Lição
06
A DESPENSA VAZIA
05
de agosto de 2012
TEXTO
ÁUREO
“Fui moço e agora sou velho; mas nunca vi
desamparado o justo,
nem a sua descendência a mendigar o pão” (Sl 37.25).
VERDADE
PRÁTICA
Mesmo em meio à escassez, cremos que o Senhor é poderoso para
suprir,
em glória, todas as nossas necessidades.
COMENTÁRIO
DO TEXTO ÁUREO
“Fui moço e agora sou velho; mas nunca vi
desamparado o justo,
nem a sua descendência a mendigar o pão” (Sl 37.25).
No
nosso texto áureo (Sl 37.25) o salmista compartilha
da sua experiência de longa vida para declarar e assegurar que os retos, os
crentes piedosos, jamais serão abandonados pelo Eterno, nem seus descentes. Este
Salmo é um poema, onde Davi de maneira pedagógica, procura responder uma
questão inquietante: "Por que
muitas vezes pessoas justas sofrem e os maus quase sempre se dão bem?" Na
verdade, não é uma pergunta fácil de responder, porém Davi abre seu coração à
luz de sua experiência e trata de responder essa questão. Assim
no Salmo 37 Davi nos convida a não nos indignarmos por causa dos malfeitores,
porque seu tempo é efêmero (Sl 37.1-2). Exorta-nos
a confiar,
agradar, entregar, descansar e esperar no Senhor (Sl
37.3-7). Nos
versículos seguintes o salmista mostra a diferença e as conseqüências entre a
vida do justo e do ímpio (Sl 37.8-38).
É
neste contexto de contraposição entre justo e ímpio, que está o nosso texto
áureo: “O Senhor firma os passos do
homem bom e no seu caminho se compraz; se cair, não ficará prostrado, porque o
Senhor o segura pela mão. Fui moço e já,
agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem sua descendência a
mendigar o pão. É sempre compassivo e empresta, e a sua descendência será
uma bênção” (Sl 37.23-26)
·
Fui moço e já,
agora, sou velho... - Esta
expressão de Davi, não nos deixa dúvida de que ele era uma pessoa extremamente
observadora e de uma sabedoria impressionante. Davi está dizendo que: desde sua
adolescência e mocidade até agora que já está velho, ele tem observado a
conduta dos homens. Davi não é um desatento, um descuidado, mas sim um
observador, gastou tempo, observando e questionando o problema: o sofrimento dos justos e a prosperidade
dos homens maus.
·
Porém jamais
vi o justo desamparado... - Na
observação de Davi ele descobriu que desde a sua adolescência até sua velhice:
Ele jamais viu o justo desamparado... Nos versículos 23 e 24 Davi afirma: O SENHOR firma os passos do homem
bom e no seu caminho se compraz - Se cair, não ficará prostrado, porque o
SENHOR o segura pela mão.
Quem é o homem justo? O homem justo aqui, não é o homem que
justifica a si mesmo, pelas suas obras; mas o homem é justificado por Deus
conforme ensinou o apóstolo Paulo "Justificados, pois, mediante
a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo" (Rm
5.1). Na observação de Davi, ele nunca viu o justo desamparado.
·
Nem sua
descendência a mendigar o pão... - No decorrer da vida de Davi,
ele nunca viu o justo desamparado, mas também nunca tinha visto sua descendência a mendigar o pão... O comentarista Clarke, comentando este versículo
diz: "Eu já estou com
meus cabelos grisalhos e tenho viajado por vários países; também nunca vi um
homem justo abandonado por Deus e nem seus filhos a mendigar o pão. Deus tem
honrado a todos os que o temem e tem cuidado deles e de toda a sua
posteridade".
Na observação de Davi, ele nunca viu o justo e nem a sua
descendência a mendigar por comida. Qual é o estilo de vida que realmente vale
à pena? É o que Davi conseguiu desvendar, uma vida totalmente dedicada a Deus: “Vem do Senhor
a salvação dos justos; Ele é a sua fortaleza no dia da tribulação. O Senhor os
ajuda e os livra; livra-os dos ímpios e os salva, porque nele buscam refúgio”
(Sl 37.39-40).
RESUMO DA LIÇÃO 06
A DESPENSA VAZIA
I. LUTANDO CONTRA O IMPREVISTO
II. DEUS AGE COM O QUE VOCÊ TEM
3. Cinco pães e dois peixes.
III. A PROVIDÊNCIA DIVINA
1. No Antigo Testamento.
2.
3. Na atualidade.
INTERAÇÃO
Enfatize o fato de que temos um Deus que é fiel e
que tem cuidado de nós. Muitas vezes somos provados pela escassez, como a
viúva que foi até o profeta Eliseu, mas nesses momentos podemos também ver o
agir do Pai Celeste. Ele nos surpreende com o milagre da provisão. Ninguém deseja sofrer privações, todavia as
intempéries da vida são sempre uma boa oportunidade para o nosso crescimento
espiritual. É o que nos ensina a Palavra de Deus:
“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem
daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28).
Basta-nos confiar na suficiente graça de Deus. Ela,
e somente ela, nos basta!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
· Compreender que a fé em Deus nos ajuda a lutar contra os
imprevistos.
· Conscientizar-se de que Deus age segundo aquilo que temos.
· Explicar a providência divina no Antigo e Novo Testamento.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Os israelitas, durante a
jornada pelo deserto, por várias vezes, foram provados com a escassez de água e
alimento. Porém, eles sempre
murmuravam contra o Senhor. A murmuração demonstrava a
falta de fé deles. Leia e discuta as atitudes
relacionadas no quadro. Enfatize que tais atitudes
devem marcar a vida dos que crêem no Senhor.
COMENTÁRIO
Introdução
Palavra Chave
Escassez:
Falta,
carência, período de privação material.
Na lição de hoje,
estudaremos acerca do cuidado do Senhor para conosco e a disposição que devemos
ter em cuidar e socorrer os necessitados. Ele multiplica nossos
recursos, fazendo com que haja o bastante para todas as nossas carências
básicas. Sim, Deus utiliza o que
temos para alimentar os famintos (2 Rs 4.42-44). Em o Novo Testamento , o apóstolo João exorta-nos à prática do amor
verdadeiro; um sentimento que nos constrange a ser solícitos uns com os outros
e a buscar o bem dos necessitados (1 Jo 3.17,18).
I. LUTANDO CONTRA O
IMPREVISTO
SINOPSE DO TÓPICO
(I)
Nos momentos de
angústia e escassez, Deus sempre tem uma solução para os seus filhos.
II. DEUS AGE COM O
QUE VOCÊ TEM
3. Cinco pães e dois peixes. Cinco pães de cevada e dois
peixinhos (Jo 6.9) foram suficientes para Jesus alimentar uma grande multidão
(Jo 6.10). Para o Senhor Jesus o
lanche oferecido pelo rapaz era o suficiente, pois ainda sobraram doze cestos
cheios de pedaços de pães (Jo 6.13). Mais uma vez vemos Deus
multiplicando o pouco que temos. Ele jamais despede os seus filhos de mãos
vazias.
SINOPSE DO TÓPICO
(II)
Quando
entregamos tudo nas mãos de Deus, Ele transforma o pouco em muito.
III. A PROVIDÊNCIA
DIVINA
1. No Antigo Testamento. Encontramos a provisão
divina para alimentar Israel (Êx 16.15). Assim, vemos Deus agindo na
natureza e em sua criação (Êx 16.13-21; 1 Rs 17.4-6), operando grandes milagres
de multiplicação (2 Rs 4.1-7). A ocorrência desses sinais
ensina-nos a depender do Senhor dia após dia.
2. Em o Novo Testamento. Além dos milagres para a
provisão de alimentos, o Novo Testamento apresenta também a disposição de
homens e mulheres em ajudar uns aos outros, repartindo tudo o quanto possuíam
(At 4.32-37). Esses irmãos desfrutavam de
um sentimento de unidade, que os levava a vender seus bens trazendo-os para a
igreja, a fim de que o valor fosse dividido conforme as necessidades dos santos
(At 4.36,37). O que os movia era o amor
fraternal que Cristo tanto ensinou (Jo 15.9-17). Aprendamos, pois, com a
Igreja do século I e pratiquemos a generosidade e a verdadeira comunhão.
3. Na atualidade. Deus pode prover alimento
para os seus filhos da maneira que Ele quiser, porém, convida-nos a fazer parte
dessa gloriosa missão que é socorrer àqueles que passam por privações (Rm
12.9-21). O apóstolo Paulo exorta-nos
a trabalhar para repartir com aqueles que passam por dificuldades (2 Co 8.14;
Ef 4.28), Tiago fala da fé sem obras (Tg 2.14-17), e João do amor “só de
palavras” (1 Jo 3.16-18). Através da nossa vida, Deus
deseja sustentar os necessitados. Não sejamos negligentes com a nossa nobre
missão.
SINOPSE DO TÓPICO
(III)
Deus pode e
deseja prover alimento para os seus filhos. Porém, Ele nos convida a fazer
parte dessa gloriosa missão: socorrer àqueles que passam por privações.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
A história do povo de Deus
é marcada por milagres e provisões, pois o Senhor tem cuidado do seu povo e o
seu zelo é notório. Todavia, não podemos nos
esquecer de praticar o amor que o Senhor Jesus nos ensinou (Mc 12.31). O apóstolo Paulo deixou um
rico ensinamento: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a
todos” (Gl 6.10).
Deus pode e quer usar a
nossa vida no alívio ao sofrimento dos que nos rodeiam. Assistamos ao nosso
próximo como gostaríamos de ser assistidos (1 Jo 3.16-18).
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
BARNETT, T. Há um milagre em sua casa: A
solução de Deus começa com o que você tem. 9.ed., RJ: CPAD, 2007.
HORTON, S. Teologia Sistemática: Uma
perspectiva pentecostal. 1.ed.,
RJ: CPAD, 1996.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Vida Cristã
“Eliseu
deu uma resposta surpreendente à viúva quando ela lhe contou seu problema. ‘Que
te hei de fazer? ’ — Eliseu perguntou. Sua reação, com respeito à mulher,
parecia de frustração por ela ter vindo a ele. O que queres que eu faça sobre
isso? É o que o profeta parece ter-lhe respondido. Acredito que ele estava
simplesmente fazendo com que ela confiasse apenas em Deus, e desviasse a
atenção dos recursos humanos. Infelizmente, o Cristianismo atual é muito
orientado por celebridades.
Se eu pudesse pelo menos falar com o pastor
Fulano’. ‘Se eu pudesse ter o profeta Sicrano para orar por mim, Deus viria ao
encontro de minha necessidade’. Como cristãos, devemos somente tocar a orla das
vestes de Jesus, e de mais ninguém. Eliseu sabia que não poderia ajudar a viúva
com seus limitados recursos. Todavia, ajudou-a a manter a fé na direção certa.
Eliseu
estava guiando a viúva necessitada à fonte de seu milagre. A sabedoria e o
auxílio de Deus ultrapassam qualquer outra coisa que alguém possa fazer por
você. Desta maneira, busque-o sempre e ponha sua confiança nEle” (BARNETT, T. Há um milagre em sua casa: A
solução de Deus começo com o que você tem. 9.ed., RJ: CPAD, 2007, pp.30,31).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“A Igreja
é também chamada a ser uma comunidade com solicitude e responsabilidade
sociais. Infelizmente, esta vocação tem sido minimizada ou negligenciada entre
muitos evangélicos e pentecostais. É possível que muitos crentes sinceros
tenham receio de se tornar modernistas ou rumar na direção do assim chamado
‘evangelho social’, caso se envolvam em ministérios que visem o atendimento
social.
Haveria fundamento para tal receio se esse tipo de obra fosse levado a
extremos malsãos e deixasse de lado verdades eternas ao oferecer alívio
temporário. Por outro lado, o descuido com as necessidades sociais representa o
abandono de um vasto número de admoestações bíblicas dirigidas ao povo de Deus,
no sentido de serem cumpridas essas obrigações. O ministério de Jesus
caracterizava-se pela compaixão amorosa a todos os sofredores e indigentes
deste mundo (Mt 25.31-46). Idêntica solicitude é demonstrada tanto nos escritos
proféticos do Antigo Testamento (Is 1.15-17) quanto nas epístolas
neo-testamentárias (Tg 1.27).
Expressar o amor de Cristo de modo tangível pode
ser um meio vital de a Igreja cumprir a missão que lhe foi confiada por Deus.
Assim como todos os aspectos da missão (ou propósito) da Igreja, é essencial
que nossos motivos e métodos visem fazer tudo para a glória de Deus” (HORTON,
S. (Ed.). Teologia
Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal.1.ed.,
RJ: CPAD, 1996, pp.555-56).
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