quinta-feira, 14 de maio de 2020

Lição 07 - 2º Trimestre 2020 - DERROTANDO O PRIMEIRO INIMIGO - Jovens.

Subsídios Lições Bíblicas - Jovens


Lição 7 - DERROTANDO O PRIMEIRO INIMIGO  

 2º Trimestre de 2020
Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus, estamos iniciando o preparo de mais uma lição. Segue abaixo o subsídio elaborado pelo comentarista do trimestre, pastor Reynaldo Odilo:Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus, estamos iniciando o preparo de mais uma lição. Segue abaixo o subsídio elaborado pelo comentarista do trimestre, pastor Reynaldo Odilo:
DERROTANDO O PRIMEIRO INIMIGO 
Introdução
Sendo de conhecimento amplo e irrestrito que, se por um lado, na batalha da vida, há sempre obstáculos naturais (Sara não podia ter filhos, Moisés apresentava um problema na fala, Jefté nascera de uma prostituta, Mefibosete era aleijado, Zaqueu tinha baixa estatura etc.), conforme visto no capítulo 4, também se mostra irrefutável a existência de outras barreiras no caminho das conquistas, as quais não têm nada de “naturais”. São opositores que se levantam: uns espirituais, outros humanos, ou sentimentos de pânico, pensamentos contrários, traumas emocionais persistentes, fragilidades da própria estrutura psicológica de cada um...  Os mais cruéis, entrementes, elevam-se ao status de inimigos estratégicos, que precisam ser derrotados completamente, sob pena de arruinarem impiedosamente a marcha triunfal dos que amam ao Senhor.
Esses antagonistas vorazes surgem, muitas vezes, inesperadamente. Pessoas, ideias ou situações, que vêm para matar, roubar e destruir. Na Bíblia, as referências a esses tipos de adversários em relação aos servos de Deus são abundantes. Eis alguns exemplos: O inimigo estratégico de: 1)  Moisés –Ex 15.4-6,9; 2) Sansão –Jz 16.23,24; 3) Davi – 1Sm 24.4; 26.8; 2 Sm 22.18; 4) Elias – 1Rs 21.20; 5) Ester – Et 7.6; 8.1; 6) Jesus e da Igreja –Mt 13.39; Jo 10.10.   
Por óbvio, não existe apenas um inimigo estratégico ao longo da vida, mas vários que vão surgindo à proporção que se caminha. Também não significa que todos os adversários se enquadrem na categoria de “estratégicos”, isto é, que sejam mais fortes, vorazes e astuciosos. Todavia, qualquer que seja o inimigo, nunca ele deve ser subestimado, na medida em que, muitas vezes, a sagacidade do mal consiste em esconder, a princípio, a sua pujança, mordacidade, e, no momento oportuno, atacar com vigor, causando prejuízos irreparáveis e até a morte.
Assim, enfrentar Jericó, o inimigo estratégico, não era fácil, porém havia muita confiança de que Deus daria vitória, pois estava claro que aquela guerra não era somente de Israel, mas também do Senhor, pois chegara a hora do juízo divino, haja vista que a medida da iniquidade dos amorreus se completara (Gn 15.16; Dt 9.5; 18.12). Assim, os israelitas eram apenas uma divisão do Seu grande exército, junto com os Seus anjos (Sl. 148.2) e forças da natureza (Js 10.11-14; Jz 5.20). 
A grande questão que emergiu para Josué era se ele estava disposto a obedecer à orientação de Deus, ainda que ela parecesse “estranha”. Depois do encontro com o Capitão da Nossa Salvação (narrado em Js 5.13-16), Josué entendeu que a tática bélica deveria ser aquela (certamente) informada pelo Ser angelical. Para o inimigo estratégico ser derrotado, somente com armas espirituais, poderosas em Deus, e com a realização de movimentos orientados pelo Céu! Se Josué atendesse à voz de Deus não sofreria nenhum revés. A igreja do século XXI, igualmente, possui resiliência para esperar com paciência e agir somente na hora certa?
I - Verdades sobre um inimigo estratégico
Ele é forte e sagaz
Sob a inspiração do Altíssimo, Davi descreveu, de forma poética, sobre os muitos inimigos perigosos que cercam a caminhada dos que se refugiam em Deus, no Salmo 91: 
Porque ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa. (...) Não temerás espanto noturno, nem seta que voe de dia, nem peste que ande na escuridão, nem mortandade que assole ao meio-dia. (...) Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. (Sl 91.3,5,6,10)
Observe-se que nenhum desses inimigos enumerados são naturais, mas fazem parte de um plano maligno para desestabilizar quem busca refúgio em Deus. Por fim, Davi, pelo Espírito, mencionou acerca da pujança desses adversários tenebrosos anteriormente citados: “Pisarás o leão e a áspide; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente” (Sl 91.13). A figura do leão traz à tona a informação de que os inimigos a serem derrotados são mais fortes (Pv 30.30) e a imagem da áspide revela que eles são muito sagazes (Gn 3.1); após, seguindo a tradição da poesia hebraica, repete-se a ideia com “o filho do leão e a serpente” para se enfatizar a verdade. Ou seja, os inimigos estratégicos possuem mais força e detêm melhor planejamento de ataque, entretanto, “aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará” (Sl 91.1).
A cidade-estado, ou o reino de Jericó (dependendo do ângulo da observação político-administrativa), encaixava-se na descrição de inimigo estratégico de Israel, na conquista de Canaã, conforme atestado por dez espias enviados para inspecionar a terra 38 anos antes (Nm 13.28 – escavações arqueológicas mostram que ela possuía uma grande, forte e antiga muralha erigida há, aproximadamente, 800 anos) e que era protegida por homens impiedosos e ardilosos como serpentes. Afinal, o cálice da ira divina não seria derramado em uma população de justos, mas sobre um povo mau, corrompido espiritualmente, eticamente, moralmente socialmente, haja vista terem sido engodados secularmente por uma cosmovisão satânica, levando-os a práticas impiedosas em todos os sentidos.
Ademais, a cidade de Jericó estava encravada estrategicamente no meio da terra dos cananeus, conforme se observa em Dt 34.1, quando Moisés subiu ao monte Nebo, que estava na Transjordânia, defronte à Jericó, e por isso, ele teve uma visão ampla do território da Cisjordânia a ser conquistado. 
O servo de Deus deve alimentar e treinar seu espírito todos os dias, exercitando-se espiritualmente1, para, só assim, conseguir subjugar o seu inimigo estratégico. Essa é uma luta que vale a pena, pois quando o mal que intimida e enfraquece o servo de Senhor for derrotado, todas as outras conquistas se tornarão menos difíceis. 
Ele quer destruir
Jesus alertou que o inimigo estratégico do rebanho (o ladrão) vem somente para matar, roubar e destruir, todavia, entregando-se aos cuidados dEle, que é o Sumo Pastor, a ovelha terá vida em abundância (Jo 10.10). Esse desejo de destruição, de morte, é inerente ao adversário da obra de Deus (no homem) e, em consequência, o mal deve ser completamente aniquilado, como Samuel fez com Agague (1 Sm 15.32,33). 
O desejo do povo de Jericó, igualmente, era o de destruir Israel, pela análise do episódio dos dois espias. Ora, em Js 2.16,22, diz-se que os cananeus que procuravam os espias eram “perseguidores” (hb. radaph, que pode ser traduzido como aquele que busca ardentemente). Por outro lado, Raabe fez os espias descerem por uma corda e mandou-os ficarem três dias escondidos (a perseguição era exaustiva) e, por fim, está escrito que os canaanitas os buscavam “por todo o caminho” dando a entender que aquilo era uma questão urgente, de “vida ou morte”. Com certeza, o objetivo dessa busca não era para lhes oferecer um banquete de boas-vindas, a não ser que fossem servir comida envenenada! No cotidiano da vida, igualmente, há inimigos que querem “matar, roubar e destruir” os que vivem retamente, por isso, todo cuidado é pouco.
Ele só cairá com a ajuda de Deus
Josué precisava do auxílio do Céu para conquistar Jericó. Disso nenhum estudioso discorda. O rei Davi, no Salmo 91, depois de mencionar alguns adversários ferozes que planejam a morte daqueles que servem a Deus (tópico 1), passou didaticamente a explicar que aquele que confia no Senhor (Sl 91.2) somente os vencerá, se: 1) amar profundamente ao Senhor (Sl 91.14a); 2) conhecer (no sentido de ter intimidade) o nome de Deus (Sl 91.14b) e 3) invocá-Lo na hora da angústia (Sl 91.15). Noutro lugar, Davi reiterou que Deus é socorro bem presente na hora da angústia (Sl 46.1). Se Josué houvesse buscado outro tipo de socorro, refúgio, a derrota de Israel seria fragorosa. 
Para deixar bem clara essa verdade, de maneira pedagógica, Deus determinou, 40 anos antes, a fabricação de duas trombetas de prata – sofisticadas obras de arte (a prata era depurada no fogo, daí porque é símbolo da redenção, na Bíblia)– cujo toque serviria para conclamar o povo a fim de se reunir e também para dar o sinal de partida do acampamento, durante a caminhada no deserto. Entretanto, mais adiante, o Senhor disse que as trombetas também seriam tocadas quando os israelitas estivessem em dificuldades e nas festas religiosas (Nm 10.2, 9,10), fazendo emergir a ideia de que “em situação de perigo, soar as trombetas era, na verdade, uma oração para o socorro de Deus2, conduta que continuou após o fim da jornada pelo deserto. Assim, o toque das trombetas soava como um pedido de ajuda, na hora da angústia, e, com isso, movia-se o coração do Altíssimo em favor do povo, lembrando-se Ele da aliança abraâmica! Dessa forma, na hora da aflição, deve-se tocar a trombeta da oração, porque somente com a intervenção de Deus é que os inimigos serão destruídos. Provavelmente isso aconteça devido ao fato de que as pessoas que se levantam contra aquele que serve a Deus nunca agem estimuladas tão somente pela má índole, porém, sempre são instrumentalizadas pelo Diabo; por isso, o auxílio do Céu torna-se imprescindível.
II - A estratégia de Deus para a batalha de Jericó
Corte dos suprimentos do inimigo e manutenção do ânimo da tropa (6.1,2)
No milenar livro “A Arte da Guerra” aconselha-se que “tratando-se de tomar uma cidade, apressa-te em sitiá-lá, concentra nisso todas as tuas forças. Precipita-te” , mas essa não foi a orientação divina, pois Deus abriria um “flanco” de misericórdia para Jericó, ao determinar que a cidade, antes de atacada, fosse circundada por sete dias. Em Ap 4.3, da mesma forma, antes de serem abertos os selos (Ap 5), João viu o arco celeste ao redor do trono de Deus, o que representava a misericórdia do Senhor (Gn 9.13,16), que sempre é oferecida antes do juízo! Nesse mesmo sentido, importante transcrever o seguinte comentário:
A ordem dos eventos provavelmente não fazia sentido para os habitantes não arrependidos de Jericó. Diante deles passaram os homens de Deus armados, os sacerdotes com a arca do concerto e a retaguarda muda (8-10). Mui provavelmente esses acontecimentos confundiram os defensores de Jericó, mas os obedientes israelitas sabiam o que faziam e para quem o realizavam. Talvez eles não tivessem plena compreensão da razão pela qual esse padrão deveria ser seguido e não havia demonstração de que desejavam saber as razões. Mas eles estavam convencidos de que o jeito de Deus seria vitorioso. (...)
Os moradores de Jericó receberam um assento na primeira fila para ver a fidelidade demonstrada ao seu povo. Eles tinham conhecimento da travessia do mar Vermelho, das vitórias no deserto (2.10) e da abertura do rio Jordão. Esse Deus cumpridor de suas promessas estava diante deles para fazer uma avaliação. (...)
Dia após dia os habitantes de Jericó foram advertidos, foram chamados a considerar esse Deus vivo e foram testemunhas. A paciência e a longanimidade de Deus foram mostradas. O sétimo dia trouxe advertências ainda mais intensas. Finalmente chegou o dia do fim da graça da misericórdia. O julgamento assumiu o lugar da graça e da misericórdia. O salário do pecado caiu sobre os idólatras (20).4 
Na esteira do comentário anterior, viu-se o amor de Deus no estratégico desfile militar. Mesmo caindo sobre os homens de Jericó um grande pavor, pela presença circundante de Israel, isso não foi suficiente para quebrantar-lhes os corações, os quais se fecharam “em si” completamente. Ninguém saía nem entrava (Js 6.1). O que era uma porta de escape, tornou-se na ruína, pois isso enfraqueceu ainda mais a Jericó – os suprimentos escassearam. Como não haveria rendição, cortar a fonte de alimentação dos inimigos era a primeira medida. 
Dessa maneira, o Senhor estava, também, como mencionado na citação anterior, estimulando a fé dos guerreiros. Sun Tzu interpretou perfeitamente essa dupla função das manobras de guerra, ao vaticinar:
Durante a noite, o clamor dos tambores servirá para espalhar o pânico entre teus inimigos e recobrar o ânimo de teus soldados. Durante o dia, o tremular das bandeiras, a multiplicidade de suas evoluções, a diversidade de suas cores e a estranheza do conjunto, ao mesmo tempo que informam teus homens, mantendo-os de prontidão, ocupando-os e distraindo-os, semeiam a dúvida e a perplexidade no seio do inimigo.5 
Assim, ao Israel desfilar ao redor da Cidade de Jericó, os dois benefícios mencionados estavam sendo potencializados. Deus tinha dito antes ao cerco: “Olha, tenho dado na tua mão a Jericó, ao seu rei e aos seus homens valorosos” (Js 6.2).  Interessante que, ao repetir essa previsão de vitória, o Senhor usou a palavra hebraica ra'ah, que é traduzida nas versões ARC e ARA como olha, mas que poderia ter sido utilizada, em substituição, uma das seguintes expressões: observe, examine, inspecione, perceba, considere, discirna... O Altíssimo estava pedindo a Josué que atentasse para todo o cenário em sua volta, percebesse o enredo dos acontecimentos e considerasse o grande amor demonstrado, bem como Seu cuidado especial por Israel.
Assim, nos sete dias de manobras militares, o Senhor, à proporção que cortava suprimentos físicos e emocionais dos inimigos, fortalecia o coração dos hebreus, de maneira que pudessem, no momento certo, agir varonilmente!
Homens armados à frente dos sacerdotes
Na vida do servo de Deus, quase sempre, não se deve tentar compreender as coisas que acontecem, somente nos incumbe as aceitar. É assim que se caminha, sem transtornos, com Deus. Observe-se na estratégia aparentemente ilógica daquela batalha: Os homens armados sairiam marchando à frente, após seguiriam sete sacerdotes com buzinas, feitas de chifre carneiro, e, logo em seguida, a arca da aliança, conduzida não pelos coatitas (o que era a regra), mas por sacerdotes; por fim, a retaguarda. Nos seis primeiros dias, rodearam a cidade uma vez por dia e, no sétimo dia, contornaram-na sete vezes, aumentando a pressão em cima de todos. No sítio arqueológico de Jericó, escavado no século passado, o centro urbano apresenta uma circunferência de 2,3 Km, o qual poderia ser circundado, com facilidade, entre 15 e 20 minutos. Sendo assim, no último dia, o desfile durou, no máximo, 2h20min.
Portanto, o povo de Deus não se cansou, mas foi estimulado, aquecendo-se, à peleja. Esse, geralmente, é o modus operandi utilizado pelo Senhor nas lutas diárias do viver cristão.
À espera de um milagre
Como vencer um obstáculo construído há quase mil anos, como eram as muralhas de Jericó? Um grande milagre precisaria acontecer! Ora, Josué estabeleceu toda a estratégia bélica da semana, no que foi perfeitamente atendido e, naquele momento, Deus entraria em ação. O que aconteceria? O Senhor estava ensinando ao povo paciência (Sl 27.14; 37.7; 40.1) e confiança (Sl 27.1,2; Sl 37.5). Deus quis ver até quando onde os hebreus permaneceriam fiéis e atentos ao comando que vinha do Céu, pela voz de Josué. Eles experimentariam um alto nível de bênçãos se pudessem demostrar um alto grau de fidelidade, característica não presente na geração anterior, que morreu no deserto. 
Na vida do cristão, igualmente, há instante nos quais, ou Deus age ou nada de bom haverá, como aconteceu com Pedro (At 12.6,7), Paulo (At 28.3-5), com os apóstolos (2Co 1.8-10) etc.
III - Deus se mostra forte aos que confiam nEle
Um momento de fé e irracionalidade
Os pensamentos do Eterno são muito mais altos que os dos homens (Is 55.9), por isso não se pode esperar que, sempre, os comandos divinos se adequem à racionalidade humana. No caso dessa guerra, Josué tinha dito: — Não gritem, até que eu diga: gritai! No sétimo dia, depois de rodearem a cidade sete vezes, chegou o momento. Ele disse: — Gritai... Eis o que aconteceu: “Gritou, pois, o povo, tocando os sacerdotes as buzinas; e sucedeu que, ouvindo o povo o sonido da buzina, gritou o povo com grande grita” (Js 6.20). O povo obedeceu ao comando do líder, sem querer nenhuma explicação, por entender que aquela era a orientação do Senhor. 
Caem os muros
Jericó era uma cidade humanamente invencível. Suas intransponíveis muralhas, construídas estrategicamente em um lugar fortificado, forneciam proteção a todos aqueles que estavam por elas guarnecidos. O receio de serem conquistados pelos israelitas, fez-lhes desmaiar o coração, haja vista que nunca imaginaram passar por tal coisa. Na verdade, observando a estratégia militar traçada dada por Deus, percebe-se claramente que, sem a existência do componente divino na invasão, Israel jamais teria logrado êxito em sua missão. 
Assim, no último dia, quando os sacerdotes tocaram as buzinas longamente e, depois da ordem de Josué, o povo gritou. Como resultado “o muro caiu abaixo, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e tomaram a cidade” (Js 6.20).
Estudos arqueológicos demonstram que as muralhas da cidade de Jericó eram impressionantemente largas e altas. As armas de guerra existentes no final da Idade do Bronze eram insuficientes para destruí-las, notadamente se houvesse um exército forte, como o era o de Jericó, para combater pela cidade e acredita-se que somente um evento sísmico (como um grande terremoto) causou a ruína de tão grandiosa obra da engenharia humana. Talvez nunca se descubra quais foram os mecanismos que Deus usou para destruir os muros de Jericó, mas que interessa? O fato primordial é que eles ruíram e o Senhor deu vitória ao seu povo. 
Jericó é destruída, mas Raabe é salva
Atravessar o rio Jordão sem água, rodear Jericó por sete dias e tocar as buzinas, como Deus determinou, eram coisas fáceis de fazer. Entretanto, nesse instante, o Senhor ordenou a total destruição de todos os habitantes de Jericó, inclusive velhos e criancinhas, e os hebreus cumpriram isso fielmente. A hora do juízo divino tinha chegado àquela cidade cheia de pecados e devassidão, a qual deveria ser riscada do mapa (como o foram Sodoma, Gomorra, Pompéia) juntamente com suas culturas demoníacas. Deus mandou matar pessoas para executar a justiça e cumprir sua promessa aos descendentes de Abraão.
No meio daquele antro de devassidão, porém, havia uma prostituta, cheia de pecados, que se converteu ao Deus Todo-Poderoso, Raabe. Ela foi salva, juntamente com sua família, porque acolheu os espias e, após, colocou um fio de escarlate em sua janela. Cumpriu-se nela uma verdade que seria proferida por Paulo séculos após: “Crê no Senhor Jesus, e serás salvo tu e tua casa” (At 16.31). Raabe foi perdoada e entrou na genealogia de Jesus, sendo referida no Novo Testamento como uma mulher de grande fé. 
“A captura de Jericó deu aos israelitas a oportunidade de entrar na parte central de Canaã. O outro lugar estrategicamente importante era Ai, que dominava a entrada para o vale que levava à Canaã ocidental”6, e Israel deveria conquistá-la também para encerrar a primeira campanha militar e, após, empreender a segunda rumo às cidades-estados (reinos) localizadas no sul de Canaã, no afã de enfrentar a coligação dos amorreus. Por fim, a terceira, com guerras a serem travadas contra a confederação do norte.
Conclusão
Josué, após o encontro com Deus, entendeu que era apenas servo do General, submetendo sua experiência militar à vontade de Deus – toda sua estratégia (gr. stratēgía–“que concerne ao general”) seria orientada por Ele. Assim, conduzido pelo Senhor, Israel primeiro tomou Jericó, o inimigo estratégico, e depois seria a vez de Ai, garantindo, com isso, livre acesso para a cadeia de montanhas central e colocando uma cunha entre as regiões norte e sul de Canaã. 
Na vida dos cristãos atuais, igualmente, em algum momento da trajetória haverá inimigos estratégicos a serem destruídos, seja a influência de uma pessoa má, um pecado contumaz, uma situação perigosa etc.; é preciso, por isso, ter muito cuidado para não se sucumbir nesses tempos de guerra.

1 DANIEL, Silas. Como Vencer a Frustração Espiritual. 1ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 146.
2 RICHARDS, Laurence O.. Guia do Leitor da Bíblia. 5ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 98.
3 TZU, Sun. A Arte da Guerra. tradução de Sueli Barros Cassal. Porto Alegre: L&PM, 2006, p. 16.
4 LIVINGSTON, George Herbert; COX, Leo G.; KINLAW, Dennis F.; BOIS, Lauriston J. Du; FORD, Jack; DEASLEY, A.R.G..Comentário Bíblico Beacon. 1ª ed., vol. 1, Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 364.
5 TZU, Sun. A Arte da Guerra. tradução de Sueli Barros Cassal. Porto Alegre: L&PM, 2006, p. 40.
6 MEARS, Henrietta C..Estudo Panorâmico da Bíblia. São Paulo: Vida, 1982, p. 80.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Lição 07 - 2º Trimestre 2020 - Cristo é a nossa reconciliação com Deus - Adultos.

Subsídios Lições Bíblicas - Adultos

Lição 7 - Cristo é a nossa reconciliação com Deus 

2º Trimestre de 2020
A Palavra de Deus diz que somos embaixadores da parte de Cristo para exercer o ministério da reconciliação. Como embaixadores de Cristo a nossa missão é proclamar que, em Cristo, Deus reconciliou-se com o mundo. Nessa perspectiva, a presente lição quer conscientizar o aluno de que por meio do sacrifício vicário, Cristo Jesus desfez a inimizade entre judeus e gentios, e, entre dois povos, criou um: a Igreja. Para desdobrar essa ideia geral que permeia a lição, você deve pontuar sobre a inimizade que existia entre Deus e os homens; explicar que pela paz, Cristo fez um “Novo Homem”; e evidenciar que pela cruz fomos reconciliados com Deus. A lição desta semana traz uma reflexão sobre a reconciliação entre Deus e os homens por intermédio de Cristo Jesus, o Nosso Senhor.
Resumo da lição
A cruz foi o lugar em que Cristo desfez a inimizade entre Deus e os homens. Todo o argumento da lição caminha para essa maravilhosa verdade. Ali, Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo (2 Co 5.19). Por isso, o primeiro tópico pontua que Cristo desfez a inimizade entre os homens, mostrando que a obra expiatória da cruz de Cristo retirou a barreira que existia entre os povos e aboliu as ordenanças que eram agentes da inimizade entre judeus e gentios.
O segundo tópico explica que pela paz, Cristo fez um “Novo Homem”, deixando claro que a paz conquistada por Cristo possibilitou a comunhão com Deus e a união entre os povos. Essa nova humanidade tem paz com Deus e uns com os outros. Nesse sentido a mensagem dos cristãos deve ser uma proclamação de boas novas de paz, conforme Atos 10.36: “A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos)”.
O terceiro tópico evidencia que pela cruz fomos reconciliados com Deus, uma verdade que traduz o ministério da reconciliação entre dois povos ao restaurar a comunhão e estabelecer a Igreja, a nova família de Deus. Logo, a reconciliação entre os homens passava primeiramente pela reconciliação com Deus por meio de Cristo.
Aplicação
Use a ideia presente no subsídio didático-pedagógico ao concluir a lição, mostrando que a união entre judeus e gentios por meio da obra de Cristo é uma imagem poderosa para que a nossa comunhão entre irmãos seja uma realidade experimentada em Deus no relacionamento com o próximo.
Subsídio extraído da Revista Ensinador Cristão - Ano 21 nº81 (Jan/Fev/Mar) 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Lição 06 - 2º Trimestre 2020 - Um Lugar onde Deus fala - Juniores.

Lição 6 - Um Lugar onde Deus fala 

2º Trimestre de 2020
Texto bíblico – Hebreus 1.1,2.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão a discernir a voz de Deus. Você, professor, consegue reconhecer a voz do Senhor quando Ele fala com você? Seus alunos estão em uma fase de muita curiosidade e querem saber com maiores detalhes de que forma ocorreram as manifestações de Deus nos tempos bíblicos. Saber que Deus, o soberano Criador, se revela ao ser humano falho e repleto de limitações é algo glorioso.
Para tratar deste assunto é importante que no momento da preparação da aula você faça as seguintes perguntas a si mesmo: você reconhece a voz de Deus quando Ele está falando? Consegue entender a vontade de Deus quando Ele se revela a você? Sabe identificar quais são os meios que Deus utiliza para conversar com os seus servos? Enfim, são perguntas importantes que seus alunos carecem de obter respostas.
Tendo em vista que estamos vivendo um tempo complexo em que todos querem ter o privilégio de serem “portadores da voz de Deus”, é indispensável que seus alunos saibam que o melhor lugar para se ouvir a voz de Deus é a igreja. Não existe espaço melhor para aprendermos a identificar se realmente é Deus quem está falando. E a Escola Dominical, de forma específica, nos ajuda a compreender com maiores detalhes de que modo ocorre este evento.
O fato é que Deus deseja se comunicar com o seu povo e o mais importante meio que Ele utiliza para isso é a sua própria Palavra. O comentarista da Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1060) discorre:
(2) Além da fala direta, Deus ainda falou através dos profetas. Quando eles se dirigiam ao povo de Deus, assim introduziam as suas declarações: “Assim diz o Senhor”, ou “Veio a mim a palavra do Senhor”. Quando, portanto, os israelitas ouviam as palavras do profeta, ouviam, na verdade, a palavra de Deus. (3) A mesma coisa pode ser dita a respeito do que os apóstolos falaram no Novo Testamento. Embora não introduzissem suas palavras com a expressão “assim diz o Senhor”, o que falavam e proclamavam era, verdadeiramente, a palavra de Deus. [...] (4) Além disso, tudo quanto Jesus falava era a palavra de Deus, pois Ele, antes de tudo, é Deus (Jo 1.1,18; 10.30; 1 Jo 5.20). Lucas, escritor do terceiro evangelho, declara explicitamente que, quando as pessoas ouviam a Jesus, ouviam na verdade a palavra de Deus (Lc 5.1).
Observe que a palavra de Deus assume papel indispensável quando o assunto é identificar a voz de Deus. Isso não significa que devemos desprezar aqueles que têm o dom divino e são usados para transmitir uma mensagem específica. Todavia, estas não devem ser aplicadas como base para nossas decisões e não devem assumir o mesmo nível de autoridade que pertence apenas à Palavra de Deus. Esta sim deve ter a primazia em nossas vidas quando o objetivo é descobrir a vontade de Deus.
Para reforçar o ensinamento da aula de hoje, sugerimos a seguinte atividade: escolha textos da Bíblia que relatam a fala de vários personagens nela encontrados e escreva em cartões. Você pode utilizar papel cartão ou recortar cartolinas para confeccionar os cartões. Traga os cartões para a sala de aula e distribua para os alunos. Tenha uma lista à parte com as frases e os nomes de cada personagem bíblico. Peça que cada aluno, por vez, leia a frase para a turma e pergunte se eles conseguem identificar a quem se refere a frase em destaque. 

Lição 06 - 2º Trimestre 2020 - O Dom de operar maravilhas - Pré Adolescentes.

Lição 6 - O Dom de operar maravilhas 

2º Trimestre de 2020
A lição de hoje encontra-se em: 1 Coríntios 12.10; Atos 20.9-12. 
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos estão convidados a conhecer mais um dom que Deus concedeu ao seu povo para edificação. O dom de Operar Maravilhas é uma manifestação que deixa claro que as grandes realizações do poder de Deus não estão restritas ao passado, mas se estendem também ao presente e ao futuro da igreja.
Os milagres sempre fizeram parte da história do povo de Deus, principalmente quando falamos da igreja de Cristo. Desde os tempos da igreja primitiva os milagres acompanhavam a mensagem da Palavra de Deus. Em alguns episódios os milagres eram evidências de que o poder de Deus verdadeiramente havia se manifestado em favor do seu povo. Outras vezes era uma prova para os incrédulos de que o poder de Deus está acima das forças das trevas. Mas o que importa para nós é saber que este é mais um dom que Deus deliberou para edificação da sua igreja.
O Comentário Bíblico Pentecostal (2003, p. 1013) classifica este dom da seguinte maneira:
[...] Paulo considera que as intervenções divinas são algo separado das curas já que “milagre” (dynamis) é, em geral, um termo abrangente usado para obras maravilhosas de todos os tipos. A expulsão de demônios em particular poderia ser uma função deste dom (veja At 16.18; 19.12) e estava entre as “maravilhas extraordinárias” que Deus realizou através de Paulo (19.11). Bittlinger (41) sugere que isto podia incluir a ressurreição dos mortos (At 9.36-42; 20.7-20) e os milagres da natureza (28.3,4). Incluiria também eventos como o julgamento da cegueira de Elimas, o mágico (o inverso da cura!) (13.9-11). Os primeiros discípulos oravam para que o Senhor realizasse curas, como também “sinais e prodígios” (4.29,30). O livro de Atos é um amplo testemunho de que a sua oração era respondida.
Um aspecto importante que seus alunos precisam saber é que Deus deseja conceder-lhes dons. Mas esses dons não são para o engrandecimento pessoal, e sim para revelar a magnificência do poder divino. Esses dons são alcançados à medida que os crentes se disponibilizam para o serviço na “seara do Senhor” e exercitam a fé, uma ferramenta indispensável para a realização de grandes feitos. A Palavra de Deus afirma que sem fé é impossível agradar ao Senhor (cf. Hb 11.6). Este dom não opera de forma independente, e sim em concomitância com o dom da fé. A operação de maravilhas inclui a realização de feitos inexplicáveis pela lógica humana.
Considerando as afirmativas da lição desta semana, compartilhe com seus alunos sobre a importância deste dom para a igreja dos dias atuais. Converse com eles sobre as manifestações que tem ocorrido na igreja e que muitos estão associando a Deus. Ajude seus alunos a identificarem quais são os critérios bíblicos para identificarmos quando um milagre procede de Deus. Reforce aos alunos que o objetivo dos dons que Deus concedeu à sua igreja é a glorificação do nome do Senhor e não para o engrandecimento do homem. Dedique alguns minutos ao final da aula para conversarem sobre o assunto.

terça-feira, 5 de maio de 2020

Lição 06 - 2º Trimestre 2020 - Davi orou pedindo perdão - Berçário.

Lição 06 - Davi orou pedindo perdão 

2º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Despertar a necessidade de pedir perdão ao nosso Deus.
É hora do versículo: “Nele temos [...] o perdão [...]” (Efésios 1.7).
Nesta lição, as crianças continuarão aprendendo que, através da oração, podemos pedir perdão ao Papai do Céu pelas coisas erradas que fizemos. Davi foi um grande guerreiro e rei, pecou, arrependeu-se, pediu perdão e foi perdoado.
Quando fazemos algo de errado com o Papai do Céu, com o papai, a mamãe ou com um amiguinho, devemos pedir desculpas pelo nosso erro e nunca mais fazer aquilo novamente.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem o pequeno guerreiro Davi.
licao6 bercario davi
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 06 - 2º Trimestre 2020 - O Meu Amigo Acaba com a Tempestade - Maternal.

Lição 6 - O Meu Amigo Acaba com a Tempestade 

2º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Mostrar às crianças que Jesus tem poder sobre a ação da natureza e que esta lhe obedece. 
Para guardar no coração: “O Senhor guardará você de todo perigo [...].” (Sl  121.7)
Seja bem-vindo 
“Vamos para o outro lado do lago”. Este foi o convite que levou os discípulos de Jesus a entrar no barco. Será que os seguidores do Mestre teriam obedecido, caso soubessem que tempestade tão terrível os golpearia? O convite de Cristo, é que trabalhemos para Ele, não é um lago onde sempre há bonança. Pelo contrário! Quem se dispõe a seguir Jesus enfrenta ventos e tempestades. 
O que estava ao alcance dos discípulos para sanar a situação? Talvez, colocar a água para fora do barco, ou ajustar as velas. Mas eles, além destas providências terrenas, também apelaram à divina. “Mestre, nós vamos morrer!”
O que estava ao alcance de Jesus para sanar a situação? Primeiro, ensinar aqueles homens a exercitar a fé que possuíam. Depois, demonstrar a todos o seu incrível poder acalmando e emudecendo a tempestade. Que homem é este? É Cristo, que nos convida a atravessar o lago. Devemos, portanto, obedecê-lo a fim de fazer novos discípulos” (Karen Bandeira).
A nossa aula vai começar
“Receba os alunos usando um chapéu de marinheiro de dobradura (feito com papel branco). Cumprimente os visitantes, e acomode-os todos. Agora, ainda com o chapéu, comece a perguntar, como se eles fossem marujos em um barco, e você, o capitão: “Vocês observaram o tempo hoje, marujos? Viram se está chovendo? Está ventando?
Mas em que direção o vento está soprando?” Brinque um pouco fingindo, com gestos, que está girando o leme da embarcação. Depois, explique que a aula de hoje será sobre uma forte tempestade, que quase afundou um barco.
Cantem o hino “Meu barco é pequeno, tão grande é o mar...”, ou outro adequado ao tema. Façam gestos ao cantar.Com a ajuda de um voluntário, recolha as ofertinhas. Nunca deixe de explicar com palavras breves porque devemos ofertar ao Senhor” (Karen Bandeira). 
O que aprendemos hoje
“Na aula de hoje, aprendemos que Jesus tem tanto poder, que até a natureza o obedece. Os animais, a chuva, o vento e o mar sempre ouvem a voz de Deus porque foi ele que os criou. Nós, assim como a natureza, também fomos criados por Deus e devemos obedecê-lo em tudo. Também aprendemos que não é preciso ficar com medo, como os discípulos. Quando enfrentarmos uma situação difícil e apavorante, devemos orar pedindo ao nosso amigo Jesus que venha nos ajudar. O poder dele é tão grande, que ele é capaz de qualquer coisa para nos socorrer” (Karen Bandeira).
Você sabia...
“Naquele dia, havendo-se despedido da multidão, Jesus e os discípulos planejavam atravessar, numa embarcação, o lago de Quinerete (ou Tiberíades). Esta região ainda hoje é golpeada por tempestades que descem dos montes adjacentes, principalmente o Hermom. Durante a travessia do lago, de repente as águas e o vento tornaram-se impetuosos. O Príncipe da Paz, porém, dormia na popa, sobre uma almofada. 
A palavra hebraica para paz é shalon. Denota muito mais que a ausência de guerra e conflito. O significado básico de shalon é harmonia, plenitude, firmeza, bem-estar e êxito em todas as áreas da vida. Pode referir-se ao nosso senso pessoal de integridade e bem-estar, livre de ansiedade e em paz com a própria alma.
O pecado interrompeu a harmonia e a unidade entre a raça humana e a natureza. Antes de Adão pecar, trabalhava alegremente no jardim do Éden... e andava livremente entre os animais, dando nome a cada um. Antes havia harmonia entre a raça humana e o meio-ambiente, agora luta e conflito.
Por ocasião do nascimento de Jesus, os anjos proclamaram que a paz de Deus acabara de chegar à terra. Jesus deu aos discípulos a sua paz como herança perpétua antes de ir à cruz. Por isso, quando se crê em Jesus Cristo, se é justificado mediante a fé e se tem paz com Deus. A fim de que os crentes conheçam sua paz perpétua, Deus lhes tem dado o Espírito Santo, que começa a operar em nós um aspecto do fruto, que é a paz” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 1120).
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Marcos 4.35-41. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal
Envie suas dúvidas ou sugestões para telma.bueno@cpad.com.br

Lição 06 - 2º Trimestre 2020 - O Amigo Valente - Jd. Infância.

Lição 06 - O Amigo Valente 

2º Trimestre de 2020 
Objetivos: Os alunos deverão conscientizar-se da ajuda de Deus na sua vida a toda hora, ainda nos momentos mais difíceis. 
É hora do versículo: “Seja forte e muito corajoso [...]” (Js 1.7).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de Josué, que devemos confiar no Papai do Céu e não ter medo. Mesmo nos momentos mais difíceis Ele está conosco e nos ajuda a vencer. Josué era o sucessor de Moisés e grandes coisas ele precisava fazer. Só mesmo o Papai do Céu para ajudar Josué nesta tarefa difícil de ser valente.
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem o desenho de Josué, guerreiro muito valente. Deus o escolheu para ser líder do povo por sua valentia e obediência ao Papai do Céu.
licao6 jardim josue
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 06 - 2º Trimestre 2020 - O Encontro com Deus - Jovens.

Subsídios Lições Bíblicas - Jovens

Lição 6 - O Encontro com Deus 

2º Trimestre de 2020
Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus, estamos iniciando o preparo de mais uma lição. Segue abaixo o subsídio elaborado pelo comentarista do trimestre, pastor Reynaldo Odilo:
O Encontro com Deus
Introdução
Deus, ao longo das escrituras, em eventos pontuais, encontrou-se pessoalmente com vários de seus filhos, em revelações definidas como teofanias ou cristofanias. Esses encontros aproximaram o Infinito do finito, a Perfeição da vulnerabilidade, o Céu da Terra, desmistificando a ideia de que se alguém tivesse um encontro com Deus morreria (Jz 13.22,23).
As profecias, visões, sonhos, são revelações importantíssimas, porém os encontros com Deus têm impacto ímpar na vida dos adoradores. As ocorrências são abundantes: Abraão, Jacó, Josué, os pais de Sansão, dentre outros. Diante desse desejo divino, o Altíssimo, na plenitude dos tempos, tomou a forma de servo, e, fazendo-se semelhante aos homens, teve encontros com inúmeras pessoas. No evangelho de João, por exemplo, quase todos os episódios narrados caracterizaram-se fortemente por encontros entre Jesus e inúmeros personagens, conforme se vê nos respectivos capítulos: 1 - João Batista, André, Pedro, Filipe e Natanael; 2 - Maria e seus discípulos em um casamento; 3 - Nicodemos; 4 - Mulher samaritana; 5 - Aleijado no tanque Betesda; 6 - Grande multidão, no deserto, que foi alimentada; 7 - Judeus, durante a Festa dos Tabernáculos; 8 - Mulher adúltera; 9- Cego de nascença; 10 - Judeus, na Festa da Dedicação; 11 - Lázaro; 12 - Maria, irmã de Lázaro; 13-17 - Os discípulos, na noite em que foi traído; 18 - Judas, Anás, Caifás; 19 - Pilatos, Maria (sua mãe), João; 20 - Maria Madalena; 21 - Pedro.
Jesus poderia ter “terceirizado” vários desses encontros, enviando seus discípulos, ou mesmo um anjo, para representá-Lo, mas preferiu enfrentar perigos, fazer longas caminhadas, sair da zona de conforto, para chegar perto, olhar, tocar as pessoas pelas quais haveria de entregar Sua vida em sacrifício. O evangelista João, por conta disso, afirmou: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). 
Os indivíduos que estiveram com Jesus, e aceitaram Seu chamado, nunca mais foram os mesmos. Seu olhar (Lc 22.61,62), Sua voz (Jo 7.45-47), Seu comportamento (Mc 10.16), transformaram essas pessoas, as quais passaram a imitá-lo, seguindo o modelo que estabelecera, a tal ponto de isso ser reconhecido, inclusive, pelos que não acreditavam nEle (Mc 14.66-70; At 4.13). Em face de tal circunstância, a partir de Antioquia, os Seus seguidores, por fim, foram chamados de cristãos, haja vista reproduzirem genuinamente, em suas vidas, aquilo que aprenderam com o Mestre dos mestres. 
Jesus, igualmente, teve, no fim da Idade do Bronze (mais ou menos 1.400 a.C.) um encontro com um “soldado raso” efraimita, que tinha sido servidor de Moisés (Js 5.13-15), e que assumira recentemente a liderança de Israel, o qual precisava urgentemente conhecer Quem realmente estava no comando, para fortalecer sua fé e manter a visão da conquista na mente... “Este não era outro senão o Filho de Deus, o Verbo eterno, que aparecia naquela forma, e mais tarde assumiria o corpo para a redenção dos homens”1. Assim, o Senhor apareceu em forma humana, com uma espada desembainhada na mão, apresentando o símbolo da missão que Ele entregara a Josué (bem diferente do símbolo do ministério de Moisés, que era uma vara). Doravante, Josué precisaria derramar muito sangue, e Deus chancelava as guerras que estavam por vir, mas não sem motivo! Era o juízo do Senhor sobre as nações pagãs.
I- A antessala da Batalha
A guerra de aproximava e, por isso, Josué se retirou à noite, sozinho, provavelmente para meditar e orar, quando teve um encontro com Deus, pois, conforme Matthew Henry, aqueles que estão envolvidos dessa forma com a obra do Senhor, frequentemente presenciam manifestações gloriosas do Eterno. Assim, naquele ambiente solitário, Josué recebeu a visita do Comandante do Exército do Senhor, que portava uma espada na mão – símbolo da nova etapa do ministério de Josué – para lhe dar as instruções em relação ao cerco à Cidade de Jericó e à posse da terra2. O tempo do juízo sobre os canaanitas havia chegado.
A cultura canaanita, engendrada no inferno, ao longo dos séculos, protagonizou muitas abominações contra a santidade de Deus. Ocorre que, naquele tempo a medida da injustiça dos amorreus tinha se completado (Gn 15.16) e, por isso, o Senhor faria algo a respeito! Apresenta-se possível que alguém discorde de como se deu a conquista de Canaã pelo exército hebreu, alegando que houve excesso de violência, por Josué não ser poupado absolutamente ninguém dos povos subjugados.
Em que pese essa ponderação humanista, que ressoa a partir de proposições intelectuais cobertas pelo manto do “politicamente correto”, é certo que Israel jamais teria conseguido se estabelecer como povo e manter a identidade nacional se as sete nações pagãs, distribuídas em 31 reinos, continuassem sacrificando crianças, adorando astros celestes e animais, praticando feitiçarias, bem como praticando toda sorte de impiedade e, ademais, buscando a destruição dos hebreus. A contaminação cultural e o sincretismo religioso (com a extinção do culto monoteísta) seriam consequências inexoráveis.
A determinação do extermínio daqueles povos era uma sentença de Deus, sendo mister lembrar que as decisões do Altíssimo sempre são arrimadas nos mais precisos e perfeitos postulados da Justiça. Está escrito: “Seria porventura o homem mais justo do que Deus? Seria porventura o homem mais puro do que o seu Criador?” (Jó 4.17). Ele é o Sumo Bem e a Perfeita Justiça e, portanto, nunca erra em seus atos sancionatórios.
Conhecer o campo de guerra apresenta-se como necessidade indispensável de um comandante. Dois espias já tinham sido enviados, entretanto, agora, foi o próprio Josué quem saiu do arraial em Gilgal e deslocou-se até “ao pé de Jericó” (Js 5.13), por causa do seu senso de responsabilidade, e por sua devoção.
Existem certas condutas que o líder pode e deve delegar aos seus subordinados, entretanto outras – as decisivas – são personalíssimas, ou seja, somente aquele a quem Deus entregou o cajado, ou a espada, ou os dois, possui competência para realizar. 
Numa guerra, como aquela em que Israel se embrenharia, há muita emoção envolvida, mas só isso não traz a vitória. Faz-se necessário que a experiência de vida do líder, sua intimidade com Deus, sua altruística consciência do bem coletivo (características de um líder genuíno), estejam à disposição efetivado povo. Foram, sem dúvida, alguns desses fatores (além do desejo de meditar e orar) que estimularam Josué a caminhar até o local da batalha e ali teve um encontro com o Senhor. Com as impressões colhidas pessoalmente, ele forneceria orientação àqueles que integravam a cadeia de comando, a fim de que o exército agisse com ações coordenadas, racionalizadas, medidas e sopesadas com outras circunstâncias. Deus, em sua sabedoria, estabeleceu hierarquia na sociedade, na igreja, nos lares, dando aos líderes a prerrogativa de tomarem as decisões mais importantes, para que tudo aconteça prosperamente, com ordem e decência.
A vista dos olhos leva os indivíduos a reagirem aos estímulos visuais que são apresentados. A visão estratégica, porém, enxergar muito mais além do que aquilo que está diante dos olhos, conferindo a possibilidade de “ver” além das circunstâncias do presente. A distinção entre vista e visão, portanto, pode ser comparada à forma como uma criança e um ancião, respectivamente, compreendem a realidade do mundo.
Assim, Josué buscava entender como agir naquela situação insólita, por isso anelava uma visão estratégica. A passagem pelo Jordão, que lhe trouxera “grande aflição”, conforme aduz Josefo3, já estava resolvida, contudo, nesse instante ele precisava de novas orientações de como enfrentar uma cidade teoricamente invencível.
Destarte, Josué, cheio de fé (Hb 11.30) no afã de colher informações para a batalha, “levantou os seus olhos, e olhou” (Js 5.13), dando a ideia que buscou enxergar o todo, não apenas a particularidade, visualizando as dificuldades, mas igualmente as conquistas que estavam por vir. E, após, diz que ele “olhou” (hb. “ra'ah” – considerar, examinar, inspecionar, perceber). Josué, enquanto olhava, considerava as hipóteses, examinava os caminhos, inspecionava as probabilidades, percebia os percalços... Em nossas lutas, sejam elas grandes ou pequenas, similarmente, sempre devemos buscar a visão estratégica, atentando claramente para tudo e esperar a resposta de Deus!
II - Deus aparece a Josué
Ao se encontrar com Moisés (Ex 3), o Altíssimo se apresentou como “Eu Sou o que Sou”. Agora, no encontro com Josué, ao ser perguntado se era amigo ou inimigo de Israel, Deus se anunciou como o Príncipe do Exército do Senhor. Por que o Eterno não respondeu “Eu sou o que Sou”? É que a resposta dada a Moisés indicava que o nosso Deus “seria” o que fosse necessário que Ele fosse, para agir em prol do seu povo, inclusive o Príncipe do Exército do Senhor, ou o Senhor Poderoso na guerra (Sl 24.8), Maravilhoso Conselheiro, Príncipe da Paz etc.
Então, aqui, o Todo-Poderoso colocava-se como o General da campanha bélica que se avizinhava. Que grande consolo! Josué ouviu a melhor e mais tranquilizante resposta. Aos seus ouvidos soou mais ou menos assim: — Eu estou no comando da situação. Sou Eu quem vou resolver por você! A promessa de Deus “como fui com Moisés, assim serei contigo” cumpriu-se literalmente nesse encontro. 
O verdadeiro adorador, vivendo em obediência, não tem medo de se aproximar de Senhor, ainda que Ele tenha uma espada na mão. Davi, um homem segundo o coração de Deus, temeu quando viu o Anjo com uma espada na mão (1Cr 21.16,30) porque estava sendo castigado por causa do pecado, mas em situações normais ele anelava sempre estar perto do Senhor (Sl 22.11; 34.18; 63.8 etc.).Josué, por esta em comunhão com o Eterno, ao ver o Homem com a espada na mão, da mesma forma como Moisés agiu quando viu a sarça ardendo (Ex 3.3,4), aproximou-se dEle, mesmo sem saber quem Ele era.
Josué tinha o desejo de ter experiências com o Senhor (Ex 33.11), porém não sabia que seria naquele momento.
Salomão escreveu que há tempo de guerra e tempo de paz (Ec 3.8), ou seja, ainda que seja um mesmo povo, vivendo em determinada região, sob idêntico ambiente sociopolítico interno, com regular padrão cultural, dependendo das condições de “temperatura e pressão”, certamente enfrentará circunstâncias de morte iminente ou de vida abundante. Era o caso de Israel, que passou 40 anos praticamente sem guerras com os vizinhos, mas após a travessia do Jordão transformou-se em um povo conquistador. Com isso os símbolos (e Deus sempre trabalha com eles) seriam alterados. 
No tempo de Moisés, a guerra era a exceção, tanto é assim que não houve conflito armado, insurreição, no Egito. Eles saíram em paz. Por tal circunstância, no evento da sarça ardente, Deus ao chamar Moisés para libertar da escravidão egípcia, a vara de Moisés foi colocada como o centro daquela manifestação divina. Note-se, também, que em quase todos os milagres, sinais e prodígios ocorridos na terra do Egito e no deserto, a vara de Moisés, e também a de Arão, em certas ocasiões, foram instrumentalizados para a glória divina.
Depois de atravessarem o Mar Vermelho, houve um ataque dos amalequitas, no deserto, e para que os israelitas lograssem vitória, Moisés ficou com as mãos levantadas segurando a vara e, para tanto, precisou da ajuda de Arão e Hur. Era um gesto simbólico, que denotava total pacificidade dos hebreus, os quais foram atacados covardemente. Israel compreendeu o tempo de peregrinação que viviam.
Sob a égide governamental de Josué, todavia, um novo tempo se iniciava. O foco desse período seria a conquista pela espada, conduzida pelo Príncipe do exército do Senhor, (e também pela lança de Josué – Js 8.18). Nada viria de graça, de “mão beijada”. Eles deveriam ir à luta, pela fé (Hb 11.30,33,34).
Alguém poderia questionar: por qual razão o Senhor exigiu que Israel guerreasse contra as nações de Canaã? Por que Ele não deixou aquela terra intocável, aguardando a chegada dos hebreus?  Por qual razão Ele permitiu a morte de milhares de pessoas, algumas das quais criancinhas, cujos pais eram devassos? Esse é um dos maiores dilemas sobre o qual a filosofia tem se debruçado por milênios, mas ainda não encontrou, racionalmente, uma resposta satisfatória. C.S. Lewis, um dos maiores apologistas do Século XX, enfrentou com profundidade o tema, sobre o qual afirmou:
Se Deus pensa que o estado de guerra no universo é um preço justo a pagar pelo livre-arbítrio– ou seja, pela criação de um mundo vivaz no qual as criaturas podem fazer tanto um grande bem quanto um grande mal, no qual acontecem coisas realmente importantes, em vez de um mundo de marionetes que só se movem quando ele puxa as cordinhas – , devemos igualmente consentir que o preço é justo”.4  
Lewis, com sua perspicácia habitual, compreendia que o “estado de guerra” era uma circunstância derivada do livre arbítrio dos seres humanos. Os descendentes de Cão decidiram criar uma cultura diametralmente oposta à vontade de Deus, ao passo que os descendentes de Sem, pela linhagem abraâmica, escolheram servir ao Senhor. Ambos os povos fizeram suas escolhas, e toda escolha é como uma semente: tem potencial para produzir frutos (consequências).Aos seus caminhos se cruzarem, então, no fim da Idade do Bronze, e por existirem interesses antagônicos, eclodiu a guerra entre eles, como disse Lewis, consequência do livre arbítrio concedido. 
O novo tempo marcado pela espada, e pela lança, não mais pela vara, era uma contingência da vida que todos deveriam aceitar – há tempo de guerra e tempo de paz. Se Deus, entretanto, não permitisse conflitos entre os humanos, o mundo seria melhor? A resposta é: não! A possibilidade de o homem ser livre para escolher seu próprio caminho é o que propicia a existência do amor, da fidelidade, da alegria, da comunhão, pois se a humanidade fosse programada para reproduzir somente coisas boas, nunca haveria uma família sobre a terra, mas os ajuntamentos humanos seriam como lojas de máquinas de informática – um show room de computadores limitados a rodar apenas um software. Nada mais; e isso seria muito pouco para um Deus tão grande, amoroso e sábio! Josué precisava, como todos os cristãos, ir à guerra, com “unhas e dentes”, em nome do Senhor.
III - Deus fala a Josué
Deus se fez, em Cristo, um de nós. Ele, ao se submeter à encarnação, não apenas ficou parecido conosco, mas tornou-se efetivamente um ser humano com paixões e fraquezas, como o profeta Elias, como um de nós (Tg 5.17), o qual em tudo foi tentado (Hb 4.15). Ele era 100% homem, e tão semelhante fisicamente aos seus conterrâneos que, para ser identificado na noite da traição, Judas precisou beijá-lo (na mão, forma como os discípulos tratavam seus mestres e nunca com um beijo no rosto, que era a saudação exclusiva entre os mestres). 
O único momento físico, possivelmente, em que Jesus se mostrou 100% Deus foi na transfiguração, nos demais Ele sempre viveu genuinamente como humano, cumprindo toda a justiça de Deus e provando, diante do Céu e de todos os Inimigos espirituais, nas regiões celestiais, que um homem pode amar a Deus acima de todas as coisas – de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento, sendo, por isso, posto como exemplo para os fiéis (Jo 13.15; 1Pe 2.21).
Assim, no desiderato profético de ser como um de nós, e trazendo naquela figura o sentido da visita celestial, Jesus se apresentou à Josué como um guerreiro, usando trajes típicos e com uma espada na mão, o que fez Josué se confundir e perguntar, de maneira pouco cerimoniosa, e até com certa ousadia: — “És tu dos nossos ou dos nossos inimigos?” Interessante que Josué visitava frequentemente a tenda da congregação com Moisés, atravessou o Mar Vermelho e o Rio Jordão, presenciou as pragas do Egito e os milagres no deserto, viu o Monte Sinai fumegar pela presença divina, mas, ainda assim, não discerniu corretamente, pois seu olhar voltava-se para a dimensão humana (aliás, aquela não era a primeira vez que Josué não compreendia perfeitamente algo – Ex 32.17). Como isso é comum entre os homens de Deus!
O Senhor “Eu Sou o que Sou” disse, então, a Josué: “Não, mas venho agora como príncipe do exército do Senhor”. Que surpresa, Deus estava ali e Josué não sabia. O Altíssimo, em sua misericórdia, conhecendo o anelo de Josué estar perto dEle (Ex 33.11) perdoou-lhe a carnalidade e conduziu-lhe para junto a Si, como geralmente acontece conosco.
O Ser celestial revelou sua identidade e Josué, pelo Espírito, entendendo que era enviado pelo seu Senhor, prostrou-se (hb. naphal– cair, ser lançado no chão), num gesto de total submissão! Que cena expressiva! O comandante do exército de Israel estava se rendendo ao Príncipe do exército do Senhor; mas não só isso, o próprio Josué escreveu, no seu livro, que, ato contínuo, ele O adorou (hb. shachah– a mesma palavra utilizada noutros momentos de adoração ao Altíssimo, conforme Gn 24.26; Ex 12.27; Ex 34.8; Jz 7.15; 1Sm 15.31; 2Sm 12.20).
Depois de um certo tempo (não se sabe quanto), e ainda prostrado, Josué, com reverência e temor, perguntou “Que diz, meu Senhor, ao seu servo?”, demonstrando o alto grau de seu quebrantamento (um dos significados figurados de shachah). Ele não se considerava o comandante das forças de Israel, era somente um servo, pronto a obedecer ao verdadeiro Comandante, como habitualmente acontece com o verdadeiro adorador (At 9.5,6).
Logo após esse momento inicial de Graça (do Senhor) e devoção (de Josué), Deus fez a mesma advertência dita a Moisés, no encontro diante da sarça: tira as sandálias dos teus pés. Josué obedeceu prontamente, porque ele sabia que o culto ao Senhor deveria ser completo: reconhecimento da presença divina, humildade, adoração, oração, palavra de Deus e total reverência (recomendada pelo Altíssimo nessa última frase).
Infelizmente, porém, nos dias atuais, vive-se um período de crise de reverência e solenidade nas igrejas, onde alguns têm dificuldade em “tirar as sandálias de seus pés”, pela desconsideração dos elementos litúrgicos históricos, tornando-se nobre o que é informal (por óbvio, a formalidade ou a informalidade são valores neutros, porém, nesse caso, a informalidade ganha valor subjetivo, porquanto significa quebra de regras). Na verdade, existe hodiernamente quase uma ditadura da informalidade, do despojamento, porquanto não se respeita mais, em muitos lugares, o ambiente da presença de Eterno, diferentemente do que acontecia na Bíblia, quando Deus exigia dos homens extrema reverência e solenidade nos cultos, sob pena de serem imediatamente fulminados, como aconteceu com Nadabe, Abiú, Uzá, Uzias, Ananias e Safira.
Embora Deus não habite em templos feitos por mãos humanas, nem no Monte Sinai, ou em Canaã, Sua presença sacraliza o ambiente de culto, e, por isso, imprescindível que os cristãos celebrem ao Senhor com total reverência e solenidade, em consonância com a Sua palavra, para que Ele encontre em nós verdadeiros adoradores (Jo 4.23,24).
Josué, como dito, mesmo sendo o maioral em Israel, não teve qualquer resistência à ordem recebida de ficar descalço, entretanto, alegremente se submeteu a Ele, reconhecendo, como diz Matthew Henry, que a presença divina “enquanto continuava lá, de certa maneira santificava e dignificava o lugar”5.
Conclusão
Josué não poderia entrar na guerra contra Jericó sem antes ter um encontro com Deus, como deve acontecer com os cristãos antes de qualquer empreendimento de fé, pois são nesses momentos que a mente fica sensibilizada para as realidades divinas e quando as estratégias de Deus se descortinam limpidamente. Josué logrou êxito em toda a sua trajetória vida, porque soube reconhecer que “o cavalo se prepara para a batalha, mas a vitória vem do Senhor” (Pv 21.3).Sem dúvida, “um homem torna-se grande quando se torna humilde e respeitoso na sua atitude para com Deus”.6

1 LIVINGSTON, George Herbert; COX, Leo G.; KINLAW, Dennis F.; BOIS, Lauriston J. Du; FORD, Jack; DEASLEY, A.R.G.. Comentário Bíblico Beacon. 1ª ed., vol. 2, Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 39. 2 HENRY, Matthew. Comentário Bíblico - Antigo Testamento - Josué a Ester. vol. 2, Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp. 22,23.3 JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 238.4  LEWIS, C. S.. Cristianismo Puro e Simples. 1ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 64.5  HENRY, Matthew. Comentário Bíblico - Antigo Testamento - Josué a Ester. vol. 2, Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 23. 6 HENRY, Matthew. Comentário Bíblico -Antigo Testamento - Josué a Ester. vol. 2, Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 23.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 06 - 2º Trimestre 2020 - A Condição dos Gentios sem Deus - Adultos.

Lição 6 - A Condição dos Gentios sem Deus 

2º Trimestre de 2020
Até a graça de Deus se manifestar aos gentios, eles estavam completamente alienados dos grandes pactos divinos: O “pacto abraâmico” (Gn 12.1-3); o “pacto mosaico” (Dt 28.1-14); o “pacto davídico” (2 Sm 7.13-16). Esses pactos traziam a promessa messiânica e os gentios encontravam-se completamente alheios às promessas e separados da comunidade de Israel. Nesse sentido, a presente lição busca esclarecer de que modo os gentios estiveram privados dessa promessa. Em primeiro lugar, para explicar essa condição, explique o conceito espiritual de circuncisão e incircuncisão. Esses dois conceitos são importantíssimos, pois espiritualmente, eles constituem a separação entre judeus e gentios. Em segundo lugar, explicite a antiga condição dos gentios sem Deus e sem Cristo. E, finalmente, no terceiro tópico, afirme que desprovidos de Deus os gentios marchavam para a perdição eterna.
Resumo da lição
O que desfez a situação caótica dos gentios é que em Cristo, pela graça de Deus mediante a fé, eles tornaram-se descendência de Abraão e herdeiros das promessas. Mas até chegar a esse estágio, as Escrituras mostram a condição em que os gentios se encontravam.
Assim, o primeiro tópico da lição conceitua “circuncisão” e “incircuncisão”, mostrando que espiritualmente os gentios eram incircuncisos e, por isso, eles não faziam parte do pacto da circuncisão e, consequentemente, estavam excluídos da aliança com Deus.
O segundo tópico mostra o quanto os gentios estavam estranhos ao Concerto da Promessa. A antiga condição dos gentios era desoladora: viviam sem Cristo e estavam separados de Israel. O que significava que os gentios estavam sem Cristo e não possuíam esperança alguma. Era uma tragédia existencial.
O terceiro tópico aprofunda a desesperança gentílica e sua alienação de Deus. Viver sem esperança revela uma destruição moral e espiritual. Os gentios eram “engolidos” por uma perspectiva sombria, preocupante e incerta do mundo antigo; diferentemente da esperança de um triunfo de justiça e de amor revelada no Evangelho.  
Aplicação
Para concluir a lição, você pode refletir com a classe acerca do que significa viver uma vida sem esperança e sem Deus. Que sentido ela teria sem esses sustentáculos existenciais? Faça essa reflexão a partir do texto bíblico de 1 Coríntios 15.12-19.
Subsídio extraído da Revista Ensinador Cristão - Ano 21 nº81 (Jan/Fev/Mar) 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 05 - 2º Trimestre 2020 - Onde Servimos a Deus - Juniores.

Lição 5 - Onde Servimos a Deus 

2º Trimestre de 2020
Texto bíblico – 1 Coríntios 15.58; Mateus 25.34-40.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão que a Casa de Deus também é um lugar de serviço. Há pessoas que pensam que fazer a obra de Deus significa apenas frequentar os cultos regularmente ou mesmo os ensaios para apresentações do departamento em outras igrejas. Entretanto o serviço cristão vai além dessas práticas eclesiásticas que apesar de terem grande importância para o envolvimento dos membros com a igreja, ainda assim, não definem por completo o que significa servir a Deus.
Professor, esta é uma ótima oportunidade para você ensinar seus alunos que o serviço cristão envolve cuidar de pessoas. A lição de hoje apresenta o exemplo de Paulo, um servo do Senhor que dedicou sua vida à obra de Deus com muito amor. Paulo nos ensina que servir a Deus significa muito mais trabalhar em prol da edificação espiritual do próximo do que necessariamente pensar no engrandecimento pessoal. O serviço do Senhor envolve todas as ações que fazemos para alcançar os necessitados a fim de que sejam salvos e tenham uma nova vida debaixo da graça de Deus.
A Casa de Deus é um lugar muito especial onde aprendemos a cuidar uns dos outros. Não se faz a obra de Deus apenas pensando em beneficio próprio. A essência do serviço cristão está justamente em trabalhar para o beneficio do próximo e, acima de tudo, que Deus seja glorificado. Aproveite e mostre para os alunos que a Casa de Deus é o lugar reservado para aprendermos a praticar ações que contribuem para o crescimento da comunhão entre os crentes e fortalecimento da fé. 
Jesus ensinou aos seus discípulos que toda vez que fizéssemos algum bem ao próximo, seja através da doação de um alimento ou de uma vestimenta ou qualquer ação social/assistencial aos necessitados, a Cristo estaríamos acolhendo. Isso significa que a igreja tem a missão de pregar um evangelho que não somente apresenta o conhecimento que leva à vida eterna, mas também oferece o apoio que acolhe as necessidades do próximo.
Pensando nesta temática reúna seus alunos e faça uma atividade de assistência social. Converse com o pastor da igreja e elabore um ofício juntamente à secretaria. Após a Escola Dominical, organize a classe e distribua uma cópia do ofício para cada aluno. A turma poderá sair pelas ruas ao redor da igreja, bater de porta em porta, e pedir donativos e alimentos não perecíveis para ajudar pessoas que estão precisando de ajuda nesse sentido. O pastor da igreja deverá designar as famílias que mais precisam dessa ajuda. Esta é uma oportunidade de ensinar seus alunos a praticarem o bem ao próximo cumprindo o “Ide” de Jesus com amor e carinho para com o próximo. 

Lição 05 - 2º Trimestre 2020 - Os Dons de Curar - Pré Adolescentes.

Lição 5 - Os Dons de Curar 

2º Trimestre de 2020
A lição de hoje encontra-se em: 1 Coríntios 12.9; Atos 3.6-8.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos conhecerão a respeito de um dom muito requisitado no seio da igreja: os dons de curar. Não são poucos os que entram pelas portas da igreja à procura de um milagre. Há muitos, até mesmo membros da igreja, que estão enfermos realizando tratamentos em busca da cura. Outros já receberam o diagnóstico médico de que a sua enfermidade não pode ser curada, mas apenas controlada. Enfim, são situações difíceis que somente o Senhor, segundo a sua boa e agradável vontade, pode trazer a solução.
Os dons de curar são manifestações do poder de Deus que visam a cura de enfermidades dos mais diversos tipos e das mais diversas maneiras. E quando falamos em enfermidade isso inclui também aquelas que se referem à alma. Há muitas pessoas que estão enfermas fisicamente, porém a natureza de tal enfermidade está ligada diretamente com causas emocionais. Mas Deus deseja curar também as emoções das pessoas para que a saúde física seja restabelecida. Quanto à natureza deste dom a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1756) traz alguns detalhes consistentes que podem ajudar na compreensão de seus alunos:
Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30). O plural (“dons”) indica curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de Deus. Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (cf. 12.11,30), todavia, todos eles podem orar pelos enfermos. Havendo fé, os enfermos serão curados. Pode também haver cura em obediência ao ensino bíblico de Tg 5.14-16.
Isso não significa dizer que o crente deve abster-se de realizar o tratamento indicado pelos médicos ou mesmo deixar de tomar os remédios receitados. A cura divina é resultado da vontade e propósitos de Deus para cada situação específica. Não cabe a nós discutirmos as implicações para a realização de uma cura, antes devemos apenas seguir a orientação da Palavra de Deus no que diz respeito à fé para alcançar o milagre.
Há muitos relatos bíblicos que apresentam a necessidade de fé para se alcançar a cura. Em outros momentos é notória a intervenção divina independente da fé da pessoa que recebia o milagre. Por fim, isso nos faz compreender que Deus tem o controle sobre todas as coisas e realiza como quer de acordo com a sua própria vontade. Talvez seja difícil para muitos crentes aceitarem o fato de Deus tratar desta forma com as suas criaturas, porém é a mais nítida verdade que não pode ser negada.
Para complementar o ensino da lição de hoje sugerimos que você entregue aos alunos a seguinte atividade impressa: os alunos deverão pesquisar na Bíblia exemplos de milagres ocorridos mediante a fé para a cura e exemplos de milagres ocorridos diretamente pela intervenção divina. Determine um tempo para os seus alunos realizarem a atividade e, ao final, converse sobre o que eles descobriram com a pesquisa.
PESQUISA BÍBLICA
 Milagres ocorridos mediante a fé Milagres ocorridos pela intervenção divina
 Exemplo: A mulher do fluxo de sangue (Mt 9.18-22).   Exemplo: O paralítico de Betesda (Jo 5.1-18).