quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Lição 06 - 4º Trimestre 2019 - Débora louva a Deus - Maternal.

Lição 6 - Débora louva a Deus 

4º Trimestre de 2019
Objetivo da Lição: Ensinar à criança que o louvor é uma forma de agradecer a Deus por tudo o que Ele faz por nós. 
Para Guardar no Coração: “[...] Em louvor ao nosso Deus, levantaremos as bandeiras da vitória [...]” (Salmos 20.5).
Perfil da Criança 
É impossível a uma criança do maternal ficar sentada quieta, ouvindo a professora, já que o seu período de atenção não ultrapassa três minutos. Também não se pode exigir a sua participação na aula por meio de perguntas e respostas, uma vez que fala pouco. A única forma dela participar diretamente, e manter-se atenta, é dando-lhe a oportunidade de repetir os gestos, movimentos e falas dos personagens, bem como imitar animais que apareçam na história, etc. Dependendo da história, ela pode “conversar” com os personagens. Ex: “Moisés, tire a sandália do pé. O Papai do Céu está mandando”. “Não é um fantasma, não, Pedro, é Jesus que está chegando para ajudar”.
Sempre que, na história, um personagem comer ou beber alguma coisa, convide as crianças a comer também, e distribua biscoitos, copinhos de água, suco... Isto não atrapalhará o andamento da lição; ao contrário, manterá as crianças atentas. A cada interrupção curta, você terá mais alguns minutos de atenção.
Explore os sentidos na aprendizagem, levando objetos relacionados à história, que a criança possa ver, tocar, cheirar, etc. 
Subsídio Professor
“O cântico de Débora, há muito reconhecido como um dos mais vigorosos poemas da Antiguidade, celebra a vitória dos hebreus. O cântico conclama a todos para exaltarem a Deus (Jz 5.1-5), expressa a existente alegria do povo (Jz 5.6-11), contrasta aquelas tribos que responderam à chamada para a batalha com aquelas que não o fizeram, e exalta a Deus como o Único cujo intervenção promoveu a vitória. O poema é encerrado com uma vívida descrição da morte de Sísera e a ansiedade crescente de sua mãe, desapontada com a expectativa frustrada de seu retorno em triunfo”RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 9 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. 
Oficina de Ideias 1Ofereça às crianças um palito de churrasco e uma folha de papel ofício. Oriente para que colem a folha de papel no palito, formando uma bandeira. Distribua cola colorida para que enfeitem a bandeira. Diga que Débora e Baraque foram vencedores. Eles louvam ao Papai do Céu. Depois, use a bandeira para louvar ao Senhor que nos dá a vitória. 
Até Logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para lerem a história bíblica que se encontra em Juízes 5.1-31.  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
*Este subsídio foi extraído de Lições Bíblicas do Maternal Mestre 7/8, Marta Doreto, CPAD. 
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 06 - 4º Trimestre 2019 - Rocha ou Areia? - Juniores.

Lição 6 - Rocha ou Areia? 

4º Trimestre de 2019
Texto Bíblico — Mateus 7.24-27.
Prezado(a) professor(a),
A aula desta semana reforça um ensinamento primordial para a vida cristã de seus alunos. Aprender a viver um estilo de vida compatível com a Palavra de Deus é o maior desafio de um cristão. Não importa a idade, seja idoso, adulto, jovem, adolescente ou criança, todos têm o dever de colocar em prática a Palavra de Deus. 
Na fase que seus alunos estão vivendo, é importante que aprendam a colocar em prática a Palavra de Deus e, para tanto, precisam de pessoas que lhes sirvam de referência. Por esse motivo, é importante que você, professor, tenha em mente que a melhor forma de ensinar não é através de palavras, e sim, pelo exemplo. Seja a referência que seus alunos precisam para crescer espiritualmente. Eles poderão ouvir suas palavras e até mesmo esquecer, mas jamais se esquecerão do seu exemplo como cristão.
A lição desta semana apresenta a obediência à Palavra de Deus ilustrada na figura da casa edificada sobre a rocha e da casa edificada sobre a areia. Jesus, assim como em outras parábolas que contou, ensina desta vez que a mensagem do evangelho deve ser colocada em prática.
Não é preciso ser um construtor ou mestre de obra para compreender a mensagem que Jesus quis ensinar aos seus discípulos. É fácil compreender que uma casa, para que esteja bem edificada, precisa estar bem fortalecida em sua base. As colunas precisam estar bem fincadas no chão e, como é obvio, não pode ser qualquer terreno.
A ilustração de Jesus cita pelo menos dois tipos de solo: o primeiro apresenta um terreno firme, fortalecido por uma rocha. O segundo apresenta o terreno arenoso, sedimentado, fácil de ser removido pela força de uma chuva. Por essa razão, aquele que constrói a casa, precisa investigar se o local onde pretende fundamentá-la é confiável para que não sofra com as intempéries (alteração das condições climáticas).
“A Palestina é uma terra muito árida. Entretanto, durante certas épocas do ano, caem pesadas chuvas que, formando torrentes caudalosas, correm sobre poeirentos uádis (barrancos formados pelas enxurradas), e despencam ao longo de todos os declives e encostas de montanha. É importante, do ponto de vista da história de Jesus, observar que nenhum construtor foi criticado pela sua infeliz escolha do local do edifício. Cada localização parecia segura e, até que as tempestades chegassem, cada casa parecia suficientemente resistente. Na Palestina, assim como na vida, somente a habilidade de sobreviver às tempestades revelará a qualidade de uma construção” (LAWRENCE, Richards O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 153). 
Por esse motivo, o construir a casa precisa atentar para a maneira correta de como construir. Neste caso, a verdadeira fé só estará firmada e preparada para enfrentar as dificuldades que a caminhada cristã nos faz deparar se, de fato, houver obediência aos ensinamentos de nosso Senhor Jesus Cristo, a Rocha mais firme!
Para reforçar o ensino da aula de hoje, ensine aos seus alunos a fazer a construção da casa de maneira correta. Prepare vários cartões em formato retangular e escreva em cada um deles o nome dos elementos necessários para a construção da casa que simboliza a verdadeira fé. Escreva nos cartões as seguintes palavras: cimento, confiança, oração, areia, leitura bíblica, pedra, obediência, terra, rocha, parede, laje, humildade, coluna e outros que achar interessante. Cole fita adesiva atrás dos cartões e prenda-os no quadro. Em seguida, peça aos alunos para identificar quais os elementos necessários para a construção da casa que simboliza a verdadeira fé em Deus.

Lição 06 - 4º Trimestre 2019 - É bom fazer Amigos - Pré Adolescentes.

Lição 6 - É bom fazer Amigos 

4º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Daniel 1.8-20. 
Caro(a) professor(a),
Como é bom desfrutarmos da amizade de pessoas que se tornam verdadeiros amigos nos momentos mais inesperados. Isso acontece ao longo da trajetória cristã. A Palavra de Deus nos ensina que são nos momentos de maior angústia e aflição que conhecemos pessoas que se tornam verdadeiros irmãos. Os laços de união e companheirismo são tão fortes que o escritor de Provérbios chega a classificá-los como laços de irmãos de sangue (cf. Pv 18.24). É natural que demonstremos certa afetividade e empenho para defender aqueles que são do nosso próprio sangue. Entretanto, a Palavra de Deus revela que é na angústia que conhecemos aqueles que de fato se tornam os nossos verdadeiros amigos.
A história da lição de hoje apresenta um exemplo bem conhecido de seus alunos e que revela como o companheirismo em momentos difíceis faz toda a diferença. Daniel e seus amigos foram levados cativos para a Babilônia ainda jovens, e foram obrigados a trabalhar no palácio do rei (cf. Dn 1). Ali, eles tiveram de abrir mão das menores indiferenças para que pudessem sobreviver às adversidades que estavam por vir.
Imagina ser levado cativo para uma terra distante com costumes e uma cultura idólatra, totalmente diferente de tudo que um dia a pessoa conheceu. Certamente não foi fácil para Daniel e seus amigos passarem por todo aquele processo de adaptação. Somente unidos, eles poderiam sobreviver e superar todas as dificuldades. Em Eclesiastes, o pregador anuncia que é melhor serem dois do que um, visto que dessa forma se alcança melhor resultado do trabalho. E, também, é melhor não andar sozinho, porque se um cair o outro levanta, mas ai daquele que estiver sozinho, pois no dia em que tropeçar não haverá ninguém para ajudá-lo a levantar. O mesmo ocorre com aquele que está prestes a enfrentar uma batalha, uma vez que sozinho, como poderá resistir à oposição daqueles que quiserem prevalecer sobre ele (cf. Ec 4.9-12).
“O companheirismo tem muitas vantagens, pois Deus não nos criou para vivermos isolados uns dos outros (Gn 2.18). Todos nós precisamos do amor, da ajuda e do apoio dos amigos, dos familiares e dos irmãos na fé (At 2.42). Mesmo assim, tudo isso é insuficiente sem a comunhão diária com Deus Pai, com o Filho e com o Espírito Santo (1 Co 1.9; 2 Co 13.13; Fp 2.1; 1 Jo 1.3,6,7)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 970).
Esta é uma boa oportunidade para você, professor, realizar juntamente com a turma uma avaliação de como está o nível de companheirismo entre os seus alunos e, porque não dizer, também entre você e sua classe. Converse com eles a respeito da comunicação e pergunte se eles têm dialogado sobre a melhor forma de resolver os problemas que surgem entre eles. Mostre que a postura deles deve ser conciliadora, sempre pensando no bem estar da amizade com os demais. Leia com eles Filipenses 2.1-18 e explique que devemos nutrir em nossos corações o mesmo sentimento que Cristo manteve até o fim. Mesmo quando houver alguma diferença, diga que eles têm a capacidade de resolver o problema entre eles mesmos, porquanto, agora servem a Cristo e sabem qual a atitude certa a tomar.       

Lição 06 - 4º Trimestre 2019 - Estêvão, O Primeiro Mártir - Jovens.

Lição 6 - Estêvão, O Primeiro Mártir 

4º Trimestre de 2019
Introdução
I- Estêvão, um homem de Deus;
II-A manifestação da glória de Deus;
III- O martírio de Estêvão.
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Destacar as qualidades de Estêvão;Analisar o martírio de Estêvão;
Refeltir a respeito da forma nobre e honrada que Estêvão se entregou aos seus algozes e como foi recebido no céu.
Palavras-chave: Poder, cura e salvação.
É maravilhoso ver que, naqueles primeiros dias da Igreja, o número dos discípulos multiplicava apesar da perseguição (At 6.1). Esse termo é usado para designar os crentes somente em Atos dos Apóstolos. Isso tem sido uma realidade até nos dias de hoje, onde o número de cristãos cresce em países em que eles são perseguidos, como é o caso da Índia. Em Jerusalém, também houve perseguição à Igreja, o que os forçou a sair pelas regiões da Judeia e Samaria (At 8). Não se trata de a perseguição ser boa; ninguém quer isso, mas a tranquilidade pode levar a uma acomodação que retarda a expansão da Igreja. 
A Formação do Diaconato
Com o crescimento dos crentes, houve a necessidade de organizar a ajuda social que estavam realizando. Havia a distribuição diária, principalmente das viúvas, pois as Escrituras ordenavam o cuidado dessas pessoas que não tivessem outro meio de sustento e/ou ajuda de familiares. E o número de viúvas naquele tempo era grande, como afirma o Dr. Keener:
[...] como era considerado honroso ser sepultado na terra de Israel, muitos judeus estrangeiros vinham passar os últimos dias ali, depois morriam e deixavam um número desproporcional de viúvas na região. [...] Portanto, o número de viúvas estrangeiras era enorme em Jerusalém, cidade que não contava com a quantidade suficiente de sinagogas estrangeiras (6.9) para que os doadores de caridade suprissem todas as viúvas de forma adequada. Esse problema social urbano de Jerusalém passou a ser um problema também na igreja.1 
Com essa alta demanda, surgiu um problema: os helenistas alegavam que suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Esses helenistas eram os judeus de fala grega da Diáspora2 que se haviam estabelecido em Jerusalém. Os 12 apóstolos decidiram, então, que precisavam de homens específicos para cuidar dessa atribuição, pois eles precisavam concentrar-se mais “na oração e no ministério da palavra” (At 6.4). Acredita-se que o diaconato, que vem do termo diakonein (servir), surgiu desse momento em diante. 
Esses homens escolhidos para servir precisavam ser “varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria” (v. 3). Então, elegeram Estêvão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau. E, após apresentar esses homens aos apóstolos, oraram e impuseram-lhes as mãos. 
Quem Eram os Sete?
Pelos nomes, em grego, acredita-se que todos eram helenistas. Havia, ainda, um prosélito3 cristão. Mas quem eram esses homens? Beers comenta:
O Novo Testamento nos informa que Estêvão foi martirizado. Eusébio, o historiador, nos diz que Filipe e as suas filhas profetisas se estabeleceram, mais tarde, em Hierápolis, na Ásia Menor. Segundo a tradição, Prócoro foi secretário de João, quando ele escreveu o quarto Evangelho. Clemente de Alexandria, um pai da Igreja Primitiva, nos informa que Nicolau, de Antioquia, que se havia convertido ao judaísmo antes de se tornar cristão, tinha muito ciúme de sua bela esposa. Outros Pais da Igreja o identificam como o fundador de uma seita cristã não ortodoxa, chamada nicolaítas. Essa seita cristã não ortodoxa, chamada nicolaítas. Essa seita é mencionada por João (Ap 2.6,15). A tradição nos diz que Pármenas foi, em certa ocasião, bispo de Soli, uma cidade a oeste de Tarso, na Cilícia, e que ele foi martirizado em Filipos durante o governo do imperador Trajano. Diz-se que Pedro consagrou Prócoro como bispo da Nicomédia, uma cidade a leste da atual Istambul, na Turquia, agora chamada Izmir. Doroteu, de Tiro, nos diz que Timão era um dos 70 discípulos, e que posteriormente veio a ser bispo de Bostia, uma cidade a leste de Samaria, onde acabou queimado como mártir. Houve sugestões de que, da mesma maneira como o número 12 representa as 12 tribos de Israel para Lucas, também os números 7 e 70 representam o mundo. A tradição hebraica diz que havia 70 nações no mundo. Lucas está dizendo que, da mesma maneira como os doze apóstolos representam as 12 tribos de Israel, também os sete, de certa maneira, representam o resto do mundo.  
Muitos não mediram esforços para tentar encontrar um significado místico ou simbólico por trás desse número sete. Essa busca exagerada por significados pode levar a conclusões sem sentido. No entanto, podemos perceber que alguns números como 3, 7, 12 e 40 são usados em várias circunstâncias na Bíblia. O número 7, por exemplo, foi usado nos números de dias da criação (Gn 2.2); no número de pares de animais e aves no Dilúvio (Gn 7.1,2); no número de anos que Jacó levou para casar com Raquel (Gn 29.16-30); no número de tranças do cabelo de Sansão (Jz 16.19); no número de vezes que mergulhou Naamã no rio Jordão (2 Rs 5.10-14); no número de pães que Jesus tinha para multiplicar e alimentar uma multidão, bem como no número de cestos que sobraram (Mc 8.6-9) e no número de igrejas que João escreveu as cartas na Ásia (Ap 1.4). 
Estêvão, um Homem Usado por Deus
Deus fez grandes maravilhas e sinais por meio dos apóstolos, mas também através de outros como, por exemplo, Estêvão, um dos servos escolhidos para ajudar as viúvas. Estêvão foi usado por Deus porque ele estava cheio de fé e poder. Diz-se que, certa vez, D. L. Moody (1837–1899) ouviu um pregador dizer que o mundo ainda estava por ver o que Deus poderia fazer com e através de um homem que lhe fosse total e completamente consagrado. Então, Moody disse para si mesmo: “Tentarei ao máximo ser esse homem”. E Deus usou Moody, tornando-o um grande pregador que levou milhares de pessoas a Cristo. Isso foi uma realidade na vida desse diácono Estêvão. 
Estêvão debateu com os judeus da Sinagoga dos Libertos ou dos Libertinos, provavelmente judeus levados cativos a Roma por Pompeu em 63 a.C. cujos filhos, quando libertos, voltaram a Jerusalém e ali fundaram uma sinagoga. Capacitado pelo Espírito Santo, Estêvão mostra uma sabedoria tal que aqueles homens não podiam resistir (At 6.10). 
Cheio do Espírito Santo
Muitas vezes, fazemos distinção de importância entre funções na igreja, mas a verdade é que todos que prestam algum serviço na igreja precisam ser cheios do Espírito Santo. Quando vemos a vida de Estêvão, o diácono, percebemos como essa qualidade, que é exigida a todos nós, fez a diferença em seu ministério. Como analisa Richards:
Você precisa do Espírito Santo para ser motorista a serviço da igreja? Claro que sim. Qualquer atividade, por mais simples que seja, deve ser desempenhado no poder do Espírito caso se proponha a ser um meio pelo qual Deus vai abençoar sua igreja. Um dos ministérios mais significativos que já tive foi quando eu era um jovem cristão, na Marinha, servindo como zelador voluntário em nossa pequena igreja Batista. Que momentos alegres eram aquelas manhãs de sábado, cantando enquanto eu empurrava minha vassoura e arrumava as cadeiras no porão da igreja. [...] O motorista da igreja fazendo grandes sinais e pregando com poder? Pode acreditar. Mais uma vez, que falsa distinção fazemos ao classificar alguns ministérios como “mais importantes” que outros. Tanto o zelador que limpa a igreja quanto o pregador que fala à congregação são servos de Deus. Ambos precisam ser homens bons, cheios do Espírito de Deus. Não fique surpreso se um dia o zelador se tornar o pregador. Sirva a Deus bem nas coisas pequenas. Lembre-se, Ele promove aqueles que já fazem parte do grupo.
Enfim, todos somos chamados a ser cheios do Espírito Santo de Deus (Ef 5.18). As exigências para trabalhar na casa de Deus hoje estão nesse relato de Atos, assim como as do obreiro estão em outras passagens (1 Tm 3.1-13; Tt 1.5-9); e elas não mudam com o tempo, nem com a cultura ou com a igreja. 
Alguém já disse que ser cheio do Espírito Santo não é o quanto eu tenho dEle, mas, sim, o quanto Ele tem de mim. É o quanto permito que Ele tome conta de minha vida. Em Apocalipse 3.20, diz: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.” Essa foi uma mensagem para os crentes da Igreja de Laodiceia. Era uma igreja morna que achava estar abastada, mas parece que o Espírito Santo, aquEle que habita no crente (1 Co 3.16), estava do lado de fora da vida daquelas pessoas. Ele queria entrar e, então, esperava à porta para tomar conta de tudo. Se alguém ouvisse a sua voz e abrisse a porta, Ele entraria e cearia com essa pessoa, e, em seguida, essa pessoa cearia com ele. Parece uma redundância, mas não é. Quando damos permissão para o Espírito Santo em nossas vidas, Ele entra e ceia conosco, mas, depois de ter permissão de entrar e ficar, Ele toma conta, e agora nós é que ceamos com Ele. Ou seja, Ele toma as rédeas de nossa vida. Esse é o grau que o apóstolo Paulo experimentou quando disse: “[...] e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2.20). 
Cheio de Sabedoria
O texto diz que aqueles que discutiam com Estêvão “não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava” (At 6.10). Certamente, essa não era a sabedoria humana, intelectual, adquirida pelo conhecimento, mas a divina, que vem do alto (ver Tg 3.17). 
A formação de um jovem na Faculdade ou Universidade é algo muito bom. Deve-se visar e perseguir esse objetivo com todo o empenho. Paulo era uma pessoa com muito conhecimento, e isso certamente beneficiou seu ministério na terra. Contudo, embora possamos ter todos os níveis de estudo superior — o que é muito proveitoso —, não podemos esquecer que não somos nada sem o Espírito Santo e a sabedoria que vem de Deus. Sobre Estêvão, o escritor apologista e pastor Ciro Sanches Zibordi comenta:
A sabedoria de Estêvão era superior à dos grandes filósofos gregos e à dos sábios judeus, os quais “não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava” (At 6.10). Ao pregar e defender o evangelho nas sinagogas, “Estêvão não dependia de sua própria sabedoria, mas da unção e dos dons do Espírito. Não é de admirar, pois, que todos os argumentos deles caíssem por terra!” (HORTON, 1983, p. 76). 
Cumpriu-se na vida desse diácono-apologista, por antecipação, a profecia de Jesus Cristo alusiva aos dias que antecedem à Segunda Vinda: “eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir, nem contradizer todos quantos se vos opuserem” (Lc 21.15). Deus, portanto, permitiu que Estêvão, como protomártir da Igreja, enfrentasse perseguição e resistência similares às que os salvos hão de experimentar nos últimos dias. 
Nas Escrituras, a palavra “sabedoria”, de modo geral, alude à prudência, inteligência, juízo e bom senso em todas as ações (Lc 2.52; Cl 4.5). No caso da sabedoria do alto ou celestial, trata-se de uma habilidade sobrenatural pela qual se aplica corretamente o conhecimento adquirido (1 Rs 3.16-28; Pv 3.13-15; Mt 21.23-27; 22.15-22). [...]
Há diferença entre a sabedoria terrena e a celestial. A primeira vem por meio de vivência, contato e convivência com os sábios, experiência, contemplação da natureza, etc. A segunda provém do Senhor (Pv 2.6; 2 Co 1.12; 2 Pe 3.15), especialmente por meio de meditação na Palavra de Deus (Sl 119.99,100) e ação direta do Paráclito em nossa vida (1 Co 2.4,5,13).6 
Essa sabedoria está sempre ligada a uma vida de santidade e humildade. Ela é pura, pacífica, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sem fingimento (Tg 3.17), e as Escrituras ainda nos dão o aval de pedi-la a Deus (Tg 1.5). 
Uma Pregação Impactante
Diante das falsas acusações que Estêvão estava recebendo — as que diziam que o Nazareno iria destruir aquele lugar e os costumes da Lei de Moisés —, Estêvão fez uma das pregações mais memoráveis da história. Ele inicia relatando que o Deus da glória havia aparecido a Abrão (mais tarde Abraão) quando este ainda estava na Mesopotâmia, dizendo-lhe para sair da sua terra e de sua parentela. E Deus trouxe-o à terra que o havia prometido. Ele disse ainda que ficariam como peregrinos e que seriam escravizados por 400 anos. De Abraão, nasceu o filho da promessa, Isaque; deste nasceu Jacó e, anos depois, os 12 patriarcas. Estêvão continua discorrendo que José foi vendido por seus irmãos, mas Deus estava com ele, tornando-o governador do Egito. Devido à fome que sobreveio naquela região, Jacó teve que ir para o Egito. O povo ali cresceu e multiplicou, e levantou-se um rei que não conhecia José e que começou a fazer o povo sofrer (At 7.1-19)
Nesse tempo, nasceu Moisés, que foi educado em toda a ciência do Egito e poderoso em palavras e obras. Temendo por seu ato de ter matado um egípcio que maltratava um israelita, Moisés fugiu para o deserto e ali permaneceu 40 anos. O Anjo do Senhor apareceu a ele e disse que ouviu o clamor do povo no Egito e de que ele deveria ir lá para libertá-lo. E assim aconteceu, com prodígios e sinais. E Deus cuidou de seu povo no deserto junto com o Tabernáculo do Testemunho por 40 anos. E o Senhor levantou Josué para tomar posse das nações que o Senhor expulsou da presença deles até os dias de Davi. O filho deste, Salomão, foi quem edificou a morada do Senhor, mas Deus não habita em casa feita por homens, pois o Céu é o seu trono, e a terra é o estrado de seus pés. E Estêvão continua advertindo aqueles ouvintes de que eles eram de dura cerviz, incircuncisos de coração e de ouvidos, sempre resistindo ao Espírito Santo. Estêvão, então, acusou-os de que seus pais haviam perseguido todos os profetas que anunciavam a vinda de Jesus (vv. 20-52). 
Que sermão! Estêvão resgatou a história de Israel demonstrando aos ouvintes o plano de Deus para a nação e como o Senhor levantou homens para realizar tal plano. Realmente, foi uma pregação marcada não só pelo conhecimento dos fatos, mas principalmente pela unção do Espírito Santo que traz autoridade à palavra (Sl 39.3; At 1.8). 
Injustiçado, porém Cheio do Espírito Santo
Mesmo diante de uma pregação em que Deus usava Estêvão, cheio de sabedoria e poder, o texto diz-nos que os judeus ficaram enfurecidos e rilhavam os dentes contra ele. Em vez de arrependerem-se, eles ficaram “cortados em seu coração”, expressão traduzida da frase “enfureciam-se em seu coração” (v. 54). Isso quer dizer que eles ficaram profundamente irados em relação àquelas palavras proferidas pelo pregador. É interessante observar que o espírito do anticristo já se havia manifestado como relatado nas palavras do apóstolo Paulo: 
E com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E, por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira, para que sejam julgados todos os que não creram a verdade; antes, tiveram prazer na iniquidade (2 Ts 2.10-12). 
E, mesmo diante do ódio daqueles homens incrédulos, Estêvão estava cheio do Espírito Santo. Que maravilha! Nada pode impedir um crente fiel ser cheio do Espírito Santo de Deus. Saiba, jovem, que, mesmo quando você for injustiçado, perseguido e zombado, o Espírito Santo deseja que você seja cheio dEle. Mesmo quando você expuser o evangelho a alguma pessoa e ela não o ouvir e ainda o confrontar e debochar de sua crença, lembre-se das palavras de João:
Filhinhos, sois de Deus e já os tendes vencido, porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo. Do mundo são; por isso, falam do mundo, e o mundo os ouve. Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro. 
E Deus vai honrá-lo quando você não se deixar levar pelas forças contrárias, mantendo-se sempre em sua posição. O Espírito Santo estará do seu lado consolando e mostrando a você qual o caminho mais sábio a seguir.
Céus Abertos
Perante aquela situação de contrastes, onde havia os judeus enfurecidos e Estêvão, homem cheio do Espírito Santo, o diácono fitou os céus e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita (v. 55). Ele só queria glorificar ao Senhor através de sua vida e da mensagem pregada.
Quando buscamos o Senhor da glória, a sua Casa enche-se da glória do Senhor (cf. 2 Cr 7.1,2). E, se pregarmos sobre as maravilhas do Senhor do impossível registradas nas Escrituras, o impossível do Senhor acontecerá de repente (cf. At 16.25-34). Estejamos, pois, certos de que o Deus da Palavra tem compromisso com a Palavra de Deus. Estêvão, então, conclui sua pregação sem incomodar-se com a reação hostil dos judeus, que “enfureciam-se em seu coração e rangiam os dentes contra ele” (At 7.54). Isso porque ele, ao olhar para cima já cheio do Espírito Santo, não vê o teto do Templo, mas, sim, “os céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus” (v. 56). Essa é a verdadeira visão da glória de Deus! A única glória que os membros do Sinédrio conheciam era a terrena.8  
Que visão maravilhosa Estêvão teve! Foi tão esplêndida que ele não se conteve e proferiu aquilo que via: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus” (v. 56). É interessante observar que outras passagens bíblicas sempre demonstram Jesus sentado à direita de Deus Pai, como, por exemplo, em Marcos 16.19, Hebreus 1.3; 8.1; 10.12; 12.2 e 1 Pedro 3.22. Porém, nessa passagem, Jesus está em pé. Era como se Ele tivesse ficado de pé para receber com honra a Estêvão, que logo seria martirizado. 
Devemos crer que, mesmo que passemos por aflições, perseguições, afrontas e todo tipo de sofrimento nesta vida, nada disso se poderá comparar com a glória que nos aguarda. Como expressa Paulo: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18). E, mesmo que não tenhamos uma visão sobrenatural como a que Estêvão viu, podemos ter a mesma esperança dos heróis da fé, que creram que algo maravilhoso aguardava-os, como relata o escritor aos Hebreus: 
Pela fé, habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus (Hb 11.9,10). 
A Morte de Estêvão
Quando Estêvão diz que vê os céus abertos, aqueles homens carnais lançam-se contra ele, levam-no fora da cidade e apedrejam-no (v. 58). Que triste fim para um fiel servo do Senhor que apenas queria propagar a mensagem de Cristo. Aqueles homens, porém, não podiam entender aquilo, pois, como disse Jesus: “Tenho-vos dito essas coisas para que vos não escandalizeis. Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus” (Jo 16.1-3). Perceba que Jesus não diz que esses homens não criam, mas, sim, que eles não conheciam. Ou seja, com toda a atividade religiosa que aqueles homens mantinham, Deus ainda era um desconhecido para eles. Contudo, o legado de Estêvão permaneceu, sua missão aqui na terra ficou conhecida por toda a história, e seu recebimento nos céus foi glorioso. 
Falecendo, porém Perdoando
Enquanto Estêvão era apedrejado, ele invocava: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (v. 59). E, ao ajoelhar-se, clamou em alta voz: “Senhor, não lhes imputes este pecado!” (v. 60). E, então, ao proferir essas palavras, adormeceu. Somente alguém cheio do Espírito Santo é capaz de perdoar aqueles que estão martirizando-lhe injustamente. Como diz o doutor em Teologia do Dallas Theological Seminary, professor Darrell L. Bock:
Estêvão, um dos sete (v. 5), estava cheio do Espírito no momento de seu martírio, e ele viu, em uma visão, o Filho do Homem em pé. Estêvão testificou essa visão enquanto morria (7.55,56). Embora Estêvão tenha sido apedrejado por blasfêmia, ele estava cheio do Espírito, foi recebido por Cristo e foi vindicado no céu.
Não é fácil perdoar aqueles que nos ofendem. O líder mundialmente reconhecido Nelson Mandela (1918–2013) não foi tão lembrado por suas conquistas, prêmios ou outras realizações. Ele foi lembrado pela sua capacidade em perdoar. Mandela ficou 27 anos preso e, depois de liberto, buscou a reconciliação com seus algozes, pois ele sabia que a África do Sul poderia unir-se e desenvolver-se somente por meio do perdão e da reconciliação. Nos Estados Unidos, temos o exemplo de Martin Luther King Jr. (1929–1968), pastor e líder do movimento pacífico pelos direitos civis, que afirmou: “Eu decidi ficar com o amor. O ódio é um fardo muito grande para carregar”. 
*Adquira o livro do trimestre. PESCH, Henrique. Poder Cura e Salvação: O Espírito Santo Agindo na Igreja em Atos. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 KEENER, 2017, p. 397.
2 Dispersão do povo judaico pelo mundo especialmente depois da destruição de Jerusalém no ano 70 d.C.  
3 Gentio convertido ao judaísmo.  
4 BEERS, 2013, p. 350. 
5 RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia, 2012, p. 726.  
6 ZIBORDI, Ciro S. Estêvão: o primeiro apologista do evangelho, 2018, pp. 84,85.
7 1 João 4.4-6.  
8 ZIBORDI, 2018, p. 142. 
 BOCK, Darrell L. In: ZUCK, Roy, B. Teologia do Novo Testamento, 2017, pp. 107, 108.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Lição 06 - 4º Trimestre 2019 - Samuel Unge um Novo Rei - Primários.

Lição 6 - Samuel Unge um Novo Rei 

4º Trimestre de 2019
Objetivo: Que os alunos compreendam que Deus conhece nosso coração.
Ponto central: Devemos ter um coração de acordo com o coração de Deus.
Memória em ação: “Mas o Senhor disse: [...] eu vejo o coração” (1 Sm 16.7).
Querido (a) professor (a), como sempre dizemos a sua aula começa e continua fora das salas de ED. Não há lição ou pregação que tenha maior alcance do que aquela verbalizada pelas suas ações. Por isso, antes da aula, ao se preparar, reflita sobre a passagem a ser ensinada fazendo uma aplicação a sua própria vida. 
Como está o meu coração? Será que está totalmente limpo, sem nenhuma mágoa, tristeza, ansiedade, desejo de vingança, angustia, raiva, inveja...? Mesmo já salvos e remidos pelo sangue de Cristo, ainda permanecemos humanos e, portanto sujeitos a emoções carnais. Por isso nossa santificação precisa ser diária. Você ensinará isso para as crianças no próximo domingo. Não o caminho da negação, fingindo só ter bons sentimentos, como se pudesse enganar a Deus. Mas os apontará o caminho da confissão e arrependimento para a remissão. 
E para frisar ainda mais o nosso objetivo, ponto central e texto áureo, sugerimos ao final da aula a confecção com os alunos do tradicional método chamado de “Livro sem Palavras”. Porém, confeccionados em corações. 
Você precisará de cartolina nas cores: preta, vermelha e branca. E papel laminado dourado e verde. Como provavelmente você já sabe, a história é contada com as cores em ordem e pode ser com o recurso da canção, para facilitar a aprendizagem e memorização dos primários.  Ao final todos podem cantar juntos a canção: 
Meu coração era sujo (coração preto), mas Cristo aqui já entrou (coração vermelho); com seu precioso sangue, mais alvo que a neve o tronou (coração branco); e disse em suas palavras que em ruas de ouro andarei (coração amarelo/dourado); ó dia feliz, quando em Cristo a vida eterna ganhei (coração verde de esperança).
Eles mesmos podem confeccionar o seu para levar para suas casas e sempre lembrar que diariamente precisamos convidar Jesus para limpar os nossos corações de toda sujeira. Ore com as crianças tal como o rei que ganhou o título de homem segundo o coração de Deus: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto” (Sl 51.10). 
chaveiro
Deus te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 06 - 4º Trimestre 2019 - As Bodas do Cordeiro - Juvenis.

Lição 6 - As Bodas do Cordeiro 

4º Trimestre de 2019
"E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus” (Ap 19.9).
OBJETIVOS
Conceituar a expressão “Bodas do Cordeiro”;
Expor sobre o que acontecerá na Festa de Bodas;
Mostrar quem são os noivos deste casamento.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. AS BODAS DO CORDEIRO
2. O MOMENTO DAS BODAS
3. OS PARTICIPANTES DAS BODAS
4. A NOIVA DO CORDEIRO
Querido (a) professor (a), abordar escatologia em uma classe de Juvenis pode ser um desafio, mas Deus é contigo para capacitá-lo (a). Evidentemente, a complexidade do tema aliada ao seu público-alvo, numa faixa etária bastante questionadora, poderá requerer de você um tempo de dedicação maior para o estudo e leitura. 
Pensando nisto – além de todo conteúdo pedagógico presente em sua revista –, lhes deixamos abaixo, como subsídio extra, um artigo para esclarecer e aprofundar ainda mais alguns tópicos da lição do próximo domingo.
O texto é de autoria do escritor, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e autor de diversos livros publicados pela CPAD, incluindo o best-seller “Erros que os pregadores devem evitar”, pastor Ciro Sanches Zibordi.
O QUE SÃO AS BODAS DO CORDEIRO?
Logo após o Rapto da Igreja — um evento secreto, exclusivo para os salvos em Cristo, imperceptível para o mundo sem Deus (Jo 14.1-3; Hb 9.28; cf. At 1.11), como já vimos em artigos anteriores, neste blog —, “estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17). E, enquanto o mundo sofre os horrores da Grande Tribulação, ocorrerá, concomitantemente, outro evento exclusivo para os salvos arrebatados: o casamento entre Cristo e a Igreja, também conhecido como as Bodas do Cordeiro. Neste artigo discorrerei sobre algumas características desse glorioso evento reveladas nas Escrituras.
1. A Palavra de Deus não dá muitos detalhes sobre as Bodas do Cordeiro. Elas serão um grande banquete como nunca houve, no qual se cumprirão tipos, parábolas e profecias relacionadas com Cristo e sua Igreja. O melhor dessa festa só será conhecido após o Arrebatamento da Igreja (cf. Rm 8.18; 1 Pe 5.1). O que precisamos saber está escrito de modo direto em Apocalipse 19.7-9: “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus”.
2. As Bodas do Cordeiro são o casamento entre Cristo e a Igreja. A Palavra de Deus afirma que o Senhor Jesus é o Noivo ou Esposo celeste (Ef 5.25-27,32; Mt 9.15; 25.1-10 etc.). E, por isso, o apóstolo Paulo dirigiu-se aos crentes de Corinto com as seguintes palavras: “estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2 Co 11.2). Quanto à Noiva do Cordeiro, a Igreja, estará vestida de linho fino, puro e resplandecente, que representam as justiças dos santos (Ap 3.4,5; cf. 4.4).
3. A Igreja estará preparada para as Bodas do Cordeiro. O texto de Mateus 25.1-13 tem sido aplicado erroneamente a Israel. O conectivo “então” (v. 1) revela que o Senhor Jesus continua falando a respeito do futuro glorioso da Igreja, e não de Israel. Nos versículos anteriores à parábola das virgens vemos que o Mestre começara a falar especificamente sobre a sua iminente Vinda e a importância de estarmos prontos para ela (Mt 24.36-51). Como a Bíblia é análoga, nota-se, à luz de Mateus 25.10 e Apocalipse 19.7, que a Noiva — a Igreja do Senhor arrebatada — já estará pronta, preparada, para as Bodas do Cordeiro. A Noiva, a Igreja, já chegará ao local do banquete ataviada, devidamente trajada com as suas vestes nupciais. E o Noivo, o Senhor Jesus, com grande alegria, a apresentará diante de seu Pai (Mt 10.32; Ap 3.5) e dos seus anjos (Lc 12.8). Participaremos da Ceia prometida pelo próprio Noivo: “E eu vos destino o Reino, como meu Pai mo destinou, para que comais e bebais à minha mesa no meu Reino e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel” (Lc 22.29,30).
4. As Bodas do Cordeiro são mais uma prova de que a Igreja não passará pela Grande Tribulação. Em Apocalipse 19, mencionam-se os exércitos do Céu — claramente, uma alusão à Noiva do Cordeiro — que, triunfantemente, seguem Jesus montados em cavalos brancos, “vestidos de linho fino, branco e puro” (v. 14). Fica claro que a Noiva, na Manifestação do Senhor em poder e grande glória, já terá participado das Bodas do Cordeiro (vv. 6-9), visto que estará vestida plenamente com “os atos de justiça dos santos” (v. 8, NASB). Não há dúvida de que, nesse momento — como o número desses atos já terão sido completados —, o Arrebatamento e o Tribunal de Cristo já terão ocorrido. Como os eventos em Apocalipse 19 a 22 estão em ordem cronológica, fica claro também que as Bodas ocorrerão no Céu antes que Cristo se manifeste em poder e grande glória para derrotar o Anticristo e seu exército (Ap 19.11-21).
5. A Igreja entrará nas Bodas do Cordeiro já galardoada. Quando ela entrar na sala do banquete, estará coroada, galardoada, e será honrada pelo Noivo. Isso foi o que João viu quando contemplou 24 anciãos no Céu — antes de Deus lhe ter revelado o início da Grande Tribulação (cf. Ap 4-6) —, os quais simbolizam a totalidade da Igreja. O número 24, à luz de Apocalipse 21, alude claramente às doze tribos de Israel, representando os salvos dos tempos do Antigo Testamento, e os doze apóstolos do Cordeiro, representantes da Igreja estabelecida pelo Senhor nos tempos neotestamentários (Mt 16.18). Deus mostrou a João como serão a adoração e o louvor a Deus no Céu, logo após o Arrebatamento da Igreja. Observe que os mencionados 24 anciãos (gr. presbuteros) — que não são anjos, pois em nenhum lugar da Bíblia anjos são chamados de “presbíteros” — estão assentados em tronos e têm vestes brancas e coroas na cabeça (Ap 4.4). E note também que o Senhor Jesus mostrou tudo isso a João logo após ter prometido às igrejas da província da Ásia — igrejas reais, mas que também representam a totalidade da Igreja (cf. Ap 2.7,11,17,29; 3.6,13,22) — que os fiéis e vencedores receberiam coroas e vestes brancas, e se assentariam em tronos (Ap 2.10; 3.4,5,21).
6. No fim das Bodas do Cordeiro, os mártires da Grande Tribulação se unirão à Igreja. A Noiva do Cordeiro é formada por todos os remidos, de todas as épocas. Todas as pessoas salvas, inclusive as dos tempos do Antigo Testamento, foram salvas por meio do sangue do Cordeiro (cf. Hb 11; Ap 13.8). Os salvos em Cristo que forem mortos pelo Anticristo por não adorá-lo, os mártires, irão para o Paraíso (Ap 6.9) e, logo após a Manifestação do Senhor em poder e grande glória e a ressurreição mencionada em Apocalipse 20.4-6, integrarão os exércitos do Senhor, que seguirão aquEle que se chama “Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça”, cujos olhos são “como chama de fogo; [...] vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus” (Ap 19.11-13).
7. Como parte das Bodas haverá uma grande e gloriosa Ceia. É um tanto difícil para muitos entenderem o porquê dessa “alimentação” no Céu. Uma vez que estaremos em outra dimensão e já teremos, então, corpos glorificados — não mais sujeitos às leis da natureza (Fp 3.20,21) —, que necessidade haverá de comida e bebida, e como isso se dará? Não me arrisco a especular sobre a gloriosa Ceia das Bodas do Cordeiro. Mas faço minhas as palavras de Paulo: “para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm 8.18, ARA).
Maranata!
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

sábado, 2 de novembro de 2019

Lição 05 - 4º Trimestre 2019 - Um bebê muito forte - Berçário.

Lição 05 - Um bebê muito forte 

4º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Mostrar à criança que o Papai do Céu abençoou o bebê Sansão com força.
É hora do versículo: “O Senhor é a minha força [...]” (Sl 28.7).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história do bebê Sansão. Ele foi um bebê prometido aos seus pais e Deus o abençoou dando-lhe muita força. Toda a força de Sansão tinha um propósito. Sansão também não podia comer ou beber qualquer coisa. O bebê também deve se alimentar bem, comendo frutas, comidinhas e bebendo suco para crescer forte e saudável.
Leve algumas frutas e sucos da fruta para distribuir para os bebês. Antes, verifique com os pais se seus filhos não possuem alergia a nenhum tipo de alimento.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 05 - 4º Trimestre 2019 - Josias lê o Livro de Deus - Jd. Infância.

Lição 05 - Josias lê o Livro de Deus 

4º Trimestre de 2019 
Objetivos: Os alunos deverão compreender que, para ficarem longe do pecado e agradarem sempre a Deus, devem ler a Bíblia diariamente a fim de conhecerem as leis do Senhor. 
É hora do versículo: “Guia-me pelo caminho dos teus mandamentos, pois neles encontro a felicidade” (Sl 119.35).
Nesta lição, as crianças irão compreender que precisam ler a Bíblia diariamente para conhecerem as leis do Senhor e ficarem longe do pecado. Assim, estarão agradando ao Papai do Céu. O jovem rei Josias não conhecia a Palavra de Deus, que estava esquecida, perdida em um canto. Quando Hilquias achou o livro de Deus e o rei Josias ouviu as palavras que estavam escritas nela, o rei soube da vontade de Deus e descobriu que o povo estava fazendo coisas erradas, que deixavam o Papai do Céu triste. O rei Josias se arrependeu de tudo o que tinha feito de errado e todo o povo também. 
Conduza as crianças a um momento de reflexão sobre o que elas fazem e se tais atitudes agradam ao Papai do Céu. 
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você entregue uma folha em branco para cada aluno e peça que desenhe (ou que escreva, quem souber) atitudes que agradam a Deus e atitudes que entristeçam a Deus. Incentive-os a sempre terem atitudes que agradem ao Papai do Céu.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 05 - 4º Trimestre 2019 - A História do Perdão - Juniores.

Lição 5 - A História do Perdão 

4º Trimestre de 2019
Texto Bíblico — Mateus 18.21-35.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos terão a oportunidade de aprender um pouco mais a respeito do perdão. Diga-se de passagem, esta é uma das práticas mais difíceis da vida cristã. Se para os adultos é complexo lidar com esse tipo de situação, quanto mais para os juniores que ainda estão em fase de amadurecimento das capacidades mentais. 
Lidar com o perdão não é apenas uma questão de vontade, mas sim, de necessidade. Jesus, ao ensinar seus discípulos a respeito do perdão não usou de meio termo, mas foi categórico em afirmar que perdoar é uma exigência para que a nossa relação com Deus seja mantida. Se perdoarmos aqueles que nos ofendem ou causaram algum mal, também seremos perdoados por Deus. Se, porém, não perdoarmos aqueles que nos causaram algum dano, o Pai Celestial também não perdoará as nossas ofensas (cf. Mt 6.14,15). Isso significa que o perdão é um fator determinante para a nossa relação com Deus.
“Naquela época, havia sérias consequências para os que não podiam pagar suas dívidas. Um credor podia apoderar-se do devedor e de sua família, forçá-los a trabalhar para ele até que a dívida fosse paga. O devedor também podia ser enviado para a prisão, seus familiares podiam ser vendidos como escravos, para ajudar a pagar o débito. Esperava-se que, enquanto estivesse na prisão, as terras do devedor fossem vendidas ou que seus parentes pagassem a dívida em seu lugar. Caso contrário, o devedor permaneceria na prisão por toda a vida.
Pelo fato de Deus perdoar todos os pecados que cometemos, não devemos negar perdão a nossos semelhantes. À medida que entendemos o completo perdão de Cristo em nossa vida, devemos demonstrar uma atitude de perdão em relação aos outros. Se não fizermos, colocamo-nos acima da lei do amor de Cristo” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 1257).
Aprender a perdoar é um exercício que seus alunos precisam aprender a praticar desde cedo. Há muitos adultos que adquirem acentuada dificuldade em perdoar os outros que lhes fazem algum mal porque na infância não aprenderam a perdoar o próximo. Pelo contrário, muitos foram estimulados a responder as ofensas com a mesma moeda. Esse tipo de comportamento deve ser rejeitado entre os juniores.
Aproveite a ocasião e mostre aos seus alunos que boas maneiras devem ser preservadas. Para tanto, prepare um cartaz com as qualidades do caráter de cristo que devem ser imitadas. Diga o quanto Jesus foi manso, humilde, bondoso e misericordioso, mesmo nos momentos em que teve de sofrer as injustiças e ofensas da parte daqueles que pretendiam matá-lo por inveja. Apesar de sofrer tamanha angústia e traição o nosso Mestre ainda teve de encontrar fôlego para dizer: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem” (cf. Lc 23.34). Diga aos seus alunos que devem olhar para o exemplo de Jesus toda vez que se sentirem injustiçados e perceberem que precisam perdoar alguém.

Lição 05 - 4º Trimestre 2019 - As Consequências das Escolhas - Pré Adolescentes.

Lição 5 - As Consequências das Escolhas 

4º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Romanos 2.6-8.
Caro(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos serão conscientizados a respeito das consequências das escolhas. É preciso fazer escolhas certas para que se tenha um futuro próspero. As escolhas que fazemos podem nos trazer consequências boas ou ruins. O resultado depende da natureza da escolha que cada um faz. Por isso, é tão importante saber escolher de acordo com a vontade de Deus, pois Ele é o maior interessado em nossa felicidade.
E para que não venhamos cometer erros desnecessários ou mesmo agir de forma precipitada o Senhor disponibiliza para nós o seu conselho. Em algumas situações, Deus não mostra explicitamente o que uma pessoa deve fazer, mas usa a vida de alguém que tenha mais experiência ou que já tenha passado pela mesma situação para aconselhar que decisão tomar ou que caminho seguir (cf. Pv 1.1-6). Note que o conselho de alguém não isenta a pessoa da responsabilidade da sua decisão. Lembremo-nos de que cada um deverá prestar contas a Deus de tudo quanto fez durante o tempo em que esteve neste mundo.
A capacidade de fazer escolhas sábias advém de outra qualidade muito importante: a capacidade de “ouvir”. Eis aí uma prática que a maioria das pessoas não valoriza pelo fato de acreditarem piamente que sempre estão com a razão. A Bíblia nos ensina que ouvir é uma qualidade essencial para aqueles que desejam tomar decisões sábias. Em provérbios diz que “quem responde antes de ouvir mostra que é tolo e passa vergonha” (Pv 18.13 – NTLH).
A ansiedade nas decisões tem sido a causa de muitos males, inclusive, se tratando da fase da pré-adolescência, período em que seus alunos estão aprendendo a lidar com as emoções e a refletir antes de agir. Por esse motivo é tão importante aprender ouvir e aprender com os outros. Tiago afirma em sua Carta: “Lembrem disto, meus queridos irmãos: cada um esteja pronto para ouvir, mas demore para falar e ficar com raiva” (cf. Tg 1.19). Ouvir e pensar antes de qualquer resposta é uma qualidade que enriquece o caráter de qualquer pessoa.
“Quando falamos muito e ouvimos pouco, a mensagem que transmitimos aos outros é que pensamos que as nossas ideias são muito mais importantes do que as deles. Tiago nos aconselha sabiamente a invertermos este processo. Coloque um cronômetro mental em suas conversas, e controle o quanto você fala e o quanto você escuta. Quando as pessoas falam com você, elas sentem que seu ponto de vista e suas ideias têm valor?” (Bíblia de estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 1753).
Demorar em falar e muito menos ficar com raiva reflete um comportamento quase impossível de ser alcançado, quanto mais se tratando de um pré-adolescente. Todavia, é seu papel, professor, orientá-los a buscar em Deus a graça necessária para ouvir quando necessário e escolher sabiamente para que possam experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus (Rm 12.1,2).
Aproveite a ocasião e pergunte aos seus alunos se eles têm facilidade de ouvir conselhos. Pergunte também como eles fazem para tomar decisão: pedem opinião aos mais experientes? Procuram saber mais informações a respeito do que precisam escolher? Mostre-lhes que o mais importante, em qualquer ocasião, é que busquem a orientação divina por meio da oração e leitura da Palavra. 

Lição 05 - 4º Trimestre 2019 - O que são Epístolas - Adolescentes.

Lição 5 - O que são Epístolas 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO
AS EPÍSTOLAS DE PAULO
AS EPÍSTOLAS GERAIS
OBJETIVOS
Apresentar o propósito das epístolas;
Despertar nos alunos o interesse em lerem as epístolas;
Conscientizá-los de que as epístolas são úteis para orientá-los;
Caro professor, prezada professora, na aula desta semana você terá a oportunidade de ajudar os alunos a potencializarem a capacidade de ler mais eficazmente as epístolas, ou cartas, do Novo Testamento. Basicamente, esses escritos se dividem em Epístolas Paulinas (escritas pelo apóstolo Paulo) e Epístolas Gerais, ou Universais – “Católicas” (escritas por outros apóstolos ou autores).
No uso geral, o termo epístola remonta uma correspondência escrita, seja particular ou pública. Na aula desta semana é importante o professor, ou a professora, pontuar uma forma competente de lermos as epístolas neotestamentárias. Por isso, após a explicação dos conceitos gerais das epístolas, tanto as paulinas quanto as gerais, sugerimos a seguinte atividade:
• Informe aos alunos que as epístolas do Novo Testamento estão constituídas em parágrafos.
• Explique a eles que um parágrafo é a “divisão de um texto escrito, indicada pela mudança de linha, cuja função é mostrar que as frases aí contidas mantêm maior relação entre si do que com o restante do texto.”
• Mostre a eles que a versão da Bíblia usada na Escola Dominical, NTLH (Nova Tradução na Linguagem de Hoje – Sociedade Bíblica do Brasil / SBB), marca os parágrafos das epístolas com subtítulos, como por exemplo: 
 1 CORÍNTIOS 1.1-9
Saudação
1-2 Eu, Paulo, que fui chamado pela vontade de Deus para ser apóstolo de Cristo Jesus, escrevo, junto com o irmão Sóstenes, esta carta à igreja de Deus que está na cidade de Corinto. Escrevo a todos os que, pela sua união com Cristo Jesus, foram chamados para pertencerem ao povo de Deus. Esta carta é também para aqueles que em todos os lugares adoram o nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso.
3 Que a graça e a paz de Deus, o nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês!
Bênçãos por meio de Cristo
4 Eu sempre agradeço ao meu Deus por causa da graça que ele tem dado a vocês por meio de Cristo Jesus. 
5 Por estarem unidos com Cristo Jesus, vocês foram enriquecidos em tudo, tanto no dom de anunciar o evangelho como no dom da sabedoria espiritual. 
6 A mensagem a respeito de Cristo está tão firme em vocês, 
7 que vocês não têm deixado de receber nenhum dom espiritual enquanto esperam a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo. 
8 Cristo vai conservá-los firmes até o fim para que no dia da volta do nosso Senhor Jesus Cristo vocês não tenham culpa de nada.
9 Deus é fiel e chamou vocês para que vivam em união com o seu Filho Jesus Cristo, o nosso Senhor.
• Ou seja, o bloco dos versículos 1-3 constitui o primeiro parágrafo da epístola de 1 Coríntios; e o dos versículos 4-9, o segundo parágrafo.
• Mostre como que cada parágrafo apresenta uma ideia central que pode ser resumida em uma ou duas sentenças: 1ª Parágrafo: o apóstolo Paulo se identifica ao público leitor e mostra a quem dirige sua epístola, saudando-o (vv.1-3);1  2º Parágrafo: a gratidão do apóstolo a respeito dos coríntios, pois estes vivem da graça de Deus por meio de Cristo e são abençoados por isso.
• Finalize a atividade estimulando que os alunos leiam uma das epístolas do Novo |Testamento considerando essa habilidade de lê-las considerando as divisões dos parágrafos. Sugerimos a carta de 1 Timóteo, pois trata-se de uma epístola dirigida a um jovem.
Desejamos que o estimado professor, ou a estimada professora, ministre uma excelente aula.
Deus abençoe!
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD


1 Note como o subtítulo da NTLH, “SAUDAÇÃO”, contempla a descrição da sentença. 
2 Perceba a mesma coisa em relação ao subtítulo “BÊNÇÃOS POR MEIO DE CRISTO”.

Lição 05 - 4º Trimestre 2019 - A Instituição da Monarquia em Israel - Adultos.

Lição 5 - A Instituição da Monarquia em Israel 

4º Trimestre de 2019

ESBOÇO GERAL
I – POR QUE A MONARQUIA 
II – A ESCOLHA DE SAUL COMO REI
III – O REI QUE O POVO ESCOLHEU 
Um Sentimento de Orgulho Nacional

Osiel Gomes
Uma leitura geral do capítulo 8 de 1 Samuel esclarece alguns porquês que levaram o povo a solicitar a monarquia. Mas vale evidenciar que os críticos acreditam e aludem que tanto esse texto como os capítulos 10 a 12 na verdade tratam de uma narrativa que se segue à implantação da monarquia, e que o que se poderia ter então aqui é uma crítica histórica que se faz a essa instituição.
Podemos dizer que a monarquia terá diversas causas no processo histórico da existência do povo de Deus. Na época dos juízes, o quadro é de total celeuma, anarquia, falta de autoridade (Jz 21.25) e, dentro do próprio sistema dos juízes, já havia em boa parte do povo o desejo por uma liderança centralizada. Isso se comprova porque o povo solicitou que Gideão fosse o líder deles (Jz 8.22,23). 
Alguns biblistas, especialmente aqueles que trabalham com o Antigo Testamento, apontam que havia uma falta de consenso quanto à questão da monarquia, pois alguns dentre os judeus achavam que isso era certo e bom, ter um só líder que pudesse estar à frente do povo de Deus. Através da implantação da monarquia, segundo a visão de alguns, a concentração e a unificação de Israel se dariam de maneira mais fácil, sobretudo com um líder capaz de organizar uma força militar poderosa, uma adoração centralizada, dando proteção a todos. Essa instituição era imprescindível, mas, para outros, não era necessário. Assim pensava Samuel.
Sendo ou não correta a implantação da monarquia, o desejo de um líder com poder centralizado já era grande e o que vai colocar mais lenha na fogueira são algumas causas externas. Uma delas é a velhice de Samuel. Ele, que foi a grande esperança de todos, que conseguiu colocar Israel no eixo da vontade divina, estava se apagando. Muitos temiam surgir uma liderança como fora a de Eli, por isso todos se empenharam em buscar um rei que lhes desse proteção e estabilidade.
Hermeneuticamente não é fácil explicar Deuteronômio 17.14,15, posto que, na opinião de muitos estudiosos, o que se percebe pela sua leitura é uma monarquia antecipada da parte de Deus, a qual seria implantada no seu momento certo. Não há dúvidas de que o Senhor desejava a monarquia, mas nela Deus seria o rei que escolhia um humano para estar à frente do seu povo.
No geral, ocorre que o povo, já tendo o desejo de ter um rei, procurava se aproveitar de qualquer circunstância para que esse projeto viesse a ser consolidado. Assim, diante da velhice de Samuel e da vida corrupta que seus filhos levavam, foi formada uma comissão para ter com esse juiz e solicitar a implantação da monarquia.
No que tange à comitiva que foi falar com Samuel, que o texto diz que eram os anciãos de Israel, na verdade tratava-se de líderes de famílias, tribos, ou os principais da cidade que tinham autoridade. Eles formavam um tipo de assembleia geral. Esse tipo de ajuntamento não era algo novo no momento. Estava presente quando Moisés foi enviado para libertar os israelitas do poder de faraó (Êx 3.16). Por causa da casa de Eli, Samuel reviveu na mente deles o procedimento maléfico dos filhos do sacerdote, de maneira que temeram que toda aquela situação antiga viesse à tona outra vez.
Essa comitiva viu Samuel como um bom juiz, mas não acreditava em seus filhos. Entendia-se que agora havia chegado o momento de acabar de vez com o sistema dos juízes, posto que eles eram sempre falhos, vulneráveis, pecaminosos, não inspiravam confiança, e por isso disseram: “Dá-nos um rei”. 
Nada poderia justificar esse pedido feito pela assembleia geral, primeiro porque estava se esquecendo que os juízes que surgiam vinham por meio de uma aprovação divina e, em segundo lugar, ainda que a monarquia fosse implantada, ela seria dirigida por homens pecaminosos também. 
O âmago do pedido está revelado quando os israelitas dizem que querem um rei como tinham todas as demais nações. Nesse particular, estavam colocando-se no nível daqueles pagãos, que não tinham compromisso com Deus, eram independentes. Samuel não aprovou o pedido, posto que eles queriam ser como as nações pecaminosas.
A questão de querer uma monarquia não era pecado, pois se teria muitas vantagens na concentração de um poder unificado em torno da autoridade de um homem, em tempos de constantes guerras. Porém, a grande questão é que o próprio povo que pede um rei era pecaminoso, só se voltava para Deus em momentos de grandes crises, desespero, e foi nesse momento que solicitaram um rei.
O pedido da assembleia não soou bem aos ouvidos de Samuel, que entendia que se estava rejeitando a teocracia em razão da monarquia. Todavia, nesse particular, foi um pouco flexível, pois entendia que havia perigo nos dois lados: no sistema dos juízes, os homens pecavam e a monarquia seria dirigida também por homens; ele então vai buscar uma orientação divina, o que dará oportunidade para a monarquia. O historiador Flávio Josefo diz que esse pedido incomodou Samuel, o qual passou a noite toda em oração. Orar em momentos de grandes decisões e crises é fundamental para o cristão e, como falou Tiago, a oração do justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16).
Deus respondeu a Samuel dizendo que permitiria o estabelecimento da monarquia. É claro, essa concessão da parte divina não é porque Ele entendesse ser o melhor para Israel, posto que muitos reis irão ser pecadores, infligidores de leis, corruptos, porém, frente ao que vinha acontecendo, no caso dos juízes (Jz 17.6; 21.25), esse novo sistema poderia ser uma nova chance de melhora para a nação.
Podemos dizer que o propósito especial da parte de Deus foi antecipado pelo povo, de maneira que o ideal foi sacrificado, mas isso iria acontecer porque faria parte do processo da formação de Israel, para que todos entendessem que um bom governo, sucesso, paz, não se encontram no homem ou na forma do sistema político, mas somente em Deus.
Novo Comentário da Bíblia, falando desse pedido e da implantação da monarquia, expressa:
Mas a perversidade e a fraqueza dos homens levaram à desobediência, ao fracasso. Só em presença do perigo é que o povo dava ouvidos às mensagens do Senhor. Agora, levado por um sentimento de orgulho nacional, vai pedir um rei. A monarquia, no fim de contas, nos destinos da Providência, tinha por objetivo dar ao povo eleito uma ideia do reinado messiânico. Mas, se tivessem seguido fielmente a Deus, tornava-se dispensável a presença dum rei terreno.1  
Conforme a citação acima, entendemos então o porquê de Deus permitir a monarquia, para imprimir no povo um ideal messiânico, pois é a partir desse momento que se pode entender que o texto de Deuteronômio seria escatológico, apontando para Jesus Cristo, o rei ideal, o qual sairia da casa de Davi. 
Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD.

1 F. Davidson (ed.). Novo Comentário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1997, p. 307.

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