sábado, 18 de novembro de 2017

Lição 08 - 4º Trimestre 2017 - A Resposta Cristã para a Violência Urbana - Jovens.

Lição 8

                                     A resposta Cristã para a Violência Urbana               4° Trimestre de 2017
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INTRODUÇÃO
I - A PERSPECTIVA BÍBLICA SOBRE A VIOLÊNCIA
II - O PODER PÚBLICO E A VIOLÊNCIA URBANA
III - A IGREJA EM UMA SOCIEDADE VIOLENTA
CONCLUSÃO
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivo central ajudar os jovens a refletirem a respeito da violência urbana dentro de uma perspectiva bíblica:
Perspectiva Bíblica sobre a Violência
Não há como combater a criminalidade se não reconhecermos a verdade básica da realidade do mal. O mal não é uma ilusão ou uma simples doença mental, como afirmam certos sociólogos. Ainda que problemas patológicos possam, em alguma medida, contribuir para atos violentos, a raiz da criminalidade encontra-se na natureza humana decaída.

Igualmente frágeis são as teorias que atribuem às forças sociais e aos problemas econômicos a gênese da criminalidade. A mídia insiste que o crime é um problema técnico que pode ser resolvido com a criação de condições sociais corretas mediante políticas acertadas, distribuição de dinheiro às áreas certas e organização do ambiente físico de forma apropriada 1. Mas, a realidade e a história têm provado que mesmo quando as condições sociais são favoráveis a criminalidade persiste em existir. Igualmente, mesmo as pessoas que tiveram acesso a boa educação e uma vida financeiramente abastada são protagonistas de crimes, violentos ou não.

Nessa linha de raciocínio, John Stott lembra que as oportunidades educacionais têm se espalhado rapidamente pelo mundo ocidental e muitos projetos sociais têm sido criados, entretanto, as atrocidades, a corrupção, os conflitos e a opressão insiste em acompanhar a humanidade 2. O que dizer dos exemplos cotidianos de jovens e adolescentes da classe média alta e rica, que apesar do acesso à educação de qualidade nas melhores escolas e universidades do mundo cometem crimes bárbaros, e o envolvimento na corrupção de políticos e profissionais com boa formação acadêmica?

Os autores Charles Colson e Nancy Pearcey afirmam que a face do mal é assustadoramente comum. Eles dizem isso depois de citar crimes bárbaros cometidos por pessoas aparentemente “normais”, sem qualquer aparência de maldade, como Susan Smith, a mulher que afogou seus dois filhos deixando que o carro caísse num lago com as crianças dentro do veículo; uma criança de 11 anos de idade e outra de 13 que depois de acionarem o alarme de incêndio da escola atiraram nos alunos e professores da escola em que estudavam, à medida que saíam do prédio; ou ainda o caso dos três jovens de Datmouth, Massachusetts, que cercaram um colega da nona séria e o mataram a facadas e, após o ato, sorriram e trocaram cumprimentos batendo as palmas da mão um do outro em pleno ar, como jogadores de basquete celebrando uma boa enterrada na cesta 3. Colson e Pearcey ainda afirmam que a cobertura da grande mídia dessas crimes oferece todas as respostas convencionais: pobreza (mas, a maioria dos matadores era da classe média), raça (mas, maioria é branca), infância complicada (mas, milhões de crianças no mundo todo vêm de circunstancia de desaforáveis e nunca cometeram crimes)4
No Brasil, ao menos dois casos ilustram essa realidade sombria. O primeiro envolvendo a jovem Suzane Louise Von Richthofen que, juntamente com os irmãos Daniel Cravinhos e Christian Cravinhos, planejou com requinte de crueldade a morte de seus pais Manfred Albert von Richthofen e Marísia enquanto dormiam, na noite de 31 de outubro de 2012. O outro caso ocorreu em 28 de março de 2008, envolvendo a morte da menina Isabella de Oliveira Nardoni, de cinco anos de idade, arremessada do sexto andar do Edifício London, em São Paulo, pelo pai, Alexandre Nardoni, e pela madrasta da criança, Anna Carolina Jatobá. Em ambos os episódios os crimes foram cometidos por pessoas da classe média, com boa educação e sem qualquer problema de ordem psicológica.

A razão para se esquivar da explicação cristã para todos esses problemas é a temível palavra pecado. A sociedade pós-moderna, relativista e hedonista do tempo presente, rejeita por completo a ideia da responsabilidade moral como algo ultrapassado. Nada obstante, ela precisa se voltar para o pressuposto bíblico do pecado original e da tendência para a maldade, como diz Paulo em Romanos 7.15 (“Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço), a fim de conferir ordem e segurança para a sociedade.
Violência ao longo da Bíblia
Após o crime de Caim, a Bíblia relata muitos outros episódios de violência, a ponto de homens sanguinários se vangloriarem de seus feitos cruéis (Gn 4.23) e assassinos serem cultuados como verdadeiro heróis (Gn 6.4). Na época de Noé, as escrituram afirmam que a terra estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência (Gn 6.11). Lawrence Richards explica que maldade e violência são as duas palavras usadas para caracterizar os pecados que causaram o dilúvio do Gênesis: “Maldade é rasah, atos criminosos que violam os direitos dos outros e tiram proveito do sofrimento deles. Violência é hamas, atos deliberadamente destrutivos que visam prejudicar outras pessoas” 5. Esse mesmo padrão de violência irá se repetir nos últimos dias antes do segundo advento de Cristo (Mt 24.12,37). 
As escrituras contêm outros casos de violência, crueldade e agressão, física e emocional, que demonstram a condição pecaminosa do homem (Gn 34.13-31; Êx 2.11, 12; Jz 19—21; 2 Sm 13.23-39; 1Rs 21). A razão pela qual tais passagens constam na Bíblia Sagrada, sem qualquer supressão, é confirmar a natureza caída do homem. Certamente, o objetivo de tais relatos é simplesmente descrever aquilo ocorreu, sem o objetivo de fornecer um modelo de conduta a ser seguido. Absolutamente! Elas constam no cânon bíblico, pois não é objetivo de Deus esconder a verdade ou falsear a história da humanidade.

Nunca foi intenção de Deus que o ser humano se entregasse à violência. Tanto assim que a Lei estabelecia uma série de punições para diversos tipos de crimes. Dos dez mandamentos, dois visam claramente a pacificação social: não matarás; não roubarás (Êx. 20. 13, 15).
O Poder Público e a Violência Urbana
É inegável que vivemos dias violentos. René Girardi bem disse que “a violência parece estar presa num processo de escalada que lembra a propagação do fogo ou a de uma epidemia” 6. Ele afirma:
Há violências familiares e escolares, as de que se tornam culpados esses adolescentes que massacram os colegas nas escolas americanas, e há violências visíveis no mundo inteiro, e o terrorismo sem limites nem fronteiras. Este último se entrega a uma verdadeira guerra de extermínio contra as populações civis. Parece que estamos indo em direção a um encontro de toda a humanidade com sua própria violência” 7.
O Brasil é um dos países com maior índice de criminalidade do mundo, com elevada taxa de homicídios, roubos, sequestros e outros atos criminosos. Segundo o Atlas de Violência, em 2014 houve 59.627 homicídios no Brasil — o que equivale a uma taxa de homicídios por 100 mil habitantes de 29,1 8. Esse é o maior número de homicídios já registrado e representa mais de 10% dos homicídios registrados no mundo, colocando o Brasil como o país com o maior número absoluto de homicídios. 
Numa comparação com uma lista de 154 países com dados disponíveis para 2012, o Brasil estaria entre os 12 países com maiores taxas de homicídios por 100 mil habitantes. A título de análise, entre 2011 e 2015, a violência no Brasil matou mais pessoas do que a Guerra da Síria 9. A faixa etária mais atingida pela violência é a juventude. No recorte por sexo e faixa etária, o estudo indica que 46,9% dos homens que morrem entre os 15 e os 29 anos e são vítimas de homicídio. O número salta para 53% quando são jovens de 15 a 19 anos.

Como podemos notar, a realidade brasileira é marcada pelo alto índice de violência urbana. Em algumas regiões do país bairros inteiros estão dominados por gangues e traficantes. Noutras, há insegurança e terror, com falta de ordem e segurança pública adequada. Sequestros relâmpagos e roubos a mão armada são comuns em quase todas as cidades. Diante desse quadro, a sociedade vive em estado de medo permanente.
O Estado e a sua função de punir o mal

A quem compete o papel de coibir a criminalidade? Biblicamente, entendemos que o Estado recebeu de Deus autoridade delegada para punir o mal e castigar os malfeitores: Eis as palavras de Pedro:
Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores e para louvor dos que fazem o bem. Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo o bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos; como livres e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus. Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei (1Pe 2.13-17).

De acordo com Francis Schaeffer: “O Estado deve ser um agente da justiça para restringir o mal, punindo o malfeitor, e para proteger os bons da sociedade”10. Em suas palavras: “Pedro diz nesse trecho que a autoridade civil tem de ser honrada e que Deus tem de ser temido. O Estado, como ele o define, deve punir aqueles que fazem o mal e recompensar aqueles que fazem o bem. Se não for assim, então toda a estrutura se desfaz em pedaços”11. De fato, sem esse padrão de legitimidade da autoridade constituída e aplicação da justiça a sociedade seria um caos. Deus estabeleceu um padrão de ordem e segurança para a vida em sociedade.

Nesse sentido, só há falar em dever do cidadão para com o Estado se este não for precedido da existência de Deus. Afinal, como assinalou Jónatas Machado, “é totalmente arbitrário e irracional pretender deduzir um hipotético dever de subordinação do Estado Constitucional a princípio de racionalidade, verdade, previsibilidade, proporcionalidade e eficácia, a partir de uma visão de mundo que postule que tudo resultou de processos físicos e químicos irracionais, aleatórios, ineficientes e até cruéis” 12. Jónatas Machado está dizendo que é ilógico pensar em um sistema de justiça e em um Estado Democrático de Direito, que garanta ordem em segurança, sem a crença básica na existência de um Legislador Inteligente. O ateísmo, ao contrário, não consegue fundamentar um Estado com tais características, pois parte de premissas que contradizem tais aspectos. Por esse motivo, o cristianismo tem sido historicamente relevante no campo do direito e na aplicação da justiça, pois os seus postulados, além de bíblicos, são essenciais para a edificação de um sistema de responsabilidade moral e criminal dos indivíduos.
O papel do Poder Público
É necessário destacar primeiramente que a segurança é uma garantia constitucional, um direito de todos. O artigo 144 da Constituição Federal estabelece que “a segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”. O Estado, portanto, deve preservar a ordem e garantir a segurança física e patrimonial das pessoas. Cada um dos poderes constituídos tem a sua própria parcela de responsabilidade.

Sendo assim, responsável por editar as leis, o Poder Legislativo tem o papel preponderante na criação de normas gerais de proteção, ao considerar previamente como crimes os atos deletérios à vida em sociedade. O objetivo, como diz Walter Kaiser, não é a vingança, mas a manutenção da justiça para o maior número possível de pessoas 13. A existência de uma política criminal bem elaborada é essencial para promover a ordem social e refrear a delinquência. Enquanto isso, leis lenientes que desconsideram o perigo inerente a certos comportamentos sociais, como o uso das drogas, são o ponto de partida para o caos e a desordem.

Por sua vez, cabe ao Poder Executivo aplicar as leis e instituir políticas públicas que busquem garantir a efetiva segurança da população. Há que se manter, para isso, um corpo de policiamento capacitado, que atue de maneira preventiva e repressiva ao crime. “A solução não é simplesmente uma questão de construir mais prisões e encarcerar mais criminosos” 14, bem afirmaram Charles Colson e Nancy Pearcey. De acordo com os autores do livro E agora, como viveremos?, “[...] o melhor modo de reduzir o crime não é reagir depois do fato com castigos e reabilitação, mas desencorajá-lo antes que aconteça, criando uma vida em comunidade civilizada e ordenada”15. Eles não estão descartando as medidas de repressão contra o crime, afinal, a própria existência de leis claras que estabelecem os critérios de punição às infrações, também servem como mecanismos de prevenção.

Colson e Pearcey citam o exemplo da teoria da janela quebrada. Na qual se uma janela está quebrada e não é consertada depressa, os ofensores potenciais verão isso como um convite para quebrar mais janelas. Quando as janelas nunca são consertadas, dizem os autores, e mais estão sendo quebradas, um senso de desordem é criado, facilitando, quando não incita, mais ação criminal. A teoria da janela quebrada encontra respaldo no Shalom israelita, referindo-se à paz no sentido positivo, como o resultado de uma sociedade corretamente organizada, com base bíblica na doutrina da Criação. Os autores ainda afirmam que o estabelecimento da ordem funciona tão bem como um preventivo contra o crime, porque expressa uma ordem subjacente e mostra que a comunidade está disposta a impor essa ordem 16.

Por fim, o Judiciário é o poder responsável por aplicar a lei ao caso concreto. Tem ele o importante papel de julgar de maneira célere e punir com justiça os homens violentos e sanguinários, evitando com isso a impunidade. Na passagem de Romanos, Paulo afirmou que os magistrados são ministros de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal (Rm 13.4). Em seu debate Sobre a Magistratura Armínio definiu-a (a magistratura) “como um poder proeminente e administrativo ou uma função com um poder proeminente, instituída e preservada por Deus, com o propósito de que os homens possam, na sociedade de seus companheiros, ‘ter uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade’”17. O poder, segundo Armínio, “se apoia na criação e por meio dela, no domínio que Deus tem sobre todas as coisas criadas, mas, em especial, sobre o homem” 18. Ele ainda escreve: “Uma vez que o objetivo desse poder é o bem de todos, ou de toda a associação de homem, que pertencem à mesma nação ou estado, o príncipe de tal estado é menos do que o próprio estado [...]” 19.
A IGREJA EM UMA SOCIEDADE VIOLENTA
Em tempos de violência, qual a contribuição que a igreja cristã pode dar ao enfrentamento deste grave problema social? Respondo: Muitas; tanto na esfera teórica quanto prática. Além de fornecer os pressupostos fundamentais de moralidade, justiça e ordem social, aspectos essenciais para a solução criminal, a fé cristã pode ser testemunhada de maneira sublime pela igreja local na prevenção de crimes e reabilitação dos infratores.
Deus estabelece a ordem
A sabedoria e a bondade de Deus se revela claramente na história das Escrituras. O Senhor criou o primeiro casal e lhes forneceu um ambiente de ordem e comunhão. O relato dos primeiros capítulos de Gênesis conta que o homem foi criado para viver segundo essa ordem, para um bom relacionamento com Deus e com o seu semelhante.

Mesmo após a Queda vemos o firme propósito de Deus em manter a ordem, ao estabelecer regras claras sobre o comportamento humano e punir o mal. Não é sem razão que Ele estabeleceu Leis para a nação de Israel, que envolvia aspectos éticos, cívicos e cerimoniais. Do ponto de vista social, o intuito dos Mandamentos era organizar a vida em comunidade, para proteger os israelitas contra o arbítrio e a ofensa alheia. Os Mandamentos (Êx 20.1-17), afinal, estão fundados na ternura divina — por isso a Lei é boa (Rm 7.12; Sl 19.8), e estabelecem limites para o viver comunitário, para que tenhamos um bom relacionamento com Ele e com o próximo.

Hoje, as leis criminais seguem esse modelo bíblico. Embora os contextos sejam diferentes e as normas penais distintas, a versão bíblica fornece a base sobre a qual deve ser feita a diferença entre o certo e o errado, entre o justo e o injusto. O combate ao crime e o enfrentamento da violência não se tratam de questões eminentemente legislativas. A existência das leis parte da premissa da importância da ordem e necessária convivência pacífica, e é exatamente a pedra fundamental fornecida pelo cristianismo bíblico.

Por esse motivo, os filhos de Deus têm condições suficientes de contribuir com o enfrentamento da violência urbana, valendo-se das ferramentas que Deus nos disponibilizou em sua Palavra.
Conclusão
No exemplo de Jesus (Lc 10.37), a atuação do Bom Samaritano não se resumiu às palavras de apoio ao homem que fora espancado a caminho de Jericó. A Bíblia diz que ele “atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele” (v. 34). Há muitos feridos e moribundos ainda hoje. Cuidar dessas pessoas revela a nobreza do amor de Deus derramado em nossos corações (Rm 5.5)!
*Este subsídio foi adaptado de NASCIMENTO, Valmir. Seguidores de Cristo: Testemunhando numa Sociedade em Ruínas. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 94-104.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1COLSON; PEARCEY, 2000, p. 221.
2STOTT, J. Cristiano básico. Viçosa/MG: Ultimato, 2007, p. 80.
3 COLSON; PEARCEY, 2000, p. 226.4 STOTT, 2007, p. 226.
5 RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia: uma Análise de Gênesis a Apocalipse Capítulo por Capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 29.
6 GIRARDI, R. Aquele por quem o escândalo vem. São Paulo: É Realizações, 2011, p. 32.
7 GIRARDI, 2011, p. 32.
8 IPEA. Atlas da violência 2016. Disponível em: http://infogbucket.s3.amazonaws.com/arquivos/2016/03/22/atlas_da_violencia_2016.pdf. Acesso em 1/fev/17.
9 Em 5 anos, violência no Brasil mata mais que a guerra na Síriahttp:// exame.abril.com.br/brasil/violên cia-brasil-mata-mais-guerra-siria/.Acesso em 1/fev/17.
10 SCHAEFFER, F. A igreja no século XXI. São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 209.
11 SCHAEFFER, 2010, p. 209.
12 MACHADO, 2013, p. 65.
13 KAISER JR., W. O cristão e as questões éticas da atualidade. São Paulo: Vida Nova, 2016, p. 165
14 COLSON; PEARCEY, 2000, p. 428.
15 COLSON; PEARCEY, 2000, p. 430.
16 COLSON; PEARCEY, 2000, p. 433.
17 ARMÍNIO, J. As Obras de Armínio. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 588.
18 ARMÍNIO, 2015, p. 589.
19 ARMÍNIO, 2015, p. 591.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Lição 08 - 4º Trimestre 2017 - Salvação e Livre-Arbítrio - Adultos.

Lição 8

Salvação e Livre-Arbítrio4° Trimestre de 2017
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ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – A ELEIÇÃO BÍBLICA É SEGUNDO A PRESCIÊNCIA DIVINA
II – ARMÍNIO E O LIVRE-ARBÍTRIO
III – ELEIÇÃO DIVINA E LIVRE-ARBÍTRIO
CONCLUSÃO
OBJETIVO GERAL
Explicar que o projeto primário de Deus foi salvar a humanidade, contudo, de acordo com sua soberania, concedeu o livre-arbítrio ao homem.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Mostrar que a eleição bíblica é segundo a presciência divina;
II – Discutir a tese bíblica de Armínio a respeito do livre-arbítrio;
III – Conhecer a respeito da eleição divina e do livre-arbítrio.
PONTO CENTRAL
De acordo com sua soberania, Deus concedeu o livre-arbítrio ao homem.

SALVAÇÃO E LIVRE-ARBÍTRIO
Marcelo Oliveira de Oliveira
Prezado(a) professor(a), na aula desta semana é importante remontar a biografia de Jacó Armínio. Por isso o estudo de livros de história da Igreja é importante. Há também boas literaturas teológicas sobre Armínio, uma delas já mencionada em artigo anterior. A CPAD também tem as obras de autoria de Armínio publicadas em língua portuguesa à disposição dos irmãos: As Obras de Armínio, 3 Volumes. Assim, faremos um breve resumo sobre a importância desse grande teólogo.
Quem foi Armínio?
Jacó Armínio era um teólogo holandês que se posicionou contrário a algumas doutrinas de linha calvinista com o objetivo de destacar mais o caráter amoroso, bondoso e justo de Deus que foram manifestos na pessoa bendita de Jesus Cristo. Por isso Armínio foi acusado injustamente de ensinar muitas heresias. Contra ele, se analisados de maneira séria, argumentos frágeis e insustentáveis foram usados. Infelizmente, esse “espírito” é comum ainda hoje. A fé cristã não é uma expressão homogênea. Embora tenhamos pontos de fé comuns, que nos une, também temos pontos que nos traz discordâncias pontuais: batismo, escatologia, batismo no Espírito. Mas temos de fazer um alerta importante! Por exemplo, antes de existirem tradicionais-históricos, pentecostais, neopentecostais e outros, já havia milhares de cristãos fiéis ao Senhor. Isso significa que a história da Igreja não começou com uma pessoa ou denominação somente. Por isso não se justifica guerras teológicas, brigas denominacionais e, até mesmo, rompimentos de amizade por causa disso. A Palavra de Deus não é para trazer contendas e rivalidades.
A influência sobre Armínio
É importante salientar que Jacó Armínio não acrescentou nada novo à teologia cristã no sentido doutrinário. Para fortalecer esse parecer, o estudioso holandês usou em seu método os pais da Igreja, escritos medievais e muitos outros protestantes que lhe antecederam, mostrando que eles defendiam a mesma doutrina cristã. Alguns nomes que fazem parte da belíssima história protestante podem ser arrolados ao lado de Armínio em visões similares e bem idênticas ao do teólogo holandês: Melanchton, um líder luterano; Erasmo, reformador católico; Balthasar Hubmaier e MennoSimons, líderes anabatistas do século XVI. Jacó Armínio morreu no auge da controvérsia teológica na Holanda, em 1609.
Texto publicado, mas levemente adaptado, na revista Ensinador Cristão, nº 72, Editora CPAD, 2017, p.39.
Marcelo Oliveira de OliveiraRedator do Setor de Educação Cristão (CPAD)
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quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Lição 06 - 4º Trimestre 2017 - Um Bebê na Casa de Deus - Berçário.

Berçário

Lição 6

                                  Um bebê na Casa de Deus
4° Trimestre de 2017
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OBJETIVO DA LIÇÃO: Mostrar à criança que o bebê Samuel cresceu na casa de Deus.
É HORA DO VERSÍCULO: “Ó Senhor Deus, eu amo a casa onde vives [...]” (Sl 26.8).


Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história do bebê Samuel. Sua mãe não podia ter filhos e prometeu a Deus que se Ele lhe desse um filho, ele seria criado na igreja, na Casa de Deus. E assim aconteceu! O Papai do Céu deu um bebê para Ana e ele ficou na Casa de Deus aprendendo sobre o Papai do Céu.

Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colarem um pedaço de retalho sobre o bebê Samuel que está dormindo. Ele foi muito bem cuidado na Casa de Deus.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica AraujoEditora da Revista Berçário
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Lição 07 - 4º Trimestre 2017 - Presentes Para Um Menino - Berçário.

Berçário

Lição 7

                       Presentes para um menino
4° Trimestre de 2017
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OBJETIVO DA LIÇÃO: Mostrar à criança que Samuel morava na Casa do Papai do Céu. Ele servia a Deus com alegria.
É HORA DO VERSÍCULO: “Ele abençoará todos [...]” (Sl 115.13).
Nesta lição, as crianças continuarão aprendendo sobre a história do bebê Samuel. Agora ele já era uma criança e já estava morando na Casa do Papai do Céu servindo-o com alegria. Em tudo Samuel obedecia ao sacerdote e aprendia com ele a cuidar da Casa de Deus e todo ano sua mãe ia visitá-lo e levava presentes para ele.

Suas crianças podem ser pequenas demais para guiar um carro, trocar uma lâmpada ou ter um emprego, mas nunca serão jovens demais para orar, falar aos amigos sobre Jesus ou ajudar na igreja. Elas podem servir a Deus desde cedo como Samuel, que mesmo sendo apenas um menino, ele aprendeu a servir a Deus como os sacerdotes. Desde pequenos, estimule sempre seus alunos.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica AraujoEditora da Revista Berçário
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Lição 07 - 4º Trimestre 2017 - Ana Louva a Deus - Maternal.

Lição 7

Avaliação do Usuário
Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
  
                 Ana louva a Deus
4° Trimestre de 2017
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Objetivo da lição: Ensinar à criança a louvar ao Senhor pelas orações respondidas.
Para guardar no coração: “Ele me escuta, quando peço ajuda e atende as minhas orações” (Salmos 6.9).
Perfil da Criança
Já vimos que as crianças do maternal reagem a todas as impressões que recebem, e aprendem muito através das emoções. Por isso, o local das aulas deve ser tranquilo, organizado e bonito. Conforme a disponibilidade do espaço, será de bom proveito criar diversos centros de interesse, a que chamamos de “cantinhos”; cantinho da Bíblia, da natureza, dos brinquedos, da história, dos livros, do lanche, das atividades manuais, etc. Ó, não pense que para isto você terá de ter uma sala imensa e muito dinheiro. Conheço professores que montam sua sala de aula numa garagem, numa cantina, ou num pátio, e nem por isso deixam de se valer destes recursos. Se não há móveis apropriados, bancos, cadeiras, caixas e um pouco de criatividade fazem milagres. Dá trabalho guardar tudo após a aula, e chegar cedo no domingo seguinte para arrumar antes da chegada dos alunos, mas quando se ama a Deus e aos seus pequeninos, tudo fica mais fácil.

Subsídio Professor 
“Vai-te em paz”, disse o sacerdote Eli a Ana, depois de ouvir-lhe a explicação de que estivera orando angustiada. E ela foi-se em paz? Ó, sim. Tanta paz, que conseguiu alimentar-se – o que antes não pudera – “e o seu semblante já não era triste”. De onde provinha esta paz? Certamente que as palavras reconfortantes do sacerdote ajudaram, mas na sua essência, a paz vinha do fato de haver Ana aberto o coração perante o Pai, e lhe deixado aos pés os seus problemas. O fardo já não lhe pesava nos ombros. Naquele momento, ela não tinha como saber se o seu pedido seria concedido, ou se Deus lhe responderia “não”. Mesmo assim, o seu coração voltou leve para casa. A paz provinha de haver Ana levado a sua angústia a Deus, com a convicção de que Ele a ouvia, e responder-lhe-ia de acordo com o que fosse melhor para ela. Ana confiava não apenas no poder de Deus, mas também na perfeição de sua vontade. Em seu amor e soberania, o Senhor pode conceder o que lhe pedimos, se for algo sonhado por Ele para nós; ou negar, se for algo que nos trará prejuízos futuros, ou que não o glorificará.

Seja qual for o pedido que você estiver fazendo a Deus, o seu coração só experimentará a paz se você tiver esta confiança e deixar a decisão nas mãos do Pai amoroso. Tão amoroso, que será capaz de reter o que você estiver lhe pedindo, se for algo que não lhe fará bem, ou que não trará glórias ao seu nome.
Oficina de Ideias 1
Providencia a silhueta de uma criança orando. Faça uma cópia para cada aluno. Distribua tinta guache e pincéis largos, para que pintem a figura. (Recomendamos o uso de aventais sempre que se mexer com tinta.) Converse sobre a oração. Você ora todos os dias? Com quem você fala quando está orando? O Papai do Céu quer que você fale com Ele todos os dias. Ele sempre ouve a sua oração. Você pode contar-lhe tudo o que quiser. Pode agradecê-lo pelas coisas que Ele lhe dá, e pode pedir-lhe aquilo que você precisa. Se alguém maltratar você, conte isto ao Papai do Céu. Se alguém que você conhece estiver doente, peça para Deus curar esta pessoa. (Mencione outras necessidades específicas.)
Até Logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para lerem a história bíblica que se encontra em 1 Samuel 1.1-20; 2.1-10.

*Este subsídio foi extraído de Lições Bíblicas do Maternal Mestre 7/8, Marta Doreto, CPAD.
Telma BuenoEditora Responsável pela Revista Maternal da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Maternal. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 07 - 4º Trimestre 2017 - Jesus Lê e Ensina o Livro de Deus - Jd. Infância.

Lição 7

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               Jesus Lê e Ensina o Livro de Deus
4° Trimestre de 2017
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OBJETIVO: Os alunos deverão compreender que não devemos ter medo de falar da Palavra de Deus aos que ainda não conhecem Jesus.
É HORA DO VERSÍCULO: “[...] Vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas” (Mc 16.15).
Nesta lição, as crianças irão reconhecer que Jesus veio ao mundo para nos ensinar sobre o Livro de Deus. Nem todas as pessoas ficavam felizes com os ensinos de Jesus, mas mesmo assim Ele não tinha medo de falar da Palavra do Papai do Céu.

Estimule seus alunos a falarem sempre da Palavra de Deus para as pessoas e principalmente para seus amiguinhos. Não importa se ainda são crianças, desde pequenas elas já podem trabalhar na Casa de Deus e falar da Palavra que aprenderem na Escola Dominical.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica AraujoEditora Responsável pela Revista Jardim de Infância da CPAD
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Lição 07 - 4º Trimestre 2017 - Devemos Brilhar - Juniores.

Lição 7

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        Devemos Brilhar — Marcos 4.21-23. 4° Trimestre de 2017
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Prezado(a) professor(a),

Na aula desta semana seus alunos aprenderão que, assim como nosso Senhor Jesus Cristo declarou ser a Luz do mundo, seus discípulos também deveriam brilhar a luz do evangelho para todas as pessoas. “Vocês são a luz do mundo” (Mt 5.14) — disse Jesus, ilustrando a responsabilidade da missão que havia designado aos seus discípulos.
Durante o período do ministério terreno de Jesus, eles não fizeram outra coisa senão aprender diretamente com o próprio Mestre, a partir dos ensinamentos e milagres que presenciavam, como deveriam se comportar ao entrar pelas cidades e vilarejos de Israel pregando o evangelho da salvação. A luz que havia neles deveria resplandecer em meio às trevas do pecado que dominava o coração dos homens. Vejamos que esta luz não se tratava de torná-los conhecidos, famosos ou orgulhosos de cumprir a maior missão de todos os tempos, e sim de anunciar o plano da salvação aos perdidos. Muitos desses estavam cegos pela religiosidade, outros eram discriminados e viviam sem esperança à margem da sociedade sem saber para onde ir. Somente a luz do evangelho seria capaz de iluminar o entendimento dessas pessoas, e isso só seria possível se os discípulos se empenhassem em propagar a Palavra de Deus não apenas com palavras, mas também com a própria vida.

Quando Jesus foi assunto ao céu, Ele deixou a seguinte informação aos seus discípulos: “quando o Espírito Santo descer sobre vocês, vocês serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até nos lugares mais distantes da terra” (cf. At 1.8). Ser testemunha de Cristo implicava uma mudança tão radical nos discípulos que não seria difícil perceber no estilo de vida deles que algo havia mudado. O revestimento de poder no dia de Pentecostes foi o marco na vida dos discípulos e que os fortaleceu de tal modo que nada os impedia de sair por toda a parte anunciando a mensagem do evangelho.

Do mesmo modo ocorre na vida daqueles que declaram fé em Jesus Cristo nos dias atuais. O Espírito Santo provoca uma transformação de tal maneira que o comportamento da pessoa revela que ela, de fato, foi transformada pelo evangelho de Jesus Cristo. Assim deve acontecer conosco para que a luz do evangelho resplandeça por intermédio de nossas vidas neste mundo. As pessoas só conhecerão realmente Jesus Cristo se observarem que o nosso modo de viver foi transformado desde o momento em que aceitamos a Cristo como nosso Salvador.

O apóstolo Paulo declara que quem está em Cristo é uma nova pessoa, o velho modo de viver já foi sepultado e todas as coisas foram feitas de novo (cf. 2 Co 5.17). Portanto, os hábitos e atitudes que não agradam a Deus são rejeitados e abandonados. Desde então, a vontade de fazer o que agrada a Deus invade o coração do salvo de modo que sente o interesse de tornar conhecida aos demais a mesma alegria que agora domina o seu viver. Entretanto, há determinados obstáculos que surgem à frente do salvo para que este não dê fruto com perfeição. Os hábitos e costumes do mundo continuam a persegui-lo, sem contar a pressão que sofre da parte daqueles que não tiveram a mesma experiência. Os apelos do mundo, a rejeição por conta da fé e as adversidades combatem a pessoa salva a fim de que esta não persista na fé e torne para sua antiga vida de pecados. Isso explica a ilustração de Cristo a respeito da luz.

São muitas as nuvens obscuras que tentam ofuscar o brilho do Espírito Santo de resplandecer na vida do crente. Por esse motivo, é importante que seus alunos saibam como lidar com as dificuldades que surgem para impedi-los de colocar em prática os ensinamentos de Cristo. Eles devem estar atentos quando perceberem que estão sendo tentados a se comportarem de maneira desagradável a Deus. Sendo assim, para que eles possam refletir sobre este ensinamento, realize com eles a brincadeira conhecida como morto-vivo, porém, substitua a expressão morto-vivo por expressões que refletem as práticas que são agradáveis ou desagradáveis a Deus. Exemplo: amizade — alunos de pé / mentira — alunos abaixados / amor — alunos de pé / raiva — alunos abaixados, etc. A ideia é que os alunos saibam identificar a diferença entre as práticas que agradam ou não a Deus. Conforme os alunos forem errando, peça que fiquem a parte. Vence a brincadeira quem permanecer sem errar até o fim.
Thiago SantosEducação Cristã - Publicações CPAD
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Lição 07 - 4º Trimestre 2017 - O Uso das Redes Sociais - Pré Adolescentes.

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                     O Uso das Redes Sociais  4° Trimestre de 2017
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A lição de hoje encontra-se em: Efésios 5.11-16
Caro(a) professor(a),

A lição desta semana trata de um assunto muito preocupante em nossos dias, principalmente por parte dos pais. Estamos vivendo na era da tecnologia e muitas crianças e adolescentes estão tendo acesso a um nível de informação que nem mesmo seus pais tiveram quando eram da mesma idade. O mau uso das redes sociais e da internet tem trazido muitos problemas para as famílias, tendo em vista que muitos pais não conseguem controlar o que os seus filhos estão acessando, pois muitos pais nem mesmo sabem como manusear o computador, quanto mais filtrar o que seus filhos estão tendo acesso.
A internet, de fato, é uma importante ferramenta que trouxe muitos benefícios para os nossos dias. Por meio dela é possível realizar pesquisas e realizar trabalhos de escola de forma muito mais rápida. É possível também realizar compras, pagar contas, conversar com os parentes e trocar informações importantes a longa distância. São benefícios que estão a um clique de nossas mãos. Contudo, assim como o uso adequado pode trazer vários benefícios, o mau uso também pode trazer grades prejuízos. E quando falamos de prejuízos a preocupação com os pré-adolescentes aumenta, porquanto é nesta fase que eles estão passando por todas as transformações possíveis: a curiosidade está mais aguçada, a capacidade de abstrair uma quantidade maior de informações aumenta. É nesse momento que mora o perigo e muitos pais não sabem como lidar com esta situação.

Por esse motivo, caro professor, é extremamente importante que você saiba orientar seus alunos e conscientizá-los a respeito dos perigos que estão do outro lado da tela. Lembre-se de que o seu trabalho é preventivo e não corretivo, pois não é da sua competência proibir ou mesmo controlar o que os seus alunos estão assistindo. Entretanto, é seu papel orientá-los a respeito dos riscos que estão correndo a partir do momento que acessam sites ou conversam com pessoas desconhecidas por meio das redes sociais.

Para mantê-los antenados, seu papel é formar em seus alunos uma consciência cristã por intermédio do conhecimento da Palavra de Deus. Não há nada melhor do que um crente que sabe lidar com o mundo e, ao mesmo tempo, não fazer parte dele. O texto da lição de hoje aborda o ensinamento de Paulo aos efésios. O apóstolo estimulou os crentes daquela igreja não somente a rejeitarem, mas também a condenarem tudo o que pertence às obras das trevas. Desde agora, a vida deles com Deus deveria evitar qualquer contato com as práticas pecaminosas que não têm parte com a nova vida em Cristo (cf. Ef 5.11-13).

“É importante evitar as obras ‘infrutuosas das trevas’ (qualquer prazer ou atividade que resultem em pecado). Mas devemos ir além. Paulo nos ensina a expor essas obras, porque nosso silêncio pode ser interpretado como aprovação. Deus precisa de pessoas que defendam o que é correto, e os cristãos devem afirmar, com convicção e bondade, tudo aquilo que é verdadeiro e justo. [...] Ao se referir aos dias como ‘maus’, Paulo está comunicando seu senso de urgência por causa do poder de influência do pecado. Precisamos desse mesmo senso de urgência porque nossos dias também são difíceis. Devemos manter nossos padrões morais elevados, agir com prudência e fazer o bem sempre que possível” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 1653). Por esse motivo é importante não apenas apresentar os riscos existentes nas redes sociais ou mesmo na internet em nossos dias, mas estimular seus alunos ao uso consciente de tais ferramentas.

Converse com seus alunos a respeito da quantidade de tempo que eles passam entretidos na internet. Permita que expressem o que pensam a respeito do mundo virtual que estão tendo acesso. Aproveite e peça que façam uma pesquisa para a próxima aula: eles deverão consultar sites que mostram pesquisas sobre o uso da internet no Brasil. Solicite que formem grupos e elaborem cartazes com gráficos e informações a respeito do uso da internet e das redes sociais. Os alunos deverão trazer na próxima aula e colar os cartazes no mural da classe para que todos tenham acesso às informações.
Por Thiago SantosEducação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Pré-Adolescentes. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Lição 07 - 4º Trimestre 2017 - A Bíblia e a Ciência - Adolescentes.

Lição 7

A Bíblia e a Ciência4° Trimestre de 2017
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ESBOÇO DA LIÇÃO:
A BÍBLIA REVELA O CRIADOR
A CIÊNCIA DESTACA A CRIAÇÃO
A BÍBLIA NÃO É UM LIVRO CIENTÍFICO, MAS DE FÉ
OBJETIVOSConscientizar os alunos de que a Bíblia é a Palavra de Deus;
Mostrar que não há incompatibilidade entre fé e ciência;
Explicar a importância de se manter a fé em uma época de tantos questionamentos.
FÉ E RAZÃO
César Moisés Carvalho
Quando em 14 de setembro de 1998 o então papa João Paulo II publicou sua 12ª Encíclica ― Fides et Ratio ― que, devido a temática abordada, causou frissonno mundo inteiro, a impressão que se teve é que a fé e, consequentemente, a religião, inimigas da razão, quisessem agora manter uma harmonia impossível. É como se elas fossem água e óleo, não tendo o que dizer uma à outra, devendo manter-se cada uma em seu próprio campo de atuação. A igreja ― leia-se o catolicismo ― através de seu pontífice maior também já havia reconhecido, inclusive formalmente, em 1992 o erro cometido no caso Galileu. Evidentemente que vozes mais “conservadoras” do catolicismo afirmam que, na verdade, o erro foi justamente o pedido de desculpas pelo falecido papa. Porém, o fato é que essa atitude serviu como uma forma de comemoração para os racionalistas que acreditam que o reconhecimento do equívoco demonstra o ilogismo que há em a ciência ser subordinada à religião.
Não questiono a inegável verdade de que não há lógica em a ciência ser restringida por assuntos de “fé” (fé aqui no sentido denominacional) desta ou daquela religião, porém, não acredito que seja interessante para a ciência uma “autonomia absoluta” (o que, particularmente, não acredito que exista) como se esse tipo de concessão pudesse torná-la mais produtiva e interessante. Recentemente, André Petry escreveu na revista Veja (Edição 2163, n.18) que a tecnologia [ciência] é moralmente neutra. No melhor estilo positivista, disse isso como se não houvesse pressupostos e premissas que fundamentam a elaboração de qualquer tecnologia. É como se alguém pudesse produzir qualquer tipo de conhecimento em um vácuo, em uma bolha atemporal que não sofre influência e nem influencia (Deixo claro que isso vale também para a teologia). Sua afirmação fez-me lembrar do que li na ficção O Diálogo, de Peter Kreeft. Na narrativa, interagem C. S. Lewis, Aldous Huxley e o presidente norte-americano, John Kennedy, todos falecidos no dia 22 de novembro de 1963, com espaços de apenas poucas horas. Quando Kennedy interpela C. S. Lewis com a objeção: “― Cálculos não mentem”. O professor de Oxford prontamente lhe replica: “― Mentirosos calculam”. Se não se pode confundir ato com agente, não é possível conceber o ato ― mesmo que este tenha sido involuntário ― sem um agente.
Na questão da ciência, todos os seus resultados ― indistintamente ― são frutos de atitudes voluntárias, pensadas, refletidas e com um propósito muito claro. Salvo raríssimas exceções (como, por exemplo, no caso da “invenção” do telefone por Alexander Graham Bell), nenhuma tecnologia é produzida por acidente ou visando uma massificação inicial, de forma que todos tenham acesso ao invento. Pensar assim é ingenuidade. Alinho-me com Petry no fato de que a demonização da tecnologia é uma inutilidade, mas não posso me esquecer que ela é sempre produto de uma visão de mundo. Mesmo que o resultado final seja objetivo, tangível e lógico, o grande e grave problema é quando há uma negação acrítica de que as premissas, os pressupostos e as motivações que levaram os seus criadores a pensá-la, não possuem a mesma objetividade e concretude do seu resultado. Isso implica em afirmar que não existe autonomia, mas as ideias são geradas dentro de um continuum social: você influencia e sofre influências. E mais, quanto menos consciente disso, mais refém a pessoa torna-se de seus pressupostos e ideologias. Consequentemente ela será mais intolerante, discriminadora e unilateral, pois partirá do princípio que todo mundo deve pensar igual a ela. Por isso, dizer que a ciência atual (com sua busca desenfreada por produção tecnológica de consumo de massa) visa apenas “melhorar” a vida das pessoas é um simplismo inconsequente. Qualquer um sabe que a volúpia tecnológica é inspirada pelo capitalismo dos países de Primeiro Mundo. Nem bem saiu um computador ou celular, dezenas de outros já estão a caminho, instilando o consumismo de milhões que acreditam que estarão adquirindo o melhor, quando na realidade, ao chegar ao Terceiro Mundo, os aparelhos já estarão obsoletos!
Mas, voltando à tendência e à postura dicotômica que insistem em manter fé e razão (ou ciência e religião) separadas, questiono: Será que tal postura reflete a verdadeira relação entre esses dois campos da realidade? É sabido, como diz Afonso Soares e João Décio, em Teologia e Ciência, que a “história testemunha [...] momentos de integração, ruptura e diálogo” entre elas, isto é, fé/razão ou ciência/religião, geralmente experimentam essa dialética constante que mostra-se recorrente no processo histórico. Por isso, acredito que a grande pergunta mesmo é se existe ao menos possibilidade de separá-las! É claro que nesse sentido existe diferença entre o tipo de “fé” que aqui está agora sendo discutida e que entendo ser impossível separá-la da ciência. Contudo, isso não a torna menos improvável que a fé religiosa, mas apenas diferente. Thomas Kuhn disserta em seu clássico A Estrutura das Revoluções Científicas, que quando um cientista desenvolve uma pesquisa partindo de um paradigma que ele tem como certo, “não tem mais necessidade, nos seus trabalhos mais importantes, de tentar construir seu campo de estudo começando pelos primeiros princípios e justificando o uso de cada conceito introduzido” (p.40). Dessa forma, mesmo que o paradigma fundante não seja um fato, mas uma crença filosófica ou um arcabouço teórico, ele fundamentará toda a sua produção científica sobre tal premissa e sua atividade será desempenhada sem nenhuma reflexão crítica a respeito do assunto, pois o cientista a tem ― aprioristicamente ― como verdade.
A cultura brasileira tem o costume de “romantizar” a história e não conhecer os fatos com mais profundidade antes de abraçá-los. Essa postura é fruto de um processo civilizatório que coloca viseiras na sociedade, condicionando-a à polarização. De um lado estão as pessoas inocentes que acreditam que são miseráveis “porque Deus quer que assim seja”, e do outro, as que acreditam que adquirindo e consumindo mais e mais, obterão felicidade. Quanto à parcela infinitesimal que consegue tudo que é lançado, cedo descobre que essas coisas não produzem felicidade, e que é preciso preservar a natureza e assim não destruir o planeta. As parafernálias tecnológicas não podem ser um fim em si mesmas, mas também não podem ser um “meio”, visto que não proporcionam as melhores condições para qualquer um fim. Quando Petry disse que o “pensamento religioso, traduzido na ideia de que somos criaturas divinamente concebidas, tende a turvar a percepção de que nossa condição natural é miserável”, pois a vida do homem primitivo era muito difícil e que a “tecnologia nos retirou dessa miséria”, esqueceu de dizer que a tecnologia não nos tornou mais humanos, mais próximos e relacionais. Aliás, se se quisesse mesmo discutir o que a tecnologia causou à humanidade, comparando-a ao papel que a religião desempenhou, basta olhar para o depoimento do historiador francês Fustel de Coulanges, em sua obra A Cidade Antiga, quando diz que o “que uniu os membros da família antiga foi algo de mais poderoso do que o nascimento: o sentimento ou a força física”, e que é justamente “na religião do lar e dos antepassados [que] se encontra esse poder”, não significa que a “religião criou a família, mas seguramente foi a religião que lhe deu as sua regras”, por isso recebeu “a família antiga constituição muito diferente da que teria se os sentimentos naturais dos homens tivessem sido os seus únicos causadores” (pp.36-7).
Mesmo sendo uma expressão religiosa totalmente estranha ao cristianismo, seu poder de catalisação ainda é infinitamente maior, em termos de fortalecimento familiar, que qualquer hardware com seus softwares mais sofisticados. Assim, ao absolver a tecnologia do seu mau uso, Petry esqueceu que o mesmo é verdade em relação à religião. Ela pode servir para bons e maus propósitos. O próprio fato de a humanidade ter feito tanto progresso em relação à tecnologia, mas paradoxalmente, não deixar de buscar um sentido para a vida em algo que transcende sua existência física e material, demonstra que se ela não pode avançar e evoluir sem tecnologia, tampouco o fará sem a devida valorização de sua essência e da busca por respostas que extrapolam os limites do que a ciência pode lhe oferecer. Se existe a boa tecnologia, resultante da boa ciência, existe também a piedade, o amor, o humanitarismo, a voluntariedade, o altruísmo e a solidariedade, frutos de uma vida cristã condizente com os valores ensinados no cristianismo.

Texto extraído do site CPADNEWS, disponível em: <http://www.cpadnews.com.br/blog/cesarmoises/fe-e-razao/7/fe-e-razao.html>
Marcelo Oliveira de OliveiraRedator do Setor de Educação Cristã da CPAD
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