quarta-feira, 1 de agosto de 2012

LIÇÃO 6 - 3º TRIM. 2012 - A DESPENSA VAZIA.


Lição 06
A DESPENSA VAZIA


05 de agosto de 2012 

TEXTO ÁUREO  

Fui moço e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo,
nem a sua descendência a mendigar o pão”  (Sl 37.25)



VERDADE PRÁTICA  

Mesmo em meio à escassez, cremos que o Senhor é poderoso para suprir,
 em glória, todas as nossas necessidades.  

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO  

 

Fui moço e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo,
nem a sua descendência a mendigar o pão”  (Sl 37.25) 


No nosso texto áureo (Sl 37.25) o salmista compartilha da sua experiência de longa vida para declarar e assegurar que os retos, os crentes piedosos, jamais serão abandonados pelo Eterno, nem seus descentes. Este Salmo é um poema, onde Davi de maneira pedagógica, procura responder uma questão inquietante: "Por que muitas vezes pessoas justas sofrem e os maus quase sempre se dão bem?" Na verdade, não é uma pergunta fácil de responder, porém Davi abre seu coração à luz de sua experiência e trata de responder essa questão. Assim no Salmo 37 Davi nos convida a não nos indignarmos por causa dos malfeitores, porque seu tempo é efêmero (Sl 37.1-2). Exorta-nos a confiar, agradar, entregar, descansar e esperar no Senhor (Sl 37.3-7). Nos versículos seguintes o salmista mostra a diferença e as conseqüências entre a vida do justo e do ímpio (Sl 37.8-38).
É neste contexto de contraposição entre justo e ímpio, que está o nosso texto áureo: “O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz; se cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mão. Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem sua descendência a mendigar o pão. É sempre compassivo e empresta, e a sua descendência será uma bênção” (Sl 37.23-26) 
·                     Fui moço e já, agora, sou velho... - Esta expressão de Davi, não nos deixa dúvida de que ele era uma pessoa extremamente observadora e de uma sabedoria impressionante. Davi está dizendo que: desde sua adolescência e mocidade até agora que já está velho, ele tem observado a conduta dos homens. Davi não é um desatento, um descuidado, mas sim um observador, gastou tempo, observando e questionando o problema: o sofrimento dos justos e a prosperidade dos homens maus. 
·                     Porém jamais vi o justo desamparado... - Na observação de Davi ele descobriu que desde a sua adolescência até sua velhice: Ele jamais viu o justo desamparado... Nos versículos 23 e 24 Davi afirma: O SENHOR firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz - Se cair, não ficará prostrado, porque o SENHOR o segura pela mão.
Quem é o homem justo? O homem justo aqui, não é o homem que justifica a si mesmo, pelas suas obras; mas o homem é justificado por Deus conforme ensinou o apóstolo Paulo "Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo" (Rm 5.1). Na observação de Davi, ele nunca viu o justo desamparado. 
·                     Nem sua descendência a mendigar o pão... - No decorrer da vida de Davi, ele nunca viu o justo desamparado, mas também nunca tinha visto sua descendência a mendigar o pão... O comentarista Clarke, comentando este versículo diz: "Eu já estou com meus cabelos grisalhos e tenho viajado por vários países; também nunca vi um homem justo abandonado por Deus e nem seus filhos a mendigar o pão. Deus tem honrado a todos os que o temem e tem cuidado deles e de toda a sua posteridade".
Na observação de Davi, ele nunca viu o justo e nem a sua descendência a mendigar por comida. Qual é o estilo de vida que realmente vale à pena? É o que Davi conseguiu desvendar, uma vida totalmente dedicada a Deus: “Vem do Senhor a salvação dos justos; Ele é a sua fortaleza no dia da tribulação. O Senhor os ajuda e os livra; livra-os dos ímpios e os salva, porque nele buscam refúgio” (Sl 37.39-40). 

RESUMO DA LIÇÃO 06 


A DESPENSA VAZIA  


I. LUTANDO CONTRA O IMPREVISTO
1. A viuvez.
2. A dívida.
3. A solução.  

II. DEUS AGE COM O QUE VOCÊ TEM
1. A botija de azeite.
2. A farinha na panela.
3. Cinco pães e dois peixes.  
III. A PROVIDÊNCIA DIVINA
1. No Antigo Testamento.
2. Em o Novo Testamento.
3. Na atualidade.  

INTERAÇÃO  

Enfatize o fato de que temos um Deus que é fiel e que tem cuidado de nós. Muitas vezes somos provados pela escassez, como a viúva que foi até o profeta Eliseu, mas nesses momentos podemos também ver o agir do Pai Celeste. Ele nos surpreende com o milagre da provisão. Ninguém deseja sofrer privações, todavia as intempéries da vida são sempre uma boa oportunidade para o nosso crescimento espiritual. É o que nos ensina a Palavra de Deus:
 “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28).
Basta-nos confiar na suficiente graça de Deus. Ela, e somente ela, nos basta!  

OBJETIVOS 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·   Compreender que a fé em Deus nos ajuda a lutar contra os imprevistos.
·   Conscientizar-se de que Deus age segundo aquilo que temos.
·   Explicar a providência divina no Antigo e Novo Testamento.  

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA  

Os israelitas, durante a jornada pelo deserto, por várias vezes, foram provados com a escassez de água e alimento. Porém, eles sempre murmuravam contra o Senhor. A murmuração demonstrava a falta de fé deles. Leia e discuta as atitudes relacionadas no quadro. Enfatize que tais atitudes devem marcar a vida dos que crêem no Senhor.  

COMENTÁRIO 

Introdução 
Palavra Chave
Escassez: 
Falta, carência, período de privação material. 


Na lição de hoje, estudaremos acerca do cuidado do Senhor para conosco e a disposição que devemos ter em cuidar e socorrer os necessitados. Ele multiplica nossos recursos, fazendo com que haja o bastante para todas as nossas carências básicas. Sim, Deus utiliza o que temos para alimentar os famintos (2 Rs 4.42-44). Em o Novo Testamento, o apóstolo João exorta-nos à prática do amor verdadeiro; um sentimento que nos constrange a ser solícitos uns com os outros e a buscar o bem dos necessitados (1 Jo 3.17,18).  


I. LUTANDO CONTRA O IMPREVISTO 


1. A viuvez. Sem dinheiro e uma grande dívida. Eis a “herança” de uma pobre mulher, que fora surpreendida pela repentina morte do esposo, cuja atividade era servir aos profetas do Deus Altíssimo (2 Rs 4.1). Apesar de fiel, o homem deixou a família em uma situação calamitosa, pois não havia comida em casa nem meios de subsistência para a viúva e os dois filhos. A forma como a mulher dirige-se ao homem de Deus demonstra a sua situação desesperadora, pois provavelmente ela não tinha nenhum familiar para auxiliá-la. Não obstante, ela não poderia, passivamente, ver os filhos padecerem de fome e, ainda, correndo o risco de serem levados como escravos como pagamento da dívida do pai. Por isso, for buscar ajuda, recorrendo ao profeta Eliseu, pois sabia que, como homem de Deus, poderia interceder por toda a família. E você, o que faz quando o imprevisto bate à sua porta? Desespera-se ou vai ao Senhor? Ir a Deus significa conversar com Ele e crer em sua provisão (Sl 147.7-9; At 17.25).

2. A dívida. A Bíblia não revela o valor da dívida deixada pelo falecido, mas o certo é que era uma alta soma, pois seria necessário dar os dois filhos do casal como escravos para quitar o débito (2 Rs 4.1). De acordo com a lei, o devedor que não pudesse pagar o seu débito era obrigado a servir ao credor até ao ano do Jubileu (Lv 25.39,40). O credor estava amparado pela lei; ninguém podia repreendê-lo. Não era incomum um israelita vender-se como escravo ou dar algum membro de sua família para saldar dívidas (Êx 21.7; Ne 5.5). Tal situação ensina-nos que é preciso pensar no futuro de nossa família bem como sermos zelosos com as nossas finanças, pois caso sobrevenha-nos um imprevisto, os nossos não sofrerão determinados constrangimentos. 

3. A solução. A mulher foi ao encontro de Eliseu, ciente de que, através dele, o Todo-Poderoso interviria. A viúva fez algo incomum, pois raramente as mulheres conversavam com os homens sem serem convidadas. Contudo, aquela pobre viúva não poderia intimidar-se com as convenções humanas. A família dependia dela para sobreviver e ela, igualmente, precisava de ajuda. Foi então que a pobre mulher decidiu aproximar-se de Eliseu e relatou a sua triste história, levando o profeta a encher-se de compaixão. Eliseu realiza o milagre da multiplicação do azeite e, com a venda deste, a viúva liquida o débito do esposo e tem para si uma reserva financeira (2 Rs 4.1-7). Ainda que não consigamos enxergar, Deus sempre tem uma solução nos momentos de angústia (Sl 50.15).  


SINOPSE DO TÓPICO (I) 
Nos momentos de angústia e escassez, Deus sempre tem uma solução para os seus filhos.  
II. DEUS AGE COM O QUE VOCÊ TEM


1. A botija de azeite. Quando Eliseu perguntou à viúva sobre o que ela tinha em casa, a resposta imediata da mulher foi que não havia nada além de uma botija de azeite (2 Rs 4.2). Essa pequena quantidade de azeite era insignificante, mas nas mãos do Senhor tornou-se muito. Note, o profeta usou o que a mulher tinha em casa. Eliseu orientou-a a pedir vasos emprestados aos vizinhos, todos quantos pudesse pegar. E depois que estivesse com as vasilhas em casa, ela deveria fechar a porta e despejar o azeite nelas. O azeite cessou de jorrar da pequena botija quando não havia mais vasilhas. O Deus que servimos é um Deus de milagres. Ele multiplica o pouco que temos (1 Rs 17.14).


2. A farinha na panela. Após dizer que haveria seca em Israel (1 Rs 17.1), o profeta Elias recebeu a ordem divina de ir à Sarepta, porque ali residia uma viúva que o sustentaria (1 Rs 17.8,9). É paradoxal imaginar Elias sendo sustentado por uma mulher viúva. Entretanto, o Senhor não se esquece dos seus filhos e desejava usar essa situação para amparar aquela mulher necessitada, pois Ele trabalha com o pouco que temos. Mesmo sem condições, a viúva preparou uma refeição para o profeta e este disse que o Senhor Deus não deixaria faltar farinha na panela e nem azeite na botija (1 Rs 17.16). 
3. Cinco pães e dois peixes. Cinco pães de cevada e dois peixinhos (Jo 6.9) foram suficientes para Jesus alimentar uma grande multidão (Jo 6.10). Para o Senhor Jesus o lanche oferecido pelo rapaz era o suficiente, pois ainda sobraram doze cestos cheios de pedaços de pães (Jo 6.13). Mais uma vez vemos Deus multiplicando o pouco que temos. Ele jamais despede os seus filhos de mãos vazias.  


SINOPSE DO TÓPICO (II) 
Quando entregamos tudo nas mãos de Deus, Ele transforma o pouco em muito.  


III. A PROVIDÊNCIA DIVINA  


1. No Antigo Testamento. Encontramos a provisão divina para alimentar Israel (Êx 16.15). Assim, vemos Deus agindo na natureza e em sua criação (Êx 16.13-21; 1 Rs 17.4-6), operando grandes milagres de multiplicação (2 Rs 4.1-7). A ocorrência desses sinais ensina-nos a depender do Senhor dia após dia. 


2. Em o Novo Testamento. Além dos milagres para a provisão de alimentos, o Novo Testamento apresenta também a disposição de homens e mulheres em ajudar uns aos outros, repartindo tudo o quanto possuíam (At 4.32-37). Esses irmãos desfrutavam de um sentimento de unidade, que os levava a vender seus bens trazendo-os para a igreja, a fim de que o valor fosse dividido conforme as necessidades dos santos (At 4.36,37). O que os movia era o amor fraternal que Cristo tanto ensinou (Jo 15.9-17). Aprendamos, pois, com a Igreja do século I e pratiquemos a generosidade e a verdadeira comunhão. 
3. Na atualidade. Deus pode prover alimento para os seus filhos da maneira que Ele quiser, porém, convida-nos a fazer parte dessa gloriosa missão que é socorrer àqueles que passam por privações (Rm 12.9-21). O apóstolo Paulo exorta-nos a trabalhar para repartir com aqueles que passam por dificuldades (2 Co 8.14; Ef 4.28), Tiago fala da fé sem obras (Tg 2.14-17), e João do amor “só de palavras” (1 Jo 3.16-18). Através da nossa vida, Deus deseja sustentar os necessitados. Não sejamos negligentes com a nossa nobre missão.  


SINOPSE DO TÓPICO (III) 
Deus pode e deseja prover alimento para os seus filhos. Porém, Ele nos convida a fazer parte dessa gloriosa missão: socorrer àqueles que passam por privações. 


CONSIDERAÇÕES FINAIS
A história do povo de Deus é marcada por milagres e provisões, pois o Senhor tem cuidado do seu povo e o seu zelo é notório. Todavia, não podemos nos esquecer de praticar o amor que o Senhor Jesus nos ensinou (Mc 12.31). O apóstolo Paulo deixou um rico ensinamento: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos” (Gl 6.10).
Deus pode e quer usar a nossa vida no alívio ao sofrimento dos que nos rodeiam. Assistamos ao nosso próximo como gostaríamos de ser assistidos (1 Jo 3.16-18). 


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA  



BARNETT, T. Há um milagre em sua casa: A solução de Deus começa com o que você tem. 9.ed., RJ: CPAD, 2007.
HORTON, S. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 1996. 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I  



Subsídio Vida Cristã 


“Eliseu deu uma resposta surpreendente à viúva quando ela lhe contou seu problema. ‘Que te hei de fazer? ’ — Eliseu perguntou. Sua reação, com respeito à mulher, parecia de frustração por ela ter vindo a ele. O que queres que eu faça sobre isso? É o que o profeta parece ter-lhe respondido. Acredito que ele estava simplesmente fazendo com que ela confiasse apenas em Deus, e desviasse a atenção dos recursos humanos. Infelizmente, o Cristianismo atual é muito orientado por celebridades.
Se eu pudesse pelo menos falar com o pastor Fulano’. ‘Se eu pudesse ter o profeta Sicrano para orar por mim, Deus viria ao encontro de minha necessidade’. Como cristãos, devemos somente tocar a orla das vestes de Jesus, e de mais ninguém. Eliseu sabia que não poderia ajudar a viúva com seus limitados recursos. Todavia, ajudou-a a manter a fé na direção certa.
Eliseu estava guiando a viúva necessitada à fonte de seu milagre. A sabedoria e o auxílio de Deus ultrapassam qualquer outra coisa que alguém possa fazer por você. Desta maneira, busque-o sempre e ponha sua confiança nEle” (BARNETT, T. Há um milagre em sua casa: A solução de Deus começo com o que você tem. 9.ed., RJ: CPAD, 2007, pp.30,31).  


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II 



Subsídio Teológico  


“A Igreja é também chamada a ser uma comunidade com solicitude e responsabilidade sociais. Infelizmente, esta vocação tem sido minimizada ou negligenciada entre muitos evangélicos e pentecostais. É possível que muitos crentes sinceros tenham receio de se tornar modernistas ou rumar na direção do assim chamado ‘evangelho social’, caso se envolvam em ministérios que visem o atendimento social. 
Haveria fundamento para tal receio se esse tipo de obra fosse levado a extremos malsãos e deixasse de lado verdades eternas ao oferecer alívio temporário. Por outro lado, o descuido com as necessidades sociais representa o abandono de um vasto número de admoestações bíblicas dirigidas ao povo de Deus, no sentido de serem cumpridas essas obrigações. O ministério de Jesus caracterizava-se pela compaixão amorosa a todos os sofredores e indigentes deste mundo (Mt 25.31-46). Idêntica solicitude é demonstrada tanto nos escritos proféticos do Antigo Testamento (Is 1.15-17) quanto nas epístolas neo-testamentárias (Tg 1.27).
Expressar o amor de Cristo de modo tangível pode ser um meio vital de a Igreja cumprir a missão que lhe foi confiada por Deus. Assim como todos os aspectos da missão (ou propósito) da Igreja, é essencial que nossos motivos e métodos visem fazer tudo para a glória de Deus” (HORTON, S. (Ed.). Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal.1.ed., RJ: CPAD, 1996, pp.555-56).

quarta-feira, 25 de julho de 2012

LIÇÃO 5 - 3º TRIMESTRE 2012 - AS AFLIÇÕES DA VIUVEZ.


Lição 05

AS AFLIÇÕES DA VIUVEZ 

29 de julho de 2012 

TEXTO ÁUREO



Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas (1 Tm 5.3). 


VERDADE PRÁTICA



Apesar da dor e das dificuldades próprias da viuvez,
 esperar e orar são atitudes que honram ao Senhor. 

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO



Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas (1 Tm 5.3). 

Nosso texto áureo desse domingo 1 Tm 5.3 está inserido no seguinte contexto (1 Tm 5.1-16):Não repreendas asperamente os anciãos, mas admoesta-os como a pais; aos moços como a irmãos; As mulheres idosas, como a mães, às moças, como a irmãs, em toda a pureza. Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas. Mas, se alguma viúva tiver filhos, ou netos, aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família, e a recompensar seus pais; porque isto é bom e agradável diante de Deus. Ora, a que é verdadeiramente viúva e desamparada espera em Deus, e persevera de noite e de dia em rogos e orações; Mas a que vive em deleites, vivendo está morta. Manda, pois, estas coisas, para que elas sejam irrepreensíveis. Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel. Nunca seja inscrita viúva com menos de sessenta anos, e só a que tenha sido mulher de um só marido; Tendo testemunho de boas obras: Se criou os filhos, se exercitou hospitalidade, se lavou os pés aos santos, se socorreu os aflitos, se praticou toda a boa obra. Mas não admitas as viúvas mais novas, porque, quando se tornam levianas contra Cristo, querem casar-se; Tendo já a sua condenação por haverem aniquilado a primeira fé. E, além disto, aprendem também a andar ociosas de casa em casa; e não só ociosas, mas também paroleiras e curiosas, falando o que não convém. Quero, pois, que as que são moças se casem, gerem filhos, governem a casa, e não dêem ocasião ao adversário de maldizer; Porque já algumas se desviaram, indo após Satanás. Se algum crente ou alguma crente tem viúvas, socorra-as, e não se sobrecarregue a igreja, para que se possam sustentar as que deveras são viúvas” (1 Timóteo 5.1-16).
O ministério como o de Timóteo envolvia relações com o povo, fazendo este defrontar-se solenemente com a verdade. Deste dever Timóteo devia desincumbir-se, mas cumpria fazê-lo convenientemente, em verdadeira afeição e com prudência. Não assenta bem num ministro relativamente jovem, como Timóteo, repreender asperamente a ninguém mais idoso que ele. A ressalva com toda a pureza (1 Tm 1.2) refere-se particularmente ao ministério de Timóteo junto às mulheres jovens. É uma de suas responsabilidades exortá-las, porém deve precaver-se de qualquer desenvoltura que tenda a interesses ou intimidades inconvenientes, ou até mesmo atitudes que sugiram isso. Em Tt 2.3-5 o genuíno ensino e aconselhamento para mulheres jovens é explicitamente confiado a senhoras crentes mais idosas: As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem;
Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, A serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada” (Tito 2.3-5).
 
Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas (1 Tm 5.3), o verbo “honra” do grego “timão”, significa “dar preço”, “fazer a estimativa”, “valorizar”, ou seja, “honrar”, “reverenciar”, como algo muito importante, digno de valor e atenção. No nosso texto áureo a idéia é “honra” e “respeito” em geral, com ações, com obras, com ajuda financeira e de atribuição de deveres e ofícios especial na igreja.
Viúva a Bíblia apresenta a viúva como uma pessoa necessitada em termos de proteção e sustento, e que deve ser honrada e respeitada. Desse modo, a cidade de Jerusalém, destruída, é apresentada como uma viúva. ‘Como se acha solitária aquela cidade... Tornou-se como viúva...’ (Lm 1.1).
Sob a lei mosaica, o cuidado para com a viúva era considerado uma responsabilidade dos parentes, e era um dos deveres atribuídos ao filho mais velho, que recebia a primogenitura. Com relação a viúva casar-se outra vez, se não tivesse filhos, esperava-se que ela se casasse com o irmão ou com um parente próximo do seu falecido marido, é a lei do levirato (Dt 25.5-6). Se alguém prejudicasse uma viúva ou um órfão, e esta pessoa, aflita, clamasse ao Senhor, Ele enviaria uma vingança rápida (Êx 22.22-24; Sl 146.9).
Na igreja cristã primitiva, o cuidado pelas viúvas recebeu uma pronta atenção quando ‘houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano’ (At 6.1). Sete diáconos foram escolhidos para cuidar desse importante assunto. 
Citando as viúvas como objeto de consideração e cuidado, devem ser distinguidas com essa honra e auxílio aquelas que, por um lado, são desvalidas, e, por outro, são realmente dignas. Sempre que for possível, as viúvas devem ser sustentadas por seus próprios filhos, ou famílias; é este um dever cristão óbvio, não devendo a igreja ser sobrecarregada com ele desnecessariamente “Se algum crente ou alguma crente tem viúvas, socorra-as, e não se sobrecarrege a igreja, para que se possam sustentar as que deveras são viúvas” (1 Tm 5.16).

Portanto, “honrar” inclui a provisão de assistência material necessária; ver o vers. 17 e Mt 15.5-6, inclui também o respeito e a atenção. Históricamente alguns documentos antigos de líderes e teólogos da igreja apontam para o destaque que se dava a viúvas, como nos escritos de Orígenes (in Joannem, ii., pág. 412) onde se percebe que eram dados assentos especiais nas reuniões e na hierarquia da igreja, também no cânon 11 do Concílio de Laodicéia se supõem a mesma ideia. Isso ocorria sem importar se as viúvas eram sustentadas ou não pela Igreja, conforme Hipólito nos mostra (Cânones, 59).

O apóstolo Paulo escrevendo a Timóteo aponto essa atenção e cuidado especial para as que verdadeiramente eram viúvas, isso significa que permaneciam na condição de viúva, porque infelizmente havia mulheres cujos maridos tinham falecido, portanto tinham enviuvado, mas não eram viúvas “autênticas”.

Portanto está em foco as verdadeiras viúvas, isto é, de sessenta anos de idade para cima, que tenha sido casado com um único marido, conforme 1 Timóteo 5.9-11: Nunca seja inscrita viúva com menos de sessenta anos, e só a que tenha sido mulher de um só marido;Tendo testemunho de boas obras: Se criou os filhos, se exercitou hospitalidade, se lavou os pés aos santos, se socorreu os aflitos, se praticou toda a boa obra. Mas não admitas as viúvas mais novas, porque, quando se tornam levianas contra Cristo, querem casar-se” (1 Timóteo 5.9-11)..

Assim devem ser inscritas para exercerem ministério e receberem manutenção as viúvas de sessenta ou mais anos, que se tenham casado só uma vez e não pretendam casar-se de novo, tenham boa reputação como diligentes em boas obras. Mulheres mais moças não servem para esse cargo. Podem ser tentadas a casar outra vez, ou cair na cilada de se aproveitarem de visitas domiciliares para mexericos ou conversas ociosas. É melhor então que as tais tornem a casar e assumam a responsabilidade de dar à luz filhos e de tomar conta de suas próprias casas. Por esta forma podem elas mesmas ajudar as viúvas que, de outro modo, a igreja teria de socorrer. 

Claro que toda viúva, que têm parentes, deve ser por eles sustentada. Isto significa que eles, como primeira obrigação, devem aprender (isto é, fazer disso sua prática regular) a mostrar piedade filial para com membros de sua própria família, e a recompensar deste modo seus parentes ou avós. Tal procedimento é recomendável não só aos que são assim beneficiados, como também "diante de Deus", a questão de atenção a família, em especial aos mais idosos e viúvas é tão importante que o apóstolo Paulo declara exortativamente: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé é é pior do que o infiel” (1 Tm 5.8), veja que este versículo está inserido no corpo ou no contexto de nosso texto áureo (1 Tm 5.3) .

Assim a verdadeira viúva, além de ser desamparada, recomendar-se-á como digna de sustento pelo hábito adquirido de esperar em Deus, não nos homens, e de viver em freqüente oração (1 Tm 5.5). Em contraste com ela, o tipo de mulher que desperdiça a sua vida e tudo quanto esta representa, não deve ser havida como verdadeira viúva; porque, embora viva, à vista de Deus já morreu (1 Tm 5.6). A necessidade de fazer estas distinções e de manter um padrão elevado deve ser enfatizada decididamente por Timóteo, tendo em vista, não afastar do benefício algumas viúvas, mas zelar para que todas vivam irrepreensivelmente (1 Tm 5.7). Todo crente deve cuidar das necessidades dos seus parentes, e sobretudo dos membros de sua família. Se não faz isto, nega praticamente a fé que professa com a boca. E procede pior que os pagãos incrédulos, visto como estes reconhecem seu dever em tais circunstâncias.

Nos versículos 9 e 10 de 1 Timóteo 5, alguns encontram a mais antiga referência escriturística, significativa, a uma "ordem de viúvas" (muitas vezes mencionada em outros escritos primitivos dos cristãos). Estas parece que eram "mulheres anciãs", antes que "diaconisas" (ver 1 Tm 3.11) que dificilmente seriam todas de mais de sessenta anos. As responsabilidades particulares delas parece que eram cuidar de crianças, especialmente órfãs, e de mulheres mais moças. Isto envolveria visitação domiciliar. As qualificações para inscrição obviamente são rigorosas. Tais condições parecem claramente as do ministério, antes que meramente da manutenção, a menos que a referência seja a viúvas especialmente selecionadas e necessitadas, às quais se garantia sustento vitalício pela igreja local. Esposa de um só marido deve significar "casada só uma vez" e, implicitamente, comprometida a não casar outra vez.

Paulo apresenta duas razões contra a inscrição de viúvas moças. Primeiro, é imprudente fazê-las comprometer-se a não casar outra vez. Porque, querendo elas mais tarde casar-se, tal desejo, inocente em outras circunstâncias, envolverá rebelião contra o jugo de Cristo, fazendo-as condenar-se a si mesmas pelo fato de anularem seu primeiro compromisso (1 Tm 5.12).

Segundo, dar-lhes-á uma oportunidade indesejável de se tornarem tagarelas, fofoqueiras, antes que obreiras ativas (1 Tm 5.13). Paulo parece sugerir o seguinte: as mulheres moças, ainda ativas, as quais, como esposas, estiveram ocupadas com a direção de suas casas, se de repente passam a receber sustento e possivelmente um ministério que em grande parte consiste em visitas domiciliares e em exortação, podem cair na tentação de ficar preguiçosas e fofoqueiras, ocasionando complicações com a revelação de confidências.

Portanto, para evitar o perigo de dar aos inimigos ocasião de censurar os cristãos, é melhor que tais mulheres casem de novo e voltem a ocupar-se de todo com as responsabilidades de família.

No versículo 14 de 1 Timóteo 5, parece significar aqui o opositor humano típico, não o diabo. No versículo 15 Paulo apela ao testemunho da experiência para confirmação do seu juízo. Esta espécie de extravio do caminho de Cristo (1 Tm 5.11), para seguir a Satanás, tem ocorrido em alguns casos. O advérbio  sugere que os casos ocorreram no curto espaço de tempo depois que as primeiras inscrições de viúvas moças foram feitas. É também significativo por indicar que a data provável desta referência à organização eclesiástica não é, por consequência, tão tardia como à primeira vista pode parecer provável. (Adaptado dos comentários bíblicos de Wycliffe, R. N. Champlin e de J. W. Scott).



RESUMO DA LIÇÃO 05 


AS AFLIÇÕES DA VIUVEZ 

I.- O CONCEITO DE VIUVEZ

1.- Definição.

2.- Exemplos nas Escrituras.  

II.- O ASPECTO SOCIAL DA VIUVEZ

1.- O desamparo na viuvez.

2.- O amparo da igreja.  

INTERAÇÃO




A viuvez é um estado social que abarca milhares de pessoas. É um processo natural da vida humana. Algumas pessoas lidam bem com esta nova realidade, mas outras têm a insegurança existencial que paralisam a sociabilidade e a espiritualidade da vida. Quando o cônjuge perde a sua companheira (ou o companheiro), significa o rompimento do ciclo de um convívio íntimo, intenso e profundo. Por isso que, quando a viuvez chegar, a pessoa enfrentará a dor, a solidão e a saudade do cônjuge que se foi. Para ajudar o irmão ou a irmã no estado da viuvez, temos a Palavra de Deus, a igreja local e a família para darem pleno apoio, consolo e carinho. Que haja amparo ao viúvo e a viúva na Casa do Senhor! 

OBJETIVOS 


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

·   Conceituar o estado da viuvez.

·   Descrever exemplos bíblicos de viuvez.

·   Destacar o aspecto social da viuvez. 

COMENTÁRIO


introdução 

Palavra Chave

Viuvez: 

Estado de viúvo ou viúva; sentimento de desamparo, privação e solidão. 

Além da morte, a Palavra de Deus trata com detalhes o tema da viuvez. Longe de ser um assunto simples, veremos que a viuvez, caso não seja devidamente tratada, pode trazer sérios problemas sociais, emocionais e espirituais. O estado de viuvez traz sofrimento à família inteira, pois uma nova realidade financeira, psicológica e espiritual delineia-se para o lar que perde o seu provedor. Diante dessa realidade, encontramos na Palavra de Deus o importante papel que a igreja local deve desempenhar a fim de ajudar o irmão ou a irmã em Cristo, junto à sua família, a superar o período doloroso da viuvez.  

I. O CONCEITO DE VIUVEZ



1. Definição. A viuvez é o estado social e psicológico de um cônjuge quando da morte do outro. Assim, viúva é a mulher cujo esposo faleceu e, no entanto, não voltou a contrair novas núpcias. Tal princípio é o mesmo em relação ao homem. O ponto mais problemático desse estado é superar a solidão que, advinda do processo do luto, pode comprometer a vida da viúva ou do viúvo. Exortam-nos as Sagradas Escrituras, porém, a não entregarmo-nos ao desespero, pois o Senhor cuida dos seus (Sl 146.9). 
2. Exemplos nas Escrituras. Na Bíblia Sagrada, dois exemplos de superação da viuvez são dignos de menção: 
a) A profetisa Ana.  A Palavra de Deus descreve uma mulher que passara pelo vale da viuvez e que, no entanto, jamais se entregou à inércia por causa de sua condição. A profetisa Ana, filha de Fenuel, da tribo de Aser, mesmo com idade avançada, decidiu não se afastar do Templo (Lc 2.36,37). Ela serviu ao Senhor dia e noite. E de coração grato, buscava ao Eterno com oração e jejuns. Buscar constantemente a Deus, a exemplo de Ana, é o melhor procedimento para superar a dor da viuvez. 
b) A viúva de Sarepta. Dizem as Escrituras que o Senhor escolheu a viúva de Sarepta para servir ao profeta Elias por um tempo determinado (Lc 4.25,26). Em 1 Reis 17, o profeta se preparava para exercer uma tarefa de proporção nacional. O que chama atenção do leitor nesse texto é a perseverança dessa viúva. De condições sociais precárias, ela se dispôs a abrigar um profeta perseguido por Acabe, Rei de Israel. A mulher de Sarepta não se abateu pelo fato de ser viúva, antes glorificou ao Senhor ao servir o profeta do Altíssimo. Esse é o propósito divino para a mulher ou o homem que se encontra na mesma condição: servir e honrar a Deus independentemente das circunstâncias (Mc 12.41-44; 1 Tm 5.5).  

SINOPSE DO TÓPICO (I) 

O conceito da viuvez se aplica quando do estado social e psicológico do cônjuge que sofre a perda do outro.  

II. O ASPECTO SOCIAL DA VIUVEZ  

A Bíblia Sagrada declara no Antigo Testamento: “Quando no teu campo colheres a tua colheita, e esqueceres um molho no campo, não tornarás a tomá-lo; para o estrangeiro, para o órfão, e para a viúva será; para que o SENHOR teu Deus te abençoe em toda a obra das tuas mãos” (Dt 24.19); 
“Quando acabares de separar todos os dízimos da tua colheita no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então os darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas portas, e se fartem; E dirás perante o SENHOR teu Deus: Tirei da minha casa as coisas consagradas e as dei também ao levita, e ao estrangeiro, e ao órfão e à viúva, conforme a todos os teus mandamentos que me tens ordenado; não transgredi os teus mandamentos, nem deles me esqueci” (Dt 26.12-13). “Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus, no seu lugar santo” (Sl 68.5). “Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas” (Is 1.17). 
A Bíblia Sagrada declara no Novo Testamento: “Se algum crente ou alguma crente tem viúvas, socorra-as, e não se sobrecarregue a igreja, para que se possam sustentar as que deveras são viúvas” (1 Tm 5.16). 
“A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo” (Tg 1.27). 
Esses versículos tratam da responsabilidade do Corpo de Cristo em relação às pessoas viúvas. O aspecto social da vida de uma pessoa pode, significativamente, ser alterado com o estado da viuvez. Por isso, segundo as Escrituras, a igreja local não pode, em hipótese alguma, desobedecer a Palavra de Deus desamparando quem de fato é viúva ou viúvo. 
1. O desamparo na viuvez. A viúva ou o viúvo no Senhor deve servi-lo ainda que a sua condição não seja das melhores. Não obstante, a Bíblia ensina-nos que devemos auxiliar a pessoa que se encontra em dificuldades por causa da situação de viuvez (1 Tm 5.16). O Corpo de Cristo não pode se omitir diante de tais circunstâncias. Todos, indistintamente, e a partir da liderança, devemos ampará-los (At 6.1-7). 
2. O amparo da Igreja. Muitos são os textos bíblicos que chamam a atenção da igreja local para atuar socialmente junto às viúvas (Dt 24.19; 26.12,13; Sl 68.5; Is 1.17; 1 Tm 5.16). A Bíblia Sagrada declara no Antigo Testamento:
“Quando no teu campo colheres a tua colheita, e esqueceres um molho no campo, não tornarás a tomá-lo; para o estrangeiro, para o órfão, e para a viúva será; para que o SENHOR teu Deus te abençoe em toda a obra das tuas mãos” (Dt 24.19); 
“Quando acabares de separar todos os dízimos da tua colheita no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então os darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas portas, e se fartem; E dirás perante o SENHOR teu Deus: Tirei da minha casa as coisas consagradas e as dei também ao levita, e ao estrangeiro, e ao órfão e à viúva, conforme a todos os teus mandamentos que me tens ordenado; não transgredi os teus mandamentos, nem deles me esqueci” (Dt 26.12-13). “Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus, no seu lugar santo” (Sl 68.5). 
“Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas” (Is 1.17). 
A Bíblia Sagrada declara no Novo Testamento: “Se algum crente ou alguma crente tem viúvas, socorra-as, e não se sobrecarregue a igreja, para que se possam sustentar as que deveras são viúvas” (1 Tm 5.16). 
“A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo” (Tg 1.27). 
Esses versículos tratam da responsabilidade do Corpo de Cristo em relação às pessoas viúvas. Mas dois textos chamam-nos a atenção no cuidado às viúvas.
No primeiro, o profeta diz: “Não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem intente o mal cada um contra o seu irmão, no seu coração” (Zc 7.10).
E no segundo, o apóstolo Paulo fala ao líder: “Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas” (1 Tm 5.3).
Aprendemos, portanto, pela Palavra de Deus, que as viúvas que se enquadram no que preceitua as Escrituras (1 Tm 5.5) devem ser honradas na Casa do Senhor. Tal amparo não pode ser apenas de palavras, mas de ação social, psicológica e espiritual. 


SINOPSE DO TÓPICO (II)  

O estado existencial da viuvez denota o desamparo social da viúva. Logo, a igreja local tem a função de ampará-la nesse processo. 


CONSIDERAÇÕES FINAIS  

“A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações” (Tg 1.27). Com essas palavras, Tiago, o irmão do Senhor, retrata exatamente o que Deus espera de nós, igreja. As viúvas devem ser atendidas em suas necessidades, pois “a fé sem obras é morta” (Tg 2.14-17). Por outro lado, os viúvos jamais devem se entregar à solidão e ao isolamento, mas viverem a vida que é o dom perfeito de Deus. Assim, servirão e honrarão ao Senhor como fizeram os santos do passado. 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA  


Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed., RJ: CPAD, 2009.