quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Lição 01 - 1º Trimestre 2018 - A Bíblia é a Palavra de Deus? Juvenis.

Lição 1

A Bíblia é a Palavra de Deus?    1° Trimestre de 2018
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ESBOÇO DA LIÇÃO 
1. CONHECENDO A BIBLIOTECA DE DEUS
2. A BÍBLIA PERMANECE SEMPRE VIVA
3. TEORIAS FALSAS A RESPEITO DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
4. RELACIONANDO-SE COM AS ESCRITURAS

OBJETIVOS
Compreender
 o que é a Bíblia Sagrada;
Conhecer os termos revelação e inspiração;
Buscar ter um relacionamento diário com a Palavra de Deus.
     Querido (a) professor (a), conforme salientamos na última revista, este trimestre de 2017 atipicamente foi constituído de 14 domingos. E como o primeiro trimestre de 2018 terá apenas 12, sugerimos que a sua primeira lição seja antecipada para este último domingo do ano. Desta forma, seus alunos aproveitarão todas as lições do currículo normalmente.
     Esta nova revista abordará possíveis dúvidas de seus juvenis sobre a fé cristã. Normalmente na infância aceitamos com facilidade tudo o que nos é apresentado como verdade. Nossa bagagem e habilidade de raciocinar, questionar ou mesmo duvidar ainda está em formação. Diferente da faixa etária em que se encontram os seus juvenis. É importante que o professor, pais e responsáveis por esses adolescentes entendam que suas dúvidas não significam incredulidade. Antes, devem ser tratadas com a máxima atenção e respeito, sendo esclarecidas com paciência, a luz da Palavra de Deus. Ciente disso, esperamos que você estabeleça em sua classe uma ambiência de confiabilidade, onde todos possam expressar seus questionamentos e dilemas livremente.
      Professor lembre-se sempre: quando não souber como responder a determinada indagação, não se envergonhe de dizer que irá pesquisar e depois trazer a resposta. A sabedoria não é ter todas as respostas e esta atitude de humildade muito tem a ensinar à sua turma.

Nesta primeira lição vamos abordar a confiabilidade da Bíblia, como inequívoca Palavra de Deus.

[...] Nas palavras do historiador inglês Paul Johnson: Agora não é o homem de fé, mas sim o cético, que tem razão para temer o curso das descobertas.
Naturalmente, sempre haverá críticos. Mas a Bíblia continua a ser aprovada com notas excelentes quando se põe à prova sua exatidão histórica, o que não acontece com outros livros antigos. A Bíblia foi examinada de maneira minuciosa e conclui-se que é absolutamente confiável.

[...] Muitas pessoas pensam que a Bíblia apresenta erros porque foi copiada e recopiada muitas e muitas vezes. Este é um detalhe importante, em particular com relação ao Novo Testamento.

[...] para assegurar a autenticidade da Bíblia, Deus se certificou de que a vida de Cristo fosse registrada a partir de várias perspectivas. Por mais estranho que pareça todos os relatos coincidem , até mesmo o de Paulo, embora mão fosse um seguidor de Cristo durante o ministério terreno do Senhor.
Novas descobertas arqueológicas no campo dos estudos bíblicos reforçam a evidência de que os Evangelhos foram escritos por contemporâneos de Jesus, que conheceram em primeira mão a sua vida e os acontecimentos da Igreja Primitiva. Existem mais motivos do que nunca para acreditar que a Bíblia foi transcrita fielmente e tem absoluta precisão histórica. (COLSON, Charles. Respostas às Dúvidas de Seus Adolescentes. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp. 68-70)
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!
Paula Renata SantosEditora Responsável da Revista Juvenis
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 14 - 4º Trimestre 2017 - A Importância do Ensino Cristão no Mundo Atual - Jovens.

Lição 14

                A Importância do Ensino Cristão no Mundo Atual
4° Trimestre de 2017
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INTRODUÇÃO
I - A IMPORTÂNCIA DO ENSINO NAS ESCRITURAS
II - O CRISTÃO, A ESCOLA E A UNIVERSIDADE



Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivo central é mostrar a importância do ensino das Sagradas Escrituras.
“A IMPORTÂNCIA DO ENSINO: REMINISCÊNCIAS JUDIAS
O ensino cristão, afirma Michael Lawson, remonta suas raízes aos primeiros dias do homem na Terra: “Deus começou a ensinar quando colocou uma restrição no comportamento do homem no jardim do Éden. Depois da queda, a necessidade de ensino aumentou. Pais piedosos passaram de uma geração para outra cruciais informações espirituais até que Deus formalizou a responsabilidade dos pais ao ordenar-lhes que ensinassem os filhos (Dt 6)”1. É a partir dessa premissa que o povo israelita vai ser formado, razão pela qual toda tradição e história de Israel era pautada pela necessidade do ensino da Lei de Deus para as gerações seguintes (Dt 6.6-9). A esse respeito, HazelPerkin afirma:
A educação sempre foi prioridade entre os judeus. A criança era ensinada a compreender a relação especial do seu povo com Deus e a importância de servir ao Senhor (Êx 12.26; 27; Dt 4.9). A história do povo judeu tinha enorme importância; este conhecimento ajudava a sustentar o ideal de uma pátria nos períodos de cativeiro e exílio. Como a criança era ensinada a princípio pela família, sua compreensão da fé era enriquecida pelas práticas familiares, especialmente refeições ligadas a festas religiosas como a Páscoa. Quando os meninos ficavam mais velhos, recebiam do pai ensinamentos sobre sua herança e tradições religiosas 2.
Não é sem razão que a palavra hebraica Torah, que se refere aos primeiros cinco livros da Bíblia, significa instrução, doutrina ou lei. O objetivo da educação judaica, diz César Moisés, “era preservar o povo de Deus das más influências dos povos idólatras e corrompidos que havia ao redor da Terra Prometida, em outros termos era uma contracultura” 3. Em outras palavras, os descendentes de Abraão eram educados para servir ao Senhor e, ao mesmo tempo, refutar a influência dos falsos ensinamentos externos.

A passagem de Deuteronômio 6.6-9 sintetiza a responsabilidade do ensino da Lei de Deus de pai para filho, de uma geração para outra. No livro Os judeus e as palavras Amós Oz e Fania Oz-Salzberger ressaltam esse aspecto central na cultura judia, ao dizer que os textos hebraicos antigos estão continuamente engajados com dois pares fundamentais: pais e filhos, professores e alunos 4. O compromisso de transmitir os valores e as tradições para os descendentes estão, com efeito, na essência da cultura hebraica. Por essa razão, é que se afirma que nenhum povo antigo pode oferecer um paralelo comparável à persistência do judaísmo em “ensinar os jovens e inculcar neles as tradições e costumes de seu povo” 5.
Conhecer a Deus e obedecer a Lei, portanto, eramos propósitos básicos do ensino no Antigo Testamento; a verdadeira sabedoria se resumia ao temor a Deus: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência” (Pv 9.10). O conhecimento proporcionado pelo ensino não tinha outro foco senão levar o povo a uma vida reta e justa. Se a nação saia do centro da vontade de Deus era porque lhe faltava o conhecimento da Lei. Nisso vemos a advertência do Senhor por intermédio do profeta Oséias: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos” (Os 4.6). Certamente, tal conhecimento não se refere ao aspecto intelectual e cognitivo, e sim na comunhão com Deus.

Ou seja, o conhecimento da Lei deveria levar a um viver santo e virtuoso. Como expressou o salmista: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que lhe obedecem; o seu louvor permanece para sempre” (Sl 111.10). Como se nota, os verdadeiros sábios e entendidos são aqueles que praticam os Mandamentos, e não os que decoram algum tipo de informação.
A VERDADEIRA EDUCAÇÃO CRISTÃ: INTELECTO A SERVIÇO DO REINO
Se o ensino tinha valor para os israelitas, certo é que para os cristãos ele possui igualmente grande importância. Em Mateus 28.19,20, vemos o que César Moisés chama de Vocação Magisterialda Igreja: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos. Amem!”. A missão da Igreja, portanto, além de anunciar as Boas-Novas, é “ensinar as nações”, com vistas ao crescimento espiritual, desenvolvimento do caráter cristão, ou Fruto do Espírito, e, alcance da “perfeita varonilidade” (cf. Efésios 4.11-16) 6. Assim, de acordo com o autor citado, “À Igreja compete a missão de ser uma agência de Deus para a evangelização do mundo (cf. Mt 28.19, 20; Mc 16.15, 16; At 1.8), bem como um canal do propósito divino de edificar um corpo de santos aperfeiçoados à imagem de Cristo (1Co 12.28; 14.12; Ef 4.11-16)” 7.
A verdadeira educação cristã deve proporcionar o conhecimento de Deus e da sua Palavra (Mc 12.24), levando a uma vida que honre o bom nome de Cristo. Eis o motivo pelo qual somos convidados a crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor (2Pe 3.18). Embora a fé seja uma firme convicção (Hb 11.1), conhecer os aspectos centrais da crença (doutrinas) cristãs é vital para a vitalidade do testemunho. Nas palavras de J. P. Moreland: “[...] é importante que você cresça na clareza e na profundidade do entendimento das coisas específicas que crê acerca de Deus e dos assuntos a ele relacionados. Você, na verdade, não pode crer em algo vago” 8. Morelandvai destacar ainda que,devido à crise do conhecimento em nossa época, “é fundamental que a igreja recupere a confiança de que está de posse de conhecimento espiritual e ético, sobretudo, das Sagradas Escrituras, mas também na história de seu pensamento acerca de Deus, das questões morais, da vida espiritual e de outros tópicos importantes” 9.

Isso nos leva a perceber que devemos fazer uso da inteligência e da capacidade de raciocínio para glorificar a Deus. A Bíblia não aprova,afinal, o anti-intelectualismo e a aversão ao estudo sistematizado. Embora desabone o orgulho de filósofos humanistas (1Co 1.20; 2.5,6), a Palavra de Deus aprecia o conhecimento, pois as Escrituras partem do pressuposto de que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26), e por isso é um ser inteligente, comunicativo, com capacidade de aprender e ensinar. Jesus foi enfático ao dizer que precisamos amar a Deus de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de toda a nossa força e de todo o nosso entendimento (Mt22.37). Sendo assim, valorizar a vida da mente é algo tão espiritual quanto pregar, ensinar ou louvar. É uma atividade que deve ser feita em sintonia com a Palavra e para a glorificação do nome do Senhor. A Bíblia possui passagens exaltando o conhecimento e a sabedoria (Pv 18.15; 2Pe 3.18).

Apesar disso, como alertou John Stott, “Deus não pretende que o conhecimento seja um fim em si mesmo, mas, sim, que seja um meio para se alcançar algum fim” 10. Por essa razão, Stott ensina que o conhecimento que adquirimos deve nos conduzir a pelo menos quatro propósitos dignos. Primeiro, o conhecimento deve conduzir à adoração a Deus, a quem nos submetemos com plena admiração exclamando: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria, como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!”. (Rm 11.33). Segundo, o conhecimento deve conduzir a fé; mas uma fé com fundamentos sólidos, alicerçada no conhecimento que a torna racional. Terceiro, o conhecimento deve conduzir à santidade; em uma vida de entrega e devoção ao Senhor. E, quarto, o conhecimento deve conduzir ao amor, porque “quanto mais sabemos, mais devemos compartilhar do que sabemos com os outros e usar o nosso conhecimento em serviço a eles, seja na evangelização, seja no ministério” 11.
O CRISTÃO, A ESCOLA E A UNIVERSIDADE
Em nossos dias, é crucial fazer uso do conhecimento cristão para enfrentar os ataques à fé cristã. Ainda que nas escolas e universidades contemporâneas exista muito ensino hostil ao cristianismo bíblico, conforme vimos inicialmente, o cristão deve primar por sua formação cultural e profissional. Afinal, as instituições de ensino, em si, não desviam o crente. As escolas e universidades simplesmente representam em menor escala o desafio natural do cristão que vive neste mundo que se opõe a Deus. Tais ambientes podem ser comparados a campos de batalha, que envolve tanto a disputa espiritual quanto intelectual. Logo, para ingressar nesse ambiente é necessário preparo prévio.

Se o cristão tiver o necessário preparo bíblico e apologético,não há razão alguma para temer o ingresso no ambiente educacional (1Pe 3.15). Certamente, tal preparo envolve uma educação cristã abrangente, capaz de habilitar o crente a defender de forma consistente suas convicções no ambiente escolar, de modo a refutar as ideias e opiniões que se levantam contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento a obediência de Cristo (2Co 10.5).

Dentro desse estado de coisas, escrevi o livro O Cristão e a Universidade, porque a liderança cristã (pastores e líderes de jovens) e os próprios pais precisam repensar cada qual o seu papel e estabelecer um diálogo mais próximo e efetivo com esses jovens e adolescentes da igreja, instruindo-os para a formação de uma verdadeira apologética cristã, como o intuito de que possam responder com segurança aos questionamentos sobre a fé que professam, e tenham condições de interagir com a sociedade sem que tenham de abandonar a Cristo.

Johanes Janzen, depois de apresentar o levantamento de J. Warner Wallace — que elencou três razões12 que levam os jovens cristãos a abandonar da igreja quando entram na faculdade —destacou que nós não podemos mudar a natureza hostil da universidade ou a natureza humana de nossos jovens cristãos. Por essa razão, se quisermos mudar esse quadro, precisamos nos envolver com o primeiro aspecto.
Temos que fazer o que for preciso para informar, equipar e ocupar os jovens cristãos em uma investigação racional e evidencial do cristianismo. Vai ser duro o suficiente para os nossos alunos resistirem à tentação de abandonar a sua cosmovisão cristã, quando tentados pelos seus próprios desejos, especialmente dada a natureza da vida universitária e o incentivo que receberão a perseguir suas paixões. Mas, será ainda mais fácil os nossos alunos irem embora, se eles não souberem sequer por que o cristianismo é verdade... É hora de alinhar as nossas igrejas e ministérios para envolver o grupo demográfico mais importante dentro da igreja: jovens cristãos. É hora de entrar no jogo, redirecionar os nossos esforços e começar a treinar 13.
Em nossos dias saber articular o evangelho de forma inteligente, coerente e relevante no mercado das ideias, mantendo-se, ao mesmo tempo, fiel às Escrituras, é uma questão crucial aos cristãos, especialmente em nosso contexto cultural, que oferece um cardápio de experiências religiosas bastante variado 14. A pluralidade de cosmovisões resultantes do sincretismo nas esferas religiosa e ideológica exige um realinhamento individual e comunitário, de uma mente cristã fundamentada em uma visão cristã do universo, da cultura, do sistema sociopolítico e religioso em que vivemos. Do contrário, estaremos nos expondo às críticas, muitas vezes merecidas, que têm sido levantadas contra o cristianismo institucionalizado e decadente do século passado, assim como o dos nossos dias.

É isso o que Nancy Pearcey quer dizer quando afirma que os cristãos têm de ser bilíngues para traduzir o evangelho em uma língua que a nossa cultura entenda. Como imigrantes, precisamos falar na linguagem da fé e da religião que professamos. Mas, como missionários, devemos traduzir essa língua para a língua da cultura em que vivemos. O problema é que a grande maioria dos estudantes cristãos, diz Nancy Pearcey “não sabe expressar a perspectiva da crença que professam usando uma língua adequada ao ambiente público”. Como imigrantes, que ainda não dominam a gramática do novo país, eles são tímidos. Em particular, falam uns com os outros na língua materna de sua religião, mas em sala de aula não têm certeza de como expressar a perspectiva religiosa na linguagem do mundo acadêmico.”15

A mudança desse panorama requer o uso de uma educação cristã abrangente que contemple, além do ensinamento das doutrinas espirituais básicas, a formação de uma cosmovisão eminentemente bíblica, que supere a velha repetição de dogmas denominacionais e tradicionalistas, que não raro retiram o senso de reflexão dos crentes e a capacidade de discernimento crítico.

Conclusão
A verdadeira educação cristã deve ser capaz de formar discípulos conscientes de si mesmos e de suas responsabilidades perante o Reino de Deus, de modo que a obediência e a fidelidade às leis morais extraídas das Sagradas Escrituras e à vontade de Deus sejam o resultado de uma mente transformada e cativa ao senhorio de Cristo (2Co 10.5), e não de uma vontade individual subserviente, suprimida pelas forças institucionais da religião. Parafraseando o apóstolo Paulo, somente pela transformação e pela renovação da nossa mente, em Cristo, é que podemos experimentar qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.2). A educação cristocêntrica parte desse princípio, promovendo libertação e transformação de dentro para fora.

Essa educação deve explicitar não somente alista de crenças cristãs, mas os fundamentos dessas crenças. Como ressaltou Philip Johnson, “[...] é provável que a educação cristã seja exercício fútil se não prepara os jovens para sobreviver aos desafios da cosmovisão que seguramente encontrarão”.
*Este subsídio foi adaptado de NASCIMENTO, Valmir. Seguidores de Cristo: Testemunhando numa Sociedade em Ruínas. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 148-154. 
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 LAWSON, M. S. Fundamentos bíblicos para uma filosofia do ensino. In: GANGEL, K. O, HENDRICKS, H. G. Manual de Ensino para o educador cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p. 66
2 PERKIN, H. Apud: CARVALHO, C. M. Uma pedagogia para a educação cristã: Noções básicas da ciência da educação a pessoas não especializadas. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 51
3 CARVALHO, 2015, p. 52.
4 OZ, A; OZ-SALZBERGER, F. Os judeus e as palavras. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 21.
5 OZ, A; OZ-SALZBERGER, 2015, p. 21. 
6 CARVALHO, 2015, p. 58.
7 CARVALHO, 2015, p. 59.
8 MORELAND, 2011, p. 176.
9 MORELAND, 2011, p. 153.
10 STOTT, J. Crer é também pensar. São Paulo: ABU Editora, 2001, p. 55.
11 STOTT, 2001, p. 58.
12 1. Nossos adolescentes cristãos são inarticulados e desinformados; 2. As universidades são geralmente hostis ao Cristianismo; 3. Os jovens estão ansiosos para perseguir os seus desejos com liberdade.
13 JANZEN, J. Disponível em: http://www.origemedestino.org.br/blog/johannesjanzen/?post=682. Acesso em 3/2/2015.
14 RAMOS, R. Evangelização no mercado pós-moderno. Disponível em http://livros.gospelmais.com.br/files/livro-ebook-evangelizacao-no-mercado-pos-moderno.pdf. Acesso em 01/06/2015.
15 PEARCEY, 2006, p. 76.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Lição 13 - 4º Trimestre 2017 - Crianças Louvam a Deus - Maternal.

Lição 13

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         Crianças Louvam a Deus
4° Trimestre de 2017
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Objetivo da Lição: Incentivar a criança a oferecer a Deus o perfeito louvor.
Para Guardar no Coração: “[...] Deus ensinou as criancinhas [...] a oferecerem o louvor perfeito.” (Mt 21.16)
Perfil da criança do maternal
“O caráter e a personalidade do ser humano são estruturados na fase que vai de zero a seis anos de idade. A criança do maternal está na metade desta fase. Quão grande é a responsabilidade do professor! Enganam-se os que pensam que as crianças desta idade não entendem muita coisa. Elas podem captar as grandes verdades divinas, e há nelas uma busca verdadeira de Deus. Aliás, conforme estamos tratando nesta lição, são elas que oferecem a Deus o louvor perfeito. A sua compreensão não deve ser subestimada, mas explorada do modo certo.”

Subsídio Professor
“Depois de passarmos treze domingos apresentando aos pequeninos motivos para se louvar a Deus, podemos estar achando que somos os grandes responsáveis pelo louvor que eles oferecem a Jesus, não é? Servos inúteis é o que somos, pois não fizemos mais que a nossa obrigação; somente cumprimos com o que nos foi mandado, e pusemos à disposição do Senhor os talentos que Ele nos confiou, mas que continuam sendo dEle.

Quem ensinou os pequeninos a oferecer ao Pai Celeste o perfeito louvor – quem extrai de seus coraçõezinhos o louvor perfeito – é Ele próprio. Somos tão somente seus instrumentos e, como tal, devemos ser constantemente afinados por seus dedos hábeis e exigentes. E se o desafinamento é grande ou reincidente, as técnicas de afinação empregadas por Ele podem ser drásticas, dolorosas. Contudo, serão sempre atos de amor. Submetamo-nos, pois, e não nos esquivemos; deixemos que o divino Compositor nos aperfeiçoe para o seu uso.”

Oficina de Ideias
1-“Com fita crepe, cole nas paredes folhas de papel-pardo, unidas umas às outras, numa altura que possa ser facilmente alcançada pelas crianças. Distribua tinta guache e pincéis largos, e incentive as crianças a fazer um desenho bem bonito para louvar ao Rei Jesus. Poderão desenhar o que quiser. Recomendamos o uso de aventais para proteger as roupas.”
2-“Faça da hora de brincar um momento de louvor diferente. Cada criança terá a oportunidade de louvar a Deus do modo que desejar: uma frase de agradecimento, uma canção, um versinho, um versículo, uma mímica, etc. Estimule as mais tímidas a participar, sem constrangê-las. Comece com as mais desinibidas, e as outras as seguirão. Provavelmente algumas precisarão do seu auxílio para, por exemplo, recitar um versinho.”
Até Logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para lerem a história bíblica que se encontra em Mateus 21.1-16.
*Este subsídio foi adaptado de DORETO, Marta. Lições Bíblicas do Maternal. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma BuenoEditora Responsável pela Revista Maternal da CPAD
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Lição 13 - 4º Trimestre 2017 - E Agora, como Viveremos na Sociedade de Consumo? Jovens.

Lição 13

                    E Agora, Como Viveremos na Sociedade de Consumo?
4° Trimestre de 2017
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INTRODUÇÃO
I - A ERA DO MERCADO DE CONSUMO
II - O PERIGO DA MENTALIDADE DO CONSUMO NA IGREJA 
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivo central expor os perigos da mentalidade de consumo na Igreja.

“A ânsia pelo consumo é uma das marcas da sociedade contemporânea. O aumento da capacidade de produção aliada ao fortalecimento do capitalismo, criaram as condições adequadas de uma época em que os hábitos de consumo moldaram a cultura materialista do tempo presente. Não sendo estranho à vivência cristã, devemos refletir sobre este tema e as suas repercussões na vida da igreja.

Aquilo que se convencionou chamar de sociedade de consumo é resultante de um longo processo histórico, aludindo à industrialização e ao consequente aumento da produção dos bens de consumo. Estudiosos costumam traçar o aumento desse fenômeno a partir do século XVI, com o aparecimento de todo um conjunto de novas mercadorias no cotidiano dos diversos segmentos sociais, fruto da expansão ocidental para o oriente 1. Todavia, nos moldes atualmente compreendidos, é no século XIX que a sociedade de consumo vai realmente se estabelecer, com o surgimento de consumidores claramente diferenciados e novas modalidades de comercialização e técnicas de marketing 2.

Esse contexto é marcado pela moda (em verdade pelas modas) e pela veloz substituição dos produtos de consumo. Roupas, acessórios e demais itens pessoais são trocados e colocados em desuso com rapidez estonteante, ainda que em bom estado de conservação. Não se trata tão somente de uma regra de mercado. É um estilo de vida, impregnado em nossa cultura, que sinaliza, segundo Livia Barbosa, “para individualidade, autoexpressão, estilo pessoal e autoconsciente. A roupa, o corpo, o discurso, o lazer, a comida, a bebida, o carro, a casa, entre outros, devem ser vistos como indicadores de uma individualidade, propriedade de um sujeito específico, ao invés de uma determinação de um grupo de status 3” .

Em tal contexto, o consumo é elevado a outro patamar. Não é somente o meio pelo qual adquirimos os produtos necessários para a nossa sobrevivência. Na sociedade do consumo, os indivíduos projetam suas identidades e sonhos em produtos, objetos e outros itens da cultura material. Daí em diante, o consumo passa a ocupar lugar de centralidade no tecido social e no cotidiano das pessoas, de tal modo que esse sujeito, o consumidor, adquire posição privilegiada. Ele é o foco das atenções e tudo é feito para atender suas necessidades insaciáveis e desejos ilimitados, criando com isso com uma sociedade de consumidores, identificada pelo consumismo inconsciente, materialismo desenfreado e capitalismo selvagem.
Por outro lado, o consumidor também se encontra em situação de risco. Em sua obra Vida para Consumo, o sociólogo polonês, Zygmunt Bauman observou que este ser vive entre os extremos de “patetas e idiotas culturais” e “heróis da modernidade”. Se como heróis, os consumidores encarnam o ideal contemporâneo de liberdade, autonomia e racionalidade, enquanto idiotas culturais são retratados como “ludibriados por promessas fraudulentas, atraídos, seduzidos, impelidos e manobrados de outras maneiras por pressões flagrantes ou sub-reptícias, embora invariavelmente poderosas”4. Isso ocorre porque, como explicou Bauman, “na sociedade de consumidores, ninguém pode se tornar sujeito sem primeiro virar mercadoria, e ninguém pode manter segura sua subjetividade sem reanimar, ressuscitar e recarregar de maneira perpétua as capacidades esperadas e exigidas de uma mercadoria vendável”5. O que Bauman está afirmando aqui é que o consumidor também é uma espécie de mercadoria, pois pode ser manipulado e usado para diversos interesses. Mas, não somente isso. Parece existir em cada consumidor — que assim se assume — um desejo no mínimo oculto de ser desejado e distinguido em meio à multidão de pessoas. Isso porque, ao valer-se de seu poder de compras para adquirir determinado bem, o consumidor assume a mesma característica da sua mercadoria: o desejo de ser notado e cobiçado pelos outros. Conforme Bauman: “Numa sociedade de consumidores, tornar-se uma mercadoria desejável e desejada é a matéria de que são feitos os sonhos e os contos de fadas” 6.

Evidentemente, devemos fazer uma clara distinção entre consumo e consumismo. Enquanto o consumo é uma atividade básica da vida humana, para adquirir os itens necessários de sobrevivência, o consumismo consiste em um hábito desvirtuado que transforma o supérfluo em necessário, e o necessário em supérfluo. Contudo, o consumismo é antes de tudo uma patologia social ou se se preferir, um atributo da sociedade, como sustenta Bauman. Para que uma sociedade adquira esse atributo, declara Bauman:

A capacidade profundamente individual de querer, desejar e almejar deve ser, tal como a capacidade de trabalho na sociedade de produtores, destacada (“alienada”) dos indivíduos e reciclada/reificada numa força externa que coloca a “sociedade de consumidores” em movimento e a mantém em curso como uma forma específica de convívio humano, enquanto ao mesmo tempo estabelece parâmetros específicos para as estratégias individuais de vida que são eficazes e manipula as probabilidades de escolha e conduta individuais 7.
A sociedade do consumo é marcada pelo efêmero e transitório. As pessoas vivem como se não houvesse o amanhã, o porvir. Tudo se resume ao aqui e agora. Essa sociedade é caracterizada também pela ostentação. Roberto Shinyashiki foi preciso ao dizer que nunca se viu, em toda a história da humanidade, um culto ao ego tão exacerbado como o de hoje. De acordo com Shinyashiki, “as pessoas desenvolvem a necessidade de fingir que sabem tudo, ganham todas e acertam sempre. Cada vez mais, exige-se que a pessoa mostre o que não é, fale o que não sabe e exiba o que não tem”. Agur parece ter antevisto esse cenário ao escrever o Provérbio 30, verso 13: “Há uma geração cujos olhos são altivos, e as suas pálpebras são sempre levantadas”. Do mesmo modo, o apóstolo Paulo apresentou as nuanças dos tempos trabalhosos, em que haveriam homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos (2 Tm 3.2). 
Na sociedade de consumo, as pessoas nunca estão satisfeitas com o que possuem e gastam o que têm e até o mesmo que não têm, endividando-se, para comprar algo novo. Embora alguns consigam satisfazer o desejo material, suas almas no fundo ainda permanecem vazias e sedentas por algo mais. E assim nunca se sentem completamente satisfeitas. J. P. Moreland chama isso de “eu vazio”. Segundo ele, o “eu vazio” está tão difundido na cultura atual que, às vezes, chega a ser tratado como praga cultural. Ele cita o psicólogo Philip Cushman que afirma: o eu vazio está repleto de bens de consumo, calorias, experiências, políticos, parceiros românticos e terapeutas empáticos. [...] o eu vazio experimenta uma ausência significativa de comunidade, tradição e sentido compartilhado, [...] uma falta de convicção e mérito pessoal, e incorpora essas carências como uma fome emocional crônica e indiferenciada” 8. Nesse ambiente social onde a vida é desprovida de finalidade última, as pessoas tentam atribuir sentido a outras coisas, como o consumismo, o sucesso e o hedonismo, gerando com isso uma cultura dessensibilizada, ultrassexualizada, viciada em promiscuidade e pornografia, que falha em satisfazer o anseio pelo drama que nos foi dado por Deus.
O PERIGO DA MENTALIDADE DO CONSUMO NA IGREJA
Gostaria de afirmar que a cultura do consumo é um fenômeno que ocorre tão somente no “mundo secular”. Mas não posso. As marcas da lógica do mercado e do consumismo também estão presentes em setores do protestantismo, trazendo sérios danos à espiritualidade e ao testemunho público da igreja. Refiro-me aqui ao protestantismo em especial porque este é o enfoque da presente obra.

Não é necessário muito esforço investigativo para comprovar a presença da cultura de consumo no mundo da religião. Tempos atrás a BBC Brasil publicava matéria que tinha por título: “Crescimento evangélico estimula mercado que une consumo e religião”. De acordo com a publicação: “É um grupo cada vez mais numeroso e com sede de prosperar e consumir. O crescimento dos evangélicos no Brasil, em especial no ramo pentecostal, provocou mais do que mudanças religiosas: fortaleceu um mercado econômico, que chama a atenção tanto de igrejas como da iniciativa privada. De seu lado, as igrejas criaram estratégias de negócios. E diversas montaram grupos e reuniões em que estimulam os fiéis a abrir negócios próprios e sanar suas finanças, com base na Teologia da Prosperidade — movimento que prega o bem-estar material do homem” 9.
COMO VIVEREMOS EM TEMPOS DE CONSUMISMO?
A Bíblia fala abertamente sobre a importância da santificação (1 Ts 4.7; Hb 12.14), mas muitos de nós temos dificuldade de aplicá-la às coisas mais básicas da vida. Pensamos nela como alguma coisa distante da realidade; ou conforme escreveu John Eldredge, como algo “espiritualmente elitista e, francamente bastante severo. Abrir mão de prazeres mundanos, coisas inocentes como açúcar, música ou pesca; viver uma vida inteiramente ‘espiritual’; orar muito, ser uma pessoa muito boa. Algo que apenas os santos muito antigos conseguiram” 10.

Contudo, vale recordar que a santificação é algo que abrange toda a maneira de viver de quem se entregou uma vez a Cristo (1 Pe 1.15). Aplicada ao consumo, a santificação promove na vida do crente uma postura contracultural (Rm 12.2), no sentido de rejeitar e se afastar da cultura dominante que valoriza a moda e tudo aquilo que supérfluo

A santificação produzida pelo Espírito Santo faz o ser humano redimido reconhecer a sua real identidade, olhando para si mesmo como filho de Deus e não como um produto. Enquanto o consumismo reduz o homem à condição de mercadoria, fazendo acreditar que o sentido e o valor da vida encontram-se no ato da compra, a santificação faz aclarar no coração do homem a graça e o amor de Deus. Eldredge explica que “o amor de Deus procura nos tornar íntegros e santos, a fim de que os seres humanos se tornem o que eles devem ser”.

A santificação nos afasta da avareza. Jesus disse aos seus discípulos para tomarem cuidado com a avareza, porque a vida de qualquer pessoa não consiste na abundância do que possui (Lc 12.15). Avareza (gr. pleonexia) significa sede de possuir mais; apego e desejo exagerado pelos bens materiais. O Mestre não está censurando o trabalho para a manutenção das necessidades básicas da pessoa e de sua família, e nem mesmo o anseio natural por melhores condições de vida. Sua advertência se dirige à ganância, isto é, a atitude cobiçosa de nunca estar satisfeito com aquilo que se possui. Tais pessoas, impulsionadas pelo desejo insaciável da carne, sempre procuram adquirir algo novo, “edificar novos celeiros” e formar um “depósito com muitos bens” (v.18, 19).

Jesus alertou contra a ganância e a avareza, pois sabia que o amor ao dinheiro é a origem de todos os males (1Tm 6.10). Eis o motivo pelo qual Ele afirmou: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” (Mt 6.24). Desse modo, não é possível servir a Deus plenamente ao mesmo tempo em que se ama ao dinheiro, afinal onde está o tesouro de uma pessoa, aí também estará o seu coração (v. 21).

Ao nos fazer aproximar mais de Deus, a santificação realça o verdadeiro sentido da felicidade, algo que o consumista não consegue compreender. O desejo desenfreado de adquirir bens supérfluos condiciona a felicidade das pessoas à compra de coisas novas. O consumista nunca se sente satisfeito, e por isso é levado a exagerar no uso do cartão de crédito e do cheque especial, tudo para atender aos apelos da mídia e a ilusão do consumo. O consumismo, portanto, não é fruto da necessidade, mas do descontentamento. É uma forma de ingratidão. Contudo, o apóstolo Paulo deixou a receita para destruirmos esse vício pessoal ao dizer: “Aprendi a contentar-me com o que tenho” (Fp. 4.11). Essa afirmação não é um atestado de passividade e comodismo. É uma declaração de gratidão a Deus! Se você não está contente com o que já tem, certamente não estará quando adquirir o que pretende ter. Por isso, como cristãos, devemos agradecer a Deus por tudo o que possuímos, pois é dádiva divina!

Portanto, consumo santificado significa apartar-se do modelo consumista em curso na sociedade contemporânea, e desenvolver um estilo de vida frugal, com hábitos de consumo santos, disciplinados pelo fruto do Espírito (Gl 5.22), notadamente o domínio próprio.
Conclusão
É necessário reconhecer que o problema do consumismo de nossos dias, não reside no modelo de economia de mercado que proporciona mais autonomia e liberdade ao indivíduo. A raiz do problema, crucial lembrar mais uma vez, é a pecaminosidade, o egoísmo e o hedonismo humano. O problema não é a oferta demasiada de produto, mas o desejo insaciável dentro do coração do homem caído. Logo, como declara Amos Yong, se a economia de mercado deve ser redimida, a igreja tem de fornecer uma alternativa — outro conjunto de desejos — que podem contribuir para uma cura do mundo. Em vez de uma egocêntrica teologia de autoajuda e empoderamento econômico, diz Yong, é preciso fazer emergir uma teologia trinitária de desejo, formado pelas práticas da igreja, sensível às particularidades e necessidades de cada pessoa como criada à imagem de Deus. Ou seja, enquanto o mundo vê cada pessoa como consumidor anônimo, a igreja valoriza o ser humano como pessoa. Como filhos de Deus, somos convidados a rejeitar a lógica consumista do tempo presente e a nos afastar da cultura materialista e coisificada desta época. Para isso, é preciso pôr em prática a santificação, por meio daquilo que podemos chamar de consumo santificado”.
*Este subsídio foi adaptado de NASCIMENTO, Valmir. Seguidores de Cristo: Testemunhando numa Sociedade em Ruínas. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 138-147. 
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 BARBOSA, L. Sociedade de consumo. 3a. ed. Ebook Kindle. Zahar, 2004, p. 148.
2 BARBOSA, 2004, p. 240.
3 BARBOSA, 2004, p. 198.
4 BAUMAN, Z. Vida para consumo: A transformação das pessoas em mercadoria. Ebook Kindle. Zahar, 2008, p. 259.
5 BAUMAN, 2008, p. 266.
6 BAUMAN, 2008, p 290.
7 BAUMAN, 2008, p. 592.
8 MORELAND, J. P. O triângulo do Reino. São Paulo: Vida, 2011, p. 32.
9 Crescimento evangélico estimula mercado que une consumo e religião. Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/09/110825_religiao_evangelicals_pai.shtml. Acesso em Acesso em fev/2016.
10 ELDREDGE, J. Santidade que Liberta. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p. 13

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 13 - 4º Trimestre 2017 - Um Convite para Semear a Palavra de Deus - Adolescentes.

Lição 13

Um Convite para Semear a Palavra de Deus
4° Trimestre de 2017
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ESBOÇO DA LIÇÃO: 
O QUE É UMA PARÁBOLA
EXPLICANDO A PARÁBOLA DO SEMEADOR
SEMEANDO A BOA NOTÍCIA DO EVANGELHO
OBJETIVOS
Apontar
 para a convergência de todas as lições anteriores para esta última lição;
Conscientizá-los da importância de pregar o Evangelho;
Instá-los a darem um bom testemunho pessoal, baseado na Palavra de Deus.
ENSINO CRISTÃO: DECRETO DE DEUS
“Ele parece não fazer algo de Si mesmo que possivelmente possa delegar às Suas criaturas. Ordena-nos que façamos lenta e desajeitadamente o que Ele poderia fazer perfeitamente e num piscar de olhos. [...] Talvez não percebamos o problema em sua inteireza, por assim dizer, de permitir que vontades finitas coexistam com a Onipotência. Parece envolver em cada momento quase que uma espécie de abdicação divina”.
(C.S.Lews)
Certo cartum retratava um senhor Brown e uma senhorita Smith. Era óbvio que a moça, munida das provas e dos resultados de entrevistas, candidatava-se a um cargo pedagógico.
“Sinto muitíssimo, mas não podemos aceitá-la. Notamos que você é recém-formada de uma escola de educação, e exigimos um professor com experiência em sala de aula de, no mínimo, cinco anos. Além disso, você só tem grau de bacharel e preferimos alguém com o mestrado”.
O olho do leitor então passa para o quadro seguinte, onde o senhor Brown, agora irmão Brown e superintendente da Escola Dominical, entrevista a irmã Smith, a qual rebate o pedido que ele lhe fez para ser professora: “Irmão Brown, sou nova-convertida e, na verdade, não sei muita coisa sobre a Bíblia”.

“Ora, isso não é problema”, responde ele. “A melhor maneira de aprender a Bíblia é ensina-la”.
“Mas, irmão Brown, eu nunca ensinei aos juniores”, ela objeta.
“Oh, não deixe que isso a coíba, irmã Smith. Tudo o que exigimos é alguém com o coração disposto”, vem a resposta.
O cenário é mais do que um desenho caricatural; é um comentário de nosso baixo nível de discernimento em relação ao ensino cristão. Se você planeja ensinar que 2 + 2 são 4, precisa de cinco anos de experiência pedagógica. Se espera ensinar as crianças a dizer, “Eu trouxe”, em vez de, “Eu truce”, provavelmente lhe exijam o mestrado. Mas, para ensinar o currículo da vida cristã, qualquer coisa é boa o bastante para Deus.

Que contraste com o desígnio para o ensino, apresentado no Novo Testamento. Segunda Timóteo 2.2 informa-nos que o ensino não é um ministério da mediocridade, mas da multiplicação. Nenhum ser humano está completamente cônscio do poder residente no ensino. Toda vez que alguém ensina, desencadeia um processo que, idealmente, nunca acaba.

Duas razões atuam para formar um argumento convincente: a Igreja tem de ensinar. Não se trata de opção, mas de uma característica indispensável; não é difícil de contentar; mas necessário. A denominação evangélica que não educa, deixa de existir como Igreja do Novo Testamento. Para que o Cristianismo seja perpetuado, precisa ser propagado.
É ordem de Jesus Cristo

Mateus 28.19,20 enfoca a lente zoom do Espírito Santo na Grande Comissão, que são as últimas palavras de Jesus Cristo ditas aos discípulos antes da ascensão dele. Cinco referências da Grande Comissão no Novo Testamento (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.46-48; Jo 20.21-23; At 1.8) indicam que não é algo aleatório, mas essencialmente para estratégia de nosso Senhor.

O mandato “Fazei discípulos” (ARA) inclui intrinsecamente o ensino. Mas temos de notar que o ensino requerido aqui é o de determinada espécie, isto é, “guardar [obedecer] todas as coisas” que Cristo ordenou. Em outras palavras, Seus ensinamentos foram designados para produzir informação e transformação. Esse tipo de instrução é muito exigente e inacreditavelmente difícil de se realizar.

Lucas 6.40 fornece mais apoio ao objetivo de Jesus no que se refere aos Seus ensinamentos, quando Ele diz: “Mas todo o que for perfeito será com o seu mestre”. A verdade de Deus não foi revelada para satisfazer nossa curiosidade, mas para nos conformar à imagem de Cristo.
Foi praticada pela Igreja Primitiva

Não há a menor sombra de dúvida de que o Novo Testamento ordena a Igreja a ensinar. Mas a Igreja primitiva obedeceu mesmo a esse mandamento?

A Ilustração. Em Atos 2.41-47, temos um retrato da Igreja primitiva, o qual nos informa que eles “perseveravam na doutrina [ensino] dos apóstolos” (2.42). Este era o padrão contínuo; não uma exceção.

A Implementação. Efésios 4 confirma o compromisso de ensinar. Jesus Cristo, após subir aos céus, deu dons aos homens, a fim de que servissem à Igreja, conforme está escrito: “Uns [...] para pastores e doutores [mestres, professores]” (Ef 4.11). O propósito? “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.12); mais outra prova de que os talentosos são chamados para ministério da multiplicação e não da adição.

Para o judeu, não havia uma posição mais alta na escada da sociedade do que a de rabino. Por conseguinte, quando a Igreja do primeiro século foi ensinada sobre a doutrina dos dons espirituais, confrontou-se com um problema. As pessoas clamavam pelo “dom de ensino” com todos os privilégios a ele pertencentes. Como resultado, Tiago teve de emitir esta advertência: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres [professores], sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1). Considerando que o professor é compelido a falar e que a língua é o último membro a ser dominado (Tg 3.2), deve-se ter muito cuidado, ao aspirar tal responsabilidade, ponderada e sensata.

As evidências bíblicas acima devem ser constrangedoras o bastante para atrair o sério e abortar o superficial.
Texto extraído da obra “Manual de Ensino Para o Educador Cristão”. Rio de Janeiro: CPAD.
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD
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