O MINISTÉRIO DE PROFETA
18 de maio de 2014
Professor
Alberto
TEXTO ÁUREO
“E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente,
apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres,
depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas” (1Co 12.28).
VERDADE PRÁTICA
O ministério
de profeta é fundamental para a Igreja de Cristo nos dias atuais.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo
lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de
curar, socorros, governos, variedades de línguas” (1Co 12.28).
O contexto do nosso texto
áureo é a unidade dos membros do corpo, todavia esse versículo especificamente
nos remete a um assunto muito importante: os dons ministeriais.
O apóstolo Paulo declara
que o Senhor Jesus capacitou extraordinariamente sua Igreja, mediante o
Espírito Santo, com os dons ministeriais, visando o “...aperfeiçoamento dos santos,
para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef
3.12). Os dons ministeriais são concedidos pelo Espírito Santo aos crentes que
possuem uma chamada específica para a edificação do corpo de Cristo. Esses dons
ministeriais presentes em nosso texto áureo (1 Co 12.28), podem ser
classificados em quatro grupos:
1º) Três possuem funções
pedagógicas: apóstolos, profetas e doutores;
2º) Dois possuem funções
miraculosas: milagres e dons de curar;
3º) Dois possuem funções
administrativas: socorros e governos;
4º) Um possui função de
manifestação vocal (adoração e louvor): variedades de línguas.
O apóstolo Paulo em
Efésios 4.8 e 11 declara: “Pelo que diz:
Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens”... “E ele mesmo
deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e
outros para pastores e doutores”. Neste versículo de Efésios (Ef 4.11) o
apóstolo Paulo fala apenas sobre os dons ministeriais, ligados a funções
pedagógicas, que são dons destinados aqueles crentes com chamada específica
para esse ministério: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores.
A igreja está: “...edificados
sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a
principal pedra da esquina; no qual todo o edifício bem ajustado cresce para
templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para
morada de Deus no Espírito" (Ef 2.20-22). Nesta passagem da
Escritura, a formação da igreja é comparada com a construção de uma edificação.
Ela começa com a colocação da pedra principal a Pedra de esquina, que é nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo. Então a fundação é posta (os apóstolos e
profetas) e finalmente, o edifício se levanta ao qual todo verdadeiro crente é
juntado, até que todo o edifício esteja completo na vinda do Senhor.
Isso mostra que o lugar
que os apóstolos e profetas ocupam na igreja é o de fundação. Eles foram
diretamente usados pelo Senhor para estabelecer a igreja no princípio. As
epístolas que eles escreveram estabelecem a ordem e funcionamento da igreja:
neles a fundação do cristianismo foi assentada. O Senhor Jesus não nos dá mais
apóstolos, como no início da igreja, porque Ele não está mais construindo a
fundação. Ela já foi posta! Na verdade, o edifício está quase completo.
Estamos esperando pelas
últimas pessoas a serem salvas, para que as poucas últimas pedras (vivas)
possam ser colocadas no lugar na construção. O ministério dos apóstolos e
profetas ainda permanece com a igreja em suas palavras inspiradas, como
fundamento do edifício (Ef 4.11-13).
É importante ressaltar que
embora os dons ministeriais sejam distintos dos espirituais, ambos provêm do
Senhor e são indispensáveis para a Igreja. Portanto nosso texto áureo apresenta
os dons ministeriais, dentro do contexto da unidade do corpo de Cristo.
A Revista Ensinador Cristão traz o seguinte comentário: O ministério
de profeta ainda é válido para os nossos dias? Esta pergunta é polêmica em
alguns lugares. Há pessoas que dão por encerrado esse ministério. Se fosse
verdade, algumas perguntas seriam inevitáveis: Quando encerrou? Quem o
encerrou? E como ficam as experiências do exercício do ministério de profeta
relatadas pelo Novo Testamento e ao longo da História da Igreja?
Os exemplos são diversos.
Em o Novo Testamento Ágabo e outros profetas exerciam o ministério em Antioquia
(At 11.27-30; 21.10-12). As filhas de Filipe eram profetisas (At 21.8,9).
Apesar de usar o ministério para o mal, a mulher em Apocalipse, de codinome de
Jezabel, dizia-se profetisa (Ap 2.20) — por isso achava-se respeitada na
comunidade cristã de Tiatira induzindo a muitos para a prostituição.
Outros exemplos são
profusos na história da Igreja. Podemos começar por um documento cristão antigo
datado do segundo século: “Didaqué: A Instrução dos Doze Apóstolos”. Apesar de
se chamar “A instrução dos Doze”, o documento não foi escrito pelos doze
apóstolos de Cristo, mas formulado pelas lideranças da igreja do segundo século
objetivando orientar os fiéis sobre vários assuntos da vida cristã. No capítulo
11, sobre “A Vida em Comunidade”, os versículos 7-12 do documento falam do
pleno exercício do ministério de profeta conforme registrado em Efésios 4.11.
Empurrado para o ralo da
heresia pela igreja romana e pelos cessacionistas, e devido à autonomia
profética e carismática, Montano é um grande exemplo do exercício profético
entre os séculos II e III na Ásia Menor, tendo inclusive atraído um dos mais
importantes pais latinos da Igreja: Tertuliano.
O que dizer sobre Catarina
de Siena, Tereza Dávila — mulheres que denunciaram profeticamente a corrupção
de Roma —, John Huss, John Wycliffe e tanto outros gigantes da história que
aprouve ao Senhor nosso Deus levantá-los como verdadeiros profetas e
profetisas?
À semelhança do Antigo
Testamento, o ministério dos profetas neotestamentários, e na história da
Igreja, sempre foi exercido nas raias da marginalização. Indo no caminho
contrário ao que foi institucionalizado como certo, quando na verdade estava
corrompido e longe dos desígnios de Deus. Foi assim no Antigo Testamento; assim
ocorreu em o Novo Testamento; e vem acontecendo ao longo da rica história
eclesiástica. Por que teria de ser diferente na contemporaneidade?
RESUMO DA LIÇÃO 07
O
MINISTÉRIO DE PROFETA
I- O PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO
1. Conceito.
2. O ofício.
3. O profetismo.
II- O PROFETA EM O NOVO
TESTAMENTO
1. A importância do termo
“profeta” em o Novo Testamento.
2. O ofício do profeta
neotestamentário.
3. O objetivo do dom
ministerial de profeta.
III – DISCERNINDO O VERDADEIRO
PROFETA DO FALSO
1. Simplicidade x
arrogância.
2. Pelos frutos os
conhecereis.
3. Ainda sobre o falso
profeta.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
1
Coríntios 12.27-29; Efésios 4.11-13.
1 Coríntios 12
27 - Ora, vós
sois o corpo de Cristo e seus membros em particular.
28 - E a uns
pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em
terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros,
governos, variedades de línguas.
29 -
Porventura, são todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São
todos operadores de milagres?
Efésios 4
11 - E ele
mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e doutores,
12 - querendo
o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do
corpo de Cristo,
13 - até que
todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão
perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.
INTERAÇÃO
O ministério
de profeta é um dom de Deus para a igreja atual. O profeta é chamado para falar
segundo o coração do Pai. Nem sempre sua mensagem é aceita.
No Antigo
Testamento alguns sofreram perseguições terríveis por trazer aos israelitas a
mensagem divina. Em o Novo Testamento os profetas não perderam a preeminência.
Eles, juntamente com os apóstolos, eram as colunas da Igreja.
Atualmente,
temos a Bíblia, a profecia maior, porém o Senhor continua a levantar e a usar
seus porta-vozes para revelar a sua mensagem ao seu povo.
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever a função do profeta no Antigo
Testamento.
Compreender o ofício do profeta em o Novo
Testamento.
Discernir o verdadeiro do falso profeta.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra
Chave
Profeta: Porta-voz oficial
da divindade.
A lição desta
semana versa sobre o dom ministerial de profeta. Estudaremos alguns aspectos
deste dom à luz da Bíblia, mas também considerando o contexto histórico e
cultural do Antigo e do Novo Testamento.
O ministério
de profeta é altamente importante para os nossos dias, pois de acordo com o
ensino dos apóstolos, tal ministério tem um valor excelso para a igreja de
qualquer tempo e lugar.
I. O PROFETA DO ANTIGO
TESTAMENTO
1. Conceito. O profeta do Antigo Testamento era a
pessoa incumbida para falar em nome de Deus. O Altíssimo fazia dele o seu
porta-voz, um embaixador que representava os interesses do reino divino na
Terra.
Quando Deus
levantava um profeta, designava-o a falar para toda a nação israelita, e até
mesmo a povos ou nações estranhas (Jr 1.5). Ao longo de toda a história
veterotestamentária o Senhor levantou homens e mulheres para profetizarem em
seu nome:
- Samuel, o
último dos juízes e o primeiro dos profetas para a nação de Israel (1Sm
3.19,20),
- Elias e
Eliseu (1Rs 18.18-46; 2Rs 2.1-25),
- a profetisa
Hulda (2Rs 22.14-20)
- e muitos
outros, como os profetas literários Isaías, Jeremias e Daniel.
2. O ofício. Através da inspiração divina o profeta
recebia uma revelação que desvendava o oculto, anunciava juízos, emitia
conselhos e advertências divinas. Expressões como “veio a mim a palavra do
Senhor” e “assim diz o Senhor” eram fórmulas usuais para o profeta começar a
mensagem divina (Jr 1.4; Is 45.1).
Símbolos e
visões também eram formas de Deus falar através dos profetas ao seu povo (Jr
31.28; Dn 7.1). Num primeiro momento, o profeta exercia um importante papel de
conselheiro no palácio real (Natã, cf. 2Sm 12.1; 1Rs 1.8,10,11).
Contudo, após
a divisão do reino de Israel, o profeta passou a ser perseguido, pois sua
profecia confrontava diretamente a prepotência da nobreza, a dissimulação dos
sacerdotes e a injustiça social (Jr 1.18,19; 5.30,31; Is 58.1-12).
3. O
profetismo. De acordo com
o Dicionário Teológico (CPAD), o profetismo foi um movimento que surgiu no
período aproximado do século VIII a.C. tanto em Israel quanto em Judá.
O objetivo
desse movimento era “restaurar o monoteísmo hebreu”, “combater a idolatria”,
“denunciar as injustiças sociais”, “proclamar o Dia do Senhor” e “reavivar a
esperança messiânica”. Foi nesse tempo que os verdadeiros profetas em Israel
foram cruelmente surrados, presos e mortos.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Os profetas do Antigo Testamento falavam em nome de Deus, em
primeiro lugar para a nação de Israel, em segundo, para povos estranhos.
II. O PROFETA EM O
NOVO TESTAMENTO
1. A
importância do termo “profeta” em o Novo Testamento. Como já vimos, em Efésios 4.11 são
mencionados cinco ministérios que exerciam papéis fundamentais na liderança da
Igreja Antiga: apóstolo, profeta, evangelista, pastor e doutor.
Não por acaso,
o termo “profeta” aparece na segunda posição da lista apresentada em 1
Coríntios 12.28; Efésios 4.11. O profeta é identificado três vezes na epístola
aos Efésios como alguém que acompanhava os apóstolos (2.20; 3.5; 4.11).
A Bíblia
afirma que os “concidadãos dos Santos e da família de Deus estão edificados
sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas [...]” (Ef 2.19,20). Aqui, a
Bíblia denota a importância do ministério de profeta na liderança da Igreja do
primeiro século.
2. O ofício do
profeta neotestamentário. Seu
ministério no Novo Testamento não consistia em predizer o futuro, adivinhar o
presente ou ficar fora de si. Não! De acordo com o Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento, o profeta neotestamentário era dotado por Deus
para receber e mediar diretamente a Palavra do Altíssimo.
Apesar de ele
algumas vezes predizer o futuro, conforme instrui-nos a Bíblia de Estudo
Pentecostal, seu ofício consiste em proclamar e interpretar a Palavra de Deus,
por vocação divina, com vistas à admoestação, exortação, ânimo, consolação e
edificação da igreja (At 3.12-26; 1Co 14.3).
“Era dever do
profeta do NT, assim como para o do AT, desmascarar o pecado, proclamar a
justiça, advertir do juízo vindouro e combater o mundanismo e frieza espiritual
entre o povo de Deus (Lc 1.14-17)”.
Por causa da
mensagem de justiça que o profeta apresenta em tempos de apostasia e confusão
espiritual, inclusive na igreja, não há outro jeito: ele fatalmente será
rejeitado e perseguido por muitos.
3. O objetivo
do dom ministerial de profeta. A função do
profeta do Novo Testamento é apresentada por Paulo no mesmo bloco de versículos
em que ele menciona os cinco ministérios em Efésios (4.11-16).
Ou seja, o
profeta é chamado por Deus a levar a igreja de Cristo a uma plena maturidade
cristã, pois como um organismo vivo, a Igreja, o Corpo de Cristo, deve
desenvolver-se para a edificação em amor (v.16). Para que tal seja uma
realidade, os profetas do Senhor devem desempenhar suas funções, capacitados e
dirigidos pelo Espírito Santo.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os profetas em o Novo Testamento desempenhavam um importante papel
de liderança nas igrejas locais.
III. DISCERNINDO O
VERDADEIRO PROFETA DO FALSO
“De todos os dons espirituais, um dos que mais
devemos desejar é seguramente o de discernimento”.
“Nós ouvimos
muitas vozes e não podemos seguir todas elas (Gilbert Kirby) [por outro lado] a
palavra de Deus ensina que a nossa razão é parte da imagem divina na qual Deus
nos criou” (Cristianismo Equilibrado, CPAD, pp.12,22).
Após a
leitura, discuta com os alunos sobre o texto ora lido. Em seguida, à luz de
Mateus 7.15-20, argumente sobre a necessidade de identificarmos a figura do
falso profeta e não deixarmos nos enganar por ele.
1.
Simplicidade x arrogância. Duas
características do verdadeiro profeta são a simplicidade e o amor. Ainda que a
Palavra seja de juízo, o coração do profeta transborda de amor e a sua conduta
simples demonstra a quem ele está servindo: o Deus de amor.
Lembremo-nos
de Jeremias (38.14-27), Oseias (8.12) e do próprio Senhor Jesus (Mt 23.37). Já
o falso profeta só pensa em si, em seu status e benefícios. Profetiza objetivando a autopromoção. Ele
mente, ilude e engana. Lembremo-nos de Hananias, o profeta mentiroso que
enfrentou Jeremias (Jr 28.10-12).
2. Pelos
frutos os conhecereis. Uma
advertência séria de Jesus para os seus discípulos foi acerca da precaução com
os falsos profetas. Como reconhecê-los? Jesus disse que os reconheceríamos
“pelos seus frutos” (Mt 7.15,20), pois o resultado, ou “fruto”, do que o
profeta “diz” e “faz”, revela o seu caráter.
Logo você
conhecerá de onde procede a “árvore” (o profeta). Lembre-se de que não devemos
diferençar o verdadeiro profeta do falso pela “performance” ou pelo
“espetáculo”, mas pelos frutos que eles produzem.
3. Ainda sobre
o falso profeta. Apesar de o
falso profeta ser arrogante e iníquo, ele fala com grande eloquência, e isso
basta para que ele seja tido como verdadeiro.
Na obra Assim
Diz o Senhor? (CPAD), John Bevere diz que falsos profetas “são aqueles que
ministram em nome de Jesus nas nossas igrejas e conferências, os que partem o
coração dos justos, [e que] embora o ministério seja apresentado em nome de
Jesus, não é desempenhado pelo seu Espírito”.
Não tenha
medo! Na autoridade do Espírito de Deus, “acautele-se” dos falsos profetas. Seja
prudente! O Espírito Santo mediante o Evangelho te fará discernir a procedência
desses enganadores. Não se deixe conduzir por eles!
SINOPSE DO TÓPICO
(III)
Uma das formas de reconhecer o falso profeta é identificar a sua
arrogância e a podridão dos seus frutos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Acabamos de
estudar o exercício do ministério de profeta no Antigo e no Novo Testamento.
Vimos que tal ministério, juntamente com o dos apóstolos, era um dos pilares na
liderança da Igreja do primeiro século (Ef 2.20).
Apesar de ao
longo da história da igreja o ministério de profeta ter perdido preeminência,
sabemos o quanto ele é importante para a vida espiritual da Igreja de Cristo.
O profeta do
Senhor, com autoridade e sabedoria divina deve desmascarar as injustiças, o
falso profetismo e primar pela edificação da Igreja do Senhor Jesus. Que Deus
levante os legítimos profetas!
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo
Testamento. Vol.
1: Mateus a Atos. 4 ed., RJ: CPAD, 2009.
MENZIES,
William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos
da Nossa Fé. 5 ed., RJ: CPAD, 2005.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
“Os verdadeiros Profetas e os Falsos
Profetas (7.15-23)”
O Evangelho de
Mateus torna o fruto dos profetas a verdadeira prova de tais ministérios. O
caráter é essencial. O evangelista comenta muitas vezes o tema de árvores boas
e ruins e seus frutos; seu interesse em produzir justiça o compele a repetir o
tema. João Batista fala que a impenitência dos fariseus e saduceus é como
árvores ruins (cf. Mt 3.8-12). Em Mateus 12.33,35 Jesus une a acusação dos
fariseus (de que Ele faz o bem pelo poder do mal) com dar maus frutos e a chama
de blasfêmia contra o Espírito Santo. [...] Em algumas comunidades a prova para
as profecias lidava com a negação protognóstica da carne de Jesus Cristo (1Jo
4.1-3) ou com o espírito de legalismo (Gl 1.8,9). Aqui Mateus identifica que o
fruto do erro é o antinomismo, chamando estas pessoas de: ‘Vós que praticais a
iniquidade’ (Mt 7.23). Mesmo que eles [os profetas] façam milagres, a doutrina
e o estilo de vida são os critérios para discernimento” (STRONSTAD, Roger;
ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento.
Vol. 1., 4.ed., RJ: CPAD, 2009, pp.61-62).
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