segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Lição 05 - 1º Trimestre 2018 - Irmãos, Presentes do meu Amigo - Jd. Infância.

Lição 5 - Irmãos, Presentes do meu Amigo

1º Trimestre de 2018
OBJETIVOS: Os alunos deverão compreender que os irmãos são bênçãos do Papai do Céu; e aprender que é a vontade do Papai do Céu que os irmãos sejam unidos e se amem.Os alunos deverão compreender que os irmãos são bênçãos do Papai do Céu; e aprender que é a vontade do Papai do Céu que os irmãos sejam unidos e se amem.
É HORA DO VERSÍCULO: “Como é bom e agradável que o povo de Deus viva unido [...]!” (Sl 133.1).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história de Davi que tinha muitos irmãos e amava todos eles a ponto de ir até um campo de guerra levando comida para eles e buscando saber como eles estavam.Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças desenharem seus irmãos dentro do coração utilizando giz de cera. Reforce dizendo que os irmãos são bênçãos do Papai do Céu e por isso devem ser unidos e se amarem. Esclareça que algumas crianças são filhos únicos e, nesses casos, os primos e os amigos mais chegados são como seus irmãos. Todos na igreja também são irmãos uns dos outros porque têm o Papai do Céu como o Pai! Os irmãos, os primos, os amigos e os irmãos em Cristo são importantes em nossa vida para não ficarmos sozinhos.
licao2.coracao.jardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Jardim de Infância. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 05 - 1º Trimestre 2018 - Os Primeiros Discípulos - Jovens.

Lição 5 - Os Primeiros Discípulos

1º Trimestre de 2018

INTRODUÇÃO
I - CHAMADOS PARA SEREM PESCADORES DE HOMENS
II - O DISCIPULADO COMO ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO
III - A EFICÁCIA DO ENSINO DO MESTRE (Mt 7.24-29)
CONCLUSÃO

Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Mostrar como se deu o chamado dos primeiros discípulos;
Apresentar o discipulado como estratégia de crescimento;
Discutir a eficácia do ensino do Mestre.
Palavra-chave: Discipulado.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
“Depois do relato da tentação de Jesus, Mateus comenta que Ele ficou sabendo que João estava preso e então retorna para a Galileia, deixa Nazaré e passa habitar em Cafarnaum. Toma essa decisão, mais uma vez para cumprimento das profecias sobre o início de seu ministério. Inicia sua missão pregando o Reino dos céus e arregimentando pessoas para auxiliá-lo em sua missão.
a) O discípulo era formado aos pés do seu mestre
Na época da Igreja Primitiva, a decisão sobre a escolha e a decisão de se submeter como discípulo de um mestre era importantíssima, pois impactava praticamente para vida toda. No entanto, a escolha não era do discípulo, mas sim do mestre. O discípulo estava diretamente relacionado com seu mestre e, por isso, a escolha do discípulo era de grande responsabilidade, uma vez que seria o sucessor do mestre para discipular as futuras gerações. O Guia Cristão de Leitura (2013, p. 69) traz algumas informações importantes sobre essa relação, em especial no mundo judaico:

Discípulo era um termo comum no século I para uma pessoa que era um seguidor compromissado de um líder religioso, filosófico ou político. No mundo judaico, o termo era particularmente usado para os estudantes de um rabi, o mestre religioso. Nos Evangelhos, João Batista e os fariseus tinham grupos de discípulos (Mc 2.18; Mt 22.15,16). Esses discípulos, com frequência, eram os alunos mais promissores que passaram pelo sistema de educação judaica — os que já tinham memorizado as Escrituras hebraicas e demonstraram o potencial para aprender os ensinamentos específicos dos rabis sobre a Lei e os profetas, a fim de que pudesse ensinar isso a outros. Portanto, era uma grande honra e responsabilidade ser chamado por um rabi para ser seu discípulo. Os discípulos aprenderam os ensinamentos de seu rabi vivendo com ele e seguindo-o aonde quer que vá. Uma frase daquele tempo descrevia os discípulos como aqueles que ‘ficavam cobertos pela poeira do rabi’, porque, literalmente, seguiam de muito perto seus mestres.
Note na citação que o discípulo para ser chamado já deveria ter algumas qualificações prévias, como ter memorizado as Escrituras hebraicas, além de possuir potencial para se tornar um mestre no futuro. Além da familiaridade com o seu mestre, pois a partir da escolha deveriam ter uma vida em comum por um longo período. Um vasto material evangélico atribui o título de mestre a Jesus, em especial, o Evangelho de Mateus, que como foi visto dá ênfase a essa figura de Jesus ao destacar seus ensinos por meios dos cinco famosos discursos atribuídos a Ele. Porém, Haight (2003, p. 88) assegura que “[...] havia diferentes tipos e mestre no tempo de Jesus”. Ele compara Jesus com dois tipos de mestres de sua era: a) o mestre judeu, semelhante a um filósofo cínico popular; b) um sábio da tradição da Sabedoria de Salomão.

Jesus é retratado como originário das classes mais inferiores de sua sociedade. Como carpinteiro estava situado em um patamar abaixo do de camponês, que já era marginalizado na cultura da época. Como galileu, tinha influência da helenização cultural e social. A helenização havia começado com Alexandre, o Grande. Ele, um macedônio, que conquistou a Grécia, superou o grande Império Persa e estendeu seu reinado por uma vasta região. O seu império foi tão grandioso que impôs sobre os conquistados a cultura grega, que permaneceu influente mesmo depois dos gregos serem derrotados pelos romanos. Os judeus como os judeu-cristãos também foram influenciados por essa cultura. O próprio Novo Testamento foi escrito em grego, em sua maioria no grego popular. Isso acabou por facilitar a oportuna disseminação do Evangelho.

Haight (2003, p. 88) afirma que Jesus “[...] assumiu um papel semelhante ao de um filósofo cínico popular”. A palavra cínico hoje tem uma conotação negativa, mas na época o filósofo cínico era popular e atuava como um erudito itinerante. Ele tinha como estilo de vida vivenciar a mensagem na prática. Tinha a pobreza como possibilidade de liberdade interior e reagia contra a opressão sobre os pobres. Inclusive as orientações de Jesus aos seus discípulos que serão estudadas na sequência eram semelhantes ao seu estilo de vida: “As ações por eles prescritas e sua indumentária são muito semelhantes às do cínico: manto, bornal e cajado. Eram pregadores pobres e itinerantes” (HAIGHT, 2003, p. 90). Jesus opôs-se às estruturas oficiais das autoridades religiosas devido ao seu comportamento hipócrita, como veremos em capítulos posteriores, o que resultou na sua própria morte. Haight (2003, p.91) destaca que Jesus e seus discípulos, apesar da semelhança com os cínicos gregos, “[...] começou como um variante judaico local do cinismo”, já que o movimento de Jesus estava muito mais “preocupado com a moral e a ação do que com as crenças. Embora não objetivasse a reforma social, estava preocupado com os papéis na sociedade e tinha tendência igualitária”.

No entanto, o que mais qualifica a característica de Jesus como Mestre está relacionado com a figura do sábio profético judeu, principalmente nos escritos de Mateus. Nele estão presentes as riquezas da tradição judaica, “[...] especialmente o material profético, apocalíptico e sapiencial, embora ocasionalmente até das tradições legais” (HAIGHT, 2003, p. 92). Jesus faz uso dos temas proféticos, mas incorporados ao horizonte sapiencial, em especial nos usos das parábolas, que faziam dEle uma autêntica autoridade da sabedoria de Deus. Por isso, seus ensinos eram admirados e sua didática difundida cada vez mais pelas multidões que o seguia. Assim como os textos sapienciais que utilizavam da personificação da sabedoria, Jesus como Mestre era um supremo modelo de personificação da sabedoria. Portanto, por mais que haja semelhanças com os tipos de mestres de sua época, o jeito de ser Mestre de Jesus era diferenciado, acima de tudo, pela autoridade divina em sua vida.

Na leitura da escolha dos primeiros discípulos por Jesus pode se ter a impressão que Ele não teve o devido cuidado na escolha, pois o texto descreve a escolha a partir de um encontro casual e repentino durante uma caminhada junto ao mar. Por essa razão, a necessidade de analisar essa perícope de Mateus em conjunto com os demais evangelhos, pois as informações se complementam. Cada um dos evangelistas teve o seu objetivo na hora de escrever os evangelhos, com destinatários específicos e informações que seguiam também as necessidades específicas. Na próxima seção, abordaremos como se deu a escolha dos discípulos por Jesus.
b) A escolha dos discípulos
Os textos bíblicos apresentam em seu corpo escrito marcos de sinalização ou chaves de leitura que bem identificados direcionam para uma interpretação adequada e intenção do autor. No caso do Evangelho de Mateus, Couto (2014, p. 16-18) destaca dois marcos“que se reclamam, imbricam e esclarecem mutuamente”. O primeiro deles se encontra em Mt 4.17 que marca o início do ministério de Jesus, logo após a prisão de João Batista. O segundo marco se encontra em Mt 16.21, logo após a profissão de fé de Pedro, que aponta um novo início na atividade pública de Jesus, bem como um novo cenário, da Galileia marginal para Judeia e Jerusalém, centro da religião judaica. Esse marco “pretende agora mostrar aos seus discípulos atónitos que o Reino de Deus se compagina com sofrimento, morte e ressurreição”. Jesus escolhe definitivamente seus discípulos quando resolve iniciar seu ministério. Portanto, dois momentos importantes no relato da vida e obra de Jesus. Aqui iremos analisar o primeiro marco.

O relato da escolha dos discípulos em Mateus deixa dúvida se Jesus conhecia os discípulos, antes de chamá-los para o seguirem, como era o costume. Todavia, quando o chamado dos primeiros discípulos é analisado em conjunto com todos os evangelhos é possível perceber que Jesus já os conhecia. Diferente do que aparenta na leitura isolada de Mateus. O evangelho segundo escreveu João nos dá mais detalhes (Jo 1.35-51). André, o primeiro discípulo a ser chamado, na realidade, já havia abandonado o negócio de pescaria da família para ser discípulo de João Batista e deve ter visto Jesus pela primeira vez quando Ele foi batizado por João. Quando André ouve João dizer que Jesus é o Cordeiro de Deus, ele segue a Cristo até ser chamado para sua morava e passa o dia com Ele. No dia seguinte, André encontrou com seu irmão Simão, que passou a ser mais conhecido por seu nome grego (Pedro), também seguidor de João, e o leva para conhecer Jesus (Jo 1.35-51). No outro dia, Jesus também chama Filipe, que junto com André e Pedro moravam na pequena cidade de Betsaida (Jo 1.44). Filipe, a exemplo de André, também traz mais um discípulo para Jesus, seu amigo Natanael. Os novos amigos e discípulos de Jesus permanecem juntos durante vários dias (Jo 2.12). A própria atitude de João conduziu alguns de seus discípulos para seguirem Jesus: a) suas palavras durante o batismo de Jesus; b) suas palavras quando informado que depois de seu pronunciamento no batismo de Jesus muitos passaram a segui-lo (Jo 3.26-29): “é necessário que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30).

O lugar do chamado dos primeiros discípulos é motivo de controvérsia entre alguns estudiosos dos evangelhos. A narrativa dos evangelhos pode dar impressões diferentes, por exemplo: no Evangelho de João, tem-se a sensação de que os discípulos foram chamados na Judeia, onde João pregava e em Mateus, o local definido é a Galileia. Os comentaristas geralmente falam de dois chamados, o primeiro, na Judeia e o segundo e definitivo, pouco depois, na Galileia quando Jesus iniciou seu ministério, após saber da prisão de João Batista. André, Pedro e os irmãos Tiago e João, que faziam parte do grupo dos primeiros discípulos de Jesus, trabalhavam juntos no negócio de pesca em Betsaida. Posteriormente, com o crescimento do negócio eles se mudam para Cafarnaum. Provavelmente, Tiago e João pertenciam a uma família (zebedeus) com certo poder aquisitivo, pois ter um barco em Cafarnaum era privilégios de poucos, como informa Pagola:

Os habitantes de Cafarnaum são gente modesta. Muitos são camponeses que vivem do produto dos campos e das vinhas das redondezas, mas a maioria vive da pesca. Entre os camponeses, alguns levam uma vida mais folgada; entre os pescadores, alguns são donos do próprio barco. [...] Cafarnaum é, sobretudo, uma aldeia de pescadores cuja vida concentra-se nos espaços livres que restam entre as modestas moradias e os quebra-mares e os cais rudimentares da margem. É certamente onde mais se movimenta Jesus. Os pescadores de Cafarnaum são, junto com os de Betsaida, os que mais trabalham na zona norte do lago, a mais rica em cardumes de peixes. [...] Ao que parece, Jesus simpatiza imediatamente com essas famílias de pescadores. Elas lhe oferecem seus barcos para deslocar-se pelo lago e para falar às pessoas sentadas na margem. (PAGOLA, 2013, p. 111)
Pedro, Tiago e João se tornariam os três discípulos mais íntimos de Jesus. Eles estiveram com Jesus quando da ressurreição da filha de Jairo (Mt 9.23-26), na transfiguração de Jesus (Mc 9.2) e com Jesus no Getsêmani (Mc 14.33).

Portanto, diferente do que parece à primeira leitura do livro de Mateus, com o auxílio das informações dos demais evangelhos é possível perceber que Jesus teve contato e certa preparação dos primeiros discípulos antes de chamá-los para segui-lo de forma definitiva, no início de seu ministério, em busca de cumprir sua missão. Quando Jesus os chama e eles o seguem imediatamente não era uma decisão tão “cega” assim. Eles já conheciam Jesus e tinham o testemunho de seu precursor, João Batista, de que Ele era o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29).

c) O discípulo necessita fazer renúncias
O que caracteriza um verdadeiro discípulo de Jesus é disposição para segui-lo, independente das circunstâncias. Essa disposição faz com que compartilhe da mesma visão de Cristo e comprometimento com o evangelho. O chamado dos discípulos e a resposta imediata deles mostra como se dá a verdadeira conversão, a mudança de mentalidade e de um coração voltado para o Reino dos céus. O texto informa que ao serem chamados deixaram logo ou de imediato a rede e barco para seguir a Jesus. E o plano de vida deles, como ficaria? Como citado anteriormente, provavelmente eles estavam prosperando nos negócios, saíram de uma pequena cidade (Betsaida) para Cafarnaum, um dos centros da vida política e comercial da Galileia, que tinha um importante comércio de peixes, e estavam em plena atividade. Mas o chamado falou mais forte do que seus projetos pessoais e familiares.

Segundo Robertson (2016, p. 60) “eles já tinham se tornado discípulos de Jesus (Jo 1.35-42), mas agora o chamado é para deixar o trabalho secular e seguir a Jesus nas suas viagens e atividades ministeriais”. No caso destes discípulos, além de deixarem a vida profissional eles deixaram suas obrigações familiares que eram relevantes dentro da cultura judaica, pois “ter filhos era, entre outras coisas, uma apólice de seguro para o cuidado na velhice de alguém”. No entanto, nada se fala sobre a conversa que os filhos tiveram com o pai, mas que simplesmente abandoaram tudo para seguir a Jesus. O modelo de chamado de Mateus é de um abandono do estilo de vida e familiares para seguir a Jesus. Apesar, que outros textos dão a entender que não abandoaram seus familiares por completo (Mt 8.14, 15; 20.20). Evidente que essa era uma necessidade da época e das circunstâncias que os cercava.

Jesus estava no início de seu ministério e muito havia por fazer, e os discípulos tinham um chamado específico. Não podemos generalizar que esse modelo serve para todos, em todos os lugares e em todas as épocas. Porém, uma coisa é certa, todas as pessoas que se propõe a seguir Jesus terão que fazer renúncias e mudar o estilo de vida. Outra aplicação que pode ser tirada da narrativa é que os discípulos foram chamados enquanto estavam ocupados. Infelizmente, na atualidade algumas pessoas por negligência ou falta de disposição para o trabalho não têm uma vida profissional e tentam se infiltrar no ministério. Esses procuram se justificar com argumentações como “Deus está fechando as portas da vida profissional”, “Deus está exigindo que eu siga a vida de ministério integral”. Pessoas que colocam em sua boca palavras como se fosse Deus falando, mas na realidade é uma maneira de persuadir outras pessoas a dar guarida aos seus projetos pessoais ou mesmo, apoio financeiro.

Jesus nunca forçou ninguém a segui-lo, mas seus discípulos aos serem convidados renunciaram seus estilos de vida e o seguiram. Portanto, quando as pessoas se manifestarem com chamadas específicas devem ter o discernimento da vontade de Deus para não sacrificarem família por falta de percepção do verdadeiro chamado de Deus. Depois de Deus, a família é o bem mais importante na vida do ser humano. Deus preserva a família.

A estratégia de Jesus continua atualizada

Ainda hoje as pessoas pensam que a responsabilidade e a maior eficácia na propagação do evangelho se dá por meio dos grandes líderes e pregadores. Elas não percebem o trabalho dos “bastidores”, os irmãos e irmãs simples que convidam e evangelizam as pessoas para participarem de eventos e reuniões. O trabalho dessas pessoas anônimas tem o resultado quando as almas convidadas estão reunidas e o pregador lança a rede. Todavia, esse trabalho em conjunto e a eficácia do discipulado evidenciado no início do ministério de Jesus, e da Igreja Primitiva tem se perdido na história da igreja hodierna. A maioria dos membros das igrejas está acomodada com a rotina de atividades eclesiásticas, convencidas de que a responsabilidade para a evangelização é dos obreiros e pregadores do púlpito. Pouco se convida para participação nos cultos, dificilmente se reúnem nas casas, poucos valorizam o trabalho do discipulado, alguns até o contesta dizendo que não é bíblico. Infelizmente, muitos desconhecem a própria história do Evangelho.

Jesus disse que veio para os doentes e não para os sãos. A igreja deve atuar como um hospital, um local para receber os doentes. Para tal, precisa de pessoas capacitadas e preparadas para receber e tratá-los adequadamente. Isso somente se dá por meio de um sistema organizado de capacitação e treinamento. Algumas igrejas priorizam a evangelização e até conseguem várias conversões, mas infelizmente por falta de cuidado muitos se perdem. Por isso, há necessidade do trabalho conjunto e completo, um evangeliza e outro discípula para conservação da fé do novo convertido (Mt 28.19-20, 2 Tm 2.2).

A conversão é uma obra espiritual realizada pelo Espírito Santo, que convence do pecado, da justiça e do juízo, mas fazer discípulos é responsabilidade de cada cristão. A estratégia utilizada por Jesus continua atual. Ele convidava as pessoas que o ouviam e testemunhavam do poder de Deus para propagar nas ruas, nas casas e outros locais de forma simples e objetiva, e as pessoas eram alcançadas. A tarefa da igreja somente estará completa quando o novo crente for integrado à vida da igreja e for capacitado para ganhar novos discípulos (2 Tm 2.2). A igreja pentecostal primitiva evangelizava, fazia missões, discipulava, ensinava sistematicamente a Bíblia, socorria aos necessitados. Ela crescia a cada dia pelo dinamismo de suas atividades e essa estratégia continua dando resultados. Hoje é lamentável o comportamento da maioria das congregações, acomodada às suas estruturas e rotina, sem se preocuparem e se envolverem com as atividades do discipulado. Ás vezes, excelentes “obstetras”, mas como péssimos “pediatras”, pois não cuidam dos novos convertidos (crianças espirituais). Será que Deus vai cobrar isso da liderança e dos membros da igreja?”
*Este subsídio foi adaptado de NEVES, Natalino das. Seu Reino Não Terá Fim: Vida e obra de Jesus segundo o Evangelho de Mateus. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017,   pp. 56-67.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 

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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Lição 05 - 1º Trimestre 2018 - O Menino Jesus Corre Perigo - Maternal.

Lição 5 - O menino Jesus corre perigo Maternal.

1º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Que a criança aprenda que Deus sempre nos protege do perigo e que Ele fala conosco.
Para guardar no coração: “[...] para que eles continuem a ter sempre a tua proteção.” (2 Sm 7.29).
Somos assim“Conforme aumenta o entendimento que têm de Jesus, as crianças são capazes de apreender a mensagem simples de que o pecado quebra o relacionamento delas com Deus; de que Jesus, o Filho de Deus, morreu no lugar delas; de que precisam aceitar o que Jesus fez para viver com Ele para sempre. Quando ficam sabendo que Jesus morreu na cruz, querem saber por que isso aconteceu. Essa é uma grande oportunidade para fazê-las entender a salvação!

A criança no maternal não entende todos os aspectos da doutrina e o que significa seguir a Deus durante toda a vida, porém muitas crianças nessa idade pedem que Jesus entre em seu coração” (TRENT, John; OSBORNE, Rick; BRUNER, Kurt. Ensine sobre Deus às Crianças. Rio de janeiro: CPAD, 2007, p. 53, 54)
Subsídio professor
Prepare a sala para mais uma aula.  Cumprimente cada aluno com carinho e entusiasmo, anunciando que “hoje vamos aprender mais uma linda história a respeito do Amigo Jesus!” Receba-os segurando um guarda-chuva aberto. Provavelmente, as crianças perguntarão por que você está de guarda-chuva. Se não perguntarem, faça você mesmo a indagação: “Sabe por que estou de guarda-chuva?” O guarda-chuva serve para proteger-nos da chuva e também do sol. Estou com o guarda-chuva para lembrar que Deus nos protege de todas as coisas ruins.
Feche o guarda-chuva e depois, oriente os alunos a fecharem os olhos para agradecer ao Papai do Céu, que cuida de nós. Ore fazendo pausas para que repitam: “Papai do Céu, o Senhor é tão bom! Eu não preciso ter medo, porque o Senhor me protege de todas as coisas ruins. Obrigado por cuidar de mim. Em nome de Jesus, amém”.
Pegue novamente o guarda-chuva e o abra. Em seguida, pergunte às crianças: “Quem já sentiu medo alguma vez?” “Medo de que?” As respostas serão variadas: medo do escuro, de chuva, de trovão, de ficar em casa quando a mamãe vai trabalhar, de cachorro bravo, de ficar na creche, do papai brigar com a mamãe, do pai ou tio chegar bêbado, etc (nem todas vêm de famílias completamente salvas). Dê atenção particular a cada resposta, e assegure-lhes: O Papai do Céu é forte e poderoso. Ele protege você de todas as coisas ruins e que dão medo.
Comece a “brincadeira do guarda-chuva” com um de seus auxiliares, e depois repita-a com algumas das crianças que se oferecerem espontaneamente. A criança voluntária deve abrigar-se encolhida sob o guarda-chuva e atrás dele, como se fosse um escudo, enquanto as demais tentam atingi-la com bolinhas de papel ou isopor, aviõezinhos de papel, e borrifos de água (molhando a mão na vasilha de água).
Viu como a bolinha não acertou o Gabriel? Assim como o guarda-chuva o protegeu da bolinha, Deus protege você do trovão, do cachorro...  Viu como o aviãozinho não atingiu a Juliana? Assim também Deus protege você das pessoas malvadas... Borrife água no guarda-chuva: Viu como o chuvisco não molhou a Priscila? Da mesma forma, Deus protege você das doenças, dos acidentes... (Marta Doreto).
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Mateus 2.13-16, 19-23. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Maternal. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 05 - 1º Trimestre 2018 - O Amigo Oculto - Juniores.

Lição 5 - O Amigo Oculto – Juniores            João 3.1-21

1º Trimestre de 2018
Prezado(a) professor(a),

Na aula desta semana seus alunos conhecerão mais um personagem bíblico que teve um encontro muito curioso com Jesus. Seu nome era Nicodemos, um grande sábio, doutor da lei, alguém muito estimado entre os judeus. Como todo bom estudioso das Escrituras Sagradas, Nicodemos procurou nos escritos proféticos tudo o que se dizia a respeito do futuro de Israel. Depois de muito insistir, Nicodemos encontra em Jesus as respostas para as perguntas que tanto o inquietavam.

Como era um homem muito conhecido e próximo da liderança judaica, Nicodemos foi procurar Jesus secretamente para que não fosse notado pelos outros judeus e, assim, considerado um traidor. Acontece que tudo o que Nicodemos entendia das Escrituras fazia muito sentido na pessoa de Jesus Cristo. Esse também foi um dos motivos pelos quais o doutor da lei procurou Jesus para tirar suas dúvidas.

Ao entardecer, Nicodemos encontra-se com Jesus e o elogia dizendo que Ele era um mestre vindo da parte de Deus, tendo em vista que muitos milagres se faziam por intermédio de suas mãos. Sem muito rodeio, Jesus interrompe as palavras de Nicodemos e vai direto ao assunto: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3.3b). A princípio, Nicodemos não entendeu o que Jesus disse, mas estava prestes a aprender uma das maiores lições encontrada na Bíblia: o “Novo Nascimento”. O encontro com Jesus deslocava Nicodemos a compreender que a libertação e transformação que Israel tanto precisava não consistia em obter um governo soberano no mesmo modelo dos dias de Davi, e sim alcançar a libertação do pecado e um novo coração para servir a Deus com sinceridade.

A pessoa que, de fato, conhece a Jesus, experimenta uma transformação maravilhosa em sua maneira de pensar e sentir, de tal modo, que isso se descobre em seu comportamento. Significa que a pessoa passou da morte para a vida, e o estilo de vida que agora vive tem como finalidade agradar o coração de Deus (cf. Gl 2.20).

Quem já teve um encontro com Jesus e experimentou o novo nascimento não sente vergonha de dizer que é crente em Jesus. Essa é a maior lição que seus alunos deverão aprender com a história de hoje. E não agir como Nicodemos, que apesar de crer em Jesus e compreender que Ele verdadeiramente era alguém que veio da parte de Deus, ainda assim procurou o Mestre secretamente com medo de sofrer retaliações da parte dos judeus. Quando a pessoa entrega totalmente o seu coração a Cristo não sente vergonha de dizer que é cristão. Pelo contrário, sente prazer em ser reconhecido como alguém que segue a Jesus e o serve com alegria. Explique aos seus alunos que eles não precisam sentir-se envergonhados na escola, na vizinhança, entre os amigos ou em qualquer lugar pelo fato de serem servos de Deus. Mostre-lhes que servir a Deus e fazer parte do seu povo é um privilégio.

Para reforçar o ensinamento da lição de hoje, sugerimos a seguinte atividade: leve para a sala de aula, diversos objetos encontrados em casa (pode ser: pente, caneta, barbante, quadro, copo, caderno, livro, colher, etc.). Coloque em uma caixa ou sacola e peça para cada aluno retirar um objeto. Em seguida, os alunos deverão falar tudo o que sabem sobre o devido objeto. O que é; para que serve; que cuidado devem ter em contato com esse objeto e qualquer informação relevante.

Esse tipo de atividade servirá para você, professor, conhecer melhor as características mais específicas de seus alunos, além de ajudá-los a perder a timidez quando precisarem explicar o que sabem a respeito de alguma coisa. Inclusive, este exercício ajudará seus alunos a perderem a timidez quando tiverem de testemunhar o que sabem sobre Jesus e porque é tão importante reconhecê-lo como Salvador pessoal.
Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Juniores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 05 - 1º Trimestre 2018 - Eu Me Arrependo - Pré Adolescentes.

Lição 5 - Eu me Arrependo                Pré -Adolescentes.

1º Trimestre de 2018

A lição de hoje encontra-se em: Mateus 6.6-15; Jonas 1—3.

Caro(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos conhecerão mais uma etapa do plano de Deus para salvar o ser humano da condenação eterna. Essa etapa recebe o nome de arrependimento, uma prática importante que envolve a ação do Espírito Santo em nos convencer do erro e nos mostrar o caminho certo que agrada a Deus.

Quando somos convidados a crer no sacrifício de Jesus Cristo para nos salvar e o reconhecemos como nosso único, exclusivo e suficiente Salvador, Deus sela uma aliança conosco. Nesta aliança Ele promete cuidar de nós para que estejamos preparados para o grande Dia em que teremos de nos encontrar com Ele face a face (1 Ts 5.23,24).

Como ocorre em toda aliança, ambas as partes devem cumprir com o que foi combinado no momento em que a aliança foi selada. Em nosso caso, devemos cumprir a parte que nos cabe de forma obediente a fim de mantermos firme o compromisso com Deus. Sendo assim, o arrependimento é a resposta do homem à ação do Espírito Santo em seu coração.

Infelizmente, nos dias atuais, há pessoas que são resistentes à Palavra de Deus. Deus fala de diversas maneiras a fim de chamar o ser humano ao arrependimento. No entanto, alguns não querem obedecer, o que entristece muito ao Espírito Santo. A Bíblia declara que se ouvirmos a voz de Deus não devemos endurecer o nosso coração (cf. Hb 3.7,8). Quem endurece o coração para ouvir o que Deus tem a ensinar, infelizmente, acaba trazendo consequências desastrosas para sua vida, porquanto, há caminhos que parecem corretos aos olhos dos homens, mas, ao final, resultam em tristeza e morte (cf. Pv 14.12).

O que Deus espera de cada pessoa é o arrependimento. Ele conhece a estrutura humana e sabe que não há nenhuma pessoa que tenha vivido muitos anos e nunca tenha pecado. Somente Jesus conseguiu realizar este grande feito. Por isso que somente Ele pode receber o nome de Filho Unigênito de Deus. Quanto a cada um de nós devemos nos arrepender e este deve ser um ato contínuo. A cada dia devemos reconhecer que não podemos ser salvos por conta próxima. Precisamos da graça divina para que alcancemos o perdão e assim sejamos purificados de toda injustiça.

Então, o que significa “arrependimento”? De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1389): “O significado básico de arrependimento (gr. metanoeo) é ‘voltar-se ao contrário’; dar uma volta completa. Trata-se de abandonar os maus caminhos e voltar-se para Cristo e, através dEle, para Deus (At 8.22; 26.18; 1 Pe 2.25; Jo 14.1,6)”. Sendo assim o arrependimento é necessário, pois sem arrependimento não alcançaremos a remissão de nossos pecados, embora seja desejo do coração de Deus nos perdoar e salvar.

Para complementar o ensinamento da lição, compartilhe com seus alunos a seguinte atividade:

Distribua folhas de papel A4 para cada um de seus alunos e peça que escrevam a palavra pecado com letras maiúsculas em tamanho grande no centro da folha. Em seguida, peça que amassem a folha até formar uma bolinha de papel. Depois, peça que desamassem a folha e tentem deixá-la do modo como estava antes desse processo. É óbvio que eles não vão conseguir. Aproveite para explicar que assim o pecado faz em nossas vidas. Por mais que tentemos não conseguimos remover as marcas causadas pelo pecado. Mas graças a Deus por Jesus Cristo, pois crendo nEle, podemos receber o perdão divino e nascer de novo para viver uma nova vida de santidade e comunhão com o Criador.
Por Thiago SantosEducação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Pré-Adolescentes. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 05 - 1º Trimestre 2018 - A Unidade na Diferença - Adolescentes.

Lição 5 - A Unidade na Diferença Adolescentes.

1º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
1 – O PAI E O FILHO SÃO UM
2 – NÃO SOMOS DO MUNDO
3 – PARA QUE TODOS SEJAM UM
4 – PARA QUE O MUNDO CONHEÇA JESUS

OBJETIVOS
Destacar que o Pai e o Filho fazem parte de uma unidade composta;
Demonstrar que não pertencemos a este mundo do mesmo modo que Cristo não pertenceu;
Apontar que a vontade de Deus é que tenhamos um relacionamento unificado com Ele.

Professor, professora, recobrar o conteúdo da lição anterior e recapitular brevemente lições mais remotas é um exercício pedagógico importantíssimo para o aprendizado do aluno da Escola Dominical. Por isso, refresque a memória dos alunos a respeito da lição passada por meio do esquema abaixo:

1 – MARTA E MARIA
2 – JESUS AMAVA SEUS AMIGOS
3 – O MILAGRE DA RESSURREIÇÃO
4 – TIRAI A PEDRA!

Mostre que na lição passada a característica de lealdade na amizade cristã foi assunto central da aula. Nesta semana, estudaremos um tema que é um desdobramento da temática da lição passada: a Unidade na Diferença.
Professor, professora, sugerimos introduzir a lição com o texto abaixo:

“Cristãos sofrem perseguição de todos os lados no Paquistão

Segundo Portas Abertas, o país é o 5º na Classificação a Perseguição Religiosa 2018Shahzad não sabe ler e não sabe o que a Bíblia diz; também não sabe o significado da palavra ‘salvação’, mas é discriminado por ser cristão. Shahzad é um nome reconhecidamente cristão e significa “filho do Rei”. Por causa do seu nome, muitas ofertas de trabalho lhe foram negadas e pagamentos não recebidos quando descobriam sua religião.
Shahzad é um dos muitos nascidos em uma família cristã, mas que não têm acesso à igreja ou comunhão do corpo de Cristo. Seu pastor o visita ocasionalmente para orar com ele, mas raramente há algum estudo bíblico. Somente em seu vilarejo há cerca de 300 cristãos na mesma condição que ele.
O cristão perseguido trabalha em fazendas ou em construção, com salários extremamente baixos, chegando a um dólar por dia. “Aqui você enfrenta problemas de segurança, injustiça e dívidas regularmente e luta para manter a lenha para o fogão em casa para que sua família possa ter uma refeição por dia. Em alguns dias só há o suficiente para uma criança comer”, conta Shahzad.
Ele também é ciente da perseguição na vida dos filhos: “Eles não podem ir à escola e nem mesmo brincar no playground por ser cristãos”. Um pesquisador da ALIVE, organização parceira da Portas Abertas, afirma: “Para uma pessoa como Shahzad, a escola cristã mais próxima é em uma cidade a cerca de 30 quilômetros de onde mora. Então ele não tem outra opção a não ser baixar a cabeça e trabalhar por um futuro para sua família”.
Eles têm apenas uma certeza na vida: de que não são Muçulmanos 
A estimativa oficial de cristãos “com igreja” no país é de 3,9 milhões, mas pesquisadores da ALIVE, acreditam que haja mais de 5 milhões de “cristãos sem igreja” ou “cristãos não-alcançados”. O que sabemos com certeza é que o número de cristãos sem acesso a discipulado e estudo bíblico é extremamente alto.Por outro lado, a falsa esperança é oferecida em todos os lugares. Os muçulmanos fazem promessas de uma vida melhor aos cristãos que se convertem ao islamismo. A razão pela qual a maioria dos “cristãos sem igreja” não se converte ao islã é porque eles têm apenas uma certeza na vida: de que não são muçulmanos.”
(Texto extraído do site de notícias CPADNEWS. Conteúdo disponível em: http://www.cpadnews.com.br/universo-cristao/42964/cristaos-sofrem-perseguicao-de-todos-os-lados-no-paquistao.html. Acesso em 25 de Jan. de 2018).

O texto diz respeito à perseguição dos cristãos em países islâmicos. A reportagem mostra a dificuldade de o cristão em estar reunido na comunhão com pessoas que professam a mesma fé dele. Faça a transposição dessa imagem para sua classe, perguntando: “Damos o devido valor à reunião de comunhão com outros irmãos, algo que qualquer cristão perseguido anelaria?”.

Boa aula! 

Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD

Lição 04 - 1º Trimestre 2018 - Jesus é Superior a Josué - O Meio de Entrar no Repouso - Adultos.

Lição 4 - Jesus é Superior a Josué – O meio de entrar no Repouso

 1º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – JESUS PROVEU UMA MENSAGEM SUPERIOR A DE JOSUÉ
II – JESUS PROVEU UM DESCANSO SUPERIOR AO DE JOSUÉ
II – JESUS PROVEU UMA ORIENTAÇÃO SUPERIOR A DE JOSUÉ
CONCLUSÃO

PONTO CENTRALEnquanto Josué proporcionou um descanso terreno, temporário e incompleto para Israel, Jesus Cristo proveu um descanso celestial, eterno e completo para a Igreja.

OBJETIVO GERAL
Demonstrar que Jesus é superior a Josué na mensagem e no provimento de repouso para o povo de Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Mostrar que a mensagem de Jesus é superior a de Josué;
II. Mencionar a provisão de um descanso superior ao de Josué;
III. Apontar a superioridade da orientação de Jesus em relação à de Josué.
1POR MARCELO OLIVEIRA DE OLIVEIRA 
1. INTRODUÇÃO GERAL
Professor, professora, recobrar o conteúdo da lição anterior e recapitular brevemente lições mais remotas é um exercício pedagógico importantíssimo para o aprendizado do aluno da Escola Dominical. Tenha em mente que o seu papel na classe é o de um bom “garçom”, o indivíduo que serve ao próximo despretensiosamente. Essa imagem é importante, pois, infelizmente, muitos professores dão aulas do ponto de vista do próprio “nível de entendimento”, ignorando que o espaço da Escola Dominical, principalmente o da classe de adultos, é formado por pessoas com níveis diversificados de conhecimento e de estudo. Por isso, não faz sentido o(a) professor(a) tecer críticas tais como: “o conteúdo da lição é muito fraco”. Mas “fraco” do ponto de vista de quem? Do dele ou do aluno?

Ora, se o(a) professor(a) da Escola Dominical tem em sua classe alunos “bacharéis” em teologia, cabe a ele(a) adaptar sua aula ao nível de bacharel: linguagem acadêmica, exercícios das línguas originais na leitura bíblica e etc. Mas se a realidade da classe do(a) professor(a) não for essa, o caráter virtuoso revelado nas Sagradas Escrituras exige desse(a) professor(a), a exemplo de Jesus, que usou as parábolas como meio de comunicação popular, um compromisso espiritual em ensinar “as virtudes do céu” ao aluno com a linguagem sã e compreensível, de modo que o “douto” e o “não-douto” entendam e sejam edificados em Cristo. Portanto, o(a) professor(a) não deve perder tempo tentando transformar a classe de Escola Dominical em “faculdade teológica”. Esse senso de realidade é imprescindível para o bom ensino bíblico e, assim, evita-se uma decepção desnecessária. Vamos recapitular a lição anterior? 
2. RECAPITULANDO A LIÇÃO ANTERIOR
No tópico um da aula passada, vimos que o objetivo do comentarista foi o demostrar a tarefa de Cristo (em relação a vocação, missão e mediação) como ação superior a de Moisés. No tópico dois, destacou-se a autoridade de Cristo, que diferente a de Moisés, estava fundamentada em seu papel de Construtor, não só administrador; de Filho, não apenas servo; e estabeleceu uma igreja viva, não um tabernáculo. Por fim, vimos a singularidade da mensagem de Jesus no tópico três e o perigo de que os crentes correm quando a ouvem, mas não atende; veem, mas não creem; começam, mas não terminam. Portanto, a superioridade de Cristo em relação ao ministério de Moisés, o respeitado legislador da Lei dos judeus, foi exposta para a igreja hebréia com o objetivo de mostrá-la a seriedade com que devemos reverenciar a bendita pessoa de Jesus. Se no capítulo três do livro, o escritor falou de Moisés, no capítulo quatro é a hora de mostrar que Jesus também é superior a Josué, o líder herdeiro de Moisés responsável de levar ao povo a herdar uma terra.
3. INTRODUÇÃO À LIÇÃO
Professor, professora, sempre é bom dar as boas vindas aos alunos, perguntar como foi a semana, se há algum pedido de oração, pois é possível que haja alguém passando por alguma dificuldade pessoa, o que, por natureza, tem a potencialidade de tirá-lo do foco da aula. Por isso, acolher o pedido de oração dessa pessoa e apresentá-lo a Deus, juntamente com a classe, fará dois bens imediatos ao aluno(a): espiritual, pois a demanda dele(a) será apresentada ao Deus Altíssimo; psicológico, pois o(a) aluno(a) se sentirá acolhido.  Para o início da aula, sugerimos que reproduza o esquema que consta na página 28 da revista Lições Bíblicas Adulto Professor e que reproduzimos abaixo:
JOSUÉ → Terreno → Temporário → Incompleto
JESUS → Celestial → Eterno → Completo
Mostre desde o início que da aula, conforme o esquema, que a intenção do escritor aos Hebreus é a de fazer o contraste entre o ministério de Cristo com o de Josué, um líder muito importante no assentamento do povo na Terra de Canaã, o que fez com que o povo judeu o obedecesse. Entretanto, Jesus é maior do que Josué. O seu ministério é mais completo que o do líder guerreiro israelita. Qual deve ser o nosso comportamento em relação a Jesus? 
4. TÓPICO I: JESUS PROVEU UMA MENSAGEM SUPERIOR A DE JOSUÉ
Neste primeiro tópico, três coisas devem ser destacadas em relação à mensagem de salvação anunciada por Jesus, ouvida e proclamada pelos apóstolos e confirmada com a operação do Espírito Santo (conforme os capítulos um e quatro de Hebreus): Essa mensagem deve ser recebida por fé (item um); essa mensagem deve ser obedecida; essa mensagem deve ser recebida em contrição. Note como o tópico tem um desenvolvimento doutrinário-soteriológico (dinâmica da salvação): (1) mensagem de salvação recebida por fé; (2) perseverança em obediência; (3) vida contrita e experiencial em Deus. É impossível não relacionar esse tópico com uma fé bem experimentada que ocorreu em milhares de vidas no Movimento Pentecostal, onde pessoas ao longo da história acolheram a tão grande salvação por fé, perseveraram obedientemente nela e viveram estimuladas à contrição espiritual. Nesse aspecto, a espiritualidade pentecostal é muito rica.
Assim, recomendo a leitura da coleção editada pela CPAD, “Coleção Pioneiros Pentecostais” – obra de Gunnar Vingren, Daniel Berga e a história da Assembleia de Deus contada por Emílio Conde –, bem como outras: Nels Nelson, o Apóstolo Pentecostal Brasileiro; Gustavo Bergston; Frida Vingren; Lewi Pethrus. Há outra coleção muito edificante, também editada pela CPAD: “Clássicos do Movimento Pentecostal”. Grandes expressões do Movimento Pentecostal no mundo. É importantíssimo ter contato e conhecer a envergadura espiritual de nossos primeiros pais!  
5. TÓPICO II: JESUS PROVEU UM DESCANSO SUPERIOR AO DE JOSUÉ
Neste segundo tópico, há destaque para a campanha militar da conquista de Canaã (item um). Essa campanha não deu um descanso completo para a nação de Israel. Aqui, vale rememorar o exemplo do Israel Moderno que se encontra na Antiga Canaã, mas tal qual aquela época, não possui o controle pleno da terra hoje. Tal acontecimento aguarda o comprimento fiel e literal das profecias de Isaías, Jeremias, Ezequiel e Zacarias, por exemplo. Essa promessa está fundamentada em pelo menos quatro alianças incondicionais de Deus com esse povo que aparecem claramente nas Sagradas Escrituras: (1) Aliança abraâmica (Gn 12.1-3); (2) Aliança palestina (Dt 30.1-10); (3) Aliança davídica (2 Sm 7.10-16); (4) Nova Aliança (Jr 31.31-40).2  Porém, Josué não foi o agente cumpridor dessas alianças. Diferentemente de Israel, a Igreja não tem promessa de conquista de uma região geográfica, mas a celestial (cf. 1 Co 3.11-15). Nesse sentido, a herança da Igreja é total, garantida plenamente mediante a suficiência do sacrifício vicário de Jesus Cristo e confirmada pela sua vinda iminente, literal e gloriosa.

No item 2 é importante ser cuidadoso com o “tipo”. É bom ter uma boa definição dessa expressão, como esta: “Na ciência teológica significa estritamente a relação representativa preordenada que certas pessoas, acontecimentos e instituições do Antigo Testamento têm com pessoas, acontecimentos e instituições correspondentes do Novo”.3  Veja que expressão remonta um aspecto técnico usado pelos escritores bíblicos, e confirmado pelos hermeneutas, o que não significa por outro lado, que o escritor aos Hebreus esteja dizendo, por exemplo, que a Canaã Terrena é uma “profecia da Canaã Celestial” futura. O tipo é um exemplo de ilustração muito usado nos tempos bíblicos para realçar uma doutrina do Novo Testamento com histórias do Antigo. Em Gálatas, o apóstolo Paulo usou as imagens de Agar e Sara como tipos da relação da Lei e da Graça. Ora, por acaso, Agar significa literalmente a Lei? E Sara significa literalmente Graça? Compreendeu a diferença? 
6. TÓPICO III: JESUS PROVEU UMA ORIENTAÇÃO SUPERIOR A DE JOSUÉ
A orientação de Jesus para a Igreja é viva, pois sua Palavra Viva está (item 1)!

As Escrituras atestam que as palavras de Jesus “são espírito e vida” (Jo 6.63). Quem conhece a verdade é liberto para sempre (Jo 8.32). Nesse sentido, a orientação de Jesus é eficaz (item dois). Eficaz porque tem um objetivo central de atingir o coração do ser humano e, por isso, essa orientação acontece por meio de uma Palavra Penetrante (item três) – este aspecto só a Palavra de Deus apresenta. Não há nada que pode adentrar ao lugar mais escondido no interior do ser humano que a Palavra de Deus (v.12). Diferentemente de Josué, a orientação de Jesus faz uma revolução interior sem igual, em que a melhor expressão para descrever esse fenômeno sobrenatural é a promessa feita por Jesus para quem crê no Evangelho: “rios de água viva correrão do seu ventre” (Jo 7.38).   
7. CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos que nosso Senhor proveu uma mensagem superior, um descanso superior e uma orientação superior a de Josué. Nesse aspecto, propomos as seguintes aplicações:
1. Recebamos a mensagem de Cristo com fé.
2. Obedeçamos com toda a nossa vida a mensagem que acolhemos com fé.
3. Tenhamos um coração contrito, ansioso e desejoso pela presença de Deus.
4. Tenhamos a consciência de que um dia desfrutaremos do descanso completo, mas hoje já posso desfrutar parcialmente dessa bênção hoje.
5. O descanso de Jesus é real, verdadeiro, inteiro.
6. O descanso de Jesus não é passageiro, como fumaça; mas atemporal e eterno.
7. A Palavra de Jesus vivifica a nossa vida.
8. A Palavra de Jesus é eficaz, segundo o propósito decretado por Deus.
9. A Palavra de Jesus alcança onde ninguém mais pode alcançar.

1 Marcelo Oliveira de Oliveira é redator do Setor de Educação Cristã da CPAD; Bacharel em Teologia e Licenciado em Letras.  Marcelo Oliveira de Oliveira é redator do Setor de Educação Cristã da CPAD; Bacharel em Teologia e Licenciado em Letras.
2 Cf. PENTECOST, J. Dwight. Manual de Escatologia: Uma análise detalhada dos eventos futuros. Trad. Carlos Osvaldo Pinto. São Paulo: Editora Vida, 2006, pp.95-153.
3 TERRY apud PENTECOST, 2006, p.76. 

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão disponíveis toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não se trata de uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Lição 04 - 1º Trimestre 2018 - A Tentação de Jesus - Jovens.

Lição 4 - A Tentação de Jesus - Jovens. 

1º Trimestre de 2018
INTRODUÇÃO
I - A TENTAÇÃO DOS HEBREUS NO DESERTO
II - A TENTAÇÃO DO USO DO TEMPLO PARA EXPLORAÇÃO
III - A TENTAÇÃO DO USO INDEVIDO DO PODER 
CONCLUSÃO 

Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:

Mostrar a tentação dos hebreus no deserto;
Explicar a tentação do uso do Templo para exploração;
Conscientizar a respeito dos perigos do uso indevido do poder.
Palavra-chave: Tentação.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
A Tentação do Sustento Material no “Deserto” (Mt 4.1-4)
A primeira tentação de Jesus está relacionada com necessidade do sustento material. Está relacionada diretamente com o impulso do povo hebreu de infidelidade quando o suprimento das necessidades materiais, em especial a alimentação, era colocado em risco.
a) A relação de Mateus 4.1-4 com a caminhada dos hebreus no deserto
Existe uma relação direta entre a narrativa de Mateus 4.1-11 e a narrativa da travessia dos hebreus pelo deserto, em especial três capítulos de Deuteronômio (Dt 6—8). O quadro comparativo abaixo ajuda a entender essa intertextualidade:
Quadro Comparativo 
Mateus 4.1-11Deuteronômio 6 —8
“Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.” (Mt 4.1)Deus conduz o povo ao deserto e o submete à prova (Dt 8.2-32).
“e, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome.” (Mt 4.2)“Subindo eu ao monte a receber as tábuas de pedra, as tábuas do concerto que o SENHOR fizera convosco, então fiquei no monte quarenta dias e quarenta noites; pão não comi e água não bebi.” (Dt 9.9)
“Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.” (Mt 4.4)“E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram, para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas que de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem.” (Dt 8.3)
“e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra.” (Mt 4.6)“Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra.” (Sl 91.11-12)
“Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.” (Mt 4.7)“Não tentareis o SENHOR, vosso Deus, como o tentastes em Massá.” (Dt 6.16)
“Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles.” (Mt 4.8)“Então, subiu Moisés das campinas de Moabe ao monte Nebo, ao cume de Pisga, que está defronte de Jericó; e o SENHOR mostrou-lhe toda a terra, desde Gileade até Dã.” (Dt 34.1)
“Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás.” (Mt 4.10)“SENHOR, teu Deus, temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás.” (Dt 6.13)
O quadro demonstra que o texto de Mateus 4.1-11 está diretamente relacionado com Deuteronômio, que narra a história dos hebreus enquanto estavam no deserto, com destino à Terra Prometida. A única exceção é o Salmo 91.11, 12 que é utilizado pelo Diabo para contra argumentar com Jesus, quando se inicia a segunda tentação. Conhecer a história do povo hebreu no deserto e principalmente o texto de Deuteronômio foi fundamental para as respostas de Jesus ao Adversário. Ele reage a cada prova citando a Palavra de Deus e extraindo o princípio de cada passagem mencionada. Como aprendizado dessa prática de Jesus, Richards (2014, p. 19) comenta que “somos lembrados de que o poder libertador da Palavra de Deus não é liberado simplesmente pelo nosso conhecimento dela, mas somente quando a aplicamos”. Portanto, não é possível estudar a tentação de Jesus em Mateus sem considerar esses textos.
b) A tentação de Israel no deserto por 40 anos
A tentação de Jesus assemelha-se ao Haggadah judaico. Ele é um dos dois tipos de midraxe (deve ser usado em uma situação histórica particular e em seu contexto natural): halakhah e haggadah. Enquanto o halakhah é uma explicação da Lei, o haggadah é uma literatura talmúdica que não lida com a Lei, mas ainda faz parte da tradição judaica. Haggadah significa recitar, narrar ou recontar e é um dos mais importantes textos da tradição judaica. No início da Páscoa, judeus de todos os cantos da terra se reúnem para lê-lo ao redor da mesa. Ele contém a narrativa tradicional do Êxodo do Egito. Uma celebração da passagem dos israelitas da escravidão para a liberdade, passando necessariamente pelo deserto. O objetivo dos dois tipos de midraxe é a aplicação prática do texto ao presente dos seus leitores.
Quando os hebreus saíram da escravidão do Egito, onde abundava a injustiça, e caminhavam com a incumbência de criarem uma sociedade justa, tiveram que passar pelo deserto e residir nele por 40 anos. Deserto é lugar de fome, porém também é lugar de aliança, purificação e encontro com Deus (Êx 19.1ss). Segundo Barros (1999, p. 33), “a tentação do pão, do maná é a da garantia do sustento material”. No Egito, apesar da escravidão, a alimentação e necessidades básicas eram garantidas. Na caminhada pelo deserto, apesar da parcial liberdade, as condições não eram favoráveis e em várias oportunidades o povo teve que demonstrar sua confiança na dependência da ação divina. Muitos dentre o povo, nestas condições, colocaram em dúvida a proteção e o cuidado de Deus, tentando-o. Por isso, a maioria das pessoas que saíram do Egito não entrou na Terra Prometida. No momento da necessidade, duvidaram e murmuravam contra Deus (Êx 16.3-8), por isso ficaram pelo caminho. 
c) A tentação de Jesus no deserto por 40 dias
O Filho de Deus ser tentado não é uma coisa fácil de assimilar. Todavia, Mateus narra que Jesus foi levado para ser tentado logo depois de seu batismo, ou seja, quando recebe a revelação e autoridade dada por Deus de sua filiação divina e uma “autorização” para iniciar sua missão. Não parece ser desproposital essa sequência, pois as tentações de Jesus estão diretamente relacionadas com a maneira como Ele cumprira a sua missão como Resgatador da humanidade. Dessa forma, a narrativa da tentação aborda sobre o que o cristão deve estar atento em relação ao que pode impedir (injustiça e desigualdade) o Reino da justiça e o cumprimento da missão solidária. Jesus para ser o Salvador da humanidade precisava ser submetido às mesmas condições que a criatura a ser libertada (Hb 2.1,18; 4.15; 5.7-9). No entanto, é importante ressaltar que o fato de ser submetido à tentação não implica necessariamente ter cometido pecado. Nem toda tentação conduz ao pecado, isso depende de quem é submetido à tentação.

Storniollo (2016, p. 43) ao comentar sobre o período de 40 anos em que os hebreus caminharam pelo deserto afirma que “Jesus retoma essa parte da história do seu povo, e os quarenta dias de jejum recordam os quarenta anos de Israel no deserto, antes de entrar na Terra Prometida, onde havia justiça e vida para todos”. O jejum por 40 dias não era uma inovação, pois a Moisés (Dt 9.9,18; Êx 24.18; 34.28) e Elias (1 Rs 19.8) também é atribuído tal ação. O ser humano não tem condições de se abster de alimento e água por 40 dias. Em Atos 9.9 é citado um jejum de Paulo, mas de 3 dias, que é um período coerente com a tolerância humana. A literatura judaica é rica em simbologia, inclusive de números. O número 40 é utilizado várias vezes na Bíblia (Gn 7.4,12; Êx 24.18; Dt 9.9-11; 10.10; Dt 8.2; 29.5; Mt 4.2; Mc 1.13; Lc 4.2; At 1.3; Dt 25.3; 2 Cor 11.24; entre outras citações). Esse número quando se refere a dias ou anos, pode significar um período necessário e suficiente para determinada ação. Portanto, nem sempre tem o significado literal. Uma coisa é certa, a situação extrema de fome do deserto pode levar o ser humano a fazer o que não convém para sobreviver.

Na narrativa de Mateus, a sugestão dada a Jesus é usar o poder outorgado na posição de Filho de Deus e usar seus atributos para transformar as pedras em pães e saciar a sua fome (situação de jejum). A tentação é uma luta espiritual interna. Imagine se você tiver oportunidade de suprir suas necessidades, mas comprometendo sua missão, o que faria? Jesus, da mesma forma que os hebreus, passou por situações de dependência de Deus para que as suas necessidades materiais fossem supridas, todavia demonstrou confiança e não foi ingrato. Os cristãos de hoje, durante as crises e nos momentos em que suas necessidades materiais correm risco de não são supridas, devem lembrar o exemplo dos hebreus no deserto. Quem se apresenta como discípulo de Jesus, a exemplo dEle, precisa buscar a superação, mas sempre reconhecendo a dependência de Deus e confiando na sua proteção e seu cuidado.
Jesus foi desafiado como Filho de Deus a fazer uso de seus atributos divinos para satisfazer suas necessidades de natureza humana 1. Como ser humano ele estava sujeito à fome e à dor, como qualquer outra criatura humana. Jesus rebate a tentação utilizando a própria Palavra de Deus: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Dt 8.3). Richards (2014, p. 19) vê nessa resposta de Jesus afirmação de sua natureza humana, “sem apelar para a prerrogativa independente da divindade que Ele tinha voluntariamente deixado de lado na encarnação”. Todas as pessoas passam por tentações. Somente as pessoas que não precisam fazer opções não são tentadas. Mas, quem está isento de tomar decisões? Portanto, se for oferecida alternativa para suprir suas necessidades matérias, porém com exigências de que você viole os princípios bíblicos e sua missão como cristão, não abra mão de sua comunhão com Deus e a garantia as promessas dEle sua vida. Enquanto o povo hebreu murmura contra Deus por causa da fome (Êx 16.3-8), Jesus segue resignado para cumprir sua missão. Lembre-se das palavras de Jesus e escolha fazer a vontade de Deus, independente do custo! 
*Este subsídio foi adaptado de NEVES, Natalino das. Seu Reino Não Terá Fim: Vida e obra de Jesus segundo o Evangelho de Mateus.  1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017,   pp. 45-49.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 Em Jesus se forma a união indivisível da natureza humana com a natureza divina, chamado pela teologia de “união hipostática”.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Lição 04 - 1º Trimestre 2018 - O Amigo Leal - Adolescentes.

Lição 4 - O Amigo Leal - Adolescentes.

1º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO 1 – MARTA E MARIA
2 – JESUS AMAVA SEUS AMIGOS
3 – O MILAGRE DA RESSURREIÇÃO
4 – TIRAI A PEDRA!
OBJETIVOS
Conscientizá-los 
de que os amigos são mais importantes do que as coisas materiais;
Destacar 
que Deus age em nossas vidas na hora certa;
Informar 
que Deus quer nos tornar testemunhas da manifestação do seu poder.

AVIVAMENTO: A RESTAURAÇÃO DO VERDADEIRO SENTIDO DA VIDA

O salmista orou: “Não tornarás a vivificar-nos, para que o teu povo se alegre em ti?” (Sl.85.6). Ele reconhecia que o povo de Deus era espiritualmente impotente; o fogo da devoção estava baixo; a alegria se fora: “Vivifica-nos”, clamou, mas o que queria dizer? Que é avivamento?

Muitos hoje pensam que o avivamento é uma série de encontros com o fim de acender o interesse pela Igreja. Outros acham que é uma forma de emocionalismo religioso. Mas duvido que tais ideias acerca do termo tenham passado pela cabeça do salmista.

Avivamento significa acordar e viver. No Antigo Testamento, a palavra para avivamento vem de outra que significa “viver”, que originalmente carregava o sentido de respiração, visto que a respiração é a expressão de vida em todos os seres animados. Daí poder-se dizer dos ossos secos: “Eu porei respiração dentro de vocês e os farei viver de novo” (Ez 37.5 [BLH]; cf. 37.6,14; Jó 33.4; 1 Rs 17.22). Avivamento, ou vida, era “respirar na respiração de Deus”. Como vimos aqui, a ideia enfatizada é que a fonte dessa vida está em Deus.

A palavra correspondente no Novo Testamento significa “ressuscitar” (Ap 22.5; Rm 14.9; cf. 7.9). O termo, conforme usado por Jesus, denota a mudança na vida de um filho pródigo penitente que retorna à casa do pai, no sentido de que o filho que estava “morto” e agora “reviveu” (Lc 15.24,32). Outras palavras comparam o avivamento ao reacender de uma chama que se apagava aos poucos (2 Tm 1.6) ou a uma planta que lança novos brotos e “floresce novamente” (Fp 4.10).

A ideia básica de avivamento é sempre o retorno de algo à sua verdadeira natureza e propósito. De acordo com a história da redenção, o avivamento pode ser visto como “uma obra diferente e soberana de Deus, em que Ele visita seu povo, restaurando, reanimando e liberando-o para a plenitude de sua bênção”. Por seu poder, “grandes energias, até então adormecidas, são despertadas, e novas forças – que há muito vêm sendo preparadas no interior – ganham vida”. No despertar do avivamento, vem a vida – vida em sua plenitude, vida transbordante de amor e poder divino.

É claro que nem todos os detalhes sobre essa nova vida podem ser plenos. Sendo uma ação sobrenatural do Espírito, há sempre um quê de mistério. Mas uma coisa é certa – no avivamento, homens e mulheres revivem para a vida de Deus.

Transformação pessoal

O avivamento torna-se evidente pela mudança operada no coração pelo Espírito Santo. A extensão de sua ação pode variar, e há diferenças na forma como se expressa, mas o avivamento é manifesto “onde quer que você veja [a vida espiritual] levantando-se de um estado de considerável depressão para uma situação de vigor e força maior”.

A transformação mais imediata é a renovação da experiência cristã individual. Quando alguém corresponde inteiramente à divina graça, há uma maravilhosa certeza do perdão dos pecados; o coração é limpo, a alma é livre. A fé não vacila ante as promessas de Deus. A oração palpita com o aroma do céu. O amor enche o coração com canções, e o louvor é espontâneo. Ainda há sofrimentos e tentações, mas no centro de tudo está o rosto resplandecente de Deus, brilhando no interior do ser. Cristo é real, a sua paz preenche a alma, sua vitória derrota o mundo.

Do ponto de vista do cristianismo do Novo Testamento, não há nada de incomum na experiência do avivamento. É assim que as pessoas deveriam sempre viver. Nas palavras de Roy Hession: “É simplesmente você e eu andando pela Estrada em completa identidade com o Senhor Jesus e uns com os outros, com cálices continuamente purificados, deles transbordando a vida e o amor de Deus”.

Ou, como Charles G. Finney explica, avivamento simplesmente “consiste em obedecer a Deus”, o que significa que é obrigação mais elementar do homem.

O avivamento, no sentido pessoal, deveria ser uma realidade constante. A ideia de que o avivamento é “algo que ocorre em épocas e períodos especiais” é consequencia da natureza volúvel do homem, não da vontade de Deus. Infelizmente, a maioria de nós experimenta aqueles momentos de apatia espiritual que tornam o avivamento necessário. Mas se vivêssemos continuamente na plenitude do Espírito de Cristo, como Deus deseja, o avivamento seria um estado permanente.
 
Nova vitalidade para a igreja

Mas o avivamento implica mais que bênçãos pessoais. Quando pessoas se despertam para a realidade de Cristo e essa experiência é multiplicada em outras vidas, a igreja sente uma nova unidade de fé e propósito – uma genuína comunhão no Espírito.  Quando os crentes são aproximados da Cabeça do corpo, eles são “aproximados uns dos outros em amor santo”. Isso não implica em acordo fechado em qualquer situação, mas, de forma bem marcante, o avivamento cria um ambiente em que discípulos de verdade, sinceros, caminham juntos, enquanto as diferenças menores são resolvidas no compromisso maior de uma missão comum.

Ao encher nossos corações, o amor de Cristo nos faz preocupar com as pessoas a quem Deus ama e por quem Ele deu seu filho. Dessa compaixão, nasce a força que compele à evangelização. O mandamento de fazer discípulos de todas as nações não pode ser desprezado. No mesmo espírito, nossa preocupação social se volta para os oprimidos e aflitos. A obrigação torna-se uma alegria. O amor transborda naturalmente quando o coração está cheio.
É inevitável que a sociedade sinta o impacto de uma renovação entre os cristãos. Quando o Evangelho progride em palavras e ações, o mundo percebe que aquelas pessoas estiveram com Jesus. Os pecadores são tocados e passam a buscar o salvador. Restituições são feitas. Lares destruídos são restaurados. Os padrões morais do povo melhoram. A integridade começa a ganhar espaço no governo. À medida que o Espírito do avivamento prevalece, a misericórdia, a justiça e a honestidade vão enchendo a terra.

Texto extraído da obra “A Chegada do Avivamento Mundial” de Robert Coleman, editado pela CPAD.
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD
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Lição 04 - 1º Trimestre 2018 - Recebendo a Salvação - Pré Adolescentes.

Lição 4 - Recebendo a Salvação        Pré Adolescentes.

1º Trimestre de 2018

A lição de hoje encontra-se em: Efésios 2.8; Romanos 6.23.

Caro(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão que a Salvação é um presente que precisa ser recebido. Isso significa que a pessoa deve manifestar fé e interesse por ser salvo. Tratar deste assunto é de extrema importância, pois refere-se ao destino da pessoa por toda a eternidade. Por isso, todo aquele que ensina a respeito da Salvação precisa compreender como ela ocorre para que não sejam cometidos alguns equívocos.

Primeiramente é importante salientar que a Salvação não vem das obras (cf. Ef 2.8,9). Isso significa que não há nada que o ser humano possa fazer para recebê-la. Como já vimos em outras ocasiões, a Salvação é um presente de Deus, Ele mesmo decidiu conceder-nos a Salvação unicamente pelo fato de nos amar. Em consequência disso, Deus enviou o seu Filho Amado para cumprir a pena de morte em nosso lugar e assim renovar a nossa comunhão com Ele. As obras não são a causa da Salvação, e sim a consequência de sermos salvos em Cristo, isto é, somos salvos não pelas obras, mas para a prática de boas obras (cf. 2.10).

Em segundo lugar é preciso enfatizar que a Salvação é pela graça. Significa dizer que não merecíamos a Salvação, visto que a constante inclinação do ser humano pelo pecado o levou à morte e separação de Deus. Estávamos mortos em nossos pecados, mas Deus, por sua maravilhosa graça, mediante a fé, nos ressuscitou em Cristo Jesus (cf. Ef 2.5,6). Dizemos “mediante a fé”, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e recompensa aos que o buscam (cf. Hb 11.6). Esse é o segredo de agradarmos a Deus.

E, por último, é necessário que aquele que crer no filho de Deus o confesse perante os homens. “Com o coração se crê para justiça, e com a boca se faz confissão para a Salvação” (Rm 10.10). Confessar a Cristo como Salvador e Senhor é a mais sincera demonstração de um coração que verdadeiramente teve um encontro com Cristo. Essa declaração não parte apenas dos lábios de quem apenas diz, mas do estilo de vida de quem vive e pratica os ensinamentos daquele que transformou sua vida. A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, pp. 1718-19) complementa esta verdade:
Quando os crentes no Novo Testamento chamavam Jesus de ‘Senhor’, não se tratava de mera profissão de fé, ou uma simples repetição, mas de uma atitude sincera e interna do coração (cf. 1 Pe 3.15), pela qual colocavam Cristo como único e supremo Senhor sobre a totalidade das suas vidas (Lc 6.46-49; Jo 15.14). Jesus precisa ser aceito como Senhor dos assuntos espirituais, no lar e na igreja, bem como em todas as áreas da vida, inclusive a intelectual, a financeira, a educacional, a recreativa, vocacional, etc. (12.1,2; 1 Co 10.31).

Sujeitar nossas vidas ao senhorio de Cristo é viver de modo que tudo quanto fizermos tenha o propósito de agradar-lhe. Não são poucas as vezes que chamamos a Cristo de Senhor, quando na verdade não estamos expressando a mesma confiança com o nosso estilo de vida. Isso nos lembra as palavras pronunciadas pelo profeta Isaías quando disse: “Esse povo ora a mim com a boca e me louva com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A religião que eles praticam não passa de doutrinas e ensinamentos humanos que eles só sabem repetir de cor” (Is 29.13). Deus fala expressamente por intermédio do profeta que o coração do povo estava distante do Senhor. Do mesmo modo, quando acostumamos conhecer a Deus apenas de forma literária, torna-se muito difícil conhecê-lo realmente. O Senhor se revela para aqueles que o temem e obedecem a sua Palavra. Quem assim o busca, desfrutará da Salvação eterna que somente Ele pode conceder.

Aproveite a ocasião e converse com seus alunos a respeito do que significa receber a Salvação. Ensine que receber a Salvação é declarar a fé em Jesus Cristo, o único meio pelo qual podemos ser salvos. Mostre que estar salvo é viver um estilo de vida resultado da comunhão com Deus. Quem, de fato, está próximo de Deus se relaciona bem com Ele e com o próximo. Quem tem um relacionamento verdadeiro com Deus não se contenta somente em conhecer os ensinamentos de Cristo, mas sente a alegria em colocá-los em prática, mesmo que isso signifique abrir mão dos próprios anseios e vontades. 
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
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