terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Lição 01 - 1º Trimestre 2020 - Adão, o Primeiro Homem - Adultos.

Lição 1 - Adão, o Primeiro Homem 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO GERAL
I – A DOUTRINA BÍBLICA DO HOMEM 
II – A CRIAÇÃO DOS CÉUS E DA TERRA
III – A CRIAÇÃO DE ADÃO, O PRIMEIRO SER HUMANO
IV – A MISSÃO E A TAREFA DO HOMEM 
A DOUTRINA BÍBLICA DO HOMEM
Claudionor de Andrade
Quando comecei a estudar teologia sistemática, não imaginava que essa ciência pudesse ser tão prática e devocional. Em meus 17 anos, considerava-a uma disciplina, cuja finalidade era apenas periférica: ornar-me o intelecto e a oratória. Decorridos todos esses anos, passei a vê-la não como um lustre, mas como um exercício espiritual. Quando biblicamente alicerçada, leva-nos a magnificar o nome de Deus e a exaltá-lo como o Criador e Mantenedor de todas as coisas.
Neste tópico, veremos por que a doutrina do homem constrange-nos a amar a Deus e ao próximo. A fim de a conhecermos com mais propriedade, teremos de defini-la, estabelecer-lhe o lugar no escorço da teologia sistemática, observar-lhe os fundamentos e delinear-lhe os principais objetivos.  
1. Definição. A doutrina bíblica do homem é o ensino sistemático das verdades referentes ao ser humano encontradas nas Escrituras do Antigo e do Novo Testamentos. Essa disciplina tem como objetivo estabelecer o lugar do homem na criação terrena e no Reino dos Céus.        
No âmbito da Teologia Sistemática, a doutrina bíblica do homem é conhecida como antropologia — uma palavra técnica formada por dois vocábulos gregos: antropos, homem e logia, estudo ou discurso racional. 
2. O lugar da antropologia na teologia sistemática. O verdadeiro teólogo jamais colocará o homem acima de Deus, pois conhece experimental e pessoalmente o Criador, e não ignora os limites da criatura. Logo, a genuína antropologia bíblica virá sempre depois da teologia em si: a reflexão acerca do Ser de Deus. 
Na seara do labor teológico, a antropologia tem de ser bíblica e teológica, porquanto o homem foi criado por Deus e pertence a Deus (Ez 18.4). Todavia, a teologia propriamente dita jamais será antropológica. Os que assim a lavram incorrem na blasfêmia tão comum aos poetas gregos e romanos, que, em seus versos, exaltavam a criatura em detrimento do Criador (Rm 1.25).
Se a teologia sistemática tiver, como capítulo inicial, a antropologia e fizer da antropologia o fundamento de suas reflexões, na verdade, não será teologia, apesar de seu escopo e aparência. Teremos aí uma mera e blasfema antropologia filosófica, posto que o seu autor, ao elaborá-la, não tinha como foco o Ser de Deus — a Teontologia. Quando isso ocorre, não surge apenas uma antropologia filosófica, mas uma teologia liberalizante e antibíblica, que, canonizando o homem como a medida de todas as coisas, profana o nome do Deus Único e Verdadeiro. 
Atualmente, alguns esquerdistas católicos, a fim de tornar a Teologia da Libertação mais palatável às Américas Central e do Sul, já começam a dar-lhe um nome que não lembra Marx ou Lênin, mas nem por isso deixa de ser marxista e leninista. Refiro-me à Teologia Ecológica. Condoendo-se das matas e dos bichos, esse arremedo teológico ignora, na prática, os órfãos, as viúvas e os desamparados. 
A verdadeira teologia bíblica não é apenas sistemática; é imperativamente orgânica: tem de começar com Deus, o Ser Supremo por excelência, e há de encerrar-se com a manifestação do Reino, que o Pai Celeste vem preparando-nos desde a mais remota eternidade. Em seu escorço, o homem é apenas um servo; a primazia é toda de Deus em Jesus Cristo.  
3. Fundamentos. O principal fundamento da doutrina bíblica do homem encontra-se, obviamente, na Bíblia Sagrada. Inspirados pelo Espírito Santo, os profetas e apóstolos apresentam, com autoridade e clareza, a real hierarquia dos seres. Em primeiro lugar, Deus, o Criador e Mantenedor de todas as coisas. Logo em seguida, aparecem os santos anjos e o ser humano — as criaturas racionais, cuja missão é amar e servir ao Senhor com todo o entendimento.   
Além da Bíblia Sagrada, temos como fontes auxiliares o nosso Credo, a Declaração de fé da Assembleia de Deus no Brasil e os livros-texto referendados por nossas autoridades eclesiásticas. 
Não nos esqueçamos de que a teologia, para ser válida, tem de ser trabalhada no âmbito da Igreja de Cristo. Quando urdida nas academias, sem a supervisão do Santo Ministério, corre o risco de fazer-se herege e apóstata. A experiência eclesiástica mostra que os apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres, constituídos pelo Espírito Santo, são a garantia da biblicidade e pureza de nossa doutrina (Ef 4.11-14).   
4. Objetivos. A teologia sistemática não é um fim em si mesma; não pode limitar-se ao gabinete pastoral, nem deve ser encerrada nos limites estreitos e ditatoriais da academia. A verdadeira teologia bíblica, quer sistematizada quer por sistematizar-se, há de gerar almas e serviços ao Reino de Deus. Se não o fizer, assemelhar-se-á às múmias que vi no Museu do Cairo. Apesar de encerradas em preciosos sarcófagos, não têm vida; podem ser até admiráveis, como de fato o são, mas nunca lograrão conduzir o pecador, já arrependido, ao Céu.
A antropologia bíblica mostra a sua real utilidade, ao responder às perguntas que boa parte dos seres humanos ainda faz, por ignorar a Palavra de Deus. Daqui a pouco, trataremos dessas indagações. Você e eu, querido leitor, mui provavelmente já as fizemos nalgum período de nossa vida. Hoje, na condição de ministros do Senhor, não podemos agir como a Esfinge descrita por Sófocles (497-405 a.C.). Temos de responder, sempre com base na Bíblia Sagrada, as indagações que nos são encaminhadas todos os dias.
Com sua cabeça de mulher e corpo de leão, a Esfinge afligia os moradores de Tebas, propondo-lhes um enigma complicado e mortífero: “Que animal anda pela manhã sobre quatro patas, a tarde sobre duas e a noite sobre três?”. Segundo a lenda, muita gente foi devorada pelo monstro. O quebra-cabeça só viria a ser elucidado por Édipo, filho de Laio, rei de Tebas, que, desafiado pela esfinge, respondeu-lhe que o ser humano era o animal em questão. Afinal, o homem, quando bebê, engatinha; no ápice da força, caminha ereto; mas, ao envelhecer, apoia-se numa bengala para ir e vir. Ao invés de ser devorado, Édipo forçou o monstro a precipitar-se num abismo. 
Em minha estada no Egito, já nas bordas de Gizé, deparei-me com uma colossal estátua semelhante à de Sófocles. Esta não tinha cabeça de mulher; trazia a carranca do faraó que lhe custeara o fabrico. Suas feições, conquanto mudas, eram cheias de ruindades e indiferenças; o nariz quebrado aumentava-lhe a ferocidade da catadura. Pelo jeito com que os turistas olhavam-na, tive a impressão de que ela repetia a mesma pergunta de sua congênere de Tebas.
A esfinge de Sófocles, ao propor o enigma aos habitantes de Tebas, era teológica ou antropológica? A questão era, sem dúvida alguma, antropológica: descrevia admiravelmente a peregrinação do ser humano na terra dos viventes. Mas, ao formulá-la, não era nem teológica nem antropológica, mas zoológica, pois não via, na criatura humana, a imagem e a semelhança de Deus. Aos seus olhos, o Criador e o homem não passavam de meros animais — o segundo cópia do primeiro; ambos descartáveis e prontos a ser devorados pela incredulidade. Não foi o que Paulo escreveu aos romanos? Atentemos às palavras do apóstolo: 
Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. (Rm 1.20-23, ARA)
A esfinge de Sófocles é o fiel retrato de alguns teólogos que andejam por nossos arraiais. Em seus livros, apostilas e sermões, ao invés de proclamar a mensagem da cruz, arvoram-se como a Esfinge de Tebas. São altivos e soberbos, e propõem os mais loucos enigmas ao povo de Deus. Exibindo um hebraico que não possuem e ostentando um grego que não conhecem, assombram a congregação, alegando que só podem entrar nos arcanos divinos os que conhecem os profetas e os apóstolos no original. Assemelham-se eles aos gnósticos, que, mentindo, ensinavam estar o conhecimento divino limitado a uma elite privilegiada. E, dessa forma, desconstruindo a Palavra de Deus, afastam os santos dos Céus e lançam, no lago de fogo, os que anseiam pela salvação em Jesus Cristo. O Filho de Deus, porém, no auge de seu ministério terreno, enalteceu o Pai por revelar os mistérios da salvação aos simples e pequeninos: “Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos” (Mt 11.25).
O objetivo da antropologia, genuinamente bíblica, não é propor enigmas, mas responder às perguntas que o ser humano, desde a sua expulsão do Éden, não cessa de formular: Quem sou eu? De onde vim? O que represento? Qual a minha missão? E para onde vou? Existe realmente um Ser Supremo a quem devo prestar contas de meus atos? 
Além disso, a antropologia bíblica mostra a dependência do homem em relação a Deus, o Criador e Mantenedor de todas as coisas. Sempre com base nos profetas e apóstolos, ela testifica que o ser humano jamais foi um fim em si mesmo. Fomos criados por Deus e postos neste mundo, para administrá-lo de conformidade com as leis e diretrizes que o Senhor nos deixou em sua Palavra — a Bíblia Sagrada. Fomos criados por Deus e para Deus.   
Quando nos aprofundamos na antropologia Bíblica, conscientizamo-nos de que ela é amorosamente redentora. Seu principal objetivo é conduzir-nos à plena comunhão com o Pai Celeste por intemédio de Jesus Cristo, o Homem Perfeito.  
Finalmente, a verdadeira antropologia bíblica apresenta-se como um instrumento didático, por meio do qual o Espírito Santo consola-nos quanto ao nosso destino eterno. Somos redimidos pelo sangue de Jesus Cristo. E, hoje, já na condição de filhos de Deus, temos acesso ao trono da graça. Agora, querido irmão, somos coerdeiros dos santos do Antigo e do Novo Testamentos. Nessa condição, somos vistos por Deus como santos e justos; apesar de sermos ainda imperfeitos, somos recebidos, por Ele, como seus filhos amados.    
Texto extraído da obra “A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção”, editada pela CPAD. 

sábado, 28 de dezembro de 2019

Lição 13 - 4º Trimestre 2019 - As Dez Moças - Juniores.

Lição 13 - As Dez Moças 

4º Trimestre de 2019
Texto Bíblico – Mateus 25.1-13.
Prezado(a) professor(a),
Estamos na última lição deste trimestre e esperamos que seus alunos tenham aprendido mais sobre as histórias que Jesus contou. As histórias, ou parábolas como são conhecidas, trazem ricos ensinamentos que são de suma importância para o crescimento espiritual de qualquer servo de Deus.
E, para encerrarmos de forma alegre, na lição de hoje vamos estudar a respeito da vigilância. Jesus ensinou aos seus discípulos que era necessário “vigiar”. No contexto deste episódio bíblico, vigiar não se resume apenas a estar alerta em relação a algum acontecimento eminente, e sim estar preparado para o principal evento, pelo qual, a igreja espera: a volta de Cristo.
Há muitas outras histórias que Jesus contou que servem de alerta para a igreja dos dias atuais quanto à vigilância, mas nenhuma delas é tão esclarecedora quanto à história das dez moças. Cada elemento encontrado com detalhes nesta história revela a importância do cuidado com a vida espiritual para que não sejamos surpreendidos com o retorno do nosso Salvador.
De acordo com Lawrence O. Richards em o Comentário Histórico-cultural do Novo Testamento (2007, p. 80):
[...] Um casamento típico tinha amigas da noiva esperando na casa dela. Elas esperavam pelo noivo, que deveria vir buscar a noiva para levá-la à sua casa.
[...] Em nossa parábola, dez jovens mulheres são escolhidas entre as amigas da noiva. Cada uma delas tem uma lâmpada, mas somente cinco trouxeram azeite para enchê-las. Como a luz é símbolo de felicidade, velas e lâmpadas eram equipamento essenciais para a festa de casamento. Normalmente os visitantes de fora da cidade compravam azeite ou velas na cidade onde tinha lugar o casamento, embora alguns trouxessem essas coisas com eles. É provável que as cinco virgens, despreparadas, esperassem conseguir azeite no último minuto, mas adormeceram, e quando acordaram já era tarde demais.
Na ocasião em que seria possível que elas fossem aos que o vendiam e o comprassem para si mesmas (Mt 25.9), a procissão do casamento já teria se deslocado pelas ruas e chegado à casa do noivo. Como era costume, depois que os convidados entravam na casa a porta era trancada. As cinco bateram, mas era tarde demais para que as virgens despreparadas se unissem às festividades.
Assim, também, todos os crentes precisam se precaver quanto ao preparo para a Vinda do Noivo. Dentre as lições que aprendemos com essa história, temos uma que é relevante quanto ao cuidado com a vida espiritual: não devemos deixar para última hora o que precisamos fazer hoje. Há certos cuidados que mantemos com as diversas áreas da nossa vida, porém alguns devem ser considerados como prioridade. E a nossa comunhão com Deus é prioridade.
Aproveite o assunto da aula de hoje e reflita com seus alunos a respeito da importância do devocional diário. Orar e estudar a Palavra de Deus são ações que devem ser repetidas constantemente até que se tornem hábitos. Fato é que assim como o corpo precisa do alimento para se manter saudável, a Palavra de Deus é o alimento que fortalece a alma e mantém o crente vivo espiritualmente. A leitura e a oração são hábitos que devemos praticar com disciplina e perseverança.
Para reforçar o ensinamento da lição de hoje, sugerimos a seguinte atividade:
Confeccione, juntamente com os alunos, cartões em formato de lâmpadas. Cada aluno deverá ter em mãos duas lâmpadas: uma com a chama acesa e a outra apagada. Peça aos alunos para pintarem ou decorarem os cartões. Em seguida, na lâmpada que está com a chama acesa os alunos devem escrever tudo quanto é necessário fazer para que a chama do Espírito Santo se mantenha acesa em nossas vidas e assim estejamos preparados para o retorno de Cristo. Na lâmpada, cuja chama está apagada os alunos deverão escrever tudo quanto ocorre para desanimar o crente a fim de que ele não sinta mais a necessidade de se encher com o Espírito Santo. Ao final, converse com os alunos e peça que expressem o que anotaram.

Lição 13 - 4º Trimestre 2019 - Família, meu Porto Seguro - Pré Adolescentes.

Lição 13 - Família, meu Porto Seguro 

4º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Gênesis 1.27,28.
Caro(a) professor(a),
Estamos terminando mais um trimestre de estudo da Palavra de Deus por intermédio das lições bíblicas Pré-adolescentes. Este é o momento que você, professor, deve refletir como foi a participação de seus alunos durante o trimestre. É, também, o momento que você deve reavaliar o seu trabalho. Você conseguiu alcançar os objetivos esperados? Seus alunos compreenderam o assunto da revista? São essas e outras perguntas que devem ser respondidas.
E para encerrarmos o trimestre de forma alegre e edificante, a lição de hoje trata de um dos temas mais importantes para a vida cristã: a família. Há quem diga que, depois da salvação, a família é o nosso bem maior. Tal afirmativa não deixa de ser verdade, tendo em vista que é a partir do apoio da família que alcançamos grandes objetivos na vida. É com o apoio dos pais que seus alunos estão estudando, tendo o que vestir e o que comer e onde morar. Desse modo, esta é uma ótima oportunidade para que você conscientize seus alunos a respeito do valor da família. 
Embora estejamos vivendo tempos difíceis em que a família tradicional tem sofrido críticas severas por parte daqueles que pensam num modelo de família diferente, o que prevalece para nós são os princípios intrínsecos da Palavra de Deus. Em Gênesis, encontramos o registro claro que diz: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). Neste caso, fica claro que Deus criou o homem e a mulher e os constituiu no jardim do Éden. A ordem expressa de Deus era que eles crescessem e se multiplicassem. Ali, inicia-se a primeira família, a mais antiga instituição fundada por Deus.
A família é o principal ambiente de formação do ser humano. É no seio familiar que aprendemos valores de obediência, respeito e amor ao próximo e, por esse motivo, deve ser tratada com grande estima. Na obra Eu e a Minha Casa: Orientações da Palavra de Deus para a Família do Século XXI (2016, pp. 16,17), Reinaldo Odilo discorre a respeito do crescimento no ambiente familiar:
Nesse grande laboratório divino, o homem conhece a si mesmo. É ali que as aptidões são desenvolvidas. Com o crescimento pessoal, aprende-se a ser forte, bem como a superar os obstáculos da vida. Este processo aconteceu com João Batista (Lc 1.80), com Jesus (Lc 2.39,40), e também acontece com cada indivíduo. Este é o projeto de Deus.
Ainda assim, por vezes, surgem tensões e problemas para o crescimento pessoal acontecer. Alguns são crônicos, pois é na ambiência da tempestade que as árvores fincam mais fortemente suas raízes no solo, para nunca serem arrancadas.
[...] Aprender a olhar o outro e sentir a necessidade dele para poder viver é um dos papéis da família. É nela onde a solidariedade deve nascer para ensinar a todos que tudo no lar deve ser igual para todos e que é preciso, sempre, caminharem juntos.    
Sendo assim, é importante a compreensão de que o ambiente familiar agradável é fundamental para o crescimento saudável de uma pessoa. Um ambiente hostil, certamente resulta em indivíduos mal educados, que nunca querem obedecer às autoridades, indisciplináveis e sem respeito ao próximo.
Este momento é fundamental para que seus alunos reflitam sobre a própria criação. Mostre para eles que é possível aprender a identificar certos comportamentos que não estão em conformidade com a vontade de Deus. Ainda que nossos pais não tenham nos oferecido a melhor educação, isso não é desculpa para deixarmos de aprender a fazer o que é correto. Jesus cristo é o nosso maior exemplo de como devemos nos comportar para agradarmos o coração de Deus.
Ao final, peça aos alunos para escreverem em uma folha como tem sido o relacionamento deles com seus responsáveis e o que eles gostariam que mudasse. Em seguida, peça que todos dobrem o papel e o coloquem em uma urna ou sacola providenciada por você, e ore com seus alunos para que Deus realize o pedido de cada um.    

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Lição 13 - 4º Trimestre 2019 - Um menino e o seu Lanchinho - Berçário.

Lição 13 - Um menino e o seu Lanchinho 

4º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Mostrar às crianças que Jesus nos ama e cuida de nós!
É hora do versículo: “[...] É mais feliz quem dá do que quem recebe” (At 20.35).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre um menino que ajudou a alimentar uma grande multidão com o seu Lanchinho. Ele tinha cinco pãezinhos e dois peixinhos. Jesus multiplicou aquele Lanchinho e toda a multidão pôde se alimentar. Alegrem-se porque Jesus nos ama e cuida de nós!
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem o bebê que está feliz porque está alimentado e risque o bebê que está chorando porque está com fome. 
bebes licao12 bercario
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 13 - 4º Trimestre 2019 - Crianças Louvam a Deus - Maternal.

Lição 13 - Crianças Louvam a Deus

4º Trimestre de 2019
Objetivo da Lição: Incentivar a criança a oferecer a Deus o perfeito louvor. 
Para Guardar no Coração: “[...] Deus ensinou as criancinhas [...] a oferecerem o louvor perfeito.” (Mt 21.16)
Perfil da criança do maternal
“O caráter e a personalidade do ser humano são estruturados na fase que vai de zero a seis anos de idade. A criança do maternal está na metade desta fase. Quão grande é a responsabilidade do professor! Enganam-se os que pensam que as crianças desta idade não entendem muita coisa. Elas podem captar as grandes verdades divinas, e há nelas uma busca verdadeira de Deus. Aliás, conforme estamos tratando nesta lição, são elas que oferecem a Deus o louvor perfeito. A sua compreensão não deve ser subestimada, mas explorada do modo certo.”
Subsídio Professor
“Depois de passarmos treze domingos apresentando aos pequeninos motivos para se louvar a Deus, podemos estar achando que somos os grandes responsáveis pelo louvor que eles oferecem a Jesus, não é? Servos inúteis é o que somos, pois não fizemos mais que a nossa obrigação; somente cumprimos com o que nos foi mandado, e pusemos à disposição do Senhor os talentos que Ele nos confiou, mas que continuam sendo dEle.
Quem ensinou os pequeninos a oferecer ao Pai Celeste o perfeito louvor – quem extrai de seus coraçõezinhos o louvor perfeito – é Ele próprio. Somos tão somente seus instrumentos e, como tal, devemos ser constantemente afinados por seus dedos hábeis e exigentes. E se o desafinamento é grande ou reincidente, as técnicas de afinação empregadas por Ele podem ser drásticas, dolorosas. Contudo, serão sempre atos de amor. Submetamo-nos, pois, e não nos esquivemos; deixemos que o divino Compositor nos aperfeiçoe para o seu uso.”
Oficina de Ideias
1-“Com fita crepe, cole nas paredes folhas de papel-pardo, unidas umas às outras, numa altura que possa ser facilmente alcançada pelas crianças. Distribua tinta guache e pincéis largos, e incentive as crianças a fazer um desenho bem bonito para louvar ao Rei Jesus. Poderão desenhar o que quiser. Recomendamos o uso de aventais para proteger as roupas.”
2-“Faça da hora de brincar um momento de louvor diferente. Cada criança terá a oportunidade de louvar a Deus do modo que desejar: uma frase de agradecimento, uma canção, um versinho, um versículo, uma mímica, etc. Estimule as mais tímidas a participar, sem constrangê-las. Comece com as mais desinibidas, e as outras as seguirão. Provavelmente algumas precisarão do seu auxílio para, por exemplo, recitar um versinho.”
Até Logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para lerem a história bíblica que se encontra em Mateus 21.1-16.  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos! 
*Este subsídio foi adaptado de DORETO, Marta. Lições Bíblicas do Maternal.  Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 13 - 4º Trimestre 2019 - Obedecendo ao Livro de Deus - Jd. Infância.

Lição 13 - Obedecendo ao Livro de Deus 

4º Trimestre de 2019

Objetivos: Os alunos deverão compreender que, na Bíblia, temos as regras que devemos seguir para não sermos abalados pelos problemas deste mundo. 
É hora do versículo: “Quem ouve esses meus ensinamentos e vive de acordo com eles é como um homem sábio [...]” (Mt 7.24).
Nesta lição, as crianças irão aprender, através da história dos dois construtores, que devemos aprender os ensinamentos da Bíblia e praticá-los. Aquele que age de acordo com o que aprendeu na Bíblia, está firme. Mas aquele que não faz o que diz a Palavra de Deus, este terá a sua casa derrubada pelas dificuldades da vida.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você imprima a folha abaixo, entregue uma para cada aluno colorir a casinha, representando aquela que foi construída na rocha.
cabana licao13 jardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 13 - 4º Trimestre 2019 - Davi Trata Mefibosete com Bondade - Primários.

Lição 13 - Davi Trata Mefibosete com Bondade 

4º Trimestre de 2019
Objetivo: Que os alunos entendam que devemos ajudar uns aos outros.
Ponto central: O amor de Deus nos inspira a amar e ajudar o próximo.
Memória em ação: “O amigo ama sempre e na desgraça ele se torna um irmão” (Pv 17.17).
Querido (a) professor (a), o próximo domingo cairá bem próximo ao final do ano. Não apenas em nossos estudos, mais um ciclo se encerra para que um novo se inicie. Cabe uma reflexão, individual e coletiva. 
No âmbito pessoal, ao olharmos para trás podemos dizer que hoje somos melhores do que nós mesmos de janeiro de 2019?! A única comparação válida é esta, superar a si mesmo. Como já dissemos, a meta é ser melhor que a “você” de ontem, sem olhar a “grama do vizinho”, pois cada um tem seu próprio tempo e história.
Quais metas estabelecidas foram atingidas?! Com quais surpresas boas não planejadas o Senhor nos agraciou?! Qual foi a maior dificuldade superada, lição aprendida, alianças iniciadas ou até mesmo rompidas... Como bem disse o sábio Eclesiastes:
Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião.
Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar;
tempo de matar e tempo de curar; tempo de derrubar e tempo de construir.
Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar;
tempo de chorar e tempo de dançar;
tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las;
tempo de abraçar e tempo de afastar.
Há tempo de procurar e tempo de perder;
tempo de economizar e tempo de desperdiçar;
tempo de rasgar e tempo de remendar; tempo de ficar calado e tempo de falar.
Há tempo de amar e tempo de odiar; tempo de guerra e tempo de paz. (Ec 3.1-8 NTLH)
O motivo de muita infelicidade, angustias e até mesmo doenças psicossomáticas em nossos dias está no fato das pessoas não aceitarem que nem só de alegrias se vive a vida e tudo bem. Até porque mesmo as mais árduas adversidades cooperaram juntas para um bem maior da parte de Deus para nós, em prol dos propósitos dEle para as nossas vidas. Por isso é tão válida a reflexão. De repente, na correria da rotina, deixamos passar alguma coisa que precisaríamos absorver, compreender melhor, superar ou mesmo praticar.
Da mesma forma, enquanto Igreja e sociedade, também nos cabe refletir nos pontos em que avançamos ou infelizmente falhamos, retrocedemos, negligenciamos.
Após receber seus Primários e aplicar todo o conteúdo pedagógico presente em sua revista, proponha esta reflexão. Pode ser de uma maneira bem lúdica e divertida, com questionários que existem na Internet para marcar o que fizemos em 2019, mas evidentemente adaptando à realidade e faixa etária de seus alunos. 
Você também pode distribuir um papel com perguntas do tipo: Uma surpresa deste ano? Uma nova amizade? Uma bênção recebida? Uma situação triste superada? 
E após todos responderem, podem se sentar em círculo para compartilhar as experiências com os demais. No final do papel que levarão para casa coloque uma mensagem e versículo de gratidão pelo cuidado de Deus ao longo de todo este ano.
Esta atividade tão simples é repleta de significados e objetivos importantes, pois além de promover um enriquecimento emocional e intelectual, lhe permitirá conhecer mais seus Primários e suas vidas, fortalecendo o vínculo entre vocês e toda a classe.
Um réveillon e 2020 abençoados para você, sua turma e toda sua família! 
Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 13 - 4º Trimestre 2019 - Um Convite para Semear a Palavra de Deus - Adolescentes.

Lição 13 - Um Convite para Semear a Palavra de Deus 

4º Trimestre de 2019

ESBOÇO DA LIÇÃO
O QUE É UMA PARÁBOLA
EXPLICANDO A PARÁBOLA DO SEMEADOR
SEMEANDO A BOA NOTÍCIA DO EVANGELHO
OBJETIVOS
Apontar para a convergência de todas as lições anteriores para esta última lição;
Conscientizá-los da importância de pregar o Evangelho;
Instá-los a darem um bom testemunho pessoal, baseado na Palavra de Deus.
ENSINO CRISTÃO: DECRETO DE DEUS
“Ele parece não fazer algo de Si mesmo que possivelmente possa delegar às Suas criaturas. Ordena-nos que façamos lenta e desajeitadamente o que Ele poderia fazer perfeitamente e num piscar de olhos. [...] Talvez não percebamos o problema em sua inteireza, por assim dizer, de permitir que vontades finitas coexistam com a Onipotência. Parece envolver em cada momento quase que uma espécie de abdicação divina”. 
(C.S.Lews)
Certo cartum retratava um senhor Brown e uma senhorita Smith. Era óbvio que a moça, munida das provas e dos resultados de entrevistas, candidatava-se a um cargo pedagógico. 
“Sinto muitíssimo, mas não podemos aceitá-la. Notamos que você é recém-formada de uma escola de educação, e exigimos um professor com experiência em sala de aula de, no mínimo, cinco anos. Além disso, você só tem grau de bacharel e preferimos alguém com o mestrado”. 
O olho do leitor então passa para o quadro seguinte, onde o senhor Brown, agora irmão Brown e superintendente da Escola Dominical, entrevista a irmã Smith, a qual rebate o pedido que ele lhe fez para ser professora: “Irmão Brown, sou nova-convertida e, na verdade, não sei muita coisa sobre a Bíblia”. 
“Ora, isso não é problema”, responde ele. “A melhor maneira de aprender a Bíblia é ensina-la”. 
“Mas, irmão Brown, eu nunca ensinei aos juniores”, ela objeta.
“Oh, não deixe que isso a coíba, irmã Smith. Tudo o que exigimos é alguém com o coração disposto”, vem a resposta. 
O cenário é mais do que um desenho caricatural; é um comentário de nosso baixo nível de discernimento em relação ao ensino cristão. Se você planeja ensinar que 2 + 2 são 4, precisa de cinco anos de experiência pedagógica. Se espera ensinar as crianças a dizer,  “Eu trouxe”, em vez de, “Eu truce”, provavelmente lhe exijam o mestrado. Mas, para ensinar o currículo da vida cristã, qualquer coisa é boa o bastante para Deus.
Que contraste com o desígnio para o ensino, apresentado no Novo Testamento. Segunda Timóteo 2.2 informa-nos que o ensino não é um ministério da mediocridade, mas da multiplicação. Nenhum ser humano está completamente cônscio do poder residente no ensino. Toda vez que alguém ensina, desencadeia um processo que, idealmente, nunca acaba. 
Duas razões atuam para formar um argumento convincente: a Igreja tem de ensinar. Não se trata de opção, mas de uma característica indispensável; não é difícil de contentar; mas necessário. A denominação evangélica que não educa, deixa de existir como Igreja do Novo Testamento. Para que o Cristianismo seja perpetuado, precisa ser propagado. 
É ordem de Jesus Cristo
Mateus 28.19,20 enfoca a lente zoom do Espírito Santo na Grande Comissão, que são as últimas palavras de Jesus Cristo ditas aos discípulos antes da ascensão dele. Cinco referências da Grande Comissão no Novo Testamento (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.46-48; Jo 20.21-23; At 1.8) indicam que não é algo aleatório, mas essencialmente para estratégia de nosso Senhor. 
O mandato “Fazei discípulos” (ARA) inclui intrinsecamente o ensino. Mas temos de notar que o ensino requerido aqui é o de determinada espécie, isto é, “guardar [obedecer] todas as coisas” que Cristo ordenou. Em outras palavras, Seus ensinamentos foram designados para produzir informação e transformação. Esse tipo de instrução é muito exigente e inacreditavelmente difícil de se realizar.
Lucas 6.40 fornece mais apoio ao objetivo de Jesus no que se refere aos Seus ensinamentos, quando Ele diz: “Mas todo o que for perfeito será com o seu mestre”. A verdade de Deus não foi revelada para satisfazer nossa curiosidade, mas para nos conformar à imagem de Cristo. 
Foi praticada pela Igreja Primitiva  
Não há a menor sombra de dúvida de que o Novo Testamento ordena a Igreja a ensinar. Mas a Igreja primitiva obedeceu mesmo a esse mandamento? 
A Ilustração. Em Atos 2.41-47, temos um retrato da Igreja primitiva, o qual nos informa que eles “perseveravam na doutrina [ensino] dos apóstolos” (2.42). Este era o padrão contínuo; não uma exceção. 
A Implementação. Efésios 4 confirma o compromisso de ensinar. Jesus Cristo, após subir aos céus, deu dons aos homens, a fim de que servissem à Igreja, conforme está escrito: “Uns [...] para pastores e doutores [mestres, professores]” (Ef 4.11). O propósito? “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.12); mais outra prova de que os talentosos são chamados para ministério da multiplicação e não da adição. 
Para o judeu, não havia uma posição mais alta na escada da sociedade do que a de rabino. Por conseguinte, quando a Igreja do primeiro século foi ensinada sobre a doutrina dos dons espirituais, confrontou-se com um problema. As pessoas clamavam pelo “dom de ensino” com todos os privilégios a ele pertencentes. Como resultado, Tiago teve de emitir esta advertência: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres [professores], sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1). Considerando que o professor é compelido a falar e que a língua é o último membro a ser dominado (Tg 3.2), deve-se ter muito cuidado, ao aspirar tal responsabilidade, ponderada e sensata. 
As evidências bíblicas acima devem ser constrangedoras o bastante para atrair o sério e abortar o superficial.
Texto extraído da obra “Manual de Ensino Para o Educador Cristão”. Rio de Janeiro: CPAD.

Lição 13 - 4º Trimestre 2019 - Uma Mensagem de Esperança - Juvenis.

Lição 13 - Uma Mensagem de Esperança 

4º Trimestre de 2019
“Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas.” (Ap 22.14).
OBJETIVOS
Explicar a relação entre Igreja e História;
Mostrar a esperança da Igreja;
Conscientizar sobre a grande expectativa cristã.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A IGREJA E A HISTÓRIA
2. A GRANDE CIDADE CAIU
3. PROCLAMAR ESPERANÇA
4. A GRANDE EXPECTATIVA CRISTÃ
Querido (a) professor (a), o próximo domingo cairá bem próximo ao final do ano. Não apenas em nossos estudos, mais um ciclo se encerra para que um novo se inicie. Cabe propor uma reflexão, individual e coletiva. 
No âmbito pessoal, ao olharmos para trás podemos dizer que hoje somos melhores do que nós mesmos de janeiro de 2019?! A única comparação válida é esta, superar a si mesmo, “sem olhar a grama do vizinho”, já que cada um tem sua própria história. 
Quais metas estabelecidas foram atingidas?! Com quais surpresas boas não planejadas o Senhor nos agraciou?! Qual foi a maior dificuldade superada, lição aprendida, alianças iniciadas ou até mesmo rompidas... Como bem disse o sábio Eclesiastes:
Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião. 
Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar;
tempo de matar e tempo de curar; tempo de derrubar e tempo de construir.
Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar;
tempo de chorar e tempo de dançar;
tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las;
tempo de abraçar e tempo de afastar.
Há tempo de procurar e tempo de perder;
tempo de economizar e tempo de desperdiçar;
tempo de rasgar e tempo de remendar; tempo de ficar calado e tempo de falar.
Há tempo de amar e tempo de odiar; tempo de guerra e tempo de paz. 
(Ec 3.1-8 NTLH)
O motivo de muita infelicidade, angustias e até mesmo doenças psicossomáticas em nossos dias está no fato das pessoas não aceitarem que nem só de alegrias se vive a vida e tudo bem. Até porque mesmo as mais árduas adversidades cooperaram juntas para um bem maior da parte de Deus para nós, em prol dos propósitos dEle para as nossas vidas. Por isso é tão válida a reflexão. De repente, na correria da rotina, deixamos passar alguma coisa que precisaríamos absorver, superar, compreender melhor ou praticar.
Da mesma forma, enquanto Igreja e sociedade, também nos cabe refletir nos pontos em que avançamos ou infelizmente falhamos, retrocedemos, negligenciamos.
Após receber seus Juvenis e aplicar todo o conteúdo pedagógico presente em sua revista, proponha esta reflexão. De repente você pode elaborar um questionário com algumas perguntas como estas, para dar a eles um norte. 
Na faixa etária de seus alunos, seria muito válido pedir uma redação sobre como foi o ano que passou, assim além de meditarem sobre as lições de 2019, eles também já treinam para o vestibular. Isto é, tal atividade promove um enriquecimento emocional e intelectual, além de lhe permitir conhecer mais seus juvenis e suas vidas, fortalecendo seu vínculo com cada um.
Se possível, prepare um lanche e um momento especial de confraternização para o final desta aula. Você pode confeccionar ou comprar lembrancinhas de R$1,99, bombons ou mesmo cartões para promover um amigo oculto simbólico. 
O sorteio pode ser realizado minutos antes da troca de afeto. Frise que o mais importante não é o que vamos ganhar, mas a comunhão entre nós. E que o amigo sorteado estará em nossas orações para que o Senhor Jesus nos dê um 2020 cheio da presença e propósitos dEle.
Um réveillon e 2020 abençoados para você, sua turma e toda sua família! 
Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD 

Lição 13 - 4º Trimestre 2019 - O Evangelho em Éfeso - Jovens.

Lição 13 - O Evangelho em Éfeso 

4º Trimestre de 2019
Introdução
I- A Obra de Deus em Éfeso;
II- Maravilhas e Milagres;
III-Mais uma Perseguição.
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Destacar o trabalho bem-sucedido de Paulo em Éfeso;
Apresentar as maravilhas e milagres realizados pelas mãos de Paulo;
Refletir a respeito das perseguições sofridas por Paulo.
Palavras-chave: Poder, cura e salvação.
Atos 19.1 diz que, tendo Paulo passado pelas regiões mais altas, chegou a Éfeso. Essas eram as regiões mais elevadas da Ásia Menor. O escritor, aqui, refere-se particularmente às províncias da Galácia e da Frígia (At 18.23). Éfeso ficava nas regiões marítimas baixas.
A obra de Deus em Éfeso seria um dos destaques na terceira viagem missionária de Paulo. Ali houve conversões, batismo com o Espírito Santo e milagres. A despeito de também ter tido forte oposição neste local, o apóstolo estabelece residência nesta cidade, e o Senhor Deus abençoa seu ministério “de tal maneira que todos os que habitavam na Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus, tanto judeus como gregos” (At 19.10). 
Recebestes o Espírito Santo?
Quando Paulo chega a Éfeso, ele encontra alguns discípulos, pessoas que já haviam crido em Cristo. No entanto, ele ainda lhes pergunta: “Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes?” (At 19.2). Eles respondem que nem haviam ouvido sobre o Espírito Santo. O apóstolo estava se referindo ao batismo no Espírito Santo como revestimento de poder e capacitação para o serviço da mesma forma como ocorreu no dia de Pentecostes (At 1.8; 2.4). Paulo não se referia à habitação do Espírito Santo, pois todo aquele que crê em Cristo já o recebe desde o primeiro dia da conversão (Rm 8.9). Tendo aceitado, então, a fé desses irmãos como genuína, eles foram batizados em água e, mediante a imposição de mãos, veio sobre eles o Espírito Santo. E falavam em línguas e profetizavam (At 19.6). 
Não sabemos exatamente o que instiga Paulo a fazer a pergunta. Os sermões e conversações em Atos são resumos, e o propósito de Lucas é enfocar o poder do Espírito em vez de apresentar relatos exaustivos. Presumivelmente a pergunta de Paulo a esses discípulos foi precedida por uma conversa mais longa. Em todo caso, a resposta que dão à pergunta de Paulo é negativa. Eles não ouviram falar do derramamento do Espírito no dia de Pentecostes. Os discípulos efésios, sem dúvida, tinham ouvido falar do Espírito Santo, visto que ele é discutido proeminentemente no Antigo Testamento e na pregação de João Batista. O que eles desconhecem é unção específica do Espírito para o ministério subsequente à conversão. Influenciados pela tradição de João Batista, eles tinham ouvido falar de Jesus e creram nele, mas não tinham sido cheios com o Espírito.1 
Jesus não mudou! Ele ainda batiza crentes com o Espírito Santo nos dias de hoje com nada “menos que a experiência pentecostal completa”.2 Jesus não batiza alguém, com evidência de falar em línguas, para este se sentir superior aos outros, mas, sim, para que, por meio desse revestimento, seja edificado e poderosamente usado por Ele.
Alicerce Teológico
A vida cristã deve ser equilibrada. Não se pode apenas desejar a plenitude do Espírito Santo com suas maravilhosas atuações em nossas vidas sem desejar aprofundar-se teologicamente na Palavra. Depois da experiência da plenitude do Espírito Santo com os irmãos de Éfeso, Paulo passa mais de dois anos ensinando-os (vv. 8-10). Paulo criou uma igreja local, independente da sinagoga, que abrigara os crentes durante um ano (18.19).
Esse ensino foi formalizado em moldes de Escola, de Tirano, onde as aulas eram ministradas todos os dias. O objetivo da Escola era preparar os crentes para a obra do Senhor. Sobre essa escola, Keener acrescenta:
Os filósofos de renome e outros mestres não raro palestravam em espaços alugados. A sala aqui talvez pertencesse a uma guilda profissional; contudo, por ter o nome de uma pessoa, é mais provável que se trate de uma “escola” (NVI), em que Tirano é o dono da propriedade ou (hipótese um pouco mais provável) o palestrante mais comum do estabelecimento. “Tirano” (nome comum em Éfeso) pode ser apelido, talvez por se tratar de mestre severo. A vida pública em Éfeso, incluindo as aulas de Filosofia, terminava ao meio-dia; a maioria das pessoas na Antiguidade cochilava durante uma ou duas horas a partir desse horário. As aulas de comunicação avançada poderiam terminar às 11 horas da manhã. Portanto, caso Tirano ministrasse suas aulas de manhã, Paulo usaria o estabelecimento à tarde (talvez realizando trabalho manual pela manhã; cf. 20.34). De todo modo, os residentes de Éfeso veriam Paulo como filósofo ou sofista (orador público profissional). Muitos observadores greco-romanos antigos viam os cristãos como associação ou clube religioso (como outras associações semelhantes da Antiguidade) ou escola filosófica, que havia assumido a forma de uma dessas associações. Para os de fora, um grupo, que ensinava ética, porém, não praticava os sacrifícios e a veneração aos ídolos — característica da maioria dos grupos religiosos —, poderia dar a impressão de ser uma escola filosófica.3  
Não é de admirar a profundidade da carta aos Efésios, haja vista o fundamento teológico que a igreja ganhara durantes esses dois anos. 
Hoje em dia, temos Escola Dominical, cultos de ensino, cursos, seminários e faculdades teológicas que têm por finalidade edificar e capacitar o povo de Deus. Atos 1.2 diz que Jesus “foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera”. O Espírito Santo não se limita a cultos pentecostais, avivados. Não se limita a línguas estranhas, a pular ou sapatear. Muitos se dizem cheios do Espírito Santo, mas não sabem a última vez que foram a uma Escola Bíblica Dominical ou a um culto de Ensino. Dizem ser cheios do Espírito Santo, mas nem cogitam fazer um curso básico em Teologia; não leem um capítulo da Bíblia por semana e ainda criticam aqueles que gostam de estudar Teologia, chamando-os de “frios”, mas graças a Deus que Lucas quis enfatizar que Paulo, também pelo Espírito Santo, esforçou-se na área do ensino com os irmãos, crescendo na “graça e conhecimento” de nosso Senhor (cf. 1 Pe 3.18).  
O Evangelho Alcança toda a Região 
Como a cidade de Éfeso era um centro cosmopolita do qual as notícias seriam disseminadas em pouco tempo, o versículo 10 diz que todos os que habitavam na Ásia ouviram a Palavra. A hipérbole “toda Ásia” era usada com frequência na Antiguidade. Lucas não quis afirmar que cada morador da Ásia ouviu a Palavra, mas, sim, que o evangelho penetrou todas as províncias daquela região, alcançando “tanto judeus como gregos” (At 19.10). A questão é que as notícias do que o Senhor Deus estava realizando em Éfeso foram espalhadas, como podemos depreender das Igrejas de Colossos, Hierápolis e Laodiceia, que foram frutos do trabalho nesta cidade. Praticamente todas as cidades citadas em Apocalipse 2 e 3 encontram-se nesta região, e há fortes indícios de que elas receberam o evangelho neste tempo, fruto dos esforços do apóstolo Paulo em sua terceira viagem missionária. 
A Turquia moderna seria a área que incorpora (essencialmente) a antiga Ásia. Havia muitos judeus em todas as cidades dessa região. Era uma área delimitada pelo Mar Mediterrâneo ao norte, ao sul e a leste. O idioma que prevalecia nessas localidades era o grego. Foi só a partir de século IV da Era Cristã que o termo Ásia Menor começou a ser usado. 
Mesmo não havendo um detalhamento de como houve um extenso ministério na Ásia, ainda assim há alguns versículos que demonstram como o evangelho adentrou essa região. Em Atos 19.26, o ourives Demétrio, da cidade de Éfeso, relata que “em quase toda a Ásia, este Paulo tem persuadido e desencaminhado muita gente” (ARA). Em 1 Coríntios 16.8,9, epístola que Paulo escreveu quando estava em Éfeso, o apóstolo diz: “Ficarei, porém, em Éfeso até ao Pentecostes; porque uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu; e há muitos adversários” (ARA). Cerca de 40 anos mais tarde, Plínio, governador da Bitínia, escreve uma famosa carta ao imperador romano Trajano, na qual se refere ao cristianismo nos seguintes termos: “Esta superstição contagiou não apenas as cidades, mas as aldeias e até as estâncias rurais”.4  Em Colossenses 1.6, Paulo declara que o evangelho chegou “[...] em todo o mundo”, o que significa o Império Romano da época. Essas passagens indicam como o cristianismo espalhou-se rápida e eficazmente por todas aquelas regiões. 
Hoje, podemos crer que Deus pode realizar algo tremendo em nossas casas, igrejas e cidades, que terão um impacto em outras regiões para a glória de Deus (Sl 105.1). Precisamos depender do poder do alto, como fazia a Igreja Primitiva. 
A conscientização de que nada poderá conter uma igreja ou indivíduos capacitados pelo Espírito Santo deve ser a mola propulsora. E mais que isso, esse evento [Pentecostes] deve nos lembrar de que uma comunidade foi criada, como descrita em Atos 2.42-47, que estava centrada na dependência do Espírito Santo para testemunhar, em palavra, atos e poder. Era uma demonstração real de que o Reino de Deus estava entre eles.5 
Assim como Deus fez por meio da Assembleia de Deus no Brasil, que, a partir de um início humilde, porém pela ação do Espírito Santo de Deus, foi disseminada por todo o território nacional, cremos que Ele também deseja fazer isso em nós e através de nós. A Bíblia diz pelo profeta Jeremias: “Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes” (Jr 33.3). E foi o próprio Jesus quem nos deu a ordem de ir por todas as nações e fazer discípulos (Mt 28.19,20).
Pessoas Curadas e Libertas
Deus fazia milagres extraordinários pelas mãos de Paulo. Essas maravilhas foram realizadas por Deus para combater a influência da magia e espiritismo em Éfeso. Por essa razão, Paulo inclui no credenciamento de seu apostolado em 2 Coríntios 12.12 “sinais, prodígios e maravilhas”. Embora não se possa fazer uma doutrina em cima dos objetos que usaram de Paulo, o fato é que as pessoas viram que Paulo não era apenas mais um mágico do qual elas estavam acostumadas. Ao colocarem a sua fé em Jesus, Ele concedia a sua misericórdia, e eles obtinham o favor do Senhor. Não era nada de magia, como se depreende dos versículos seguintes. Como explica o Dr. Boor:
Em Éfeso sucedem “manifestações de poder pouco comuns”. Assim como no passado Pedro (At 5.15) simplesmente não conseguia mais corresponder ao afluxo de pessoas, assim também se tornou impossível para Paulo ir pessoalmente até todos os enfermos. E como na situação de Pedro as pessoas deitavam os enfermos de tal maneira que, ao passar, a sombra do apóstolo caísse sobre eles, assim no caso de Paulo “levavam aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal”, obtendo resultado de que “as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam”. Será que estamos admirados de que Paulo não combatia essas “práticas supersticiosas”? Pensamos que Lucas no mínimo deveria ter dito uma palavra de crítica a esse respeito? Acaso acompanhamos intérpretes modernos que consideram tudo isso invenção de uma época posterior, ávida de milagres, que não era mais capaz de distinguir claramente entre fé e superstição? Contudo, não somos peritos dos corações, capazes de reconhecer onde até mesmo nessas práticas há uma fé genuína em busca do auxílio de Deus. O Senhor Jesus não acusou aquela mulher com hemorragia, que tão somente desejava tocar a orla do manto de Jesus, de “supersticiosa”, mas lhe assegurou: “Tua fé te salvou” (Mc 5.34). Lucas informa fatos sem se importar com nossa crítica teológica. Deus se agradou em responder à ansiosa busca por auxílio e libertação em Éfeso com curas e livramentos reais. Desse modo abriu o caminho para a proclamação de Paulo. As pessoas davam ouvidos à mensagem sobre Jesus, que se revelava de forma tão poderosa em seu mensageiro. No entanto, nessas curas pelos lenços e aventais de Paulo prevalece a verdade: “Manifestações do poder de Deus, pelas mãos de Paulo”. Foi justamente aqui em Éfeso que aconteceu a ruptura com todo o sistema de feitiçaria. Os efésios, portanto, haviam compreendido que na pessoa de Paulo não se acrescentava um novo mágico às muitas feitiçarias antigas, a que estavam acostumados em Éfeso, mas que em Paulo estava atuando um Salvador vivo, que não deixava de recompensar a confiança em sua misericórdia e ajuda, ainda que agora somente pudesse obter de seu servo Paulo o lenço e o avental de trabalho. Já no trecho seguinte Lucas nos mostrará como isso não tem nada a ver com “magia”.6

O que se tem é fé em Jesus e fervor e solidez na Palavra; logo, os milagres acontecem. Precisamos buscar ao Senhor e sua Palavra e darmos continuidade em curar e libertar as pessoas oprimidas em nome de Jesus. Ele mesmo disse: “E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão” (Mc 16.17,18).  
Fake obreiros
Na época do Fake News (Notícias falsas) em que vivemos, podemos ver que já havia os “falsos obreiros” no tempo de Paulo. Alguns judeus quiseram expulsar os demônios de um homem, achando que seria suficiente apenas usando uma fórmula. Eles não conheciam Jesus pessoalmente, mas precisavam deste Jesus, que Paulo usa, para realizar os milagres. O demônio responde que conhecia Jesus e sabia quem era Paulo, mas não eles. Aqueles judeus ficaram calados e, por consequência, levaram uma bela surra ficando desnudos e feridos (vv. 13-16).
Era comum, especialmente entre os judeus, que as pessoas expulsassem espíritos malignos. Se resistirmos ao Diabo por fé em Cristo, ele fugirá de nós; porém, se pensarmos em resistir-lhe mesmo usando o nome de Cristo, ou suas obras, mas como conjuro ou encantamento, Satanás nos vencerá.7  
Infelizmente, muitos acham que podem sair por aí realizando “milagres” sem nem ao menos conhecer ao Senhor Jesus. Já havia acontecido algo semelhante com Pedro e João, quando Simão, o mágico, quis comprar o que os apóstolos possuíam, pelo fato de que eles impunham as mãos e as pessoas recebiam o Espírito Santo (At 8.9-24). Mas, quando nos tornamos verdadeiramente crentes em Jesus e entregamos nosso coração e vida realizando sua obra com sinceridade, não precisamos ficar calados se uma pergunta dessa como em Atos 19.15 (“mas vós, quem sois?”) surgir. Poderemos, então, dizer: “Sou um salvo por Jesus Cristo, meu Senhor!” e, com ousadia, expulsar os demônios de uma pessoa (Mt 10.7,8).  
Limpeza Geral
É interessante observar que o julgamento que caiu sobre os falsos obreiros causou um forte temor sobre todos e que o nome de Jesus Cristo foi engrandecido. Isso levou a uma limpeza geral, motivada pelo genuíno arrependimento que as pessoas tiveram pelas práticas que realizavam. O arrependimento levou-os a confessar suas más obras e, literalmente, queimar os livros de magia (vv. 17-20).
Muitos querem o poder e a glória de Deus, mas esquecem-se de que a verdadeira glória acontece quando há arrependimento, quando altares são purificados e quando pecados são abandonados. Somos templo do Espírito Santo (1 Co 6.19,20), e foi Ele quem nos escolheu para si (2 Cr 7.12). Quando nos humilhamos diante dEle e convertemo-nos dos maus caminhos, Ele ouve nossa humilhação e sara nossa terra. Quando nos entregamos assim, o fogo desce e purifica-nos, e a glória de Deus é manifestada. Que tudo aquilo que não agrada ao Senhor possa ser tirado de nossas vidas para que, assim como foi em Éfeso, a Palavra de Deus prevaleça e milagres aconteçam (At 19.20). 
Josué, o líder sucessor de Moisés, estava diante do Rio Jordão com o grande desafio de atravessá-lo para conquistar a Terra Prometida. Inspirado pelo Espírito de Deus, Josué ordena ao povo: “Santificai-vos, porque amanhã fará o SENHOR maravilhas no meio de vós” (Js 3.5). O povo tinha apenas um dia para essa santificação. Não sabemos qual foi o método usado pelo povo para santificar-se. Talvez pedindo perdão pelos pecados; talvez fazendo jejuns; talvez se arrependendo dos seus pecados e confessando-os ao Senhor; ou talvez reconhecendo diante de Deus a sua fragilidade como povo para atravessar o Rio Jordão; seja como for, Israel carecia de uma atuação miraculosa da parte do Senhor. O fato é que Josué convoca o povo para uma santificação. A santificação é para já! Em Efésios 1.4, Paulo diz que não fomos chamados para uma vida medíocre, mas para uma vida de santidade; uma vida irrepreensível.
O Caminho Causa Alvoroço 
Charles Haddon Spurgeon (1834–1892), considerado o príncipe dos pregadores, disse: “Os sermões mais eficazes são aqueles que fazem os opositores do Evangelho morderem os lábios e rangerem os dentes”. E foi isso que aconteceu em Éfeso, pois Lucas relata que houve um grande alvoroço por causa do Caminho, ou seja, por causa dos cristãos que se entregavam ao Caminho, que é Cristo (Jo 14.6). Isso se deu em razão de a pregação de Paulo confrontar o estilo pecaminoso daquelas pessoas e apontar o caminho para o único Deus verdadeiro, que não é feito por mãos de homens (At 19.26). 
A boa pregação não é aquela que causa apenas alegria nos ouvintes, mas também a que os deixam desconfortáveis quanto a si mesmos. A Igreja precisa sempre se conscientizar de sua missão de não se conformar com este mundo (Rm 12.2), nem de tornar-se “amiguinha” da sociedade, em detrimento de seus princípios e mensagem. Embora tenhamos que viver pacificamente com todos (Hb 12.14) e também promover o bem-social (Gl 6.9), o verdadeiro evangelho irá causar algum tipo de alvoroço, pois ele veio para transformar vidas. Jesus mesmo disse que veio para trazer espada (Mt 10.34). Isso porque o evangelho exige uma tomada de decisão e mudança na vida das pessoas, e essa mudança causa reações de todo tipo. O Senhor Jesus Cristo foi claro quando disse que aquele que não o coloca acima de tudo em sua vida não pode ser seu discípulo (Lc 14.26-27). 
A Diana dos Efésios 
A deusa grega Ártemis era conhecida como Diana entre os romanos. Ela assumia as características de uma deusa da fertilidade, assimilando-se, assim, à deusa Cibele. O templo para Diana, que ficava em Éfeso, foi considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo. Ele era apoiado por 127 pilares, cada um com 20 metros de altura, sendo adornado com grandes esculturas. Foi completamente perdido na história até 1869, quando foi novamente descoberto, e seu altar principal foi desenterrado em 1965. 
O Templo de Ártemis era também um grande tesouro e banco do mundo antigo, onde mercadores, reis e até cidades faziam depósitos e onde seu dinheiro podia ser mantido sob a proteção da divindade. O templo de Diana em Éfeso era, de fato, famoso em todo o mundo. A venda de ídolos ali deve ter sido um comércio substancial. Sobre a cidade de Éfeso, o pastor Elienai Cabral acrescenta:
Devido à sua posição geográfica, Éfeso era ponto estratégico, no sentido religioso e territorial. Religiosamente, era uma cidade pagã, e destacava-se nela a imagem do templo de Ártemis, deusa também conhecida como “a grande Diana dos efésios”. A vida cotidiana do povo era grandemente influenciada pela adoração desse ídolo. A indústria e o comércio, e mesmo o lazer popular, encontravam em Ártemis sua grande inspiração. Geograficamente, Éfeso tornou-se ponto estratégico também para o trabalho missionário de Paulo na Ásia. Hoje, restam apenas ruínas daquela que chegou a ser uma grande metrópole e capital de província. Ruínas que ficaram como mostruário, por exemplo, da Via Arcadiana, toda pavimen¬tada de mármore e com quinhentos metros de extensão; do teatro romano para 25 mil lugares; de um estádio para jogos; e do templo de Ártemis, entre outros.8 
O Evangelho Derribando Ídolos
A conversão de muitos em Éfeso estava causando perdas ao comércio das estátuas da deusa Diana. Demétrio, um ourives, levanta uma perseguição contra Paulo e outros cristãos (vv. 23-29). O povo daquela região era fascinado pela deusa Diana e seus “poderes”. Nesse episódio, o povo gritou por quase duas horas: “Grande é a Diana dos efésios!” (v. 34). 
Ainda hoje, há muita gente fascinada pelos deuses da pós-modernidade. Em Éfeso, o evangelho derribou os ídolos e reverteu essa situação, pois os livros de bruxaria foram queimados, e a adoração no templo foi seriamente ameaçada (v. 19). Como diz o comentarista bíblico Lawrence O. Richards (1931–2016): “O evangelho, e somente o evangelho, pode desacreditar o mal e reverter as tendências vistas atualmente na nossa sociedade”.  Na epístola aos Colossenses, o mesmo Paulo afirma que Deus “nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor” (Cl 1.13). O evangelho é poder de Deus (Rm 1.16) e derruba quaisquer ídolos. A Bíblia descreve os ídolos dos homens como de “prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não veem; têm ouvidos, mas não ouvem; nariz têm, mas não cheiram. Têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta” (Sl 115.4-7). Preguemos o evangelho no poder do Espírito Santo! Se assim fizermos, os ídolos cairão, as pessoas entregarão suas vidas a Cristo, e milagres acontecerão. 
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens


1 ARRINGTON, 2015, p. 739.
2 MENZIES, 2016, p. 83.  
3 KEENER, 2017, p. 457.  
4 BETTENSON, H. Documentos da Igreja Cristã, 1998, p. 28. 
5 PESCH, Henrique. Pós-modernidade e o jovem pentecostal da Assembleia de Deus – influências e caminhos, 2017. 
6 BOOR, 2002, pp. 276,277.
7 HENRY, 2002, p. 910.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 13 - 4º Trimestre 2019 - A Velhice de Davi - Adultos.

Lição 13 - A Velhice de Davi 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – UMA VISÃO GERAL SOBRE A VELHICE
II – PROBLEMAS NA VELHICE DE DAVI
III – AS PALAVRAS FINAIS DE DAVI EM SUA VELHICE 
CONCEPÇÕES ANTIGAS E ATUAIS
Osiel Gomes
Há que se dizer, sem rodeio, que o envelhecimento é um processo natural no seu aspecto biológico, na vida de todo ser humano, mas é imperioso destacar que nesse sentido acompanha também o peso cultural e social. Assim, é preciso atentar para o envelhecimento biológico e como cada sociedade trata a questão, se com amor ou com desprezo.
Toda sociedade tem uma forma, no seu aspecto social, dependendo da valorização humana, uma forma de olhar e tratar a pessoa da terceira idade, isso vai depender de como os mais velhos são inseridos no convívio social, como é que as leis daquele país atentam para tal questão e qual é definitivamente o papel que lhe é atribuído. 
Que a velhice é um processo biológico natural não se tem dúvidas, pois toda pessoa está sujeita ao nascimento, crescimento e morte, mas esse processo se vive em um contexto social. Por isso, pode-se falar em construção histórica da velhice.
Historicamente, sabe-se que na China e no Japão, os velhos, além de serem símbolos de sabedoria, são tratados com muito respeito, carinho e atenção, pois se valorizam os anos acumulados, o que é considerado símbolo de sabedoria, experiência, vivência. Os filhos jovens se orgulham dos idosos ou mais velhos por entenderem que eles são a causa de sua existência, como também de sua sobrevivência, pois fizeram de tudo para lhes dar uma vida digna. Os japoneses, por exemplo, não tomam qualquer decisão sem antes consultar uma pessoa de idade avançada, o que prova que eles valorizam a experiência dos mais velhos.
Apelando para tempos mais remotos, citamos o filósofo Confúcio (551-479 a.C.), que dizia que era dever da família respeitar, valorizar e consultar os mais velhos. Como sinal de respeito e consideração, os japoneses comemoram o Dia do Idoso (Keiro no hi). Nesse dia, homenagens são feitas e se pede mais longevidade para eles, inclusive que se agradem pelos trabalhos que prestam à sociedade. Enquanto no Brasil é deselegante perguntar a idade de uma mulher, na China e no Japão, a mulher idosa responde com muito orgulho ao dizer a idade que tem.
Alan Pallister escreve tratando como as sociedades têm mudado em relação ao tratamento para com os mais velhos; por exemplo, em Portugal as mudanças têm sido rápidas, alterando radicalmente a forma do tratamento que se dá aos idosos. Muitos filhos, por causa da vida pós-moderna, optam por colocar os pais em uma casa de terceira idade, alegando que as muitas atividades não permitem que estejam ao seu lado. 
O que se percebe com isso é certo desprezo e ingratidão, pois o filho deve entender o quanto o pai e a mãe fizeram para que ele pudesse crescer e se desenvolver na vida. Desse modo, qualquer esforço de sua parte valeria a pena para compensar tudo que eles fizeram.
Filhos, netos, sobrinhos, todos devem se empenhar para tratar com amor os mais idosos, e isso não pode ser alterado simplesmente por causa de uma imposição de contexto, atual, pois gratidão cabe em qualquer lugar. Por mais que se alegue que uma casa de terceira idade com acompanhamento de assistente social, médico, etc. seja bom, não negamos, mas tudo isso ainda não substitui o amor e o carinho que um filho, um neto pode dedicar aos pais ou avós na velhice.
Mais que um espaço físico, os velhos querem ser amados, cuidados, respeitados, e receber um mínimo de gratidão por tudo o que fizeram. Por não ter a presença de um filho, de sua amizade, de carinho, muitos idosos sofrem depressão, tristeza profunda, pois sentem-se desprezados por aqueles que colocaram no mundo.
Nos dias atuais, nota-se que a Inglaterra e os Estados Unidos entenderam que os mais velhos precisam do seu espaço no seio familiar; por isso, têm dado apoio social para que tenham em suas casas suporte, incluindo atendimento médico e refeições em domicílio. Em Portugal existem os “Centros de Dia”, onde os mais velhos podem conviver com outros sem qualquer obrigação, mas por prazer e vontade própria.
É importante ressaltar que, ainda que na atualidade alguns tratem as pessoas da terceira idade com menosprezo, muitas mudanças estão acontecendo e para melhor, para que as crianças e a juventude valorizem os mais velhos. É desde cedo envolverem-se com eles para que possam valorizá-los como pessoas, como gente, desmistificando os falsos conceitos sobre a velhice de que são pessoas desinteressantes e difíceis de conviver.
Texto extraído da obra “O Governo Divino em Mãos Humanas”, editada pela CPAD. 
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