quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Lição 8 - 4º Trimestre 2014 - Jovens e Adultos.

LIÇÃO 08
OS IMPÉRIOS MUNDIAIS
E O REINO DO MESSIAS

23 de novembro de 2014
Professor Alberto

TEXTO ÁUREO

 “E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão”           (Dn 7.27).

VERDADE PRÁTICA


Enquanto os impérios humanos caem, o Reino de Deus se expande através de Jesus Cristo.

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO


“E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão”          (Dn 7.27).

Nosso texto áureo está inserido no capítulo 7 do livro do Profeta Daniel, quando o Profeta tem a visão dos quatro animais simbólicos. Como já se pode observar o livro de Daniel compõe-se essencialmente de seis histórias e quatro visões. As histórias ocupam os capítulos 1-6, e as visões os capítulos 7-12:

As Seis Histórias de Daniel e Seus Amigos:
Capítulo 1: Daniel e seus amigos na corte de Nabucodonosor
Capítulo 2: O sonho de Nabucodonosor
Capítulo 3: O ídolo de ouro e a fornalha de fogo
Capítulo 4: A loucura de Nabucodonosor
Capítulo 5: A festa de Belsazar
Capitulo 6: Daniel na cova dos leões

Os Quatro Sonhos-Visões:
Capítulo 7: A visão das quatro feras
Capítulo 8: A visão do carneiro e do bode
Capítulo 9: A profecia das setenta semanas
Capítulos 10-12: A visão sobre os últimos dias

Cronologicamente, este capítulo 7 foi escrito por volta do ano 553 a.C., quando o Profeta Daniel tinha aproximadamente 69 anos de idade, foi no reinado de Belsazar (Dn 7.1).


Conforme comentário de R. N. Champlin sobre este versículo que é o texto áureo deste domingo, encontra-se:

Dn 7.27 - O reino e o domínio, e a majestade dos reinos. Este versículo sumaria os vss. 13 e 14 e é essencialmente equivalente ao vs. 14. O Filho do Homem assume o reino, Ele é o vice-regente do Ancião de Dias. Aqui os santos aparecem e agem como os recebedores do Reino, juntamente com as divinas Autoridades e as hostes celestiais. O reino do Deus Altíssimo (Dan. 3.26) é dado por Ele aos santos, conforme vemos no vs. 22. O autor sacro tem em vista um futuro magnificente para Israel, possível mediante intervenção divina direta, pois a história natural jamais poderia produzir tais acontecimentos. Outras nações continuarão a existir, mas subordinadas a Israel, que se tornará então a cabeça das nações da terra. Subordinando-se a Israel, todos os povos serão unidos sob um único Deus e prestarão lealdade e adoração a Ele. Seu conhecimento cobrirá então a face da terra como os mares cobrem os seus leitos. Ver Isa. 11.9. Haverá grandiosa restauração e raiará a Época Áurea. “Que o Novo Reino será entregue aos justos é algo que concorda com o pensamento escatológico geral. Ninguém poderá conquistá-lo. Antes, será um dom de Deus. O reino deles: o pronome é singular, e a referência pode ser à Figura Messiânica, quando o reino foi dado, conforme o vs. 14, e portanto “reino dele”. É mais provável, entretanto, que se refira ao governo do povo dos santos que Dan. 2.44 citou como eterno. Todos os outros domínios O servirão e Lhe serão obedientes” (Arthur Jeffery, in loc.). O Triunfo Final. “O último reino, o reino dos santos, será universal, envolvendo todos os remidos. O triunfo final terá qualidade remidora. Afetará todos os homens e restaurará a correta relação entre Deus e os homens. Essa é grande diferença entre a vitória dos santos e a vitória dos pecadores, que traz somente destruição e caos” (Gerald Kennedy, in loc.) (CHAMPLIN, 1995, Vol. 5, p. 3409-3410).


Portanto, nosso texto áureo é um profecia sobre o Reino Milenar de Cristo, embora hoje em dia muitos não acreditam no reino Milenar como literal, mas apenas simbólico, como é o caso da Igreja Católica, Igreja Presbiteriana e outras denominações mais antigas, profundamente influenciadas pela interpretação de Santo Agostinho, que defendeu o Milênio como sendo um período simbólico.
É importante ressaltar, que fontes antigas da igreja primitiva apontam para a crença do Milênio como um período literal. Assim, a crença no milenarismo não é um ensino estranho à igreja primitiva. Justino, Mártir (100-165) era milenarista :

De minha parte, eu e alguns outros cristãos de mentalidade correta não só admitimos a futura ressurreição da carne, mas também mil anos em Jerusalém reconstruída, embelezada e aumentada, como o prometem Ezequiel, Isaías e os outros profetas (ROMA, 2013, p. 236).

... houve entre nós um homem chamado João, um dos apóstolos de Cristo, que numa revelação que lhe foi feita, profetizou que os que tiverem acreditado em nosso Cristo passarão mil anos em Jerusalém  e que, depois disso, viria a ressurreição universal e, dizendo brevemente, a ressurreição eterna e o julgamento de todos juntos. A mesma coisa dita por nosso Senhor: “Não se casarão, nem serão dadas em matrimônio, mas serão como os anjos, pois são filhos de Deus da ressurreição” (Lc 20.35-36) (ROMA, 2013, p. 237-238).


 O milenarismo foi uma crença comum na comunidade cristã primitiva, outros pais da Igreja cristã, também defendiam o milenarismo:

Os primeiros teólogos que podem ser considerados historicistas: Justino (100-165 D.C.), Irineu (c. 130-202 D.C.), e Hipólito (c. 170-235). Todos acreditavam num milênio literal após a segunda vinda de Jesus (KOVACS & ROWLAND, 2004, p.15 Apud LIMA, 2012, p.24).

O maior teólogo da antiguidade a adotar o modelo espiritual de interpretação foi Agostinho de Hipona (354-430 D.C.), mas sua primeira interpretação foi literal. Num sermão (259). Agostinho havia adotado a posição milenarista, ou seja, de que haveria mil anos literais de Cristo na terra antes do Julgamento Final (BACKUS, 2000, p. XIV Apud LIMA, 2012, p. 23).



A crença milenarista desaparecerá no período do governo da igreja católica, iniciando por Agostinho de Hipona, como aponta o historiador francês Jean Delumeau:

...Santo Agostinho que ele foi o “liquidador do milenarismo cristão primitivo”. É verdade que ele desfechou um golpe severo ao interpretar os mil anos de Apocalipse como o período de duração indeterminada reservado ao reinado da Igreja entre a vinda do Salvador e o fim dos tempos. Durante essa fase intermediária, os santos e os pecadores estão inextricavelmente misturados na “Cidade de Deus”, será assim até o juízo final (DELUMEAU, 1997, p. 32).


Mas o milenarismo voltará com muita força pós Reforma Protestante, sendo um dos temas mais presentes e recorrentes nos países protestantes, em especial a Grã-Bretanha no século XVI um país saturado de estudo escatológico. Jean Delumeau assim descreveu esse período:

O país do Ocidente que, no final do século XVI e até cerca de 1660, debateu com maior paixão os prazos apocalípticos foi de fato a Grã-Bretanha... interpretação das profecias, a dos milenaristas, não foi feita apenas por alguns espíritos excêntricos. Ao contrário, foi proposto por teólogos reconhecidos, em particular entre os puritanos. Chegou-se a escrever que “a ideia de uma rápida realização do milênio de Nosso Senhor era largamente difundida entre todas as categorias de devotos”, e mesmo entre alguns adeptos da realeza”... De maneira mais geral, é essencial perceber que os fatores teológicos desempenharam um papel importante na história política inglesa do século XVII (DELUMEAU, 1997, p. 216).

            Portanto, nosso texto áureo aponta para o Reino Milenar de Cristo, e os membros da Igreja Evangélica Assembleia de Deus crê neste reino como uma verdade literal, que se cumprirá conforme as profecias das Sagradas Escrituras:

CREMOS:
2º – Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão. 2 Tm 3.14-17.

11º – Na segunda vinda premilenial de Cristo, em duas fases distintas: Primeira – invisível ao mundo, para arrebatar a Sua Igreja fiel da terra, antes da grande tribulação; Segunda – visível e corporal, com Sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos. 1 Ts 4.16,17; 1 Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14.



RESUMO DA LIÇÃO 08


OS IMPÉRIOS MUNDIAIS E O REINO DO MESSIAS
I. A VISÃO DOS QUATRO ANIMAIS (Dn 7.1-8)
1. A visão.
2. A interpretação.

II. O CLÍMAX DA VISÃO PROFÉTICA
1. Tronos, "ancião de dias" e juízo divino (vv.9-14).
2. O "Filho do Homem" (vv.13,14).
3. A Grande Tribulação (vv.24,25).

III. A VINDA DO FILHO DO HOMEM
1. A visão (vv.13,14).
2. "Os santos do Altíssimo" (v.18).
3. A destruição do Anticristo (vv.26,27).

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Daniel 7.3-8,13,14

3 - E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar.
4 - O primeiro era como leão e tinha asas de águia; eu olhei até que lhe foram arrancadas as asas, e foi levantado da terra e posto em pé como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem.
5 - Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne.
6 - Depois disto, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas suas costas: tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio.
7 - Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrí­vel e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez pontas.
8 - Estando eu considerando as pontas, eis que entre elas subiu outra ponta pequena, diante da qual três das pontas primeiras foram arrancadas; e eis que nesta ponta havia olhos, como olhos de homem, e uma boca que falava grandiosamente.
13 - Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem: e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele.
14 - E foi-lhe dado o domínio e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem: o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino o único que não será destruído.

INTERAÇÃO
 O texto bíblico que vamos estudar é o capítulo sete de Daniel, trata-se do capítulo inteiro. Muitas pessoas não compreendem o livro de Daniel por acharem-no difícil.
É verdade que a obra do profeta é complexa, mas, igualmente, muito do que se diz ser complicado pode ser resolvido através de uma leitura atenta com o auxílio de uma versão contemporânea. E com a ajuda dos eruditos que, através dos dicionários e dos comentários bíblicos, disponibilizaram uma vida inteira de estudo para nos auxiliar.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever e explicar a visão dos quatro animais.
Identificar o clímax da visão do profeta.
Compreender a volta de Jesus à luz do capitulo sete de Daniel.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
IMPÉRIO:
Forma de governo monárquico, cujo soberano tem o título de imperador ou de imperatriz.
Na lição veremos uma mudança narrativa no capítulo sete de Daniel. Agora estamos diante de uma série de quatro visões do profeta. É o “apocalipse do Antigo Testamento” apresentando quatro impérios simbolizados por quatro animais.
A visão do capítulo dois foi dada a um rei pagão, Nabucodonosor, enquanto que a do capítulo sete, a um servo de Deus, o profeta Daniel.
Veremos que em Nabucodonosor, a visão revela o lado político dos impérios apresentados como uma grande estátua.


Em Daniel, através dos quatro animais, ela revela o lado moral e espiritual desses impérios. Os fatos são os mesmos, mas os objetivos das duas visões têm finalidades distintas. No capítulo sete, Deus revela a Daniel o fim dos quatro impérios e o surgimento do reino eterno do Messias prometido.

I. A VISÃO DOS QUATRO ANIMAIS (Dn 7.1-8)


1. A visão. Daniel recebeu a visão sobre os quatro animais no primeiro ano do rei Belsazar da Babilônia. É importante lembrarmos, aqui, que Belsazar não governou sozinho.
Ele foi corregente com o seu pai, Nabonido. Veremos agora a primeira parte da visão de Daniel (vv.1-3):  a) O “leão com asas de águia” (v.4). O versículo quatro descreve um animal semelhante ao leão com asas de águia. Enquanto Daniel o contemplava, as asas do leão eram arrancadas.
Posteriormente, o animal foi erguido da terra, posto de pé como um ser humano e, logo depois, ele recebeu um coração humano. O leão representava o império da Babilônia.
b) O urso (v.5). Daniel viu uma figura semelhante a um urso. Este fora erguido de um lado e tinha em sua boca três costelas. A este animal as pessoas diziam: “Levanta-te, devora muita carne”. O urso simbolizava o império Medo-Persa.
c) O leopardo com quatro asas (v.6). Outro animal era uma figura semelhante ao leopardo. Este possuía quatro cabeças e tinha quatro asas de aves em suas costas. Foi-lhe dado domínio. O leopardo simbolizava o império da Grécia.
d) Uma aparência indescritível (vv.7,8). “Terrível, espantosa e extremamente forte” era a figura do quarto animal. Ela tinha enormes dentes de ferro, comia e triturava o que encontrasse pelo caminho. Em sua cabeça havia ainda dez chifres.
Enquanto Daniel prestava atenção nos dez chifres, um chifre pequeno surgiu entre os dez; mas três dos primeiros dez chifres foram arrancados pela raiz. No chifre pequeno havia também olhos como “olhos humanos” e uma boca que proferia “palavras arrogantes”. O animal, aqui descrito, simbolizava o império romano.



2. A interpretação. O bloco dos versículos 9 a 14 revelam mais duas figuras: a do Ancião e a do Filho do Homem. Após este bloco de versículos, Daniel passa a narrar a interpretação dos animais dada a ele ainda na mesma visão (vv.15-27):
a) As figuras dos animais (15-18). As figuras representadas pelo leão, urso, leopardo e o quarto animal, significam quatro reis que se levantaram sobre a terra, isto é, o rei da Babilônia, o rei Medo-Persa, o rei da Grécia e o rei de Roma (v.17).
b) A ênfase no quarto animal (vv.23-27). O quarto animal foi o que mais chamou a atenção do profeta Daniel: “Então, tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros” (v.19).
Daniel precedeu o tempo em que o império romano se tornara uma superpotência. Roma foi o império mais devastador da história do mundo. Era forte (ferro), pela sua força e eficácia administrativa, mas frágil (barro), dada a grande corrupção que ajudou a sepultar “um sonho chamado Roma”.

c) Os dez chifres e o pequeno chifre. Os dez chifres que saíam da cabeça do quarto animal prefiguravam dez reis advindos do antigo império romano. Mas outro rei, representado pelo pequeno chifre, se levantará após os dez reis e abaterá os três primeiros, arrancando-os tal como descreve a visão.
Este pequeno chifre é o Anticristo escatológico tipificado na pessoa de Antíoco Epifânio, o qual estudaremos rapidamente na próxima lição e, com maiores detalhes, na lição 12.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Em Daniel 7.1-8 o profeta recebe visões sobre os quatro animais que simbolizavam os quatros grandes impérios do mundo.
II. O CLÍMAX DA VISÃO PROFÉTICA
1. Tronos, “ancião de dias” e juízo divino (vv.9-14). Entramos na segunda parte da visão de Daniel, que trata do julgamento celeste. O versículo nove nos diz: “foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou” (v.9).
A figura de vários tronos tipifica um contexto de julgamento e justiça. A profecia nos fala que o juiz do julgamento é o “ancião de dias”, isto é, Deus é retratado no livro tendo cabelos brancos e vestido de branco. É aquele que Abraão reconheceu como o “Juiz de toda a terra” (Gn 18.25).
O tribunal demonstrado no sétimo capítulo de Daniel revela que Deus julgará “o pequeno chifre” e decretará a sentença final contra o quarto animal (Roma) (vv.11,12). Aqui está o ápice da visão de Daniel, ou seja, o Altíssimo julgando as maldades, crueldades e perversidades das nações deste mundo!

2. O “Filho do Homem” (vv.13,14). A expressão “filho do homem” ou, de acordo com os melhores manuscritos antigos, “filho de homem”, aparece mais de 80 vezes no livro de Ezequiel. A fórmula é regularmente traduzida como “homem” ou “ser humano”, pois na Bíblia trata-se de expressões sinônimas. Tanto em Daniel quanto em Ezequiel, “filho do homem” refere-se a um ser humano distinto que recebe de Deus a soberania celestial. Posteriormente, os santos apóstolos de Cristo identificaram “filho do homem” com a pessoa de Jesus de Nazaré (Mt 24.27,30).
Em o Novo Testamento, Jesus introduziu o Reino de Deus no mundo como o próprio verbo divino feito carne, a plena revelação de Deus (Jo 1.1,14). Foi-lhe dado um nome que é sobre todo o nome e todo o poder sobre a Terra (Fp 2.9-11). Jesus Cristo virá pela segunda vez e instaurará o governo literal de Deus no mundo o reino milenar (Ap 20.2,6).
3. A Grande Tribulação (vv.24,25). Segundo a visão conservadora-tradicional e evangélica, estamos diante de um texto que aponta para um tempo de grande sofrimento no mundo, especialmente em relação à nação de Israel. “O chifre pequeno”, advindo da região do quarto império, Roma, promoverá engano e assombro no planeta.
Na linguagem neotestamentária, ele é o “Anticristo”, o blasfemador de Deus e dos seus preceitos. Por “um tempo, e tempos, e metade de um tempo”, o “Anticristo” terá autoridade no mundo. Esse período equivale a “três anos e meio”, ou “quarenta e dois meses” ou “mil e duzentos e sessenta dias” (Dn 12.7; 9.27; Ap 12.14; 7.14).
Ele compreende a metade dos sete anos finais prescritos como a Grande Tribulação e o fim do “tempo dos gentios”. Nos primeiros “três anos e meio” o Anticristo fará acordos com Israel, mas não os cumprirá.
Este é o período de grande poder e influência política desse líder mundial sobre o mundo e os judeus. Mas o Messias o dominará e quebrará o seu reino de mentira. O Anticristo será condenado e a plenitude do Reino de Deus será estabelecida para sempre!
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O clímax da visão profética de Daniel marca o advento da grande tribulação, do filho do homem e do juízo divino.
III. A VINDA DO FILHO DO HOMEM
1. A visão (vv.13,14). Explicamos anteriormente a expressão “filho do homem” e vimos que ela fora atribuída pelos apóstolos a Jesus Cristo. O versículo 13 de Daniel afirma que o “filho do homem” voltará nas nuvens do céu.
Este é o entendimento remontado em Atos 1.9-11 quando da afirmação dos santos anjos sobre a volta do Cristo de Deus: “E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. [...] [Os anjos] lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir”.
Da mesma forma o apóstolo João escreveu no Apocalipse uma mensagem recebida do próprio Jesus: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram” (Ap 1.7). O reino de Cristo será eterno, único e jamais perecerá (v.14).
2. “Os santos do Altíssimo” (v.18). Para os primeiros leitores do livro de Daniel, a expressão “os santos do Altíssimo” era identificada por eles como o povo judeu que estava em cativeiro.
Entretanto, de modo mais abrangente, e de acordo com Apocalipse 7.9-17, e a partir da revelação progressiva da Palavra de Deus ao longo da história bíblica, esses grupos de mártires e santos são os crentes advindos da Grande Tribulação, de todos os lugares, tribos e nações, que tiveram as suas roupas lavadas no sangue do Cordeiro.
3. A destruição do Anticristo (vv.26,27). Deus intervirá na história dos judeus e trará juízo contra o Anticristo. Este será julgado e condenado para sempre. A sua destruição dar-se-á quando do final do segundo período de “três anos e meio” da Grande Tribulação.
Mas a Igreja de Cristo, lavada e remida no sangue do Cordeiro, não passará pela Grande Tribulação. Antes de iniciar esse tempo de grande sofrimento, o Corpo de Cristo será tirado do mundo para estar para sempre com o Senhor.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
O profeta Daniel viu o dia em que virá o Messias e Ele julgará tanto os grandes quanto os pequenos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Lamentavelmente, devido à multiplicação da “doutrina” da prosperidade, e de muitas igrejas e pregadores propalarem o “aqui e agora”, a profecia bíblica quanto ao futuro ficou de lado.
Outros caem no erro de ensinar que as profecias de Daniel e do Apocalipse são alegorias e produtos de um tempo e de uma cultura sem conexão com a era atual.
Estudemos a Palavra de Deus para não nos acharmos soberbos, deleitosos e não sejamos, pois, a Laodiceia contemporânea (Ap 3.14-22)!

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004. GILBERTO, Antônio. Daniel & Apocalipse. RJ: CPAD, 2006.
                              AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“As Quatro Bestas”
Durante o primeiro ano do reinado de Belsazar, Deus revelou a Daniel um outro resumo dos impérios mundiais que estavam por vir. Por meio de um sonho e visões noturnas, Daniel viu o mar revolto (representando os povos da terra). Dele, subiam quatro grandes animais ‘diferentes uns dos outros’ (7.2-3). Os animais eram um leão, um urso, um leopardo e um outro não definido, que era ‘terrível, espantoso e sobremodo forte’ (7.7). “Sobrepondo-se à profecia da estátua no sonho de Nabucodonosor, os animais representavam a Babilônia (o leão); a Medo-Pérsia (o urso); a Grécia (o leopardo), com seus quatro generais que dividiram o reino de Alexandre, o Grande, logo após sua morte; Roma (o quarto animal)” (LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.177).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“O Filho do Homem”
A Daniel foi concedida a visão celestial do Filho do Homem perante o tremendo e resplandecente trono do Deus Todo-Poderoso, o Ancião de Dias (Dn 7.9-14). Durante suas palavras no cenáculo, o Senhor Jesus disse a seus discípulos que Ele (o Filho do Homem) retornaria ao seio de seu Pai celestial, que o enviara para morrer pela humanidade (Jo 14.1-6,28; 16.28). Na verdade, sua volta para a glória foi testemunhada por aqueles fiéis discípulos. Os anjos lhe disseram: ‘Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir’ (At 1.11). Daniel pode ter testemunhado a ascensão do Senhor e sua entrada diante do trono de Deus, depois de morrer pelos pecados da humanidade. Daniel viu: ‘[...] eis que vinha com as nuvens do céu um como o filho do homem, e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele’ (Dn 7.13). Tanto a divindade como a humanidade de Cristo são vistas nas palavras que o identificam. Era o Filho de Deus (Sl 2.7) e o Filho do Homem que havia sido profetizado. Ser chamado de Filho do Homem mostra que Cristo não era apenas uma divindade, mas também um ser humano.
Ao Filho do Homem, ‘foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído’ (Dn 7.14). Trata-se, na verdade, de um quinto reino cuja duração será de mil anos na história da terra (Ap 20.4-9). Este reino, contudo, prosseguirá pela eternidade com a Nova Jerusalém e novos céus e nova terra, onde a paz e a justiça prevalecerão (Ap 21-22)” (LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.177).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Os Impérios Mundiais e o Reino do Messias
Prezado professor, a partir deste capítulo, o sete, iniciaremos outro gênero de narrações sobre o profeta Daniel e os seus amigos. Até o capítulo seis o gênero predominante no livro é classificado como história. Mas a partir do capítulo sete, o gênero que passa a dominar a obra é o das visões de Daniel. Uma série de visões dadas por Deus ao profeta é revelada a respeito do futuro do mundo e do Reino de Deus.

Orientações
Professor, para explicar didaticamente o primeiro tópico da lição recomendamos que ministrasse a aula de acordo com a descrição do tópico I: a descrição da visão e, posteriormente, a interpretação da visão. Descreva o primeiro animal, o segundo, o terceiro e o quarto. Então, em seguida, trabalhe a questão da interpretação destes animais. Leve em conta que a interpretação evangélica conservadora tende a compreender estes quatro animais como sendo os quatro impérios do mundo: Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma. Estes impérios representam o período de tempo desde Daniel até a segunda vinda de Cristo. Considere também que os muitos intérpretes de Daniel tendem a colocar a profecia do capítulo 7 e 8 como uma continuação do capítulo 2. Lembra do que trata este capítulo? Os impérios são representados por uma grande estátua com cabeça de ouro; peito e braços de prata; ventre e quadris de bronze; pés de ferro e de barro. Entretanto, a estátua é derrubada por uma pedra. Esta pedra é o Reino de Deus destruindo toda a concepção humana de imperialismo. Além do primeiro, do segundo e do terceiro, o quarto animal traz algo bastante específico: “dez chifres” e um “chifre pequeno”. Quando o professor explicar estes elementos considere que ao longo dos anos muitas especulações foram feitas a respeito dessas duas figuras. Não vá além do que menciona o texto bíblico.
No passado, muitos crentes sinceros consideraram Hitler o pequeno chifre, isto é, o Anticristo. Outros consideraram Stalin o líder mundial. Alguns disseram que o Comunismo iria gerar o Anticristo. Outros ainda compreenderam que o papa João Paulo II era o Anticristo. A história provou que todas estas especulações não se sustentaram. Não sabemos a respeito do Anticristo porque simplesmente a sua identidade não foi ainda declarada. Ao que parece, nem saberemos. Não seremos arrebatados antes? Boa aula!

 FONTE: www.professoralberto.com.br

Lição 7 - 4º Trimestre 2014 - Jovens e Adultos.

LIÇÃO 07
INTEGRIDADE EM
TEMPOS DE CRISE

16 de novembro de 2014


TEXTO ÁUREO

 “Então, os príncipes e os presidentes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa” (Dn 6.4).

VERDADE PRÁTICA


A integridade deve ser a nossa marca, compreendendo igualmente coração, mente e vontade.

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO


“Então, os príncipes e os presidentes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa” (Dn 6.4).

Nosso texto áureo está inserido no capítulo 6 do livro do Profeta Daniel, onde relata a história de Daniel na cova dos leões. Nosso texto áureo (Dn 6.4) apresenta um testemunho marcante da integridade do profeta Daniel.
É possível ser íntegro em meio à corrupção? É possível sujeitar-se a Deus quando ao nosso redor estamos cercados de exemplos contrários ao ideal divino? Esse é o contexto da história do já idoso Daniel.
O capítulo seis de Daniel revela que o profeta fora colocado como um alto oficial do Império de Babilônia no governo de Nabucodonosor e, posteriormente, Dario o assentara como líder de governo do império Medo-Persa. Dario dividiu a escala de poder do império Medo-Persa da seguinte maneira: três príncipes supervisionavam os 120 presidentes constituídos nas províncias do império (vv.1,2). Daniel era um dos príncipes. Mas entre os três o profeta se destacara.
Os príncipes e os presidentes armaram uma cilada política envolvendo a religião do império. Não podiam sujar o caráter de Daniel nas esferas sociais, morais e políticas, então os príncipes e presidentes do império usaram a religião para atingir a vida de Daniel.
O plano era que, durante trinta dias quem dirigisse uma prece a Deus ou a um homem seria lançado na cova dos leões. Ainda assim, o profeta Daniel não alterou a sua rotina. Todos os dias, Daniel dirigia-se para uma sala no andar superior da sua casa, onde se punha de joelhos para orar (além de ajoelhar-se, os judeus ficavam de pé com as mãos erguidas para o céu e também prostravam-se como diante de Deus). Até que foi denunciado pelos seus colegas de governo e Daniel condenado a cova dos leões.
Comentando sobre esse episódio na vida de Daniel, o Comentário Bíblico Beacon traz a seguinte consideração:


Avanço Político de Daniel (6.1-3) - Na reorganização do governo, Dario seguiu a política liberal de Ciro e logo dividiu a responsabilidade da administração. A nomeação de 120 presidentes, sobre os quais foram colocados três príncipes, pode ter sido um arranjo temporário para assegurar a coleta regular dos impostos e manter um sistema de arrecadação e contabilidade. A breve explicação do versículo 2 parece indicar isso: aos quais esses presidentes dessem conta, para que o rei não sofresse dano. Dos três presidentes, Daniel se distinguiu. E Dario encontrou nele um espírito excelente e planejava estender sua autoridade sobre todo o reino. Daniel devia ter em torno de 85 anos ou talvez se aproximasse dos 90 anos. Ele tinha passado diversas crises políticas. Agora, a sua reputação de homem íntegro e honesto chegara ao conhecimento dos novos governantes. Talvez informantes tenham aconselhado os novos governantes acerca da posição de Daniel na noite fatal da queda de Belsazar. Quaisquer que fossem as circunstâncias, o homem de Deus estava pronto para servir onde fosse necessário. Um homem de fidelidade e honestidade é desconcertante para maquinadores desonestos. Ver Daniel prestes a receber uma promoção que o colocaria acima deles era mais do que os príncipes e os presidentes podiam tolerar. Eles precisavam destruir Daniel a qualquer custo. O fracasso em encontrar falhas na administração de Daniel os fez buscar uma maneira de atacá-lo no seu ponto mais forte sua religião e a lei do seu Deus. O rei foi ingênuo no que tange à sugestão dos inimigos de Daniel. Era bastante comum para os governantes dos medos e persas colocar-se no lugar de um dos seus deuses e requerer a adoração do povo. Dario sentiu-se lisonjeado em ser o centro da devoção religiosa por um mês, assim, assinou esta escritura e edito  (PRICE; GRAY (Eds.) Volume 4, 2005, pp.518-9).



            Sobre o nosso texto áureo especificamente (Dn 6.4) na livro intitulado Daniel & Apocalipse: Como entender o plano de Deus para os últimos dias, o Pastor Antonio Gilberto faz o seguinte comentário:


Os males da inveja (6.4) - Os companheiros de cargo de Daniel, movidos por amarga inveja, tinham más intenções contra o servo de Deus. Todos têm de vigiar contra este mostro destruidor: a inveja. Ainda neste versículo vemos outra virtude de Daniel: integridade de caráter ‘nenhum erro nem culpa’. O plano diabólico de matar Daniel seria executado através dos dirigentes do povo, e da vaidade do rei. Em Daniel 2.12, o Diabo, em seu plano anterior de matar Daniel, agiu através da ira do rei Nabucodonosor. Agora ele usou outro rei e outras armas: a presunção, a vaidade, o orgulho, a vanglória pessoal. O Diabo percebeu que Daniel seria o homem que intercederia junto a Deus, com oração e jejum, para que os cativos de Israel retornassem à sua terra. O rei seria um deus por trinta dias (v.7). Assim, movido por orgulho e vaidade, assinaria o decreto de morte (v.9). Ainda hoje, muitos decretos, leis, estatutos, resoluções, decisões, votações e reuniões são feitas para prejudicar os outros (GILBERTO, 2006, p.38).


            Que o SENHOR nos ajude e nos dê da sua graça para que possamos ter a integridade que teve seu servo Daniel, que mesmo nos momentos mais traumáticos e desafiadores de nossa vida, possamos manter a integridade e a fidelidade ao SENHOR.


RESUMO DA LIÇÃO 07


INTEGRIDADE EM TEMPOS DE CRISE

I. DANIEL, UM HOMEM ÍNTEGRO EM UM MEIO POLÍTICO CORRUPTO (Dn 6.1-6)
1. Dario reorganiza o governo e delega autoridade administrativa (Dn 6.1-3).
2. Daniel se torna alvo de uma conspiração (Dn 6.4,5).
3. O perigo das confabulações políticas.

II. DANIEL, UM HOMEM ÍNTEGRO QUE NÃO TRANSIGIU COM SUA FÉ EM DEUS  (Dn 6.10-16)
1. Nenhuma trama política mudaria em Daniel o seu hábito devocional de oração (Dn 6.10).
2. A momentânea vitória dos conspiradores.
3. Preservando a integridade (Dn 6.18-22).

III. DANIEL NA COVA DOS LEÕES (Dn 6.16-24)
1. Daniel preferiu morrer a se dobrar diante de um edito maligno (Dn 6.16,17).
2. Daniel foi protegido da morte pelo anjo de DEUS  (Dn 6.22,23).
3. DEUS mais uma vez foi glorificado através da vida de Daniel                           (Dn 6.22,23,25-28). 


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Daniel 6.3-5,10,11,15,16,20.

3 - Então o mesmo Daniel se distinguiu destes príncipes e presidentes, porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino.
4 - Então os príncipes e os presidentes procuraram achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa.
5 - Então estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus.
10 - Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.
11 - Então aqueles homens foram juntos, e acharam a Daniel orando e suplicando diante do seu Deus.
15 - Então aqueles homens foram juntos ao rei, e disseram ao rei: Sabe, ó rei, que é uma lei dos medos e dos persas que nenhum edito ou ordenança, que o rei determine, se pode mudar.
16 - Então o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e o lançaram na cova dos leões. E, falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele te livrará.
20 - E, chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste; e, falando o rei, disse a Daniel: Daniel, servo do Deus vivo! dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?


INTERAÇÃO

Daniel viveu em uma sociedade pagã, porém ele manteve-se fiel e temente ao Senhor.
Foi um importante profeta e estadista que fez a diferença diante dos reis a quem serviu.
A vida deste servo de Deus não foi nada fácil.
Ele experimentou terríveis provas, como a cova com leões famintos, mas em todas elas agiu como um vencedor.
Embora exercendo importantes funções no reino, Daniel não descuidava da sua vida de oração e não permitiu que um edito real o tirasse da presença de Deus.
Tem você, também uma vida devocional como Daniel?
Não permita que dificuldade alguma o impeça de se achegar a presença de Deus em oração.
Jamais espere que uma situação difícil chegue para lhe ensinar a respeito da oração.


OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber que Daniel era um homem íntegro, mesmo vivendo em um meio corrompido.
Analisar o caráter íntegro de Daniel.
Compreender porque Daniel foi parar na cova dos leões.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, reproduza o quadro abaixo de maneira que cada aluno tenha o seu.
Utilize-o para introduzir a lição.
Mostre todos os reis a quem Daniel serviu e enfatize o caráter íntegro deste servo de Deus, mesmo estando em um meio político corrupto.
Explique que a fé de Daniel fez com que ele se mantivesse inabalável.
A nossa fé em Deus nos livra das investidas de nossos inimigos e nos leva a ter uma vida íntegra.
  

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Palavra Chave
INTEGRIDADE:
Caráter, qualidade de uma pessoa íntegra, honesta, incorruptível, cujos atos e atitudes são irrepreensíveis.

O capítulo seis do livro de Daniel, objeto de estudo desta lição, destaca o valor da integridade moral e espiritual de Daniel e seus amigos durante o reinado de Dario.
Daniel agora era um homem idoso, todavia, sua fé em Deus e sua fidelidade permaneceram inabaláveis, mesmo diante das falsas acusações e da condenação que fizeram com que ele enfrentasse a cova dos leões.
  

I. DANIEL, UM HOMEM ÍNTEGRO EM UM MEIO POLÍTICO CORRUPTO (Dn 6.1-6)

Mais de sessenta anos já haviam se passado desde que Daniel e seus companheiros foram levados para o palácio babilônio.
Apesar disso, eles permaneceram íntegros, e mantiveram a fé inabalável no Deus vivo, mesmo vivendo em meio à idolatria e corrupção. Eles não se corromperam com as ofertas palacianas.

1. Dario reorganiza o governo e delega autoridade administrativa (Dn 6.1-3).
Pareceu bem ao rei nomear 120 príncipes para presidirem sobre todo o reino.
Dentre estes, três seriam os principais.
Os outros teriam que prestar contas a esses. Daniel estava entre os três e, dentre eles, logo se destacou e chamou a atenção do rei Dario, pois tinha “um espírito excelente” (v.3).
Assim, não demorou muito para que o rei, devido à aptidão de Daniel, o constituísse sobre todo o reino (v.3).
Tal decisão despertou ciúme e inveja nos outros líderes, os quais logo se tornaram inimigos de Daniel (vv.4,5).

2. Daniel se torna alvo de uma conspiração (Dn 6.4,5).
A inveja e o ciúme fizeram com que homens malignos, sedentos de poder, tentassem derrubar Daniel.
O problema era que por mais que os inimigos de Daniel procurassem um motivo, político ou moral, para acusá-lo, nada encontravam que pudesse manchar sua reputação.
A integridade e a lealdade de Daniel eram tão imbatíveis que seus inimigos resolveram armar uma situação ardilosa contra ele, utilizando a própria fidelidade de Daniel a Deus (v.5).

3. O perigo das confabulações políticas.
A intenção do rei, de promover Daniel ao posto de maior destaque no governo, suscitou raiva nos outros príncipes, pois um estrangeiro teria poder sobre eles.
Os príncipes se utilizaram da vaidade e do ego do próprio monarca para estabelecer uma trama que prejudicasse Daniel.
Invejosos se uniram e foram até o rei e propuseram que fosse feito um edito real determinando que, durante o período de trinta dias, ninguém fizesse oração a outro deus, ou homem, que não fosse ao rei Dario.
Tal edito agradou o vaidoso monarca que desejava ser adorado como um deus (vv.6-9).
Daniel não fora consultado sobre tal decreto, mas certamente sabia que o objetivo era atingir a sua vida devocional e prejudicar sua comunhão com Deus.
Depois que o rei aprovou o edito, os inimigos de Daniel ficaram na espreita, esperando o momento em que ele estaria orando ao Senhor.
Daniel seria apanhado em flagrante.
Entretanto, Daniel não ficou abalado ou preocupado com tal edito (v.10).
Ele não permitiria que nada viesse atrapalhar sua comunhão com Deus e suas orações. 


SINOPSE DO TÓPICO (I)
Mesmo vivendo em uma sociedade pagã, corrompida pelo pecado, Daniel se manteve íntegro.



II. DANIEL, UM HOMEM ÍNTEGRO QUE NÃO TRANSIGIU COM SUA FÉ EM DEUS (Dn 6.10-16)

1. Nenhuma trama política mudaria em Daniel o seu hábito devocional de oração (Dn 6.10).
A palavra integridade pode ser definida como “solidez, ou estado de ser inteiro, isto é, completo”.
Ainda muito jovem Daniel entendera que sua vida dependia de sua relação com Deus.
A oração era a maneira de ele ser orientado em suas decisões pessoais e políticas. Da mesma forma, Deus nos orienta e revela a sua vontade por intermédio das nossas orações.

2. A momentânea vitória dos conspiradores.
Daniel soube do edito real, mas não abriria mão da sua fé, mesmo que tal resistência lhe custasse a vida (v.10).
Cientes da integridade de Daniel, os inimigos apenas esperaram o horário costumeiro para fazer o flagrante do “infrator” (v.11).
De posse das provas, foram ao rei e reivindicaram que a lei dos medos e dos persas fosse cumprida (vv.12,13).
Só então Dario percebeu que havia sido usado para que os inimigos de Daniel conseguissem o seu intento (vv.13-15)

3. Preservando a integridade (Dn 6.18-22).
Daniel nos deixou o exemplo de que é possível permanecer íntegro mesmo vivendo em meio a corrupção.
Os servos de Deus são chamados para que sejam luz em meio às trevas.
Uma pessoa íntegra não é dividida, não age com duplicidade, não finge, não faz de conta e, mesmo diante do perigo, não nega a sua fé.
Daniel nunca escondeu sua fé e o fato de que orava a Deus, pois segundo o texto bíblico, ele orava em seu quarto com as janelas abertas (v.10).
As pessoas íntegras não escondem nada de ninguém. Suas vidas são transparentes.


SINOPSE DO TÓPICO (II)
A fé de Daniel contribuiu para que ele tivesse uma vida devocional bem-sucedida. 


III. DANIEL NA COVA DOS LEÕES (Dn 6.16-24)

1. Daniel preferiu morrer a se dobrar diante de um edito maligno (Dn 6.16,17).
Daniel não discutiu nem questionou com o rei o seu edito.
Quando soube da lei real, foi para o seu quarto e, como de costume, orou a Deus (v.10).
Na verdade, Daniel tinha certeza de que Deus poderia livrá-lo se assim o quisesse.
A grande lição é que sua integridade não o livrou da maldade e da inveja dos seus inimigos, pois foi denunciado, preso e lançado na cova dos leões (vv.16,17).

2. Daniel foi protegido da morte pelo anjo de Deus (Dn 6.22,23).
A firmeza de Daniel estava acima de qualquer trama diabólica.
Com essa confiança, resignadamente aceitou a sua arbitrária condenação (vv.16,17).
Porém, na cova, Daniel constatou o livramento do Senhor, que enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, os quais não puderam devorá-lo (v.22).
O rei Dario ficou temeroso e triste ao ver que não poderia livrar seu fiel súdito daquela situação (v.14).
Porém, no seu íntimo, o rei sabia que o Deus de Daniel poderia operar um milagre.
Por isso, foi à cova para constatar o livramento (vv.18-20).
Ali, o monarca foi surpreendido pelos feitos do Todo-Poderoso. Daniel foi retirado da cova sem nenhum ferimento (vv.22,23).
Então, o rei ordenou que todos aqueles que haviam tramado contra Daniel fossem lançados na cova (v.24).
Os inimigos experimentaram o castigo que eles mesmos haviam preparado.

3. Deus mais uma vez foi glorificado através da vida de Daniel (Dn 6.22,23,25-28).
Daniel não saiu da cova esbravejando e amaldiçoando os conspiradores.
Ao contrário, ele reafirmou sua inocência e disse que Deus havia enviado o seu anjo para livrá-lo (v.22).
Mediante a fidelidade de Daniel, o rei Dario aprendeu uma importante lição e, por isso, decidiu honrar o Deus de Daniel com um edito.
Este decretava que todos os habitantes do império babilônico temessem ao Deus de Daniel “porque ele é o Deus vivo e para sempre permanente, e o seu reino não se pode destruir; o seu domínio é até ao fim. Ele livra, e salva, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; ele livrou Daniel do poder dos leões” (vv.26,27).
Portanto, não há e nem houve um Deus como o da Igreja. 


SINOPSE DO TÓPICO (III)
Daniel não se dobrou diante de um edito maligno. Ele foi fiel e o Senhor o livrou dos leões. 


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Daniel foi próspero e abençoado durante todo o reinado de Dario e no reinado de Ciro, o persa (v.28).
Deus honrou a fé do seu servo.
Ele também vai honrar a sua fé e o livrará de todo o mal. Confie!
Atualmente, os inimigos dos servos de Deus também procuram, mediante articulações ardilosas, caluniar e mentir contra aqueles que servem ao Senhor fielmente e se destacam no cenário político e eclesiástico.
Estes lançam calúnias a fim de denegrir a integridade daqueles que legislam e realizam seu trabalho com excelência.
Muitas vezes os íntegros também padecem diante de leis injustas.
A fé do profeta fez com que ele mantivesse sua comunhão com Deus mesmo em tempo de crise.
A fé em Deus nos dá paz e convicção interior para enfrentar as situações adversas da vida.
Como crentes, estaríamos dispostos a sacrificar nossa vida e até morrer pelo nome de Jesus?
O Mestre declarou que no final dos tempos os verdadeiros discípulos seriam odiados, atormentados e levados à morte.
Temos pessoas como Daniel?
Oremos a Deus para que sejamos como este profeta. 


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

ZUCK, Roy B. (Ed). Teologia do Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009.
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2013.
PRICE, Ross E.; GRAY, Paul C. (Eds.). Comentário Bíblico Beacon. Volume 4. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, pp.518-9).
GILBERTO, Antônio. Daniel & Apocalipse: Como entender o plano de Deus para os últimos dias. RJ: CPAD, 2006, p.38. 


 FONTE: www.professoralberto.com.br