quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Lição 07 - 4º Trimestre 2017 - Presentes Para Um Menino - Berçário.

Berçário

Lição 7

                       Presentes para um menino
4° Trimestre de 2017
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OBJETIVO DA LIÇÃO: Mostrar à criança que Samuel morava na Casa do Papai do Céu. Ele servia a Deus com alegria.
É HORA DO VERSÍCULO: “Ele abençoará todos [...]” (Sl 115.13).
Nesta lição, as crianças continuarão aprendendo sobre a história do bebê Samuel. Agora ele já era uma criança e já estava morando na Casa do Papai do Céu servindo-o com alegria. Em tudo Samuel obedecia ao sacerdote e aprendia com ele a cuidar da Casa de Deus e todo ano sua mãe ia visitá-lo e levava presentes para ele.

Suas crianças podem ser pequenas demais para guiar um carro, trocar uma lâmpada ou ter um emprego, mas nunca serão jovens demais para orar, falar aos amigos sobre Jesus ou ajudar na igreja. Elas podem servir a Deus desde cedo como Samuel, que mesmo sendo apenas um menino, ele aprendeu a servir a Deus como os sacerdotes. Desde pequenos, estimule sempre seus alunos.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica AraujoEditora da Revista Berçário
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Berçário. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 07 - 4º Trimestre 2017 - Ana Louva a Deus - Maternal.

Lição 7

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                 Ana louva a Deus
4° Trimestre de 2017
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Objetivo da lição: Ensinar à criança a louvar ao Senhor pelas orações respondidas.
Para guardar no coração: “Ele me escuta, quando peço ajuda e atende as minhas orações” (Salmos 6.9).
Perfil da Criança
Já vimos que as crianças do maternal reagem a todas as impressões que recebem, e aprendem muito através das emoções. Por isso, o local das aulas deve ser tranquilo, organizado e bonito. Conforme a disponibilidade do espaço, será de bom proveito criar diversos centros de interesse, a que chamamos de “cantinhos”; cantinho da Bíblia, da natureza, dos brinquedos, da história, dos livros, do lanche, das atividades manuais, etc. Ó, não pense que para isto você terá de ter uma sala imensa e muito dinheiro. Conheço professores que montam sua sala de aula numa garagem, numa cantina, ou num pátio, e nem por isso deixam de se valer destes recursos. Se não há móveis apropriados, bancos, cadeiras, caixas e um pouco de criatividade fazem milagres. Dá trabalho guardar tudo após a aula, e chegar cedo no domingo seguinte para arrumar antes da chegada dos alunos, mas quando se ama a Deus e aos seus pequeninos, tudo fica mais fácil.

Subsídio Professor 
“Vai-te em paz”, disse o sacerdote Eli a Ana, depois de ouvir-lhe a explicação de que estivera orando angustiada. E ela foi-se em paz? Ó, sim. Tanta paz, que conseguiu alimentar-se – o que antes não pudera – “e o seu semblante já não era triste”. De onde provinha esta paz? Certamente que as palavras reconfortantes do sacerdote ajudaram, mas na sua essência, a paz vinha do fato de haver Ana aberto o coração perante o Pai, e lhe deixado aos pés os seus problemas. O fardo já não lhe pesava nos ombros. Naquele momento, ela não tinha como saber se o seu pedido seria concedido, ou se Deus lhe responderia “não”. Mesmo assim, o seu coração voltou leve para casa. A paz provinha de haver Ana levado a sua angústia a Deus, com a convicção de que Ele a ouvia, e responder-lhe-ia de acordo com o que fosse melhor para ela. Ana confiava não apenas no poder de Deus, mas também na perfeição de sua vontade. Em seu amor e soberania, o Senhor pode conceder o que lhe pedimos, se for algo sonhado por Ele para nós; ou negar, se for algo que nos trará prejuízos futuros, ou que não o glorificará.

Seja qual for o pedido que você estiver fazendo a Deus, o seu coração só experimentará a paz se você tiver esta confiança e deixar a decisão nas mãos do Pai amoroso. Tão amoroso, que será capaz de reter o que você estiver lhe pedindo, se for algo que não lhe fará bem, ou que não trará glórias ao seu nome.
Oficina de Ideias 1
Providencia a silhueta de uma criança orando. Faça uma cópia para cada aluno. Distribua tinta guache e pincéis largos, para que pintem a figura. (Recomendamos o uso de aventais sempre que se mexer com tinta.) Converse sobre a oração. Você ora todos os dias? Com quem você fala quando está orando? O Papai do Céu quer que você fale com Ele todos os dias. Ele sempre ouve a sua oração. Você pode contar-lhe tudo o que quiser. Pode agradecê-lo pelas coisas que Ele lhe dá, e pode pedir-lhe aquilo que você precisa. Se alguém maltratar você, conte isto ao Papai do Céu. Se alguém que você conhece estiver doente, peça para Deus curar esta pessoa. (Mencione outras necessidades específicas.)
Até Logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para lerem a história bíblica que se encontra em 1 Samuel 1.1-20; 2.1-10.

*Este subsídio foi extraído de Lições Bíblicas do Maternal Mestre 7/8, Marta Doreto, CPAD.
Telma BuenoEditora Responsável pela Revista Maternal da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Maternal. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 07 - 4º Trimestre 2017 - Jesus Lê e Ensina o Livro de Deus - Jd. Infância.

Lição 7

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               Jesus Lê e Ensina o Livro de Deus
4° Trimestre de 2017
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OBJETIVO: Os alunos deverão compreender que não devemos ter medo de falar da Palavra de Deus aos que ainda não conhecem Jesus.
É HORA DO VERSÍCULO: “[...] Vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas” (Mc 16.15).
Nesta lição, as crianças irão reconhecer que Jesus veio ao mundo para nos ensinar sobre o Livro de Deus. Nem todas as pessoas ficavam felizes com os ensinos de Jesus, mas mesmo assim Ele não tinha medo de falar da Palavra do Papai do Céu.

Estimule seus alunos a falarem sempre da Palavra de Deus para as pessoas e principalmente para seus amiguinhos. Não importa se ainda são crianças, desde pequenas elas já podem trabalhar na Casa de Deus e falar da Palavra que aprenderem na Escola Dominical.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica AraujoEditora Responsável pela Revista Jardim de Infância da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Jardim de Infância. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 07 - 4º Trimestre 2017 - Devemos Brilhar - Juniores.

Lição 7

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        Devemos Brilhar — Marcos 4.21-23. 4° Trimestre de 2017
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Prezado(a) professor(a),

Na aula desta semana seus alunos aprenderão que, assim como nosso Senhor Jesus Cristo declarou ser a Luz do mundo, seus discípulos também deveriam brilhar a luz do evangelho para todas as pessoas. “Vocês são a luz do mundo” (Mt 5.14) — disse Jesus, ilustrando a responsabilidade da missão que havia designado aos seus discípulos.
Durante o período do ministério terreno de Jesus, eles não fizeram outra coisa senão aprender diretamente com o próprio Mestre, a partir dos ensinamentos e milagres que presenciavam, como deveriam se comportar ao entrar pelas cidades e vilarejos de Israel pregando o evangelho da salvação. A luz que havia neles deveria resplandecer em meio às trevas do pecado que dominava o coração dos homens. Vejamos que esta luz não se tratava de torná-los conhecidos, famosos ou orgulhosos de cumprir a maior missão de todos os tempos, e sim de anunciar o plano da salvação aos perdidos. Muitos desses estavam cegos pela religiosidade, outros eram discriminados e viviam sem esperança à margem da sociedade sem saber para onde ir. Somente a luz do evangelho seria capaz de iluminar o entendimento dessas pessoas, e isso só seria possível se os discípulos se empenhassem em propagar a Palavra de Deus não apenas com palavras, mas também com a própria vida.

Quando Jesus foi assunto ao céu, Ele deixou a seguinte informação aos seus discípulos: “quando o Espírito Santo descer sobre vocês, vocês serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até nos lugares mais distantes da terra” (cf. At 1.8). Ser testemunha de Cristo implicava uma mudança tão radical nos discípulos que não seria difícil perceber no estilo de vida deles que algo havia mudado. O revestimento de poder no dia de Pentecostes foi o marco na vida dos discípulos e que os fortaleceu de tal modo que nada os impedia de sair por toda a parte anunciando a mensagem do evangelho.

Do mesmo modo ocorre na vida daqueles que declaram fé em Jesus Cristo nos dias atuais. O Espírito Santo provoca uma transformação de tal maneira que o comportamento da pessoa revela que ela, de fato, foi transformada pelo evangelho de Jesus Cristo. Assim deve acontecer conosco para que a luz do evangelho resplandeça por intermédio de nossas vidas neste mundo. As pessoas só conhecerão realmente Jesus Cristo se observarem que o nosso modo de viver foi transformado desde o momento em que aceitamos a Cristo como nosso Salvador.

O apóstolo Paulo declara que quem está em Cristo é uma nova pessoa, o velho modo de viver já foi sepultado e todas as coisas foram feitas de novo (cf. 2 Co 5.17). Portanto, os hábitos e atitudes que não agradam a Deus são rejeitados e abandonados. Desde então, a vontade de fazer o que agrada a Deus invade o coração do salvo de modo que sente o interesse de tornar conhecida aos demais a mesma alegria que agora domina o seu viver. Entretanto, há determinados obstáculos que surgem à frente do salvo para que este não dê fruto com perfeição. Os hábitos e costumes do mundo continuam a persegui-lo, sem contar a pressão que sofre da parte daqueles que não tiveram a mesma experiência. Os apelos do mundo, a rejeição por conta da fé e as adversidades combatem a pessoa salva a fim de que esta não persista na fé e torne para sua antiga vida de pecados. Isso explica a ilustração de Cristo a respeito da luz.

São muitas as nuvens obscuras que tentam ofuscar o brilho do Espírito Santo de resplandecer na vida do crente. Por esse motivo, é importante que seus alunos saibam como lidar com as dificuldades que surgem para impedi-los de colocar em prática os ensinamentos de Cristo. Eles devem estar atentos quando perceberem que estão sendo tentados a se comportarem de maneira desagradável a Deus. Sendo assim, para que eles possam refletir sobre este ensinamento, realize com eles a brincadeira conhecida como morto-vivo, porém, substitua a expressão morto-vivo por expressões que refletem as práticas que são agradáveis ou desagradáveis a Deus. Exemplo: amizade — alunos de pé / mentira — alunos abaixados / amor — alunos de pé / raiva — alunos abaixados, etc. A ideia é que os alunos saibam identificar a diferença entre as práticas que agradam ou não a Deus. Conforme os alunos forem errando, peça que fiquem a parte. Vence a brincadeira quem permanecer sem errar até o fim.
Thiago SantosEducação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Juniores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 07 - 4º Trimestre 2017 - O Uso das Redes Sociais - Pré Adolescentes.

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                     O Uso das Redes Sociais  4° Trimestre de 2017
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A lição de hoje encontra-se em: Efésios 5.11-16
Caro(a) professor(a),

A lição desta semana trata de um assunto muito preocupante em nossos dias, principalmente por parte dos pais. Estamos vivendo na era da tecnologia e muitas crianças e adolescentes estão tendo acesso a um nível de informação que nem mesmo seus pais tiveram quando eram da mesma idade. O mau uso das redes sociais e da internet tem trazido muitos problemas para as famílias, tendo em vista que muitos pais não conseguem controlar o que os seus filhos estão acessando, pois muitos pais nem mesmo sabem como manusear o computador, quanto mais filtrar o que seus filhos estão tendo acesso.
A internet, de fato, é uma importante ferramenta que trouxe muitos benefícios para os nossos dias. Por meio dela é possível realizar pesquisas e realizar trabalhos de escola de forma muito mais rápida. É possível também realizar compras, pagar contas, conversar com os parentes e trocar informações importantes a longa distância. São benefícios que estão a um clique de nossas mãos. Contudo, assim como o uso adequado pode trazer vários benefícios, o mau uso também pode trazer grades prejuízos. E quando falamos de prejuízos a preocupação com os pré-adolescentes aumenta, porquanto é nesta fase que eles estão passando por todas as transformações possíveis: a curiosidade está mais aguçada, a capacidade de abstrair uma quantidade maior de informações aumenta. É nesse momento que mora o perigo e muitos pais não sabem como lidar com esta situação.

Por esse motivo, caro professor, é extremamente importante que você saiba orientar seus alunos e conscientizá-los a respeito dos perigos que estão do outro lado da tela. Lembre-se de que o seu trabalho é preventivo e não corretivo, pois não é da sua competência proibir ou mesmo controlar o que os seus alunos estão assistindo. Entretanto, é seu papel orientá-los a respeito dos riscos que estão correndo a partir do momento que acessam sites ou conversam com pessoas desconhecidas por meio das redes sociais.

Para mantê-los antenados, seu papel é formar em seus alunos uma consciência cristã por intermédio do conhecimento da Palavra de Deus. Não há nada melhor do que um crente que sabe lidar com o mundo e, ao mesmo tempo, não fazer parte dele. O texto da lição de hoje aborda o ensinamento de Paulo aos efésios. O apóstolo estimulou os crentes daquela igreja não somente a rejeitarem, mas também a condenarem tudo o que pertence às obras das trevas. Desde agora, a vida deles com Deus deveria evitar qualquer contato com as práticas pecaminosas que não têm parte com a nova vida em Cristo (cf. Ef 5.11-13).

“É importante evitar as obras ‘infrutuosas das trevas’ (qualquer prazer ou atividade que resultem em pecado). Mas devemos ir além. Paulo nos ensina a expor essas obras, porque nosso silêncio pode ser interpretado como aprovação. Deus precisa de pessoas que defendam o que é correto, e os cristãos devem afirmar, com convicção e bondade, tudo aquilo que é verdadeiro e justo. [...] Ao se referir aos dias como ‘maus’, Paulo está comunicando seu senso de urgência por causa do poder de influência do pecado. Precisamos desse mesmo senso de urgência porque nossos dias também são difíceis. Devemos manter nossos padrões morais elevados, agir com prudência e fazer o bem sempre que possível” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 1653). Por esse motivo é importante não apenas apresentar os riscos existentes nas redes sociais ou mesmo na internet em nossos dias, mas estimular seus alunos ao uso consciente de tais ferramentas.

Converse com seus alunos a respeito da quantidade de tempo que eles passam entretidos na internet. Permita que expressem o que pensam a respeito do mundo virtual que estão tendo acesso. Aproveite e peça que façam uma pesquisa para a próxima aula: eles deverão consultar sites que mostram pesquisas sobre o uso da internet no Brasil. Solicite que formem grupos e elaborem cartazes com gráficos e informações a respeito do uso da internet e das redes sociais. Os alunos deverão trazer na próxima aula e colar os cartazes no mural da classe para que todos tenham acesso às informações.
Por Thiago SantosEducação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Pré-Adolescentes. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Lição 07 - 4º Trimestre 2017 - A Bíblia e a Ciência - Adolescentes.

Lição 7

A Bíblia e a Ciência4° Trimestre de 2017
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ESBOÇO DA LIÇÃO:
A BÍBLIA REVELA O CRIADOR
A CIÊNCIA DESTACA A CRIAÇÃO
A BÍBLIA NÃO É UM LIVRO CIENTÍFICO, MAS DE FÉ
OBJETIVOSConscientizar os alunos de que a Bíblia é a Palavra de Deus;
Mostrar que não há incompatibilidade entre fé e ciência;
Explicar a importância de se manter a fé em uma época de tantos questionamentos.
FÉ E RAZÃO
César Moisés Carvalho
Quando em 14 de setembro de 1998 o então papa João Paulo II publicou sua 12ª Encíclica ― Fides et Ratio ― que, devido a temática abordada, causou frissonno mundo inteiro, a impressão que se teve é que a fé e, consequentemente, a religião, inimigas da razão, quisessem agora manter uma harmonia impossível. É como se elas fossem água e óleo, não tendo o que dizer uma à outra, devendo manter-se cada uma em seu próprio campo de atuação. A igreja ― leia-se o catolicismo ― através de seu pontífice maior também já havia reconhecido, inclusive formalmente, em 1992 o erro cometido no caso Galileu. Evidentemente que vozes mais “conservadoras” do catolicismo afirmam que, na verdade, o erro foi justamente o pedido de desculpas pelo falecido papa. Porém, o fato é que essa atitude serviu como uma forma de comemoração para os racionalistas que acreditam que o reconhecimento do equívoco demonstra o ilogismo que há em a ciência ser subordinada à religião.
Não questiono a inegável verdade de que não há lógica em a ciência ser restringida por assuntos de “fé” (fé aqui no sentido denominacional) desta ou daquela religião, porém, não acredito que seja interessante para a ciência uma “autonomia absoluta” (o que, particularmente, não acredito que exista) como se esse tipo de concessão pudesse torná-la mais produtiva e interessante. Recentemente, André Petry escreveu na revista Veja (Edição 2163, n.18) que a tecnologia [ciência] é moralmente neutra. No melhor estilo positivista, disse isso como se não houvesse pressupostos e premissas que fundamentam a elaboração de qualquer tecnologia. É como se alguém pudesse produzir qualquer tipo de conhecimento em um vácuo, em uma bolha atemporal que não sofre influência e nem influencia (Deixo claro que isso vale também para a teologia). Sua afirmação fez-me lembrar do que li na ficção O Diálogo, de Peter Kreeft. Na narrativa, interagem C. S. Lewis, Aldous Huxley e o presidente norte-americano, John Kennedy, todos falecidos no dia 22 de novembro de 1963, com espaços de apenas poucas horas. Quando Kennedy interpela C. S. Lewis com a objeção: “― Cálculos não mentem”. O professor de Oxford prontamente lhe replica: “― Mentirosos calculam”. Se não se pode confundir ato com agente, não é possível conceber o ato ― mesmo que este tenha sido involuntário ― sem um agente.
Na questão da ciência, todos os seus resultados ― indistintamente ― são frutos de atitudes voluntárias, pensadas, refletidas e com um propósito muito claro. Salvo raríssimas exceções (como, por exemplo, no caso da “invenção” do telefone por Alexander Graham Bell), nenhuma tecnologia é produzida por acidente ou visando uma massificação inicial, de forma que todos tenham acesso ao invento. Pensar assim é ingenuidade. Alinho-me com Petry no fato de que a demonização da tecnologia é uma inutilidade, mas não posso me esquecer que ela é sempre produto de uma visão de mundo. Mesmo que o resultado final seja objetivo, tangível e lógico, o grande e grave problema é quando há uma negação acrítica de que as premissas, os pressupostos e as motivações que levaram os seus criadores a pensá-la, não possuem a mesma objetividade e concretude do seu resultado. Isso implica em afirmar que não existe autonomia, mas as ideias são geradas dentro de um continuum social: você influencia e sofre influências. E mais, quanto menos consciente disso, mais refém a pessoa torna-se de seus pressupostos e ideologias. Consequentemente ela será mais intolerante, discriminadora e unilateral, pois partirá do princípio que todo mundo deve pensar igual a ela. Por isso, dizer que a ciência atual (com sua busca desenfreada por produção tecnológica de consumo de massa) visa apenas “melhorar” a vida das pessoas é um simplismo inconsequente. Qualquer um sabe que a volúpia tecnológica é inspirada pelo capitalismo dos países de Primeiro Mundo. Nem bem saiu um computador ou celular, dezenas de outros já estão a caminho, instilando o consumismo de milhões que acreditam que estarão adquirindo o melhor, quando na realidade, ao chegar ao Terceiro Mundo, os aparelhos já estarão obsoletos!
Mas, voltando à tendência e à postura dicotômica que insistem em manter fé e razão (ou ciência e religião) separadas, questiono: Será que tal postura reflete a verdadeira relação entre esses dois campos da realidade? É sabido, como diz Afonso Soares e João Décio, em Teologia e Ciência, que a “história testemunha [...] momentos de integração, ruptura e diálogo” entre elas, isto é, fé/razão ou ciência/religião, geralmente experimentam essa dialética constante que mostra-se recorrente no processo histórico. Por isso, acredito que a grande pergunta mesmo é se existe ao menos possibilidade de separá-las! É claro que nesse sentido existe diferença entre o tipo de “fé” que aqui está agora sendo discutida e que entendo ser impossível separá-la da ciência. Contudo, isso não a torna menos improvável que a fé religiosa, mas apenas diferente. Thomas Kuhn disserta em seu clássico A Estrutura das Revoluções Científicas, que quando um cientista desenvolve uma pesquisa partindo de um paradigma que ele tem como certo, “não tem mais necessidade, nos seus trabalhos mais importantes, de tentar construir seu campo de estudo começando pelos primeiros princípios e justificando o uso de cada conceito introduzido” (p.40). Dessa forma, mesmo que o paradigma fundante não seja um fato, mas uma crença filosófica ou um arcabouço teórico, ele fundamentará toda a sua produção científica sobre tal premissa e sua atividade será desempenhada sem nenhuma reflexão crítica a respeito do assunto, pois o cientista a tem ― aprioristicamente ― como verdade.
A cultura brasileira tem o costume de “romantizar” a história e não conhecer os fatos com mais profundidade antes de abraçá-los. Essa postura é fruto de um processo civilizatório que coloca viseiras na sociedade, condicionando-a à polarização. De um lado estão as pessoas inocentes que acreditam que são miseráveis “porque Deus quer que assim seja”, e do outro, as que acreditam que adquirindo e consumindo mais e mais, obterão felicidade. Quanto à parcela infinitesimal que consegue tudo que é lançado, cedo descobre que essas coisas não produzem felicidade, e que é preciso preservar a natureza e assim não destruir o planeta. As parafernálias tecnológicas não podem ser um fim em si mesmas, mas também não podem ser um “meio”, visto que não proporcionam as melhores condições para qualquer um fim. Quando Petry disse que o “pensamento religioso, traduzido na ideia de que somos criaturas divinamente concebidas, tende a turvar a percepção de que nossa condição natural é miserável”, pois a vida do homem primitivo era muito difícil e que a “tecnologia nos retirou dessa miséria”, esqueceu de dizer que a tecnologia não nos tornou mais humanos, mais próximos e relacionais. Aliás, se se quisesse mesmo discutir o que a tecnologia causou à humanidade, comparando-a ao papel que a religião desempenhou, basta olhar para o depoimento do historiador francês Fustel de Coulanges, em sua obra A Cidade Antiga, quando diz que o “que uniu os membros da família antiga foi algo de mais poderoso do que o nascimento: o sentimento ou a força física”, e que é justamente “na religião do lar e dos antepassados [que] se encontra esse poder”, não significa que a “religião criou a família, mas seguramente foi a religião que lhe deu as sua regras”, por isso recebeu “a família antiga constituição muito diferente da que teria se os sentimentos naturais dos homens tivessem sido os seus únicos causadores” (pp.36-7).
Mesmo sendo uma expressão religiosa totalmente estranha ao cristianismo, seu poder de catalisação ainda é infinitamente maior, em termos de fortalecimento familiar, que qualquer hardware com seus softwares mais sofisticados. Assim, ao absolver a tecnologia do seu mau uso, Petry esqueceu que o mesmo é verdade em relação à religião. Ela pode servir para bons e maus propósitos. O próprio fato de a humanidade ter feito tanto progresso em relação à tecnologia, mas paradoxalmente, não deixar de buscar um sentido para a vida em algo que transcende sua existência física e material, demonstra que se ela não pode avançar e evoluir sem tecnologia, tampouco o fará sem a devida valorização de sua essência e da busca por respostas que extrapolam os limites do que a ciência pode lhe oferecer. Se existe a boa tecnologia, resultante da boa ciência, existe também a piedade, o amor, o humanitarismo, a voluntariedade, o altruísmo e a solidariedade, frutos de uma vida cristã condizente com os valores ensinados no cristianismo.

Texto extraído do site CPADNEWS, disponível em: <http://www.cpadnews.com.br/blog/cesarmoises/fe-e-razao/7/fe-e-razao.html>
Marcelo Oliveira de OliveiraRedator do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 07 - 4º Trimestre 2017 - Política e Corrupção na Perspectiva Cristã - Jovens.

Lição 7

                            Política e Corrupção na Perspectiva Cristã   4° Trimestre de 2017
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INTRODUÇÃO
I - POLÍTICA GOVERNAMENTAL E CORRUPÇÃO
II - A SEPARAÇÃO ENTRE ESTADO E IGREJA
III - COMO O CRISTÃO DEVE LIDAR COM A POLÍTICA E A CORRUPÇÃO
CONCLUSÃO

Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivo central ajudar os jovens a refletirem a respeito de como o cristão deve lidar com a política e a corrupção:
“Política Governamental e Corrupção
Os dicionários definem o vocábulo política como a arte de governar. Logo, ela é parte essencial da vida humana. Aqueles que afirmam não gostar de política, desconhecem que é exatamente ela quem define os temas que afetam o nosso dia a dia.

Na esfera pública, a política refere-se à forma como os governantes administram e tomam as melhores decisões para a nação, estado ou município. Vemos então que política tem a ver com poder, afinal somente governa quem detém autoridade. Miguez Bonino observou que “o âmbito político tem o tema do poder como uma das referências fundamentais” 1. Não a única, diz ele, mas também “as questões das estruturas de organização política, e da lei, e da justiça são igualmente importantes. Porém, sem dúvida, as questões das fontes de poder, os mecanismos do exercício do mesmo, os riscos e a corrupção do poder são temas inescapáveis em qualquer consideração da política” 2.

Nesse aspecto, as Escrituras ensinam que Deus delega certa autoridade ao homem para governar (Tt 3.1; Pv 8.15). Romanos 13.1-4 declara:
Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal.
Paulo nos oferece o fundamento sobre o qual podemos compreender adequadamente o sentido do poder na política, especialmente em relação à sua origem. Ele deixa evidente que, seja qual for o mecanismo social de escolha das autoridades terrenas, Deus é a fonte do poder de onde os governantes retiram a sua legitimidade para governar.

Considerando o contexto em que a carta foi escrita, sob a égide do domínio romano, a declaração de Paulo possui um conteúdo subversivo. Paulo está enfrentando o poder imperial de sua época ao afirmar que a autoridade suprema não é o imperador, mas Deus. A esse respeito, Franklin Ferreira diz que: “Paulo quer mostrar aos cristãos romanos que eles, diante da ira de Deus sobre os que pervertem sua autoridade, não devem ser intimidados, mas sim, estar prontos para expressar a mensagem do evangelho de Jesus Cristo como único Senhor também na esfera pública — ainda que, em Roma, a religião pertencesse à esfera privada”3.

Com isso, entendemos que o estado ou qualquer outra instituição pública está abaixo do Criador. Quando a vontade do poder público e do povo entram em conflito com a vontade divina (Ef 6.7), não há outra opção senão obedecer a Deus (At 5.29). Desse modo, tão errado quanto adorar a César nos tempos de Jesus, é a lealdade absoluta ao estado nos dias atuais. Esse tipo de lealdade só devemos a Deus.

Compreendemos também que a política possuí finalidade legítimas. Utilizada de forma correta, ela deve servir para aprovar leis justas, refrear o mal e praticar o bem, a fim de proporcionar aos cidadãos uma sociedade onde haja liberdade, acesso à saúde, segurança e educação de qualidade, por exemplo.
O Mal da Corrupção
Apesar de possuir finalidades legítimas, a política pode ser utilizada para fins ilícitos. Isso porque, nem todos aqueles que ocupam cargos públicos estão preocupados com a sociedade e o interesse coletivo. Muitos se valem do cargo para proveito próprio e aumento do patrimônio pessoal, por meio do desvio de dinheiro dos cofres públicos e outros esquemas, falcatruas e “jeitinhos” para obtenção de vantagens desonestas, fazendo surgir a corrupção.

No Brasil, afirma-se que a corrupção política esta impregnada na cultura nacional, ante a normalidade com que usualmente o problema é encarado. Pesquisa realizada em 2016 apontou que sete em cada dez brasileiros afirmaram já ter cometido pelo menos uma atitude que pode ser considerada corrupção. Mas os entrevistados não se assumem: somente 3% deles, questionados se consideram corruptos, reconheceram que sim 4.

A existência da corrupção comprova uma doutrina bíblica irrefutável: a depravação total provocada pela Queda do homem no pecado. Tal doutrina ensina que o homem é totalmente incapaz de chegar-se a Deus mediante seus próprios méritos e esforços, em virtude de sua morte espiritual e natureza pecaminosa; assim como é completamente incapaz de, por si só, dominar o pecado. Essa é uma doutrina básica defendida pelo arminianismo clássico, à luz das Escrituras. Essa é a razão pela qual o homem, caído, tem a propensão à corrupção.

Enquanto o filósofo francês, do século XVIII, Jean-Jacques Rousseau dizia que o homem nasce bom e a sociedade o corrompe — ideia esta que se encontra na base de muitas ideologias contemporâneas, a fé cristã afirma que o homem já nasce corrompido, com a propensão para a corrupção nos planos moral, político, jurídico, econômico, religioso, científico, etc. Essa a razão pela qual a concepção judaico-cristã, ao compreender de maneira adequada a natureza humana, enfatiza que “a confiança nas capacidades humanas deve coexistir sempre com uma medida razoável de desconfiança e precaução em todos os domínios da vida” 5.

A corrupção acarreta graves consequências sociais. Ela contribui para a desigualdade e aumento da miséria, reduz o crescimento econômico e prejudica, por consequência, a oferta dos serviços públicos básicos aos cidadãos. De acordo com Provérbios 29.1, o povo se alegra com a administração sábia e justa, mas geme quando os impiedosos dominam. Igualmente, o governante justo administra corretamente a sua terra, mas o corrupto a destrói (Pv 29.4).
A Separação entre Estado e a Igreja
O ponto de partida para a efetiva relevância cristã no campo da política tem início com o entendimento adequado da relação entre Estado e Igreja. Sem uma consistente interpretação bíblica acerca deste ponto, teremos dificuldades em dar bom testemunho no ambiente público.

Os evangelhos narram um dos episódios em que os religiosos dos tempos de Jesus tentam, como de costume, colocá-lo em uma situação embaraçosa diante dos judeus e do Império Romano. Aproveitando a ocasião em que o Nazareno havia acabado de proferir um dos seus ensinamentos, os principais dos sacerdotes e os escribas enviam alguns de seus homens como espias em meio ao povo, para que pudessem apanhá-lo em alguma palavra que o condenasse.

Usando um discurso carregado de falsidade e perversidade eles indagam a Jesus: “Mestre, nós sabemos que falas e ensinas bem e retamente, e que não consideras a aparência da pessoa, mas ensinas com verdade o caminho de Deus. É-nos lícito dar tributo a César ou não?” (Lc 20.21,22). A pergunta põe Jesus em uma situação complicada e aparentemente sem saída: uma resposta afirmativa desagradaria aos judeus, que viviam sob o jugo romano; a negação, por outro lado, confrontaria o próprio Império Romano, o que poderia levá-lo a ser acusado de sedição. Jesus, porém, sabendo da astúcia de seus interlocutores, toma em suas mãos uma moeda romana da época e pergunta-lhes: “De quem é esta efígie e esta inscrição?”. Eles dizem: “De César”. Então, Jesus responde: “Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Lc 20.24,25).

Essa frase de Jesus tem ecoado desde então, servindo como uma passagem essencial na fundamentação da teologia política cristã, para regular o relacionamento entre o cristão e o governo humano e entre a Igreja e Estado. Majoritariamente, o pensamento cristão histórico tem entendido que a afirmação de Jesus estabelece distinção entre o poder político e o poder religioso, separando as esferas do Estado e da igreja como entes autônomos e distintos. O protestantismo, com efeito, da qual o pentecostalismo clássico descende, não advoga uma teocracia política, e sim uma participação construtiva, propositiva e até mesmo questionadora, em defesa da justiça e de seus valores e princípios bíblicos, sem que a organização religiosa tenha que assumir algum tipo de protagonismo político.

Seja como for, ainda que a interpretação mais dominante acerca das palavras de Jesus indique que Ele estivesse instruindo seu público que a igreja e o governo têm jurisdição sobre diferentes esferas de autoridade, a própria pergunta de Cristo acerca da imagem na moeda contém implicações subjacentes que direcionam para a soberania divina, como bem lembrou Francis Beckwith. A outra pergunta implícita que deve ser respondida é: Quem tem em si a imagem de Deus? “Se a moeda representa a autoridade de César, porque tem nela sua imagem, então, nós seremos humanos, estamos sob a autoridade de Deus, porque temos em nós a sua imagem” 6. Assim, “o governo e a Igreja, apesar de terem jurisdições distintas, partilham da obrigação comum de promover o bem-estar daquele que são feitos à imagem de Deus” 7.

Como o Cristão Deve Lidar com a Política e a Corrupção
Não há nada de errado com a participação política dos cristãos. Enquanto cidadãos, os crentes também têm direitos e responsabilidades na cidade dos homens. O apóstolo Paulo valeu-se da cidadania romana para exercer seus direitos e garantias legais (At 16.37-39; 22,25-28; 25,10-12). Uma vez que os crentes são portadores de cidadania política, nos é possível participar da escolha dos governantes, assim como contribuir com as discussões e o rumo político da nação. Assim, é de se rejeitar a perspectiva apolítica da comunidade cristã.

Todavia, a participação da comunidade de cristã na arena política não deve se dar de qualquer maneira. Para ser considerado relevante, é necessário que o engajamento político dos crentes seja direcionado por uma postura socialmente adequada e teologicamente consistente. Caso contrário, a igreja local corre o risco de, dentre outros aspectos, ser seduzida (1) pelo desejo de dominação política, com base em perspectivas teocráticas, teonômicas e dominadoras, pondo em risco o princípio democrático; (2) pela ambição de benefícios próprios, aplicáveis aos círculos denominais, em detrimento do bem comum; (3) pelas propostas e ofertas de partidos políticos e candidatos, aliando-se a determinadas ideologias que destoam do cristianismo ortodoxo; (4) pela ilusão de messianismo político, de modo a colocar as esperanças neste ou naquele candidato; (5) pela visão espiritualista da disputa eleitoral, compreendendo o processo eleitoral eminentemente com uma batalha espiritual e o adversário como inimigo demoníaco.

O risco da inserção na arena política, sem um modelo bíblico adequado, é ainda mais agravado ao se perceber o perigo que representa — tanto ao testemunho cristão quando à teoria política — uma saída abrupta da prática privatizada, experiencial e, via de regra, apolítica — que sempre predominou nos circulo cristãos — para uma atuação de ativismo público e politico, sem, antes, passar por um processo de amadurecimento e disseminação de suas bases doutrinais, especialmente aplicada à teologia política.
A Corrupção e o Sétimo Mandamento

Por contrariar o sétimo mandamento (Êx 20.15), a corrupção é severamente condenada aos olhos de Deus (Lv 19.35,36). Ao longo da narrativa bíblica encontramos várias advertências contra diversos tipos de corrupção, no funcionalismo público (Lc 3.12-14), no Judiciário (Dt 16.19,20; Êx 23.8; Pv 17.23; Is 5.22,23; Sl 82.2-5a; Lv 19.15) e no Legislativo: “Ai dos que decretam leis injustas e dos escrivães que escrevem perversidade para prejudicar os pobres em juízo e para arrebatarem os direitos dos aflitos do meu povo, para despojarem as viúvas e para roubarem os órfãos!” (Is 10.1.2).

A fé verdadeira tem um sério compromisso com o combate à corrupção em todos os níveis. Aquele que teve um encontro com o Senhor é aconselhado a não roubar mais (Ef 4.28) e compungido a devolver o que defraudou (Lc 19.8). Não coaduna, portanto, com a crença genuína a prática de atos desonestos, fraudadores e corruptos, e nem mesmo o consentimento com aqueles que assim agem (Rm 1.32). Se nova vida não combina com a vigarice, é inconcebível que a bênção de Deus esteja em negócios escusos e deletérios.

Os crentes devem, por isso, ter voz ativa no combate a todo tipo de corrupção, conduta desonesta e fraudulenta. Não podemos nos calar diante dos atos que dilapidam o patrimônio público e beneficiem aqueles que enriquecem a custa alheia. A igreja não pode silenciar frente aos descalabros e resultados maléficos provocados pelos atos ilícitos de homens maldosos. Assim como no Antigo Testamento, a voz profética da igreja deve ser ouvida nas ruas da sociedade.

Em tempos de crise moral na política do nosso país, a igreja de Cristo pode instruir, conscientizar, denunciar e mobilizar-se para propósitos cívicos legítimos. O poder do Espírito Santo capacita o crente à participação política de forma amorosa e, ao mesmo tempo, corajosa na praça pública, confrontando, quando for o caso, o próprio Estado.
Conclusão
A crise política que se instalou em nossa nação parece ter atingido níveis alarmantes. A estrutura política encontra-se transtornada (Sl 11.3). Diante desse contexto, o que pode fazer o justo? De que maneira o povo cristão pode contribuir com a dimensão política da nação e colaborar para a boa governança pública e o combate à corrupção? A fé cristã tem muito a fornecer ao processo político, pois das Escrituras podem ser extraídos princípios vitais para a vida pública.
*Este subsídio foi adaptado de NASCIMENTO, Valmir. Seguidores de Cristo: Testemunhando numa Sociedade em Ruínas. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 84-93.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 BONINO, M. Em busca de poder. Ebook Kindle. Rio de Janeiro: Editora Novos Diálogos, 2011,p. 313.
BONINO, 2011, P. 313.
3 FERREIRA, F. Contra a idolatria do estado: o papel do cristão na política: São Paulo: Vida Nova, 2016, p. 71.
4MARETTI, E. Corrupção no Brasil é cultural e está enraizada no cotidiano das pessoas. Disponível em:http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2016/02/corrupcao-no-brasil-e-cultural-e-esta-enraizada -no-cotidiano-das-pessoas-7122.html
5 MACHADO, 2013, p. 41. BECKWITH, F. Política, fé e separação entre igreja e estado.

6 In: GEISLER, N.; MEISTER, C. (Ed.). Razões para crer: apresentando argumentos a favor da fé crista. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 135.
7 GEISLER; MEISTER, 2013, p. 36.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.