quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Lição 03 - 1º Trimestre 2018 - O Filho Amado e Obediente - Adolescentes.

Lição 3 - O Filho Amado e Obediente- Adolescentes.

1º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO 1 – UM MENINO EDUCADO
2 – A EDUCAÇÃO DE JESUS
3 – UM EXEMPLO DE OBEDIÊNCIA
4 – UM FILHO QUE CRESCIA DE ACORDO COM A VONTADE DE DEUS
OBJETIVOS
Informar 
que Jesus recebeu uma boa educação de seus pais;
Destacar
 que Cristo passou por todas as etapas da educação judaica;
Ensinar que Jesus era um filho obediente à vontade de seu Pai celestial.
ENSINO CRISTÃO: DECRETO DE DEUS
“Ele parece não fazer algo de Si mesmo que possivelmente possa delegar às Suas criaturas. Ordena-nos que façamos lenta e desajeitadamente o que Ele poderia fazer perfeitamente e num piscar de olhos. [...] Talvez não percebamos o problema em sua inteireza, por assim dizer, de permitir que vontades finitas coexistam com a Onipotência. Parece envolver em cada momento quase que uma espécie de abdicação divina”. 
(C.S.Lews)
Certo cartum retratava um senhor Brown e uma senhorita Smith. Era óbvio que a moça, munida das provas e dos resultados de entrevistas, candidatava-se a um cargo pedagógico. 

“Sinto muitíssimo, mas não podemos aceitá-la. Notamos que você é recém-formada de uma escola de educação, e exigimos um professor com experiência em sala de aula de, no mínimo, cinco anos. Além disso, você só tem grau de bacharel e preferimos alguém com o mestrado”. 

O olho do leitor então passa para o quadro seguinte, onde o senhor Brown, agora irmão Brown e superintendente da Escola Dominical, entrevista a irmã Smith, a qual rebate o pedido que ele lhe fez para ser professora: “Irmão Brown, sou nova-convertida e, na verdade, não sei muita coisa sobre a Bíblia”.

“Ora, isso não é problema”, responde ele. “A melhor maneira de aprender a Bíblia é ensina-la”.  “Mas, irmão Brown, eu nunca ensinei aos juniores”, ela objeta.“Oh, não deixe que isso a coíba, irmã Smith. Tudo o que exigimos é alguém com o coração disposto”, vem a resposta. 

O cenário é mais do que um desenho caricatural; é um comentário de nosso baixo nível de discernimento em relação ao ensino cristão. Se você planeja ensinar que 2 + 2 são 4, precisa de cinco anos de experiência pedagógica. Se espera ensinar as crianças a dizer,  “Eu trouxe”, em vez de, “Eu truce”, provavelmente lhe exijam o mestrado. Mas, para ensinar o currículo da vida cristã, qualquer coisa é boa o bastante para Deus.

Que contraste com o desígnio para o ensino, apresentado no Novo Testamento. Segunda Timóteo 2.2 informa-nos que o ensino não é um ministério da mediocridade, mas da multiplicação. Nenhum ser humano está completamente cônscio do poder residente no ensino. Toda vez que alguém ensina, desencadeia um processo que, idealmente, nunca acaba.

Duas razões atuam para formar um argumento convincente: a Igreja tem de ensinar. Não se trata de opção, mas de uma característica indispensável; não é difícil de contentar; mas necessário. A denominação evangélica que não educa, deixa de existir como Igreja do Novo Testamento. Para que o Cristianismo seja perpetuado, precisa ser propagado.
É ordem de Jesus Cristo

Mateus 28.19,20 enfoca a lente zoom do Espírito Santo na Grande Comissão, que são as últimas palavras de Jesus Cristo ditas aos discípulos antes da ascensão dele. Cinco referências da Grande Comissão no Novo Testamento (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.46-48; Jo 20.21-23; At 1.8) indicam que não é algo aleatório, mas essencialmente para estratégia de nosso Senhor.

O mandato “Fazei discípulos” (ARA) inclui intrinsecamente o ensino. Mas temos de notar que o ensino requerido aqui é o de determinada espécie, isto é, “guardar [obedecer] todas as coisas” que Cristo ordenou. Em outras palavras, Seus ensinamentos foram designados para produzir informação e transformação. Esse tipo de instrução é muito exigente e inacreditavelmente difícil de se realizar.

Lucas 6.40 fornece mais apoio ao objetivo de Jesus no que se refere aos Seus ensinamentos, quando Ele diz: “Mas todo o que for perfeito será com o seu mestre”. A verdade de Deus não foi revelada para satisfazer nossa curiosidade, mas para nos conformar à imagem de Cristo.


Foi praticada pela Igreja Primitiva

Não há a menor sombra de dúvida de que o Novo Testamento ordena a Igreja a ensinar. Mas a Igreja primitiva obedeceu mesmo a esse mandamento?

A Ilustração. Em Atos 2.41-47, temos um retrato da Igreja primitiva, o qual nos informa que eles “perseveravam na doutrina [ensino] dos apóstolos” (2.42). Este era o padrão contínuo; não uma exceção.

 A Implementação. Efésios 4 confirma o compromisso de ensinar. Jesus Cristo, após subir aos céus, deu dons aos homens, a fim de que servissem à Igreja, conforme está escrito: “Uns [...] para pastores e doutores [mestres, professores]” (Ef 4.11). O propósito? “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.12); mais outra prova de que os talentosos são chamados para ministério da multiplicação e não da adição.

Para o judeu, não havia uma posição mais alta na escada da sociedade do que a de rabino. Por conseguinte, quando a Igreja do primeiro século foi ensinada sobre a doutrina dos dons espirituais, confrontou-se com um problema. As pessoas clamavam pelo “dom de ensino” com todos os privilégios a ele pertencentes. Como resultado, Tiago teve de emitir esta advertência: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres [professores], sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1). Considerando que o professor é compelido a falar e que a língua é o último membro a ser dominado (Tg 3.2), deve-se ter muito cuidado, ao aspirar tal responsabilidade, ponderada e sensata.

As evidências bíblicas acima devem ser constrangedoras o bastante para atrair o sério e abortar o superficial.

Texto extraído da obra “Manual de Ensino Para o Educador Cristão”. Rio de Janeiro: CPAD.
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 02 - 1º Trimestre 2018 - O Nascimento de Jesus Segundo o Evangelho de Mateus - Jovens.

Lição 2 - O Nascimento de Jesus Segundo o Evangelho de Mateus- Jovens.

1° Trimestre de 2018
INTRODUÇÃO
I - MARIA, A ESCOLHIDA PARA SER MÃE DE JESUS
II - JOSÉ, ESPOSO DA MULHER QUE CARREGOU JESUS EM SEU VENTRE
III - A CONCEPÇÃO VIRGINAL DE JESUS CRISTO
CONCLUSÃO
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:

Mostrar que Maria foi somente escolhida para ser a mãe terrena de Jesus e não para ser mediadora entre Deus e os seres humanos;
Apresentar as qualidades de José como o escolhido para ser o pai terreno de Jesus;
Esclarecer a concepção virginal de Jesus Cristo.
PALAVRAS-CHAVE: Nascimento de Jesus.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:

Maria, a Mulher da qual Nasceu Jesus
Desde o início da vida humana de Jesus a obra de Deus foi se manifestando. Interessante como na descrição genealógica de Jesus o termo usado para demonstrar a descendência é utilizado o verbo gerar. Fulano gerou beltrano. No entanto, quando chega em José o padrão muda. A ele não é atribuído essa ação de gerar, mas sim é citada a relação dele com Maria: José, marido de Maria, “da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo”. Jesus não foi gerado por ação humana, mas divina.

Jesus nasce em um momento turbulento para o povo judeu, que estava sob o domínio do Império Romano. Desde a destruição do Templo, da cidade e dos muros de Jerusalém em 587 a.C. o povo judeu aguardava por uma libertação sobrenatural, uma ação direta de Deus em seu favor, a exemplo de seus antepassados. A cultura judaica da época do nascimento de Jesus era profundamente influenciada pela expectativa messiânica, ou seja, de que um Messias viria para libertar o povo judaico da opressão romana. As mulheres judaicas, dentro dessa cultura, almejavam ser a escolhida para tamanha honra de ser mãe da figura mais esperada de seu povo. Essa expectativa é formada por meio da literatura messiânica que surgiu bem antes da época de Jesus, a literatura apocalíptica.

Desse modo, Maria, a mulher da qual nasceu Jesus, seria a realização de uma das mais profundas promessas de Deus. Ela seria o instrumento pelo qual o Deus se faria presente, morando junto com o seu povo (Emanuel). O texto messiânico mais expressivo para demonstrar essa realidade é Isaias 7 (em especial os versículos 10 a 17), complementado pela perícope de Isaias 9.1-6. Os textos têm um significado histórico que não pode ser ignorado ao se comentar sobre eles. Referem-se ao rei de Judá chamado Acaz. Ele não tinha descendente e vivia sob a ameaça da Síria e de Samaria (Reino Norte). Esse rei recebe o sinal que demonstraria a ação de Deus em favor do reino de Judá, livrando-o de seus inimigos opressores. O sinal era o fato de uma moça bem jovem que engravidaria dele e lhe daria um filho. Esse filho prometido seria Ezequias, considerado pelos judeus como um rei justo e bom. Para cultura judaica da época, um rei justo e bom que tratasse o povoado com justiça era sinal da presença de Deus junto ao seu povo. Dessa forma, o primeiro cumprimento da promessa foi no nascimento do rei Ezequias, que não foi o Messias, mas é considerado como uma figura do Messias.
O episódio de Ezequias, mais tarde é relido pelas comunidades judaicas dando-lhe o sentido messiânico. Quando Jesus nasceu havia muitas correntes messiânicas em Israel. Nos discursos de Jesus, Mateus fez questão de se relacionar à tradição profética. Em Mateus 12.18 e no relato da paixão Ele é apresentado como “Servo do Senhor” e em outros textos recebe o título de “Filho de Davi”, dentre outros termos. Evidências da relação de Jesus com a promessa de Deus a Davi, que é tema predominante nos profetas. O próprio nome de Jesus (Ioshua), que é o mesmo de Josué, o patriarca que conduz o povo hebreu na conquista prometida, revela seu caráter messiânico, a expressão de um Deus presente e Salvador.
Na época de Acaz uma jovem moça teve o privilégio de dar à luz ao rei Ezequias, figura de liderança justa e boa que trouxe esperança em um momento difícil da história de Israel. No entanto, Maria teve ainda um privilégio maior, pois deu a luz ao menino Jesus, o verdadeiro Messias que Israel esperava. Jesus, o menino que nasce judeu e filho de judeus. Mas, “gerado” por Deus.
Uma mulher escolhida para ser agraciada
A igreja católica usa o termo “imaculada conceição” para referir-se à Maria mãe de Jesus que é confundido por algumas pessoas como se aludindo à pureza imaculada da concepção de Jesus, mas, na realidade, refere-se à concepção da própria Maria no seio de sua mãe. No entanto, não se tem a intenção de afirmar que a sua concepção foi virginal como a de Jesus. Seu nascimento é considerado normal, fruto da relação conjugal de um casal conhecido pelos católicos como São Joaquim e Santa Ana. Portanto a concepção considerada imaculada de Maria é tida pelos católicos como um dom de Deus. Isso significa que desde o início de sua existência Maria esteve livre do pecado original.
No plano de Deus, a jovem Maria estava destinada a ser a mãe do Cristo, o Messias Salvador. Segundo a crença católica, ela foi liberada da mancha do pecado desde a sua concepção. Por isso, a justificativa de que Maria jamais esteve separada de Deus. De acordo com a mesma crença, ela estava sendo preparada para dizer sim à vontade de pertencer e obedecer a Deus, uma forma de interpretar o texto bíblico que afirma ser Maria “cheia de graça”. O privilégio da escolha de Maria para ser mãe do próprio Filho de Deus e cumprir essa missão de forma perfeita e santa, sem resistência aos desígnios de Deus. Maria aceitou sem nenhuma restrição o convite do Senhor feito por meio do anjo mensageiro. Os católicos entendem que essa entrega incondicional de Maria não seria possível sem a ação sobrenatural de Deus em sua concepção.
Maria realmente foi agraciada em ser escolhida para ser a mãe de Jesus Cristo. Todavia, ela estava na mesma condição de qualquer outro pecador, em condição de inimizade e separado de Deus, sendo totalmente dependente do ato salvífico de Cristo na Cruz, como afirma o apóstolo Paulo na Epístola aos Romanos (NEVES, 2015, p. 24-46). Portanto, Maria teve um nascimento como qualquer outro ser humano, era pecadora e carente da misericórdia de Deus, e dependente da intervenção da obra de Cristo para sua justificação. No entanto, entre as mulheres de sua época, ela tinha um comportamento exemplar e por isso foi agraciada e escolhida para ser mãe de Jesus, o menino Deus.
A Concepção Virginal de Jesus Cristo (Mt 1.18-23)

O nascimento virginal de Jesus tem sido contestado ao longo de décadas, mas o cristianismo continua firme na defesa desta doutrina. Ela é fundamental para demonstrar a divindade de Jesus e o propósito de sua missão: doação do Deus encarnado para a redenção da humanidade.
a) Um nascimento diferente dos relatos míticos
Em 2007 foi disponibilizado um vídeo com mais de 2 horas de duração com o título “ZEITGEIST — THE MOVIE”1 para contestar a divindade de Jesus, comparando com mitos gregos, persas, indus e outros, que surgiram pelo menos um século antes de Jesus. Dentre as contestações está a doutrina cristã e a crença no nascimento virginal e na ressurreição de Jesus. O vídeo foi lançado no mês de junho e seis meses depois já tinha quase 10 milhões de acessos. No ano seguinte lançaram o filme “ZEITGEIST — ADDENDUM” e em 2011 o terceiro filme com o título “MOVING ZEITGEIST — FORWARD”.

Entretanto, os organizadores da película não foram os primeiros, pois o primeiro defensor acadêmico da teoria do Cristo foi o historiador e teólogo do século XIX, Bruno Bauer. Garner (2010, p. 113) que analisou o tema, defende que essa teoria retoma depois de ter perdido a força no segundo período do século XIX devido a três fatores: “o interesse pós-moderno em espiritualismo, a crescente falta de embasamento histórico e o acesso pronto à informação não-filtrada através da internet”.

Raymond Brown, afirma que “não há nenhum exemplo claro de concepção virginal no mundo ou nas religiões pagãs que plausivelmente poderia ter dado aos judeus cristãos do primeiro século a ideia da concepção virginal de Jesus” (BROWN, 1999, p. 523). Diferente do texto bíblico, os relatos míticos de nascimento virginal dizem respeito à fecundação que ocorre por meio de casamentos entre um casal de deuses mitológicos ou como fruto do relacionamento de um deus mitológico, disfarçado de ser humano ou de animal (Zeus e Perséfone) que mantém relação sexual com uma mulher mortal. 
b) O nascimento virginal segundo Mateus
Quando se fala do nascimento virginal, tecnicamente, o que está em questão é a preservação da virgindade no processo da concepção. Maria estava comprometida com José, mas não tinha relacionamento com ele, aguardando a data da formalização do casamento. O evangelista afirma que ela simplesmente achou-se grávida pelo Espírito Santo (Mateus 1.18). Humanamente falando, como poderia ser possível haver uma concepção feminina sem a interferência de homem ou qualquer forma de conjunção carnal? Parece totalmente improvável. Por isso, a aceitação da narrativa de Mateus é uma questão de fé e não de lógica.

Para comprovar o plano divino do nascimento virginal, Mateus não recorre à mitologia e sim ao profeta Isaias: “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel” (Is 7.14). Importante ressaltar que o autor de Isaias não tinha em vista Jesus, o Cristo, como o conhecemos. Ele estava profetizando para seu tempo e o menino que era tido como salvador na época era Ezequias. Todavia, como ocorreu em com outros textos, foi relido no Novo Testamento. A releitura surge como uma nova luz ou revelação para entender que acontecimentos do passado. Além disso, apontavam para acontecimentos futuros, principalmente em relação a Israel e ao plano de salvação da humanidade de Deus.

Os evangelhos têm em uma de suas funções evidenciar a divindade de Jesus. O autor do Evangelho de João deixa isso bem explicito, em especial por meio dos sinais realizados por Jesus. Ele afirma: “estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20. 31). Mateus evidencia a origem divina de Jesus, dentre outras evidências, por meio da narrativa do nascimento virginal. Uma concepção sem ação humana e unicamente pela ação divina, independente do casal judaico escolhido para a missão de criar e educar o Messias prometido. Portanto, Jesus é apresentado como o Messias divino no qual foi cumprida a profecia judaica. Como afirma Tasker (2006, p. 14): “Daí o elevado número de citações do AT encontradas neste evangelho e introduzidas por uma formula mais ou menos assim: ‘para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta’”. 

*Este subsídio foi adaptado de NEVES, Natalino. Seu Reino Não Terá Fim: Vida e obra de Jesus segundo o Evangelho de Mateus.  1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017,   pp. 23-33.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 Disponível em: <http://www.zeitgeistmovie.com>.

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domingo, 7 de janeiro de 2018

Lição 02 - 1º Trimestre 2018 - Filhos, Presentes do Papai do Céu - Berçário.

Lição 2 - Filhos, presentes do Papai do Céu- Berçário.

1° Trimestre de 2018
OBJETIVO DA LIÇÃO: Mostrar ao bebê que ele é amado e desejado, como um presente do Papai do Céu aos pais.
É HORA DO VERSÍCULO: “Eu pedi esta criança a Deus, o SENHOR, e Ele me deu o que pedi” (1 Samuel 1.27).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre Samuel, um bebê que foi muito pedido e desejado por seus pais. Sua mamãe, Ana, orou muito ao Papai do Céu pedindo um filho, e Deus deu o pequeno Samuel para ela. Ela cuidou muito bem do seu bebê até ele ir morar no Templo com o sacerdote Eli.

Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem com giz de cera a imagem da mamãe alimentando o seu bebê. Diga que o Papai do Céu deu o bebê como um lindo presente para a mamãe e o papai e cuidar e amar.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário
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Lição 02 - 1º Trimestre 2018 - O Nascimento de Jesus - Maternal.

Lição 2 - O nascimento de Jesus- Maternal.

1° Trimestre de 2018
Objetivo da Lição: Mostrar às crianças como foi o nascimento de Jesus.

Para guardar no coração: “[...] Deus nos mandou um menino que será o nosso rei [...]” (Is 9.6).
Seja bem-vindo
“Professora, na aula de hoje você ensinará seus alunos acerca do nascimento de Jesus, história que costuma ser contada no Natal, quando celebramos tal acontecimento.  Por isso, é importante relacionar a aula à data comemorativa. Após a oração inicial, cante com a turma alguns louvores que façam alusão ao nascimento de Jesus e ao amor de Deus. Você pode iniciar o momento da história dizendo aos alunos que hoje eles conhecerão a verdadeira história do Natal, embora ainda estejamos no início do ano. Coloque sobre a mesa duas ou três caixas de presente bem embaladas e explique que são seus presentes de Natal. Abra as embalagens e mostre os presentes, que devem ser objetos especiais. Em seguida, conte-lhes que o melhor presente de Natal não veio embrulhado em um papel colorido ou em uma bonita caixa, mas em algo parecido com isto... (mostre uma fralda de pano ou cueiro). Depois de contar a história, ensine aos alunos o versículo de hoje e, em seguida, ajude-os a fazer as atividades da revista. Finalize com a confecção da manjedoura de tubo, que eles levarão para casa como recordação desta aula” (Daniele Pereira). 
Subsídio professor“O governo romano forçou José a fazer uma longa viagem para pagar seus impostos. Sua noiva teve de acompanhá-lo, embora seu bebê pudesse nascer a qualquer momento. Ao chegarem a Belém, não puderam encontrar uma estalagem para ficar, tiveram de abrigar-se em um estábulo. Deus controla toda a História. Devido ao decreto do imperador Augusto, toda a situação encaminhou-se para que Jesus nascesse justamente na cidade profetizada para o nascimento dEle (Mq 5.2), embora José e Maria não vivessem lá. Tiras de pano eram usadas para manter um bebê aquecido e dar-lhe uma sensação de segurança. Acreditava-se que estes panos protegiam os órgãos internos. O costume de enrolar crianças deste modo ainda é praticado em muitos países do Oriente Médio. A menção da manjedoura é a base para a crença comum de que Jesus nasceu em um estábulo, covas com cochos de alimentação (manjedouras) esculpidas em paredes de pedra. Apesar da imagem nos cartões de Natal ser a de um lugar belo, o ambiente era escuro e sujo. Este não era o local que os judeus esperavam para o nascimento do seu Rei e Messias. Pensavam que o prometido Salvador nasceria em um palácio. O fato de Jesus ter nascido de uma virgem é um milagre que muitas pessoas consideram difícil de acreditar. Mas três fatos ajudam a fundamentar nossa fé. (1) Lucas era médico, sabia perfeitamente como os bebês são gerados. Assim como nós, ele deve ter tido a mesma dificuldade de crer em um nascimento virginal, contudo, relatou-o como fato. (2) Como um cuidadoso investigador, Lucas baseou o seu Evangelho em depoimentos de testemunhas oculares. A tradição sustenta que ele conversou com Maria sobre o que registrou nos dois primeiros capítulos. A história de Maria não é uma invenção. (3) Cristãos e judeus, que adoram a Deus como o Criador do universo, não devem ter dúvida de que Deus tem o poder para gerar uma criança no útero de uma virgem.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 1342, 1344, 1345)  
Oficina de ideias
“Para que os alunos levem uma lembrança da aula de hoje, confeccione com eles uma manjedoura com um bebê. Os alunos vão precisar da sua ajuda durante todo processo. Faça a manjedoura usando tubos de papelão do papel higiênico ou papel toalha (nesse caso, divida o tubo em duas ou três partes), cortados no sentido do comprimento. Entregue duas partes para cada aluno e ajude-os a colar as metades com as curvas viradas para fora. Distribua pedaços de papel laminado para que as crianças cortem em tirinhas e colem na metade superior como se fosse o feno. Disponibilize massa de modelar para que os alunos façam um bebezinho e coloquem na manjedoura. Para finalizar, deixe-os escolher retalhos de tecido para cobrir o bebê de massinha” (Daniele Pereira). 

Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Lucas 2.4-17. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Maternal da CPAD
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Lição 02 - 1º Trimestre 2018 - Filhos, Presentes do meu Amigo - Jd. Infância.

Lição 2 - Filhos, Presentes do meu Amigo- Jd. Infância.

 1º trimestre de 2018
OBJETIVO: Os alunos deverão acreditar que o Papai do Céu ouve a oração de seus filhos; e saber que o Papai do Céu realiza o impossível.
É HORA DO VERSÍCULO: “[...] [Deus] me escuta quando peço ajuda e atende as minhas orações” (Sl 6.9).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história de Ana que orou muito pedindo um filho a Deus. Ana orava em silêncio e o sacerdote Eli pensou que ela estava bêbada. Mas Ana não estava e o Papai do Céu ouviu a sua oração. Samuel foi o presente que Ana recebeu do Senhor para ela amar e cuidar, assim como as crianças hoje também são presentes para o papai e a mamãe. Sabemos que presente só traz alegria. Será que tem alguma criança que não dá alegria à mamãe e ao papai? Faz bagunça e responde mal? Criança que faz isso não está sendo um bom presente para os seus pais.

Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem a cena em que Ana está orando pedindo um filho a Deus e o sacerdote está dizendo para ela ir embora que Deus ia ouvir a oração dela. Reforce que o Papai do Céu ouve a oração de seus filhos e realiza o impossível.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância
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sábado, 6 de janeiro de 2018

Lição 02 - 1º Trimestre 2018 - Deus Fala com José, o Noivo de Maria - Primários.

Lição 2 - Deus fala com José, o Noivo de Maria - Primários.

1° Trimestre de 2018

OBJETIVO: Que o aluno compreenda que Deus fala conosco.
PONTO CENTRAL: Deus fala conosco de diferentes maneiras.
MEMÓRIA EM AÇÃO: “[...] Se obedecermos ao Senhor, tudo correrá bem para nós” (Jr 42.6).
     Querido (a) professor (a), esta será a primeira aula do ano e vamos falar sobre ouvir a voz de Deus. Tem algum tema melhor para abrir 2018 com chave de ouro?! Que este Deus maravilhoso e Todo-Poderoso abençoe você e sua turma neste novo calendário que se inicia.

      Por uma série de questões socioculturais, geralmente no final e início de cada ano a maioria das pessoas tende a ficar frustrada pelo que ainda não aconteceu, ansiosas pelo que deseja que aconteça ou angustiada pelo que temem acontecer. Mas lembre-se que esta marcação de tempo linear, apesar de útil, é uma mera invenção humana. O tempo do Senhor é diferente, ele não segue a nossa agenda, lógica ou ritmo. Trata-se do “kairós”, em grego: καιρός, isto é, "o momento oportuno", "certo" ou "supremo". A palavra “supremo” por sua vez no dicionário da língua portuguesa refere-se ao que está acima de qualquer coisa; ao que pertence a Deus, portanto, o tempo divino. Como bem diz as Escrituras: “Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia” (2 Pe 3.8).

      Você confia no tempo do Senhor? Confia que a hora dEle é perfeita e Ele não se atrasa? Crê que Ele não volta atrás em suas promessas, ainda que algumas vezes as julguemos demoradas?! Lance sobre o Senhor toda a sua frustração, angustia e ansiedade, porque Ele certamente tem cuidado de você (1 Pe 5.7).
      Sugerimos que antes da lição e prática do conteúdo sugerido em sua revista, você bata um papo com seus primários sobre as expectativas e pedidos de oração deles para este novo ano. Momentos como esse são muito importantes não apenas espiritualmente, mas também para que você conheça a vida de seus alunos e estreite seus laços com eles.
      Em seguida, ore por todas as questões apresentadas, pedindo que o Senhor cuide de cada uma, e dê a todos a paz que excede todo o entendimento, cientes de que o Deus Todo-Poderoso é quem os abençoará e proverá todas as suas necessidades. Enfatize que basta que ouçamos a sua voz e o obedeçamos que tudo correrá bem para nós (Jr 42.6). Aproveite para trabalhar o “Memória em Ação”.
      Antes de introduzir a história pergunte a eles: Como nós podemos ouvir a Deus? Deixe que se expressem e esteja atento ao que disserem para esclarecer o que julgar necessário. Explique que o Senhor fala conosco de muitas maneiras: usando o pastor durante a pregação, o professor ao contar a história bíblica, ao lermos a Bíblia, que é a Palavra de Deus, ou mesmo através abraço do colega, uma palavra amiga, através de sonhos, ou de um corinho, etc.
      Escreva em tiras de papel algumas frases e versículos que estejam alinhados com o objetivo e ponto central proposto para esta aula – Deus fala conosco de muitas maneiras! Após a história, sugerimos a brincadeira de “Telefone sem fio”. Oriente que uma criança por vez inicie a brincadeira, pegando uma tira de papel sortida aleatoriamente, sem deixar que os demais leiam. O mais baixo possível, essa criança falará apenas ao ouvido do colega ao lado, da mesma forma o que recebeu a mensagem e assim sucessivamente, até a última criança da ponta, que falará em voz alta a frase como chegou aos seus ouvidos. Para dinamizar, é importante que ninguém repita, passe adiante apenas uma vez a parte que entendeu. Ao final, compare com a mensagem original e veja as prováveis diferenças. Enfatize o quanto é importante que os nossos ouvidos espirituais estejam bem aguçados e atentos para entender perfeitamente a voz e mensagem do Senhor para nós. Ore com eles por isso. De maneira lúdica, seus alunos estarão absorvendo e fixando melhor o objetivo proposto para esta aula.
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula! 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Primários. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 02 - 1º Trimestre 2018 - Os Amigos que Fizeram um Pedido Arriscado - Juniores.

Lição 2 - Os Amigos que fizeram um pedido arriscado – Marcos 1.19,20; 10.32-45. Juniores.

1º Trimestre de 2018 
Prezado(a) professor(a),

Na aula desta semana seus alunos conhecerão personagens importantes que foram escolhidos para andar lado a lado com Jesus. Durante o período de seu ministério terreno, Jesus chamou pessoas específicas para aprenderem com Ele as verdades de Deus para salvação dos homens. A este grupo seleto, nosso Senhor chamou de discípulos.

Apesar da convivência diária com o Mestre, os discípulos levaram um tempo para amadurecer e compreender como funciona o Reino de Deus. Tiago e João eram meros pescadores quando foram chamados para o grande empreendimento de pregar o evangelho às nações. Mas o Senhor conhecia o coração deles e sabia que eles possuíam qualidades importantes que seriam aproveitadas para a glória de Deus.

Certa vez, eles foram até Jesus e fizeram um pedido muito audacioso: pediram ao Mestre que, em sua glória, permitisse que eles se assentassem ao seu lado, um à sua direita e outro à sua esquerda. Quando os outros discípulos souberam da ousadia de Tiago e João, ficaram indignados. Afinal de contas, quem eles pensavam que eram para pedirem tamanha honra ao Senhor? Jesus, conhecendo a imaturidade do pedido, explicou cuidadosamente como funciona a dinâmica do Reino Celestial.

Em primeiro lugar, Jesus mostrou aos discípulos que pertencer àquele grupo seleto condicionaria os discípulos a sofrerem o mesmo destino que o seu Mestre sofreria pelas mãos dos homens. A princípio, a resposta dos discípulos era firme: — Sim! Podemos arcar com as consequencias! O que, na verdade, não foi ignorado por Jesus, pois posteriormente foi justamente isso que aconteceu com os seus discípulos.

Em segundo lugar, Jesus mostrou aos discípulos que assumir aquela posição de honra não era uma decisão específica dele, mas exclusiva do Pai que realiza todas as coisas. Com essa afirmativa, Jesus ensinou aos discípulos umas das maiores verdades contidas no evangelho: “Como vocês sabem, os governadores dos povos pagãos têm autoridade sobre eles e mandam neles. Mas entre vocês não pode ser assim. Pelo contrário, quem quiser ser importante, que sirva os outros, e quem quiser ser o primeiro, que seja o escravo de todos” (Mc 10.42,43). É natural que o ser humano prefira ser servido a servir, mas a verdade ensinada por Jesus não deixa dúvidas de que todos quantos querem fazer parte do Reino Celestial devem submeter suas vidas a promover o bem estar e prestígio do próximo e não precisamente os seus. Esta é uma verdade que dificilmente é ensinada, porém revela a verdadeira natureza do Reino de Deus.

Em seguida, o Mestre deixa claro que Ele mesmo não veio para ser servido, mas para servir e entregar a própria vida em resgate de muitos (cf. Mc 10.45). Viver um estilo de vida que demonstre serviço não é algo bem visto na sociedade dos dias atuais, tendo em vista que tanto o seio familiar quanto os outros espaços de relacionamento estão contaminados pelo egoísmo e pelo bem estar próprio. Mas o evangelho de Jesus Cristo veio para plantar em nós e por intermédio de nós um estilo de vida que agrade a Deus e trabalhe pela salvação das pessoas.

Aproveite o assunto e ensine essas verdades para os seus alunos. Distribua uma folha de papel A4 e lápis para a classe. Peça que escrevam na folha tudo o que desejam para suas vidas no ano que se inicia. Explique que não é preciso assinar a folha. Em seguida, peça que dobrem a folha em formato de carta e entregue para você. Misture as cartas e peça para cada aluno por vez tirar uma carta para si. Caso tire a própria carta o aluno deverá devolver e escolher outra até que todos tenham em mãos cartas diferentes. Os alunos deverão ler a carta para si mesmo e guardar. Ao final, diga que tudo de bom que desejamos para nossas vidas, assim também devemos desejar para as pessoas a nossa volta.
Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Juniores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 02 - 1º Trimestre 2018 - Uma Pessoa Especial - Adolescentes.

Lição 2 - Uma Pessoa Especial - Adolescentes.

1º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
1 – UMA MULHER PECADORA
2 – JESUS, UM PROFETA DIFERENTE
3 – QUE HOMEM É ESSE QUE ATÉ PERDOA PECADOS?
OBJETIVOS
Mostrar que Deus não julga como as pessoas;
Explicar que Jesus conhece o coração arrependido;
Afirmar que Jesus tem poder de perdoar pecados.
O MINISTÉRIO DE JESUS
Pastor Elinaldo Renovato de Lima
Início do Ministério na Judeia
Da Galileia, Jesus deslocou-se para a Judeia e, depois, foi a Jerusalém. Jesus chegou ali próximo à Páscoa. Chegando ao templo, Ele fez a primeira purificação do santuário, derrubando mesas de cambistas e agindo com zelo santo contra os vendilhões de animais, expulsando-os e repreendendo-os por profanarem a casa de seu Pai (Jo 2.13-22). Nicodemos, um fariseu e líder dos judeus, teve uma entrevista com Jesus quando o Mestre mostrou-lhe que era necessário “nascer de novo”, demonstrando o grande amor de Deus pela humanidade (Jo 3.1-21). Da Judeia, passando por Samaria, Jesus retornou à Galileia (Lc 4.14; Mt 4.12). Em meio ao retorno à Galileia, Jesus passou por Samaria (já fora da Judeia), onde falou com a mulher Samaritana e revelou-se como o Messias (Jo 4.25,26). Na Galileia, foi bem recebido pelos galileus, que tinham visto os sinais que Ele operara na Judeia (Jo 4.43-45).

O Grande Ministério na Galileia

Depois que João Batista fora preso, Jesus deslocou-se para a Galileia: “[...] pregando o evangelho do Reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.14,15; Mt 4.12,17). Esteve em Caná da Galileia, onde, na primeira vez que lá estivera, transformou água em vinho e curou um filho de um oficial do rei. Era o seu segundo milagre (Jo 4.46-54). Experiências positivas e negativas desafiaram sua natureza humana e forteleceram-no para cumprir sua missão.

[...] 4) Os primeiros discípulos. Em seguida, caminhando pela orla do mar, Jesus viu os irmãos Pedro e André em pleno trabalho, lançando a rede ao mar, e chamou-os para serem “pescadores de homens”. O efeito daquele chamado foi tão grande que os irmãos deixaram as redes e seguiram-no. Logo após, também à beira-mar, Ele viu mais dois irmãos, Tiago e João, filhos de Zebedeu, que consertavam as redes de pescaria, e esses também deixaram tudo e seguiram-no (Mt 4.18-22). Acompanhado de seus quatro primeiros discípulos, Jesus começou sua Obra Missionária de tríplice ação. Em toda a Galileia, Ele ensinava nas sinagogas, pregava o evangelho do Reino e curava“todas as enfermidades e moléstias entre o povo”. Com essa mensagem de poder jamais vista em toda a Palestina, Jesus atraiu multidões que vinham ouvi-lo não só “da Galileia”, mas também “de Decápolis, de Jerusalém, da Judeia e dalém Jordão” (Mt 4.23-25). Depois, Ele completou o número do seu “colégio apostólico”, integrado por doze discípulos, a quem chamou e deu-lhes todas as instruções sobre sua grande missão (Mt 10.1; Lc 6.13; 9.1). A escolha dos discípulos não foi feita de forma aleatória. Jesus “passou a noite em oração a Deus” (Lc 6.12-16). Hoje, muitas vezes, são escolhidos obreiros por motivos humanos, preferências pessoais, amizades, sem a busca da direção de Deus. São evidentes os prejuízos à Obra do Senhor quando não são observados os critérios para a escolha de obreiros. 

(Texto extraído da obra “O Caráter do Cristão: Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro”, CPAD, 2017.)
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD
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quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Lição 02 - 1º Trimestre 2018 - Quem é Deus? Juvenis.

Lição 2 - Quem é Deus? "JUVENIS"

1° Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. REVELADO PARA SER CONHECIDO
2. CONHECENDO O CARÁTER DE DEUS
3. COMO AS PESSOAS VÊEM DEUS
4. EU SEI EM QUEM TENHO CRIDO
OBJETIVOS
Conhecer o Deus revelado nas Escrituras;
Saber o que é ateísmo e panteísmo;
Compreender o caráter de Deus revelado em seus nomes.
      Querido (a) professor (a), nesta que será a primeira aula do ano vamos falar sobre Deus. Tem algum tema melhor para abrir 2018 com chave de ouro?! Que este Deus maravilhoso e Todo-Poderoso abençoe você e sua turma neste novo calendário que se inicia.
       Por uma série de questões socioculturais, geralmente no final e início de cada ano a maioria das pessoas tende a ficar frustrada pelo que ainda não aconteceu, ansiosas pelo que deseja que aconteça ou angustiada pelo que temem acontecer. Imagine estes sentimentos na intensidade peculiar aos juvenis. Por isso, tanto para você, professor, quanto para eles, é importante refletir que esta marcação de tempo linear, apesar de útil, é uma mera invenção humana.

      O tempo do Senhor é diferente, ele não segue a nossa agenda, lógica ou ritmo. Trata-se do “kairós”, em grego: καιρός, isto é, "o momento oportuno", "certo" ou "supremo". A palavra “supremo” por sua vez no dicionário da língua portuguesa refere-se ao que está acima de qualquer coisa; ao que pertence a Deus, o tempo divino.

      Como bem diz as Escrituras: “Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia” (2 Pe 3.8).

      Você confia no tempo do Senhor? Confia que a hora dEle é perfeita e Ele não se atrasa? Crê que Ele não volta atrás em suas promessas, ainda que alguns as julguem tardias?! Então, lança sobre o Senhor toda a sua frustração, angustia e ansiedade, porque Ele certamente tem cuidado de você (1 Pe 5.7).

      Que tal propor esta reflexão à sua turma?! Eles estão sob grande pressão, crescer, fazer vestibular, escolher uma profissão, o que fazer para o resto de suas vidas, etc. Cheios de expectativas e anseios. Antes de começar a aula, converse com eles sobre esses assuntos e por fim, leia a passagem de Mateus 6.25-34. Em seguida, ore por todas as questões apresentadas, pedindo que o Senhor cuide de cada uma, e dê a todos a paz que o mundo não conhece, que excede todo o entendimento e os ajuda a semear, fazer a sua parte, mas sem angustia, com a confiança de que o Deus Todo-Poderoso é quem abençoará o crescimento e colheita de cada semente plantada, em todas as áreas de suas vidas.

      Para introduzir o nosso tema “Quem é Deus?” sugerimos que você proponha esta pergunta aos seus juvenis, incentivando-os a responderem de uma forma bem pessoal. Diga que não se refere a conceitos teológicos ou respostas pedagogicamente elaboradas, mas uma que seja franca e com base nas suas próprias experiências pessoais. A fim de ajudá-los a se aprofundarem e se expressarem melhor, proponha também outros questionamentos: Quando e como foi a primeira vez que você ouviu falar de Deus? De lá pra cá, o que mudou no seu pensamento a respeito dEle? Que experiências pessoais você já teve com Ele e pode citar que comprovaram ou fortaleceram sua fé de que Deus existe? Como você falaria de Deus para alguém que nunca ouviu falar dEle? Incentive sua classe a buscar esse conhecimento e relacionamento, íntimo e pessoal com o Senhor.
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável da Revista Juvenis
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 01 - 1º Trimestre 2018 - O Evangelho de Mateus - Jovens.

Lição 1 - O Evangelho de Mateus "Jovens"

1° Trimestre de 2018
INTRODUÇÃO
I - QUESTÕES INTRODUTÓRIAS
II - GENEALOGIA DE JESUS EM MATEUS
III - A TEOLOGIA DE MATEUS
CONCLUSÃO

Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:

Pontuar a autoria, a data e a relação sinótica do Evangelho de Mateus;
Apresentar a genealogia de Jesus em Mateus;
Expor a teologia do Evangelho de Mateus.
Palavras-chave: Evangelho de Mateus.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
Questões a respeito da autoria e datação

Nenhum dos Evangelhos informa em seu texto o nome do autor. Algumas pessoas pensam equivocadamente que os títulos dos Evangelhos fazem parte do texto original e são garantias de autoria. Os primeiros leitores tinham as primeiras palavras como título do livro. Os títulos que conhecemos atualmente foram incluídos posteriormente e não faziam parte do texto original. Essa é uma das causas da dificuldade para datação exata de alguns dos textos bíblicos.

Os estudos teológicos nas últimas décadas evoluíram com o auxílio de ciências e metodologias como a antropologia, arqueologia, sociologia, teoria literária, entre outras. Os principais estudiosos dos evangelhos das últimas décadas como Lanchmann, C.H. Weisse, C. G. Wilke, Graham N. Stanton, Donald Senior, David Aune, Ulrich Luz, entre outros, trouxeram grandes contribuições para a interpretação dos evangelhos.

Entre os estudiosos há a tendência que aponta uma fonte comum aos três primeiros evangelhos denominada de fonte “Q”. O evangelho de Marcos seria o primeiro benificiário da fonte “Q” e teria servido aos autores de Mateus e Lucas para a escrita de seus evangelhos, acrescidos de novos textos (fonte M e L), pois muito sobre o cristianismo, além de outros textos escritos, também era alimentado de conhecimento popular por meio da tradição oral.

Leonel (2013, p. 19), que tem se dedicado a trabalhos recentes de mestrado e doutorado em pesquisa sobre o Evangelho de Mateus, ao analisar sobre a teoria das fontes faz uma interessante observação: “[...] É importante esclarecer as limitações dessa abordagem, reconhecendo que as fontes Q, M e L são uma hipótese literária, visto que não existem concretamente, sendo conhecidas apenas pelas comparações entre os evangelhos sinóticos”. Carson, Moo e Morris (1997, p.43) afirmam que essa hipótese deve ser tratada “mais como uma teoria funcional do que como uma conclusão concreta”.

Desse modo, a definição de autoria, data e lugar de escrita variam de acordo com as posições dos estudiosos. Assim, a autoria defendida pela tradição mais conservadora é atribuída a Mateus, o apóstolo, enquanto que a interpretação mais crítica defende autoria anônima e/ou por mais de um autor. O que predomina é a concordância quanto à autoria de um judeu convertido ao cristianismo. A datação varia entre 60 e 100 d. C.

As opiniões sobre o local da escrita variam entre a região situada entre a Galileia e a Antioquia, como na região situada entre norte da Galileia e sul da Síria. O local entre a região da Galileia até a Antioquia. Leonel (2013, p. 25) afirma que “recentemente, a inclinação a favor da Galileia tem ganhado força”.Contudo, as divergências apontadas nesta apresentação das questões introdutórias de Mateus não comprometem a interpretação do texto final do Evangelho.

Relação sinótica dos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas

Da palavra grega synopsis, que significa “visão de conjunto”. A primeira vez em que os três primeiros evangelhos foram colocados em três colunas com objetivo de compará-los foi em 1776. Dessa forma, J. J. Griesbach foi o primeiro a introduzir a denominação com a sua sinopse dos evangelhos sinóticos (KÜMMEL, 1982, p. 35). Entretanto, os rumos do estudo dos evangelhos realmente começam a mudar como artigo de Karl Lachmann “De Ordine Narrationum in Evangelis Synopticis”, escrito em 1835. Ele analisa de forma mais apurada e sinótica os três evangelhos, demonstrando por meio da organização e ordem dos acontecimentos que o Evangelho de Marcos, provavelmente tenha se utilizado de uma fonte anterior e tenha sido redigido antes de Mateus e Lucas.

Em uma análise da organização narrativa da vida de Jesus no Evangelho de João comparada com a dos livros sinóticos fica evidente a diferença entre eles. Portanto, o motivo desse evangelho não pertencer ao grupo. Carson, Moo e Morris (1997, p. 19) fornecem uma síntese comparativa dos evangelhos elucidativa quanto às diferenças entre estes:

Quanto ao conteúdo, os três primeiros evangelistas narram muitos dos mesmos acontecimentos, concentrando-se nas curas, exorcismos e ensinos por meio de parábolas realizadas por Jesus. João, embora narre algumas curas significativas, não traz qualquer relato de exorcismo nem parábolas (pelo menos das do tipo encontrado em Mateus, Marcos e Lucas). Além disso, muitos dos acontecimentos que consideramos característicos dos três primeiros evangelhos estão ausentes em João: o envio dos Doze, a transfiguração, o sermão profético, a narrativa da última ceia.

As similaridades entre os três evangelhos sinóticos conduzirão em determinados momentos a análise de Mateus. Determinados textos de Mateus serão interpretados com o auxílio de leituras de textos paralelos dos evangelhos de Marcos e Lucas, quando eles se complementarem. Apesar das semelhanças até na organização dos assuntos desenvolvidos nos evangelhos sinóticos, Mateus e Lucas possuem maior volume e, consequentemente, maior detalhamento de alguns episódios. Um dos exemplos é a narrativa da tentação de Jesus, que é mais rica em detalhes em Mateus e Lucas (Mt 4.1-11; Lc 4.1-13) em relação a Marcos (Mc 1.12,13). Assim, como acontece também com a inclusão de alguns eventos como a infância de Jesus em Mateus 1-2 e Lucas 1-2, além de sermões e discursos (Mt 5-7 ; Mt 10; 23; Lc 6.17-49), ausentes em Marcos. Desse modo, os Evangelhos de Mateus e Lucas contém um conteúdo maior, mas as semelhanças entre eles os três evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas) deram-lhes o título de evangelhos sinóticos.
Estrutura do Evangelho de Mateus
Muitos cristãos têm o hábito de ler Mateus por etapas, ou seja, fazem a leitura de um texto aqui, a leitura de outro ali, e assim vai. Às vezes, escolhem os textos por afinidade ou curiosidade. No entanto, um livro bíblico não é elaborado ao acaso, ele obedece a certa estruturação, na qual o autor ou redator final seguiu para passar sua mensagem. Portanto, quanto mais próximo da estrutura elaborada pelo autor, mais perto estaremos de sua intenção. Todavia, nem sempre essa é uma tarefa fácil. Uma estrutura bem elaborada não garante uma boa interpretação, mas estrutura mal elaborada pode comprometer a interpretação de um livro.

Porém, no Evangelho de Mateus algumas coisas saltam aos olhos, como exemplo o fato dele ter sido organizado em blocos narrativos e discursivos. Segue abaixo uma proposta de estrutura para a leitura e interpretação do Evangelho de Mateus, destacando esses blocos e suas interações:Muitos cristãos têm o hábito de ler Mateus por etapas, ou seja, fazem a leitura de um texto aqui, a leitura de outro ali, e assim vai. Às vezes, escolhem os textos por afinidade ou curiosidade. No entanto, um livro bíblico não é elaborado ao acaso, ele obedece a certa estruturação, na qual o autor ou redator final seguiu para passar sua mensagem. Portanto, quanto mais próximo da estrutura elaborada pelo autor, mais perto estaremos de sua intenção. Todavia, nem sempre essa é uma tarefa fácil. Uma estrutura bem elaborada não garante uma boa interpretação, mas estrutura mal elaborada pode comprometer a interpretação de um livro. Muitos cristãos têm o hábito de ler Mateus por etapas, ou seja, fazem a leitura de um texto aqui, a leitura de outro ali, e assim vai. Às vezes, escolhem os textos por afinidade ou curiosidade. No entanto, um livro bíblico não é elaborado ao acaso, ele obedece a certa estruturação, na qual o autor ou redator final seguiu para passar sua mensagem. Portanto, quanto mais próximo da estrutura elaborada pelo autor, mais perto estaremos de sua intenção. Todavia, nem sempre essa é uma tarefa fácil. Uma estrutura bem elaborada não garante uma boa interpretação, mas estrutura mal elaborada pode comprometer a interpretação de um livro. Porém, no Evangelho de Mateus algumas coisas saltam aos olhos, como exemplo o fato dele ter sido organizado em blocos narrativos e discursivos. Segue abaixo uma proposta de estrutura para a leitura e interpretação do Evangelho de Mateus, destacando esses blocos e suas interações:

Texto Descrição
 Mateus   1-2  Introdução, genealogia que demonstra a origem messiânica e divina de Jesus.
 Mateus 3-4  Bloco narrativo: Batismo de Jesus, superação das tentações que geram injustiças, proclamação do Reino e chamada dos discípulos.
 Mateus 5-7  1º Bloco discursivo - Discursos do Sermão do Monte: Jesus explica o que é justiça e como ela produz a libertação e a felicidade do Reino dos céus.
 Mateus 8-9  Bloco narrativo - Ministério na Galileia: Libertação de opressão e enfermidades (doenças, paralisia, possessões, perigos, pecado, morte, cegueira, entre outras). Constatação que a seara é grande e poucos são os ceifeiros.
 Mateus 10  2º Bloco discursivo - Discurso Missionário: Chamado, capacitação e treinamento dos discípulos para continuidade da missão de libertação por meio da justiça do Reino dos céus.
 Mateus 11-12  Bloco narrativo: Reações à proclamação e sinais de Jesus: admiração e alegria dos discípulos e injustiçados e conflitos com os principais líderes religiosos do judaísmo.
 Mateus 13.1-53 3º Bloco discursivo - Discursos das Parábolas do Reino: As parábolas explicam sobre os obstáculos para implantação do Reino da justiça e qual seria o futuro do Reino.
  Mateus 13.54-17.27  Bloco narrativo: O desenvolvimento do seguimento de Jesus com a proclamação do Reino e sinais que se expandem cada vez mais.
Mateus 18 4º Bloco discursivo - Discurso Eclesial: Menção da igreja como comunidade de proteção, perdão e misericórdia.
Mateus 19-23 Bloco narrativo - Ministério na Judeia e Jerusalém: O caminho para Jerusalém intensifica os conflitos com os principais do poder central da religião judaica até culminar com a decisão fatal contra Jesus
Mateus 24-25 5º Bloco discursivo - Discurso Escatológico: Anuncio da destruição de Templo e de Jerusalém e uso da tipologia para anuncio de eventos escatológicos e apocalípticos da vinda do Filho do Homem e o fim dos tempos.
Mateus 26-28 Conclusão - a Páscoa da Libertação: A morte e ressurreição de Jesus marcam um novo tempo, a libertação por meio de seu ato de justiça. A igreja, formada pelos seus discípulos, dará continuidade à proclamação e sinais do Reino em todas as nações, mediante a presença espiritual contínua de Cristo, até seu retorno triunfal e glorioso.
A estruturação acima demonstra como Mateus faz com requinte a relação entre agrupamentos narrativos e discursivos, preservando a ênfase nos discursos de Jesus. Como exemplo a conexão entre o agrupamento narrativo (Mt 3-4; 8-9) e o agrupamento discursivo do famoso Sermão do Monte (Mt 5-7; 10). Assim, Mateus dá ênfase no ensino de Jesus. Devido ao propósito deste livro, apoio ao estudo das lições bíblicas de jovens sobre Mateus, não será seguida essa estrutura na sua totalidade e priorizado a sequência das lições, com subsídios adicionais. 
A Genealogia de Jesus em Mateus (Mt 1.1-17)

A genealogia de Jesus em Mateus evidencia as bases para demonstrar a natureza messiânica de Jesus, especialmente em sua descendência abraâmica e davídica. Todavia, a intenção do evangelista não se resume a isso, ele também demonstra por meio da genealogia de Jesus que sua missão é inclusivista e universalista.

O evangelista deixa transparecer o seu objetivo ao descrever a genealogia de Jesus, demonstrar que Ele era o Messias prometido. Primeiro, relaciona sua relação direta com a casa real, como descendente direto do rei Davi, uma das figuras mais importantes para os judeus, ligada à expectativa messiânica. Na sequência, a sua descendência abraâmica, pois o grande patriarca é considerado o começo da história sagrada, o receptor direto da promessa divina de fazer dele uma grande e abençoada nação. Figura importante também para o cristianismo como o pai de todo aquele que crê como ele creu (Gn 15.6). Fé que é o fio condutor até a obra de Cristo (NEVES, 2015, p.55-69, Mt 16.21; 17.22, 23; 20.18).

A relação do evangelista com a tradição e modo de pensar dos rabinos influencia a organização das gerações de Abraão até Jesus. Ele divide em três grupos de gerações: a) de Abraão ao estabelecimento do reino sob Davi (Mt 1.2-6); de Davi ao fim da monarquia (exílio babilônico) (Mt 1.6-11); e do período do Exílio Babilônico ao nascimento de Jesus (Mt 1.12-16). Segundo o evangelista afirma, cada grupo desses tem 14 gerações. No entanto, existem algumas discrepâncias quanto a essa numeração. Tasker (2006, p. 24) afirma que “cada grupo, como afirma com grande precisão o v. 17, contém ‘quatorze gerações’. Na verdade, porém, o terceiro grupo contém somente treze nomes; e no segundo grupo três gerações são omitidas conforme a evidencia de I Crônicas 1 - 3, que o evangelista parece usar como fonte”.

Ficam então as perguntas: Qual o motivo dessa diferença de gerações? Existe um propósito específico?. Os três grupos possuem períodos e pessoas em que foram realizadas alianças com Deus: Abraão (Gn 12.1-3), Davi (2 Sm 7.4-17) e uma Nova Aliança (Hb 8.8-13). A contagem de gerações: a) de Abraão até Davi são quatorze gerações; b) de Davi até Jeconias são quatorze gerações; c) de Jeconias até Jesus são treze gerações.

Schweizer (1975, p. 23) afirma que antigamente a contagem incluía os primeiros e os últimos nomes de uma série. Dessa forma, de Abraão até Davi são quatorze gerações; de Davi (observe que Davi é contado duas vezes) até Josias, que foi o último rei de Judá ainda livre, são quatorze gerações; de Jeconias (primeiro reino do cativeiro) até Jesus são quatorze gerações. No entanto, perceba que Jeconias não se repete como Davi. Enquanto que Carson (2010, p. 95) justifica por meio da simbologia dos números das letras. Ele afirma que no mundo antigo as palavras tinham um montante com base na soma do valor número que era atribuído às letras. Este simbolismo é chamado de gematria. Carson utiliza o número de Davi, que em hebraico é Dawid, considerando que as vogais não são contadas, temos d = 4; w = 6. Assim, Dawid = dwd = 4 + 6 + 4 = 14. Richards (2014, p.10) defende que o argumento de Carson que utiliza a gematria é a mais aceitável “Assim, a organização de Mateus pode perfeitamente refletir uma maneira familiar, na época, de sutilmente enfatizar a descendência de Jesus como sendo de Davi”. Certo é que os judeus pensavam e escreviam diferente de nosso pensamento ocidental. Ao analisar a genealogia de Jesus fica evidente que a intenção principal do autor é relacionar Jesus com a descendência davídica. Desse modo, ficaria comprovada sua origem messiânica davídica.

As mulheres na genealogia de Jesus

A leitura da genealogia de Jesus nos dias atuais pode não causar nenhuma surpresa por influência de nossa cultura, que apesar de patriarcal, apresenta certo grau de inclusão de gênero. No entanto, se considerarmos a cultura da época da escrita do evangelho, surpreende a menção das mulheres, pois é um fato relevante, considerando que elas, geralmente, não eram mencionadas nas genealogias. Não somente isso, pois na leitura da genealogia de Jesus salta aos olhos a menção de três mulheres (Rute, Raabe e Tamar) com reputação questionada para a cultura da época. Não somente para a cultura daquela era, hoje, aproximadamente dois mil anos depois ainda se questionaria a inclusão na genealogia de mulheres com a reputação daquelas mulheres. Isso demonstra que apesar das evoluções nas relações humanas a questão de gênero, do tratamento dado às mulheres ainda tem muito a melhorar, tanto nas igrejas como na sociedade em geral.

Richards (2014, p. 12) apresenta duas razões básicas para incluir uma ou duas mulheres na genealogia no oriente antigo: “(1) a mulher era muito admirada, e sua inclusão ressaltava a reputação da família. (2) O marido tinha mais de uma esposa e, neste caso, o nome da mulher é basicamente mencionado com o nome do seu filho”. Esse procedimento pode ser observado no texto bíblico quando se menciona os reis de Israel e Judá. Todavia, nenhuma dessas razões se aplica às mulheres citadas por Mateus.

O que mais surpreendente é que essas mulheres eram de uniões irregulares, segundo a tradição judaica. Rute era moabita, Raabe, prostituta (Js 2.6), e Tamar, adúltera (Gn 38). Além dessas três mulheres, temos também Bate-Seba, que talvez por ter se tornado a esposa do rei Davi poderia ser tratada de forma diferenciada pela sociedade da época. Ela era Judia (1 Cr 3.5), provavelmente uma heteia por ter sido esposa de Urias, o heteu (2 Sm 11.3; 23.39). No entanto, passou a ser conhecida pelo seu adultério com Davi, enquanto era casada com Urias.

O que essas mulheres tinham comum é que, segundo a tradição da aliança no Antigo Testamento, elas eram consideradas moralmente corrompidas e, portanto, sem nenhuma possibilidade de fazerem parte da linha sucessória do Messias prometido como libertador do “povo santo de Israel”. Como poderia um rabino ou um judeu devoto aceitar essas uniões irregulares na ascendência legal do Messias. Se essa inclusão era um exemplo e ensino para os judeus, não parece ser muito diferente para nossos dias. Sinal que o preconceito ainda continua enraizado nas culturas.O que teria levado Mateus incluir essas mulheres na genealogia de Jesus, diferente do costume da época? Esse retrato vai fazer parte da vida e ministério de Jesus. Ele trata as mulheres de forma diferente de toda a tradição de seu tempo. Essa ação libertadora já esta presente na sua própria genealogia.
*Este subsídio foi adaptado de NEVES, Natalino. Seu Reino Não Terá Fim: Vida e obra de Jesus segundo o Evangelho de Mateus.  1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017,   pp. 11-20.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 01 - 1º Trimestre 2018 - A Carta aos Hebreus e a Excelência de Cristo - Adultos.

Lição 1 - A Carta aos Hebreus e a Excelência de Cristo "Adultos".

1º Trimestre de 2018

ESBOÇO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO
I – AUTORIA, DESTINATÁRIO E PROPÓSITO
II – CRISTO – A PALAVRA SUPERIOR A DOS PROFETAS
III – CRISTO – SUPERIOR AOS ANJOS
CONCLUSÃO
PONTO CENTRAL
A carta de Hebreus é uma mensagem de instrução e exortação que serve à Igreja de Cristo ao longo dos séculos.

OBJETIVO GERAL
Apresentar as características da Carta aos Hebreus e a superioridade de Cristo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Pontuar
 a autoria, o destinatário e o propósito da Carta de Hebreus;
II. Expor a superioridade de Cristo em relação aos profetas;
III. Mostrar a superioridade de Cristo em relação aos anjos.

TEMPOS DE APOSTASIA

José Gonçalves

[...] São tempos de apostasia!
Ânimo, esperança e fé em tempo de apostasia é o tema deste livro. Nada mais apropriado para entendermos a cultura secular, que a maneira de um grande polvo, tem enlaçado a igreja com seus tentáculos. É nesse contexto que a mensagem da carta aos Hebreus se levanta como um poderoso baluarte contra o desânimo, a desesperança e a descrença. Ela nos leva a acreditar novamente na mensagem do Evangelho. Ela nos faz crer que Cristo Jesus continua sendo o mesmo ontem, hoje e eternamente.

Essa é uma carta que alimenta o ânimo, a esperança e a fé! Todavia não é uma carta escrita para amaciar o ego dos crentes. Seu tom exortativo é o mais forte e incisivo do Novo Testamento. O perigo que rondava a comunidade para a qual o autor endereçou essa carta era presente e real. A carta vem carregada de enfoque doutrinário e recheada de exortações severas! O perigo de dar as costas para o calvário e voltar para o deserto, rumo ao Egito, foi o que motivou o autor escrever, com ar de dramaticidade, esta carta.

A apostasia é um perigo e uma realidade sobre a qual o crente deve se precaver. A exortação do autor é para que se continue na estrada, para que se caminhe para a frente. Todavia, o perigo de voltar para trás existe, e é uma ameaça real, não apenas hipotética. A carta é um grito de alerta quando os cristãos pareciam cochilar na fé. Mas mesmo usando um tom severo, às vezes até mesmo duro, a carta aos Hebreus não foi escrita para produzir insegurança, muito menos medo. Quem está em Cristo está seguro, todavia essa segurança não é compulsória. Ela está condicionada ao andar e permanecer Nele.

Escrevi este livro objetivando alimentar a fé dos crentes e fortalecê-los através da reflexão teológica. Para tanto fiz um comentário versículo por versículo desse importantíssimo documento neotestamentário que o Espírito Santo inspirou e nos deixou como legado. O texto é de natureza exegética, mas também teológica e devocional. Neste comentário procurei trazer a minha experiência com as línguas originais da Bíblia para dentro do texto. Por alguns anos, antes de ingressar no ministério pastoral de tempo integral, atuei como professor de grego e hebraico no Instituto Bíblico Pentecostal de Teresina (IBPT) e na FAEPI – Faculdade Evangélica do Piauí. Esse fato fez com que o texto se tornasse às vezes técnico, devido as constantes análises de palavras das línguas originais. Todavia, esse tecnicismo, que é uma marca característica das obras de natureza eminentemente exegética, também tem seus ganhos. A meu ver, o mais importante deles é permitir ao leitor ver o pensamento do autor neotestamentário numa dimensão muito mais ampla do que aquilo que a tradução no vernáculo consegue mostrar.

É um fato documentado que a carta aos Hebreus, devido à peculiaridade de seu texto, tem sido objeto de intensos debates teológicos desde os primórdios do cristianismo. No olho do furacão estão aqueles textos que tratam da apostasia. Ainda quando comentava o texto, observei que algumas passagens dessa carta demandavam uma análise léxica, gramatical e contextual mais aprofundadas por ter que dialogar com as diferentes escolas de interpretação. Para que o texto não ficasse demasiadamente extenso dentro do corpo do comentário do livro e também para que o leitor não sofresse nenhum prejuízo por conta de uma exegese superficial, resolvi tratar desse assunto em um apêndice, posto logo após o capítulo 14 deste livro. Ali o autor conhecerá o que diz as diferentes correntes de interpretação do texto de Hebreus bem como interpreta esse texto a principal vertente do pentecostalismo brasileiro.

Desejo dizer que o texto não é perfeito, mas reflete com precisão o pensamento de quem também busca ânimo, esperança e fé em tempos de apostasia.

A Deus seja a glória!
 
Texto extraído da obra “Ânimo, Esperança e Fé em Tempos de Apostasia: Um estudo na carta aos Hebreus versículo por versículo”, editada pela CPAD.
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