segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Lição 12 - 3º Trimestre 2018 - A Cura da Mulher que tinha um Fluxo de Sangue - Jovens.

Lição 12 - A Cura da Mulher que Tinha um Fluxo de Sangue

3º Trimestre de 2018
Introdução
I-Uma Atitude Ousada de Alguém que Padecia
II-A Virtude que “Saiu” do Senhor
III-A Fé que Salvou uma Mulher
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Traçar a trajetória do Mestre em face da perseguição dos adversários religiosos;
Estimar as pessoas “invisíveis” e as ações que devem ser realizadas no sábado;
Comparar o bem realizado pelo Mestre com a maldosa decisão dos adversários religiosos.
Palavras-chave: Milagre.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor César Moisés Carvalho:
 
Como parece ser típico de Marcos, trata-se de mais um episódio em estilo “sanduíche”, ou mais tecnicamente, “intercalação”1, assim como o milagre que foi abordado no capítulo dez (cf. Mc 2.1-12), pois o relato da revivificação da filha de Jairo (Mc 5.21-24,35-43) é interrompido pela cura da mulher com hemorragia (5.25-34). Foi durante o trajeto para a casa deste homem que aconteceu de estar entre a multidão uma mulher que há doze anos padecia de uma hemorragia inestancável (v.25). Esta havia empregado todas as suas economias com a medicina da época, porém, não obtivera nenhum êxito, antes, seu estado de saúde tornara-se cada vez pior (v.26). Tal informação indica que além de padecer com a doença, esta mulher também havia empobrecido, tornando sua situação ainda mais grave. Há semelhanças e contrastes nos dois episódios, Jairo, por ser um dos principais da sinagoga, provavelmente é alguém abastado (vv.22,36,38), enquanto a mulher hemorroíssa é pobre (v.26). A filha de Jairo tem apenas doze anos, portanto, está na pré-adolescência (Lc 8.42), ao passo que a mulher do fluxo de sangue padece, há exatos doze anos do mal que a aflige (v.25). Xavier Alegre, citando P. Mourlon Beernaert, afirma que a presente perícope, dentro do plano literário de Marcos, está situada num contexto de estrutura concêntrica que fora precedido por uma “jornada de parábolas” cujo objetivo era desvelar “o mistério do Reino” (4.1-34), isto é, através de “palavras”, ao passo que a partir de então, ou seja, de 4.35 até 5.43, apresenta-se os “gestos poderosos de Jesus”, evidenciando assim “o poder do Reino” que se mostra em “atos”2.  Assim, apesar de os sinóticos também relatarem o episódio (Mt 9.20-22; Lc 8.43-48), em Marcos, os “detalhes na descrição dos dois milagres [da mulher e da filha de Jairo] demonstram a importância que o evangelista dá ao ensinamento de Jesus por meio de ações”3.  O Evangelho de Jesus Cristo vai sendo desvelado, não apenas através do alegre anúncio, mas sobretudo com a verdade de que o Reino de Deus se iniciara (Mc 1.1,15) e a prova disso é que pessoas são curadas e muitas, depois de mortas, são trazidas novamente à vida.
O texto diz que a mulher veio por detrás do Senhor e “tocou em sua vestimenta” (v.27).Tal atitude de “tocar” na orla da veste de Jesus não é estranha, pois logo após o milagre da cura do homem que tinha uma das mãos mirrada, Marcos informa que o Senhor “disse aos seus discípulos que lhe tivessem sempre pronto um barquinho junto dele, por causa da multidão, para que o não comprimisse, porque tinha curado a muitos, de tal maneira que todos quantos tinham algum mal se arrojavam sobre ele, para lhe tocarem” (3.9,10; sem grifos no original). Mais à frente, após a cura da mulher hemorroíssa (vv.28,29), o evangelista relata, que “onde quer que [Jesus] entrava, ou em cidade, ou em aldeias, ou no campo, apresentavam os enfermos nas praças e rogavam-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla da sua veste, e todos os que lhe tocavam saravam” (Mc 6.56; sem grifos no original). Portanto, não era estranho o gesto da mulher. Todavia, é preciso lembrar que, conforme Jesús Bravo, citado por Xavier Alegre, “segundo a Lei da Pureza, Jesus ficou impuro por ter sido tocado pela impura e por ter tocado a menina morta, e se converte em transmissor da contaminação ritual e excluído da presença de Yahvé enquanto não se purificar”, pois “se não o fizer, deve ser apagado da assembleia de Israel”4.  Tal lembrança, remete às reflexões críticas já feitas por Castillo, de que “Jesus não deu importância alguma às minuciosas e complicadas normas sobre a pureza ritual (Mc 7,1-7)”5.  Juan Antonio Aznárez Cobo, diz a respeito desse episódio, que “Jesus, como em outros casos, nem sequer leva em consideração a infração”.6  Tal posição por parte de Jesus fica evidente desde a realização do primeiro milagre feito pelo Senhor, quando as talhas reservadas para a purificação dos judeus foram utilizadas para uma finalidade completamente oposta e cuja ordem partiu de Jesus (Jo 2.1-12). Da parte da mulher, porém, tal questão era vista de forma completamente restritiva, visto que “esse tipo de enfermidade implicava para uma mulher judia a impossibilidade de entrar no Templo e de participar nas festas religiosas, pois era impura do ponto de vista do culto”, conforme pode ser visto em Levítico 15.25 e Ezequiel 36.17, onde “o fluxo de sangue é considerado imagem do pecado”7.  Portanto, o próprio fato de ela imiscuir-se em meio à multidão já era algo extremamente significativo e audacioso, por isso mesmo, o seu medo diante da pergunta do Senhor acerca de quem o tocara (v.30). 
É importante retornar ao fato de que Jesus percebe claramente que dEle “saíra” virtude (v.30a), isto é, “força” ou “poder”. Tal virtude não lhe é apenas latente, mas evidente e conhecida dos escritores neotestamentários, pois ela não era um acessório, mas um instrumento a serviço do Pai no cumprimento do ministério terreno do Senhor (Lc 6.19). Ao discursar na casa de Cornélio, o apóstolo Pedro disse que Deus “ungiu Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude” e que por isso o Mestre “andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo” (At 10.38). O mesmo Lucas, referindo-se a Jesus, registra na narrativa paralela que trata da cura do paralítico de Cafarnaum, que “a virtude do Senhor estava com ele para curar” (Lc 5.17b). Portanto, a virtude que a mulher “extraíra” de Jesus, não se caracteriza como um ato reprovável, antes deve ser vista como a apropriação legítima de um poder que se encontrava à disposição dos que dele tinham uma clara e real necessidade. Contudo, os comentaristas são acordes no sentido de dizer que a intenção de Marcos pode ser colocar em evidência, com estes dois milagres, algo comum a ambos, ou seja, “o crescimento na fé salvífica”8.  Para este mesmo autor, o fato de Jesus perguntar “quem foi que o tocou, enquanto sabe que uma força de cura saiu dele”, somada à resposta banal dos apóstolos (v.31) que, surpreendentemente, parecem não entender o porquê de Jesus continuar “procurando com o olhar aquela que o tocou de maneira salvífica” (v.32), sugere que tais “elementos podem deixar intuir a mensagem que Marcos pretende comunicar”, isto é, “não é a confiança num gesto mágico que pode salvar, mas o encontro pessoal com Jesus mediante a fé”. Assim, a “mulher que tinha tentado alcançar a cura às escondidas obtém salvação mediante a sua fé explícita” (v.33), pois é “a palavra eficaz de Jesus: A tua fé te salvou, que transforma o gesto da mulher em fé salvífica, cf. 10,52”.9  No entendimento de J. Delorme, “manifestando-se a Jesus, a mulher saiu de uma fé ainda primitiva, misturada com elementos de magia, e caminhou para uma fé plena, que é uma relação pessoal com Jesus salvador”.10 
Portanto, o que a mulher experimentou, no momento da cura, já foi o início do que o Senhor finalmente confirmou ao dizê-la para ir em paz, pois a sua fé a salvara (v.34). Na verdade, o simples fato de se pensar em ir ao encontro de Jesus significa confiança. Em se tratando dEle e do momento histórico em que vivera, diz respeito a confiar em Alguém cuja reputação não era unanimidade, pois enquanto alguns o reconheciam como vindo de Deus, outros o achavam um enganador e charlatão. Felizmente, a mulher depositara sua fé na Pessoa certa e, por isso, não apenas recebeu a restauração que a tornou pura, como também a salvou. Finalizando esse capítulo é inevitável contornar as perguntas: E atualmente, o mesmo princípio é válido? As pessoas que acorrem às igrejas a fim de “apenas” receber a cura para sua enfermidade, mas não querem nada sério com Deus, serão “salvas” mediante a cura? Como lidar com tal questão? Inicialmente é preciso entender que há, segundo Berger, “dois tipos de relatos nos quais é pronunciada a frase ‘Tua fé te salvou’”.11  No primeiro deles, crê-se que “Deus é palpável em Jesus, o contato físico torna-se importante; e mais o contato pode tornar-se a expressão integralmente válida desta fé (Mc 5,34; Lc 7,50)”, posto que o ato de crer aqui “significa aceitar a presença salvífica de Deus em Jesus”. Uma vez que ao se tomar essa decisão, tal confiança significa uma aceitação de Jesus por entender que ao fazê-lo aceitava-se a Deus, recebia-se a cura e, juntamente com ela, o perdão dos pecados, ou seja, nesse caso o “milagre leva, em sua expressão visível, à cura abrangente do paciente”.
Contudo, conforme Berger, o segundo tipo de relato em que aparece a frase “Tua fé te salvou”, pode ser tomada de um exemplo conhecidíssimo ― a cura dos dez leprosos ―, relato que se encontra em Lucas 17.11-19. Conforme se sabe, dez leprosos são curados, e isso podia ser confirmado pelo sacerdote, mas apenas um retornou para “agradecer” a Jesus e assim “conferiu a honra a Deus, ou seja, por sua exaltação jubilosa da obra divina, ele optou por Deus” e, só, “então, abriu-se o caminho no qual foi salvo por meio de sua fé”12.  Em termos diretos, tal “significa que, em contraste com o primeiro grupo de textos, neste último grupo ainda não se obtém coisa alguma ao nível do ser purificado”, pois apenas “a gratidão e a confissão que glorificam a Deus constituem a fé que, agora sim, salva”.13  Para o mesmo autor, o “que sobressai é que em Lucas 17 a fé não significa, ainda, uma confissão cristã diante de Jesus”, contrariamente, “o samaritano glorifica a Deus diante da ação que tem lugar por meio de Jesus”.14  Assim, “enquanto os outros leprosos ficam longe de Jesus, o samaritano, agora curado e agradecido, vem à presença de Jesus a fim de jogar-se aos seus pés (e tocar seu joelho)”, ou seja, “a distancia em relação a Jesus foi superada”. Apenas após tal “distância ter sido superada, passa a valer a sentença ‘Tua fé te salvou’” e, por isso mesmo, neste particular, “Lucas 17 encontra-se em conformidade com os textos do primeiro grupo”, pois igualmente naqueles, “a frase ‘Tua fé te salvou’ só se tornava possível quando a pessoa em questão achegava-se a Jesus ou simplesmente o tocava”. A diferença encontra-se “apenas que, no caso de Lucas 17, a distância em relação a Jesus era maior (por causa da lepra, que aqui certamente significa a impureza em geral), precisando, por causa disso, ser superada só após a passagem por duas etapas”.15  O que se conclui, é que o recebimento da cura, ainda que interesseira, pode até mesmo ocorrer, mas a salvação só será uma realidade para aqueles que decidirem por seguir ao Senhor, devotando-lhe a vida que Ele mesmo deu para que a pessoa pudesse desfrutar.  
*Adquira o livro do trimestre de autoria de CARVALHO, César Moisés. Milagres de Jesus: A Fé Realizando o Impossível. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

1 CAMERY-HOGGATT, J. Marcos In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal, p.216.
2 ALEGRE, X. Estudo histórico-crítico In AGUIRRE, Rafael. (Org.). Os milagres de Jesus, p.153,154.
3 Evangelhos e Atos dos Apóstolos, p.86.
4  ALEGRE, X. Estudo histórico-crítico In AGUIRRE, Rafael. (Org.). Os milagres de Jesus, p.154. “Tanto no caso da menina como no da mulher com hemorragia, estamos diante de mulheres em estado de impureza: a última por suas perdas de sangue (cf. Lv 15,25) e a primeira por sua condição de cadáver quando Jesus chega a ela e a toca” (COBO, J. A. A. Análise narrativa In AGUIRRE, Rafael. (Org.). Os milagres de Jesus, p.192).
5 CASTILLO, J. M. Jesus: a humanização de Deus, p.163 (Grifos no original).
6 COBO, J. A. A. Análise narrativa In AGUIRRE, Rafael. (Org.). Os milagres de Jesus, p.185 (Grifos no original).
7 ALEGRE, X. Estudo histórico-crítico In AGUIRRE, Rafael. (Org.). Os milagres de Jesus, p.161.
8 FABRIS, R. O Evangelho de Marcos In BARBAGLIO, Giuseppe; FABRIS, Rinaldo; MAGGIONI, Bruno. Os Evangelhos (I), p.475.
9 Ibid., para esta e as demais citações desde a última referência (Grifos no original).
10 DELORME, J. Leitura do Evangelho segundo Marcos, p.66 (Grifos no original).
11 BERGER, K. É possível acreditar em milagres?, p.64.
12 Ibid., p.66.
13 Ibid.
14 Ibid., p.67.
15 Ibid., para esta citação e as demais desde a última referência.

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 12 - 3º Trimestre 2018 - Os Pães da Proposição - Adultos.

Lição 12 - Os Pães da Proposição

3º Trimestre de 2018
PONTO CENTRAL
Os pães da proposição simbolizavam a presença do Deus da provisão.
ESBOÇO GERAL
I – OS PÃES DA PROPOSIÇÃO
II – A PALAVRA DE DEUS, O PÃO DA VIDA
III – JESUS CRISTO, O PÃO QUE DESCEU DO CÉU
OBJETIVO GERAL
Compreender que a Palavra de Deus é o alimento que nos sustenta a alma, o coração e o próprio corpo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Mostrar o significado dos pães da proposição;
Reconhecer a Palavra de Deus como pão da vida;
Conscientizar de que Jesus Cristo é o Pão que desceu do céu.
Uma Breve História do Pão
Pr. Claudionor de Andrade
Nas linhas a seguir, esboçaremos rapidamente a história do pão que, conforme já dissemos, é o mais universal dos alimentos. Nos mais diversos formatos e nos mais variados sabores, é encontrado em todas as sociedades. Feito de trigo, de cevada ou de milho, o pão orna a mesa do rico e não deixa de embelezar a mesa do pobre. Comecemos por estudar essa palavra tão abençoada. 
A origem da palavra “pão”
A palavra “pão”, em português, origina-se do substantivo latino panis que, por seu turno, provém de um termo antiquíssimo: pa, que significa nutrição.
Para os romanos, acostumados ao amanho do trigo, o pão é aquilo que nutre o homem. Acredito que, desse conceito, ninguém discorda. Hoje mesmo, antes de assentar-me a escrever, precisei alimentar-me com uma gostosa fatia de pão integral. A partir daí, ganhei forças e disposição para dar sequência a este trabalho. Senhor, ajuda-me.    
A origem do pão
A história tem o Egito como a primeira padaria do mundo. Ali, às margens do Nilo, onde a fertilidade já era proverbial há cinco mil anos, os trigais espalhavam-se do Alto ao Baixo Egito. E, muito cedo, o egípcio veio a descobrir que o grão do trigo, se esfarinhado, levedado e levado ao forno, transforma-se num alimento nutritivo e delicioso.
No Egito, havia mais de trinta variedades de pães. Ovais, cônicos ou triangulares, eram tidos como a iguaria predileta dos deuses. Conta-se que o Faraó Ramsés III (1194 – 1163 a.C.) teria ofertado aos ídolos mais de duzentos mil pães.
Os padeiros tornaram-se tão requisitados no Egito, que não demoraram a organizar suas guildas e aquilo que, modernamente, chamamos de sindicato. Eram orgulhos de seu ofício; exigentes ao extremo. Às vezes, insuportáveis. Não foi sem motivo que o Faraó, nos dias de José, filho de Jacó, mandou executar o seu padeiro-mor. 
Antes de avançarmos, neste tópico, ressalvamos que há uma leve controvérsia quanto à origem do pão. Para alguns historiadores, este alimento teria surgido não no vale do Nilo, mas no vale entre os rios Tigre e Eufrates. Mas, se perguntarmos a um chinês acerca da proveniência do pão, é bem provável que ele nos responda que este não proveio nem do Egito, nem da Mesopotâmia, mas apareceu no vale do rio Huang He. Não obstante as controvérsias acadêmicas, o certo é que o pão aí está, em nossas mesas, todos os dias. Obrigado, Senhor.
O pão em Israel
Antes mesmo de os israelitas descerem ao Egito, precedidos por José e liderados por Jacó, o pão já fazia parte da dieta hebreia. A primeira referência que aparece, na Bíblia, acerca do pão é feita pelo próprio Deus ao disciplinar Adão: “No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás” (Gn 3.19, ARA). Até aquele momento, o homem não havia precisado amanhar a terra para arrancar dela o seu sustento; vivia da coleta exuberante do Éden. No entanto, a partir do juízo divino, teria ele de trabalhar arduamente, a fim de prover o seu pão diário.
Teria Deus se referido indiretamente ao trigo ao mencionar o pão? Vejamos o significado dessa palavra no idioma original do Antigo Testamento. A palavra hebraica lechem significa, além de pão, alimento, refeição, comida, mantimento e, também, pão sagrado ou da proposição.
Quer direta, quer indiretamente, o Senhor alertava Adão de que, a partir de agora, teria ele de processar arduamente o seu sustento diário. E, nessa proposição, temos bem presente a palavra de Paulo aos irmãos de Tessalônica. Aos desocupados daquela congregação, afirmou energicamente o apóstolo: “Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma” (2 Ts 3.10, ARA).
Sem trabalho não há pão; a agricultura é a base da riqueza das nações.
Acostumados a uma dieta rica e variada, os hebreus, já no final de sua estadia no Egito (cativeiro escancarado), tiveram de adaptar-se a um cardápio pobre e ralo; subsistência amarga. Nas panelas que lhes dava Faraó, havia carne e peixe; pão não havia. É o que inferimos deste lamento proferido numa das apostasias de Israel no Sinai: “Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; dos pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos” (Nm 11.5).
Por que o rei do Egito não lhes dava pão? Alimento destinado à comunhão social egípcia e à liturgia dos templos faraônicos, o pão jamais poderia, no imaginário egípcio, ser destinado a uma sociedade abominável e servil como a hebreia. Então, que o trigo do Nilo fosse trazido a Rá-Atum, a Hathor e a Osíris. Quanto aos filhos de Israel, que se contentassem com o refugo da mesa de seus amos.
De acordo com nossos padrões nutricionais, a dieta descrita no murmúrio hebreu parece rica. Mas, se numa mesa israelita faltasse o pão, nenhuma refeição estaria completa.
Libertos do cativeiro, os israelitas puderam retornar à sua dieta. Como não havia trigo para alimentar toda a multidão que atravessara o mar Vermelho, os levitas houveram por bem reservar o trigo, que ainda tinham e que de alguma maneira produziam, ao uso litúrgico. Para que o povo não viesse a desnutrir-se, proveu-lhes o Senhor o maná; pão dos anjos comungado aos homens.
O pão na Grécia
O trigo começou a ser processado como pão, na Grécia, quando as várias famílias helenas, chegadas do Leste, por volta do século XII a.C, instalaram-se naquelas paragens, que, ainda hoje, são acariciadas pelos ventos elísios. Para aquela gente de terra pobre e mente rica, os cereais eram considerados um dom dos deuses. Ou, mais propriamente, de uma deusa que, embora gentil e prestativa, era malcomportada e vingativa.
Filha de Cronos e de Reia, Deméter saiu pelo mundo, na companhia de Dionísio, a ensinar os homens a plantar e a colher. Por isso, reverenciavam-na como a divindade responsável pela agricultura. Em Roma, ela receberia outro nome: Ceres; daí a palavra cereal.
Por que os egípcios, gregos e romanos atribuíam o seu sustento a deuses nulos e inúteis, e não ao Todo-Poderoso? Que eles não ignoravam a existência de Deus, todos o sabemos. Pelo menos os gregos, conforme a narrativa lucana, haviam consagrado um altar ao Deus Desconhecido. Mas, tendo eles os moradores de Heliópolis (morada dos deuses egípcios) e do monte Olimpo (albergue das divindades gregas) como mais acessíveis, pois eram estes tão dissolutos e imorais quanto aqueles, ignoravam os benefícios que, diariamente, recebiam do Senhor.
Em seu discurso em Listra, o apóstolo Paulo, depois de ser confundido com o deus Mercúrio, deixou bem patente aos moradores daquela antiga cidade da Licaônia, que a subsistência de todos os seres humanos depende unicamente do Deus Único e Verdadeiro, e não dos ídolos que, a bem da verdade, não passam de coisas bizarras e grotescas:
Senhores, por que fazeis isto? Nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles; o qual, nas gerações passadas, permitiu que todos os povos andassem nos seus próprios caminhos; contudo, não se deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos do céu chuvas e estações frutíferas, enchendo o vosso coração de fartura e de alegria. (At 14.15,16, ARA)
Dizendo isto, relata ainda Lucas, “foi ainda com dificuldade que impediram as multidões de lhes oferecerem sacrifícios”. Que provação para Barnabé e Paulo. Como tinham suficiente maturidade, não se deixaram enredar pelo marketing do Diabo.
Em seu discurso, o apóstolo elaborou, rápida e profundamente, o que podemos chamar de teologia do pão.
(Texto extraído da obra “Adoração, Santidade e Serviço: Os Princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018”. )
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sábado, 8 de setembro de 2018

Lição 11 - Louvo ao Papai do Céu porque Ele é Bom - Berçário.

Lição 11 - Louvo ao Papai do Céu porque Ele é bom 

3º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Levar os alunos a ser grato e a louvar ao Senhor por sua bondade.
É hora do versículo: “Deem graças a Deus [...] porque Ele é bom” (Salmos 107.1).
Nesta lição, as crianças aprenderão que o Papai do Céu é muito bom. Sua bondade é reconhecida através das dádivas que recebemos dEle. Temos uma mamãe e um papai que nos amam e cuidam de nós, a vovó, o vovô, o irmãozinho ou a irmãzinha. Tudo isso o Papai do Céu nos dá porque Ele é bom! É desta forma que o bebê pode entender a bondade divina.
Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua uma folha com a palavra BOM escrita nela. Com as crianças de 2 anos, entregue bolinhas de papel crepom de cores sortidas e um pouco de cola para as crianças enfeitarem a palavrinha. Reforce dizendo que o Papai do Céu é BOM. Peça as crianças para completarem a sua frase: "Papai do Céu é...! Glória a Deus!" Batam muitas palmas com os pequenos.
bom.licao11.bercario
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário
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Lição 11 - 3º Trimestre 2018 - Pedro e João Ajudam o Coxo - Maternal.

Lição 11 - Pedro e João ajudam o coxo

 3º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Conscientizar a criança de que também podemos ajudar alguém através da oração e dos dons espirituais. 
Para guardar no coração: “[...] O que tenho eu lhe dou.” (At  3.6)
Seja bem-vindo
“Quantos alunos estão matriculados em sua classe? Parabéns! E quantos estiveram presentes no último domingo? Você foi visitar o que faltou? Telefonou? Mandou um cartão? Em seu lugar, o que teria feito o pastor da parábola que Jesus contou?
Ele deixou no aprisco as noventa e nove — não por haver perdido o interesse por elas — mas por amar com a mesma intensidade a todas, e saiu à procura da desgarrada. A narrativa bíblica não especifica se era dia ou noite; entretanto, é sabido que os pastores conferem o rebanho ao escurecer, quando o recolhe de volta ao aprisco. Então os contadores da história gostam de situá-la à noite. Noite escura, fria, cheia de ameaças. Mas também é possível que fosse dia. Dia de sol abrasador, e de numerosas e pesadas tarefas a cumprir.
Nem o dia nem a noite diminuiriam os cuidados do pastor; nem o frio nem o calor modificariam a sua opinião sobre o valor de uma única ovelha. Ele não questionou a causa do extravio da ovelha; sem se importar se fora a ignorância ou a vontade rebelde, ele empreendeu a longa peregrinação pelos montes e valados; venceu cada perigo e cada rigor da caminhada, com os olhos fitos no resultado final: a recuperação de sua ovelha.
Jesus, o Bom Pastor, não nos ama menos. Ao contrário, a caminhada que Ele fez à nossa procura foi da glória celeste ao Gólgota. Fez porque conhecia o valor de uma única alma; porque não é da vontade do Pai que está nos céus que venha a perecer um só desses pequeninos” (Marta Doreto).
Subsídio professor
Quanto ao aspecto cognitivo da criança do maternal, observa a autora e psicóloga Elaine Cruz:
“Aos três anos, a criança torna-se mais objetiva: em situações do cotidiano e de impasse, comporta-se de maneira mais adequada, apresentando maior objetividade em suas reações e motivos, mesmos que estes não sejam corretos. Assim, pode tornar-se teimosa, difícil de ser convencida de que está errada.
“O quarto ano de vida é importante para a construção do processo de abstração: a criança consegue situar-se ao longo do tempo (passado, presente e futuro), vendo-se em um processo contínuo, além de ser capaz de abstrair situações, conceitos e ações.
Assim, pode reagir às situações presentes, às imagens do passado e a planos e elaborações futuras. Esta fase é também chamada idade dos porquês: sempre questiona o que ouve, investiga fatos e pergunta muito sobre as coisas do seu cotidiano”. (Elaine Cruz, Psicologia do Desenvolvimento Infanto-Juvenil: Conhecendo os Aspectos Cognitivos, Sociais e Afetivos dos Alunos da ED – Apostila do 5o Congresso Nacional de Escola Dominical).
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Atos 3.1-16. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Maternal. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 11 - 3º Trimestre 2018 - O Perseguidor que se Tornou Amigo - Jd. Infância.

Lição 11 - O Perseguidor que se Tornou Amigo

 3º Trimestre de 2018
Objetivos: Os alunos deverão entender que Deus pode mudar o coração das pessoas quando elas ouvem sobre o amor e salvação de Jesus por elas; e aprender que Jesus nos deu essa missão de contar a todos sobre seu amor e salvação.
É hora do versículo: “Preguem o evangelho a todas as pessoas” (Mc 16.15).
Nesta lição, as crianças aprenderão através da história da conversão de Saulo, que o Papai do Céu pode mudar o coração das pessoas quando elas ouvem falar de Jesus. Nós temos a importante missão de falar para todas as pessoas que Jesus é a salvação e o único caminho para o Papai do Céu. Saulo teve um encontro com Jesus e foi transformado. Seu nome mudou para Paulo e graças ao seu trabalho, o evangelho e a salvação foi pregada a todos os povos e chegou até nós. Ele também cumpriu a ordem de Jesus de pregar o evangelho a todas as pessoas.
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com a imagem que retrata a cena do encontro de Saulo com Jesus no caminho para Damasco, onde Saulo prenderia e mataria muitos cristãos. Se Saulo não tivesse aquele encontro com Jesus, o que de mal ele teria feito com aqueles crentes daquela cidade?
Entregue a folha para as crianças colorirem e, em seguida, repetirem o diálogo entre Jesus e Saulo, o perseguidor que se converteu no caminho. Leia Atos 9.3-6 com a turma e encene um jogral:
3 Mas na estrada de Damasco, quando Saulo já estava perto daquela cidade, de repente, uma luz que vinha do céu brilhou em volta dele.
4 Ele caiu no chão e ouviu uma voz que dizia:— Saulo, Saulo, por que você me persegue?
5 — Quem é o senhor? — perguntou ele. A voz respondeu:— Eu sou Jesus, aquele que você persegue.
6 Mas levante-se, entre na cidade, e ali dirão a você o que deve fazer.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Jardim de Infância. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 11 - 3º Trimestre 2018 - Davi, Um Guerreiro Segundo o Coração de Deus - Juniores.

Lição 11 - Davi, um guerreiro segundo o coração de Deus

 3º Trimestre de 2018
Texto bíblico: 1 Samuel 17.1-54
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos estudarão a história de um personagem bíblico que teve a vida marcada pela coragem. Davi demonstrou uma força imbatível no episódio em que se dispôs a lutar contra o gigante Golias. Ao pedir permissão para ir à batalha, Davi não se intimidou com a afronta do inimigo, mas mencionou ao rei que já havia derrotado um leão e um urso, em outra ocasião, para livrar as ovelhas de seu pai. Um jovem destemido que não olhou para as circunstâncias nem aceitou que o seu povo continuasse a ser humilhado pelo adversário. Mas de onde vinha a coragem de Davi? Que confiança inalterável era essa que o jovem belemita demonstrava? A resposta estava na aliança que Davi tinha com Deus. O gigante Golias afrontava o exército do Deus vivo, isto é, o povo que tinha uma aliança com o verdadeiro Deus. Seus alunos poderão aprender importantes lições a partir da história de Davi no tocante a confiar em Deus. Esteja disposto a ensiná-los com propriedade, leia sobre o assunto e esboce algumas lições que você detectou durante o preparo da aula.
A. A confiança de Davi era fruto do seu relacionamento com Deus. Davi, desde jovem, tinha um apreço pelas coisas espirituais. Quando Saul foi atormentado pelo espírito maligno, o rei pediu que seus servos fossem buscar uma pessoa que soubesse tocar bem instrumento musical para que o acalmasse (cf. 1 Sm 16.17). Davi, nesta ocasião, já era conhecido pelo seu talento em tocar harpa. Por conta disso, ele foi chamado para atender a necessidade do rei. O texto bíblico é claro quando diz que o jovem era de “gentil presença e o Senhor é com ele”. Davi tinha um relacionamento com Deus e a maneira como se comportava revelava que ele era diferente dos demais. Davi tinha comunhão com Deus e, por esse motivo, a sua confiança era firme de que, não importasse a adversidade que havia de enfrentar, o Senhor o levaria à vitória.
B. A afronta tinha endereço certo. Davi teve o discernimento de que a afronta de Golias não era direcionada apenas a ele ou mesmo ao povo de Israel. O objetivo da afronta era atacar o nome de Deus, exaltado sobre o seu povo (cf. 1 Sm 17.45). Ao direcionar-se para a batalha, Davi menciona que o gigante era um incircunciso, isto é, alguém que não conhecia o Senhor nem tinha a marca da aliança com o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Neste caso, o inimigo era alguém que desprezava a soberania de Deus e não tinha respeito pelo povo que possuía uma aliança com o Deus Todo-Poderoso. Isso certamente deixou o coração de Deus indignado, e aprouve a Ele que Davi fosse o instrumento usado para tirar a vergonha dos israelitas (vv. 48-51).
C. Escolhido para cuidar de ovelhas. Davi cuidava das ovelhas de seu pai no campo, um serviço que os seus irmãos não tinham o interesse de realizar (cf. 1 Sm 16.11). Mas ali foi o local permitido por Deus para que Davi aprendesse a cuidar de um rebanho. O cuidado com as ovelhas compreendia desde a alimentação até a vigilância para que nenhuma das ovelhas se perdesse (cf. Sl 23). Davi fez um grande estágio durante o tempo em que passou cuidando do rebanho de seu pai. Semelhantemente, agora ele precisava enfrentar os perigos para livrar a nação de Israel das mãos de seus inimigos. Era o início de uma longa caminhada até assumir o trono de Israel e se tornar um dos maiores reis da história de seu povo (cf. 2 Sm 7.8,9). Davi teria então que cuidar do rebanho do Senhor, uma grande nação.
Em todas essas circunstâncias, Davi obteve sucesso porque não abandonou a sua aliança com Deus. Ele se manteve firme com o Senhor a cada luta que tinha de enfrentar. O segredo para que seus alunos alcancem vitórias sobre as adversidades permanece o mesmo: ter uma aliança com Deus. Aproveite e verifique se entre os seus alunos existe algum que não tenha aceitado a Jesus Cristo como seu Salvador.
Para fixar os ensinamentos da lição de hoje, sugerimos a seguinte atividade: peça a ajuda de seus alunos para encher várias bexigas de aniversário. Desenhe rostinho das ovelhas nas extremidades das bexigas. Divida a classe em duas equipes e distribua duas sacolas de lixo, do maior tamanho possível. Providencie um aparelho de som ou utilize o celular e disponibilize uma música ao fundo. Solte as bexigas pela sala e peça aos alunos que recolham o maior número de bexigas e coloquem na sacola. Pare a música a qualquer momento e confira quantas bexigas tem na sacola de cada grupo. Vence o grupo que tiver mais bexigas na sua sacola.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juniores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 11 - 3º Trimestre 2018 - Jesus é a Videira Verdadeira - Pré Adolescentes.

Lição 11 - Jesus é a Videira Verdadeira 

 3º Trimestre de 2018
A lição de hoje encontra-se em: João 15.1-17.
Olá prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão sobre a importância da unidade com Cristo para que possam frutificar com abundância no Reino de Deus. A vida do discípulo de Jesus consiste em aprender com o Mestre os ensinamentos indispensáveis para se tornar um discípulo relevante no serviço a Deus e ao próximo. A maneira amorosa como Jesus tratou os seus discípulos, do início ao fim do seu ministério, revela o parâmetro para que a igreja aprenda como deve ser o relacionamento com Deus e com o próximo (cf. Jo 15.9,10). Nas últimas instruções que entrega aos seus discípulos, nos momentos que antecederam a sua prisão, Jesus ilustra essa relação a partir da alegoria da videira. Ele mesmo seria a videira e os seus discípulos as varas. Deus, o Pai, é o lavrador que cuida da videira para que os seus galhos estejam em perfeitas condições de frutificar (15.1,2). Uma belíssima referência bíblica que tem muito a ensinar aos seus alunos e, certamente, servirá também para o seu preparo espiritual no momento em que tiver de lecionar as verdades do Reino Celestial. As últimas instruções de Jesus aos seus discípulos correspondem a um dos relatos mais particulares do Senhor, registrado no evangelho de João.
1. A unidade gera crescimento. A ilustração apresentada por Jesus revela um segredo espiritual muito especial a respeito do Reino de Deus. Jesus ensinou aos seus discípulos que a obediência deles aos mandamentos ordenados pelo Senhor revelariam ao mundo que eles estavam unidos em comunhão e amor (cf. Jo 13.35). Esse comportamento coletivo seria o instrumento de Deus para alcançar os que estavam perdidos pelo mundo, à margem da sociedade, ou presos em uma religião vazia como era o caso do judaísmo que consistia apenas em mandamentos de homens, mas não expressava a vida com Deus. E o maior mandamento ensinado por Jesus aos seus discípulos era que amassem uns aos outros. Mas não era um amor como haviam aprendido no judaísmo, e sim o amor prático observado no comportamento de Jesus. Por esse motivo, Jesus ensinou um “novo mandamento”: “Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros” (cf. Jo 13,34). O Mestre apresentou o padrão de amor que serviria de exemplo para que o mundo conhecesse o verdadeiro motivo que norteia a comunhão e a fidelidade dos discípulos aos ensinamentos de Cristo (cf. At 2.42-47).
2. A videira e as varas: uma relação de dependência. O compromisso de Jesus com seus discípulos era integral. O Senhor conhecia as limitações daqueles que havia escolhido e sabia também que sem o Auxiliador eles não conseguiriam dar conta da missão para a qual haviam sido comissionados (cf. Jo 14.26). Assim como a ligação com a videira era indispensável para que as varas frutificassem, os discípulos também eram totalmente dependentes da orientação de Jesus para realizarem a sua obra (cf. 15.4,5). Algumas características a respeito do exemplo ilustrado pelo Mestre devem ser consideradas. De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1603):
A alegoria da videira e das varas deixa plenamente claro que Cristo não admitia que ‘uma vez na videira, sempre na videira’. Pelo contrário, Jesus nessa alegoria faz aos seus discípulos uma advertência séria, porém amorosa, mostrando que é possível um verdadeiro crente abandonar a fé, deixar Jesus, não permanecer mais nEle e por fim ser lançado no fogo eterno do inferno (cf. 15.6).
(1) Temos aqui o princípio fundamental que rege o relacionamento salvífico entre Cristo e o crente, a saber: que nunca é um relacionamento estático, baseado exclusivamente numa decisão ou experiência passada. Trata-se, pelo contrário, de um relacionamento progressivo, à medida que Cristo habita no crente e comunica-lhe sua vida divina (Cl 3.4; 1 Jo 5.11-13).
(2) Três verdades importantes são ensinadas nesta passagem: (a) A responsabilidade de permanecer em Cristo recai sobre o discípulo (v. 4). É esta a nossa maneira de corresponder ao dom da vida e ao poder divinos concedidos no momento da conversão. (b) Permanecer em Cristo resulta em Jesus continuar a habitar em nós (v. 4a); frutificação do discípulo (v. 5); sucesso na oração (v. 7); plenitude de alegria (v. 11). (c) As consequências do crente deixar de permanecer em Cristo são a ausência de fruto (vv. 4,5), a separação de Cristo e a perdição (vv. 2a, 6).
Considerando as características da relação entre Cristo e os seus discípulos, apontadas nesta lição, é possível perceber que a intenção de Deus sempre foi que os seus filhos realizassem a sua obra em inteira dependência e orientação do seu santo Espírito. Tratando-se de uma obra espiritual, requer-se dos seus obreiros que se apresentem com a mesma integridade e dedicação. Converse com seus alunos e mostre que a obra de Deus deve ser realizada por pessoas que têm o compromisso com uma vida consagrada, justa e santificada. Deus garante que a sua presença não nos faltará para que aprendamos a servi-lo da melhor maneira. Ao final reúna-os e faça uma oração, juntos, pedindo ao Senhor que os capacite a executar a sua obra com inteireza de coração.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
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Lição 11 - 3º Trimestre 2018 - John Wesley - O Poder da Pregação - Adolescentes.

Lição 11 - John Wesley: O Poder da Pregação

 3º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃOJOHN WESLEY: “UM TIÇÃO TIRADO DO FOGO”
O GRANDE AVIVAMENTO WESLEYANO
OBJETIVOS
Expor
 a situação de Igreja no século XVIII;
Descrever a vida e o ministério de John Wesley;
Incentivar os alunos a pregarem a pregarem a mensagem de Deus.
O TEMA AXIAL (ESSENCIAL, PRIMORDIAL) DA TEOLOGIA PRÁTICA DE WESLEY
Embora o gênero da teologia de Wesley seja claramente importante e indique muito em relação à forma de sua reflexão teológica, não acreditamos, conforme Outler sustenta, que o gênero, em sua própria prerrogativa, constitua um método. Ou seja, um tema axial é muito mais relevante do ponto de vista metodológico e pode se distinguir, de algumas formas relevantes, do estilo de uma teologia, em especial por ele especificar o tema soteriológico recorrente que tem o papel integrador, e à luz do qual outras doutrinas fundamentais são mais bem compreendidas. Um tema axial, assim concebido, não só fornece o contexto teológico apropriado em que a pessoa deve prosseguir, mas também oferece indícios da natureza do gênero pastoral de Wesley e da teologia praticada por ele em uma diversidade de contextos XVIII.
Outler sugere que a própria graça é um tema axial da teologia de Wesley, o foco de todo o pensamento dele. E Maddox, por sua vez, em uma pequena variação da obra de Outler, sustenta que a ‘graça responsável’ é a estrela-guia de todo o pensamento dele. Bem, embora essas duas perspectivas sejam, de fato, elucidativas de toda a teologia de Wesley e tenham um poder explanatório relevante, elas, todavia, em nosso julgamento, não abrangem de forma adequada a diversidade e a riqueza inerente ao tema axial de Wesley e, como resultado disso, não descrevem o gênero teológico escolhido por Wesley. Em outras palavras, considerar a graça, à parte de outras preocupações teológicas, o motivo ou tema axial da teologia de Wesley, na verdade, pode ser mais descritivo do cenário moderno e suas preferências e julgamentos que do século XVIII.
(Texto extraído da obra Teologia de “John Wesley:  O Amor Santo e a Forma da Graça”, editada pela CPAD.)
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 11 - 3º Trimestre 2018 - A Cura do Homem que Tinha uma das Mãos Mirrada - Jovens.

Lição 11 - A Cura do Homem que tinha uma das Mãos Mirrada

3º Trimestre de 2018
Introdução
I-Os Fariseus à Espreita de Jesus
II-O Que se Deve Fazer no Sábado
III-O Milagre e a Decisão dos Adversários do Senhor
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Traçar a trajetória do Mestre em face da perseguição dos adversários religiosos;
Estimar as pessoas “invisíveis” e as ações que devem ser realizadas no sábado;
Comparar o bem realizado pelo Mestre com a maldosa decisão dos adversários religiosos.
Palavras-chave: Milagre.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor César Moisés Carvalho:
 
Fechando-se o ciclo das controvérsias de Jesus com os líderes religiosos de Israel ― escribas e fariseus ―, Marcos relata a cura de um homem que tinha uma mão paralisada (3.1-6). A narrativa encaixa-se nos mesmos moldes da do capítulo anterior, pois o milagre torna-se o ponto de partida e ocasião para uma polêmica. Tais controvérsias se davam pelo fato de que o Mestre não seguia a agenda religiosa e legalista deles. A primeira destas controvérsias, como já foi dito, foi abordada no capítulo anterior. As outras três dizem respeito ao fato de Jesus chamar um coletor de impostos para compor seu colégio apostólico e, por conseguinte, sentar-se na casa deste com muitos “publicanos e pecadores” (Mc 2.13-17); a não prática do jejum pelos discípulos do Senhor (Mc 2.18-22); e a quarta diz respeito ao ato de os seguidores do Mestre colher espigas, e as comerem, em pleno sábado (Mc 2.23-28). Acerca do milagre objeto do presente capítulo, a questão parece ser justamente a mesma da quarta controvérsia, pois logo após informar que o Mestre novamente adentrou a uma sinagoga, o que já sugere o dia, fez a observação de que “estava ali um homem que tinha uma das mãos mirrada” (v.1), e na sequência diz que “estavam observando-o se curaria no sábado, para o acusarem” (v.2). O fato de o texto estar inserido em um bloco textual cuja tônica recai sobre a polêmica entre os líderes religiosos de Israel e o Senhor Jesus, o leitor de Marcos não precisa de nenhuma informação prévia, nesta perícope, acerca de “quem” são “estes” que “observavam” o Mestre. Justamente por isso, José Castillo diz que o “conflito entre Jesus e as autoridades religiosas de Israel foi provocado, antes de tudo, pelo fato de Jesus curar enfermos infringindo as normas religiosas que especificavam quando e como se podia curar um paciente”.1  Havia uma discussão a esse respeito, pois alguns rabinos concordavam que, no sábado, era permitido a um médico que cuidasse de alguém que estivesse correndo algum risco, enquanto outros achavam que tal ação era errada. 
Os exemplos poderiam se multiplicar, pois como já foi dito em capítulos anteriores, uma das causas principais de Jesus ter sido perseguido, e morto, foi justamente o fato de Ele ter realizado milagres e, muitos destes, em dias de sábado ou tocando pessoas consideradas impuras etc. Na verdade, conforme oportunamente observa Rinaldo Fabris, comentando o bloco das controvérsias (Mc 2.1—3.6), a “pretensão de Jesus de tomar o lugar de Deus, no perdão dos pecados, sua tomada de posição diante das estratificações sociorreligiosas e diante da prática do jejum e da instituição do sábado, tudo isso é intolerável para os guardas da ortodoxia e da tradição, porque ele não propõe como alternativa uma reforma para ser discutida, mas a si mesmo”.2  Assim, diz o mesmo autor, o “livrinho das controvérsias então é já um evangelho em miniatura em que está concentrado todo o drama que amadurece em volta da pessoa de Jesus e que se concluirá com a sua morte”.3  A despeito dessas observações, Klaus Berger caminha num sentido diferente e diz que “os comentários bíblicos protestantes mais antigos inclinam-se a usar as curas de Jesus no sábado como uma ocasião para indicar que Jesus teria superado a lei com o fim de dar espaço ao livre agir do amor, de tal maneira que, neste caso, o casuísmo moral se oporia à liberdade”.4  No entanto, o referido autor acredita que seja oportuno analisar a questão evidenciada na narrativa de Marcos 3.1-6, visando entender a “relação ali existente entre a moral (lei) e o agir de Jesus (amor)”.5  Berger diz que, primeiramente, salta aos olhos a ideia de “que a lógica da narrativa é joanina (como em João 5 e 11)”, ou seja, “os opositores querem assassinar aquele que salva a vida”.6  Conquanto tal reflexão acerca de o Senhor curar no sábado e qual o significado disso para a fé tenha sido ventilada no capítulo cinco, inclusive, com o apoio da argumentação de Klaus Berger, torna-se importante, uma vez mais, refletir a respeito do tema, pois ele é, novamente, o vórtice da presente narrativa. Ao se revoltarem contra o Senhor, por Ele ter curado o homem.
Nas perguntas retóricas de Jesus — “É lícito no sábado fazer bem ou fazer mal? Salvar a vida ou matar?” (v.4b) —, está implícito que, até mesmo por parte da legislação divina havia a flexibilidade de se agir, sobretudo para o bem, quando fosse preciso. E o critério para tal discernimento não era outro, senão promover o bem e a vida. No caso em apreço, tal resolução não deixa margem para dúvidas, pois “comparado com todas as outras formas de ação, o milagre possui a vantagem de que nele se reconhece imediatamente o sucesso da ação, e portanto também o seu valor”.7  Tomando tal perspectiva como base, está mais do que claro que Jesus faz uma excelente ação e o milagre o comprova de per si. Outra observação importante é que as “violações não intencionais do sábado ou as divergências sobre o que constituía o trabalho (questões que eram discutidas nos tribunais judaicos) costumavam ser tratadas de forma branda”, diz Craig Keener, acrescentando que “a pena de morte (Êx 31.14; 35.2) só era considerada adequada para os que rejeitavam o sábado de modo obstinado”.8  Na realidade, continua o mesmo autor, as “penas que de fato eram aplicadas raramente excediam à multa ou ao açoite público nas sinagogas” e, continua, até mesmo o “principal grupo fariseu do período, o dos seguidores de Shammai, proibia a oração pelos enfermos no sábado, mas não tentava matar os fariseus seguidores de Hillel por permitirem esse tipo de oração (embora o conflito entre os dois grupos às vezes se intensificasse)”.  Finalmente, é digno de nota o fato de Jesus os olhar “com indignação” e, ao mesmo tempo, “condoendo-se da dureza do seu coração” (v.5a), pois tais sentimentos díspares — ira e pena ou raiva e tristeza —, de forma “normal” não coexistem. Como alguém plenamente humano, era normal que o Senhor tivesse tais sentimentos, porém, a lição que fica é que sua indignação não suplantava sua misericórdia. Ela tinha lugar, pois era necessária, mas não constituía a base de atuação do Mestre. Felizmente o homem é curado, tem sua mão restituída e, mais do que isso, uma reintegração social (v.5c). Infelizmente, tal boa ação do Senhor incita ainda mais os fariseus, já plenamente revoltados, para conspirarem com os herodianos , e assim planejar a morte do Mestre (v.6).                                                                          
*Adquira o livro do trimestre de autoria de CARVALHO, César Moisés. Milagres de Jesus: A Fé Realizando o Impossível. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.

1 CASTILLO, J. M. Jesus: a humanização de Deus, p.315-16 (Grifos no original).
2 FABRIS, R. O Evangelho de Marcos In BARBAGLIO, Giuseppe; FABRIS, Rinaldo; MAGGIONI, Bruno. Os Evangelhos (I), p.451.
3  Ibid. Fabris revela uma curiosidade a respeito desse assunto dizendo que a “esta coleção de cinco controvérsias, postas no início do evangelho, no âmbito da atividade galiléia de Jesus, corresponde outra coleção de cinco controvérsias, situadas em Jerusalém, na última semana que precede a morte (Mc 11,27—12,34)” (Ibidem).
4 BERGER, K. É possível acreditar em milagres?, p.193.
5 Ibid.
6 Ibid., p.194.
7 Ibid., p.195.
8 KEENER, C. S. Comentário Histórico-Cultural da Bíblia, p.153.
9 Ibid.
10 “Essas pessoas eram partidários e defensores de Herodes Antipas, tetrarca da Galileia; elas não constituíam uma seita ou um partido como os fariseus, os saduceus ou os discípulos de João Batista” (HARRINGTON, Daniel J. O Evangelho Segundo Marcos In BROWN, R. E.; FITZMYER, J. A.; MURPHY, R. E. (Eds.). Novo Comentário Bíblico São Jerônimo, p.79).

Telma BuenoEditora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 11 - 3º Trimestre 2018 - A Lâmpada Arderá Continuamente - Adultos.

Lição 11 - A Lâmpada Arderá Continuamente

3º Trimestre de 2018
PONTO CENTRAL
A lâmpada no Tabernáculo não poderia se apagar.
ESBOÇO GERAL
I – O CANDELABRO DE OURO
II – JESUS, A LUZ ETERNA E PERFEITA
III – MANTENDO A LUZ BRILHANDO CONTINUAMENTE
OBJETIVO GERAL
Conscientizar de que assim como as lâmpadas do Tabernáculo brilhavam continuamente, devemos nós resplandecer neste mundo de trevas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Mostrar a tipologia do candelabro de ouro;
Saber que Jesus é a luz eterna e perfeita;
Compreender que precisamos manter a luz brilhando continuamente.
A LUZ DIVINA, ÚNICA E IMPRESCINDÍVEL
Pr. Claudionor de Andrade
Antes de conceituarmos a luz divina, buscaremos definir a luz em si mesma. Não será uma tarefa fácil. Apesar de a vermos do primeiro ao último arrebol, ainda não sabemos como defini-la adequadamente. Se o conceito é difícil, como será possível a descrição? Os físicos mais abalizados veem-se ainda perplexos ante as maravilhas de um fenômeno que, embora comum, ainda se revela incomum nos tratados e compêndios. 
A definição da luz
Se formos a um dicionário da língua portuguesa, leremos uma definição que não irá além destas palavras: iluminação que, tendo como fonte o Sol, ilumina a Terra e os demais corpos da Galáxia. Mais adiante, nesse mesmo léxico, deparar-nos-emos com este complemento conceitual: claridade que parte de alguma fonte luminosa, e ilumina áreas escuras.
As fontes de luz variam em tamanho, potência e cor. Vai do Sol, poetizado como o astro-rei, à lamparina que brilha fracamente na casa do humilde campônio. Mas, quer o primeiro, quer a segunda, ambos simbolizam o Evangelho de Cristo. Nalgumas ocasiões, a mensagem da cruz resplende como no dia de Pentecostes, em Jerusalém. Noutras, tremeluz num folhetozinho já sujo e de letras escondidas; lamparina quase apagada. Seja como for, a Palavra de Deus jamais deixa de refulgir nas trevas. Quanto à cor, apesar das lentes e vidros que se antepõem às suas fontes, a luz será sempre clara e bela.
Vejamos, agora, como a física vê a luz. Aos olhos dessa ciência, a luz não passa de uma onda eletromagnética; sua extensão compreende ondas que, em intervalos regulares, possibilitam a sua visibilidade. Ela pode ser descrita também como a radiação eletromagnética, que se situa entre as radiações infravermelha e ultravioleta. Eis aqui as três grandezas básicas da luz: intensidade, frequência e polaridade.
Já que definimos razoavelmente a luz, de acordo com a nomenclatura da física, olhemo-la, doravante, a partir do prisma profético e apostólico. Nesse sentido, a luz vai sempre além da luz.
A luz no Antigo Testamento
Nos prolegômenos teológicos, aprendi que a Bíblia, conquanto não seja um livro científico, não contradiz a verdadeira ciência. Até hoje não descobri a mínima contradição entre a Palavra de Deus e os fatos comprovadamente científicos. Quanto à teoria da evolução, levemos em conta que este palavrório todo jamais saiu do campo das hipóteses desprezíveis.
Sem mais tardança, entremos a examinar a visão hebraica da luz. No terceiro versículo de Gênesis, lemos: “Disse Deus: Haja luz; e houve luz” (Gn 1.3). Logo após o aparecimento da luz, a que convencionamos chamar de cósmica, manifesta-se o Criador acerca de sua obra: “E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas.” (Gn 1.4).
A luz já existia, mas ainda não tinha nome. Como alcunhá-la no início da criação? Mas Deus, que jamais teve dificuldades para encontrar palavras, vocábulos e termos, apresentou uma nomenclatura que, embora diversa nas línguas humanas, jamais deixou de ser eufônica e poética em todos os idiomas. Narra o autor sagrado o ornato da linguística divina: “Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia” (Gn 1.5).
Recorramos ao léxico hebraico, para uma definição mais precisa do vocábulo “luz” no idioma do Antigo Testamento. A palavra 'owr, na língua hebraica, traduzida em nossas bíblias como luz, traz uma gama considerável de significados: luz do dia, luz sideral, aurora, brilho, resplendor. A luz era empregada também como sinônimo de instrução, de prosperidade e da própria verdade. Por essa razão, Jeová era visto, pelos santos profetas, como a Luz de Israel.
Na devoção dos salmos, o rosto de Jeová é descrito como a luz imprescindível; sem ela, a vida é impossível. Num momento de perplexidade, roga Davi ao Senhor: “Há muitos que dizem: Quem nos dará a conhecer o bem? SENHOR, levanta sobre nós a luz do teu rosto” (Sl 4.6, ARA). Por isso, o sumo sacerdote despedia a congregação de Israel com uma bênção que, entre as menções às bondades divinas, havia uma referência à luz do rosto de Jeová: “O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti levante o rosto e te dê a paz” (Nm 6.24-26, ARA).
Nas palavras dessa belíssima liturgia, o rosto de Jeová é descrito como o Sol em sua máxima resplandecência; uma luz além da luz. E, rebrilhando dessa forma sobre o peregrino, reunia este força e graça para superar o insuperável. Sem o rosto divino a resplender em nossa alma, jazemos em trevas. Mas, raiando em nosso coração, as mesmas trevas fazem-se luz.
A luz de Jeová é necessária ao indivíduo; às nações, insubstituível. Por esse motivo, o salmista, considerando a experiência de Israel, louva ao Senhor: “Bem-aventurado o povo que conhece os vivas de júbilo, que anda, ó SENHOR, na luz da tua presença” (Sl 89.15, ARA).
 Se os israelitas tinham como luz a Jeová, não deveriam retê-la; era a sua obrigação profética e sacerdotal apregoar a Palavra de Deus a todos os gentios; missão primordial. No espírito desse reclamo, Isaías exorta, falando pelo Senhor, o remanescente fiel: “Eu, o SENHOR, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios” (Is 42.6, ARA).
Nessa profecia, há uma dupla referência. No plano inicial, a palavra é dirigida a Israel. Já no seguinte, a profecia refere-se ao messiado de Jesus Cristo, que haveria de nascer 700 anos depois. Luz por luz, o Filho de Deus levantar-se-ia para iluminar os filhos de Abraão e os descendentes de Noé, que se haviam espalhados a partir da torre de Babel. O Evangelho de Cristo, qual benfazejo sol, espargiria sua luz, indistintamente, sobre as famílias semitas, jafetitas e camitas.
A luz em o Novo Testamento
No primeiro capítulo do Evangelho de João, somos agraciados com um gênesis admiravelmente interpretado à luz de Jesus Cristo. Já em suas palavras iniciais, é-nos facultado ver, ali, em plena criação e junto ao Criador, o Verbo a criar os Céus, a Terra, o reino vegetal, o império animal e, primordialmente, o ser humano. Sem o Filho, nada do que existe, existiria. Ele é ação executiva do Pai.
No gênesis joanino, encontramos a luz já no quarto versículo: “A vida estava nele e a vida era a luz dos homens” (Jo 1.4, ARA). Na frase seguinte, o Evangelista descreve o ministério da luz: “A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela” (Jo 1.5, ARA). Nesse princípio, a luz não precisa de ajuda para separar-se das trevas. Vencendo penumbras e escuridões, ela resplandece em trevas espirituais, morais, emocionais e éticas. Até mesmo nas trevas teológicas, resplandece ela; nada a pode conter; irresistível.
Agora, numa pausa linguística, examinemos a palavra “luz”, de acordo com o idioma que serviu de plataforma ao Novo Testamento.
Segundo a mitologia grega, a luz origina-se de Phosphorus, uma divindade menor responsável pela claridade do Cosmos. Filho de Eos, a deusa da aurora, o Phosphorus era reverenciado como a Estrela da Alva. Desse substantivo, originou-se o vocábulo phos, traduzido em português como “luz”.
Despido já das roupagens mitológicas, o termo phos seria largamente usado pelos autores do Novo Testamento. Encontramo-lo nos evangelhos, nas epístolas e na revelação final. Examinemos, com mais atenção, essa palavra tão significativa e tão bela. Além de sua primitiva significação, ela é usada para representar a claridade de um candeeiro, o clarão de uma tocha, o brilho de uma estrela e o resplendor do Sol.
Metaforicamente, representa Deus, a verdade, o conhecimento, a pureza e a razão. Todavia, a maior imagem que a luz pode evocar é a do Filho de Deus que, na rude cruz, deu-se em resgate por nossas almas. Ele é a luz profetizada por Isaías, que começaria a alumiar o mundo a partir da Galileia dos gentios:
Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios. O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz. (Is 9.1,2, ARA)
Com base nessa passagem, já nos é possível definir uma teologia da luz. Em seguida, estudaremos as implicações do candelabro do Tabernáculo Santo na soteriologia do Testamento Novo.      
A teologia da luz
A teologia da luz nada mais é do que a doutrina que ensina ser Deus o pai das luzes; alumiar é a sua função. Ele não se limita a espargir luz sobre as trevas espirituais; deleita-se também em esclarecer as simples e elementares dúvidas intelectuais. Se estamos emocionalmente obscurecidos, aclara-nos Ele os sentimentos; ilumina-nos os recônditos do coração e faz-nos a alma brilhar.
Para simbolizar a luz por excelência — Jesus em Deus —, ordenou Moisés o fabrico da mais bela mobília do Tabernáculo, que, hoje, serve de símbolo ao Estado de Israel. 
(Texto extraído da obra “Adoração, Santidade e Serviço:  Os Princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018”. ) 
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Lição 10 - 3º Trimestre 2018 - Armínio - O Equilíbrio da Reforma - Adolescentes.

Lição 10 - Armínio: O Equilíbrio da Reforma

 3º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO:JACÓ ARMÍNIO: “UMA BOA CONSCIÊNCIA É UM PARAÍSO”
JACÓ ARMÍNIO: “DEUS AMOU O MUNDO”
OBJETIVOS
Relatar a biografia de Armínio;
Ensinar os principais pontos do Arminianismo;
Alertar sobre a possibilidade de se perder a salvação.
A ABRAGÊNCIA UNIVERSAL DA SALVAÇÃO
Marcelo Oliveira de Oliveira 1
A salvação em Cristo abrange poucas pessoas escolhidas pelo decreto de Deus ou a qualquer ser humano que se arrepende de seus pecados e crê no Unigênito Filho do Pai?
Esta lição retoma uma discussão de séculos, que no lugar de origem dela se encontra superada, mas floresceu aqui no Brasil. Em primeiro lugar é importante ressaltar que não podemos fazer da boa exposição teológica um campo de batalha e de agressões pessoais, pois quem se compreende tanto arminiano quanto calvinista herdarão o mesmo céu. Entretanto, é verdade que nós, os pentecostais, nos identificamos mais com a teologia clássica arminiana, que infelizmente, e é verdade, encontra-se desconhecida por muitos pentecostais.
Uma teologia que destaca o caráter amoroso, bondoso e justo de Deus
Diferente do que muitos propalam, a teologia arminiana não está centrada no livre-arbítrio humano, mas no caráter amoroso e justo de Deus. Segundo o teólogo Roger E. Olson, na obra Teologia Arminiana: Mitos e Realidades, a preocupação primária de Jacó Armínio foi o compromisso com a bondade de Deus, sendo Jesus Cristo a maior e a melhor prova de que o caráter do Criador foi revelado nas Escrituras como compassivo, misericordioso, amável e justo. Ora, a epístola de Paulo aos Colossensses diz que em Cristo “habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9). De modo que um dos Evangelhos narra essa mesma verdade da carta paulina, pronunciada e confirmada pelo próprio Senhor Jesus (Jo 12.44,45; cf; Jo 14.9-14). Por isso, como Roger Olson diz, podemos afirmar objetivamente sobre Armínio: “Sua teologia é cristocêntrica”. Sim, é uma teologia que enaltece o nosso Senhor Jesus e exalta o Deus Pai Todo-Poderoso. 
Uma teologia que destaca a vontade de Deus em salvar todas as pessoas
Baseado nessa compaixão, misericórdia, amor e justiça, que o plano salvífico divino, executado por Jesus Cristo, o seu único Filho, proveu salvação ao ser humano. Em Jesus, Deus se mostrou misericordioso, bondoso, amoroso e justo; logo, não haveria o porquê de o Pai enviar o seu Filho, fazê-lo passar pelo processo de crucificação, morte e ressurreição, ordenando os discípulos, após de batizados no Espírito Santo, que proclamassem o Evangelho a toda a criatura (Mc 16.15; cf. At 1.8), e tivesse como objetivo apenas salvar um “grupo fechado de pessoas”. A partir desse projeto salvífico estava clara a intenção de Deus, desde a fundação do mundo, de salvar integralmente o ser humano e, com base em sua bondade, amor e justiça, e por intermédio do Espírito Santo, a partir da graça preveniente, dar condição ao ser humano de não resistir a maravilhosa oferta de salvação. Entretanto, o Senhor Jesus deixou patente a responsabilidade humana, e as suas implicações, de rejeitar consciente e deliberadamente a salvação operada por Deus em Cristo Jesus (Jo 3.16-18).  Aqui, o livre-arbítrio na teologia de Armínio torna-se secundário, pois o que se destaca claramente são o amor, a bondade e a justiça de Deus.
Texto publicado, mas levemente adaptado, na revista Ensinador Cristão, nº 72, Editora CPAD, 2017, p.39.

1 Revisor da revista Lições Bíblicas Adultos (CPAD); Comentarista do Currículo Infanto-Juvenil (CPAD); Articulista da revista Ensinador Cristão (CPAD); Bacharel em Teologia; Licenciado em Letras e pós-graduando em Educação.   
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor do Setor de Educação Cristã da CPAD
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Lição 10 - 3º Trimestre 2018 - Jesus Lava os Pés dos Discípulos - Pré Adolescentes.

Lição 10 - Jesus lava os pés dos discípulos

 3º Trimestre de 2018
A lição de hoje encontra-se em: João 13.1-17.
Olá prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão a respeito da humildade. Vez por outra o Mestre reunia os discípulos para tratar deste assunto tão importante para a conduta cristã. O fato de Jesus ter se inclinado para lavar os pés dos seus discípulos revela que Ele não apenas ensinou com palavras, mas também demonstrou com atitudes qual deveria ser o comportamento daqueles que afirmam pertencer ao Reino Celestial. Assim também não deveria haver diferença entre os discípulos sobre qual seria o mais importante ou mesmo o mais dedicado (cf. Mt 20.25-28). Afinal de contas, o objetivo da missão para a qual foram escolhidos situava-se em alcançar pessoas para a salvação. O convite para compor aquele grupo seleto que receberia a incumbência de levar a mensagem do Reino de Deus ao mundo não se tratava de torná-los famosos ou bem vistos na sociedade, antes a proposta de Jesus era capacitá-los e ensiná-los que o amor de Deus deveria ser a base para que a igreja, prestes a surgir, assumisse o seu papel de relevância na sociedade (cf. Jo 13.34,35).
1. Jesus, a maior referência de humildade. Jesus, ao reunir-se com os discípulos, fez algo até então inesperado para sua posição de mestre. Nosso Senhor despiu-se das suas vestes, cingiu-se com uma toalha e tomou uma bacia com água. Em seguida, começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha, um após o outro (Jo 13.3-5). A princípio, os discípulos não entenderam o que Jesus estava fazendo, mas assim permitiram como um gesto de submissão. Após finalizar o ato com todos os seus discípulos, Jesus toma assento e começa a ensiná-los que do mesmo modo deveriam dispor-se a “lavar os pés uns dos outros”. O ato ilustrado por Jesus não se tratava de uma espécie de ritual litúrgico ordenado aos discípulos e que deveria ser lembrado em cada ocasião que se reunissem como era feito na santa ceia. Antes, tratava-se de uma ilustração que tinha como objetivo ensiná-los que servir uns aos outros é um dever de todos os integrantes do Reino de Deus (cf. Gl 5.13,14). Neste caso não deveria haver diferença entre eles, mas todos deveriam ser tratados como irmãos e trabalharem em comum acordo pela salvação e bem-estar da comunidade cristã que estava prestes a se formar (cf. At 2.42-44). A humildade de Cristo é um dos maiores ensinamentos deixados à sua igreja.
2. Chamados para um ministério excelente. Diferentemente do que muitos podem imaginar o ministério de Cristo não foi marcado pela fama e prestígio. Embora Jesus tenha se tornado conhecido devido à imensa quantidade de milagres que realizou, em muitas ocasiões, o Mestre foi perseguido pelos fariseus e religiosos que procuravam algum motivo para difamarem a honra de nosso Senhor (Mc 3.2; 10.2). Semelhantemente, seus discípulos deveriam enfrentar as hostilidades dos judeus por conta da mensagem que pregavam. Após a ascensão de Jesus, observa-se que a perseguição tomou força significativa, principalmente, em Jerusalém (cf. At 8.1; 11.19-21). Com o efeito das perseguições também vieram as oportunidades. O que parecia ser a ruína da igreja, Deus usou para que o evangelho fosse pregado em regiões fora de Israel para onde os discípulos se espalharam. Esse fato comprova o que Jesus havia anunciado aos discípulos antes da sua crucificação, que eles enfrentariam aflições neste mundo, mas deveriam manter o bom ânimo, pois Ele havia vencido o mundo (cf. Jo 16.33).
Finalmente, o que podemos concluir a respeito desta reflexão é que a humildade é uma virtude que deve acompanhar os discípulos de Jesus. Essa mesma humildade não diz respeito ao discurso que a igreja professa ou mesmo ao status que carrega, e sim ao ideal de serviço demonstrado no comportamento de um irmão para com o outro ou mesmo na busca pelos que estão perdidos. Vale ressaltar que a lição da humildade foi várias vezes ensinada pelo Mestre durante o seu ministério terreno, e ainda predomina mediante a reflexão da sua santa Palavra nos dias atuais.
Aproveite para conversar com seus alunos a respeito da necessidade de prestarem serviço uns aos outros. Organize um evento social (pode ser a comemoração dos aniversariantes do mês) com seus alunos para compartilharem a amizade, e solicite que durante este momento um aluno sirva ao outro. Esta é uma forma de estimulá-los ao serviço. Reforce que Jesus nos deu o maior exemplo de serviço entregando a própria vida em favor dos seus amigos. Não existe maior demonstração de amor e humildade.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
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