quarta-feira, 25 de março de 2020

Lição 13 - 1º Trimestre 2020 - A Família do Pastor Timóteo - Jd. Infância.

Lição 13 - A Família do Pastor Timóteo 

1º Trimestre de 2020
Objetivos: Os alunos deverão entender que mesmo sendo criança, é importante que conheça Jesus; e ter mais vontade de aprender as histórias da Bíblia. 
É hora do versículo: “Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da Cida não se desviará dele” (Pv 22.6)
Nesta lição as crianças conhecerão a história do menino Timóteo. Ele vivia com sua mamãe e a sua vovó que lhe ensinaram sobre Jesus e o Papai do Céu. Ele era um menino muito obediente. Quando cresceu, Timóteo se tornou um grande pastor. Timóteo era muito feliz e agradecido pela família que ele tinha. Mesmo sendo criança, é importante que seus alunos conheçam Jesus; e tenham mais vontade de aprender as histórias da Bíblia. 
“Os livros de imagens são extremamente efetivos com as crianças pequenas o que nos leva a querer utilizá-los mais frequentemente na educação cristã. Os livros para leitura em grupo devem ter gravuras em tamanho e definição suficiente para que todos as vejam, com bom equilíbrio entre texto e gravuras de forma que os dois caminhem juntos na compreensão da história. Textos extensos não são aconselháveis, pois as crianças querem mover as páginas rapidamente. Na fase inicial do jardim apreciam nomear as figuras a cada página e também os livros "surpresa", nos quais tentam adivinhar o que virá na próxima página. As crianças um pouco mais velhas gostam dos livros com mais enredo. Existem três tipos de livros de imagens: 1) histórias com enredo e ação 2) as que exploram uma ideia ou estado de espírito e 3) histórias interativas ou no estilo de jogo. Os três tipos podem ser utilizados em qualquer momento de leitura, exceto com as crianças menores, quando o primeiro exemplo deve predominar.
Inicialmente, a atividade com os livros de imagens pode ter quinze a vinte minutos de duração. Conforme o grupo for se acostumando, o tempo de duração da atividade pode ser estendido. O professor deve organizar um programa de histórias, mantendo umas duas histórias como alternativas para alguma possível mudança de planos. Se uma história mais longa começar a se arrastar", o professor deve resumi-la e encerrá-la rapidamente, lendo um outro livro ou substituindo a atividade por outra. A partir dos cinco anos, pode-se apresentar histórias sem gravuras, já que estas crianças apreciarão ouvi-las, formando suas próprias imagens mentais para ilustrá-las. Os livros mais extensos devem ser utilizados no principio da aula.”  
Como ensinar crianças do Jardim de Infância: Compreendendo e educando crianças de 4 e 5 anos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003,  p.69)
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 13 - 1º Trimestre 2020 - Nós Somos Amigos de Jesus - Juniores.

Lição 13 - Nós Somos Amigos de Jesus 

1º Trimestre de 2020
Texto Bíblico – João 15.1-17.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão que é possível se tornar um amigo de Jesus. Quando nos tornamos amigos de uma pessoa é comum delimitarmos alguns critérios. Ser amigo de alguém exige conhecimento da pessoa que se quer como amigo e também que se permita ser conhecido por ela. Com relação a Deus, não precisamos esconder quem somos, pois nossas qualidades e defeitos estão bem transparentes diante de Deus. Por outro lado, há muito que conhecer de Cristo. O profeta Oseias menciona que devemos conhecer e prosseguir em conhecer o Senhor (cf. Os 6.3).
Jesus deixou bem claro que a relação de amizade que Ele decidiu manter com seus discípulos não se tratava de uma relação profissional, e sim de uma amizade mútua. Ele ilustra a amizade com seus discípulos por meio de uma videira. Todas as pessoas que estão ligadas a Ele são consideradas varas frutíferas porque que são limpas para dar mais fruto. De outro modo, as infrutíferas são recolhidas para serem lançadas ao fogo.
O comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1602) discorre a respeito:
Jesus fala de duas categorias de varas: infrutíferas e frutíferas. (1) As varas que cessam de dar fruto são as que já não têm em si a vida que provém da fé perseverante em Cristo e do amor a Ele. A essas varas o Pai tira, isto é, Ele as separa da união vital com Cristo (cf. Mt 3.10). Quando cessam de permanecer em Cristo, Deus passa a julgá-las e a rejeitá-las (v. 6).  (2) As varas que dão fruto são as que têm vida em si por causa da sua perseverante fé e amor para com Cristo. 
A essas varas o Pai ‘limpa’, poda, a fim de ficarem frutíferas. Isso quer dizer que Ele remove de suas vidas qualquer coisa que desvia ou impede o fluxo vital de Cristo. O fruto é o caráter cristão, como qualidades, que no crente glorifica a Deus, mediante sua vida e seu testemunho (ver Mt 3.8; 7.20; Rm 6.22; Gl 5.22,23; Ef 5.9; Fp 1.11).
Explique aos seus alunos que para ser uma vara frutífera depende da forma como eles se relacionam com Jesus. Como deve se relacionar com Jesus? São obedientes? Cumprem o que Jesus ensinou com relação a fazer o bem ao próximo? A guardar o coração de qualquer coisa impura aos olhos de Deus? O que significa ter um amigo de verdade? Distribua uma folha de papel A4 para os alunos e solicite que façam uma lista com as respostas para essas perguntas. Depois, peça que ilustrem a cena que Jesus mencionou a respeito da amizade verdadeira. Ele disse que era a videira e nós somos as varas! 

Lição 13 - 1º Trimestre 2020 - Como será a Vida Eterna? - Pré Adolescentes.

Lição 13 - Como será a Vida Eterna? 

1º Trimestre de 2020 
A lição de hoje encontra-se em: Apocalipse 21.1-6.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão a respeito da razão pelo qual cremos em Cristo Jesus: a vida eterna. Como já mencionamos em outras lições a salvação só pode ser alcançada mediante a fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Deus tem um descanso eterno para o seu povo em um lugar muito especial, onde não haverá mais choro, nem dor ou qualquer motivo para tristeza. Mas para que tenhamos acesso pleno a esta graça é necessário que o salvo mantenha-se firme na fé e não se desvie da obediência à Palavra de Deus, porquanto todos os que desejam adentrar na eternidade devem manter-se vigilantes para o Dia que há de vir.
A Bíblia menciona alguns detalhes a respeito da eternidade que poderão ser compartilhados com seus alunos nesta aula. Na Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 2010) encontramos o seguinte comentário:
Um novo céu e uma nova terra. O alvo e expectativa finais da fé do Novo Testamento é um novo mundo, transformado e redimido, onde Cristo permanece com seu povo e a justiça reina em santa perfeição (cf. Sl 102.25,26; Is 65.17; 66.22; Rm 8.19-22; Hb 1.12; 12.27; 2 Pe 3.13). Para apagar todos os sinais do pecado, haverá destruição da terra, das estrelas e galáxias. O céu e a terra serão abalados (Ag 2.6; Hb 12.26-28) e desaparecerão como fumaça (Is 51.6); as estrelas se derreterão (Is 34.4) e os elementos serão dissolvidos (2 Pe 3.7,10,12). A terra renovada se tornará a habitação dos homens e de Deus (VV. 2,3,10; 22.3-5). Todos os redimidos terão corpos semelhantes ao corpo ressurreto de Cristo, isto é, corpo real, visível e tangível, porém incorruptível, poderoso e imortal (Rm 8.23; 1 Co 15.51-56).
[...] A Nova Jerusalém está agora no céu (Gl 4.26); dentro em breve, ela descerá à terra como a cidade de Deus, que Abraão e todos os fiéis esperavam, da qual Deus é o arquiteto e construtor (Fp 3.20; Hb 11.10,13,16). A nova terra será a sede do governo divino, e Ele habitará para sempre com o seu povo (cf. Lv 26.11,12; Jr 31.33; Ez 37.27; Zc 8.8).
Compartilhe com seus alunos estas verdades e abra espaço para uma roda de conversa. Anote as dúvidas de seus alunos. Responda cada uma, mas se houver alguma que seja necessária a pesquisa, anote e traga na próxima aula. Você também pode pedir que algum seminarista ou ministro com formação teológica participe desta aula para ajudar seus alunos a respeito das questões teológicas mais aprofundadas. Certamente, será muito proveitoso para o crescimento espiritual de seus alunos. 
Tenha uma excelente aula!

Lição 13 - 1º Trimestre 2020 - Malaquias – O Valor da Família - Juvenis.

Lição 13 - Malaquias – o Valor da Família 

1º Trimestre de 2020 
Vós, maridos, amai a vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25).
OBJETIVOS
Apontar o propósito de Deus para a família;
Explicar que a aliança de Deus com o ser humano não o isenta do compromisso com a fidelidade;
Evidenciar a importância da integridade familiar.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. CONTEXTO HISTÓRICO
2. ESTRUTURA DO LIVRO
3. A MENSAGEM DE MALAQUIAS 
Querido professor, com a graça de Deus, chegamos ao final de mais um trimestre. Em tempos difíceis, como o que vivemos agora no país e no mundo, combatendo a pandemia do Coronavírus, se faz mais do que necessário reforçarmos o que Jesus veio cumprir ao “rasgar o véu” de separação entre nós e Deus (Mt 27.51; Hb 9.11,12): o Reino de Deus, a Casa do Senhor hoje não são paredes, mas sim pessoas. Portanto, cuide-se bem, para poder continuar cuidando também da sua família e alunos, que são seu ministério.
“Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne” (Hebreus 10.19-20).
Além de todo o conteúdo já bem elaborado pedagogicamente para a próxima lição, queremos deixar aqui uma mensagem de esperança, acerca da nossa maior certeza e alegria – a volta de Jesus para buscar-nos como Igreja. Muito mais agora em um momento tão caótico, nossa oração é para que você e seus alunos sejam avivados por esta gloriosa promessa. 
[...] Pedro via a promessa da volta de Cristo como uma grande consolação para o povo de Deus em seus momentos de tribulação – “para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, s ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo” (1 Pe 1.7).
Paulo exortou os crentes a terem essa mesma esperança: “[...] nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, por causa da vossa paciência e fé, e em todas as vossas perseguições e aflições que suportais, prova clara do justo juízo de Deus, para que sejais havidos por dignos do Reino de Deus, pelo qual também padeceis; se de fato, é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam, e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu, com os anjos do seu poder” (2 Ts 1.4-7).
Todos os crentes verdadeiros anseiam pelo dia em que Jesus Cristo voltará à Terra. Paulo caracteriza todos os cristãos como aqueles que “amam sua vinda” (2 Tm 4.8). João acrescenta: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, por que assim como é o veremos” (1 Jo 3.2). Em outras palavras, a volta de Cristo introduzirá instantaneamente a plenitude da nossa glorificação.
Por todas essas razões Cristo voltará. Em todo o Novo Testamento, somos ensinados a buscar a sua vinda, ansiar por ela, e aguardá-la pacientemente e com expectativa. Esta tem sido a bem-aventurada esperança de todo verdadeiro filho de Deus desde o princípio dos tempos. E o cumprimento dessa esperança está muito mais perto do que jamais esteve. (MACARTHUR JR., John. A Segunda Vinda. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp. 49,50). 
Maranata! O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula. 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 13 - 1º Trimestre 2020 - A Segunda Vinda do Senhor Jesus Cristo - Jovens.

Lição 13 - A Segunda Vinda do Senhor Jesus Cristo 

1ºTrimestre de 2020
Introdução
I-Sua  ressurreição e ascensão
II-O arrebatamento da igreja
III-A vida eterna com Cristo
Conclusão 
 
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:

Demonstrar a centralidade do conceito da ressurreição para a fé cristã;
Apresentar os pressupostos bíblicos básicos sobre o arrebatamento;
Refletir a respeito do nosso estado eterno no céu.

 
Palavras-chave: Jesus Cristo.


Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria de Thiago Santos:

LIÇÃO 13
 
 
INTRODUÇÃO
A Segunda Vinda do Senhor Jesus Cristo, certamente, é um dos assuntos mais polêmicos da Bíblia. Antes de nos empenharmos a compreender o que as Escrituras Sagradas revelam sobre o assunto é importante entender o fundamento da Segunda Vinda de Cristo: sua ressurreição, o arrebatamento da igreja e a própria vida eterna.
A centralidade da fé cristã encontra-se no evento da ressurreição (1 Co 15.14). Tanto a vida presente quanto a eterna é possível graças ao evento da ressurreição de Jesus Cristo. Se Cristo não ressuscitasse dos mortos, todos os milagres realizados em seu ministério, o investimento em seus discípulos e, até mesmo, sua morte sobre a cruz, seriam em vão. A ressurreição de Cristo foi a culminância de um projeto eterno de Deus para restauração da comunhão com a humanidade.
Semelhantemente a promessa da Vinda do Senhor Jesus para buscar a sua igreja é mais um passo importante no cumprimento da profecia bíblica. O juízo de Deus está determinado sobre a humanidade. O arrebatamento da igreja é o escape determinado por Deus para que o seu povo seja livre do sofrimento que há de vir sobre toda a terra.
E, como não poderia deixar de ser, a vida eterna é o resultado final de uma vida em comunhão com Deus e, respectivamente, com todos aqueles que creem e reconhecem a soberania do Senhor Jesus Cristo. Para os que se perdem, a vida eterna é a separação definitiva de Deus, mas para os que estão salvos, é a recompensa final após uma vida de fé e obediência aos preceitos da santa Palavra.
Por fim, vale dizer que estes são os três pilares da fé cristã que, inclusive, estão presentes no credo doutrinário das Assembleias de Deus. São neles que a igreja deve estar firmada a fim de que seja fortalecida e edificada doutrinariamente à espera do grande Dia da Vinda do Senhor.
 
I – SUA RESSURREIÇÃO E ASCENSÃO

O evento da ressurreição de Cristo é a ratificação da obra de salvação anunciada pelos profetas no Antigo Testamento. Prestes a morrer na cruz, o Senhor Jesus disse: “Está consumado” (Jo 19.30). Nosso Mestre terminou a obra para a qual foi designado a cumprir.
A ressurreição de Jesus Cristo, no domingo pela manhã, foi a vitória mais importante, haja vista que se assim não ocorresse, toda a obra realizada pelo Mestre ao longo dos três anos de ministério, os milagres operados, a escolha dos discípulos e, até mesmo, a sua própria morte sobre a cruz, seriam insuficientes. A obra de Deus estaria incompleta se não houvesse a ressurreição.
Nas cartas paulinas é notório o destaque dado por Paulo à mensagem da ressurreição, de modo que a igreja considera este ponto como um dos principais pilares da fé. A obra da ressurreição não deve ser apenas considerada um marco, mas também descortinada doutrinariamente com vista no aperfeiçoamento da fé cristã.
Da mesma maneira a ascensão de Jesus ao céu é outro assunto que merece destaque. Este é o último ato público do ministério do Salvador (At 1.2-11). Aos seus discípulos, Ele deixou a promessa de que voltaria para buscá-los a fim de morarem eternamente em um lugar bem melhor (cf. Jo 14.2,3). Por fim, a sua ressurreição é a prova viva de que Ele é o Salvador do mundo e que veio para nos permitir alcançar a vida eterna.
 
A vitória mais importante

A ressurreição do Senhor Jesus Cristo pode ser considerada a vitória definitiva sobre o pecado e a morte. Tendo em vista que o salário pago aos pecadores por conta da desobediência aos preceitos da vontade de Deus é a morte (cf. Rm 6.23), a graça de Deus se fez presente, ratificando a vitória de Cristo por meio da ressurreição ao terceiro dia pela manhã (cf. Mt 28.1-10).
De acordo com a Declaração de Fé das Assembleias de Deus (2017, p. 62):

A morte e ressurreição de Jesus são os principais elementos que distinguem o cristianismo de todas as religiões da terra, pois Jesus, o seu fundador, vive para sempre: “havendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não mais terá domínio sobre Ele” (Rm 6.9). A sua morte vicária seria destituída de significado teológico se ele tivesse permanecido na sepultura. Aquele corpo que foi crucificado não pôde ficar na sepultura. Essa ressurreição significa a glorificação e exaltação de Jesus, a vitória sobre Satanás, sobre o pecado, sobre a morte e sobre o inferno. 
Não existiu antes, nem existirá depois, acontecimento tão relevante para a fé cristã como o fato de Jesus ter ressuscitado dos mortos. Tendo em vista que a morte é resultado do pecado, em contrapartida, a vida é a ausência de pecado e a comunhão plena com Deus. Portanto, Cristo não poderia ficar retido na morte, pois nEle não havia pecado algum (cf. At 2.24).
 
A ressurreição como pilar da fé cristã

O evento da ressurreição de Jesus Cristo é considerado como um dos principais pilares da fé cristã. Paulo destaca a mensagem da ressurreição ao escrever para a igreja de Coríntios (1 Co 15). Diga-se de passagem, há muitos que tentam negar que a ressurreição de Cristo, de fato, tenha ocorrido. Acerca disso, o apóstolo Paulo comenta: “Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1 Co 15.16,17).
Nos dias de Paulo, alguns negavam a ressurreição corpórea de Cristo (v. 12). Respondendo, Paulo declara que se Cristo não ressuscitou, não há perdão, nem livramento do pecado. Fica claro que os que negam a realidade objetiva da ressurreição, estão negando totalmente a fé cristã. São falsas testemunhas que falam contra Deus e a sua Palavra. A fé que eles professam não tem valor, e, portanto, não são cristãos autênticos (STAMPS, 1995). 
A ressurreição é apresentada na Bíblia, mais especificamente em o Novo testamento, tratando-se de dois tipos. A primeira, diz respeito à ressurreição dos salvos: quando Jesus voltar, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, incorruptíveis. Em seguida, os salvos vivos serão transformados. Juntos, subirão ao encontro do Senhor, nos ares (1 Ts 4.16,17; 1 Co 15.51,52). Apenas “os que morreram em Cristo” ressuscitarão antes do Arrebatamento; os que não morrerem “em Cristo” farão parte de uma “segunda ressurreição”, que se dará antes do Juízo Final. [...] Portanto, a segunda ressurreição é a da condenação (Jo 5.29b) e ocorrerá depois do Milênio e antes do Juízo Final. Os mortos que “não reviveram, até que os mil anos se acabaram” (Ap 20.5) ressuscitarão para o julgamento do Trono Branco: “E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram o mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras” (Ap 20.13) (ZIBORDI, 2009,  pp. 502,503).
A temática da ressurreição não deve ser considerada apenas um fato de relevância espiritual, embora o seja de fato, mas também um importante aspecto doutrinário que serve de base para a pregação do evangelho. A mensagem da cruz não faria sentido se não houvesse a ressurreição e, portanto, este fato merece ocupar lugar de destaque no estudo da salvação. 
 
De volta para casa

Após a ressurreição o assunto que finaliza a descrição sobre a estadia de Jesus aqui na terra é o momento da sua ascensão ao céu. A palavra ascensão, do latim, ascensionem, significa subida, elevação; é a subida corpórea do Cristo ressurreto aos céus após haver cumprido o seu ministério terreno. O fato, testemunhado por mais de quinhentos irmãos, deu-se no quadragésimo dia após o seu sacrifício no Calvário (ler 1 Co 15) (ANDRADE, 1996).
A convicção de que vamos ser levados para morar eternamente no céu está associada a dois argumentos básicos que norteiam a Segunda Vinda de Cristo a este mundo. Em primeiro lugar, está a promessa de que Jesus voltaria para buscar a sua Igreja. Durante o momento da sua ascensão, os anjos anunciaram aos discípulos: “Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.11). Ele prometeu voltar para reencontrar os seus servos.
O Senhor prometeu que estava indo preparar um lugar especial para os seus servos. Em Jo 14.1-3, Jesus reafirma o seu compromisso de que voltaria para buscá-los e levá-los a um lugar onde eles estariam em comunhão plena com o Pai, um lugar de conforto e paz onde não haveria mais tristeza ou dor.
Segundo o Comentário Bíblico do Novo Testamento (2003, p. 579): 
Os versículos 2 e 3 contêm a palavra “lugar” (topos). O termo topos alude à ideia de “templo”. Note que várias das referências de João a topos trazem este significado (Jo 4.20; 11.48; cf. Mt 24.15; At 6.13,14; 7.7; 21.28). Tudo isto é importante nos temas de João. Através de sua obra salvadora, Jesus mudará o templo e suas festas e os moverá para o reino espiritual. João 2, com o primeiro sinal e a purificação do templo, visava esta realidade. Jesus construirá estas habitações enviando o Espírito para convencer os pecadores dos seus pecados e regenerá-los. Estas pessoas, nascidas de cima, compõem o novo templo, o lugar da habitação de Deus. Este fato explica como a unidade entre o Pai, o Filho e seu povo é alcançada. O versículo 4 conclui esta introdução com a declaração de Jesus: “Mesmo vós sabeis para onde vou e conheceis o caminho”. Implicitamente, Jesus está se referindo si mesmo. 
Em segundo lugar está a afirmativa de que a sua ressurreição é a prova cabal de que Ele é o Salvador do mundo e que veio para nos permitir alcançar a vida eterna. Ao ressurgir no terceiro dia pela manhã o Senhor estava ratificando a sua missão. A prova mais viva de que Jesus, verdadeiramente, ressuscitou é a transformação de vida de milhares de cristãos espalhados pelo mundo inteiro, que até hoje testemunham as verdades do Reino Celestial.

II – O ARREBATAMENTO DA IGREJA

A promessa da Vinda do Senhor para buscar a sua igreja é cumprimento da profecia bíblica. Deus já determinou um Dia em que há de julgar a humanidade, trazendo condenação para todos os que rejeitarem a salvação disponível mediante a fé no sacrifício de seu Filho.  Entretanto, para os salvos, a vinda do Senhor será uma ótima notícia, pois é o escape determinado por Deus para a sua igreja a fim de que o seu povo seja livre do sofrimento que há de vir sobre toda a terra.
A compreensão de que Jesus virá buscar a sua igreja e livrá-la do sofrimento que há de vir sobre toda a terra, corresponde a uma das visões escatológicas a respeito dos tempos finais da história da humanidade. Nos Evangelhos, é possível encontrar uma série de discursos de Jesus que apontam os tempos do fim. Textos como Mateus 24.44; 25.13 e Marcos 13.32-37 registram o caráter repentino e imprevisível da Vinda do Senhor Jesus.
Da mesma forma, os textos paulinos também revelam aspectos importantes sobre como ocorrerá o arrebatamento da igreja, o encontro com o Senhor nos ares e o período da tribulação que há de vir sobre toda a terra. Os relatos de Paulo sobre o arrebatamento encontram-se registrados, principalmente, nas cartas de Paulo aos Tessalonicenses (1 Ts 4.13-18; 2 Ts 2.1-12).
Vale ressaltar que estes eventos, embora relatados de forma veemente em o Novo Testamento, já estavam implícitos na mensagem de Deus no Antigo Testamento. Quando Deus anunciou o dilúvio, ao prover o cordeiro no lugar de Isaque, quando livrou o seu povo da escravidão no Egito e o colocou numa “terra que mana leite e mel” e, em outras ocasiões, é possível ver Deus presente, fazendo valer a sua Palavra, pré-anunciando que chegaria um dia em que Ele haveria de reunir o seu povo em um único lugar.

Os argumentos presentes nos Evangelhos em favor do arrebatamento
 
A palavra “arrebatamento”, do grego harpagêsometha, diz respeito à retirada brusca, inesperada e sobrenatural da Igreja deste mundo, a fim de que se encontre com o Senhor Jesus nos ares, por ocasião de sua Segunda Vinda. Este acontecimento, ao qual dedica o Novo Testamento dois capítulos (1 Co 15 e 1 Ts 4), constituir-se-á num dos maiores milagres de todos os tempos, por abranger diversos fatos espantosos, inexplicáveis e incompreensíveis à lógica meramente humana (ANDRADE, 1996).
Nos Evangelhos, há registros que comprovam a iminência do arrebatamento da igreja. Jesus anunciou a sua Segunda Vinda por meio de parábolas, mas também foi claro e contundente no sermão profético. Em Mateus 24.44, o Senhor alerta os seus discípulos quanto à vigilância: “estai vós apercebidos também, porque o Filho do Homem há de vir à hora em que não penseis”. A advertência premente de Cristo no sentido de sempre estarmos espiritualmente prontos para sua vinda repentina, isto é, o arrebatamento, aplica-se a todos os crentes antes da tribulação (cf. Mt 24.15-29). É um motivo de perseverança na fé (STAMPS, 1995).
Em Marcos 13.32-37, Jesus conta a história de um homem que, partindo para fora da terra, deixou seus servos com a incumbência de realizar cada um a sua obra, e ordenou ao porteiro que vigiasse. Ao fim da história, o Mestre alerta: “Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã”. A palavra “estar alerta” exige vigilância. Durante o tempo que aguardamos o grande dia, nós crentes, semelhantes aos servos de uma casa do século I, temos a nossa “tarefa individual atribuída” (13.34). O fato é que nós não sabemos o momento em que o “quando” de Deus será transformado em “agora”. O quando de Deus pode ser hoje, amanhã, a qualquer momento. Mas essas opções não fazem diferença para nós, de modo algum. O importante é que esperemos ansiosamente, que vigiemos, usando cada dom e oportunidade para servir ao Senhor (RICHARDS, 2007).

Os pressupostos paulinos em favor do arrebatamento

Semelhantemente, encontramos nos textos paulinos, várias passagens que tratam a respeito do arrebatamento da igreja. Paulo aponta com clareza de que maneira ocorrerá o encontro da igreja com o Senhor nos ares e assinala para um período de tribulação que transcorrerá sobre a terra em concomitância com a atuação revelada do anticristo, o homem da iniquidade (1 Ts 4.13-17; 2 Ts 2.3-10).
Na Primeira Carta endereçada aos Tessalonicenses, Paulo anuncia que “o mesmo Senhor descerá do céu” (v. 16). Esta passagem pode ser compreendida como uma palavra de ordem. De acordo com Lawrence O. Richards (2007, p. 460): 
Keleusmati é um termo militar, e enfatiza a natureza da autoridade da palavra pela qual Jesus chamará os crentes mortos de volta à vida. Como João 5.25 diz, “Os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão”. Naquela mesma hora a voz do arcanjo e o toque da trombeta de Deus servirão como um eco para a ordem de Cristo (Mt 24.31; Ap 11.15). E os mortos responderão. Paulo escreve que “os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro”, e, “depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados... a encontrar o Senhor nos ares” (4.16,17) 
Da mesma maneira, Paulo anuncia em sua Segunda Carta que o evento do arrebatamento será sucedido pela manifestação do Anticristo, o homem da iniquidade que há de se levantar contra tudo o que está relacionado a Deus. Entretanto, Paulo ressalta que esta manifestação será marcada por sinais específicos que confirmam que o tempo de todas estas coisas se cumprirem está próximo. Um desses sinais marcantes é a apostasia. Certos expositores afirmam que o termo apostasia (gr. apostasia) se refere principalmente a uma revolta de todos contra Deus e seu domínio no mundo em geral; outros dizem que é a apostasia dentro da igreja (BEACON, 2006).

III – VIDA ETERNA COM CRISTO

A vida eterna é o ponto mais elevado da vida cristã e o resultado final de uma vida de comunhão contínua com Deus neste mundo. Por seu amor e graça, todos os que creem podem ser salvos e desfrutar da alegria e paz eternas ao lado do Salvador. Ao contrário do que muitos pensam, a eternidade será um convívio eterno de celebração e gratidão a Deus por seu amor e graça, um estado de plenitude, fruto da restauração da comunhão plena que havia sido perdida no Éden.
A salvação é fruto do amor e graça divinos, e nunca foi resultado dos esforços humanos para fazer obras de caridade que justificassem a salvação. O objetivo central do Cristianismo é o desenvolvimento de um relacionamento contínuo e saudável com Jesus e, por consequência, com todos aqueles que reconhecem a soberania divina do Mestre.
A vida na eternidade não será inerte ou enfadonha como alguns podem pensar, muito pelo contrário, será dinâmica, haja vista que a alegria e paz se farão presentes. Serão momentos eternos de gratidão e celebração a Deus por tão maravilhosa salvação. A Escritura revela que viveremos conscientemente nos céus, sabendo quem é Jesus e nos lembraremos do que Ele fez por nós (cf. Mt 25.36-40).
Vale ressaltar que a eternidade é a recompensa final para as decisões que a pessoa fez aqui nesta esfera terrena. Para os que se perdem, a vida eterna é a separação definitiva de Deus, mas para os que estão salvos é o galardão de uma vida de fé e obediência aos preceitos da Santa Palavra. Viver pela fé com os olhos na eternidade é preservar a esperança da restauração completa da comunhão antes perdida no Éden e a expectativa da liberdade completa ao lado de Deus.

Salvos pelo amor a Deus e não pelo medo do inferno

A salvação é a oferta de Deus à humanidade por intermédio do sacrifício de Jesus Cristo. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (cf. Jo 3.16). A Bíblia é contundente ao afirmar que a salvação é um dom de Deus, não vem das obras para que ninguém se glorie (cf. Ef 2.8,9). Pois fomos criados por Deus para praticar as boas obras que Ele mesmo preparou para que as praticássemos (v. 10).
De acordo com Donald Stamps (1995, p. 1811): 
O que opera a salvação é a graça de Deus mediante a fé (Ef 2.5,8). O dom salvífico de Deus inclui os seguintes passos: a) a chamada ao arrependimento e à fé (At 2.38). Com essa chamada vem a obra do Espírito Santo na pessoa, dando-lhe poder e capacidade de voltar-se para Deus. b) Aqueles que respondem com fé e arrependimento e aceitam a Cristo como Senhor e Salvador, recebem graça adicional para sua regeneração, ou novo nascimento, pelo Espírito e ser cheios do Espírito (At 1.8; 2.38; Ef 5.18). c) Aqueles que se tornam novas criaturas em Cristo, recebem graça contínua para viver a vida cristã, resistir ao pecado e servir a Deus (Rm 8.13,14; 2 Co 9.8). O crente se esforça em viver para Deus, mediante a graça que nele opera (1 Co 15.10). A graça divina opera no crente dedicado, tanto para ele querer, como para cumprir a boa vontade de Deus (Fp 2.12,13). Do começo ao fim, a salvação é pela graça de Deus.  
Outro aspecto importante no tocante à salvação é a motivação que nos leva a desejá-la. Há muitas pessoas que não pensam em ir para o céu porque entenderam o amor de Deus e desejam se arrepender de seus pecados. Antes, a única motivação é porque ouviram dizer que aqueles que não creem em Deus podem ir para o inferno. Quando a Bíblia se refere ao inferno, muitas vezes, diz respeito ao local que abriga as almas dos iníquos até que se instaure o Juízo Final. Pela escatologia bíblica, o inferno (gr. hades) é apenas um lugar intermediário. Dali, os ímpios hão de ressurgir para serem lançados no lago de fogo (Ap 20.14) (ANDRADE, 1996).
A Escritura revela que Deus esquadrinha o coração do homem e prova os pensamentos (cf. Jr 17.10). Não há nada oculto aos olhos do Senhor, Ele sabe quais sãos as intenções do coração de cada ser humano. Portanto, o medo do inferno não é uma boa justificativa para ser salvo: é preciso crer e confessar Jesus Cristo como único e suficiente Salvador (cf. Rm 10.10). O que livra o pecador do inferno não é o medo, e sim a graça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo (cf. Ef 2.8).

A celebração eterna

A vida na eternidade é uma verdadeira celebração a Deus como forma de agradecimento por sua maravilhosa graça que nos trouxe salvação. Será, finalmente, um tempo de paz e alegria que não terá fim. Aos que creem no sacrifício de Jesus, será possível desfrutar da plenitude da vida eterna ao lado do Criador.
Há muitos que pensam que a vida eterna será o lugar onde viveremos num estado de plena inconsciência e inércia ou como se tudo o que somos hoje — memória, sentimentos, identidade — fossem completamente apagados da nossa memória. Muito pelo contrário, a Escritura revela que viveremos conscientemente nos céus, sabendo quem é Jesus e nos lembraremos do que Ele fez por nós.
Em Mateus 25.36-40, está escrito que o Senhor trará  à nossa memória todas as vezes que agimos com benignidade e misericórdia em relação ao próximo, confirmando assim que haverá uma consciência das ações praticadas em vida. Os efeitos do pecado, tais como a tristeza, a dor, a mágoa e a morte (7.16,17; Gn 3; Rm 5.12; Is 35.10; 65.19), já se foram para sempre, porque as coisas más do primeiro céu e da primeira terra foram-se completamente. Os crentes apenas se lembrarão das coisas santas que valem a pena ter na memória; decerto não se lembrarão do que lhes causaria tristeza (Is 65.17) (STAMPS, 1995).
Certamente, não será um lugar de lembranças ruins, e sim de boas recordações para os salvos, por saberem que apesar de tantas lutas e dores enfrentadas neste mundo, tais sofrimentos não foram páreos o suficiente para roubarem deles a esperança da vida eterna.

O regresso ao estado de plenitude

A eternidade pode ser compreendida também como o momento em que a humanidade há de receber a recompensa final por todas as decisões tomadas nesta esfera terrena. Para os que se perdem é a separação definitiva de Deus, mas para os salvos é apenas o início de uma nova vida ao lado do Criador. 
Viver eternamente com Deus é regressar ao estado de plenitude planejado por Ele para o homem no jardim do Éden. O pecado fez com que a humanidade perdesse a comunhão plena com o seu Criador. A restauração dessa comunhão é possível graças a fé em Jesus Cristo, pelo qual, é possível alcançar a justificação e, por fim, a paz com Deus (cf. Rm 5.1,2).
O plano de reconciliação arquitetado por Deus trouxe para humanidade uma nova oportunidade de terem acesso às bênçãos que o Senhor havia disponibilizado no jardim do Éden. Mas não para por aí, pois Deus não somente concedeu a oportunidade de renovação da comunhão, como também, oportunizou a mais especial de todas as suas criaturas, isto é, o ser humano, a graça de tornar-se herdeiro das riquezas celestiais eternas (cf. Rm 8.17).
Como afirma Stanley Horton (1996, p. 645): 
Nossa salvação traz-nos a um novo relacionamento que é muito melhor do que aquele que Adão e Eva desfrutavam antes da queda. A descrição da nova Jerusalém demonstra que Deus tem para nós um lugar melhor do que o jardim do Éden, com todas as bênçãos do Éden intensificadas. Deus é tão bom! Ele sempre nos restaura a algo melhor do que aquilo que perdemos. Desfrutamos da “comunhão intensificada com o Pai, o Filho e o Espírito Santo e com todos os santos’. A vida na nova Jerusalém será emocionante. Nosso Deus infinito nunca ficará sem novas alegrias e bênçãos para oferecer aos redimidos.
Assim sendo, viver pela fé é alimentar a esperança de que não seremos confundidos quando o Senhor retornar para buscar a sua igreja, e desfrutaremos a liberdade completa ao lado de Deus. Por esse motivo, a igreja precisa guardar os preceitos da Palavra de Deus com temor e tremor, a fim de que aquele dia não seja um dia de surpresa, e sim um momento de alegria esperado pelos santos servos de Deus. Para tanto, a Bíblia orienta aos seus servos que ocupem a mente com as coisas que são de cima, isto é, dos céus, e não com as coisas pertinentes a esta terra (cf. Fp 4.8; Cl 3.1-4).

CONCLUSÃO

Finalmente, vale dizer que compreender os argumentos da teologia a respeito da Segunda Vinda de Jesus Cristo não é uma tarefa fácil. O estudo sobre os aspectos que envolvem a Segunda Vinda do Senhor — a ressurreição o arrebatamento e a vida eterna — não representa a unanimidade entre os autores que dissertam sobre o assunto. Todavia, serve de base para orientar o ensino doutrinário das igrejas.
O mais importante no contexto do tratado sobre a Segunda Vinda do Senhor é não esquecer que a centralidade da fé cristã encontra-se no ato da ressurreição de Jesus Cristo. Sua ressurreição é o ápice do projeto divino para a humanidade. Sem ela a salvação não seria possível, visto que o processo que se inicia na sua morte não estaria concluído. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo (cf. 1 Co 15.57). Ele venceu a morte e, por causa disso, pode da mesma maneira nos proporcionar a entrada na vida eterna.
Sendo assim, resta à sua igreja, aguardar esperançosamente o grande Dia da sua Vinda, quando na primeira fase, Ele virá sobre a face da terra com o seu poder e arrebatará os salvos. Este será o grande livramento do Senhor aos seus servos. Com esta palavra a igreja deve estar consolada e confiante (cf. 1 Ts 4.18).
E, por fim, vale destacar que será um momento de muita celebração e alegria. Ali, não haverá mais dor, nem lágrima nem sofrimento algum para sua igreja. Será um lugar de recompensa para o salvo. Que a igreja preserve firme a confiança de que estará para sempre com o Senhor em um lugar muito melhor.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, Claudionor C. Dicionário Teológico. 13ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.

ARRINGTON. French L.; STRONSTAD, Roger. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 4ª ed. v.1. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

GREATHOUSE, Wilian M.; METZ, Donald; CARVER, Frank. Comentário Bíblico Beacon. v. 8. 1ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

SILVA, Esequias S. (Org.) Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro:
CPAD, 2017.

RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

BERGANT, Dianne; KARRIS, Robert J. Comentário Bíblico. Vol. 3. 3.ed. Rio de Janeiro: Edições Loyola, 2001.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

CARVALHO, César Moisés. O Sermão do Monte: A Justiça sob a Ótica de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

HOLMES, Arthur F. Ética: As decisões morais à luz da Bíblia. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.


*Adquira o livro do trimestre. Jesus Cristo: Filho do Homem: Filho de Deus. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.


Que Deus o(a) abençoe.


Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

sexta-feira, 20 de março de 2020

Lição 12 - 1º Trimestre 2020 - Jesus coloca ordem na Casa de Deus - Maternal.

Lição 12 - Jesus coloca ordem na Casa de Deus 

1º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Mostrar às crianças que devemos nos portar com reverência na Casa de Deus.
Para guardar no coração: “[...] A minha casa será chamada de ‘Casa de Oração’ [...].” (Mc  11.17)
Subsídio professor
“Não há dúvidas de que gostamos de ir à igreja, mas... Por que gostamos? Apreciamos as pregações do pastor? Enlevamo-nos com os cânticos congregacionais? Deleitamo-nos com a orquestra e o coral? Ou, quem sabe, com o louvor ruidoso dos jovens? Confraternizamo-nos com os outros salvos? Matamos a saudade dos amigos? Aproveitamos para estrear a roupa nova? Tudo isto é bom e lícito, mas não deve constituir o motivo principal de irmos à igreja. O salmista Davi declara amar a habitação do Senhor e o lugar onde permanece a sua glória (Sl 26.8). Este amor deve ser experimentado por nós, e a sua maior motivação deve ser o fruir da presença de Deus e da sua glória manifestada entre o seu povo” (Marta Doreto). 
Perfil da criança
“Devido ao seu vocabulário limitado, a criança desta idade não consegue expressar tudo o que aprendeu. Lembre-se disso ao fazer perguntas sobre a história ou o ensino dado. Ainda que uma história lhe seja contada várias vezes, ela não será capaz de repeti-la integralmente. Contudo, recorda-se dos fatos da história” (Marta Doreto). 
Bem-vindos!
• Cumprimente os visitantes e parabenize os alunos que os trouxeram.
• Neste domingo, as crianças entregarão suas contribuições logo após a explicação do versículo. A oração abaixo também será feita no ato de ofertar. Peça que os alunos segurem a oferta na mão levantada, apresentando-a ao Papai do Céu, enquanto oram. Seria bom, se possível, que você tivesse consigo algumas moedas extras para aquelas crianças que não trouxerem nada. Assim, elas não ficarão tristes por não poder dedicar alguma coisa ao Papai do Céu, e ainda experimentarão a alegria de fazê-lo.
Sugestão de Oração
“Papai do Céu, aqui está a oferta que eu trouxe para ti. Eu a entrego com muita alegria, porque te amo. Recebe a minha oferta e me abençoa. Em nome de Jesus, amém” (Marta Doreto).
Até logo
Convide a todos para retornarem no próximo domingo para continuarem aprendendo sobre o Amigo Jesus.  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 12 - 1º Trimestre 2020 - A Vida de Oração - Adolescentes.

Lição 12 - A Vida de Oração 

1º Trimestre de 2020 
ESBOÇO DA LIÇÃO
1 – UMA VIDA DE ORAÇÃO
2 – ELE ENSINOU COMO DEVEMOS ORAR
3 – NOSSO MODELO DE ORAÇÃO
4 – ORANDO DE ACORDO COM A VONTADE DE DEUS
OBJETIVOS
Apontar a vida de oração de Jesus, mesmo sendo o Filho de Deus;
Demonstrar como devemos nos comportar quando falarmos com Deus em oração;
Estabelecer o modelo de oração que Jesus ensinou aos discípulos.
SOBRE A ORAÇÃO
Marcelo Oliveira de Oliveira
Numa palavra, a oração é a suprema proteção contra o ceticismo que insinua ser o objeto da fé mera ilusão ou uma projeção de nossos anseios na tela do infinito.” É possível verificar elementos que marcaram a vivência e a intimidade da Igreja ao longo da sua história: o desenvolvimento da prática de oração. 
A ocasião da primeira reunião de oração dos discípulos, após a ascensão de Jesus, denota a motivação clara (e oriunda diretamente de Jesus, o cabeça da Igreja) da igreja de Jerusalém em viver a disciplina da oração. Sobre o tema, o pastor Claudionor de Andrade analisou a prática da oração dos primórdios da Igreja até a modernidade: “a oração jamais se ausentou da Igreja; sem aquela inexistiria esta. Se Jesus foi um exemplo de oração, por que, diferentemente, agiriam seus discípulos e apóstolos? Veja, por exemplo, Paulo. Seja nos Atos dos Apóstolos, seja em suas epístolas, deparamo-nos com o doutor dos gentios endereçando a Deus as mais ferventes orações. Depois da era apostólica, os pais da igreja, além de suas lides teológicas, consagravam-se à oração. Ignácio, Tertuliano, Ambrósio e Agostinho. O bispo de Hipona escreveu acerca de seu ministério de oração e intercessão: ‘Eis que dizeis: ‘Venha a nós o vosso reino. E Deus grita: Já vou’ Não tendes medo?’E os reformadores? Martinho Lutero foi um grande paradigma na intercessão em favor da Igreja de Cristo naqueles períodos da Reforma Protestante. Mais tarde chegaram os avivalistas. John Wesley levantava-se de madrugada para falar com o Pai celeste. E o irmão Finney? Era um gigante na oração. Com o Movimento Pentecostal a Igreja de Cristo desfez-se em orações e súplicas por aqueles que, sem ter esperança de ver Deus, caminhavam para o inferno. Em suas anotações pessoais, Daniel Berg e Gunnar Vingren descrevem suas ricas experiências oriundas de uma vida de profunda oração” (As Disciplinas da Vida Cristã, CPAD, p.36). 
Ao tomarmos conhecimento de como os antigos da fé perseveravam em oração e que tal prática é uma herança dos apóstolos, podemos concluir, citando John Bunyan, que “jamais seremos cristãos verdadeiros, se não formos pessoas de oração. O hábito da oração deve ser cultivado com perseverança, não duvidando que a oração seja atendida.O hábito da oração nos ensina a depender de Deus, deixando que Ele escolha, em sua liberdade soberana, o tempo, o lugar, o meio e o fim, na certeza de que tudo quanto Ele fizer sempre será o melhor” (O Pensamento da Reforma, p.54). 
(Texto extraído da revista “Ensinador Cristão”, editora CPAD, 3º Tri de 2015).

Lição 12 - 1º Trimestre 2020 - O Código de Ética de Jesus - Jovens.

Lição 12 - O Código de Ética de Jesus 

1º Trimestre de 2020
Introdução
I-Esmolas, oração e jejum
II-O tesouro no céu
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Ressaltar a necessidade da privacidade em nossas disciplinas espirituais;
Identificar a natureza e características daquilo que Jesus denomina de “tesouro”;
Apontar os princípios para um julgamento reto e justo segundo os critérios do Reino.
Palavras-chave: Jesus Cristo.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria de Marcelo de Oliveira:
INTRODUÇÃO
Você sabe a diferença entre ética e moral? É comum haver uma confusão entre esses termos, pois o senso comum coloca essas duas palavras como sinônimas. Porém, quando estudamos Ética como uma área importante da Filosofia, uma das principais coisas que precisamos fazer é distinguir bem a diferença entre ela e a moral.
Enquanto a Moral refere-se ao comportamento estabelecido por um código legal, a Ética é a reflexão acerca da Moral. Nesse sentido, ela procura investigar a origem dos códigos morais, normas e comportamentos estabelecidos pela sociedade. Por que uma coisa é certa ou errada? Como decidir-se em relação a uma situação moral? Quais consequências tal comportamento terá para outras gerações? Quais os critérios usados para buscar-se um caminho correto e quais as consequências em relação ao descumprimento de um código moral? O filósofo cristão, Arthur F. Holmes, toma esse mesmo caminho ao abordar sobre o objeto da Ética:
A ética trata do bem (isso é, dos valores e virtudes que devemos cultivar) e do direito (isso é, de quais devem ser as nossas obrigações morais). Ela avalia pontos de vista alternativos do que é o bem e o direito; explora caminhos para alcançarmos o conhecimento moral de que necessitamos; indaga por que devemos agir com correção e, a partir daí, conduz a problemas morais práticos, que estimulam a assim pensarmos prioritariamente.1      
Assim, se a Moral é o comportamento ou o próprio código, a Ética é a reflexão sobre esse comportamento ou código moral. Essa área do conhecimento filosófico ajuda-nos a refletir acerca do nosso agir. Se agimos como agimos, o que nos move a agir assim? O que tal reflexão tem a ver com a nossa condição de cristãos? Se obedecemos a Palavra de Deus, por que o fazemos?
Para os cristãos, a Bíblia é a base de todas as nossas obrigações morais no mundo. É por meio dela que conhecemos o propósito de Deus, o seu amor e a sua justiça. A Bíblia, mais especificamente o Sermão do Monte, é o código ético do Reino de Deus. O Sermão do Monte estabelece as bases para agirmos segundo o propósito de Deus de maneira consciente. Por exemplo, não basta somente não adulterar, mas é preciso não desejar executar essa prática (Mt 5.27,27). Ou seja, não basta só cumprir um mandamento; é preciso também saber o porquê de se estar cumprindo-o. A razão disso tem de ser nobre, justa e santa, tendo como o supremo fundamento o mandamento do amor (Rm 13.8-10).
Neste capítulo, tomaremos trechos do Sermão do Monte para refletir acerca de uma vida devocional vigorosa, que testemunhe a grandeza de Deus, a verdadeira piedade e devoção a Deus, deixando de lado qualquer fingimento ou aparência humana de falsa espiritualidade. 
Veremos também que devemos juntar “tesouros no céu” e importar-se com o que reflete para o bem do Reino de Deus. É o desafio de viver-se uma vida voltada, não apenas para as coisas terrenas, como também para as coisas espirituais. Nossa herança está no Céu. Aqui, não importa apenas o que “eu faço”, mas também o que “eu sou”.         
I - ESMOLAS, ORAÇÃO E JEJUM
Por que oramos? Por que jejuamos? Por que somos instados a fazer obras de misericórdia? Essas três perguntas dizem respeito ao que está por trás de nossas ações. Elas podem revelar a intenção de nosso coração. É muito importante ressaltar que o código de ética ensinado por Jesus leva muito a sério a intenção, a nobreza e a pureza de nossa vida interior para realizar qualquer coisa. Quando o que fazemos não traz consigo a consciência verdadeira do Reino de Deus, trata-se, portanto, de hipocrisia. Por isso, essa palavra foi três vezes usada por Jesus no capítulo 6 de Mateus: (1) “Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens” (v. 2 – grifo meu); (2) “E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens” (v. 5 – grifo meu); e (3) “E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, porque desfiguram o rosto, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão” (v. 16 – grifo meu).
A hipocrisia mascara a sinceridade, dissimula os verdadeiros sentimentos e propaga a falsidade e o fingimento. A hipocrisia distorce a intenção pura, nobre e verdadeira. O pastor César Moisés Carvalho, na obra O Sermão do Monte, revela exatamente isso ao descrever a palavra hipocrisia, que aparece no capítulo 6 de Mateus:
O tríplice uso da expressão “hipócritas” [hypokritēs] (vv. 2,5,6), termo grego originalmente utilizado no teatro para os atores que representavam, denota a seriedade com que são encarados os que fazem o bem com motivações escusas. É impossível não se lembrar de Mateus 25.31-46, quando as ovelhas forem separadas dos bodes, justamente por causa das boas obras executadas. Obras que, vale ressaltar, eram praticadas sem nenhum outro interesse por parte de quem praticava a não ser o bem da pessoa necessitada. Aliás, os benfeitores estavam fazendo ao próprio Filho de Deus, mas eles sequer sabiam disso! Nada fora feito para representar, pois eles sequer sabiam que estavam sendo observados e suas obras anotadas e contabilizadas.  
Assim, se nossa vida de devoção a Deus não estiver amparada nos princípios claros expostos ali no Sermão do Monte, corremos o risco de cair na alcunha de “hipócritas”. Nossa vida devocional deve estar amparada em Deus, no desejo sincero de amá-lo de todo o coração, bem como amar nosso próximo para que nossas obras de piedade não se mostrem falsas. 
Nossa vida devocional é para Deus
A vida devocional, conforme apresentada em Mateus 6, tem o seguinte tripé: esmola, oração e jejum. No sermão, Jesus afirma um princípio geral: os atos de piedade devem honrar a Deus e não colocar no centro a própria reputação. O que é criticado no sermão não são os atos piedosos, mas a exibição deles. Nesse sentido, os atos de piedade devem ser feitos sem ostentação.  
1. Esmolas (caridade). É importante ressaltar um ponto relevante aqui. Ajudar as pessoas, ou seja, atendê-las por meio de obras de caridade, é uma expressão do amor de Deus. Sim, aproximamo-nos mais de Deus quando fazemos isso. Esse entendimento estava muito presente na prática dos apóstolos. Reconhecemos o que Jesus ensina no capítulo 6 de Mateus, além de conformado em outros Evangelhos, na prática ministerial dos apóstolos. Atente para estes versículos:
Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos darão; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo (Lc 6.38).
Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade (At 2.45).
Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência. (Gl 2.10)
Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura, a fé pode salvá-lo? E, se o irmão ou a irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? (Tg 2.14-16).
Quem, pois, tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar o seu coração, como estará nele o amor de Deus?  Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade (1 Jo 3.17,18).
São textos bem contundentes. Não por acaso, desde os primeiros séculos até os séculos mais recentes, que marcaram os maiores avivamentos, os cristãos sempre se envolveram em obras de caridade no sentido de levar alívio ao sofrimento das pessoas. Isso foi feito por causa de uma consciência que predominava no Reino de Deus e que está assentada nos Evangelhos e no ministério apostólico. 
Logo, o princípio bem claro para essa dimensão devocional é o da humildade, da discrição e do amor. Se o crente faz o bem para ser elogiado ou colher louros por tal ação, o que se revelará são motivos egoístas. Assim, ele será desmascarado como hipócrita. Isso ocorre porque, sob o disfarce de dar glória a Deus, o crente buscava a própria glória. Esse é um desafio grande para os que se esmeram em grandes associações cristãs, trabalhos de evangelização ou tudo o que despenda comunicação pública. O que pode estar por trás de tudo isso é a competição por grandeza e a busca exagerada pelo sucesso, e não a glorificação a Deus e o amor ao próximo. O Sermão do Monte condena essa atitude.4  
2. A oração. No capítulo 6 de Mateus, não é a oração pública que é condenada, mas a sua exibição (v. 5). Ou seja, a oração genuína, e elevada a Deus com sinceridade, é a que Ele responderá. No capítulo 6, nos versículos 7 e 8, a oração é apresentada como algo que deve ser praticado com simplicidade e sinceridade, evitando as “vãs repetições”. Nos versículos 9-13, nosso Senhor apresenta um modelo de oração. Esse modelo indica as áreas de interesse que o crente em Jesus deve apresentar diante de Deus. Nessa oração, estão presentes ao menos seis petições: três que dizem respeito à santidade de Deus e à sua vontade e três que dizem respeito às nossas necessidades pessoais.5 Em seguida, os versículos 14 e 15 dizem respeito ao perdão, que tem uma ligação estreita com a Oração que Jesus ensinou (Pai-Nosso), como explica o teólogo Daniel J. Harrington: “O dito sobre o perdão (vv. 14,15) está ligado ao Pai-nosso porque trata da mesma questão que a segunda das ‘súplicas sobre nós’ (6.12). Faz de nossa disposição de perdoar uns aos outros condição necessária para a disposição divina de perdoar-nos nossos pecados”.6  
A oração deve ser despida de qualquer exibicionismo pessoal. Não por acaso, nosso Senhor enfatizou a prática da oração em casa, no interior do quarto, fechando a porta. Aqui, não há espaço para exibicionismo ou dissimulação. O único espectador que interessa é Deus Pai. Assim, oramos em segredo. E o Pai, “que vê o que está oculto, [nos] recompensará” (Mt 6.6). Ora, o vigor de nossa devoção secreta determinará nossas ações públicas.  
3. O jejum. O padrão para o jejum é o mesmo que foi apresentado pela caridade e oração. Requer-se descrição e recato. Ninguém precisa saber que o crente está jejuando, somente nosso Pai que está no Céu. Assim, o que é condenado é o exibicionismo do jejum. 
A respeito da prática do jejum na Bíblia e no cotidiano, o que o teólogo James B. Shelton escreveu é esclarecedor:
O jejum é designado a melhorar a relação da pessoa com Deus, como também é tempo de purgação e refinamento de motivos. O jejum que Jesus fez no deserto demonstrou ser tempo de turbulência e prova. Os santos têm experimentado esse tipo de embate, mas eles também descrevem o jejum como tempo de purificação, limpeza, grande edificação espiritual e proximidade com Deus. A questão crucial é: “Atenção de quem estou tentando chamar com este jejum?”.7 
Em tempos de angústias, de necessidades espirituais e de muitas outras necessidades, temos no jejum uma arma poderosa para relacionarmo-nos com Deus intimamente, sermos edificados espiritualmente e fortalecermo-nos na sua presença.
Cada vez que nos aproximamos de Deus, distanciamo-nos de nosso ego e egoísmo. Nesse sentido, a disciplina piedosa da caridade, da oração e do jejum é um grande despertamento espiritual para voltarmos nossa atenção para o que realmente interessa na presença de Deus. 
Cuidado para não sermos enganados pela maldade de nosso próprio coração
O pastor César Moisés Carvalho esclarece um princípio, que, se observado, não nos deixará enganados pela maldade de nosso próprio coração:
O feito de qualquer um, isto é, qualquer obra, jamais será “oculta” diante dos olhos de quem tudo vê e conhece. Inclusive as ações, não precisam ser necessariamente ocultas, escondidas, pois se não houver outra forma ou local, elas podem ser realizadas publicamente. A intenção com que elas irão acontecer não passará despercebida dos olhos do Pai. Portanto, o que se desaconselha aqui é a dramatização, o representar, o querer passar-se por piedoso, sendo hipócrita. Estes nada devem esperar por parte do Pai.8 
O que fica claro nesse princípio é que nossa piedade deve ser sincera e verdadeira. Certamente, muitos de nós somos obreiros que têm acesso ao púlpito da igreja local, ou que estão diante de um departamento eclesiástico. Não podemos cair na armadilha de sermos performáticos diante das pessoas que nos ouvem. Se oramos em público, ou pregamos, ou conclamamos pessoas à oração e ao jejum, tudo isso deve revelar o desejo sincero de buscar a Deus, o seu poder, a sua graça e o seu amor. E, como vimos acima, se nossa vida devocional secreta não corresponder à sinceridade e à pureza de alma, nossa ação pública, principalmente no exercício espiritual, cairá no pecado da hipocrisia, da dissimulação e da falsa piedade. Então, de Deus jamais seremos recompensados (Mt 6.5).    
Os riscos da “espetacularização” da fé
Ao estudar os princípios que regem os cristãos a partir do Sermão do Monte, não é possível deixar de olhar para a realidade e perguntar: Qual a linha tênue entre vivências espirituais como prática pública e a “espetacularização da fé”?
Mais uma vez, devemos ressaltar que nosso Senhor nunca falou contra a prática de piedade (caridade, oração e jejum), mas, sim, contra a intenção distorcida por trás do uso público da prática. Em tempos de espetáculos da fé, o ensino de Jesus no Sermão do Monte é atual e necessário. Não são poucas as dissimulações espirituais em nome da fé. Falsos milagres, manipulação das pessoas e falsos movimentos que levam o nome de Jesus. 
Nas redes sociais, ocorre a relação tênue entre evangelização e autopromoção. Tudo o que tenta usar o que é espiritual para autopromover-se não tem parte com Cristo Jesus. Por isso, é preciso compreender bem o que marca os princípios do Evangelho e o que Jesus espera de nós para viver nesse mundo. As marcas de Jesus passam pela discrição, verdade e sinceridade. Não nos iludamos com a glória desse mundo.      
II - O TESOURO NO CÉU
O texto bíblico de Mateus 6.19-21 diz: “Não acumulem tesouros sobre a terra, onde as traças e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntem tesouros no céu, onde as traças e a ferrugem não corroem, e onde ladrões não escavam, nem roubam. Porque, onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração”. Esse texto coloca ênfase na escolha que o discípulo de Jesus deve fazer entre Deus e as riquezas materiais. Trata-se de um contraste entre a fragilidade e a vaidade dos tesouros e riquezas terrenas, com a solidez do tesouro eterno. Se o tesouro terreno é o que faz pessoas buscarem os desejos egoístas e desenfreados, o tesouro eterno é a recompensa dos que fizeram caridade, oraram e jejuaram.  
Esse trecho bíblico traz-nos a oportunidade de lembrar que há um tesouro no Céu. Nossa natureza é espiritual, nossa esperança não está nas riquezas deste mundo. Sim, a fé cristã é transcendental. A sua natureza é celestial, pois assim mesmo nosso Senhor afirmou: “Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui” (Jo 18.36). Essa perspectiva do Reino não significa escapismo em relação à vida no mundo. Pelo contrário, a História da Igreja Cristã mostra que quem mais influenciou a vida no mundo tinha a “mente no Céu”. Ou seja, viver a vida no mundo com a mente e o coração tomados pelas coisas de Deus trará efeitos concretos à nossa vida e à vida de quem nos rodeia: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8).  
Que tesouro é esse?
Mas o que o texto de Mateus quer dizer com “tesouro”? Segundo o teólogo James Shelton, a palavra tesouro pode referir-se às riquezas materiais, como aparece em Mateus 2.11 e 13.44; porém, na maioria das vezes que aparece no Novo Testamento, ela remete a ideia de riquezas espirituais ou celestiais.9 Veja estes textos, onde a palavra tesouro traz essa conotação de riquezas celestiais ou espirituais: “O homem bom tira boas coisas do seu bom tesouro, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más” (Mt 12.35 – grifo meu); “Por isso, todo escriba instruído acerca do Reino dos céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas” (Mt 13.52 – grifo meu); “Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me” (Mt 19.21 – grifo meu).    
O Senhor Jesus usa a imagem de “ajuntar tesouros no céu” em contraste com “ajuntar tesouros na terra”. Este é perecível, vão, os ladrões roubam, a traça e a ferrugem consomem. Mas o tesouro que ajuntamos no Céu ninguém rouba ou consome.
Aqui, de acordo com o contexto do Sermão do Monte, fica claro que a prioridade do seguidor de Jesus deve ser viver a ética do Reino de Deus neste mundo. No lugar de apelo às riquezas ou quaisquer coisas materiais, nossa prioridade está centralizada nas coisas de Deus — amar a Deus, fazendo caridade para com o próximo, orando com fervor ao Senhor, jejuando e vivendo a piedade cristã com sinceridade e inteireza de coração, pois 
uma vez que o coração se apega ao “tesouro”, àquilo que a pessoa mais valoriza, daí a importância de que esse tesouro, daquilo que lhe é mais caro, esteja nas coisas de Deus e seja mesmo o próprio Deus. Em se mantendo tal tesouro, o discípulo nunca perderá a esperança.10  
Onde juntar tesouros?
Tudo o que recebemos vem de Deus. Quando não temos essa perspectiva, achamo-nos donos de nossas vidas e abandonamos o Criador. É contra isso que a parábola do rico insensato insurge-se (Lc 12.). Nela, o fazendeiro acha-se muito afortunado, não se lembra de Deus e nem se importa com as pessoas necessitadas. A sua confiança está fundamentada nas riquezas que possui; por isso, ele “descansa, come, bebe e folga”. Isso ele faz dialogando com a alma dele (v. 19). Quando o interior é devorado pela cobiça, a mente é achacada pela concentração somente nos objetos terrenos, e o coração é tomado pelo desejo de possuir riquezas. A alma já não é alma mais, o transcendente desapareceu, e o espírito é como se não existisse. Não por acaso, explode a pergunta que acerta o âmago da questão: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será?” (v. 20). Ou seja, Deus disse que a vida daquele rico insensato extinguiria naquela noite. O insensato não tinha noção do que aconteceria com a própria alma. Nosso Senhor encerra a parábola dizendo que assim acontecerá com aqueles que ajuntam “tesouros para si” e não é rico para com Deus. 
O que fica claro no texto é que viver a vida como se Deus não existisse é a consequência natural de quem prioriza a riqueza e os sucessos terrenos deste mundo. Por isso que o Senhor enquadra de maneira assertiva os ricos desse mundo: “Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os que têm riquezas! Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus” (Lc 18.24,25). A questão aqui não é que a pessoa não entrará no Reino de Deus por causa da sua condição de rico, mas, sim, porque ela prioriza a suas riquezas e, consequentemente, distancia-se de Deus. Ou seja, a pessoa rica, com a cabeça integralmente voltada para as coisas terrenas, escolhe abraçar “Mamom” (o deus das riquezas e das coisas terrenas), pois de nada ela sente falta e, portanto, julga não precisar de Deus. 
Entretanto, é importante ressaltar que quem foi materialmente abençoado por Deus e não pôs a sua confiança na incerteza das riquezas, mas nEle, e usa os seus bens para aliviar o sofrimento do outro e abundar em boas obras, poderão ter de Deus um grande favor: “Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; que façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna” (1 Tm 6.17-19). Assim, creio estar claro que, aqui, não há nenhum incentivo à pobreza ou algo do gênero, mas uma palavra de bom senso. Graças a Deus temos na sociedade seguidores de Jesus que alcançaram altos postos. Muitos foram alçados por Deus em nobres posições. Outros ainda alçarão. Talvez você esteja entre eles, caro leitor. Mas a palavra divina para quem chega lá é: “não ponham a esperança na incerteza das riquezas”. Estas, por mais abundantes que sejam, passam. O sopro de vida pode cessar a qualquer momento. No fim, o que sobrará? 
Logo, percebemos com clareza que juntar tesouros no Céu é abundar em boas obras, não viver a vida só dirigida para o conforto financeiro, priorizando os empreendimentos terrenos. A vida vai além disso, pois nosso fundamento é Deus. Assim, devemos glorificá-lo em tudo. Nossa esperança não pode estar assentada na “incerteza das riquezas”, mas na “certeza de Deus”. As coisas terrenas são frívolas, mas as de Deus são eternas.   
CONCLUSÃO
Só compreenderá a natureza da ética de Jesus quem nasceu de novo. Por isso, o Sermão do Monte foi dirigido aos discípulos de Cristo. Nele, não importa apenas “não fazer”, mas também o porquê de não fazer. Compreender a natureza de nossas práticas é fundamental para sermos parecidos com Jesus. Os princípios ensinados por Ele no sermão devem ser o fundamento de nossa prática piedosa e da forma como negociamos na vida.
Jesus não deve dominar só nossa vida espiritual, mas também nossa existência inteira. O que “somos” gira em torno de todas as esferas da vida em que nos encontramos. A vida espiritual deve ser dominada por Jesus, mas a material também. O que negociamos, o que prometemos, o que estudamos, o que empreendemos; enfim, tudo o que pensamos e fazemos deve ser dominado por Jesus. Isso, inevitavelmente, passa pela compreensão dos princípios expostos no Sermão do Monte, o código de ética do Reino de Deus.  
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
BERGANT, Dianne; KARRIS, Robert J. Comentário Bíblico. Vol. 3. 3.ed. Rio de Janeiro: Edições Loyola, 2001.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
CARVALHO, César Moisés. O Sermão do Monte: A Justiça sob a Ótica de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
HOLMES, Arthur F. Ética: As decisões morais à luz da Bíblia. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
*Adquira o livro do trimestre. Jesus Cristo: Filho do Homem: Filho de Deus. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma BuenoEditora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 HOLMES, Arthur F. Ética: As decisões morais à luz da Bíblia. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.10. 
2 CARVALHO, César Moisés. O Sermão do Monte: A Justiça sob a Ótica de Jesus. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 102. 
3 BERGANT, Dianne; KARRIS, Robert J. Comentário Bíblico. Vol. 3. 3.ed. Rio de Janeiro: Edições Loyola, 2001, p. 19.  
4 Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1395. 
5 Ibid, 1995, p. 1396. 
6 BERGANT, Dianne; KARRIS, Robert J., 2001, p. 20. 
7 ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 56.
8 CARVALHO, César Moisés., 2017, p. 102. 
9 ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 56. 
10 CARVALHO, César Moisés., 2017, p. 123.

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