terça-feira, 5 de maio de 2020

Lição 06 - 2º Trimestre 2020 - O Meu Amigo Acaba com a Tempestade - Maternal.

Lição 6 - O Meu Amigo Acaba com a Tempestade 

2º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Mostrar às crianças que Jesus tem poder sobre a ação da natureza e que esta lhe obedece. 
Para guardar no coração: “O Senhor guardará você de todo perigo [...].” (Sl  121.7)
Seja bem-vindo 
“Vamos para o outro lado do lago”. Este foi o convite que levou os discípulos de Jesus a entrar no barco. Será que os seguidores do Mestre teriam obedecido, caso soubessem que tempestade tão terrível os golpearia? O convite de Cristo, é que trabalhemos para Ele, não é um lago onde sempre há bonança. Pelo contrário! Quem se dispõe a seguir Jesus enfrenta ventos e tempestades. 
O que estava ao alcance dos discípulos para sanar a situação? Talvez, colocar a água para fora do barco, ou ajustar as velas. Mas eles, além destas providências terrenas, também apelaram à divina. “Mestre, nós vamos morrer!”
O que estava ao alcance de Jesus para sanar a situação? Primeiro, ensinar aqueles homens a exercitar a fé que possuíam. Depois, demonstrar a todos o seu incrível poder acalmando e emudecendo a tempestade. Que homem é este? É Cristo, que nos convida a atravessar o lago. Devemos, portanto, obedecê-lo a fim de fazer novos discípulos” (Karen Bandeira).
A nossa aula vai começar
“Receba os alunos usando um chapéu de marinheiro de dobradura (feito com papel branco). Cumprimente os visitantes, e acomode-os todos. Agora, ainda com o chapéu, comece a perguntar, como se eles fossem marujos em um barco, e você, o capitão: “Vocês observaram o tempo hoje, marujos? Viram se está chovendo? Está ventando?
Mas em que direção o vento está soprando?” Brinque um pouco fingindo, com gestos, que está girando o leme da embarcação. Depois, explique que a aula de hoje será sobre uma forte tempestade, que quase afundou um barco.
Cantem o hino “Meu barco é pequeno, tão grande é o mar...”, ou outro adequado ao tema. Façam gestos ao cantar.Com a ajuda de um voluntário, recolha as ofertinhas. Nunca deixe de explicar com palavras breves porque devemos ofertar ao Senhor” (Karen Bandeira). 
O que aprendemos hoje
“Na aula de hoje, aprendemos que Jesus tem tanto poder, que até a natureza o obedece. Os animais, a chuva, o vento e o mar sempre ouvem a voz de Deus porque foi ele que os criou. Nós, assim como a natureza, também fomos criados por Deus e devemos obedecê-lo em tudo. Também aprendemos que não é preciso ficar com medo, como os discípulos. Quando enfrentarmos uma situação difícil e apavorante, devemos orar pedindo ao nosso amigo Jesus que venha nos ajudar. O poder dele é tão grande, que ele é capaz de qualquer coisa para nos socorrer” (Karen Bandeira).
Você sabia...
“Naquele dia, havendo-se despedido da multidão, Jesus e os discípulos planejavam atravessar, numa embarcação, o lago de Quinerete (ou Tiberíades). Esta região ainda hoje é golpeada por tempestades que descem dos montes adjacentes, principalmente o Hermom. Durante a travessia do lago, de repente as águas e o vento tornaram-se impetuosos. O Príncipe da Paz, porém, dormia na popa, sobre uma almofada. 
A palavra hebraica para paz é shalon. Denota muito mais que a ausência de guerra e conflito. O significado básico de shalon é harmonia, plenitude, firmeza, bem-estar e êxito em todas as áreas da vida. Pode referir-se ao nosso senso pessoal de integridade e bem-estar, livre de ansiedade e em paz com a própria alma.
O pecado interrompeu a harmonia e a unidade entre a raça humana e a natureza. Antes de Adão pecar, trabalhava alegremente no jardim do Éden... e andava livremente entre os animais, dando nome a cada um. Antes havia harmonia entre a raça humana e o meio-ambiente, agora luta e conflito.
Por ocasião do nascimento de Jesus, os anjos proclamaram que a paz de Deus acabara de chegar à terra. Jesus deu aos discípulos a sua paz como herança perpétua antes de ir à cruz. Por isso, quando se crê em Jesus Cristo, se é justificado mediante a fé e se tem paz com Deus. A fim de que os crentes conheçam sua paz perpétua, Deus lhes tem dado o Espírito Santo, que começa a operar em nós um aspecto do fruto, que é a paz” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 1120).
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Marcos 4.35-41. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal
Envie suas dúvidas ou sugestões para telma.bueno@cpad.com.br

Lição 06 - 2º Trimestre 2020 - O Amigo Valente - Jd. Infância.

Lição 06 - O Amigo Valente 

2º Trimestre de 2020 
Objetivos: Os alunos deverão conscientizar-se da ajuda de Deus na sua vida a toda hora, ainda nos momentos mais difíceis. 
É hora do versículo: “Seja forte e muito corajoso [...]” (Js 1.7).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de Josué, que devemos confiar no Papai do Céu e não ter medo. Mesmo nos momentos mais difíceis Ele está conosco e nos ajuda a vencer. Josué era o sucessor de Moisés e grandes coisas ele precisava fazer. Só mesmo o Papai do Céu para ajudar Josué nesta tarefa difícil de ser valente.
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem o desenho de Josué, guerreiro muito valente. Deus o escolheu para ser líder do povo por sua valentia e obediência ao Papai do Céu.
licao6 jardim josue
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 06 - 2º Trimestre 2020 - O Encontro com Deus - Jovens.

Subsídios Lições Bíblicas - Jovens

Lição 6 - O Encontro com Deus 

2º Trimestre de 2020
Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus, estamos iniciando o preparo de mais uma lição. Segue abaixo o subsídio elaborado pelo comentarista do trimestre, pastor Reynaldo Odilo:
O Encontro com Deus
Introdução
Deus, ao longo das escrituras, em eventos pontuais, encontrou-se pessoalmente com vários de seus filhos, em revelações definidas como teofanias ou cristofanias. Esses encontros aproximaram o Infinito do finito, a Perfeição da vulnerabilidade, o Céu da Terra, desmistificando a ideia de que se alguém tivesse um encontro com Deus morreria (Jz 13.22,23).
As profecias, visões, sonhos, são revelações importantíssimas, porém os encontros com Deus têm impacto ímpar na vida dos adoradores. As ocorrências são abundantes: Abraão, Jacó, Josué, os pais de Sansão, dentre outros. Diante desse desejo divino, o Altíssimo, na plenitude dos tempos, tomou a forma de servo, e, fazendo-se semelhante aos homens, teve encontros com inúmeras pessoas. No evangelho de João, por exemplo, quase todos os episódios narrados caracterizaram-se fortemente por encontros entre Jesus e inúmeros personagens, conforme se vê nos respectivos capítulos: 1 - João Batista, André, Pedro, Filipe e Natanael; 2 - Maria e seus discípulos em um casamento; 3 - Nicodemos; 4 - Mulher samaritana; 5 - Aleijado no tanque Betesda; 6 - Grande multidão, no deserto, que foi alimentada; 7 - Judeus, durante a Festa dos Tabernáculos; 8 - Mulher adúltera; 9- Cego de nascença; 10 - Judeus, na Festa da Dedicação; 11 - Lázaro; 12 - Maria, irmã de Lázaro; 13-17 - Os discípulos, na noite em que foi traído; 18 - Judas, Anás, Caifás; 19 - Pilatos, Maria (sua mãe), João; 20 - Maria Madalena; 21 - Pedro.
Jesus poderia ter “terceirizado” vários desses encontros, enviando seus discípulos, ou mesmo um anjo, para representá-Lo, mas preferiu enfrentar perigos, fazer longas caminhadas, sair da zona de conforto, para chegar perto, olhar, tocar as pessoas pelas quais haveria de entregar Sua vida em sacrifício. O evangelista João, por conta disso, afirmou: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). 
Os indivíduos que estiveram com Jesus, e aceitaram Seu chamado, nunca mais foram os mesmos. Seu olhar (Lc 22.61,62), Sua voz (Jo 7.45-47), Seu comportamento (Mc 10.16), transformaram essas pessoas, as quais passaram a imitá-lo, seguindo o modelo que estabelecera, a tal ponto de isso ser reconhecido, inclusive, pelos que não acreditavam nEle (Mc 14.66-70; At 4.13). Em face de tal circunstância, a partir de Antioquia, os Seus seguidores, por fim, foram chamados de cristãos, haja vista reproduzirem genuinamente, em suas vidas, aquilo que aprenderam com o Mestre dos mestres. 
Jesus, igualmente, teve, no fim da Idade do Bronze (mais ou menos 1.400 a.C.) um encontro com um “soldado raso” efraimita, que tinha sido servidor de Moisés (Js 5.13-15), e que assumira recentemente a liderança de Israel, o qual precisava urgentemente conhecer Quem realmente estava no comando, para fortalecer sua fé e manter a visão da conquista na mente... “Este não era outro senão o Filho de Deus, o Verbo eterno, que aparecia naquela forma, e mais tarde assumiria o corpo para a redenção dos homens”1. Assim, o Senhor apareceu em forma humana, com uma espada desembainhada na mão, apresentando o símbolo da missão que Ele entregara a Josué (bem diferente do símbolo do ministério de Moisés, que era uma vara). Doravante, Josué precisaria derramar muito sangue, e Deus chancelava as guerras que estavam por vir, mas não sem motivo! Era o juízo do Senhor sobre as nações pagãs.
I- A antessala da Batalha
A guerra de aproximava e, por isso, Josué se retirou à noite, sozinho, provavelmente para meditar e orar, quando teve um encontro com Deus, pois, conforme Matthew Henry, aqueles que estão envolvidos dessa forma com a obra do Senhor, frequentemente presenciam manifestações gloriosas do Eterno. Assim, naquele ambiente solitário, Josué recebeu a visita do Comandante do Exército do Senhor, que portava uma espada na mão – símbolo da nova etapa do ministério de Josué – para lhe dar as instruções em relação ao cerco à Cidade de Jericó e à posse da terra2. O tempo do juízo sobre os canaanitas havia chegado.
A cultura canaanita, engendrada no inferno, ao longo dos séculos, protagonizou muitas abominações contra a santidade de Deus. Ocorre que, naquele tempo a medida da injustiça dos amorreus tinha se completado (Gn 15.16) e, por isso, o Senhor faria algo a respeito! Apresenta-se possível que alguém discorde de como se deu a conquista de Canaã pelo exército hebreu, alegando que houve excesso de violência, por Josué não ser poupado absolutamente ninguém dos povos subjugados.
Em que pese essa ponderação humanista, que ressoa a partir de proposições intelectuais cobertas pelo manto do “politicamente correto”, é certo que Israel jamais teria conseguido se estabelecer como povo e manter a identidade nacional se as sete nações pagãs, distribuídas em 31 reinos, continuassem sacrificando crianças, adorando astros celestes e animais, praticando feitiçarias, bem como praticando toda sorte de impiedade e, ademais, buscando a destruição dos hebreus. A contaminação cultural e o sincretismo religioso (com a extinção do culto monoteísta) seriam consequências inexoráveis.
A determinação do extermínio daqueles povos era uma sentença de Deus, sendo mister lembrar que as decisões do Altíssimo sempre são arrimadas nos mais precisos e perfeitos postulados da Justiça. Está escrito: “Seria porventura o homem mais justo do que Deus? Seria porventura o homem mais puro do que o seu Criador?” (Jó 4.17). Ele é o Sumo Bem e a Perfeita Justiça e, portanto, nunca erra em seus atos sancionatórios.
Conhecer o campo de guerra apresenta-se como necessidade indispensável de um comandante. Dois espias já tinham sido enviados, entretanto, agora, foi o próprio Josué quem saiu do arraial em Gilgal e deslocou-se até “ao pé de Jericó” (Js 5.13), por causa do seu senso de responsabilidade, e por sua devoção.
Existem certas condutas que o líder pode e deve delegar aos seus subordinados, entretanto outras – as decisivas – são personalíssimas, ou seja, somente aquele a quem Deus entregou o cajado, ou a espada, ou os dois, possui competência para realizar. 
Numa guerra, como aquela em que Israel se embrenharia, há muita emoção envolvida, mas só isso não traz a vitória. Faz-se necessário que a experiência de vida do líder, sua intimidade com Deus, sua altruística consciência do bem coletivo (características de um líder genuíno), estejam à disposição efetivado povo. Foram, sem dúvida, alguns desses fatores (além do desejo de meditar e orar) que estimularam Josué a caminhar até o local da batalha e ali teve um encontro com o Senhor. Com as impressões colhidas pessoalmente, ele forneceria orientação àqueles que integravam a cadeia de comando, a fim de que o exército agisse com ações coordenadas, racionalizadas, medidas e sopesadas com outras circunstâncias. Deus, em sua sabedoria, estabeleceu hierarquia na sociedade, na igreja, nos lares, dando aos líderes a prerrogativa de tomarem as decisões mais importantes, para que tudo aconteça prosperamente, com ordem e decência.
A vista dos olhos leva os indivíduos a reagirem aos estímulos visuais que são apresentados. A visão estratégica, porém, enxergar muito mais além do que aquilo que está diante dos olhos, conferindo a possibilidade de “ver” além das circunstâncias do presente. A distinção entre vista e visão, portanto, pode ser comparada à forma como uma criança e um ancião, respectivamente, compreendem a realidade do mundo.
Assim, Josué buscava entender como agir naquela situação insólita, por isso anelava uma visão estratégica. A passagem pelo Jordão, que lhe trouxera “grande aflição”, conforme aduz Josefo3, já estava resolvida, contudo, nesse instante ele precisava de novas orientações de como enfrentar uma cidade teoricamente invencível.
Destarte, Josué, cheio de fé (Hb 11.30) no afã de colher informações para a batalha, “levantou os seus olhos, e olhou” (Js 5.13), dando a ideia que buscou enxergar o todo, não apenas a particularidade, visualizando as dificuldades, mas igualmente as conquistas que estavam por vir. E, após, diz que ele “olhou” (hb. “ra'ah” – considerar, examinar, inspecionar, perceber). Josué, enquanto olhava, considerava as hipóteses, examinava os caminhos, inspecionava as probabilidades, percebia os percalços... Em nossas lutas, sejam elas grandes ou pequenas, similarmente, sempre devemos buscar a visão estratégica, atentando claramente para tudo e esperar a resposta de Deus!
II - Deus aparece a Josué
Ao se encontrar com Moisés (Ex 3), o Altíssimo se apresentou como “Eu Sou o que Sou”. Agora, no encontro com Josué, ao ser perguntado se era amigo ou inimigo de Israel, Deus se anunciou como o Príncipe do Exército do Senhor. Por que o Eterno não respondeu “Eu sou o que Sou”? É que a resposta dada a Moisés indicava que o nosso Deus “seria” o que fosse necessário que Ele fosse, para agir em prol do seu povo, inclusive o Príncipe do Exército do Senhor, ou o Senhor Poderoso na guerra (Sl 24.8), Maravilhoso Conselheiro, Príncipe da Paz etc.
Então, aqui, o Todo-Poderoso colocava-se como o General da campanha bélica que se avizinhava. Que grande consolo! Josué ouviu a melhor e mais tranquilizante resposta. Aos seus ouvidos soou mais ou menos assim: — Eu estou no comando da situação. Sou Eu quem vou resolver por você! A promessa de Deus “como fui com Moisés, assim serei contigo” cumpriu-se literalmente nesse encontro. 
O verdadeiro adorador, vivendo em obediência, não tem medo de se aproximar de Senhor, ainda que Ele tenha uma espada na mão. Davi, um homem segundo o coração de Deus, temeu quando viu o Anjo com uma espada na mão (1Cr 21.16,30) porque estava sendo castigado por causa do pecado, mas em situações normais ele anelava sempre estar perto do Senhor (Sl 22.11; 34.18; 63.8 etc.).Josué, por esta em comunhão com o Eterno, ao ver o Homem com a espada na mão, da mesma forma como Moisés agiu quando viu a sarça ardendo (Ex 3.3,4), aproximou-se dEle, mesmo sem saber quem Ele era.
Josué tinha o desejo de ter experiências com o Senhor (Ex 33.11), porém não sabia que seria naquele momento.
Salomão escreveu que há tempo de guerra e tempo de paz (Ec 3.8), ou seja, ainda que seja um mesmo povo, vivendo em determinada região, sob idêntico ambiente sociopolítico interno, com regular padrão cultural, dependendo das condições de “temperatura e pressão”, certamente enfrentará circunstâncias de morte iminente ou de vida abundante. Era o caso de Israel, que passou 40 anos praticamente sem guerras com os vizinhos, mas após a travessia do Jordão transformou-se em um povo conquistador. Com isso os símbolos (e Deus sempre trabalha com eles) seriam alterados. 
No tempo de Moisés, a guerra era a exceção, tanto é assim que não houve conflito armado, insurreição, no Egito. Eles saíram em paz. Por tal circunstância, no evento da sarça ardente, Deus ao chamar Moisés para libertar da escravidão egípcia, a vara de Moisés foi colocada como o centro daquela manifestação divina. Note-se, também, que em quase todos os milagres, sinais e prodígios ocorridos na terra do Egito e no deserto, a vara de Moisés, e também a de Arão, em certas ocasiões, foram instrumentalizados para a glória divina.
Depois de atravessarem o Mar Vermelho, houve um ataque dos amalequitas, no deserto, e para que os israelitas lograssem vitória, Moisés ficou com as mãos levantadas segurando a vara e, para tanto, precisou da ajuda de Arão e Hur. Era um gesto simbólico, que denotava total pacificidade dos hebreus, os quais foram atacados covardemente. Israel compreendeu o tempo de peregrinação que viviam.
Sob a égide governamental de Josué, todavia, um novo tempo se iniciava. O foco desse período seria a conquista pela espada, conduzida pelo Príncipe do exército do Senhor, (e também pela lança de Josué – Js 8.18). Nada viria de graça, de “mão beijada”. Eles deveriam ir à luta, pela fé (Hb 11.30,33,34).
Alguém poderia questionar: por qual razão o Senhor exigiu que Israel guerreasse contra as nações de Canaã? Por que Ele não deixou aquela terra intocável, aguardando a chegada dos hebreus?  Por qual razão Ele permitiu a morte de milhares de pessoas, algumas das quais criancinhas, cujos pais eram devassos? Esse é um dos maiores dilemas sobre o qual a filosofia tem se debruçado por milênios, mas ainda não encontrou, racionalmente, uma resposta satisfatória. C.S. Lewis, um dos maiores apologistas do Século XX, enfrentou com profundidade o tema, sobre o qual afirmou:
Se Deus pensa que o estado de guerra no universo é um preço justo a pagar pelo livre-arbítrio– ou seja, pela criação de um mundo vivaz no qual as criaturas podem fazer tanto um grande bem quanto um grande mal, no qual acontecem coisas realmente importantes, em vez de um mundo de marionetes que só se movem quando ele puxa as cordinhas – , devemos igualmente consentir que o preço é justo”.4  
Lewis, com sua perspicácia habitual, compreendia que o “estado de guerra” era uma circunstância derivada do livre arbítrio dos seres humanos. Os descendentes de Cão decidiram criar uma cultura diametralmente oposta à vontade de Deus, ao passo que os descendentes de Sem, pela linhagem abraâmica, escolheram servir ao Senhor. Ambos os povos fizeram suas escolhas, e toda escolha é como uma semente: tem potencial para produzir frutos (consequências).Aos seus caminhos se cruzarem, então, no fim da Idade do Bronze, e por existirem interesses antagônicos, eclodiu a guerra entre eles, como disse Lewis, consequência do livre arbítrio concedido. 
O novo tempo marcado pela espada, e pela lança, não mais pela vara, era uma contingência da vida que todos deveriam aceitar – há tempo de guerra e tempo de paz. Se Deus, entretanto, não permitisse conflitos entre os humanos, o mundo seria melhor? A resposta é: não! A possibilidade de o homem ser livre para escolher seu próprio caminho é o que propicia a existência do amor, da fidelidade, da alegria, da comunhão, pois se a humanidade fosse programada para reproduzir somente coisas boas, nunca haveria uma família sobre a terra, mas os ajuntamentos humanos seriam como lojas de máquinas de informática – um show room de computadores limitados a rodar apenas um software. Nada mais; e isso seria muito pouco para um Deus tão grande, amoroso e sábio! Josué precisava, como todos os cristãos, ir à guerra, com “unhas e dentes”, em nome do Senhor.
III - Deus fala a Josué
Deus se fez, em Cristo, um de nós. Ele, ao se submeter à encarnação, não apenas ficou parecido conosco, mas tornou-se efetivamente um ser humano com paixões e fraquezas, como o profeta Elias, como um de nós (Tg 5.17), o qual em tudo foi tentado (Hb 4.15). Ele era 100% homem, e tão semelhante fisicamente aos seus conterrâneos que, para ser identificado na noite da traição, Judas precisou beijá-lo (na mão, forma como os discípulos tratavam seus mestres e nunca com um beijo no rosto, que era a saudação exclusiva entre os mestres). 
O único momento físico, possivelmente, em que Jesus se mostrou 100% Deus foi na transfiguração, nos demais Ele sempre viveu genuinamente como humano, cumprindo toda a justiça de Deus e provando, diante do Céu e de todos os Inimigos espirituais, nas regiões celestiais, que um homem pode amar a Deus acima de todas as coisas – de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento, sendo, por isso, posto como exemplo para os fiéis (Jo 13.15; 1Pe 2.21).
Assim, no desiderato profético de ser como um de nós, e trazendo naquela figura o sentido da visita celestial, Jesus se apresentou à Josué como um guerreiro, usando trajes típicos e com uma espada na mão, o que fez Josué se confundir e perguntar, de maneira pouco cerimoniosa, e até com certa ousadia: — “És tu dos nossos ou dos nossos inimigos?” Interessante que Josué visitava frequentemente a tenda da congregação com Moisés, atravessou o Mar Vermelho e o Rio Jordão, presenciou as pragas do Egito e os milagres no deserto, viu o Monte Sinai fumegar pela presença divina, mas, ainda assim, não discerniu corretamente, pois seu olhar voltava-se para a dimensão humana (aliás, aquela não era a primeira vez que Josué não compreendia perfeitamente algo – Ex 32.17). Como isso é comum entre os homens de Deus!
O Senhor “Eu Sou o que Sou” disse, então, a Josué: “Não, mas venho agora como príncipe do exército do Senhor”. Que surpresa, Deus estava ali e Josué não sabia. O Altíssimo, em sua misericórdia, conhecendo o anelo de Josué estar perto dEle (Ex 33.11) perdoou-lhe a carnalidade e conduziu-lhe para junto a Si, como geralmente acontece conosco.
O Ser celestial revelou sua identidade e Josué, pelo Espírito, entendendo que era enviado pelo seu Senhor, prostrou-se (hb. naphal– cair, ser lançado no chão), num gesto de total submissão! Que cena expressiva! O comandante do exército de Israel estava se rendendo ao Príncipe do exército do Senhor; mas não só isso, o próprio Josué escreveu, no seu livro, que, ato contínuo, ele O adorou (hb. shachah– a mesma palavra utilizada noutros momentos de adoração ao Altíssimo, conforme Gn 24.26; Ex 12.27; Ex 34.8; Jz 7.15; 1Sm 15.31; 2Sm 12.20).
Depois de um certo tempo (não se sabe quanto), e ainda prostrado, Josué, com reverência e temor, perguntou “Que diz, meu Senhor, ao seu servo?”, demonstrando o alto grau de seu quebrantamento (um dos significados figurados de shachah). Ele não se considerava o comandante das forças de Israel, era somente um servo, pronto a obedecer ao verdadeiro Comandante, como habitualmente acontece com o verdadeiro adorador (At 9.5,6).
Logo após esse momento inicial de Graça (do Senhor) e devoção (de Josué), Deus fez a mesma advertência dita a Moisés, no encontro diante da sarça: tira as sandálias dos teus pés. Josué obedeceu prontamente, porque ele sabia que o culto ao Senhor deveria ser completo: reconhecimento da presença divina, humildade, adoração, oração, palavra de Deus e total reverência (recomendada pelo Altíssimo nessa última frase).
Infelizmente, porém, nos dias atuais, vive-se um período de crise de reverência e solenidade nas igrejas, onde alguns têm dificuldade em “tirar as sandálias de seus pés”, pela desconsideração dos elementos litúrgicos históricos, tornando-se nobre o que é informal (por óbvio, a formalidade ou a informalidade são valores neutros, porém, nesse caso, a informalidade ganha valor subjetivo, porquanto significa quebra de regras). Na verdade, existe hodiernamente quase uma ditadura da informalidade, do despojamento, porquanto não se respeita mais, em muitos lugares, o ambiente da presença de Eterno, diferentemente do que acontecia na Bíblia, quando Deus exigia dos homens extrema reverência e solenidade nos cultos, sob pena de serem imediatamente fulminados, como aconteceu com Nadabe, Abiú, Uzá, Uzias, Ananias e Safira.
Embora Deus não habite em templos feitos por mãos humanas, nem no Monte Sinai, ou em Canaã, Sua presença sacraliza o ambiente de culto, e, por isso, imprescindível que os cristãos celebrem ao Senhor com total reverência e solenidade, em consonância com a Sua palavra, para que Ele encontre em nós verdadeiros adoradores (Jo 4.23,24).
Josué, como dito, mesmo sendo o maioral em Israel, não teve qualquer resistência à ordem recebida de ficar descalço, entretanto, alegremente se submeteu a Ele, reconhecendo, como diz Matthew Henry, que a presença divina “enquanto continuava lá, de certa maneira santificava e dignificava o lugar”5.
Conclusão
Josué não poderia entrar na guerra contra Jericó sem antes ter um encontro com Deus, como deve acontecer com os cristãos antes de qualquer empreendimento de fé, pois são nesses momentos que a mente fica sensibilizada para as realidades divinas e quando as estratégias de Deus se descortinam limpidamente. Josué logrou êxito em toda a sua trajetória vida, porque soube reconhecer que “o cavalo se prepara para a batalha, mas a vitória vem do Senhor” (Pv 21.3).Sem dúvida, “um homem torna-se grande quando se torna humilde e respeitoso na sua atitude para com Deus”.6

1 LIVINGSTON, George Herbert; COX, Leo G.; KINLAW, Dennis F.; BOIS, Lauriston J. Du; FORD, Jack; DEASLEY, A.R.G.. Comentário Bíblico Beacon. 1ª ed., vol. 2, Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 39. 2 HENRY, Matthew. Comentário Bíblico - Antigo Testamento - Josué a Ester. vol. 2, Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp. 22,23.3 JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 238.4  LEWIS, C. S.. Cristianismo Puro e Simples. 1ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 64.5  HENRY, Matthew. Comentário Bíblico - Antigo Testamento - Josué a Ester. vol. 2, Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 23. 6 HENRY, Matthew. Comentário Bíblico -Antigo Testamento - Josué a Ester. vol. 2, Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 23.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 06 - 2º Trimestre 2020 - A Condição dos Gentios sem Deus - Adultos.

Lição 6 - A Condição dos Gentios sem Deus 

2º Trimestre de 2020
Até a graça de Deus se manifestar aos gentios, eles estavam completamente alienados dos grandes pactos divinos: O “pacto abraâmico” (Gn 12.1-3); o “pacto mosaico” (Dt 28.1-14); o “pacto davídico” (2 Sm 7.13-16). Esses pactos traziam a promessa messiânica e os gentios encontravam-se completamente alheios às promessas e separados da comunidade de Israel. Nesse sentido, a presente lição busca esclarecer de que modo os gentios estiveram privados dessa promessa. Em primeiro lugar, para explicar essa condição, explique o conceito espiritual de circuncisão e incircuncisão. Esses dois conceitos são importantíssimos, pois espiritualmente, eles constituem a separação entre judeus e gentios. Em segundo lugar, explicite a antiga condição dos gentios sem Deus e sem Cristo. E, finalmente, no terceiro tópico, afirme que desprovidos de Deus os gentios marchavam para a perdição eterna.
Resumo da lição
O que desfez a situação caótica dos gentios é que em Cristo, pela graça de Deus mediante a fé, eles tornaram-se descendência de Abraão e herdeiros das promessas. Mas até chegar a esse estágio, as Escrituras mostram a condição em que os gentios se encontravam.
Assim, o primeiro tópico da lição conceitua “circuncisão” e “incircuncisão”, mostrando que espiritualmente os gentios eram incircuncisos e, por isso, eles não faziam parte do pacto da circuncisão e, consequentemente, estavam excluídos da aliança com Deus.
O segundo tópico mostra o quanto os gentios estavam estranhos ao Concerto da Promessa. A antiga condição dos gentios era desoladora: viviam sem Cristo e estavam separados de Israel. O que significava que os gentios estavam sem Cristo e não possuíam esperança alguma. Era uma tragédia existencial.
O terceiro tópico aprofunda a desesperança gentílica e sua alienação de Deus. Viver sem esperança revela uma destruição moral e espiritual. Os gentios eram “engolidos” por uma perspectiva sombria, preocupante e incerta do mundo antigo; diferentemente da esperança de um triunfo de justiça e de amor revelada no Evangelho.  
Aplicação
Para concluir a lição, você pode refletir com a classe acerca do que significa viver uma vida sem esperança e sem Deus. Que sentido ela teria sem esses sustentáculos existenciais? Faça essa reflexão a partir do texto bíblico de 1 Coríntios 15.12-19.
Subsídio extraído da Revista Ensinador Cristão - Ano 21 nº81 (Jan/Fev/Mar) 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 05 - 2º Trimestre 2020 - Onde Servimos a Deus - Juniores.

Lição 5 - Onde Servimos a Deus 

2º Trimestre de 2020
Texto bíblico – 1 Coríntios 15.58; Mateus 25.34-40.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão que a Casa de Deus também é um lugar de serviço. Há pessoas que pensam que fazer a obra de Deus significa apenas frequentar os cultos regularmente ou mesmo os ensaios para apresentações do departamento em outras igrejas. Entretanto o serviço cristão vai além dessas práticas eclesiásticas que apesar de terem grande importância para o envolvimento dos membros com a igreja, ainda assim, não definem por completo o que significa servir a Deus.
Professor, esta é uma ótima oportunidade para você ensinar seus alunos que o serviço cristão envolve cuidar de pessoas. A lição de hoje apresenta o exemplo de Paulo, um servo do Senhor que dedicou sua vida à obra de Deus com muito amor. Paulo nos ensina que servir a Deus significa muito mais trabalhar em prol da edificação espiritual do próximo do que necessariamente pensar no engrandecimento pessoal. O serviço do Senhor envolve todas as ações que fazemos para alcançar os necessitados a fim de que sejam salvos e tenham uma nova vida debaixo da graça de Deus.
A Casa de Deus é um lugar muito especial onde aprendemos a cuidar uns dos outros. Não se faz a obra de Deus apenas pensando em beneficio próprio. A essência do serviço cristão está justamente em trabalhar para o beneficio do próximo e, acima de tudo, que Deus seja glorificado. Aproveite e mostre para os alunos que a Casa de Deus é o lugar reservado para aprendermos a praticar ações que contribuem para o crescimento da comunhão entre os crentes e fortalecimento da fé. 
Jesus ensinou aos seus discípulos que toda vez que fizéssemos algum bem ao próximo, seja através da doação de um alimento ou de uma vestimenta ou qualquer ação social/assistencial aos necessitados, a Cristo estaríamos acolhendo. Isso significa que a igreja tem a missão de pregar um evangelho que não somente apresenta o conhecimento que leva à vida eterna, mas também oferece o apoio que acolhe as necessidades do próximo.
Pensando nesta temática reúna seus alunos e faça uma atividade de assistência social. Converse com o pastor da igreja e elabore um ofício juntamente à secretaria. Após a Escola Dominical, organize a classe e distribua uma cópia do ofício para cada aluno. A turma poderá sair pelas ruas ao redor da igreja, bater de porta em porta, e pedir donativos e alimentos não perecíveis para ajudar pessoas que estão precisando de ajuda nesse sentido. O pastor da igreja deverá designar as famílias que mais precisam dessa ajuda. Esta é uma oportunidade de ensinar seus alunos a praticarem o bem ao próximo cumprindo o “Ide” de Jesus com amor e carinho para com o próximo. 

Lição 05 - 2º Trimestre 2020 - Os Dons de Curar - Pré Adolescentes.

Lição 5 - Os Dons de Curar 

2º Trimestre de 2020
A lição de hoje encontra-se em: 1 Coríntios 12.9; Atos 3.6-8.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos conhecerão a respeito de um dom muito requisitado no seio da igreja: os dons de curar. Não são poucos os que entram pelas portas da igreja à procura de um milagre. Há muitos, até mesmo membros da igreja, que estão enfermos realizando tratamentos em busca da cura. Outros já receberam o diagnóstico médico de que a sua enfermidade não pode ser curada, mas apenas controlada. Enfim, são situações difíceis que somente o Senhor, segundo a sua boa e agradável vontade, pode trazer a solução.
Os dons de curar são manifestações do poder de Deus que visam a cura de enfermidades dos mais diversos tipos e das mais diversas maneiras. E quando falamos em enfermidade isso inclui também aquelas que se referem à alma. Há muitas pessoas que estão enfermas fisicamente, porém a natureza de tal enfermidade está ligada diretamente com causas emocionais. Mas Deus deseja curar também as emoções das pessoas para que a saúde física seja restabelecida. Quanto à natureza deste dom a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1756) traz alguns detalhes consistentes que podem ajudar na compreensão de seus alunos:
Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30). O plural (“dons”) indica curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de Deus. Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (cf. 12.11,30), todavia, todos eles podem orar pelos enfermos. Havendo fé, os enfermos serão curados. Pode também haver cura em obediência ao ensino bíblico de Tg 5.14-16.
Isso não significa dizer que o crente deve abster-se de realizar o tratamento indicado pelos médicos ou mesmo deixar de tomar os remédios receitados. A cura divina é resultado da vontade e propósitos de Deus para cada situação específica. Não cabe a nós discutirmos as implicações para a realização de uma cura, antes devemos apenas seguir a orientação da Palavra de Deus no que diz respeito à fé para alcançar o milagre.
Há muitos relatos bíblicos que apresentam a necessidade de fé para se alcançar a cura. Em outros momentos é notória a intervenção divina independente da fé da pessoa que recebia o milagre. Por fim, isso nos faz compreender que Deus tem o controle sobre todas as coisas e realiza como quer de acordo com a sua própria vontade. Talvez seja difícil para muitos crentes aceitarem o fato de Deus tratar desta forma com as suas criaturas, porém é a mais nítida verdade que não pode ser negada.
Para complementar o ensino da lição de hoje sugerimos que você entregue aos alunos a seguinte atividade impressa: os alunos deverão pesquisar na Bíblia exemplos de milagres ocorridos mediante a fé para a cura e exemplos de milagres ocorridos diretamente pela intervenção divina. Determine um tempo para os seus alunos realizarem a atividade e, ao final, converse sobre o que eles descobriram com a pesquisa.
PESQUISA BÍBLICA
 Milagres ocorridos mediante a fé Milagres ocorridos pela intervenção divina
 Exemplo: A mulher do fluxo de sangue (Mt 9.18-22).   Exemplo: O paralítico de Betesda (Jo 5.1-18).

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Lição 05 - 2º Trimestre 2020 - Ezequias orou pedindo saúde - Berçário.

Lição 05 - Ezequias orou pedindo saúde 

2º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Compreender que podemos pedir saúde ao Papai do Céu.
É hora do versículo: “[...] eu sou o Senhor que os cura” (Êxodo 15.26).
Nesta lição, as crianças continuarão aprendendo que, através da oração, podemos pedir saúde ao Papai do Céu. Ezequias ficou muito dodói e poderia morrer por causa disso. Ele fez uma oração ao Papai do Céu e recebeu saúde novamente ficando sarado do seu dodói.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem a cena de um bebê doente. Recorte um pedaço de retalho e permita que as crianças cubram o menininho. Sugira que as crianças orem pelos amiguinhos que estão dodóis. Reforce que o pastor pode orar e ungir quem estiver enfermo.
licao5 bercario criancadoente








Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 05 - 2º Trimestre 2020 - O Meu Amigo Faz Um Morto Reviver - Maternal.

Lição 5 - O Meu Amigo Faz Um Morto Reviver 

2º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Que a criança aprenda que Jesus é poderoso. 
Para guardar no coração: “[...] Eu sou a ressurreição e a vida [...].” (Jo  11.25)
Seja bem-vindo 
“[...] O defunto era filho único de uma viúva, e muita gente da cidade ia com ela. Quando o Senhor a viu, ficou com muita pena dela [...]” (Lc 7.12b-13). Nesta semana, você vivenciará, por meio da história bíblica, mais este instante em que o coração de Cristo, tão cheio apenas de amor, se compadece do sofrimento humano. Que outra razão teve o Mestre para ressuscitar o jovem, senão o desejo profundo de fazer cessar o sofrimento da viúva? E por nós? Quantos gestos de amor Deus já dispensou-nos, sem que disso nos déssemos conta? O amor compassivo de Cristo veio garantir-nos não somente a vida eterna no céu, mas uma existência mais feliz aqui na terra, já que Ele nos consola nas aflições. Não vivamos, então, como mortos para a vida que Jesus nos deu. Embora nesse mundo, não devemos pensar como o mundo pensa, nem nos deixar levar por sua maldade e falta de ética. E se alguém estiver morto espiritualmente, saiba que Jesus tem poder para acordá-lo para a nova vida. Cristo tem para nós uma vida de amor. Para desfrutá-la, porém, não devemos amar o mundo, “nem as coisas que há nele. Se vocês amam o mundo, não amam a Deus, o Pai. Nada que é deste mundo vem do Pai” (1Jo 2.15,16).” (Karen Bandeira)
Perfil da criança 
“Afirmam os especialistas que uma criança desta faixa etária aprende mais através das emoções que pelos processos da mente. Então, faça de suas emoções um recurso para o aprendizado. Alcance-lhes a mente e o coração através de cânticos vibrantes, histórias cheias de suspense, e com um clímax realmente tocante. Coloque na sua voz e nas expressões corporais e faciais toda a emoção dos personagens da história. Nada é demasiadamente exagerado para a turma do maternal.” (Marta Doreto)
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Lucas 7.11-16. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal
Envie suas dúvidas ou sugestões para telma.bueno@cpad.com.br

Lição 05 - 2º Trimestre 2020 - O Amigo Líder - Jd. Infância.

Lição 05 - O Amigo Líder 

2º Trimestre de 2020
Objetivos: Os alunos deverão entender que Moisés era apenas um homem, mas com uma forte aliança com Deus e que soube fazer a escolha certa. 
É hora do versículo: “Ele é o Deus que me dá forças e me protege aonde quer que eu vá” (Sl 18.32).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de Moisés, que Deus o escolheu para ser um líder. Desde pequeno o Papai do Céu já estava preparando Moisés para ser o libertador do seu povo. Quando Deus falou com ele pela primeira vez, foi durante o episódio do arbusto que queimava mas não era destruído. 
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem o desenho da cena de Moisés diante do arbusto que queimava mas não era consumido. Reforce que Deus tem poder até para incendiar e não deixar queimar. Relembre que o lugar foi santificado pela presença de Deus e Moisés precisou retirar seus calçados.
licao5 jardim moises novo 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 05 - 2º Trimestre 2020 - Confirmando o Concerto - Jovens.

Lição 5 - Confirmando o Concerto 

2º Trimestre de 2020
Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus, estamos iniciando o preparo de mais uma lição. Segue abaixo o subsídio elaborado pelo comentarista do trimestre, pastor Reynaldo Odilo:
CONFIRMANDO O CONCERTO
Introdução
Caminhar com Deus apresenta, algumas vezes, exigências pouco compreensíveis, sob o prisma da racionalidade. Nesse diapasão, o Deus que criou o Universo e tudo que nele há, estabeleceu os princípios que regem o Seu relacionamento com os homens, e para tanto, prescreveu-lhes condutas, muitas das quais, é bem verdade, simbólicas, mas extremamente necessárias. Uma delas é a circuncisão, a remoção cirúrgica do prepúcio do órgão sexual masculino (Gn 17.11; At 7.8; Rm 4.11), anunciada pelo Senhor como condição indispensável, antes da Dispensação da Graça, para que alguém participasse do pacto abraâmico1 – a fonte de toda a bem-aventurança dos hebreus enquanto nação. Assim, para que Abraão cumprisse a sua parte na aliança (observe-se como Deus é humilde – submeter-se a fazer acordo com homens fracos e mortais), ele deveria se comprometer com a prática da circuncisão em todos os homens de sua casa.
O pai da fé cumpriu fielmente esse compromisso, que foi transmitido aos seus descendentes. Entretanto, durante a peregrinação no deserto, não consta a realização de nenhuma cerimônia de circuncisão. Deus, nesse período, deu aos hebreus mantimento, conforto, proteção, porém requeria deles (como requer da Igreja) uma atitude de obediência e fé, o que não aconteceu, e isso lhes custou, também, a perda do privilégio da celebração da Páscoa.
Quando a nova geração colocou os pés em Canaã – o evento conhecido como eisodus, Deus autorizou a circuncisão, para a confirmação da aliança, e a comemoração da Páscoa, pois uma nova etapa da vida deles estava chegando. Aliás, sabe-se que “aliança é um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos estão presentes: partes, condições, resultados, garantias”2. Nesse caso específico, as partes eram Deus e Abraão e seus descendentes; a condição para Abraão era a circuncisão, os resultados e as garantias eram com Deus, e, por isso, o Senhor fez um juramento, porque Ele queria “mostrar mais abundantemente a imutabilidade do seu conselho aos herdeiros da promessa” de forma que “por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta,” Abraão e sua descendência fossem consolados na esperança do cumprimento da promessa (Hb 7.13-18).
Na vida dos cristãos hodiernos, igualmente, Deus cerca seus filhos de muitas promessas que nos acalmam o coração se, realmente, aprendemos a descansar nEle. A missão de Jesus Cristo, em seu aspecto encarnacional, ou seja, quando adentrou e participou do mundo do sofrimento humano3, frequentemente falava sobre o futuro com seus discípulos, mostrando-lhes as lutas e dificuldades que enfrentariam, mas sempre lhes garantindo que dias melhores viriam, ainda que fossem quando atravessassem os umbrais da eternidade. Que importava? Desde que mantivessem intacta a aliança com o Senhor, nesta vida ou no provir, eles seriam mais que vencedores. As contingências próprias da existência, portanto, fossem elas agradáveis ou não, seriam apenas o tempero da vitória no Céu (Rm 8.18).
Circuncisão: um segredo de Deus para os hebreus
A circuncisão não trazia em si a concretização de uma aliança,  ela representava a adesão humana ao concerto firmado pelo Senhor com o patriarca Abraão (Gn 17.9-14)– uma condição imposta por Deus, como dito anteriormente, que consistia em um ato de obediência e fé (Dt 10.16; Jr 4.4; Cl 2.11,12). A cirurgia (por óbvio, sem anestesia), feita com uma pedra amolada (Js 5.2), causava fortes dores e desconforto por até três dias, deixando uma cicatriz na carne que distinguia os israelitas dos demais povos. Para se entender o motivo pelo qual Deus não mudou o rústico instrumento cirúrgico utilizado para a circuncisão, mesmo com o avanço da metalurgia do bronze e ferro, mister lembrar que Jesus disse ser Ele a pedra angular rejeitada (Mc 12.10; At 4.11; 1Pe 2.7) e Paulo ter afirmado que Cristo era a rocha que os seguia (1Co 10.4).
Na verdade, Deus estava apontando sempre, com todas as regras cerimoniais, para Cristo. Prova disso é que Paulo, ao falar da circuncisão menciona que “Nele também vocês foram circuncidados, não com uma circuncisão feita por mãos humanas, mas pela remoção do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados juntamente com ele no batismo (...)” (Cl 2.11, 12 NAA). Assim, o apóstolo dos gentios fez uma ponte tipológica entre a circuncisão e o batismo em águas, ressignificando a circuncisão em relação à ordenança neotestamentária, haja vista que são momentos simbólicos da velha e nova aliança em que o ser humano morre para si mesmo e ressurge para Deus.
Ocorre, entretanto, que alguns estudiosos erradamente elegem o trecho de Cl 2.11,12 como argumento para defenderem o batismo em águas de bebês, alegando que as crianças hebreias, logo aos oito dias de vida, deveriam ser circuncidadas. Essa interpretação, todavia, não resiste ao melhor uso das premissas hermenêuticas. Ora, se por um lado, Paulo, para combater a doutrina dos judaizantes, ressignificou a circuncisão, de outro Jesus realizou a mesma engenharia interpretativa com festa da Páscoa, transmudando-a na celebração da Santa Ceia, porém poucos elementos cerimoniais permaneceram na nova “festa” instituída, inclusive não sendo observada o tempo em que acontecia, pois a Páscoa era realizada uma vez por ano, no primeiro mês, ao passo que a ceia cristã era celebrada sempre, na igreja primitiva, ao que tudo indica,  “no primeiro dia da semana”.
Dessa forma, há respaldo bíblico para afirmar que a Páscoa foi transmudada em Santa Ceia e que a circuncisão foi ressignificada pela ordenança do batismo. Contudo, daí a defender que haja batismo de crianças por que a circuncisão acontecia no oitavo dia de nascimento, constitui-se em verdadeira agressão hermenêutica, uma vez que não há designações neotestamentárias que fundamentem tal tese.
O pacto abraâmico, portanto, ao exigir como condição de aceitação a circuncisão, traduzia o simbolismo da morte do adorador, em oposição ao sacrifício de seres humanos, amplamente praticado em religiões pagãs. Paulo explica, todavia, que a circuncisão em si não era nada se a pessoa não fosse fiel a Deus, pois o que vale para o Céu é a circuncisão do coração (mente); a mesma regra aplica-se integralmente a quem participa da Santa Ceia.
No cristianismo, não adianta a pessoa apresentar santidade exteriormente se não houver, no interior, fidelidade, pureza e bondade. Nessa situação, o indivíduo não passará, como disse Jesus, de um sepulcro caiado, bonito por fora, nas cheio de podridão por dentro (Mt 23.27). Imprestável, portanto. Essa é, em suma, a ética do Reino de Deus em todos os tempos!
Uma marca de Deus
Ao longo da Bíblia observa-se o Senhor Deus, aqui e acolá, marcando as pessoas, seja no sentido físico, como foi o caso de Caim (Gn 4.15), ou espiritual, como se vê em Ez 9.4, em que o Altíssimo mandou que fosse colocada uma marca na testa daqueles que gemiam por causa do pecado de Jerusalém, e em Ap 19.16, quando Jesus, em glória, foi visto com uma inscrição na coxa: Rei dos reis e Senhor dos senhores. 
Interessante perceber, ao contrário, em Lv 19.28, que o Eterno proibiu aos homens colocarem marcas (hb. aqa` – que também pode ser traduzido por incisão, impressão, tatuagem) sobre a pele deles, pois isso teria uma representação simbólica importante sobre a “propriedade do indivíduo” – a quem a pessoa pertence – na medida em que havia um antigo costume no Oriente de que escravos e soldados levassem o nome ou o sinal de seu mestre ou comandante tatuado ou perfurado (cortado) em seus corpos para indicar a que mestre ou general eles pertenciam. Alguns devotos pagãos, igualmente, e com o mesmo sentido, marcavam a si mesmos desta forma, com o símbolo identificativo dos deuses que adoravam.
Assim, quando o Todo-Poderoso anunciou que a circuncisão – a resposta humana de aceitação – ficaria como sinal (hb. owth– marca distintiva, ou símbolo) da aliança estabelecida (Gn 17.11), demonstrava que, sendo Ele o Criador, poderia marcar os homens com a cicatriz da circuncisão, ou outra qualquer (como aconteceu com Caim) – isso é soberania – porém os homens não deveriam permitir nenhuma inscrição em sua pele (Lv 19.28), a fim de denotarem que suas vidas eram consagradas exclusivamente ao Senhor, que os marcara.
O significado espiritual da circuncisão, portanto, era tão importante que o apóstolo Paulo, pelo Espírito, em Rm 4.11 (versão NAA), afirmou: “E Abraão recebeu o sinal [gr. semeion– marca, símbolo – que indica, no texto, aquilo pelo qual uma pessoa é diferenciada das outras e pelo qual se faz conhecida] da circuncisão como selo da justiça da fé (...)”. Que visão extraordinária! Paulo estava ensinando que a circuncisão deixava mais que uma cicatriz, era um sinal de Deus, o selo da justiça que provém da fé, porque não era autorizada em face da realização de algum ato de “justiça própria” do homem, que sugerisse sua autojustificação pelas obras da lei. Absolutamente, mas era realizada, pela fé, em todos os meninos (já que não existe predestinação individual para alguém ir para o céu ou o inferno) aos oito dias de nascimento.
O sinal de Deus no homem pela circuncisão (Rm 4.11), simbolizava a concessão divina de comunhão e autoridade que defluiriam, para todos que cressem, do sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário (com efeito retroativo), conforme está escrito: “...para que aquele que nEle crer...” (Jo 3.16). Nesse sentido, o mesmo Paulo escreveu: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo e para que, pela fé, nós recebamos a promessa do Espírito” (Gl 3.13, 14 – grifo acrescido). Isso é Graça, o dom imerecido. O selo da justiça da fé.
Mister recordar, porém, que a geração que saiu do Egito, não obstante circuncidada na carne, não tinha coração e lábios circuncidados (Ex 6.12; Lv 26.41; Rm 2.25), por isso morreu no deserto. Nesse passo, em Gl 6.17, Paulo fez lembrar que trazia no seu corpo as marcas (gr. stigma– sinal perfurado ou marca "a ferro e fogo") de Cristo. Essas marcas espirituais (embora ele possa aqui estar fazendo um trocadilho pelas cicatrizes que possuía, em face das 195 cruéis chicotadas recebidas dos judeus – 2 Co 11.24) constituíam-se no selo de sua comunhão com Deus e autoridade espiritual. Por isso, os gálatas não deveriam molestá-lo por questões sem importância, alusivas à lei mosaica, haja vista que ele já tinha o suficiente para a salvação– as marcas de Cristo.
Requisito para ser guerreiro
Para vencer as guerras que se avizinhavam, além da bênção de Deus, Israel precisava de um exército valoroso, obediente e cheio de fé, à altura do seu líder. Por isso, a restauração do pacto abraâmico era condição indispensável para se comer a Páscoa (Ex 12.44,48), bem como para um hebreu tornar-se guerreiro (Js 5.4); aliás, em Gn 17.14 Deus disse que os não circuncidados deveriam ser exterminados do povo e, de fato, o Senhor quase matou um filho de Moisés porque ele não era circuncidado (Ex 4.24-26).
Por tudo isso, a circuncisão para um guerreiro soava com uma verdadeira proteção (1Sm 17.26,36; Jz 14.3; 15.18; 1 Sm 14.6; 18.25; 2Sm 1.20; 3.14), que trazia a garantia da aliança com Deus, entretanto, ao mesmo tempo, tratava-se de uma cirurgia extremamente debilitante. Para se ter uma ideia das sequelas físicas, em Js 5.8 está escrito que o exército ficou desmobilizado até que sarassem as feridas, as quais provocavam fortes dores nos homens por, pelo menos, três dias (Gn 34.24,25), explicação apresentada por Josué como justificativa para a excepcionalidade da não circuncisão dos guerreiros até aquele momento (Js 5.4-7).
Um lugar chamado Gilgal
Lugar de aliança
Deus frequentemente escolhe lugares especiais para atos marcantes. Alguns desses ambientes são de incomparável beleza, como foi o caso de Cesareia de Filipe, para onde Jesus levou seus discípulos e ali ouviu a declaração de Pedro de que Ele era o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.13-16); outros, porém, são bastante inóspitos e estigmatizados, tal como a Ilha de Patmos, que era utilizada para abrigar prisioneiros do Império Romano, onde Deus revelou todo o futuro a João. Assim, haja vista que nada acontece por acaso no Reino de Deus, o Senhor escolheu Gilgal como o local da renovação da aliança abraâmica, amalgamando os sentimentos de comunhão com Deus e a unidade de propósitos entre os Israelitas.
Gilgal, que pode ser traduzido por Monte de Prepúcios (Js 5.8 ARA), constituiu-se em um memorial, às gerações futuras, acerca das muitas circuncisões ocorridas– símbolo da conversão nacional – corroborando a ideia de que os prepúcios, quando cortados, foram amontoados em uma pilha e cobertos com terra, formando um pequeno monte.4 
Aquele lugar, na verdade, por muito tempo seria um espaço de referência para os hebreus, sendo que ali se tornou um dos três lugares em que Samuel julgava a Israel (1Sm 7.16), um local de sacrifícios (1 Sm 10.8; 13.8; 15.21) e onde Saul foi proclamado rei (1Sm 11.15). Talvez lá tenha se tornado o centro da escola de profetas no tempo de Elias e Eliseu (2 Rs 2.1-4; 4.38). Uma localidade, portanto, que participou de forma importante da vida política e religiosa dos israelitas. 
Lugar de exaltação
Em Js 5.9 o Senhor disse que, por causa da confirmação da aliança abraâmica, Ele tirou, naquele dia, o opróbrio (grande desonra pública) do Egito sobre os Israelitas, porque naquele momento “eles foram reconhecidos como sendo filhos de Deus livres, tendo o selo da aliança em sua carne” 5, não havendo mais nenhum resquício de influência da cultura do Egito. Isso significava que a vergonha, vexame, desgraça, de ter a aliança abraâmica suspensa (Nm 14.28-30), por causa do amor ao Egito (Nm 14.2-4), que gerou a desaprovação do povo diante de Deus, e fez milhares morrerem no deserto (Nm 14.22,23), resolvera-se ali!
A estratégia e perícia humanas apresentavam-se como elementos importantes para a conquista de Canaã, como se viu nos combates descritos por Josué, entretanto, caso os guerreiros estivessem conformados com este mundo (Rm 12.1,2), de nada serviria toda a preparação. Exemplo disso aconteceu em Nm 14.40-45, quando um grupo de combatentes, desobedecendo à orientação de Moisés, começou uma guerra para conquistar a terra prometida, mas foram fragorosamente esmagados pelos inimigos.
Da mesma forma, para os cristãos entrarem no descanso que Deus tem preparado para aqueles que O amam, deve ser removido todo o resquício de influência do mundo (o que Deus considera “opróbrio”), e isso se dá quando acontece a verdadeira conversão, pois “quem está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas já passaram e eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17).
Lugar de prosperidade
Gilgal, o primeiro acampamento em Canaã, era, por excelência, um lugar do qual manava leite e mel. Ali não havia crise hídrica, e nem crise de pão. Os israelitas se sentiam muito felizes em Gilgal, pois estavam livres das dificuldades que suportaram no deserto e julgavam nada mais terem o que recear.6 
Há um tempo, na vida do servo de Deus, que as coisas inexoravelmente são difíceis e, por isso, os milagres são abundantes, como aconteceu na caminhada pelo deserto. Entretanto, passado o deserto, renovada a aliança com Deus, e chegado o tempo do cumprimento da promessa, os milagres da Providência diminuirão, em face da prosperidade da abundância da terra prometida. Nesses dias, a dependência de Deus ainda será necessária (antes o povo era saciado milagrosamente com água saída da Rocha, todavia agora beberia regularmente as águas das chuvas – Dt 11.11,12), mas é certo que um novo padrão de acontecimentos, com alguma previsibilidade, desenvolver-se-á.
A celebração da Páscoa
Um pouco de história
A informação de Paulo de que o Reino de Deus consiste em justiça, paz e alegria no Espírito (Rm 14.17), confere com percepção de que o Senhor costumeiramente se relaciona com seus filhos através de festas, sejam elas as estabelecidas por Deus ou criadas pelas tradições. São muitas. O próprio Jesus, nos seus dias sobre a Terra, habitualmente frequentava festas, fossem elas religiosas ou não. No evangelho de João, por exemplo, quase todos os eventos narrados aconteceram antes, durante ou logo após a celebração de alguma festa; vale lembrar que primeiro milagre de Jesus aconteceu numa festa de casamento. Ele morreu na festa da Páscoa, Sua ressurreição e a ressureição dos santos, quando do arrebatamento, estão vinculadas biblicamente à festa das primícias (1Co 15.20-23) e o Espírito Santo foi enviado durante a festa de Pentecostes.
O que interessa, neste instante, entrementes, é tratar acerca de uma das mais importantes, a da Páscoa, que foi estabelecida por Deus, sob a administração de Moisés, em Ex 12.1-20, sendo determinado que, no dia 10 do mês de abibe (ou nisã), o povo separasse um cordeiro, ou cabrito, por família, porque, dentro de quatro dias, o animal seria sacrificado, assado no fogo e comido com pães ázimos e ervas amargosas, e isso apressadamente, haja vista que o povo estaria em retirada da terra dos faraós. Assim, no dia 14 do mês de abibe (ou nisã) ela foi celebrada pela 1ª vez no Egito (Ex 12.12); a 2ª vez aconteceu no deserto, ao pé do Sinai (Nm 9.5) e depois disso houve sua suspensão, por causa da rebelião dos filhos de Israel, pois em seus corações voltaram ao Egito (At 7.39), pelo que Deus rejeitou àquela geração. Quando, porém, em Gilgal, aconteceu a circuncisão dos hebreus que nasceram no deserto, e o Senhor retirou de sobre eles o opróbrio do Egito, pela confirmação da aliança abraâmica, o Senhor concordou que, pela 3ª vez em 40 anos, a Páscoa fosse comemorada.
Páscoa: um memorial judaico perpétuo
Importante mencionar que não há informação de que os crentes da igreja primitiva tenham celebrado a Páscoa, tendo Jesus a comido pela última vez, juntamente com seus discípulos, na noite em que foi traído, quando a reinterpretou, em consonância com suas próprias experiências, fazendo-a adquirir maior significado em Sua própria Pessoa, retendo, com isso, todo o simbolismo, ao estabelecer a ordenança da Santa Ceia 7. A partir de então os crentes estão esperando o dia em que Ele beberá conosco do fruto da vide no Reino do Pai (Mt 26.29; Mc 14.25; Lc 22.18), nas bodas do Cordeiro (Ap 19.7,9), mas em relação aos judeus ela foi estabelecida em memorial perpétuo (Ex 12.17). Paulo, nesse sentido, afirmou que Cristo é a nossa Páscoa (1Co 5.7)!
A perpetuidade do memorial judaico tem arrimo em suas raízes históricas, pois eles nunca devem esquecer que foram escravos do Egito e que o Senhor os tirou de lá com mão forte e braço estendido, sendo que o cordeiro trazia à lembrança o sacrifício; o pão sem fermento era um memorial à pureza e as ervas amargosas fazia menção à servidão amarga do Egito8. Não por a acaso, na Santa Ceia também, espiritualmente, fazemos a mesma viagem introspectiva, olhando para nosso o passado, presente e futuro em Cristo.
Páscoa: um símbolo poderoso 
A Páscoa era uma festa obrigatória para os hebreus, e a ausência injustificada de alguém apto seria punida com a morte, haja vista a força simbólica do evento. Confirmando tal circunstância, João Batista disse que Jesus era o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29), fazendo clara alusão ao Senhor como o Cordeiro pascoal, e, com isso, atribuindo-lhe um simbolismo ainda mais poderoso: representava a morte do Filho Unigênito de Deus! 
Desde o início, quando celebrada ainda no Egito, não se tratava, aos olhos do Eterno, de mera celebração cívico-religiosa, era na verdade um culto ao Deus verdadeiro, o criador do Universo, o qual se encarnaria, fazendo-se semelhante aos homens, e entregaria voluntariamente Sua vida para salvar a humanidade de seus pecados.
Conclusão
A circuncisão nacional dos nascidos no deserto, bem como a comemoração da Páscoa, por Josué, em Gilgal, provavelmente, diante de Deus, foram os episódios mais importantes de seu ministério. A passagem pelo rio Jordão, a queda dos muros de Jericó, a vitória sobre 31 reis cananeus têm seu excepcional significado espiritual e histórico, sem dúvida, mas esses dois fatos, que cravaram irretorquivelmente que o Altíssimo voltava-se, com compromisso, à geração que entrou em Canaã, ressai gloriosamente como a garantia de que todas as outras coisas dariam certo. Israel, enfim, estava apto para tomar posse das promessas divinas.

1 PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard F.; REA, John. Dicionário Wycliffe. 1ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 421.
2 PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard F.; REA, John. Dicionário Wycliffe. 1ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 61.
3 STOTT, John W. R..O Discípulo Radical. Viçosa, MG: Ultimato, 2011, p.26.
4 HENRY, Matthew. Comentário Bíblico - Antigo Testamento - Josué a Estervol. 2, Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 21.
5 HENRY, Matthew. Comentário Bíblico - Antigo Testamento - Josué a Ester. vol. 2, Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 20. 
6 JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 241.
7 JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 241.
8 CHAMPLIN, R. N.. Enciclopédia de Biblia, Teologia e Filosofia. 13ª ed., vol. 5, São Paulo: Hagnos, 2015 p. 101.

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