quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Lição 05 - 1º Trimestre 2018 - A Unidade na Diferença - Adolescentes.

Lição 5 - A Unidade na Diferença Adolescentes.

1º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
1 – O PAI E O FILHO SÃO UM
2 – NÃO SOMOS DO MUNDO
3 – PARA QUE TODOS SEJAM UM
4 – PARA QUE O MUNDO CONHEÇA JESUS

OBJETIVOS
Destacar que o Pai e o Filho fazem parte de uma unidade composta;
Demonstrar que não pertencemos a este mundo do mesmo modo que Cristo não pertenceu;
Apontar que a vontade de Deus é que tenhamos um relacionamento unificado com Ele.

Professor, professora, recobrar o conteúdo da lição anterior e recapitular brevemente lições mais remotas é um exercício pedagógico importantíssimo para o aprendizado do aluno da Escola Dominical. Por isso, refresque a memória dos alunos a respeito da lição passada por meio do esquema abaixo:

1 – MARTA E MARIA
2 – JESUS AMAVA SEUS AMIGOS
3 – O MILAGRE DA RESSURREIÇÃO
4 – TIRAI A PEDRA!

Mostre que na lição passada a característica de lealdade na amizade cristã foi assunto central da aula. Nesta semana, estudaremos um tema que é um desdobramento da temática da lição passada: a Unidade na Diferença.
Professor, professora, sugerimos introduzir a lição com o texto abaixo:

“Cristãos sofrem perseguição de todos os lados no Paquistão

Segundo Portas Abertas, o país é o 5º na Classificação a Perseguição Religiosa 2018Shahzad não sabe ler e não sabe o que a Bíblia diz; também não sabe o significado da palavra ‘salvação’, mas é discriminado por ser cristão. Shahzad é um nome reconhecidamente cristão e significa “filho do Rei”. Por causa do seu nome, muitas ofertas de trabalho lhe foram negadas e pagamentos não recebidos quando descobriam sua religião.
Shahzad é um dos muitos nascidos em uma família cristã, mas que não têm acesso à igreja ou comunhão do corpo de Cristo. Seu pastor o visita ocasionalmente para orar com ele, mas raramente há algum estudo bíblico. Somente em seu vilarejo há cerca de 300 cristãos na mesma condição que ele.
O cristão perseguido trabalha em fazendas ou em construção, com salários extremamente baixos, chegando a um dólar por dia. “Aqui você enfrenta problemas de segurança, injustiça e dívidas regularmente e luta para manter a lenha para o fogão em casa para que sua família possa ter uma refeição por dia. Em alguns dias só há o suficiente para uma criança comer”, conta Shahzad.
Ele também é ciente da perseguição na vida dos filhos: “Eles não podem ir à escola e nem mesmo brincar no playground por ser cristãos”. Um pesquisador da ALIVE, organização parceira da Portas Abertas, afirma: “Para uma pessoa como Shahzad, a escola cristã mais próxima é em uma cidade a cerca de 30 quilômetros de onde mora. Então ele não tem outra opção a não ser baixar a cabeça e trabalhar por um futuro para sua família”.
Eles têm apenas uma certeza na vida: de que não são Muçulmanos 
A estimativa oficial de cristãos “com igreja” no país é de 3,9 milhões, mas pesquisadores da ALIVE, acreditam que haja mais de 5 milhões de “cristãos sem igreja” ou “cristãos não-alcançados”. O que sabemos com certeza é que o número de cristãos sem acesso a discipulado e estudo bíblico é extremamente alto.Por outro lado, a falsa esperança é oferecida em todos os lugares. Os muçulmanos fazem promessas de uma vida melhor aos cristãos que se convertem ao islamismo. A razão pela qual a maioria dos “cristãos sem igreja” não se converte ao islã é porque eles têm apenas uma certeza na vida: de que não são muçulmanos.”
(Texto extraído do site de notícias CPADNEWS. Conteúdo disponível em: http://www.cpadnews.com.br/universo-cristao/42964/cristaos-sofrem-perseguicao-de-todos-os-lados-no-paquistao.html. Acesso em 25 de Jan. de 2018).

O texto diz respeito à perseguição dos cristãos em países islâmicos. A reportagem mostra a dificuldade de o cristão em estar reunido na comunhão com pessoas que professam a mesma fé dele. Faça a transposição dessa imagem para sua classe, perguntando: “Damos o devido valor à reunião de comunhão com outros irmãos, algo que qualquer cristão perseguido anelaria?”.

Boa aula! 

Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD

Lição 04 - 1º Trimestre 2018 - Jesus é Superior a Josué - O Meio de Entrar no Repouso - Adultos.

Lição 4 - Jesus é Superior a Josué – O meio de entrar no Repouso

 1º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – JESUS PROVEU UMA MENSAGEM SUPERIOR A DE JOSUÉ
II – JESUS PROVEU UM DESCANSO SUPERIOR AO DE JOSUÉ
II – JESUS PROVEU UMA ORIENTAÇÃO SUPERIOR A DE JOSUÉ
CONCLUSÃO

PONTO CENTRALEnquanto Josué proporcionou um descanso terreno, temporário e incompleto para Israel, Jesus Cristo proveu um descanso celestial, eterno e completo para a Igreja.

OBJETIVO GERAL
Demonstrar que Jesus é superior a Josué na mensagem e no provimento de repouso para o povo de Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Mostrar que a mensagem de Jesus é superior a de Josué;
II. Mencionar a provisão de um descanso superior ao de Josué;
III. Apontar a superioridade da orientação de Jesus em relação à de Josué.
1POR MARCELO OLIVEIRA DE OLIVEIRA 
1. INTRODUÇÃO GERAL
Professor, professora, recobrar o conteúdo da lição anterior e recapitular brevemente lições mais remotas é um exercício pedagógico importantíssimo para o aprendizado do aluno da Escola Dominical. Tenha em mente que o seu papel na classe é o de um bom “garçom”, o indivíduo que serve ao próximo despretensiosamente. Essa imagem é importante, pois, infelizmente, muitos professores dão aulas do ponto de vista do próprio “nível de entendimento”, ignorando que o espaço da Escola Dominical, principalmente o da classe de adultos, é formado por pessoas com níveis diversificados de conhecimento e de estudo. Por isso, não faz sentido o(a) professor(a) tecer críticas tais como: “o conteúdo da lição é muito fraco”. Mas “fraco” do ponto de vista de quem? Do dele ou do aluno?

Ora, se o(a) professor(a) da Escola Dominical tem em sua classe alunos “bacharéis” em teologia, cabe a ele(a) adaptar sua aula ao nível de bacharel: linguagem acadêmica, exercícios das línguas originais na leitura bíblica e etc. Mas se a realidade da classe do(a) professor(a) não for essa, o caráter virtuoso revelado nas Sagradas Escrituras exige desse(a) professor(a), a exemplo de Jesus, que usou as parábolas como meio de comunicação popular, um compromisso espiritual em ensinar “as virtudes do céu” ao aluno com a linguagem sã e compreensível, de modo que o “douto” e o “não-douto” entendam e sejam edificados em Cristo. Portanto, o(a) professor(a) não deve perder tempo tentando transformar a classe de Escola Dominical em “faculdade teológica”. Esse senso de realidade é imprescindível para o bom ensino bíblico e, assim, evita-se uma decepção desnecessária. Vamos recapitular a lição anterior? 
2. RECAPITULANDO A LIÇÃO ANTERIOR
No tópico um da aula passada, vimos que o objetivo do comentarista foi o demostrar a tarefa de Cristo (em relação a vocação, missão e mediação) como ação superior a de Moisés. No tópico dois, destacou-se a autoridade de Cristo, que diferente a de Moisés, estava fundamentada em seu papel de Construtor, não só administrador; de Filho, não apenas servo; e estabeleceu uma igreja viva, não um tabernáculo. Por fim, vimos a singularidade da mensagem de Jesus no tópico três e o perigo de que os crentes correm quando a ouvem, mas não atende; veem, mas não creem; começam, mas não terminam. Portanto, a superioridade de Cristo em relação ao ministério de Moisés, o respeitado legislador da Lei dos judeus, foi exposta para a igreja hebréia com o objetivo de mostrá-la a seriedade com que devemos reverenciar a bendita pessoa de Jesus. Se no capítulo três do livro, o escritor falou de Moisés, no capítulo quatro é a hora de mostrar que Jesus também é superior a Josué, o líder herdeiro de Moisés responsável de levar ao povo a herdar uma terra.
3. INTRODUÇÃO À LIÇÃO
Professor, professora, sempre é bom dar as boas vindas aos alunos, perguntar como foi a semana, se há algum pedido de oração, pois é possível que haja alguém passando por alguma dificuldade pessoa, o que, por natureza, tem a potencialidade de tirá-lo do foco da aula. Por isso, acolher o pedido de oração dessa pessoa e apresentá-lo a Deus, juntamente com a classe, fará dois bens imediatos ao aluno(a): espiritual, pois a demanda dele(a) será apresentada ao Deus Altíssimo; psicológico, pois o(a) aluno(a) se sentirá acolhido.  Para o início da aula, sugerimos que reproduza o esquema que consta na página 28 da revista Lições Bíblicas Adulto Professor e que reproduzimos abaixo:
JOSUÉ → Terreno → Temporário → Incompleto
JESUS → Celestial → Eterno → Completo
Mostre desde o início que da aula, conforme o esquema, que a intenção do escritor aos Hebreus é a de fazer o contraste entre o ministério de Cristo com o de Josué, um líder muito importante no assentamento do povo na Terra de Canaã, o que fez com que o povo judeu o obedecesse. Entretanto, Jesus é maior do que Josué. O seu ministério é mais completo que o do líder guerreiro israelita. Qual deve ser o nosso comportamento em relação a Jesus? 
4. TÓPICO I: JESUS PROVEU UMA MENSAGEM SUPERIOR A DE JOSUÉ
Neste primeiro tópico, três coisas devem ser destacadas em relação à mensagem de salvação anunciada por Jesus, ouvida e proclamada pelos apóstolos e confirmada com a operação do Espírito Santo (conforme os capítulos um e quatro de Hebreus): Essa mensagem deve ser recebida por fé (item um); essa mensagem deve ser obedecida; essa mensagem deve ser recebida em contrição. Note como o tópico tem um desenvolvimento doutrinário-soteriológico (dinâmica da salvação): (1) mensagem de salvação recebida por fé; (2) perseverança em obediência; (3) vida contrita e experiencial em Deus. É impossível não relacionar esse tópico com uma fé bem experimentada que ocorreu em milhares de vidas no Movimento Pentecostal, onde pessoas ao longo da história acolheram a tão grande salvação por fé, perseveraram obedientemente nela e viveram estimuladas à contrição espiritual. Nesse aspecto, a espiritualidade pentecostal é muito rica.
Assim, recomendo a leitura da coleção editada pela CPAD, “Coleção Pioneiros Pentecostais” – obra de Gunnar Vingren, Daniel Berga e a história da Assembleia de Deus contada por Emílio Conde –, bem como outras: Nels Nelson, o Apóstolo Pentecostal Brasileiro; Gustavo Bergston; Frida Vingren; Lewi Pethrus. Há outra coleção muito edificante, também editada pela CPAD: “Clássicos do Movimento Pentecostal”. Grandes expressões do Movimento Pentecostal no mundo. É importantíssimo ter contato e conhecer a envergadura espiritual de nossos primeiros pais!  
5. TÓPICO II: JESUS PROVEU UM DESCANSO SUPERIOR AO DE JOSUÉ
Neste segundo tópico, há destaque para a campanha militar da conquista de Canaã (item um). Essa campanha não deu um descanso completo para a nação de Israel. Aqui, vale rememorar o exemplo do Israel Moderno que se encontra na Antiga Canaã, mas tal qual aquela época, não possui o controle pleno da terra hoje. Tal acontecimento aguarda o comprimento fiel e literal das profecias de Isaías, Jeremias, Ezequiel e Zacarias, por exemplo. Essa promessa está fundamentada em pelo menos quatro alianças incondicionais de Deus com esse povo que aparecem claramente nas Sagradas Escrituras: (1) Aliança abraâmica (Gn 12.1-3); (2) Aliança palestina (Dt 30.1-10); (3) Aliança davídica (2 Sm 7.10-16); (4) Nova Aliança (Jr 31.31-40).2  Porém, Josué não foi o agente cumpridor dessas alianças. Diferentemente de Israel, a Igreja não tem promessa de conquista de uma região geográfica, mas a celestial (cf. 1 Co 3.11-15). Nesse sentido, a herança da Igreja é total, garantida plenamente mediante a suficiência do sacrifício vicário de Jesus Cristo e confirmada pela sua vinda iminente, literal e gloriosa.

No item 2 é importante ser cuidadoso com o “tipo”. É bom ter uma boa definição dessa expressão, como esta: “Na ciência teológica significa estritamente a relação representativa preordenada que certas pessoas, acontecimentos e instituições do Antigo Testamento têm com pessoas, acontecimentos e instituições correspondentes do Novo”.3  Veja que expressão remonta um aspecto técnico usado pelos escritores bíblicos, e confirmado pelos hermeneutas, o que não significa por outro lado, que o escritor aos Hebreus esteja dizendo, por exemplo, que a Canaã Terrena é uma “profecia da Canaã Celestial” futura. O tipo é um exemplo de ilustração muito usado nos tempos bíblicos para realçar uma doutrina do Novo Testamento com histórias do Antigo. Em Gálatas, o apóstolo Paulo usou as imagens de Agar e Sara como tipos da relação da Lei e da Graça. Ora, por acaso, Agar significa literalmente a Lei? E Sara significa literalmente Graça? Compreendeu a diferença? 
6. TÓPICO III: JESUS PROVEU UMA ORIENTAÇÃO SUPERIOR A DE JOSUÉ
A orientação de Jesus para a Igreja é viva, pois sua Palavra Viva está (item 1)!

As Escrituras atestam que as palavras de Jesus “são espírito e vida” (Jo 6.63). Quem conhece a verdade é liberto para sempre (Jo 8.32). Nesse sentido, a orientação de Jesus é eficaz (item dois). Eficaz porque tem um objetivo central de atingir o coração do ser humano e, por isso, essa orientação acontece por meio de uma Palavra Penetrante (item três) – este aspecto só a Palavra de Deus apresenta. Não há nada que pode adentrar ao lugar mais escondido no interior do ser humano que a Palavra de Deus (v.12). Diferentemente de Josué, a orientação de Jesus faz uma revolução interior sem igual, em que a melhor expressão para descrever esse fenômeno sobrenatural é a promessa feita por Jesus para quem crê no Evangelho: “rios de água viva correrão do seu ventre” (Jo 7.38).   
7. CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos que nosso Senhor proveu uma mensagem superior, um descanso superior e uma orientação superior a de Josué. Nesse aspecto, propomos as seguintes aplicações:
1. Recebamos a mensagem de Cristo com fé.
2. Obedeçamos com toda a nossa vida a mensagem que acolhemos com fé.
3. Tenhamos um coração contrito, ansioso e desejoso pela presença de Deus.
4. Tenhamos a consciência de que um dia desfrutaremos do descanso completo, mas hoje já posso desfrutar parcialmente dessa bênção hoje.
5. O descanso de Jesus é real, verdadeiro, inteiro.
6. O descanso de Jesus não é passageiro, como fumaça; mas atemporal e eterno.
7. A Palavra de Jesus vivifica a nossa vida.
8. A Palavra de Jesus é eficaz, segundo o propósito decretado por Deus.
9. A Palavra de Jesus alcança onde ninguém mais pode alcançar.

1 Marcelo Oliveira de Oliveira é redator do Setor de Educação Cristã da CPAD; Bacharel em Teologia e Licenciado em Letras.  Marcelo Oliveira de Oliveira é redator do Setor de Educação Cristã da CPAD; Bacharel em Teologia e Licenciado em Letras.
2 Cf. PENTECOST, J. Dwight. Manual de Escatologia: Uma análise detalhada dos eventos futuros. Trad. Carlos Osvaldo Pinto. São Paulo: Editora Vida, 2006, pp.95-153.
3 TERRY apud PENTECOST, 2006, p.76. 

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão disponíveis toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não se trata de uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Lição 04 - 1º Trimestre 2018 - A Tentação de Jesus - Jovens.

Lição 4 - A Tentação de Jesus - Jovens. 

1º Trimestre de 2018
INTRODUÇÃO
I - A TENTAÇÃO DOS HEBREUS NO DESERTO
II - A TENTAÇÃO DO USO DO TEMPLO PARA EXPLORAÇÃO
III - A TENTAÇÃO DO USO INDEVIDO DO PODER 
CONCLUSÃO 

Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:

Mostrar a tentação dos hebreus no deserto;
Explicar a tentação do uso do Templo para exploração;
Conscientizar a respeito dos perigos do uso indevido do poder.
Palavra-chave: Tentação.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
A Tentação do Sustento Material no “Deserto” (Mt 4.1-4)
A primeira tentação de Jesus está relacionada com necessidade do sustento material. Está relacionada diretamente com o impulso do povo hebreu de infidelidade quando o suprimento das necessidades materiais, em especial a alimentação, era colocado em risco.
a) A relação de Mateus 4.1-4 com a caminhada dos hebreus no deserto
Existe uma relação direta entre a narrativa de Mateus 4.1-11 e a narrativa da travessia dos hebreus pelo deserto, em especial três capítulos de Deuteronômio (Dt 6—8). O quadro comparativo abaixo ajuda a entender essa intertextualidade:
Quadro Comparativo 
Mateus 4.1-11Deuteronômio 6 —8
“Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.” (Mt 4.1)Deus conduz o povo ao deserto e o submete à prova (Dt 8.2-32).
“e, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome.” (Mt 4.2)“Subindo eu ao monte a receber as tábuas de pedra, as tábuas do concerto que o SENHOR fizera convosco, então fiquei no monte quarenta dias e quarenta noites; pão não comi e água não bebi.” (Dt 9.9)
“Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.” (Mt 4.4)“E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram, para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas que de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem.” (Dt 8.3)
“e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra.” (Mt 4.6)“Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra.” (Sl 91.11-12)
“Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.” (Mt 4.7)“Não tentareis o SENHOR, vosso Deus, como o tentastes em Massá.” (Dt 6.16)
“Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles.” (Mt 4.8)“Então, subiu Moisés das campinas de Moabe ao monte Nebo, ao cume de Pisga, que está defronte de Jericó; e o SENHOR mostrou-lhe toda a terra, desde Gileade até Dã.” (Dt 34.1)
“Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás.” (Mt 4.10)“SENHOR, teu Deus, temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás.” (Dt 6.13)
O quadro demonstra que o texto de Mateus 4.1-11 está diretamente relacionado com Deuteronômio, que narra a história dos hebreus enquanto estavam no deserto, com destino à Terra Prometida. A única exceção é o Salmo 91.11, 12 que é utilizado pelo Diabo para contra argumentar com Jesus, quando se inicia a segunda tentação. Conhecer a história do povo hebreu no deserto e principalmente o texto de Deuteronômio foi fundamental para as respostas de Jesus ao Adversário. Ele reage a cada prova citando a Palavra de Deus e extraindo o princípio de cada passagem mencionada. Como aprendizado dessa prática de Jesus, Richards (2014, p. 19) comenta que “somos lembrados de que o poder libertador da Palavra de Deus não é liberado simplesmente pelo nosso conhecimento dela, mas somente quando a aplicamos”. Portanto, não é possível estudar a tentação de Jesus em Mateus sem considerar esses textos.
b) A tentação de Israel no deserto por 40 anos
A tentação de Jesus assemelha-se ao Haggadah judaico. Ele é um dos dois tipos de midraxe (deve ser usado em uma situação histórica particular e em seu contexto natural): halakhah e haggadah. Enquanto o halakhah é uma explicação da Lei, o haggadah é uma literatura talmúdica que não lida com a Lei, mas ainda faz parte da tradição judaica. Haggadah significa recitar, narrar ou recontar e é um dos mais importantes textos da tradição judaica. No início da Páscoa, judeus de todos os cantos da terra se reúnem para lê-lo ao redor da mesa. Ele contém a narrativa tradicional do Êxodo do Egito. Uma celebração da passagem dos israelitas da escravidão para a liberdade, passando necessariamente pelo deserto. O objetivo dos dois tipos de midraxe é a aplicação prática do texto ao presente dos seus leitores.
Quando os hebreus saíram da escravidão do Egito, onde abundava a injustiça, e caminhavam com a incumbência de criarem uma sociedade justa, tiveram que passar pelo deserto e residir nele por 40 anos. Deserto é lugar de fome, porém também é lugar de aliança, purificação e encontro com Deus (Êx 19.1ss). Segundo Barros (1999, p. 33), “a tentação do pão, do maná é a da garantia do sustento material”. No Egito, apesar da escravidão, a alimentação e necessidades básicas eram garantidas. Na caminhada pelo deserto, apesar da parcial liberdade, as condições não eram favoráveis e em várias oportunidades o povo teve que demonstrar sua confiança na dependência da ação divina. Muitos dentre o povo, nestas condições, colocaram em dúvida a proteção e o cuidado de Deus, tentando-o. Por isso, a maioria das pessoas que saíram do Egito não entrou na Terra Prometida. No momento da necessidade, duvidaram e murmuravam contra Deus (Êx 16.3-8), por isso ficaram pelo caminho. 
c) A tentação de Jesus no deserto por 40 dias
O Filho de Deus ser tentado não é uma coisa fácil de assimilar. Todavia, Mateus narra que Jesus foi levado para ser tentado logo depois de seu batismo, ou seja, quando recebe a revelação e autoridade dada por Deus de sua filiação divina e uma “autorização” para iniciar sua missão. Não parece ser desproposital essa sequência, pois as tentações de Jesus estão diretamente relacionadas com a maneira como Ele cumprira a sua missão como Resgatador da humanidade. Dessa forma, a narrativa da tentação aborda sobre o que o cristão deve estar atento em relação ao que pode impedir (injustiça e desigualdade) o Reino da justiça e o cumprimento da missão solidária. Jesus para ser o Salvador da humanidade precisava ser submetido às mesmas condições que a criatura a ser libertada (Hb 2.1,18; 4.15; 5.7-9). No entanto, é importante ressaltar que o fato de ser submetido à tentação não implica necessariamente ter cometido pecado. Nem toda tentação conduz ao pecado, isso depende de quem é submetido à tentação.

Storniollo (2016, p. 43) ao comentar sobre o período de 40 anos em que os hebreus caminharam pelo deserto afirma que “Jesus retoma essa parte da história do seu povo, e os quarenta dias de jejum recordam os quarenta anos de Israel no deserto, antes de entrar na Terra Prometida, onde havia justiça e vida para todos”. O jejum por 40 dias não era uma inovação, pois a Moisés (Dt 9.9,18; Êx 24.18; 34.28) e Elias (1 Rs 19.8) também é atribuído tal ação. O ser humano não tem condições de se abster de alimento e água por 40 dias. Em Atos 9.9 é citado um jejum de Paulo, mas de 3 dias, que é um período coerente com a tolerância humana. A literatura judaica é rica em simbologia, inclusive de números. O número 40 é utilizado várias vezes na Bíblia (Gn 7.4,12; Êx 24.18; Dt 9.9-11; 10.10; Dt 8.2; 29.5; Mt 4.2; Mc 1.13; Lc 4.2; At 1.3; Dt 25.3; 2 Cor 11.24; entre outras citações). Esse número quando se refere a dias ou anos, pode significar um período necessário e suficiente para determinada ação. Portanto, nem sempre tem o significado literal. Uma coisa é certa, a situação extrema de fome do deserto pode levar o ser humano a fazer o que não convém para sobreviver.

Na narrativa de Mateus, a sugestão dada a Jesus é usar o poder outorgado na posição de Filho de Deus e usar seus atributos para transformar as pedras em pães e saciar a sua fome (situação de jejum). A tentação é uma luta espiritual interna. Imagine se você tiver oportunidade de suprir suas necessidades, mas comprometendo sua missão, o que faria? Jesus, da mesma forma que os hebreus, passou por situações de dependência de Deus para que as suas necessidades materiais fossem supridas, todavia demonstrou confiança e não foi ingrato. Os cristãos de hoje, durante as crises e nos momentos em que suas necessidades materiais correm risco de não são supridas, devem lembrar o exemplo dos hebreus no deserto. Quem se apresenta como discípulo de Jesus, a exemplo dEle, precisa buscar a superação, mas sempre reconhecendo a dependência de Deus e confiando na sua proteção e seu cuidado.
Jesus foi desafiado como Filho de Deus a fazer uso de seus atributos divinos para satisfazer suas necessidades de natureza humana 1. Como ser humano ele estava sujeito à fome e à dor, como qualquer outra criatura humana. Jesus rebate a tentação utilizando a própria Palavra de Deus: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Dt 8.3). Richards (2014, p. 19) vê nessa resposta de Jesus afirmação de sua natureza humana, “sem apelar para a prerrogativa independente da divindade que Ele tinha voluntariamente deixado de lado na encarnação”. Todas as pessoas passam por tentações. Somente as pessoas que não precisam fazer opções não são tentadas. Mas, quem está isento de tomar decisões? Portanto, se for oferecida alternativa para suprir suas necessidades matérias, porém com exigências de que você viole os princípios bíblicos e sua missão como cristão, não abra mão de sua comunhão com Deus e a garantia as promessas dEle sua vida. Enquanto o povo hebreu murmura contra Deus por causa da fome (Êx 16.3-8), Jesus segue resignado para cumprir sua missão. Lembre-se das palavras de Jesus e escolha fazer a vontade de Deus, independente do custo! 
*Este subsídio foi adaptado de NEVES, Natalino das. Seu Reino Não Terá Fim: Vida e obra de Jesus segundo o Evangelho de Mateus.  1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017,   pp. 45-49.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 Em Jesus se forma a união indivisível da natureza humana com a natureza divina, chamado pela teologia de “união hipostática”.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Lição 04 - 1º Trimestre 2018 - O Amigo Leal - Adolescentes.

Lição 4 - O Amigo Leal - Adolescentes.

1º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO 1 – MARTA E MARIA
2 – JESUS AMAVA SEUS AMIGOS
3 – O MILAGRE DA RESSURREIÇÃO
4 – TIRAI A PEDRA!
OBJETIVOS
Conscientizá-los 
de que os amigos são mais importantes do que as coisas materiais;
Destacar 
que Deus age em nossas vidas na hora certa;
Informar 
que Deus quer nos tornar testemunhas da manifestação do seu poder.

AVIVAMENTO: A RESTAURAÇÃO DO VERDADEIRO SENTIDO DA VIDA

O salmista orou: “Não tornarás a vivificar-nos, para que o teu povo se alegre em ti?” (Sl.85.6). Ele reconhecia que o povo de Deus era espiritualmente impotente; o fogo da devoção estava baixo; a alegria se fora: “Vivifica-nos”, clamou, mas o que queria dizer? Que é avivamento?

Muitos hoje pensam que o avivamento é uma série de encontros com o fim de acender o interesse pela Igreja. Outros acham que é uma forma de emocionalismo religioso. Mas duvido que tais ideias acerca do termo tenham passado pela cabeça do salmista.

Avivamento significa acordar e viver. No Antigo Testamento, a palavra para avivamento vem de outra que significa “viver”, que originalmente carregava o sentido de respiração, visto que a respiração é a expressão de vida em todos os seres animados. Daí poder-se dizer dos ossos secos: “Eu porei respiração dentro de vocês e os farei viver de novo” (Ez 37.5 [BLH]; cf. 37.6,14; Jó 33.4; 1 Rs 17.22). Avivamento, ou vida, era “respirar na respiração de Deus”. Como vimos aqui, a ideia enfatizada é que a fonte dessa vida está em Deus.

A palavra correspondente no Novo Testamento significa “ressuscitar” (Ap 22.5; Rm 14.9; cf. 7.9). O termo, conforme usado por Jesus, denota a mudança na vida de um filho pródigo penitente que retorna à casa do pai, no sentido de que o filho que estava “morto” e agora “reviveu” (Lc 15.24,32). Outras palavras comparam o avivamento ao reacender de uma chama que se apagava aos poucos (2 Tm 1.6) ou a uma planta que lança novos brotos e “floresce novamente” (Fp 4.10).

A ideia básica de avivamento é sempre o retorno de algo à sua verdadeira natureza e propósito. De acordo com a história da redenção, o avivamento pode ser visto como “uma obra diferente e soberana de Deus, em que Ele visita seu povo, restaurando, reanimando e liberando-o para a plenitude de sua bênção”. Por seu poder, “grandes energias, até então adormecidas, são despertadas, e novas forças – que há muito vêm sendo preparadas no interior – ganham vida”. No despertar do avivamento, vem a vida – vida em sua plenitude, vida transbordante de amor e poder divino.

É claro que nem todos os detalhes sobre essa nova vida podem ser plenos. Sendo uma ação sobrenatural do Espírito, há sempre um quê de mistério. Mas uma coisa é certa – no avivamento, homens e mulheres revivem para a vida de Deus.

Transformação pessoal

O avivamento torna-se evidente pela mudança operada no coração pelo Espírito Santo. A extensão de sua ação pode variar, e há diferenças na forma como se expressa, mas o avivamento é manifesto “onde quer que você veja [a vida espiritual] levantando-se de um estado de considerável depressão para uma situação de vigor e força maior”.

A transformação mais imediata é a renovação da experiência cristã individual. Quando alguém corresponde inteiramente à divina graça, há uma maravilhosa certeza do perdão dos pecados; o coração é limpo, a alma é livre. A fé não vacila ante as promessas de Deus. A oração palpita com o aroma do céu. O amor enche o coração com canções, e o louvor é espontâneo. Ainda há sofrimentos e tentações, mas no centro de tudo está o rosto resplandecente de Deus, brilhando no interior do ser. Cristo é real, a sua paz preenche a alma, sua vitória derrota o mundo.

Do ponto de vista do cristianismo do Novo Testamento, não há nada de incomum na experiência do avivamento. É assim que as pessoas deveriam sempre viver. Nas palavras de Roy Hession: “É simplesmente você e eu andando pela Estrada em completa identidade com o Senhor Jesus e uns com os outros, com cálices continuamente purificados, deles transbordando a vida e o amor de Deus”.

Ou, como Charles G. Finney explica, avivamento simplesmente “consiste em obedecer a Deus”, o que significa que é obrigação mais elementar do homem.

O avivamento, no sentido pessoal, deveria ser uma realidade constante. A ideia de que o avivamento é “algo que ocorre em épocas e períodos especiais” é consequencia da natureza volúvel do homem, não da vontade de Deus. Infelizmente, a maioria de nós experimenta aqueles momentos de apatia espiritual que tornam o avivamento necessário. Mas se vivêssemos continuamente na plenitude do Espírito de Cristo, como Deus deseja, o avivamento seria um estado permanente.
 
Nova vitalidade para a igreja

Mas o avivamento implica mais que bênçãos pessoais. Quando pessoas se despertam para a realidade de Cristo e essa experiência é multiplicada em outras vidas, a igreja sente uma nova unidade de fé e propósito – uma genuína comunhão no Espírito.  Quando os crentes são aproximados da Cabeça do corpo, eles são “aproximados uns dos outros em amor santo”. Isso não implica em acordo fechado em qualquer situação, mas, de forma bem marcante, o avivamento cria um ambiente em que discípulos de verdade, sinceros, caminham juntos, enquanto as diferenças menores são resolvidas no compromisso maior de uma missão comum.

Ao encher nossos corações, o amor de Cristo nos faz preocupar com as pessoas a quem Deus ama e por quem Ele deu seu filho. Dessa compaixão, nasce a força que compele à evangelização. O mandamento de fazer discípulos de todas as nações não pode ser desprezado. No mesmo espírito, nossa preocupação social se volta para os oprimidos e aflitos. A obrigação torna-se uma alegria. O amor transborda naturalmente quando o coração está cheio.
É inevitável que a sociedade sinta o impacto de uma renovação entre os cristãos. Quando o Evangelho progride em palavras e ações, o mundo percebe que aquelas pessoas estiveram com Jesus. Os pecadores são tocados e passam a buscar o salvador. Restituições são feitas. Lares destruídos são restaurados. Os padrões morais do povo melhoram. A integridade começa a ganhar espaço no governo. À medida que o Espírito do avivamento prevalece, a misericórdia, a justiça e a honestidade vão enchendo a terra.

Texto extraído da obra “A Chegada do Avivamento Mundial” de Robert Coleman, editado pela CPAD.
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 04 - 1º Trimestre 2018 - Recebendo a Salvação - Pré Adolescentes.

Lição 4 - Recebendo a Salvação        Pré Adolescentes.

1º Trimestre de 2018

A lição de hoje encontra-se em: Efésios 2.8; Romanos 6.23.

Caro(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão que a Salvação é um presente que precisa ser recebido. Isso significa que a pessoa deve manifestar fé e interesse por ser salvo. Tratar deste assunto é de extrema importância, pois refere-se ao destino da pessoa por toda a eternidade. Por isso, todo aquele que ensina a respeito da Salvação precisa compreender como ela ocorre para que não sejam cometidos alguns equívocos.

Primeiramente é importante salientar que a Salvação não vem das obras (cf. Ef 2.8,9). Isso significa que não há nada que o ser humano possa fazer para recebê-la. Como já vimos em outras ocasiões, a Salvação é um presente de Deus, Ele mesmo decidiu conceder-nos a Salvação unicamente pelo fato de nos amar. Em consequência disso, Deus enviou o seu Filho Amado para cumprir a pena de morte em nosso lugar e assim renovar a nossa comunhão com Ele. As obras não são a causa da Salvação, e sim a consequência de sermos salvos em Cristo, isto é, somos salvos não pelas obras, mas para a prática de boas obras (cf. 2.10).

Em segundo lugar é preciso enfatizar que a Salvação é pela graça. Significa dizer que não merecíamos a Salvação, visto que a constante inclinação do ser humano pelo pecado o levou à morte e separação de Deus. Estávamos mortos em nossos pecados, mas Deus, por sua maravilhosa graça, mediante a fé, nos ressuscitou em Cristo Jesus (cf. Ef 2.5,6). Dizemos “mediante a fé”, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e recompensa aos que o buscam (cf. Hb 11.6). Esse é o segredo de agradarmos a Deus.

E, por último, é necessário que aquele que crer no filho de Deus o confesse perante os homens. “Com o coração se crê para justiça, e com a boca se faz confissão para a Salvação” (Rm 10.10). Confessar a Cristo como Salvador e Senhor é a mais sincera demonstração de um coração que verdadeiramente teve um encontro com Cristo. Essa declaração não parte apenas dos lábios de quem apenas diz, mas do estilo de vida de quem vive e pratica os ensinamentos daquele que transformou sua vida. A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, pp. 1718-19) complementa esta verdade:
Quando os crentes no Novo Testamento chamavam Jesus de ‘Senhor’, não se tratava de mera profissão de fé, ou uma simples repetição, mas de uma atitude sincera e interna do coração (cf. 1 Pe 3.15), pela qual colocavam Cristo como único e supremo Senhor sobre a totalidade das suas vidas (Lc 6.46-49; Jo 15.14). Jesus precisa ser aceito como Senhor dos assuntos espirituais, no lar e na igreja, bem como em todas as áreas da vida, inclusive a intelectual, a financeira, a educacional, a recreativa, vocacional, etc. (12.1,2; 1 Co 10.31).

Sujeitar nossas vidas ao senhorio de Cristo é viver de modo que tudo quanto fizermos tenha o propósito de agradar-lhe. Não são poucas as vezes que chamamos a Cristo de Senhor, quando na verdade não estamos expressando a mesma confiança com o nosso estilo de vida. Isso nos lembra as palavras pronunciadas pelo profeta Isaías quando disse: “Esse povo ora a mim com a boca e me louva com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A religião que eles praticam não passa de doutrinas e ensinamentos humanos que eles só sabem repetir de cor” (Is 29.13). Deus fala expressamente por intermédio do profeta que o coração do povo estava distante do Senhor. Do mesmo modo, quando acostumamos conhecer a Deus apenas de forma literária, torna-se muito difícil conhecê-lo realmente. O Senhor se revela para aqueles que o temem e obedecem a sua Palavra. Quem assim o busca, desfrutará da Salvação eterna que somente Ele pode conceder.

Aproveite a ocasião e converse com seus alunos a respeito do que significa receber a Salvação. Ensine que receber a Salvação é declarar a fé em Jesus Cristo, o único meio pelo qual podemos ser salvos. Mostre que estar salvo é viver um estilo de vida resultado da comunhão com Deus. Quem, de fato, está próximo de Deus se relaciona bem com Ele e com o próximo. Quem tem um relacionamento verdadeiro com Deus não se contenta somente em conhecer os ensinamentos de Cristo, mas sente a alegria em colocá-los em prática, mesmo que isso signifique abrir mão dos próprios anseios e vontades. 
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Pré-Adolescentes. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 04 - 1º Trimestre 2018 - Os Anjos Anunciam o Nascimento de Jesus aos Pastores - Primários.

Lição 4 - Os Anjos Anunciam o Nascimento de Jesus aos Pastores - Primários.

1º Trimestre de 2018
OBJETIVO: Que o aluno compreenda que Jesus Cristo veio para todos.

PONTO CENTRAL: Jesus Cristo é o Filho de Deus que veio ao mundo para todos.

MEMÓRIA EM AÇÃO: “Glória a Deus nas maiores alturas do céu! [...]” (Lc 2.14).
     Querido (a) professor (a), não podemos permitir que com o passar dos anos de caminhada cristã a alegria pela nossa salvação e tão maravilhoso Salvador se esfrie em nossos corações (Sl 51.12).

     Na correria do dia a dia e lotada agenda eclesiástica, tendemos a refletir sobre a soteriologia, doutrina da salvação, apenas em datas como o Natal ou a Páscoa. Até a ensinamos aos novos convertidos, mas será que temos reservado um tempo para orar agradecendo em especial por ela em nossas vidas?!

      Na próxima aula vamos ensinar aos Primários como a vinda do nosso Salvador Jesus foi anunciada a pastores muito simples, mas recebida por eles com majestosa gratidão e adoração. Que estas contagiem a você e aos seus pequeninos durante essa aula tão especial.

     Nosso objetivo e ponto central é fazer com que as crianças entendam o quanto Jesus rompeu com qualquer parâmetro discriminatório, vindo não somente para salvar, mas também para “adotar” a todos, dando especial atenção aos menos favorecidos.

     “Ele veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, ou seja, aos que crêem no seu Nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (João 1.11-13).

       Reflita em quão gloriosa honra! Ser adotado como FILHO pelo maior Rei do Universo! É ou não é motivo para celebrar e adorá-lO com intensa alegria?!
Pai Nosso 

Acerca da primeira frase do Pai-Nosso, informa-nos Agostinho que, em toda a Bíblia, “não se encontra um só lugar em que se ordene ao povo de Israel que diga Pai nosso ou que ore a Deus Pai, e isso porque o Senhor se manifestou aquele povo como a devedores, ou seja, como quem vivia ainda segundo a carne”. A oração traz, portanto, essa primeira grande inovação, que é o fato de um indivíduo dirigir-se a Deus como “Pai”. Ninguém ousaria dirigir-se de forma tão pessoal a Deus. Jesus assim se dirigia e não somente ensinou aos discípulos, mas lhes deu tal direito (Jo 1.12). Apesar de estar no Céu, o invocamos como Pai e sentimos sua proximidade, pois parafraseando Agostinho, Deus está “mais dentro de nós do que nossa parte mais íntima” (CARVALHO, César Moisés. O Sermão do Monte. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 110).

     Para celebrar e adorar ao nosso Salvador, assim como os pastores da história, que tal fazer com as crianças alguns instrumentos musicais com material reciclável e usá-los cantando alguns hinos bem animados?! Neste site você encontra algumas sugestões e instruções para sua elaboração prévia ou em classe junto aos primários: https://br.pinterest.com/explore/homemade-instruments/?lp=true
     O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Primários. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 04 - 1º Trimestre 2018 - O Amigo Impulsivo - Juniores.

Lição 4 - O Amigo Impulsivo – Lucas 5.1-11; Mateus 14.22-33. Juniores.

1º Trimestre de 2018
Prezado(a) professor(a),

Na aula desta semana seus alunos conhecerão um pouco mais a respeito de um discípulo que viveu muito próximo de Jesus. Ele tinha uma característica que talvez muito de nós também tenha e isso nos identifica com ele. Seu nome era Pedro, um discípulo do Senhor que viveu momentos difíceis nos primeiros anos de sua caminhada com Cristo. Pedro era extremamente impulsivo, alguém que não conseguia administrar as suas emoções. Mas o exemplo desse discípulo tem muito a nos ensinar, tendo em vista que nós também, em algum momento da vida, já demonstramos impulsividade.

Então, o que significa impulsividade? Quais são as características de uma pessoa impulsiva? Vamos entender melhor este conceito. De acordo com o Dicionário Houaiss, uma pessoa impulsiva é aquela que atua e reage sob o impulso do momento, de maneira irrefletida; em outras palavras, aquele(a) que se enraivece com facilidade. Geralmente, a pessoa que é impulsiva toma decisões no calor das emoções. É o tipo de pessoa que age primeiro para pensar depois, ou seja, na maioria das vezes não pensa nas consequências da sua decisão. Essa era uma característica marcante na vida de Pedro que ele teve que aprender a administrar.

Não é difícil de identificar esse aspecto em vários episódios da vida do apóstolo. O exemplo mais expressivo pode ser visto quando o Senhor ordenou que os discípulos atravessassem para o outro lado da margem do Mar da Galileia. Durante a travessia uma grande tempestade agitava as águas de tal maneira que o barco onde os discípulos estavam era lançado de um lado para o outro. A sensação era desesperadora, até que em dado momento os discípulos avistaram Jesus, vindo ao encontro deles, andando por cima das águas.

É óbvio que, àquela altura, os discípulos jamais imaginavam que o seu Mestre surgiria para socorrê-los, ainda mais vindo sobre as águas. Eles se apavoraram muito pensando que era um fantasma. Então, o impulsivo Pedro entra em cena e pergunta: — Se é o Senhor, ordena que eu vá ao teu encontro, andando por cima das águas. Certamente, Pedro não pensou nas consequências da sua petição. Então o Senhor o autorizou a ir ao seu encontro. Foi quando Pedro caminhando sobre as águas, temeu o forte ímpeto das ondas e começou a afundar. Naquele momento ele clamou ao Senhor que o socorresse e foi prontamente atendido.

Há muitas lições que podemos extrair do exemplo de Pedro, mas uma é muito especial: é preciso lançar sobre o Senhor toda a nossa ansiedade. E quem diria que o mesmo Pedro, futuramente, ensinaria essa mesma lição aos mais jovens? Na primeira Carta que escreveu aos crentes dispersos na Ásia Menor, mais precisamente no capítulo 5, Pedro exorta aos mais jovens que se humilhem perante o Senhor e lancem sobre Ele toda a ansiedade (v. 7). Em outras palavras, Pedro estava dizendo que deviam entregar todas as preocupações a Deus, pois Ele é quem cuida de nós de um modo todo especial.

Pedro havia aprendido a lidar com os seus impulsos, com as suas ansiedades e podia agora, perfeitamente, ensinar esta mesma verdade aos mais inexperientes. Que exemplo maravilhoso, caro professor! Do mesmo modo, você também está apto a ensinar as verdades do Reino de Deus aos seus alunos. Aproveite a oportunidade e mostre para eles que é possível controlar a ansiedade. Explique que às vezes desejamos ter as coisas rápido demais, mas é preciso esperar o tempo certo para conquistá-las. Outro ensinamento interessante é a respeito da decisão. É preciso aprender pensar bem antes de decidirmos alguma coisa. Não agir precipitadamente é um exercício que seus alunos terão de aprender a cada nova etapa da vida, e é bom começar desde cedo. Converse com eles sobre isso e pergunte no que pensam quando se veem tentados a agir movidos pela situação.

Para reforçar a lição, sugerimos a seguinte atividade: coloque um bombom sobre a mesa de cada aluno e explique que eles não podem tocar naquele bombom até o término da aula. Inicie a lição naturalmente e, após abordar o texto da lição, pergunte qual foi a sensação de estudar com um bombom em sua mesa e não poder comê-lo. Certamente, alguns dirão que foi muito difícil estudar nesta situação, outros terão mais facilidade ou a situação não fará a menor diferença. Então explique que a ansiedade impede-nos de aproveitar muitas coisas boas que o Senhor coloca à nossa disposição. É preciso aprender controlar a ansiedade!              
Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Juniores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 04 - 1º Trimestre 2018 - Papai, Presente do meu Amigo - Jd. Infância.

Lição 4 - Papai, Presente do meu Amigo - Jd. Infância.

1º Trimestre de 2018
OBJETIVOS: Os alunos deverão entender que o Papai do Céu cumpre as suas promessas; e reconhecer que o papai é um presente do Papai do Céu e por isso deve ser amado e respeitado.

É HORA DO VERSÍCULO: “[...] Deus sempre cumpre o que promete; ele é fiel em tudo o que faz” (Sl 145.13).

Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história de Abraão que recebeu a promessa do Papai do Céu de que teria um filho. Isaque foi um presente de Deus para Abraão e Abraão foi um presente do Papai do Céu para Isaque. Deus cumpriu a sua promessa porque Ele cumpre o que diz. Abraão ensinou as coisas de Deus a seu filho Isaque, ensinando-o também a ser um homem bom assim como ele. O papai é um presente do Papai do Céu e por isso deve ser amado e respeitado.

Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem a cena de Abraão segurando o seu bebê Isaque no colo. Reforce que o cuidado que o papai tem com o seu filhinho para que nada de ruim aconteça com ele, demonstra também o cuidado que o nosso Papai do Céu tem com todos nós nos livrando de todo perigo e nos amando muito.
licao4.jardim.1t18
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Jardim de Infância. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 04 - 1º Trimestre 2018 - Presentes para Jesus - Maternal.

Lição 4 - Presentes para Jesus - Maternal.

1º Trimestre de 2018

Objetivo da lição: Que a criança saiba que Jesus foi adorado como rei e que ela também deseje adorá-lo.

Para guardar no coração: “[...] Adore o Senhor, seu Deus [...]” (Mt 4.10).

Seja bem-vindo“Professora, se alguns alunos chegarem mais cedo, converse com eles sobre que tipo de presentes gostam de receber e fale sobre os seus preferidos também. Na hora de iniciar a aula, convide um aluno para fazer a oração. Em seguida, cante com a turma alguns louvores e recolha as ofertas. Antes de contar a história, converse com a turma sobre presentes (ou retome a conversa do início da aula) e pergunte aos alunos que presente eles levariam se fossem visitar um bebê que acabou de nascer. E se eles fossem visitar um rei? Conte a eles que hoje vamos conhecer a história de alguns homens que foram visitar um bebê que também era rei e eles levaram presentes muito especiais. Mostre alguns objetos parecidos com os presentes dos reis magos: pode ser um anel ou aliança de ouro, ervas e óleos aromáticos. Deixe que os alunos toquem e sintam os aromas. (Se não puder levar esses itens, descreva-os.)”  (Daniele Pereira).

Subsídio professor“Quando os três homens sábios vieram visitar Jesus, trouxeram presentes de ouro, incenso e mirra. O ouro era precioso tanto quanto o é agora. Mas você pode estar pouco familiarizado com a mirra e o incenso. Nos tempos de Jesus, as pessoas usavam a mirra como perfume e tempero. Ela era feita da seiva de um pequeno arbusto. A mirra é extraída líquida, mas pode ser secada e moída em pó para ser usada como incenso. O incenso puro era outro perfume delicioso. Ele também era produzido da seiva de uma árvore” (Bíblia da Adolescente Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 1157).

“[Os magos] eram membros da classe sacerdotal da Babilônia e da Pérsia, especialistas no estudo das estrelas e interpretação de sonhos. Talvez tivessem se inteirado da iminência do nascimento de Cristo através dos judeus que viviam naquela terra. Ou, quem sabe, tenham ouvido seus ancestrais relatarem o que acontecera séculos antes a Balaão que, nas províncias de Moabe, previra o aparecimento da estrela de Jacó. Levemos em conta também que, Daniel, tornado chefe dos sábios da Caldeia, predissera a vinda do Messias e a instalação do seu reinado” (PEARLMAN, Myer. Mateus: O Evangelho do Grande Rei. 5.ed. Série Comentário Bíblico. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 9).

“Jesus provavelmente tinha um ou dois anos de idade quando os magos o encontraram. Nesta ocasião, Maria e José eram casados. Deviam ter uma casa, pretendendo permanecer em Belém durante algum tempo. Os magos deram a Jesus presentes tão caros, porque estes eram adequados a um rei. Os estudantes da Bíblia têm visto tais presentes como símbolos da identidade de Cristo e daquilo que Ele realizaria. Com ouro, presenteava-se o rei; o incenso era oferecido a Deus; e a mirra era uma especiaria usada para ungir o corpo a ser sepultado. Talvez estas dádivas tenham provido os recursos financeiros para a viagem de ida e volta ao Egito” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 1214).

Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Mateus 2.1-12. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Maternal. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 04 - 1º Trimestre 2018 - Papai, Presente do Papai do Céu - Berçário.

Lição 4 - Papai, presente do Papai do Céu - Berçário.

1° Trimestre de 2018
OBJETIVO DA LIÇÃO: Que o bebê perceba que o papai ensina aos filhos as coisas de Deus.Que o bebê perceba que o papai ensina aos filhos as coisas de Deus.
É HORA DO VERSÍCULO: “Olhe para o céu e conte as estrelas” (Gênesis 15.5).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre o bebê Isaque e o seu papai, Abraão. Isaque foi um presente do Papai do Céu para o papai Abraão e o papai Abraão foi um presente para o bebê Isaque. Abraão amava o seu filho e por isso lhe ensinou as coisas sobre o Papai do Céu. Eles eram muito felizes!Nesta lição, as crianças estudarão sobre o bebê Isaque e o seu papai, Abraão. Isaque foi um presente do Papai do Céu para o papai Abraão e o papai Abraão foi um presente para o bebê Isaque. Abraão amava o seu filho e por isso lhe ensinou as coisas sobre o Papai do Céu. Eles eram muito felizes!

Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças desenharem um sorriso na criança e no papai. Em seguida podem colorir o desenho. Diga que o amor do Papai do Céu pelo bebê é como o amor do papai.
licao4.bercario.1t18
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Berçário. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 04 - 1º Trimestre 2018 - Pecado Original - Juvenis.

Lição 4 - Pecado Original - Juvenis.

1° Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A ORIGEM DO PECADO
2. A REALIDADE DO PECADO
3. O PROBLEMA ESTÁ DO LADO DE DENTRO
4. “QUEM BRINCA COM FOGO ACABA SE QUEIMANDO”
OBJETIVOS
Compreender a realidade do pecado humano;
Entender a gravidade do pecado e suas consequências;
Descobrir o quanto é perigoso brincar com o pecado.
     Querido (a) professor (a), na nossa próxima aula vamos abordar um tema muito importante, porém, pouco considerado por esta geração de juvenis: o pecado e suas consequências. Por isso, no decorrer desta semana reserve um tempo de consagração especial ao Senhor, avalie seus caminhos, conserte-se com o Altíssimo no que for preciso e interceda por seus alunos. Clame a Deus pela vida de seus juvenis, um a um, e que o Espírito Santo prepare desde já os seus corações para que esta próxima aula seja uma bênção, um marco em suas trajetórias.
      Para lhe dar suporte na Hamartiologia, doutrina acerca do pecado, segue esse artigo do nosso brilhante conferencista, teólogo, membro da Casa de Letras Emílio Conde, Pastor Elienai Cabral, que também é um dos comentaristas de Lições Bíblicas da CPAD e autor de vários títulos pela Casa.
      A história da humanidade começa, conforme as Escrituras, com a história do pecado do homem e sua desobediência a Deus. Na literatura mundial, no campo da Filosofia e da Teologia, o problema do pecado é tratado de modo a tentar explicar a questão da existência do mal.

    Ao longo da história da humanidade, esse problema tem sido estudado, especulado e pesquisado pelo homem na tentativa de explicar essa questão do mal. Essa preocupação humana com a realidade do mal tem motivado as mais sérias discussões com respostas as mais diversificadas. Visto que o poder do mal se impõe naturalmente na experiência humana, a preocupação com a sua origem desafia a inteligência e aguça o interesse em descobri-lo na sua essência. Entretanto, é impossível discutir a realidade universal do pecado no mundo sem relacionar a sua razão de ser com a vida do homem. Conforme o relato bíblico, foi o homem que, por seu livre-arbítrio, caiu na rede de engano do originador do pecado, o Diabo, e deixou-se induzir ao pecado de rebelião contra o Criador.

      O que é o pecado?
     Teologicamente, a doutrina do pecado é identificada como Hamartiologia. Essa palavra deriva de dois termos da língua grega, língua do Novo Testamento: “hamartia” e “logos”, que significam juntas “estudo acerca do pecado”. O termo “hamartia” tem, na sua etimologia grega, o sentido de “errar o alvo”. Portanto, o estudo acerca do pecado, como ato, estado ou condição, sugere que o pecado é “um desvio do fim (ou modo) estabelecido por Deus”.

     Na Teologia Cristã, a doutrina do pecado ganha espaço porque o cristianismo representa a possibilidade de redenção do estado pecaminoso do homem. Três grandiosas doutrinas bíblicas ganham espaço na vida do homem, as quais são: a Doutrina de Deus, a Doutrina do Pecado e a Doutrina da Redenção. Existe uma relação essencial entre essas três doutrinas de tal modo que é impossível tratar do pecado sem tratar da Redenção e, naturalmente, ao tratar sobre Redenção, inevitavelmente a relacionamos com a sua fonte, que é Deus.

    A questão do mal é tratada na Bíblia a partir do relato do livro de Gênesis sobre a Queda do homem. Esse relato descreve o princípio da tentação do homem e a sua concessão ao pecado, trazendo maldição à sua vida pessoal e a toda a Terra.

    Para entendermos a relação do pecado com o homem, devemos considerar a definição de pecado. Tanto, no Antigo quanto no Novo Testamentos, a palavra “pecado” é sinônima de muitas outras palavras que são usadas na Bíblia e indicam conceitos distintos sobre a mesma. São vários termos que amplificam o conceito de “pecado” nas suas várias manifestações. Entretanto, usaremos apenas um termo hebraico e outro grego, línguas originais da Bíblia, os quais apresentam definições relativas que podem ilustrar o significado da palavra “pecado”.

     No Antigo Testamento, o vocábulo hebraico “chata’th” aparece cerca de 522 vezes. O seu termo correlato no Novo Testamento é “hamartia”, e ambos sugerem a idéia de “errar o alvo” ou “desviar-se do rumo”, como o arqueiro antigo que atira suas flechas e erra o alvo. Os termos sugerem e indicam também alguém que erra o alvo propositadamente, ou seja, que atinge outro alvo intencionalmente. Não se trata de uma idéia passiva de erro, mas implica numa ação propositada. Significa que cada ser humano foi criado com um alvo definido diante de si para alcançá-lo. Denota tanto a disposição de pecar como o ato resultante. Em síntese, o homem não foi criado para o pecado e, se pecou, foi por seu livre-arbítrio, sua livre escolha (Lv 16.21; Sl 1.1; 51.4; 103.10; Is 1.18; Dn 9.16; Os 12.8; Rm 5.12; Hb 3.13).

     A palavra “hamartia”, no grego do Novo Testamento, já foi citada em correlação com “chata’a” do Antigo Testamento. Entretanto, ambas as palavras, cujo sentido é “errar o alvo”, “perder o rumo ou fracassar”, indicam que o primeiro homem, no princípio, perdeu o rumo de sua vida e fracassou em não atingir o padrão divino estabelecido para a sua vida. Na linguagem do Novo Testamento, a palavra “hamartia” tem ainda um sentido mais forte que a ideia de “fracasso” ou de “transgressão”. A palavra tem o sentido de “poder de engano do pecado”, como em Romanos 5.12 e Hebreus 3.13. Portanto, pecado é mais que um fracasso; é uma condição responsável que implica culpabilidade.

     O pecado é um ato livre e voluntário do homem, porque ele é um ser moral, dotado da capacidade de perceber o certo e o errado. O homem é um agente moral livre para decidir o que fazer da sua vida (Ec 11.9).

     O pecado é um tipo de mal, porque nem todo mal é pecado. Existem males físicos conseqüentes da entrada do pecado no mundo. Na esfera física, temos um tipo de mal que se manifesta nas doenças. Entretanto, na esfera ética, o mal tem um sentido moral. É nessa esfera moral que se manifesta o pecado. Os vários termos hebraicos e gregos das línguas originais da Bíblia, quando falam do pecado, apontam para o sentido ético, porque falam da prática do pecado, ou seja, dos atos pecaminosos.

     O pecado é, de fato, uma ativa oposição a Deus, uma transgressão das suas leis, que o homem, por escolha própria (livre), resolveu fazer (Gn 3.1-6; Is 48.8; Rm 1.18-22; 1Jo 3.4).

     Outra verdade acerca do pecado é o fato de que o pecado tem caráter absoluto. Esse conceito é bíblico e correto. É difícil se fazer distinção ou graduação entre o bem e o mal, porque o caráter de uma pessoa tem um sentido qualitativo. Uma pessoa boa não se torna má porque tenha diminuído sua bondade, mas ela se torna má quando se deixa envolver pelo o pecado. Essa é uma questão de qualidade, e não de quantidade. O pecado não pode ser tratado como um grau menor de bondade, porque o pecado é algo sempre negativo e absoluto. Do ponto de vista bíblico, não há neutralidade quanto ao bem ou ao mal. O que é mal não é mais ou menos mal. Ou se está do lado justo e certo ou se está do lado injusto e errado.

      O pecado não é apenas a prática de um ato errado. Como dizia o teólogo Louis Berkhof, “o pecado não consiste apenas em atos manifestos”. O pecado não é apenas aquilo que se pratica erradamente, mas é algo entranhado na natureza pecaminosa adquirida da raça humana. É um estado pecaminoso que desenvolve hábitos pecaminosos os quais se manifestam na vida cotidiana. Todas aquelas tendências e propensões pecaminosas típicas da natureza corrompida de cada um de nós demonstram o estado pecaminoso do ser humano. A Bíblia denomina “carne” a este estado que pode ser controlado por uma vida regenerada (2Co 5.17).

      Indiscutivelmente, o pecado trouxe graves conseqüências ao universo, especialmente à vida na terra. A Bíblia faz várias declarações a respeito da universalidade do pecado. Por exemplo, temos no Antigo Testamento alguns exemplos, tais como “não há homem que não peque” (1Rs 8.46) e “porque à tua vista não há justo nenhum vivente” (Sl 143.2). Paulo, na Carta aos Romanos, disse: “Não há um justo, nenhum sequer; não há quem faça o bem, nenhum sequer”, Rm 3.10-12; “Pois todos pecaram e carecem da gloria de Deus”, Rm 3.10-12. O apóstolo João afirma: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós” (1Jo 1.8).

     Se morte física significa separação de corpo e alma e é parte da pena do pecado, entendemos que, de modo nenhum, a morte física significa a penalidade final. Nas Escrituras, a palavra “morte” é frequentemente usada com sentido moral e espiritual. Isso significa que a verdadeira vida da alma e do espírito é a relação com a presença de Deus. Portanto, a pena divina contra o pecado do homem no Éden foi a separação da comunhão com o Criador.

A morte espiritual tem dois sentidos especiais: um sentido é negativo e o outro é positivo. Em relação à vida cristã, todo crente está morto para o pecado, porque a pena do pecado foi cancelada e ele está fora do domínio do pecado. Trata-se da separação da vida de pecado depois que se aceita a Cristo e é expiado por Ele. Porém, em relação ao futuro, o crente terá a vida eterna, isto é, terá a redenção plena do corpo do pecado (Ap 21.27; 22.15).

O sentido negativo de morte espiritual refere-se à morte no pecado. O crente está morto para o pecado, mas o ímpio está morto espiritualmente no pecado. Significa que o pecador vive em um estado de vida separado de Deus e de sua comunhão. Significa estar “debaixo do pecado” e estar sob o seu domínio (Ef 2.1,5). O efeito desses dois sentidos é presente e temporal. O pecador sem Deus, no presente, está numa condição temporal de excomunhão com Deus, mas, pela graça de Deus, poderá sair desse estado e morrer para o pecado (Ef 4.18; Gn 2.17).

       A punição final do pecado é a morte eterna, ou seja, o juízo contra o pecado (Hb 9.27). A morte eterna é a culminância e complementação da morte espiritual. Diz respeito à repugnância da santidade divina que requer justiça contra o pecado e contra o pecador impenitente. Significa a retribuição positiva de um Deus pessoal, tanto sobre o corpo como sobre a sua alma e espírito (Mt 10.28; 2 Ts 1.9; Hb 10.31; Ap 14.11).

     Uma das grandes verdades acerca do castigo do pecado é que a justiça de Deus o exige a fim de que ninguém o acuse de injustiça. Ele é o Senhor que pratica a misericórdia, juízo e justiça na terra (Jr 9.24). A questão do pecado encontra resposta e solução quando encontramos na Bíblia a declaração de Paulo de que Deus propôs Jesus Cristo como a propiciação pelo seu sangue, para receber toda a carga da ira de Deus contra o pecado (Rm 3.25). Significa que a cruz foi a forma pela qual Deus castiga o pecado. O próprio Deus, perfeito em justiça, tornou possível a expiação dos pecados por Aquele que se fez nosso justificador completo – Jesus (Rm 3.26).

    A Salvação está quando entregamos a nossa vida por inteiro ao Senhor Jesus, reconhecendo, arrependidos, os nossos pecados; e também reconhecendo o sacrifício de Cristo como suficiente para a nossa expiação, procurando agora vivermos sempre conforme a Sua vontade, expressa na Sua Palavra, a Bíblia Sagrada.

    * Texto extraído do site CPADNEWS, disponível em: <http://www.cpadnews.com.br/blog/elienaicabral/fe-e-razao/1/a-doutrina-do-pecado.html> Acesso em 16 de Jan. de 2018.

     O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável da Revista Juvenis
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 03 - 1º Trimestre 2018 - O Batismo de Jesus - Jovens.

Lição 3 - O Batismo de Jesus - Jovens.

1° Trimestre de 2018
I - O PROFETA QUE BATIZOU JESUS
II - O BATISMO DE JESUS E OS SINAIS DIVINOS
III - O BATISMO DE JESUS E O BATISMO CRISTÃO
 
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Apresentar o profeta que batizou Jesus, João Batista;
Explicar como se deu o batismo de Jesus e os sinais divinos que ocorreram;
Mostrar as diferenças entre o batismo de Jesus realizado por João Batista e o batismo do crente.
Palavra-chave: Batismo.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
O Batismo de João

O batismo de Jesus por João Batista no Jordão é tratado por todos os quatro evangelistas, isso demonstra a importância teológica desta narrativa. Aparentemente não haveria necessidade de descrever o batismo de Jesus. Afinal, qual o impacto em relação á vida e obra de Jesus. Mas, como já foi visto anteriormente, há um impacto teológico forte em relação a identidade de Jesus como Filho de Deus, bem como pela autoridade atribuída pela previsão antecipada nas Escrituras do povo judaico.

O batismo de João era com água e para arrependimento, um batismo de purificação, que era precedido por uma confissão de seus pecados (Mt 1.4). O discurso realizado por João Batista antes do batismo era direto e firme. Uma temática profética semelhante a Moisés (Dt 30.2, 10), Oséias (Os 2.7; 3.5; 6.1; 11.15), Amós (Am 4.6,8-9), Isaías (Is 6.10; 9.13; 31.6), Jeremias (Jr 2.27; 3.10, 12, 14, 22) e Ezequiel (Ez 14.6; 18.30, 32). Ele não tinha a preocupação com a reação dos seus ouvintes, pois não tinha a pretensão de agradá-los, mas de contribuir para a mudança de comportamento e resgate dessas vidas para Deus. Não deve ter sido um trabalho fácil e possivelmente ele tinha seus próprios questionamentos sobre seu ministério. O próprio João, posteriormente envia discípulos para perguntar a Jesus se ele era mesmo o que Cristo estava esperando. Assim como João muitos cristãos estão sujeitos a se sentirem sozinhos e duvidarem em determinados momentos sobre sua missão devido ao comportamento de outras pessoas, principalmente se foram autoridades ou líderes. Contudo, apesar das dificuldades e conflitos, João manteve seu discurso e foco na sua missão.

Parece que João “incendiava” mais o seu discurso, quando era procurado pelos fariseus e saduceus, que se sentiam seguros em seu legalismo e ritualismo. Provavelmente, não procuravam a João para serem batizados, mas por serem contra seu batismo (a preposição grega epi utilizada em Mateus 3.7 pode significar contra). A mensagem de João não parece ser a mensagem que seria esperada e aclamada pelos membros de nossas igrejas atuais. Vemos cada vez mais a busca por mensagens que massageiam o ego das pessoas, “profecias” de entrega de chaves, carro importado, entre outros “agrados divinos”. A mensagem de João era para arrependimento para um batismo que realmente simbolizasse a morte do “velho homem”.

Se o batismo de João era para arrependimento e precedido de um discurso duro, por que Jesus vai ao Jordão e procura João para ser batizado? Do que teria que se arrepender? Por que ouvir tal discurso? A atitude de João, seu primo, demonstra que conhecia Jesus e não via nEle necessidade de arrependimento e muito menos de batismo.
João anuncia um batismo superior ao seu

Interessante como antes do batismo de Jesus, João anuncia que existia um batismo superior ao seu. Que seu batismo não era um fim em si, mas uma preparação para o batismo com o Espírito Santo e fogo. Esse batismo era somente possível ser ministrado por alguém superior a ele, a quem não era digno de tirar as sandálias. Interessante que Mateus, diferente dos outros evangelhos e de Atos 13.25, usa o verto “tirar” e não “desatar” as sandálias. Isso pode significar um refinamento dos costumes rabínico posterior, pois para um discípulo era permitido fazer ao seu mestre qualquer coisa que um escravo faria, a única exceção era retirar seus sapatos. Fato é, que a postura de João é digna de admiração, pois não tinha nenhum constrangimento em reconhecer a superioridade de Jesus. Desse modo, o processo do batismo de Jesus tem muito a nos ensinar, além do próprio ritual. João demonstra a humildade que é peculiar das pessoas que realmente tem um chamado genuíno de Deus para realizar sua obra. Ele não precisa menosprezar o companheiro de ministério para se sobressair, pois posteriormente Jesus vai dizer que dentre os nascidos de mulher não houve um homem maior do que João Batista.

O batismo de João era um sinal de que os seus ouvintes haviam sido tocados pela sua mensagem e tomado a decisão de mudar definitivamente de comportamento. O arrependimento não poderia ser verbal, mas que resultasse em uma conduta coerente com a profissão de fé. Um ato público de confissão de fé. Infelizmente, existem pessoas que congregam anos na igreja, se batizam, mas não mudam de comportamento, tornando o ato sem valor. Nesse caso, o batismo serve apenas como uma pertença a um grupo social e não símbolo de pertença à Igreja de Cristo.

Todavia, sem desmerecer o próprio batismo (ritual), João anuncia um batismo superior que acompanharia as pessoas que viessem a reconhecer o que viria após ele, Jesus. Este era superior, pois salva dos pecados (Mt 1.21), ele cura e perdoa (9.1-8; 8.17) e tem poder sobre a morte (Mt 26.28).

O batismo anunciado por João envolve dois elementos: Espírito Santo e fogo, o que tem causado confusões quanto à sua interpretação. Esses elementos podem ter significado positivo e negativo. Espírito como castigo de Deus (Is 4.4. Jr 4.11-16), mas também como dom da aliança e realização da vontade de Deus (Ez 36.25-28; 39.29. Is 32.15; 44.3. Jl 2.28,29; Mt 1.18-25), como poder vivificador de Deus e Rei (Is 61.1-3). Fogo que purifica e limpa (Zc 13.9; Ml 3.1-3), também significa juízo (3.18—4.1) e castigo (Mt 3.10; 13.4-43; 25.41). A missão de Jesus é dupla abençoar e purificar os que aceitam seu Evangelho e julgamento sobre o que rejeitam. Ele “limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará” (Mt 1.12)

Jesus foi Batizado para que se Cumprissem as Escrituras

Por que procurar João para ser batizado, se o batismo era para arrependimento e precedido de um discurso duro? Do que Jesus se arrependeria? Por que ouvir tal discurso? Jesus já surge indo até João, nada se fala de sua infância. A atitude de João, seu primo, ao recebê-lo demonstra que os dois se conheciam. Carter apresenta três fatores que explicam que Jesus não foi batizado por arrependimento:

No contexto de 3,1-12, poderíamos esperar a cena que mostre o batismo de Jesus acompanhando seu arrependimento do pecado. Mas três fatores indicam que a ênfase está em outro lugar. (1) A cena cala sobre o pecado de Jesus ou arrependimento. (2) A autoridade de Jesus e o papel subserviente de João são mantidos quando Jesus dá instruções a João para batizá-lo. (3,15b). Os protestos de João em batizar o mais poderoso com batismo superior são superados pela declaração de Jesus de que por ‘ora’, essa mudança de sentido é apropriada para promulgar a vontade salvífica de Deus previamente manifestada (‘cumprir toda justiça’, 3,14-15). (3) Depois do batismo (3.16-17), um acontecimento revelador ocorre. Uma visão dos céus abertos e uma voz celestial revelam Jesus como agente de Deus, ungido e acreditado por Deus para realizar os propósitos de Deus. (CARTER, 2002, p. 141-142)
No início da narrativa sobre o batismo de João, Mateus faz questão de dar autoridade ao ministério de João. Ele reconhece seu ministério como cumprimento profético ao citar Isaías 40.3: “Voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai no ermo vereda a nosso Deus”. Outra informação que complementa essa sua intenção é a comparação entre João Batista e Elias, como já visto anteriormente. Mateus é o único evangelista que registra que de início João se recusa a batizar Jesus. Sua recusa é consistente com sua humildade e indignidade reconhecida em Mateus 3.11. No entanto, quando Jesus menciona que é para cumprimento de “toda a justiça”, o Batista se rende e o batiza. O Verbo cumprir o que aparece também em textos de Mateus (Mt 1.22; 2.15, 17; 4.14; 5.17; 8.17; 12.17; 13.35; 21.4; 26.54, 56; 27, 9) significa concordância da vontade de Deus com o que está acontecendo no ministério de Jesus, que fora previamente declarada nas Escrituras.

Mateus é meticuloso ao fazer vínculo de Jesus com a nação e a Escritura judaica. Ele pretendia demonstrar que Cristo era o Rei-Messias tão esperado pelo povo judeu. Quando Jesus se submeteu ao batismo de João estava aceitando seu destino para que se cumprisse o que estava escrito a respeito dEle (releitura do Antigo Testamento pelo Novo Testamento).

   a) Primeiro sinal: a descida do Espírito de Deus como pomba (Mt 3.16)

Mateus narra que logo após a subida de Jesus da água os céus se abrem para Ele. Esse era um artifício da literatura judaica: a abertura dos céus para revelar conhecimento celestial a determinada pessoa que estava em consonância com Deus (Ez 1.1; At 7.56; 10.11; Ap 19.11). A voz passiva “e eis que se lhe abriram os céus” indica uma ação direta de Deus, semelhante ao que acontece com Ezequiel, que também estava junto ao rio (Ez 1.1). Para Ezequiel a revelação era da libertação por parte de Deus, do povo judeu que estava no exílio babilônico. Em Jesus anuncia a chegada de um novo império para substituir o império tirano dos romanos. O Reino a ser estabelecido por Jesus de justiça e de misericórdia.

O evangelista afirma que Jesus “viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele”. O Espírito que já estava ativo no nascimento de Jesus (Mt 1.18-20) continua presente no início de seu ministério terreno. Viviano (2011, p. 144) garante que o “Espírito descendo sobre Ele significa que Jesus foi ungido como Messias (At 10.37, 38), isto é, que Ele recebeu poder, sabedoria e santidade para esse papel”. Jesus é ungido para proclamar e libertar o oprimido, conforme releitura que Ele mesmo faz de Isaías 61.1. Sinal do começo de um mundo novo, diferente daquele que era controlado pelo império de Roma. Os romanos tinham como aliados a elite política e religiosa de Israel, nesse reinado o enfraquecido e menos favorecido não tinha quem os representasse. Jesus vem para ocupar esse espaço, ou seja, ser a voz de quem não tinha.

   b) Segundo sinal: uma voz dos céus (Mt 3.17)

Logo após o batismo e a descida do Espírito de Deus como pomba sobre Jesus, Mateus afirma que “E eis que uma voz dos céus dizia: este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.17). O que os rabinos chamariam de bat-qôl, que significa “a filha da voz”, ou melhor, uma pequena voz ou sussurro como agente da revelação. Mais uma vez Mateus recorre ao Antigo Testamento, a frase “este é meu Filho amado” é uma alusão a Sl 2.7 e Is 42.1.

A referência ao Salmo 2.7 “[...] Tu és meu Filho; eu hoje te gerei.”, que faz parte de um contexto de coroação de um filho de Davi como Messias, levou alguns mestres heréticos da Igreja Primitiva afirmar que Jesus se tornou Filho de Deus somente em seu batismo. Mateus utiliza o texto dos Salmos para demonstrar que o evento já estava previsto. Todavia, na releitura de Mateus ele faz uma mudança importante na frase, pois em vez de dizer “tu és” como o salmista, ele diz “este é”. Além disso, ele substitui a última metade do verso por palavras da passagem de Isaias (Is 42.1). Nessa perícope, o profeta veterotestamentário refere-se à figura de servo ideal de Deus, que toma o caminho da obediência e do serviço, fazendo perfeitamente a vontade do Senhor. Mateus pretende apresentar Jesus como o Servo Sofredor de Deus. Viviano (2011, p. 145) afirma que o servo “é uma figura misteriosa que, embora inocente, sofre por seu povo. É o tema de quatro cânticos em Deutero-Isaías (42,1-4; 49,1-7; 50,4-11; 52,13; 53,12)”.

A alternância entre filho e servo pode parecer uma contradição. No entanto, demonstra que mesmo sendo Filho de Deus, Jesus tinha a humildade de servir sem constrangimento, diferente da tendência do ser humano. Jesus se transforma num imã de títulos salvíficos. Na tradição cristã posterior, o batismo é considerado a primeira revelação neotestamentária da trindade econômica, posto que o Pai, o Filho e o Espírito Santo aparecem conjuntamente nesta cena. Outro aparente paradoxo é a mudança da figura do Messias, que devia batizar com Espírito e com fogo e a descida do Espírito em forma de pomba, um símbolo de suavidade e mansidão. Todavia, dependendo da atitude do ser humano em relação à vontade de Deus, Jesus pode ser a verdadeira benignidade como também a severidade, conforme prescreve o apóstolo dos gentios (Paulo) em Romanos 11.22. Como exercício, Tasker (2006, p. 40) propõe contrastar Mateus 11.29 com Mateus 25.41.

Barros (1999, p. 33) traz um bom resumo que define tudo: “Jesus descobriu que o seu modo de ser anunciador do Reino não era como um Messias poderoso, ou como Rei de Israel (Filho de Davi), e sim sendo o Servo Sofredor de Deus (Is 42)”. Jesus, o Filho de Deus, que se fez servo e sofreu para servir, mas que recebeu toda autoridade nos céus e na terra do próprio Pai, que da vida e obra dEle se agradou. 
*Este subsídio foi adaptado de NEVES, Natalino. Seu Reino Não Terá Fim: Vida e obra de Jesus segundo o Evangelho de Mateus.  1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017,   pp. 34-40.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.