domingo, 15 de novembro de 2015

Lição 6 - 4º Trimestre 2015 - O Impiedoso Mundo de Lameque - Adultos.

Lição 06

O impiedoso mundo de Lameque
4° Trimestre de 2015
editado
O relato dos capítulos 5 e 6 se refere à linhagem familiar de Adão, mais particularmente à geração de Sete. Essa genealogia faz um contraste com a linhagem de Caim descrita no capítulo anterior (Gn 4.17- 4). Neste contraste, há a presença de dois “Lameques”, um no capítulo 4 (vv.18,23) e outro no capítulo 5 (vv.28- 31). Qual a diferença entre esses dois “Lameques”? O Lameque do capítulo 4 é o da linhagem de Caim, trata-se, pois, de um homem violento e odioso, conforme o autor sagrado descreveu: “E disse Lameque a suas mulheres: Ada e Zilá ouvi a minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai o meu dito: porque eu matei um varão, por me ferir, e um jovem, por me pisar. Porque sete vezes Caim será vingado; mas Lameque, setenta vezes sete” (vv.23,24).
O Lameque do capítulo 4 cantava e entoava a impiedade e a violência. A intenção de fazer o mal pulsava em seu coração, pois Lameque matou um jovem só porque este o pisou. O Lameque do capítulo 5 é o da geração de Sete. A geração que começou a buscar a face do Senhor Deus. Esse Lameque é o pai de Noé. Diferentemente das palavras do Lameque do capítulo 4, o pai de Noé se referiu ao seu amado filho, quando o nomeou, assim: “E chamou o seu nome Noé, dizendo: Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o SENHOR amaldiçoou” (Gn 5.29). Este Lameque conhecia bem ao Senhor e sabia que a terra estava cheia de violência.
Entretanto, ele depositou a sua esperança no seu filho, pois sabia que Noé agradaria o Senhor seu Deus. Enquanto o Lameque do capítulo 4 simboliza a violência, o ódio, a desesperança, o mundo entregue ao mal, o plano de Caim que aprofundou o mal sobre a terra com a devassidão moral, a violência ilimitada e a terrível resistência à graça divina; o Lameque do capítulo 5 representa a esperança, o consolo de Deus a uma geração. Este Lameque é o Lameque que não prosperou em maldade, mas em bondade, misericórdia e consolação. Por intermédio de Lameque, o pai de Noé, chegou o livramento de Deus para a humanidade. Lembremos de que Jesus de Nazaré é da linhagem de Noé. No Dilúvio, o plano de Deus apontava para o plano maior dEle para o mundo: a Cruz do Calvário.
 LAMEQUE O FILHO DE CAIM (Gn4)  LAMEQUE, O PAI DE NOÉ (Gn 5)
 Cantou o ódio, entoou a morte (v.23);Cantou o amor, entoou a vida (v.28,29);
 Matou homens (v.23);
Gerou vida para o bem da humanidade
(v.29);
 Só pensava em vingança (v.24). Só pensava em vida (v.29).
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 16 - nº 64 – out/nov/dez de 2015. 

sábado, 31 de outubro de 2015

Lição 5 - 4º Trimestre 2015 - Caim Era do Maligno - Adultos.

Lição 05

Caim era do maligno
4° Trimestre de 2015
editado
O capítulo 4 do livro do Gênesis apresenta a consumação do pecado e sua história de implicações práticas para o gênero humano. O assassinato de Abel por seu irmão, Caim, é o símbolo do alcance do mal quando este domina o coração humano. E o consequente banimento de Caim da presença de Deus mostra o quanto o homem se afasta da presença do Altíssimo quando decide em seu coração fazer o mal. O caminho de Caim se torna o caminho de todos nós, quando desejamos em nosso coração a vingança, o “dar o troco”, o revide, ou seja, tudo o que passa na contramão do filtro de Jesus Cristo: ame o vosso inimigo. Tudo começa bem na vida do ser humano.
Assim, Caim nasceu e cresceu numa família que devotava a vida a Deus, tanto que a sua mãe, Eva, devotou a Deus ação de graças: “Alcancei do Senhor um varão” (Gn 4.1). A vida de Caim para os seus pais era uma bênção de Deus. Um presente. Adulto, Caim tornara-se um agricultor, pois trabalhava a terra, administrava-a e assim cumpria o plano de Deus estabelecido para a humanidade (Gn 1.26-28). Fazendo assim, Caim obedecia a Deus. Até que, num belo dia, o ciúme, a inveja e o desejo egoístico tomaram o coração de Caim. Seu sacrifício fora rejeitado por Deus e o de seu irmão, aprovado e aceito por Ele. A razão de o Senhor aceitar o sacrifício de Abel e rejeitar o de Caim, embora não esteja totalmente claro nas Escrituras, pelo menos deixa claro que o Senhor olhava e olha com atenção e justiça para o interior do ser humano, de modo que nada lhe escapa o olhar divino.
Caim não se achou aprovado, muito menos aceito, pelo olhar de Deus. Entretanto, essa reprovação de Deus não significava que Caim seria banido de sua presença, pois bastava outro sacrifício com a motivação correta, espontânea e voluntária que o Senhor não haveria de rejeitá-lo. Mas Caim não escolheu o caminho do bem. Ele matou o seu irmão covardemente. O resultado: Caim foi banido da presença de Deus. O caminho de Caim é muito fácil de trilhar. Basta dar vazão ao ódio, à inveja, ao rancor, à raiva e a tudo que não esteja de acordo com o nosso interesse. O caminho de Caim está a cada dia próximo de nós, quando rejeitamos considerar o nosso próximo superior a nós mesmos.
O caminho de Caim está mais próximo das nossas vidas, quando procuramos fugir da realidade inventando desculpas para não fazermos a nossa parte com retidão. Qual o caminho que você deseja trilhar: o de Caim ou o de Jesus?
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 16 - nº 64 – out/nov/dez de 2015. 

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Lição 4 - 4º Trimestre 2015 - A Queda da raça humana - Adultos.

Lição 04

A queda da raça humana
4° Trimestre de 2015
editado
Em sua clássica obra “Conhecendo as Doutrinas da Bíblia”, o teólogo pentecostal Myer Pearlman destaca quatro pontos fundamentais que marcam a história espiritual do homem. Veja o esquema abaixo:
ORIGEM DO PECADO
 1) A tentação 2) A culpa
 3) O Juízo  4) A redenção
 O capítulo 3 de Gênesis êxpõe esses quatro pontos chaves para caracterizar a história espiritual do homem. 

Segundo Myer Pearlman, a Tentação, desde o início, destaca ao ser humano que o caminho de obediência a Deus não é fácil. Isso quer dizer que o ser humano terá escolhas a fazer nos termos de Deuteronômio 30.15: “Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, a morte e o mal”. A Tentação está prevista na perspectiva da impossibilidade de conter a ansiedade de entrar em contato com o que foi proibido. Por isso, ela é sutil, pois, pela sua sutileza, a natureza humana será envolvida em seus desejos e vontades: nisto consiste a tentação.
Ao dizer “sim!” para a tentação e colocá-la em prática, se estabelece no ser humano o estado de Pecado. Em seguida, a culpa toma conta da sua consciência, ao ponto de o ser humano viver num estado de cauterização em sua consciência, de modo que ele não mais atende aos apelos do Espírito Santo: nisto consiste o estado da culpa. Uma vez praticado o pecado, por intermédio da tentação, e estabelecido o sentimento de culpa, instala-se, na realidade humana, o Juízo.
No Éden, o Juízo se deu sobre a serpente (de formosa e honrada, a um animal degradado e maldito), sobre a mulher (multiplicação das dores de parto) e sobre o homem (comer com o suor do rosto), constituindo, porém, o maior de todos os juízos: a morte física e a morte eterna. Entretanto, a história da humanidade não seria para sempre condenada à terrível realidade de viver para sempre longe de Deus. O Pai, por intermédio do Seu Filho, proveria um escape para redimir a vida do ser humano:
“Porque, se, pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os
homens para justificação de vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos” (Rm 5.17-19).
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 16 - nº 64 – out/nov/dez de 2015.

Lição 3 - 4º Trimestre 2015 - E Deus os criou homem e mulher - Adultos.

Lição 03

E Deus os criou homem e mulher
4° Trimestre de 2015
editado
Qual a origem do homem? É a grande pergunta da fi- losofia, da ciência e da religião. É a pergunta que nenhum postulado chegou a responder satisfatoriamente esta pergunta, no que diz respeito aos seus mínimos detalhes. A Teologia, a partir dos seus postulados sistemáticos, tenta dar conta da origem da vida em seus detalhes. A filosofia, com suas divagações e argumentações lógicas e complexas, realiza uma das mais bem elaboradas respostas, dentro da capacidade humana, para se chegar a bom termo sobre o início da vida humana, mas igualmente insatisfatória.
A ciência, com a tecnologia, experiências em laboratórios e grandes postulados de seus teóricos, procura perscrutar ao máximo o mistério da vida. Entretanto, no fim de todas as coisas, a palavra aos Hebreus é definitiva para quem crê: “Pela fé, entendemos que os mundos, pela Palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hb 11.3).
Imaginemos se fosse possível explicar adequadamente a origem da vida, como se deu e se desenvolveu? Ainda assim, o “start” (início) de todas as coisas ficaria sem explicação para os cientistas, pois a ciência apenas tem a possibilidade de explorar o mundo material; o que é transcendental, e até mesmo o quântico, ela não consegue prescrutar. A fé, como expõe o escritor aos Hebreus, afirma que “os mundos” foram criados por Deus; isto é, tudo - não só a terra, mas o que está completamente fora do alcance do olhar humano - foi criado por Deus.
Por isso, não podemos ter uma posição excludente entre a fé e a ciência. Gênesis não é um livro de ciência, mas de fé. Ali Deus revelou ao ser humano o início de todas as coisas. O que cabe à ciência? Pesquisar e explorar o aspecto material dessa criação divina, e reconhecendo os seus próprios limites, como os primeiros grandes cientistas da humanidade, que foram cristãos e, ao mesmo tempo, grandes cientistas. Caro professor, ao final da aula, com o auxílio da tabela abaixo, realize uma atividade reflexiva, levando em conta as seguintes questões:
FÉ E COMUNICAÇÃO NA ERA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
 1) A Ciência moderna é ou não limitada pelos seus próprios métodos, técnicas e paradigmas?
 2)Como a Palavra de Deus pode fazer sentido no século XXI?
 3) Você se sente preparado para dialogar com essa sociedade hoje?
Procure se informar sobre as atuais discussões entre fé e razão. Há ótimos artigos na internet sobre o tema (cf. CPANEWS, coluna Cesar Moisés Carvalho – Fé e Razão). Desafie o seu aluno a pensar a fé e fazer o diálogo com a ciência. Boa aula!
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 16 - nº 64 – out/nov/dez de 2015. 

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Lição 2 - 4º Trimestre 2015 - A Criação dos céus e da terra - Adultos.

Lição 02

A criação dos céus e da terra
4° Trimestre de 2015
editado
“Se Deus criou o mundo, então parte de sua sabedoria e de Sua beleza está refletida na ordem da criação. Vemos a glória do Criador na beleza da criação. A ordem criada é de Deus, não nossa. Temos de aprender a respeitá-la como o lugar onde vivemos e cujo cuidado nos foi confi ado” (Alister McGrath, “Criação”). 
Hoje vivemos um caos no meio ambiente. Um caos que o apóstolo Paulo já havia exposto nestas linhas: “Porque a criação fi cou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, [...] Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora” (Rm 8.20,22). Este caos da criação se deve ao pecado, e não só no sentido dos efeitos diretos da Queda na criação, mas também da falta de cuidado que a humanidade caída tem com a criação de Deus.
Deus é o Criador do mundo e nós, os seres humanos, somos os responsáveis pela destruição do planeta, seja não honrando a Deus como o Supremo Criador do mundo, seja, em outros casos, usando a fé para legitimar uma prática predatória do meio ambiente. Quando estudamos o livro do Gênesis para reconhecer nEle, Deus, o Criador do mundo e do ser humano, isso deve trazer um sentimento de humildade e temor, pois habitamos um mundo criado por Deus pelo qual fomos nomeados seus mordomos e guardadores. De modo que quando não honramos tal condição, pecamos contra Ele e o próximo.
Martinho Lutero compreendeu bem as implicações de reconhecermos Deus como o Autor da Criação: “Creio que Deus me criou, junto com todas as criaturas. Ele me deu corpo e alma, olhos, ouvidos e todas as outras partes do meu corpo, minha mente e todos os meus sentidos, como também os preserva. Ele me deu as roupas e os sapatos, o alimento e a bebida, a casa e a terra, o cônjuge e os fi lhos, os campos, os animais e tudo que tenho. Todos os dias, Ele provê abundantemente tudo que preciso para alimentar meu corpo e minha vida.
Protege-me contra todos os perigos, serve de escudo e defende-me de todo o mal. Faz tudo isso por causa de Sua bondade e misericórdia puras, paternais e divinas, e não porque conquistei ou mereço isso”. Crer que Deus é o Criador do mundo é aceitar resignadamente a Sua vontade e, invariavelmente, assumir que é da Sua vontade que cuidemos da criação, pois é a partir desta que nos alimentamos, vestimos e vivemos: tudo como bênção de Deus para nós. Cuidar da terra faz parte do propósito de entender o início do Gênesis.
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 16 - nº 64 – out/nov/dez de 2015. 

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Lição 1 - 4º Trimestre 2015 - Gênesis, o Livro da Criação Divina - Adultos.

Lição 01

Gênesis, o livro da criação divina
4° Trimestre de 2015
editada
ESBOÇO DO LIVRO DE GÊNESIS
 1) A Criação 1.1 – 2.3
 2) A Narrativa  pré-patriarcala) A história dos céus e da terra (2.4 – 4.26)
b) A história de Adão (5.1–6.8)
c) A história de Noé (6.9–9.29)
d) A história de Sem, Cam e Jafé (10.1–11.9)
e) A história de Sem (11.10-26)
 3) Os patriarcas na Palestina:  a formação do povo de  Deus
a) A história de Terá (11.27– 25.11)
b) A história de Ismael (25.12-18)
c) A história de Isaque (25.19-35.29)
d) A história de Esaú (36.1-43)
 4) Os patriarcas no Egito: o início  de fato da história  do povo de Deus a) A história de Jacó (37.1–50.26)
Como apresentado na tabela acima, o livro de Gênesis se divide em quatro partes principais: (1) a Criação; (2) a narrativa pré-patriarcal; (3) os patriarcas na Palestina; e 4) os patriarcas no Egito. Os 50 capítulos de Gênesis darão conta desse esboço, do desenvolvimento da história do povo de Deus. Tecnicamente, pode-se dizer que o gênero literário predominante no livro de Gênesis é o da narrativa.
As narrativas variam entre antes e depois da Era do Patriarcado na Palestina. Esse gênero literário nos permite perceber que as histórias ali narradas foram elaboradas de maneira a prender a atenção do leitor a ponto de levá-lo ao clímax da história: a saga do povo de Deus rumo à Terra Prometida. A partir dessa percepção, podemos inferir o propósito do livro de Moisés: contar a maneira e motivo de o Deus de Israel escolher a família de Abraão e fazer uma eterna aliança com ela. Para os cristãos, essa aliança tem uma importância preponderante, pois foi a partir da aliança de Deus com Abraão que Jesus de Nazaré foi feito o Messias prometido: o Messias seria judeu, da família de Davi, descendente direto da casa de Abraão. De modo que também a Igreja de Cristo foi pensada sob a aliança estabelecida entre Deus e Abraão. Por isso, o apóstolo Paulo escreve convictamente: “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então, sois descendência de Abraão e herdeiros conforme a promessa” (Gl 3.28,29).
Portanto, há razão sufi ciente para dedicarmo-nos ao estudo do livro de Gênesis. Ele apresenta o início da história da salvação. Em Gênesis, somos convidados a compreender como começou a história do povo de Deus que culminou na revelação de Jesus Cristo, a fi m de que hoje fôssemos alcançados pela graça de Deus em Cristo Jesus, o nosso Senhor.
Fonte: Revista Ensinador Cristão, nº 36. 

Lição 13 - 3º Trimestre 2015 - A Manifestação da Graça da Salvação - Adultos.

Lição 13

A manifestação da Graça da Salvação
3º Trimestre de 2015
Capa-LBP-3T-15Um dia, estávamos mortos em nossos delitos e pecados; separados de Deus, em completa iniquidade, aguardando o justo julgamento de juízo de Deus para nós (Ef 2.2,3). Andávamos segundo o curso deste mundo, um mundo sem Deus, onde os seus valores e pensamentos opõem-se frontalmente aos valores e os pensamentos de Deus. Éramos filhos da desobediência, esta, por sua vez, operava em nós as obras da carne, segundo as astúcias do príncipe das potestades do ar.
Quem guiava a nossa mente e coração não era o Espírito de Deus, mas os desejos da nossa carne. Fazíamos o que bem entendêssemos. Buscávamos somente preencher as pulsões da carne, o vazio da alma e o desejo do coração com as coisas materiais e ilusórias. Éramos integralmente hedonistas! Para nós, a felicidade resumia-se na saciedade do prazer.
Éramos, por natureza, fi lhos da ira, igualmente como tantos outros o são hoje. “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivifi cou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus” (Ef 2.4-7).
Hoje, a nossa situação mudou radicalmente. O Deus rico em misericórdia e de um infi nito amor por nós, os pecadores deliberados, mortos em ofensas, graciosamente nos “vivificou”, fez-nos reviver para a vida: tudo isso foi pela graça. Não foi por mérito nosso, pois se fosse por mérito, pelo mérito merecíamos o inferno. Mas pela graça Ele mudou o quadro da nossa situação. Graça não tem o porquê?! Graça é aceitar livremente e espontaneamente a bondade, a misericórdia e a infi nitude do amor de Deus, “porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.10).
Deus, o nosso Pai, por intermédio de Jesus Cristo, o seu Filho, é o autor da salvação. Por isso, a graça da Salvação é obra somente de Deus. É Graça de Deus! Ser humano nenhum, que se intitule representante de Deus, tem o direito de dizer quem vai e quem não vai para o inferno. Ele não tem esse poder. Só quem conhece o coração do homem é Deus e sua própria consciência. Sejamos livres na plena Graça de Deus! A nós, é o que basta! 
Fonte: Ensinador Cristão, Número 62, Ano 16 / 2015, CPAD.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Lição 12 - 3º Trimestre 2015 - Exortações Gerais - Adultos.

Lição 12

EXORTAÇÕES GERAIS
3º Trimestre de 2015
Capa-LBP-3T-15Nesta lição os temas a serem tratados são de natureza prática. O capítulo apreciado por nós é o 2 da epístola da de Paulo a Tito. Nele, o apóstolo emite uma série de conselhos práticos ao jovem pastor dentre os quais podem ser destacados os seguintes: o respeito às pessoas idosas; o cuidado que as mulheres jovens devem ter (isto é, por intermédio dos conselhos das mulheres idôneas); exortação aos jovens à moderação; ao próprio Tito para ser exemplo em toda boa obra; admoestação aos servos para honrarem os seus senhores.
Uma série de conselhos práticos foi repassada a Tito para que as igrejas de Creta fossem educadas e desenvolvessem assim uma ética cristã segundo os preceitos de Cristo Jesus, o nosso Senhor. Antes de aconselhar qualquer pessoa, o líder cristão é quem deve dar o primeiro exemplo em tudo. Assim, alguns cuidados e zelos esse líder deve demonstrar para com a Igreja de Deus: “fala o que convém a sã doutrina”; saber falar e ouvir; integridade no falar. 
O líder cristão deve ter o compromisso de expor as Escrituras Sagradas com fi delidade, pois a isto é o que se refere a expressão “fala o que convém a sã doutrina”. É não abrir mão de proclamar todos os desígnios de Deus contidos nas Escrituras. É expor a verdade de Deus com autoridade, dignidade e integridade. Entretanto, isso não significa que o líder cristão só deva falar. Muito pelo contrário, o ministro vocacionado por Deus deve ter a paciência de ouvir a demanda do rebanho do Senhor. Muitas ovelhas procuram os seus pastores para receberem aconselhamentos para as suas vidas. O pastor não pode se furtar de cumprir esse mandato do Senhor, pois eles velam pelas almas das ovelhas (Hb 13.17).

Além de falar o que convém a “sã doutrina” saber falar e ouvir o rebanho, o líder cristão deve ter uma integridade em seu falar. Muitos problemas seriam evitados se muitos líderes tivessem maior sabedoria para falar com os jovens, com os mais velhos, com as mulheres e tantas outras pessoas que gostam de respeito e diálogo. Um líder cristão não pode furtar-se do diálogo, da boa conversa. Mas tudo com integridade e dignidade de alma e de mente. As últimas exortações do apóstolo ao jovem pastor de Creta visam relembrá-lo da importância do trabalho de um verdadeiro pastor. Um verdadeiro pastor não vive para si mesmo, mas para o outro. Por isso que o chamado pastoral é para poucos, ainda que, infelizmente, muitos se aventurem nessa vocação não aberta ao grande público.

Fonte: Ensinador Cristão, Número 62, Ano 16 / 2015, CPAD.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Lição 11 - 3º Trimestre 2015 - A Organização De Uma Igreja Local - Adultos.

Lição 11

A ORGANIZAÇÃO DE UMA IGREJA LOCAL
3º Trimestre de 2015
Capa-LBP-3T-15Segundo os estudiosos, a epístola do apóstolo Paulo a Tito foi escrita aproximadamente no 64 d.C., e provavelmente, foi redigida na Macedônia, uma província que fazia fronteira com a Grécia. Por certo, a carta foi escrita no tempo em que Paulo estava sob a custódia dos soldados romanos. Nesta epístola, podemos dizer que há pelo menos quatro assuntos principais ensinado pelo apóstolo Paulo: (1) O ensino sobre o caráter e as qualificações espirituais necessárias a todos os que são separados para o ministério na igreja? 
isto é, “homens piedosos”, “de caráter cristão comprovado” e “bem sucedidos na direção da sua família” (1.5- 9); (2) estímulo a Tito para ensinar a “sã doutrina”, repreender e silenciar os falsos mestres (1.10, 2.1); (3) descrição de Paulo para Tito do devido papel dos anciões (2.1,2), das mulheres idosas (2.3,4), das mulheres jovens (2.4,5), dos homens jovens (2.6-8) e dos servos (2.9,10) na comunidade cristã em Creta; (4) por último, o apóstolo enfatiza que as boas obras e uma vida de santidade a Deus são o devido fruto da fé genuína (1.16; 2.7,14).
Mediante essa lista de requisitos, notamos o quanto é importante que, em primeiro lugar, quem se sente vocacionado para um chamado ministerial, acima de tudo, seja reconhecido pela Igreja de Cristo. O ministério na vida de uma pessoa não é algo oculto,e uma vida de santidade a Deus são o devido fruto da fé genuína (1.16; 2.7,14). Mediante essa lista de requisitos, notamos o quanto é importante que, em primeiro lugar, quem se sente vocacionado para um chamado ministerial, acima de tudo, seja reconhecido pela Igreja de Cristo. O ministério na vida de uma pessoa não é algo oculto, ou de conhecimento apenas para quem o deseja, mas é manifesto, reconhecido pela comunidade local a quem ele serve. O ministério de Deus na vida de um vocacionado também não é confi rmado por uma só pessoa, mas confi rmado e aprovado pela Igreja de Cristo reunida naquela comunidade local. O ministério vocacional de um escolhido por Deus, que ama o Senhor acima de todas as coisas, tem de ser reconhecido pelo Corpo de Cristo, a igreja local.
Mas é preciso a igreja local saber discernir quem é de quem não é vocacionado para o ministério. Para isso, o nosso Deus manifestou a sua vontade nas Escrituras por intermédio do apóstolo Paulo sobre as características de como deve ser uma pessoa vocacionada para o santo ministério. A Igreja de Cristo não pode se furtar dessa responsabilidade, pois segundo a herança da tradição da Reforma Protestante: não há um sacerdote como representante de Deus para o povo; muito pelo contrário, em Cristo, todos somos sacerdotes, a nação santa e o povo adquirido para propagar o Evangelho.
Fonte: Ensinador Cristão, Número 62, Ano 16 / 2015, CPAD.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Lição 10 - 3º Trimestre 2015 - O Líder Diante Da Chegada Da Morte - Adultos.

Lição 10

O LÍDER DIANTE DA CHEGADA DA MORTE
3º Trimestre de 2015
Capa-LBP-3T-15A morte é a consequência do pecado (Rm 6.23). Deus não criou o homem e a mulher para a morte. Esta é a separação entre a alma e o corpo. A base bíblica para este entendimento encontra-se em Gênesis 35.18 a respeito da morte de Raquel: “E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque morreu)”. E Tiago, o irmão do Senhor, corrobora com este fato quando ensina: “Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obra é morta” (Tg 2.26). Podemos, então, afirmar: quando a alma deixa o corpo estabelece-se o evento no qual denominamos morte.
A pergunta de Jó, “morrendo o homem, porventura, tornará a viver?”, é de interesse perene a todos os seres humanos. Quem nunca se perguntou: “Há vida após a morte?”; “Há consciência após a morte?”. As Sagradas Escrituras têm respostas afi rmativas para estas indagações:
a) “No Antigo Testamento”. O lugar denominado “sheol” aparece com frequência no Antigo Testamento. Em Salmos 16.10; 49.14,15 o termo hebraico é traduzido por “inferno” e “sepultura”. Em ambos os textos o ensino da imortalidade da alma é o âmago da esperança de salvação humana após a experiência da morte. As frequentes advertências contra a consulta aos mortos (comunicação com espíritos de mortos) indicam a imortalidade da alma numa esfera além vida (Dt 18.11; Is 8.19; 29.4). Em seguida, os textos de Jó 19.23-27; Sl 16.9-11; 17.15; Is 26.19 Dn 12.2 são taxativos em relação à doutrina da ressurreição denotando, inclusive, a alegria do crente em comunhão com Deus de se encontrar com Ele depois da morte. Logo, podemos afi rmar que o Antigo Testamento afi rma perfeitamente que, após a morte, a alma continua a existir conscientemente.
b) “Em o Novo Testamento”. A base bíblica neotestamentária para a imortalidade da alma está na pessoa de Jesus Cristo. Ele é quem trouxe à luz, a vida e a imortalidade. As evidências são abundantes. Passagens como Mt 10.28; Lc 23.43; Jo 11.25,26; 14.3; 2 Co 5.1 ensinam claramente que a alma dos crentes e do ímpios sobreviverão após a morte. A redenção do corpo e a entrada na vida alegre de comunhão com Deus é o resultado da plena e bem-aventurada imortalidade da alma (1 Co 15; Ts 4.16; Fp 3.21).
Para os crentes, a vida não é uma mera existência do acaso, mas uma encantadora comunhão com Deus implantada em nós, por intermédio de Cristo Jesus, enquanto de nossa peregrinação terrena.
Fonte: Ensinador Cristão, Número 62, Ano 16 / 2015, CPAD.

Lição 9 - 3º Trimestre 2015 - A Corrupção Dos Últimos Dias - Adultos.

Lição 09

A CORRUPÇÃO DOS ÚLTIMOS DIAS
3º Trimestre de 2015
Capa-LBP-3T-15“Amantes de si mesmos”; “avarentos”; “presunçosos, soberbos”; “blasfemos”; “desobedientes a pais e mães e engratos”; “profanos sem afeto natural”; “irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes e cruéis”; “sem amor para com os bons”; “traidores”; “obstinados”; “orgulhosos”; “mais amigos dos deleites do que amigos de Deus”; “tendo aparência de piedade, mas negando a efi cácia dela”: esta é a lista que o apóstolo Paulo deu a Timóteo para que o jovem pastor soubesse discernir os falsos líderes dos verdadeiros.
As características dos falsos ensinadores revelam pessoas que são capazes de fi ngir uma “capa de piedade”, mas ao mesmo tempo, internalizar um coração duro, sem qualquer respeito com a dignidade humana e com as pessoas que fazem parte do Corpo de Cristo. Seu olhar só se desvia em direção de quem lhe possa benefi ciar. Por isso, tal pessoa procura cercar-se de pessoas importantes, com um status quor vantajoso, pronto para beneficiá-la em tudo o que for possível.
Caro professor, você percebeu que tais características, descritas pelo apóstolo, parecem ser notícias do jornal do dia? Não são poucos os exemplos de desrespeito com as coisas de Deus e com as “ovelhas” que fazem parte do rebanho do Senhor. Diante disso, você pode se perguntar: O que fazer? A resposta do apóstolo para essa pergunta está no versículo 5: “destes afasta-te”. Se lermos o Evangelho e atentarmos para o conselho de Jesus Cristo: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.
Por seus frutos os conhecereis [...]” (Mt 7.15,16a); bem como o do apóstolo Pedro: “por avareza, farão de vós negócio com palavras figidas” (2 Pe 2.3); perceberemos que, implicitamente, o conselho evangélico e apostólico nos adverte a discernir o “falso profeta” do verdadeiro para nos afastarmos daquele. Ora, quem ler e compreende as mensagens de Jesus para guardar a sua alma desses “absurdos” realizados em nome da fé, não tem alternativa, senão, a de declarar enfática, curta e objetivamente o que o apóstolo Paulo afirmou:“afasta-se”. Afasta-se desses falsários para guardar a sua alma da incredulidade. Afasta-se desses que usam o Evangelho para se autobeneficiar, a fim de beneficiar-se da graça de Deus. Não empreste os seus ouvidos e nem o seu coração para quem só tem a avareza e a soberba como suas companheiras. Afasta-se, para salvar a sua alma disso tudo!
Fonte: Ensinador Cristão, Número 62, Ano 16 / 2015, CPAD.