacionais e, até mesmo, rompimentos de amizade por causa disso. A Palavra de Deus não é para trazer contendas e rivalidades.
A influência sobre Armínio
É importante salientar que Jacó Armínio não acrescentou nada novo à teologia cristã no sentido doutrinário. Para fortalecer esse parecer, o estudioso holandês usou em seu método os pais da Igreja, escritos medievais e muitos outros protestantes que lhe antecederam, mostrando que eles defendiam a mesma doutrina cristã. Alguns nomes que fazem parte da belíssima história protestante podem ser arrolados ao lado de Armínio em visões similares e bem idênticas ao do teólogo holandês: Melanchton, um líder luterano; Erasmo, reformador católico; Balthasar Hubmaier e MennoSimons, líderes anabatistas do século XVI. Jacó Armínio morreu no auge da controvérsia teológica na Holanda, em 1609.
Texto publicado, mas levemente adaptado, na revista Ensinador Cristão, nº 72, Editora CPAD, 2017, p.39.
Marcelo Oliveira de OliveiraRedator do Setor de Educação Cristão (CPAD)
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quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Lição 06 - 4º Trimestre 2017 - Um Bebê na Casa de Deus - Berçário.

Berçário

Lição 6

                                  Um bebê na Casa de Deus
4° Trimestre de 2017
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OBJETIVO DA LIÇÃO: Mostrar à criança que o bebê Samuel cresceu na casa de Deus.
É HORA DO VERSÍCULO: “Ó Senhor Deus, eu amo a casa onde vives [...]” (Sl 26.8).


Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história do bebê Samuel. Sua mãe não podia ter filhos e prometeu a Deus que se Ele lhe desse um filho, ele seria criado na igreja, na Casa de Deus. E assim aconteceu! O Papai do Céu deu um bebê para Ana e ele ficou na Casa de Deus aprendendo sobre o Papai do Céu.

Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colarem um pedaço de retalho sobre o bebê Samuel que está dormindo. Ele foi muito bem cuidado na Casa de Deus.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica AraujoEditora da Revista Berçário
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Lição 07 - 4º Trimestre 2017 - Presentes Para Um Menino - Berçário.

Berçário

Lição 7

                       Presentes para um menino
4° Trimestre de 2017
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OBJETIVO DA LIÇÃO: Mostrar à criança que Samuel morava na Casa do Papai do Céu. Ele servia a Deus com alegria.
É HORA DO VERSÍCULO: “Ele abençoará todos [...]” (Sl 115.13).
Nesta lição, as crianças continuarão aprendendo sobre a história do bebê Samuel. Agora ele já era uma criança e já estava morando na Casa do Papai do Céu servindo-o com alegria. Em tudo Samuel obedecia ao sacerdote e aprendia com ele a cuidar da Casa de Deus e todo ano sua mãe ia visitá-lo e levava presentes para ele.

Suas crianças podem ser pequenas demais para guiar um carro, trocar uma lâmpada ou ter um emprego, mas nunca serão jovens demais para orar, falar aos amigos sobre Jesus ou ajudar na igreja. Elas podem servir a Deus desde cedo como Samuel, que mesmo sendo apenas um menino, ele aprendeu a servir a Deus como os sacerdotes. Desde pequenos, estimule sempre seus alunos.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica AraujoEditora da Revista Berçário
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Lição 07 - 4º Trimestre 2017 - Ana Louva a Deus - Maternal.

Lição 7

Avaliação do Usuário
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                 Ana louva a Deus
4° Trimestre de 2017
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Objetivo da lição: Ensinar à criança a louvar ao Senhor pelas orações respondidas.
Para guardar no coração: “Ele me escuta, quando peço ajuda e atende as minhas orações” (Salmos 6.9).
Perfil da Criança
Já vimos que as crianças do maternal reagem a todas as impressões que recebem, e aprendem muito através das emoções. Por isso, o local das aulas deve ser tranquilo, organizado e bonito. Conforme a disponibilidade do espaço, será de bom proveito criar diversos centros de interesse, a que chamamos de “cantinhos”; cantinho da Bíblia, da natureza, dos brinquedos, da história, dos livros, do lanche, das atividades manuais, etc. Ó, não pense que para isto você terá de ter uma sala imensa e muito dinheiro. Conheço professores que montam sua sala de aula numa garagem, numa cantina, ou num pátio, e nem por isso deixam de se valer destes recursos. Se não há móveis apropriados, bancos, cadeiras, caixas e um pouco de criatividade fazem milagres. Dá trabalho guardar tudo após a aula, e chegar cedo no domingo seguinte para arrumar antes da chegada dos alunos, mas quando se ama a Deus e aos seus pequeninos, tudo fica mais fácil.

Subsídio Professor 
“Vai-te em paz”, disse o sacerdote Eli a Ana, depois de ouvir-lhe a explicação de que estivera orando angustiada. E ela foi-se em paz? Ó, sim. Tanta paz, que conseguiu alimentar-se – o que antes não pudera – “e o seu semblante já não era triste”. De onde provinha esta paz? Certamente que as palavras reconfortantes do sacerdote ajudaram, mas na sua essência, a paz vinha do fato de haver Ana aberto o coração perante o Pai, e lhe deixado aos pés os seus problemas. O fardo já não lhe pesava nos ombros. Naquele momento, ela não tinha como saber se o seu pedido seria concedido, ou se Deus lhe responderia “não”. Mesmo assim, o seu coração voltou leve para casa. A paz provinha de haver Ana levado a sua angústia a Deus, com a convicção de que Ele a ouvia, e responder-lhe-ia de acordo com o que fosse melhor para ela. Ana confiava não apenas no poder de Deus, mas também na perfeição de sua vontade. Em seu amor e soberania, o Senhor pode conceder o que lhe pedimos, se for algo sonhado por Ele para nós; ou negar, se for algo que nos trará prejuízos futuros, ou que não o glorificará.

Seja qual for o pedido que você estiver fazendo a Deus, o seu coração só experimentará a paz se você tiver esta confiança e deixar a decisão nas mãos do Pai amoroso. Tão amoroso, que será capaz de reter o que você estiver lhe pedindo, se for algo que não lhe fará bem, ou que não trará glórias ao seu nome.
Oficina de Ideias 1
Providencia a silhueta de uma criança orando. Faça uma cópia para cada aluno. Distribua tinta guache e pincéis largos, para que pintem a figura. (Recomendamos o uso de aventais sempre que se mexer com tinta.) Converse sobre a oração. Você ora todos os dias? Com quem você fala quando está orando? O Papai do Céu quer que você fale com Ele todos os dias. Ele sempre ouve a sua oração. Você pode contar-lhe tudo o que quiser. Pode agradecê-lo pelas coisas que Ele lhe dá, e pode pedir-lhe aquilo que você precisa. Se alguém maltratar você, conte isto ao Papai do Céu. Se alguém que você conhece estiver doente, peça para Deus curar esta pessoa. (Mencione outras necessidades específicas.)
Até Logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para lerem a história bíblica que se encontra em 1 Samuel 1.1-20; 2.1-10.

*Este subsídio foi extraído de Lições Bíblicas do Maternal Mestre 7/8, Marta Doreto, CPAD.
Telma BuenoEditora Responsável pela Revista Maternal da CPAD
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