quinta-feira, 15 de maio de 2014

Lição 7- 2º Trimestre 2014 - Jovens e Adultos.



LIÇÃO 07
O MINISTÉRIO DE PROFETA

18 de maio de 2014
Professor Alberto

TEXTO ÁUREO

 “E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas” (1Co 12.28).

VERDADE PRÁTICA


O ministério de profeta é fundamental para a Igreja de Cristo nos dias atuais.

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO


“E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas” (1Co 12.28).

O contexto do nosso texto áureo é a unidade dos membros do corpo, todavia esse versículo especificamente nos remete a um assunto muito importante: os dons ministeriais.
O apóstolo Paulo declara que o Senhor Jesus capacitou extraordinariamente sua Igreja, mediante o Espírito Santo, com os dons ministeriais, visando o “...aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 3.12). Os dons ministeriais são concedidos pelo Espírito Santo aos crentes que possuem uma chamada específica para a edificação do corpo de Cristo. Esses dons ministeriais presentes em nosso texto áureo (1 Co 12.28), podem ser classificados em quatro grupos:
1º) Três possuem funções pedagógicas: apóstolos, profetas e doutores;
2º) Dois possuem funções miraculosas: milagres e dons de curar;
3º) Dois possuem funções administrativas: socorros e governos;
4º) Um possui função de manifestação vocal (adoração e louvor): variedades de línguas.
O apóstolo Paulo em Efésios 4.8 e 11 declara: “Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens”... “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”. Neste versículo de Efésios (Ef 4.11) o apóstolo Paulo fala apenas sobre os dons ministeriais, ligados a funções pedagógicas, que são dons destinados aqueles crentes com chamada específica para esse ministério: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores.
A igreja está: “...edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito" (Ef 2.20-22). Nesta passagem da Escritura, a formação da igreja é comparada com a construção de uma edificação. Ela começa com a colocação da pedra principal a Pedra de esquina, que é nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Então a fundação é posta (os apóstolos e profetas) e finalmente, o edifício se levanta ao qual todo verdadeiro crente é juntado, até que todo o edifício esteja completo na vinda do Senhor.
Isso mostra que o lugar que os apóstolos e profetas ocupam na igreja é o de fundação. Eles foram diretamente usados pelo Senhor para estabelecer a igreja no princípio. As epístolas que eles escreveram estabelecem a ordem e funcionamento da igreja: neles a fundação do cristianismo foi assentada. O Senhor Jesus não nos dá mais apóstolos, como no início da igreja, porque Ele não está mais construindo a fundação. Ela já foi posta! Na verdade, o edifício está quase completo.
Estamos esperando pelas últimas pessoas a serem salvas, para que as poucas últimas pedras (vivas) possam ser colocadas no lugar na construção. O ministério dos apóstolos e profetas ainda permanece com a igreja em suas palavras inspiradas, como fundamento do edifício (Ef 4.11-13).
É importante ressaltar que embora os dons ministeriais sejam distintos dos espirituais, ambos provêm do Senhor e são indispensáveis para a Igreja. Portanto nosso texto áureo apresenta os dons ministeriais, dentro do contexto da unidade do corpo de Cristo.
A Revista Ensinador Cristão traz o seguinte comentário: O ministério de profeta ainda é válido para os nossos dias? Esta pergunta é polêmica em alguns lugares. Há pessoas que dão por encerrado esse ministério. Se fosse verdade, algumas perguntas seriam inevitáveis: Quando encerrou? Quem o encerrou? E como ficam as experiências do exercício do ministério de profeta relatadas pelo Novo Testamento e ao longo da História da Igreja?
Os exemplos são diversos. Em o Novo Testamento Ágabo e outros profetas exerciam o ministério em Antioquia (At 11.27-30; 21.10-12). As filhas de Filipe eram profetisas (At 21.8,9). Apesar de usar o ministério para o mal, a mulher em Apocalipse, de codinome de Jezabel, dizia-se profetisa (Ap 2.20) — por isso achava-se respeitada na comunidade cristã de Tiatira induzindo a muitos para a prostituição.
Outros exemplos são profusos na história da Igreja. Podemos começar por um documento cristão antigo datado do segundo século: “Didaqué: A Instrução dos Doze Apóstolos”. Apesar de se chamar “A instrução dos Doze”, o documento não foi escrito pelos doze apóstolos de Cristo, mas formulado pelas lideranças da igreja do segundo século objetivando orientar os fiéis sobre vários assuntos da vida cristã. No capítulo 11, sobre “A Vida em Comunidade”, os versículos 7-12 do documento falam do pleno exercício do ministério de profeta conforme registrado em Efésios 4.11.
Empurrado para o ralo da heresia pela igreja romana e pelos cessacionistas, e devido à autonomia profética e carismática, Montano é um grande exemplo do exercício profético entre os séculos II e III na Ásia Menor, tendo inclusive atraído um dos mais importantes pais latinos da Igreja: Tertuliano.
O que dizer sobre Catarina de Siena, Tereza Dávila — mulheres que denunciaram profeticamente a corrupção de Roma —, John Huss, John Wycliffe e tanto outros gigantes da história que aprouve ao Senhor nosso Deus levantá-los como verdadeiros profetas e profetisas?
À semelhança do Antigo Testamento, o ministério dos profetas neotestamentários, e na história da Igreja, sempre foi exercido nas raias da marginalização. Indo no caminho contrário ao que foi institucionalizado como certo, quando na verdade estava corrompido e longe dos desígnios de Deus. Foi assim no Antigo Testamento; assim ocorreu em o Novo Testamento; e vem acontecendo ao longo da rica história eclesiástica. Por que teria de ser diferente na contemporaneidade?


RESUMO DA LIÇÃO 07


O MINISTÉRIO DE PROFETA

I- O PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO
1. Conceito.
2. O ofício.
3. O profetismo.

II- O PROFETA EM O NOVO TESTAMENTO
1. A importância do termo “profeta” em o Novo Testamento.
2. O ofício do profeta neotestamentário.
3. O objetivo do dom ministerial de profeta.

III – DISCERNINDO O VERDADEIRO PROFETA DO FALSO
1. Simplicidade x arrogância.
2. Pelos frutos os conhecereis.
3. Ainda sobre o falso profeta.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 12.27-29; Efésios 4.11-13.
1 Coríntios 12
27 - Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular.
28 - E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.
29 - Porventura, são todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de milagres?
Efésios 4
11 - E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
12 - querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo,
13 - até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.
INTERAÇÃO
O ministério de profeta é um dom de Deus para a igreja atual. O profeta é chamado para falar segundo o coração do Pai. Nem sempre sua mensagem é aceita.
No Antigo Testamento alguns sofreram perseguições terríveis por trazer aos israelitas a mensagem divina. Em o Novo Testamento os profetas não perderam a preeminência. Eles, juntamente com os apóstolos, eram as colunas da Igreja.
Atualmente, temos a Bíblia, a profecia maior, porém o Senhor continua a levantar e a usar seus porta-vozes para revelar a sua mensagem ao seu povo.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever a função do profeta no Antigo Testamento.
Compreender o ofício do profeta em o Novo Testamento.
Discernir o verdadeiro do falso profeta.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Profeta: Porta-voz oficial da divindade.
A lição desta semana versa sobre o dom ministerial de profeta. Estudaremos alguns aspectos deste dom à luz da Bíblia, mas também considerando o contexto histórico e cultural do Antigo e do Novo Testamento.
O ministério de profeta é altamente importante para os nossos dias, pois de acordo com o ensino dos apóstolos, tal ministério tem um valor excelso para a igreja de qualquer tempo e lugar.
I. O PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO
1. Conceito. O profeta do Antigo Testamento era a pessoa incumbida para falar em nome de Deus. O Altíssimo fazia dele o seu porta-voz, um embaixador que representava os interesses do reino divino na Terra.
Quando Deus levantava um profeta, designava-o a falar para toda a nação israelita, e até mesmo a povos ou nações estranhas (Jr 1.5). Ao longo de toda a história veterotestamentária o Senhor levantou homens e mulheres para profetizarem em seu nome:
- Samuel, o último dos juízes e o primeiro dos profetas para a nação de Israel (1Sm 3.19,20),
- Elias e Eliseu (1Rs 18.18-46; 2Rs 2.1-25),
- a profetisa Hulda (2Rs 22.14-20)
- e muitos outros, como os profetas literários Isaías, Jeremias e Daniel.
2. O ofício. Através da inspiração divina o profeta recebia uma revelação que desvendava o oculto, anunciava juízos, emitia conselhos e advertências divinas. Expressões como “veio a mim a palavra do Senhor” e “assim diz o Senhor” eram fórmulas usuais para o profeta começar a mensagem divina (Jr 1.4; Is 45.1).
Símbolos e visões também eram formas de Deus falar através dos profetas ao seu povo (Jr 31.28; Dn 7.1). Num primeiro momento, o profeta exercia um importante papel de conselheiro no palácio real (Natã, cf. 2Sm 12.1; 1Rs 1.8,10,11).
Contudo, após a divisão do reino de Israel, o profeta passou a ser perseguido, pois sua profecia confrontava diretamente a prepotência da nobreza, a dissimulação dos sacerdotes e a injustiça social (Jr 1.18,19; 5.30,31; Is 58.1-12).
3. O profetismo. De acordo com o Dicionário Teológico (CPAD), o profetismo foi um movimento que surgiu no período aproximado do século VIII a.C. tanto em Israel quanto em Judá.
O objetivo desse movimento era “restaurar o monoteísmo hebreu”, “combater a idolatria”, “denunciar as injustiças sociais”, “proclamar o Dia do Senhor” e “reavivar a esperança messiânica”. Foi nesse tempo que os verdadeiros profetas em Israel foram cruelmente surrados, presos e mortos.

SINOPSE DO TÓPICO (I)
Os profetas do Antigo Testamento falavam em nome de Deus, em primeiro lugar para a nação de Israel, em segundo, para povos estranhos.
II. O PROFETA EM O NOVO TESTAMENTO
1. A importância do termo “profeta” em o Novo Testamento. Como já vimos, em Efésios 4.11 são mencionados cinco ministérios que exerciam papéis fundamentais na liderança da Igreja Antiga: apóstolo, profeta, evangelista, pastor e doutor.
Não por acaso, o termo “profeta” aparece na segunda posição da lista apresentada em 1 Coríntios 12.28; Efésios 4.11. O profeta é identificado três vezes na epístola aos Efésios como alguém que acompanhava os apóstolos (2.20; 3.5; 4.11).
A Bíblia afirma que os “concidadãos dos Santos e da família de Deus estão edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas [...]” (Ef 2.19,20). Aqui, a Bíblia denota a importância do ministério de profeta na liderança da Igreja do primeiro século.
2. O ofício do profeta neotestamentário. Seu ministério no Novo Testamento não consistia em predizer o futuro, adivinhar o presente ou ficar fora de si. Não! De acordo com o Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, o profeta neotestamentário era dotado por Deus para receber e mediar diretamente a Palavra do Altíssimo.
Apesar de ele algumas vezes predizer o futuro, conforme instrui-nos a Bíblia de Estudo Pentecostal, seu ofício consiste em proclamar e interpretar a Palavra de Deus, por vocação divina, com vistas à admoestação, exortação, ânimo, consolação e edificação da igreja (At 3.12-26; 1Co 14.3).
“Era dever do profeta do NT, assim como para o do AT, desmascarar o pecado, proclamar a justiça, advertir do juízo vindouro e combater o mundanismo e frieza espiritual entre o povo de Deus (Lc 1.14-17)”.
Por causa da mensagem de justiça que o profeta apresenta em tempos de apostasia e confusão espiritual, inclusive na igreja, não há outro jeito: ele fatalmente será rejeitado e perseguido por muitos.
3. O objetivo do dom ministerial de profeta. A função do profeta do Novo Testamento é apresentada por Paulo no mesmo bloco de versículos em que ele menciona os cinco ministérios em Efésios (4.11-16).
Ou seja, o profeta é chamado por Deus a levar a igreja de Cristo a uma plena maturidade cristã, pois como um organismo vivo, a Igreja, o Corpo de Cristo, deve desenvolver-se para a edificação em amor (v.16). Para que tal seja uma realidade, os profetas do Senhor devem desempenhar suas funções, capacitados e dirigidos pelo Espírito Santo.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os profetas em o Novo Testamento desempenhavam um importante papel de liderança nas igrejas locais.
III. DISCERNINDO O VERDADEIRO PROFETA DO FALSO
 “De todos os dons espirituais, um dos que mais devemos desejar é seguramente o de discernimento”.
“Nós ouvimos muitas vozes e não podemos seguir todas elas (Gilbert Kirby) [por outro lado] a palavra de Deus ensina que a nossa razão é parte da imagem divina na qual Deus nos criou” (Cristianismo Equilibrado, CPAD, pp.12,22).
Após a leitura, discuta com os alunos sobre o texto ora lido. Em seguida, à luz de Mateus 7.15-20, argumente sobre a necessidade de identificarmos a figura do falso profeta e não deixarmos nos enganar por ele.
1. Simplicidade x arrogância. Duas características do verdadeiro profeta são a simplicidade e o amor. Ainda que a Palavra seja de juízo, o coração do profeta transborda de amor e a sua conduta simples demonstra a quem ele está servindo: o Deus de amor.
Lembremo-nos de Jeremias (38.14-27), Oseias (8.12) e do próprio Senhor Jesus (Mt 23.37). Já o falso profeta só pensa em si, em seu status e benefícios.  Profetiza objetivando a autopromoção. Ele mente, ilude e engana. Lembremo-nos de Hananias, o profeta mentiroso que enfrentou Jeremias (Jr 28.10-12).
2. Pelos frutos os conhecereis. Uma advertência séria de Jesus para os seus discípulos foi acerca da precaução com os falsos profetas. Como reconhecê-los? Jesus disse que os reconheceríamos “pelos seus frutos” (Mt 7.15,20), pois o resultado, ou “fruto”, do que o profeta “diz” e “faz”, revela o seu caráter.
Logo você conhecerá de onde procede a “árvore” (o profeta). Lembre-se de que não devemos diferençar o verdadeiro profeta do falso pela “performance” ou pelo “espetáculo”, mas pelos frutos que eles produzem.
3. Ainda sobre o falso profeta. Apesar de o falso profeta ser arrogante e iníquo, ele fala com grande eloquência, e isso basta para que ele seja tido como verdadeiro.
Na obra Assim Diz o Senhor? (CPAD), John Bevere diz que falsos profetas “são aqueles que ministram em nome de Jesus nas nossas igrejas e conferências, os que partem o coração dos justos, [e que] embora o ministério seja apresentado em nome de Jesus, não é desempenhado pelo seu Espírito”.
Não tenha medo! Na autoridade do Espírito de Deus, “acautele-se” dos falsos profetas. Seja prudente! O Espírito Santo mediante o Evangelho te fará discernir a procedência desses enganadores. Não se deixe conduzir por eles!

SINOPSE DO TÓPICO (III)
Uma das formas de reconhecer o falso profeta é identificar a sua arrogância e a podridão dos seus frutos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Acabamos de estudar o exercício do ministério de profeta no Antigo e no Novo Testamento. Vimos que tal ministério, juntamente com o dos apóstolos, era um dos pilares na liderança da Igreja do primeiro século (Ef 2.20).
Apesar de ao longo da história da igreja o ministério de profeta ter perdido preeminência, sabemos o quanto ele é importante para a vida espiritual da Igreja de Cristo.
O profeta do Senhor, com autoridade e sabedoria divina deve desmascarar as injustiças, o falso profetismo e primar pela edificação da Igreja do Senhor Jesus. Que Deus levante os legítimos profetas!
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1: Mateus a Atos. 4 ed., RJ: CPAD, 2009.
MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5 ed., RJ: CPAD, 2005.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
“Os verdadeiros Profetas e os Falsos Profetas (7.15-23)”
O Evangelho de Mateus torna o fruto dos profetas a verdadeira prova de tais ministérios. O caráter é essencial. O evangelista comenta muitas vezes o tema de árvores boas e ruins e seus frutos; seu interesse em produzir justiça o compele a repetir o tema. João Batista fala que a impenitência dos fariseus e saduceus é como árvores ruins (cf. Mt 3.8-12). Em Mateus 12.33,35 Jesus une a acusação dos fariseus (de que Ele faz o bem pelo poder do mal) com dar maus frutos e a chama de blasfêmia contra o Espírito Santo. [...] Em algumas comunidades a prova para as profecias lidava com a negação protognóstica da carne de Jesus Cristo (1Jo 4.1-3) ou com o espírito de legalismo (Gl 1.8,9). Aqui Mateus identifica que o fruto do erro é o antinomismo, chamando estas pessoas de: ‘Vós que praticais a iniquidade’ (Mt 7.23). Mesmo que eles [os profetas] façam milagres, a doutrina e o estilo de vida são os critérios para discernimento” (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1., 4.ed., RJ: CPAD, 2009, pp.61-62).


quinta-feira, 10 de abril de 2014

Lição 02
 O PROPÓSITO DOS
DONS ESPIRITUAIS

13 de abril de 2014
Professor Alberto

TEXTO ÁUREO

 “Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para edificação da igreja.” (1 Co 14.12).

VERDADE PRÁTICA


Os dons são recursos concedidos por Deus para fortalecer e edificar a Igreja espiritualmente.

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO


    “Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para edificação da igreja.” (1 Co 14.12).

Nosso texto áureo está inserido no capítulo 14 da Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, quando Paulo ensina que o dom de profecia é superior ao de línguas.
Após o apóstolo Paulo apresentar o dom de profecia como mais edificante para a igreja que o falar línguas, ele exorta a igreja a buscar os dons espirituais, ser abundantes neles, mas sempre visando a edificação coletiva da comunidade cristã, nesta perspectiva o dom de profecia é superior porque edifica toda a igreja, enquanto o de língua apenas a própria pessoa: “O que fala em outra língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a igreja” (1 Co 14.4).
Portanto, os dons espirituais são dados a Igreja para sua edificação, esse é o objetivo do ofício ministerial, conforme Efésios 4.11-12. Os dons espirituais foram concedidos com esse propósito de edificação, conforme 1 Coríntios 14.3-5, 12. O alvo dos dons espirituais é a perfeição e união com o Senhor Jesus, conforme Efésio 4.16.
Como os dons são para a edificação da Igreja, é importante que as pessoas usadas pelo Espírito Santo, compreendam que não é o instrumento que é importante mas o som que sai dele, portanto a autonegação é necessário para seu pleno desenvolvimento, conforme 1 Coríntios 10.23-33. Assim a esperança é que os dons espirituais edifiquem mutualmente os irmãos, conforme Romanos 14.19. Todas as ações efetuadas no seio da igreja cristã precisam ter como objetivo a edificação (Ef 4.29).
Os dons são recursos concedidos por Deus para fortalecer e edificar a Igreja espiritualmente.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


1 Coríntios 12.8-11; 13.1,2.

1 Coríntios 12
8 - Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
9 - e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
10 - e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
11 - Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.

1 Coríntios 13
1 - Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 - E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor; nada seria.

RESUMO DA LIÇÃO 2
O PROPÓSITO DOS DONS ESPIRITUAIS

I - OS DONS NÃO SÃO PARA ELITIZAR O CRENTE
1. A igreja Coríntia.
2. Uma igreja de muitos dons, mas carnal.
3. Dom não é sinal de superioridade espiritual.

Il - EDIFICANDO A SI MESMO E AOS OUTROS
1. Edificando a si mesmo.
2. Edificando os outros.
3. Edificando até o não crente.

IIl - EDIFICAR TODO O CORPO DE CRISTO
1. Os dons na igreja. N
2. Os sábios arquitetos do Corpo de CRISTO.
3. Despenseiros dos dons.


INTERAÇÃO


Qual é o real propósito dos dons espirituais?
Você, tem uma visão bíblica e teológica a respeito do objetivo dos dons?
Muitos estão se utilizando dos dons de forma interesseira e egoísta.
As dádivas divinas nos são concedidas pela graça e devem ser utilizadas com sabedoria e santidade a fim de que o nome do Senhor seja exaltado e todos os membros do Corpo de Cristo sejam edificados.
Os dons não são para elitizar o crente. Também não são sinal de superioridade espiritual.

OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·   Conscientizar-se de que os dons espirituais não são para elitizar o crente.
·   Compreender que os dons devem ser utilizados para edificar a si mesmo e aos outros.
·   Saber que o propósito dos dons é a edificação do Corpo de Cristo.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


“O que precisamos fazer para receber os dons espirituais?”;
“A santidade é condição para o recebimento dos dons?”.
Explique que os dons espirituais são habilidades concedidas pelo Espírito Santo para edificação da igreja.
Para receber estas habilidades basta crer e pedir com fé.
Os dons são presentes divinos e fruto da misericórdia do Pai. É graça de Deus!


COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

Palavra Chave
PROPÓSITO: 
Aquilo que se busca alcançar; objetivo, finalidade, intuito.

Nesta lição estudaremos o verdadeiro propósito dos dons espirituais concedidos por Deus à sua Igreja.
Os dons do Espírito Santo são recursos imprescindíveis do Pai para os seus filhos.
O seu propósito é edificar-nos e unir-nos, fortalecendo assim a Igreja de Cristo (1Tm 3.15).

I. OS DONS NÃO SÃO PARA ELITIZAR O CRENTE

1. A igreja coríntia. A Igreja em Corinto localizava-se numa cidade comercial e próxima do mar, sendo uma das mais importantes do Império Romano.
Corinto era uma cidade economicamente rica, porém marcada pelo culto idolátrico.
Durante a segunda viagem missionária de Paulo, a igreja recebeu a visita do apóstolo (At 18.1-18).
Por conhecer muito bem a comunidade cristã em Corinto foi que o apóstolo dos gentios tratou, em sua Primeira Epístola dirigida àquela igreja, sobre a abundância da manifestação dos dons do Espírito, chegando a afirmar daquela igreja que “nenhum dom lhe faltava” (1Co 1.7).

2. Uma igreja de muitos dons, mas carnal. Os dons do Espírito concedidos por Deus à igreja de Corinto tinham por finalidade prepará-la e santificá-la para o serviço do evangelho: a proclamação da Palavra de Deus naquela cidade.
Todavia, além de aquela igreja não usar corretamente os dons que recebera do Pai, tinha em seu meio divisões, inveja, imoralidade sexual, etc.
Como pode uma igreja evidentemente cristã ser ao mesmo tempo carnal e imoral?
Por isso Paulo a chama de carnal e imatura (1Co 3.1,3).
Com este relato, aprendemos que as manifestações espirituais na igreja local não são propriamente indicadoras de seriedade, espiritualidade e santidade.
igreja onde predominam a inveja, contenda e dissensões, nem de longe pode ser chamada de espiritual, e sim de carnal.

3. Dom não é sinal de superioridade espiritual. Muitos creem erroneamente que os irmãos agraciados com dons da parte de Deus são, por isso, mais espirituais que os outros.
Todavia, os dons do Espírito são concedidos pela graça de Deus. Por ser resultado da graça divina, não recebemos tais dons por méritos próprios, mas pela bondade e misericórdia de Deus.
Que a mensagem de Jesus possa ressoar em nossa consciência e convencer-nos de uma vez por todas de que os dons não são garantia de espiritualidade genuína:  
Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7.22,23).

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SINOPSE DO TÓPICO (I)

Os dons do Espírito Santo são concedidos pela graça divina; eles não devem ser usados para elitizar o crente.

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II. EDIFICANDO A SI MESMO E AOS OUTROS

1. Edificando a si mesmo. Paulo diz que quem “fala língua estranha edifica-se a si mesmo” (1Co 14.4). O apóstolo estimulava os crentes da igreja de Corinto a cultivarem sua devoção particular a Deus através do falar em línguas concedidas pelo Espírito, com o objetivo de edificarem a si mesmos.
Isto não significa que o apóstolo dos gentios proibia o falar em línguas publicamente, mas ao fazê-lo de maneira devocional o crente batizado com o Espírito Santo edifica-se no seu relacionamento com Deus.
Falar ou orar em línguas provenientes do Espírito é uma bênção espiritual maravilhosa.

2. Edificando os outros. Os crentes de Corinto falavam em línguas e exerciam vários dons espirituais, mas parece que eles não se preocupavam muito em ajudar as pessoas. Por isso, o apóstolo lembra que os dons só têm razão de existir quando o portador preocupa-se com a edificação da vida do outro irmão em Cristo (1Co 14.12).
Em lugar de buscarmos prosperidade material, como se pudéssemos barganhar com Deus usando dinheiro em troca de bênçãos, busquemos os dons espirituais.
Agindo assim edificaremos a nós mesmos e também aos outros.

3. Edificando até o não crente. Embora o apóstolo dos gentios estimulasse todos os crentes a falarem em línguas, isto é, a edificarem a si mesmos, seu desejo era que também esses mesmos crentes profetizassem a fim de que a igreja toda fosse edificada.
O comentário da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal diz sobre esse texto: “Embora o próprio Paulo falasse em línguas, enfatizava a profecia, porque esta edificava a Igreja inteira, enquanto falarem línguas beneficiava principalmente o falante”.
Todos quantos vierem a frequentar nossas reuniões devem ser edificados, sejam crentes ou não.
Por isso, não podemos escandalizar aqueles que não comungam a mesma fé que nós (1Co 14.23).
Como eles compreenderão a mensagem do evangelho se em uma reunião não entenderem o que está sendo falado? (1Co 14.9).

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SINOPSE DO TÓPICO (II)

Os dons só têm uma razão de existir na vida do crente: edificar a vida do outro irmão em Cristo.

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III. EDIFICAR TODO O CORPO DE CRISTO

1. Os dons na igreja. Na Primeira Carta aos Coríntios, Paulo dedica dois capítulos (12 e 14) para falar a respeito do uso dos dons na igreja.
O apóstolo mostra que quando os dons são utilizados com amor, todo o Corpo de Cristo é edificado. Conforme diz Thomas Hoover, parafraseando Paulo em Efésios 4.16, “os membros do corpo, cada qual com sua própria função concedida pelo Espírito, cooperam para o bem de todas. O amor é essencial para os dons espirituais alcançarem seu propósito”.
Se não houver amor, certamente não haverá edificação (1Co 13).
Sem o amor de Deus nos tornamos egoístas e acabamos por colocar nossos interesses em primeiro lugar.
O propósito dos dons, que é edificar o Corpo de Cristo, só pode ser cumprido se tivermos o amor de Deus em nossa vida.
2. Os sábios arquitetos do Corpo de Cristo. Deus levanta homens para edificarem espiritual, moral e doutrinariamente a igreja local.
A Igreja é o “edifício de Deus” (1Co 3.9).
Os ministros, sábios arquitetos (1Co 3.10).
O fundamento já está posto pelos apóstolos: Jesus Cristo (1Co 3.11).
Mas os ministros têm de tomar o cuidado com as pedras assentadas sobre este alicerce, pois eles também tomam parte na edificação espiritual da Igreja de Cristo segundo a mesma graça concedida aos apóstolos.
Por isso, Paulo faz uma solene advertência para a liderança hoje: “mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1Co 3.10,11).

3. Despenseiros dos dons. O apóstolo Pedro exortou a igreja acerca da administração dos dons de Deus (1Pe 4.10,11).
Ele usou a figura do despenseiro que, antigamente, era o homem que administrava a despensa e tinha total confiança do patrão.
O despenseiro adquiria os mantimentos, zelava para que não estragassem e os distribuíam para a alimentação da família.
Desta forma, os despenseiros da obra do Senhor devem alimentar a “família de Deus” (1Co 4.1; Ef 2.19).
Eles precisam ter o cuidado no uso dos dons concedidos pelo Senhor para prover a alimentação espiritual, objetivando a edificação do Corpo de Cristo: “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre” (1Pe 4.10,11).

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SINOPSE DO TÓPICO (III)

Quando os dons espirituais são utilizados com amor todo o Corpo de Cristo é edificado.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A igreja de Jesus Cristo tem uma missão a cumprir: proclamar o evangelho em um mundo hostil às verdades de Cristo e descrente de Deus.
Diante desta tão sublime tarefa, a igreja necessita do poder divino.
Os dons espirituais são um “arsenal” à disposição do corpo de Cristo para o cumprimento eficaz de sua missão na terra.
Como já foi dito, o propósito dos dons é edificar toda a igreja, todo Corpo de Cristo para ser abençoado, exortado e consolado.
Por isso, nunca devemos usar os santos dons de Deus em benefício particular, como se fosse algo exclusivo de certas pessoas.
Somos chamados a servir a Igreja do Senhor, e não a utilizar os dons de Deus para nós mesmos.


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


SOUZA, Estêvam Ângelo de. Nos Domínios do Espírito. 2 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 1987.
HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2012.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Teológico

“Dado conforme o Espírito Deseja
A primeira relação dos dons com a repetição do fato que cada um é dado pelo Espírito (1Co 12.8-10) leva ao clímax no versículo 11, que diz: ‘Mas um só e o mesmo Espírito opera todas as coisas, repartindo particularmente [individualmente] como quer’. Aqui temos um paralelo com Hebreus 2.4, que fala dos apóstolos que primeiramente ouviram o Senhor e depois transmitiram a mensagem: ‘Testificando também Deus com eles, por sinais [sobrenaturais], e milagres, e várias maravilhas [tipos de obras de grande poder] e dons [distribuições separadas] do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade’. É evidente, à luz destes trechos, que o Espírito Santo é soberano ao outorgar os dons. São distribuídos segundo a sua vontade. Buscamos os melhores dons, mas Ele é o único que sabe o que é realmente melhor em qualquer situação. Fica evidente, também, que os dons permanecem debaixo de sua autoridade. Nunca são nossos no sentido de não precisarmos do Espírito Santo, pela fé, para cada expressão desses dons. Nunca se tornam parte da nossa própria natureza, ao ponto de não perdê-los, de serem tirados de nós. A Bíblia diz que os dons e a vocação de Deus são permanentes (Deus não muda de opinião a respeito deles), mas aqui há referência a Israel (Rm 11.28,29)” (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.230).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II


Subsídio Bibliológico

“O amor é essencial
Os dons têm um lugar especial na igreja e são muito úteis. Mas o amor representa a essência da vida cristã, e é absolutamente necessário. Ele encontra um lugar mesmo entre os dons carismáticos, porém os dons sem a presença do amor são como um corpo sem alma.
Sem amor, o dom de falar se torna vazio e imprudente — ele é como o metal que soa ou como o sino que tine. O metal que soa (‘gongo barulhento’) significa que um pedaço de metal não lavrado ou gongo usado para chamar a atenção. Tinir (alalazon) significa ‘colidir’, ou um som alto e áspero. O sino (ou símbolo) consistia de duas meias circunferências que eram golpeadas causando um estrondo. A ideia aqui é de um inexpressivo som de metal em lugar de música.
O objetivo do apóstolo é mostrar que o homem que professa o dom da glossolalia, da forma como era praticada em Corinto, mas que não tem amor, na realidade não é mais que um instrumento metálico impessoal” (Comentário Bíblico Beacon. 1 ed. Vol. 8, Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.343,44).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO


O Propósito dos Dons

Muitas dúvidas pairam sobre os crentes pentecostais quando o assunto é os dons espirituais. Elas prejudicam a obra de Deus e o recebimento das bênçãos divinas. Os dons do Espírito Santo são recursos indispensáveis para o Corpo de Cristo. Eles contribuem para a expansão e edificação da Igreja.
Os dons são sempre concedidos aos crentes visando um propósito específico. Qual será este objetivo? O alvo divino é a edificação de todos os membros do Corpo. Infelizmente, alguns fazem um uso errado dos dons. Vemos crentes tentando usar os dons para alcançar interesses pessoais. Em vez de glorificar o nome do Senhor, estes se utilizam dos dons a fim de galgar posições eclesiásticas. Muitos não estão mais sendo usados pelo Espírito Santo, mas estão tentando usar o Espírito. Eles estão enganando a si próprios. O Senhor conhece nossos corações e as nossas intenções. Haverá um dia que teremos que prestar contas ao Senhor a respeito do uso dos nossos dons e talentos. Neste dia muitos ouvirão do próprio Senhor a quem tentaram enganar (Mt 7.24).
O objetivo dos dons não é a superioridade ou elitização de um grupo (1Co 12.7)
Por falta de conhecimento bíblico, muitos acreditam, erroneamente, que os dons são um sinal de grande espiritualidade e até de superioridade, mas não o são. Tomemos como exemplo os irmãos da igreja de Corinto. Ao visitar aquela igreja, Paulo relatou que ali havia a manifestação de muitos dons espirituais (1Co 1.7). Corinto era uma cidade cosmopolita, marcada pela idolatria, paganismo e imoralidade. Ser um crente fiel naquela cidade não era fácil. Logo, Deus concedeu muitos dons do Espírito Santo àqueles irmãos a fim de que tivessem condições de lutar contra a idolatria, a imoralidade e permanecessem em santidade até a volta de Cristo. Todavia, a igreja de Corinto estava longe de ser uma igreja espiritual. O pecado havia adentrado ali. Paulo chama os irmãos de Corinto de carnais e meninos (1Co 3.1). Fica então a pergunta: “O que torna o crente espiritual? Os dons?” Podemos aprender, por intermédio dos irmãos de Corinto, que não. Quem tem poder para santificar os crentes é o Espírito Santo. Os dons são dádivas divinas. São presentes e não tem o poder de nos santificar.

Os dons espirituais são dádivas importantes e necessárias à igreja nestes últimos dias antes da Segunda Vinda de Cristo. Estamos vivendo tempos trabalhosos (2Tm 3.1), por isso, precisamos ser cheios do Espírito Santo e procurar com dedicação os dons espirituais (1Co 12.31).

Lição 2 - 2º Trim. 2014 - Jovens e Adultos.

Lição 02 - O propósito dos dons Espirituais



INTRODUÇÃO
I – OS DONS NÃO SÃO PARA ELITIZAR 
II – EDIFICANDO A SI MESMO E AOS OUTROS
III – EDIFICAR TODO O CORPO DE CRISTO
CONCLUSÃO
 
A IGREJA MEDIANTE A EXPRESSÃO DOS DONS
 
Os pensamentos mais profundos de Paulo estão registrados nas suas epístolas às igrejas em Roma, Corinto e Éfeso. Estas igrejas eram instrumentos da estratégia missionária de Paulo. Romanos 12, 1 Coríntios 12 e 13 e Efésios 4 foram escritos a partir do mesmo esboço básico. Embora fossem igrejas diferentes, são enfatizados os mesmos princípios. Cada texto serve para lançar luz sobre os demais. Paulo fala do nosso papel no exercício dos dons, do exemplo da unidade e diversidade que a Trindade oferece, da unidade e diversidade no Corpo de Cristo, do relacionamento ético – tudo à luz do último juízo de Cristo. O contexto dessas passagens paralelas é a adoração. Depois de uma exposição das grandes doutrinas da fé (Rm 1―11), Paulo ensina que o modo apropriado de corresponder a elas é mediante uma vida de adoração (Rm 12―16). Os capítulos 11 a 14 de 1 Coríntios também se referem à adoração. Os capítulos 1 a 3 de Efésios apresentam uma adoração em êxtase. Efésios 4 revela a Igreja como uma escola de adoração, onde aprendemos a refletir o Mestre supremo. Paulo considera os seus convertidos apresentados em adoração viva diante de Deus (Rm 12.1,2; 2 Co 4.14; Ef 5.27; Cl 1.22,28). Conhecer a doutrina ou corrigir as mentiras não basta. A totalidade da nossa vida deve louvar a Deus. A adoração está no âmago do crescimento e reavivamento da igreja. 
 
Estude o gráfico a seguir. Note o fluxo do argumento, as semelhanças e propósitos que Paulo tem em mente. Em seguida, examinaremos os princípios-chaves desses textos bíblicos. 

Texto extraído da obra “Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal”, editada pela CPAD, pp.467-68. 

Lição 2 - 2º Trim. 2014 - Juvenis 15 a 17 anos.

Lição 02– Ética é sempre bem vinda

Texto Bíblico: Mateus 5.17-21



Caro professor da classe de Juvenis, a Paz do Senhor! O tema da lição desta semana é “Ética é sempre bem-vinda”. Ela está baseada no texto de Mateus 5.17-21.  Certamente, para esta lição, não vão faltar exemplos de pessoas, até mesmos líderes eclesiásticos, que vivem uma vida completamente antiética. Por isso, estude algumas obras sobre ética (livros de filosofia, por exemplo) e ética cristã (como por exemplo “Ética Cristã” de Elinaldo Renovato; “Ética: As decisões Morais à luz da Bíblia” de Arthur F. Holmes; ambas publicadas pela CPAD). Feito isso, providencie recortes de jornais ou revistas que mostrem escândalos, corrupções e fraudes.
 
Professor, lembre que sua aula deve ser preparada antecipadamente, para que os seus alunos percebem consistência e preparo em suas ministrações. Ore a Deus para que o capacite e os corações dos alunos sejam tocados pelas aulas ministradas. 
Boa aula!