terça-feira, 12 de março de 2019

Lição 10 - 1º Trimestre 2019 - Poder do Alto Contra as Hostes da Maldade - Adultos.

Lição 10 - Poder do Alto contra as hostes da maldade

1º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – CONTEXTO HISTÓRICO DE SAMARIA
II – O EVANGELHO ENTRE OS SAMARITANOS
III – FILIPE EM SAMARIA E SIMÃO, O MÁGICO
SIMÃO, O MÁGICO OU SIMÃO MAGO
Esequias Soares
Daniele Soares
Antes da chegada de Filipe a Samaria, ali estava Simão, o mágico, conhecido também como Simão Mago: “Simão, que anteriormente exercera naquela cidade a arte mágica e tinha iludido a gente de Samaria, dizendo que era uma grande personagem” (At 8.9). Ele era reconhecido pela população samaritana como “a grande virtude de Deus” (At 8.10). Isso significa que Simão se declarava um tipo de emanação ou representação do ser divino. Segundo Justino, o Mártir, Simão Mago nasceu num vilarejo chamado Giton (Apologia I.26), aldeia situada 10 quilômetros a oesteda atual Nablus, na região de Sicar (Jo 4.5), a antiga Siquém no Antigo Testamento.
Parece que a sua popularidade foi eclipsada com a chegada de Filipe na cidade. Mas o relato afirma: “E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou, de contínuo, com Filipe e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava atônito” (At 8.13). O que muito se discute é essa conversão, pois tradicionalmente Simão era hipócrita, segundo Irineu de Lião: “Este Simão fingiu abraçar a fé, pensando que também os apóstolos realizassem curas por meio da magia e não pelo poder de Deus” (Contra as heresias, I.23.1). Mas o texto sagrado diz que Simão creu e foi batizado juntamente com os outros samaritanos. Justo González, citando Jürgen Roloff, explica em seu comentário sobre o livro de Atos: “Simão concordou em se juntar à comunidade na esperança de descobrir o segredo do poder de Filipe de realizar feitos extraordinários; por isso, ele não o deixa sozinho, a fim de observá-lo de perto enquanto ele desempenha suas atividades” (p. 136). Isso indica que nem sempre uma pessoa estar dentro da igreja significa que sua vida foi transformada por Cristo; muitas vezes é mera curiosidade ou interesse em copiar a ação de Deus, como se isso fosse possível.
A chegada dos apóstolos Pedro e João a Samaria implica que ainda faltava alguma coisa; era o batismo no Espírito Santo. Essa promessa completava a obra do evangelho na região: “Então, lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo. E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro, dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo” (At 8.17-19). Simão viu que os apóstolos tinham o poder de conferir o Espírito Santo por imposição de mãos. Ele desejava ter esse mesmo poder para ampliar o seu currículo, por isso ofereceu dinheiro em troca. Simão não se interessou pelo dom de realizar milagres, pois pediu para comprar o dom específico, ou seja, receber o dom do Espírito Santo pela imposição de mãos. Ele estava tratando o dom do espírito Santo como mercadoria. Mas o apóstolo Pedro respondeu com uma maldição que era ao mesmo tempo um convite ao arrependimento (vv. 20-22). Nada indica no relato que Simão se arrependeu; está escrito que ele pediu que Pedro e João orassem por ele: “orai vós por mim ao Senhor” (At 8.24). A prática de compra e venda de posições eclesiásticas na Idade Média passou a ser chamada de “simonia”, porque Simão Mago quis comprar o dom do Espírito Santo com dinheiro. O termo é usado ainda hoje, principalmente aos charlatões, que tratam o dom de Deus como se fosse mercadoria.
O texto sagrado não diz o que aconteceu depois disso com Simão, mas há uma farta literatura patrística que mostra a má impressão de Simão Mago como poucos personagens bíblicos. Segundo Irineu de Lião, Simão foi o originador de todas as heresias (Contra as heresias, I.23.2). Esse pensamento se perpetuou ao longo da história. A literatura patrística acusa com frequência Simão como o pai do gnosticismo. Talvez haja exagero nisso tudo, mas é certo que existem fortes ligações entre Simão e o gnosticismo antigo.
Simão Mago era tido pelos samaritanos como o “Grande Poder” acostumado a ostentar dinheiro e operar milagres. Ele estava agora diante de um pescador da Galileia transformado em um pescador de almas, revestido do poder do alto, que impunha as mãos sobres pessoas e elas recebiam o Espírito Santo. Era a diferença entre o poder do dinheiro e o poder que transforma um humilde pecador em apóstolo de Cristo. Somente os cristãos têm poder a autoridade sobre as hostes da maldade (Mt 10.4; Lc 10.19). As obras das trevas são demolidas pelo poder de Deus no trabalho de pregação do evangelho de Cristo.
Texto extraído da obra “Batalha Espiritual”, editada pela CPAD.

quinta-feira, 7 de março de 2019

Lição 10 - 1º Trimestre 2019 - Os Cuidados e Deveres da Nova Geração - Jovens.

Lição 10 - Os Cuidados e Deveres da Nova Geração

1º Trimestre de 2019
Introdução
I-A Importância das Pessoas
II-A Importância das Leis
III-A Importância da Adoração
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Mostrar o propósito do censo que foi ordenado pelo Senhor;
Explicar a importância das leis divinas para os hebreus;
Reconhecer a importância da adoração.
Palavras-chave: Peregrinação no deserto.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Reynaldo Odilo:
INTRODUÇÃO
Depois de um terrível ato de apostasia, em que milhares de hebreus morreram, Deus determina a realização de um novo censo. Aqueles que saíram do Egito, que tinham mais de 20 anos, haviam caído prostrados no deserto. A sentença divina executara-se perfeitamente. Moisés, portanto, não “mudou a opinião” de Deus acerca da morte dos hebreus incrédulos, mas apenas retardou o acontecimento. Restava, assim, daquela geração, apenas Moisés, Josué e Calebe. Os capítulos 26 ao 30 do livro de Números seguem o mesmo padrão da perícope dos capítulos 1 ao 10, na medida em que Deus mandou contar o povo nessas duas ocasiões, porque havia chegado o tempo de entrarem em Canaã e, para tanto, além de conhecer o poderio bélico da nação, essa base de dados serviria para a divisão da Terra Prometida. Ressalte-se, por oportuno, que a segunda geração era composta por pessoas com, no máximo, 59 anos, pois os mais velhos saíram do Egito com até 19 anos de idade e os demais nasceram posteriormente. 
Conforme observado, pela fé que aquele grupo de pessoas entraria na Terra Prometida, Deus manda fazer o censo (Nm 26.1-51). Entretanto, outras providências também foram tomadas: lembrou leis estabelecidas e criou outras (Nm 26.52-56; 27.1-11; 30.1-16; 36.1-13), além de falar sobre a importância da adoração (Nm 28–29). 
Assim, Deus estava mostrando os cuidados e deveres da nova geração de hebreus, e, por isso, repetiu algumas obrigações cívicas, morais e espirituais. Os novos hebreus precisavam conhecer sua identidade e força (censo), suas responsabilidades civis e familiares (leis) e o dever de adorar ao Senhor de todo o coração.
I – A IMPORTÂNCIA DAS PESSOAS 
1) Um Censo Providencial
Por qual razão Deus mandou fazer um segundo recenseamento? É que, como dito, havia uma nova geração que precisava ser conhecida (e sabe-se que todo homem honrado tem uma família, tem uma história). Eles não eram apenas números, nem compunham simplesmente uma estatística. Eles eram pessoas escolhidas por Deus. Ressalte-se, por oportuno, que, por ocasião do censo, os nomes eram escritos, conforme a família e tribo, pois Deus não trata o seu povo “no atacado” — como se fosse um amontoado de pessoas —, mas (usando uma linguagem coloquial) “no varejo”. Ele conhece e valoriza seus servos pelo que eles são e conhece-os pelo nome (Jo 10.27). Não é demais mencionar, nesse sentido, que há, na Bíblia, milhares de nomes próprios de indivíduos, a grande maioria dos quais sem nenhuma expressão histórica. Os recenseados, da mesma forma, estavam sendo apresentados ao Senhor, e passando a fazer parte da história da maior conquista do povo hebreu!
Contar o povo foi providencial para aquela geração e também para as vindouras. Deus também estava demonstrando a sua fidelidade, pois a quantidade de homens adultos apresentava-se bastante aproximada do censo acontecido quatro décadas antes. Os hebreus, portanto, numericamente, não tinham sido afetados pela caminhada no deserto. Deus, na verdade, os deixou em compasso de espera, até que os rebeldes fossem destruídos. Deu-se com os hebreus o mesmo que acontece com o homem que anda em desobediência: anos de vida são perdidos!
2) Um Exército Poderoso
A ordem de Deus dava conta de que “todo [homem] que, em Israel, vai para o exército” fosse contabilizado no censo (Nm 26.2). Era uma multidão de homens que, diferentemente dos guerreiros que atravessaram o Mar Vermelho a pé enxuto, possuíam certa experiência bélica, afinal eles havia destruído reis poderosos como Seom e Ogue. Esse exército precisava estar preparado emocionalmente, para as lutas vindouras. O Senhor havia falado aos patriarcas hebreus que a semente deles possuiria “a porta dos seus inimigos” (Gn 22.17), por isso Israel precisava conhecer sua força militar e habilitar-se para as guerras que adviriam.
Em Números 22, 23 e 24, quando Balaque tentou empreender um ataque espiritual em desfavor de Israel, por intermédio do suborno ao profeta Balaão, o rei dos moabitas afirmou que os hebreus formavam um grande e poderoso povo! Que análise interessante, principalmente porque, sob o prisma da análise circunstancial de viver no deserto, e, ademais, por ser Israel um povo sem terra, certamente a percepção geral deveria ser outra; porém, as recentes vitórias nas guerras tinham criado esse marketing positivo. Portanto, conclui-se, que, no meio da crise, o Senhor fez seu povo crescer e se fortificar.
O Altíssimo tornou os hebreus poderosos na guerra, todavia não pela vocação beligerante do povo, mas por causa da operação divina maravilhosa (Sl 44.1-3), como está escrito: “Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6) promovendo, assim, a fama de Israel perante seus inimigos, caindo, por isso, um temor sobre eles. O exército de Israel, diante de tal circunstância, não podia exalar a presunção fétida e nociva da autossuficiência, mas o dom perfumado da dependência de Deus! 
3) Um Povo Abençoado 
Deus trabalha com os seus filhos, no desiderato de que eles creiam que suas promessas são tão seguras, e reais, quanto os próprios fatos; a única diferença existente é o tempo, mas isso não tem significado para o Altíssimo, o qual está fora do tempo. Paulo, acerca disso, mencionou que “Deus chama as coisas que não são como se já fossem” (Rm 4.17). Noutra ocasião, mencionei que “sendo Deus transcendental, a questão do tempo não se apresenta relevante para Ele”, na medida em que o tempo está em Deus, mas Deus não está adstrito, preso, a ele.1  Dessa forma, uma única promessa do Senhor deve ser suficiente para sustentar um homem de esperança por toda a vida, como aconteceu com Simeão, cujo anelo em ver o Messias dava-lhe força para permanecer vivo (Lc 2.27-30).
Ora, Israel precisava crer desse modo, para ter a visão correta das coisas, pois, como disse Paulo, ressoando um ensinamento do Antigo Testamento: “o justo viver da fé”. Os hebreus, portanto, precisavam ter uma nova forma de pensar, racionar e, consequentemente, confiar. Assim, por tal razão, depois que foi concluído o recenseamento, “falou o Senhor a Moisés, dizendo: A estes se repartirá a terra em herança, segundo o número dos nomes” (Nm 26.52,53). Deus estava dando uma extraordinária visão aos hebreus: Mesmo, atualmente, não tendo nada de concreto, vocês podem aguardar o recebimento de uma grande herança em Canaã. O Senhor poderia ter dado essas instruções após a conquista da terra, mas preferiu animar e fortalecer o coração e a fé de todos previamente. Israel deveria esperar, confiar e descansar nas promessas de Deus! 
II – A IMPORTÂNCIA DAS LEIS 
1) Leis sobre a Divisão da Terra 
Deus estava formando, durante aquela longa viagem desértica, um povo que fosse exclusivamente seu, zeloso e de boas obra. Para tanto, o povo de Israel precisava de norte para o estabelecimento da contracultura do Espírito Santo, calcada numa cosmovisão recebida por Deus. Por óbvio, para implantar no inconsciente coletivo da nação uma cosmovisão distinta da que se vivenciava nos países vizinhos, e no Egito, eram necessárias leis que trouxessem a essência do céu à Terra. Deus sabia que muitas leis de outros povos eram injustas, e, diante de tal fato, não instituiriam comportamentos que agradassem a Ele.
Por isso, de vez em quando, no livro de Números, as narrativas se estancam e surge a informação sobre as mais diversas normas de condutas, algumas dadas anteriormente e outras novas. Em Números 26.52-65, por exemplo, o Senhor deu regras para a divisão das terras que seriam conquistadas. O Altíssimo sabia que aquele povo de dura cerviz poderia criar sérios obstáculos políticos e administrativos, caso pensassem que havia privilégios na repartição da herança em favor de uma ou outra tribo. Dessa maneira, ao tempo em que ditava o direito, o Senhor incutiu fé em cada hebreus. Não é de admirar que, desde a conquista de Jericó, não houve hesitação ou medo dos hebreus em relação a quaisquer das nações cananitas.
2) Leis sobre Relacionamentos
Em certa ocasião, afirmei que “Deus vê a família mais que um mero ajuntamento, mas como um canal de bênçãos para a sociedade”, pois é “nesse grande laboratório divino” que o homem conhece a si mesmo, e, a partir daí, com o crescimento pessoal, suas aptidões são desenvolvidas, aprendendo a ser forte, bem como a superar todos os obstáculos da vida.2
A importância dada por Deus aos relacionamentos familiares pode ser perfeitamente observada nalguns dos regramentos outorgados, conforme se vê em Números 30.1-16 — Deus criou diversas normas, dizendo aquilo que é justo no âmbito do que, nos dias atuais, seria considerado como “direito de família”, evitando, com isso, conflitos intermináveis, vinganças, desentendimentos constantes, etc. Como se sabe, um grande povo só se constrói com famílias fortes e unidas. Dessarte, se no seio da sociedade hebraica as famílias estivessem fragmentadas, a nação, sem dúvida, enfraqueceria. 
3) Leis sobre a Guerra
No famoso livro A Arte da Guerra, orienta-se que “para evitar os descontentamentos, reparte sempre, de forma meticulosa e justa, todos os despojos”.  Um forte padrão de justiça e equidade, em todas as condutas perpetradas entre os homens, apresenta-se como um instrumento de integração e, concomitantemente, de pacificação social. Assim, “dar a cada um o que é devido”, como falou Paulo (Rm 13.7), ou atinar para a regra de ouro ensinada por Jesus: “tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12), constitui-se no ponto de partida de uma civilização próspera, justa e feliz. Era isso que o Senhor queria para os israelitas.
Destarte, o Senhor criou um critério bastante justo, e também espiritual (pois parte seria dada como oferta ao Senhor), a fim de regulamentar os despojos da guerras (Nm 31.25-47). Ninguém ficaria com tudo, nem ninguém ficaria sem nada. Era um equânime paradigma que glorificava a Deus.
Em Números 31.48-54 há uma cena comovente: os capitães do exército de Israel trouxeram ao Senhor, dos despojos de guerra, uma oferta alçada, voluntária. Aqueles homens, jovens combatentes, compreendiam que as vitórias vinham por intervenção e milagre de Deus. Eles estavam vivendo um novo padrão de comportamento cultural e espiritual — perseveravam na doutrina de Moisés. Eles representavam muito além de números… eram vidas em crescimento que se desenvolviam no solo sagrado da fé genuína.
III – A IMPORTÂNCIA DA ADORAÇÃO 
Deus nunca faltará ao seu povo, mas Ele requer, para tanto, que se reconheça a importância dos relacionamentos, a começar pela família, a necessidade da observância das suas leis, para que haja coesão e justiça social e, sobretudo, a atitude de consideração, respeito, prestígio, à adoração ao Eterno.
No livro de Levítico, Deus apresenta o manual de adoração do sacerdote, ensinando todas as condutas a serem tomadas quando da realização dos cultos no Tabernáculo. Em Números, porém, essa noção é ampliada. O povo acha-se convocado para participar da adoração. Isso faria não apenas trazendo ofertas, purificando-se, mas também aprendendo a servir ao próximo, pois o serviço voluntário é uma das marcas do verdadeiro adorador.
Henrietta C. Mears aduz que, em Levítico, Deus convoca o povo à adoração e, em Números, ao serviço. Portanto, Números trata prioritariamente sobre o andar do crente. “Esta foi a ordem estabelecida pelo Senhor. Só o salvo pode servir e adorar a Deus. Lembre-se, fomos salvos para servir. Não somos salvos por obras, e, sim, para as boas obras (Ef 2.10)”4
1) Uma Vida Bem Cuidada
Na medida em que Israel, sob a batuta de Moisés, assumiu o papel de povo de Deus, passou a ser protegido pelo Senhor, pois estava debaixo de muitas promessas.O livro de Números demonstra à exaustão milagres os mais diversos, demonstrando de maneira inequívoca uma verdade que permeia todas as Escrituras: Deus provê as necessidades daqueles que o servem e adoram. Apresenta-se inacreditável como, num ambiente hostil daquele, ninguém morreu desidratado ou desnutrido.
Eles entraram na escola de Deus e ali aprenderam que, mesmo diante das provações, deveriam continuar confiando no Senhor (Nm 13.26–14.25). O Senhor deu-lhes alimento (Nm 11.6-9), carne (Nm 11.31-33), água (Nm 20.8). Além disso, protegeu-os durante toda a viagem de fortes inimigos que se interpunham no caminho, deu-lhes direção, guardou-os do frio e do calor (através da nuvem e da coluna de fogo), proveu-lhes líderes (Nm 1.1,3), apresentou-lhes um extraordinário e revolucionário ordenamento jurídico, o qual abrangia todos os aspectos da vida cotidiana, assim como lampejos da eternidade, e, também, garantiu-lhes em possessão uma terra que mana leite e mel (Nm 14.7,8). A vida deles estava sendo minuciosamente bem cuidada.
2) O Dever de um Povo Agraciado
Não importa nosso grau de espiritualidade ou intelectualidade, jamais compreenderemos a medida do amor de Deus por nós. É inexplicável. O que devemos fazer, como forma de gratidão, pelo que Ele fez e faz por nós, é entregarmos, sem reservas, nossa vida a Ele. O Senhor nos ama profundamente... apesar de nós. De igual modo, assim se dava com Israel: sendo extremamente beneficiados pelo Senhor, inclusive pela segunda oportunidade que Deus lhes oferecia, pois a primeira geração já morrera. Eles deveriam ser sumamente agradecidos, mas não eram.
Deus, mais uma vez, com toda a paciência (Nm 28–29), deixou bastante claro que o povo deveria ser agradecido, trazendo ofertas em cultos de adoração todos os dias, semanalmente, mensalmente, além das festas anuais. O servir a Deus, na Terra Prometida — e também nos últimos dias de deserto —, deveria ser marcado pelo compromisso, diante da aliança estabelecida, fazendo emergir muitas responsabilidades para o povo de Deus.
A especificação de rituais solenes para o recebimento de ofertas, na ambiência da presença do Senhor, demonstra que as coisas no Tabernáculo não poderiam funcionar como bem quisessem os hebreus. Nadabe e Abiú, filhos de Arão, sofreram pela imprudência e irreverência, na quebra das regras solenes do culto divino, as quais deveriam ser cumpridas reverentemente, sob pena de, como visto, acontecerem danos terríveis aos adoradores. As mortes de Ananias e Safira servem de exemplo para os adoradores deste tempo presente, a fim de que se entenda o que pode acontecer com alguém que desobedece voluntariamente dentro de uma ambiência litúrgica cultual divina.
3) Um Deus que Merece Ser Adorado
Está escrito: “Rogo-vos [...] irmãos [...] que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1). A vida de todo servo de Deus deve ser como um culto contínuo de adoração; esse era e é o propósito do Deus de Israel. O cerne da existência e das atividades do povo de Deus. Não era por acaso que o Tabernáculo encontrava-se no centro do acampamento e tudo se movia ao seu redor, dando a entender que o relacionamento com Deus deveria ocupar a parte mais importante da vida.
Números 28 começa com uma grave advertência de Deus: “Dá ordem aos filhos de Israel e dize-lhes: Da minha oferta, do meu manjar para as minhas ofertas queimadas, do meu cheiro suave, tereis cuidado, para mas oferecer a seu tempo determinado” (v. 2). O Senhor estava convocando o povo a viver à altura da sua fé, advertindo que não seria mais admitida uma vida descuidada, pois eles haviam sido chamados para servir em adoração, e adorar enquanto serviam, e isso deveria ser levado a sério.
Deus demonstrou, ao longo de todo o período de caminhada, sua fidelidade em relação ao cumprimento da aliança com seu povo; todavia, nesse instante, o Senhor estava deixando claro que as falhas da jornada no deserto não deveriam se repetir — tereis cuidado — e que a adoração dos hebreus, na Terra Prometida, deveria se transformar num estilo de vida.
CONCLUSÃO
A partir da morte dos últimos representantes da antiga geração, uma nova geração de israelitas, que conquistaria a terra dos cananeus, precisava entender uma série de cuidados e deveres que pesavam sobre seus ombros, em relação a fazer vontade de Deus. Por isso, o Senhor determinou um novo censo, estabeleceu leis e fez um apelo incisivo sobre a necessidade de que Israel adorasse ao Senhor voluntariamente, de todo o coração. A conquista de Canaã exigiria muitos esforços dos israelitas.                                                                         
*Adquira o livro do trimestre. ODILO, Reynaldo. Rumo à Terra Prometida: A Peregrinação do Povo de Deus no Deserto no Livro de Números. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 SOARES, Reynaldo Odilo Martins. Tempo para todas as coisas. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 15.
2 SOARES, Reynaldo Odilo Martins. Eu e minha casa. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p. 14-16. 
3 TZU, Sun. A arte da guerra. Porto Alegre: L&PM, 2006, p. 39. 
4 MEARS, Henrietta C. Estudo panorâmico da Bíblia. São Paulo: Vida, 1996, p. 56.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quarta-feira, 6 de março de 2019

Lição 09 - 1º Trimestre 2019 - Quanta Coisa Bonita eu Posso Ver - Berçário.

Lição 09 - Quanta coisa bonita eu posso ver

1º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Aprender que foi o Papai do Céu que criou os nossos olhos e que, por isso, podemos ver coisas tão lindas.
É hora do versículo: “[...] Ele nos fez [...]” (Sl 100.3).
Nesta lição, será reforçado para as crianças o ensinamento de que foi Deus quem criou os seus olhinhos e que com eles, podemos ver coisas muito lindas que o Papai do Céu fez. Reafirme que o Papai do Céu nos criou e teve um cuidado especial em criar cada parte do nosso corpo porque Ele é o nosso Criador.
Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos a atividade a seguir em que as crianças desenharão os olhos da menina para que ela possa ver as coisas belas que Deus fez.
bebesemolho.bercario.licao9
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 09 - 1º Trimestre 2019 - A História das Sementinhas - Maternal.

Lição 09 - A história das sementinhas

1º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que o aluno se disponha a receber a Palavra de Deus e a dar-lhe lugar na vida para que produza os devidos frutos.
Para guardar no coração: “[...] O semeador semeia a mensagem de Deus.” (Mc 4.14)
Nesta lição, o aluno vai conhecer a parábola do semeador. Vai aprender o que aconteceu com a semente em cada solo que ela caiu. A criança também precisa identificar que a semente é a Palavra de Deus e a terra é o coração dos ouvintes.
O ensinamento bíblico que deve ser extraído dessa lição, é que o nosso coração deve ser a terra boa onde a sementinha caiu, germinou e deu muitos frutos.
Como complemento desta lição, caso haja tempo após a realização de toda atividade proposta na revista, sugerimos uma atividade extra para as crianças desenharem as sementes na mão do semeador e colorir o desenho.
semeador licao9.maternal


Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Lição 09 - 1º Trimestre 2019 - O Amigo é Batizado - Jd. Infância.

Lição 9 - O Amigo É Batizado

1º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão perceber a importância de Jesus ter sido batizado e aprender o significado do batismo realizado por João.
É hora do versículo: “Este é o meu filho querido, que me dá muita alegria!” (Mt 3.17).
Nesta lição, os alunos aprenderão que Jesus, enquanto esteve aqui na Terra, também foi batizado por João Batista no Rio Jordão. Mesmo Jesus sendo o Filho de Deus, pediu para ser batizado para nos deixar o exemplo. Quando Jesus acabou de ser batizado, o Espírito Santo veio sobre Ele em forma de uma pomba, confirmando assim que Jesus era verdadeiramente o Filho de Deus.
Ser batizado significa que nossos pecados estão sendo lavados pelas águas do batismo e estamos nascendo novas criaturas. Pelo batismo demonstramos que fomos perdoados e nos tornamos amigos de Deus. Apenas a água não tem poder de nos limpar por dentro e perdoar os nossos pecados, apenas quando aceitamos Jesus e reconhecemos que Ele é o Filho de Deus e obedecemos aos seus ensinamentos, é que teremos perdão dos nossos pecados.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você imprima a folha a seguir com a imagem de uma pomba e dê para as crianças enfeitarem com penas ou algodão, conforme a sua disponibilidade de material e a criatividade dos alunos. Diga que Deus confirmou o batismo de Jesus e mostrou para todos que Ele era seu Filho, quando enviou a pomba sobre Ele.
pomba jardim licao9
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 09 - 1º Trimestre 2019 - O Deus Que nos Fez Nascer de Novo - Juniores.

Lição 9 - O Deus que nos fez nascer de novo

1º Trimestre de 2019
Texto bíblico: João 3.1-21.
Caro(a) professor(a).
Na lição desta semana seus alunos estudarão a respeito de um assunto muito importante para o crescimento espiritual: “o Novo Nascimento”. E o que significa nascer de novo? Quando pensamos no novo nascimento este assunto nos remete a imaginar a limitação do sábio Nicodemos que, mesmo sendo um grande conhecer das Sagradas Escrituras, não conseguiu compreender o que o Mestre Jesus ensinava.
“Nascer de novo” envolve a regeneração espiritual do crente a partir do momento que tem um real encontro com Jesus Cristo.
A Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD, 1995, p. 1576) apresenta um estudo sobre “o Novo Nascimento”:
“Em Jo 3.1-8, Jesus trata de uma das doutrinas fundamentais da fé cristã: a regeneração (Tt 3.5), ou o nascimento espiritual. Sem o novo nascimento, ninguém poderá ver o reino de Deus, isto é, receber a vida eterna e a salvação mediante Jesus Cristo. Apresentamos a seguir, importantes fatos a respeito do novo nascimento.
(1) A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa (Rm 12.2; Ef 4.23,24), efetuadas por Deus e o Espírito Santo (Jo 2.6; Tt 3.5). Por esta operação, a vida eterna da parte do próprio Deus é outorgada ao crente (Jo 2.16; 2 Pe 1.4; 1 Jo 5.11), e este se torna um filho de Deus (Jo 1.12; Rm 8.16,17; Gl 3.26) e uma nova criatura (2 Co 5.17; Cl 3.10). Já não se conforma com este mundo (Rm 12.2), mas é criado segundo Deus ‘em verdadeira justiça e santidade’ (Ef 4.24).
(2) A regeneração é necessária porque, à parte de Cristo, todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a Deus e de agradar-lhe (Sl 51.5; 58.3; Rm 8.7,8); 5.12; 1 Co 2.14).
(3) A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para Deus (Mt 3.2) e coloca a sua fé pessoal em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador (Jo 1.12).
(4) A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência a Jesus Cristo (2 Co 5.17; Ef 4.23,24; Cl 3.10). Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado (Rm 6.14-23), e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a Deus e de seguir a direção do Espírito (Rm 8.13,14). Vive uma vida de retidão (1 Jo 2.29), ama aos demais crentes (1 Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1 Jo 3.9; 5.18) e não ama o mundo (1 Jo 2.15,16).
(5) Quem é nascido de Deus não pode fazer do pecado uma prática habitual na sua vida (1 Jo 3.9). Não é possível permanecer nascido de novo sem o desejo sincero e o esforço vitorioso de agradar a Deus e de evitar o mal (1 Jo 2.3-11,15-17,24-29; 3.6-24; 4.7,8,20; 5.1), mediante uma comunhão profunda com Cristo e a dependência do Espírito Santo (Rm 8.2-14).”
Para reforçar o ensinamento da aula de hoje, realize a seguinte atividade:
Entregue duas folhas de papel sulfite A4 aos seus alunos. Em seguida, peça a eles que escrevam nomes de objetos que são considerados “velhos”, “antigos” e que, por esse motivo, devem ser descartados. Recorte os nomes em tiras e deposite em uma sacola de pano. Faça o mesmo com os nomes de coisas que são consideradas novas e aproveitáveis. Depois, pegue a sacola de coisas velhas e jogue no lixo. Providencie uma caixa ilustrada com a palavra “descartar” na frente da caixa para identificar o lixo. Tudo o que não presta e não pode ser aproveitado deve ser descartado.
Escreva o versículo de 2 Coríntios 5.17 no quadro: “Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo”. Ao final, explique aos seus alunos que o “Novo Nascimento” é assim: Deus faz nova todas as coisas em nossa vida! Quando experimentamos de uma nova vida com Deus os velhos hábitos e comportamentos que não agradam a Deus devem ser descartados.
Por Thiago Santos
Educação Cristã. CPAD.

Lição 09 - 1º Trimestre 2019 - O Que Perdoa - Pré Adolescentes.

Lição 9 - O Que Perdoa

1º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: 2 Crônicas 33.9-13,16.
Prezado(a)  professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão uma lição muito importante para conhecerem um pouco mais a Deus. Muitos ainda não se deram conta de que servem a um Deus que perdoa pecados. Embora não aprove ou tolere a desobediência aos mandamentos que Ele mesmo determinou em sua Palavra, Deus ama o pecador e provou o seu grande amor enviando o seu Único Filho Amado a este mundo para morrer na cruz a fim de redimir a humanidade de toda culpa (cf. Jo 3.16).
De acordo com o dicionário Houaiss, a palavra “perdão” significa: remissão de pena ou de ofensa ou de dívida; desculpa, indulto; ato pelo qual uma pessoa é desobrigada de cumprir o que era de seu dever ou obrigação por quem competia exigi-lo. Isto quer dizer que Deus nos desobrigou de pagar a dívida pelas ofensas que havíamos praticados no tempo da ignorância (cf. Rm 5.6-11).
O perdão é também uma qualidade de Deus muito interessante, visto que tem a ver justamente com a sua natureza. Ela nos ensina uma lição importantíssima, pois há uma grande dificuldade no ser humano em lidar com o perdão. Jesus menciona a respeito do perdão quando ensina aos discípulos a maneira correta de orar (cf. Mt 6.12,14,15). Ele não apenas ensina que devemos orar pedindo a Deus perdão por nossos pecados, confessando as nossas culpas e demonstrando o arrependimento sincero, como também, apresenta uma condição crucial para que sejamos perdoados: perdoar aqueles que nos fizeram alguma ofensa.
Sendo assim, Deus nos condiciona à atitude de perdoar e livrar da culpa ao culpado como forma de nos ensinar que estamos na mesma condição perante Deus (cf. Rm 3.23). Afinal de contas, também temos muitas falhas, das quais, precisamos ser redimidos de culpa e sabemos que somente pela misericórdia de Deus, mediante o sangue de Cristo derramado na cruz, podemos obter a purificação e, finalmente, o perdão dos nossos pecados.
Lawrende O. Richards (CPAD, 2007) declara:
Reconhecemos as nossas imperfeições e fraquezas, e não dependemos dos supostos méritos de nossas obras, mas da disposição de Deus de nos perdoar. Demonstramos essa atitude através da boa vontade de tratar os outros como somos tratados por Deus; assim, ‘também perdoamos a qualquer que nos deve’.
Desse modo o perdão dos nossos pecados é fruto da graça de Deus manifesta em nossas vidas e deve fazer parte da nossa posição como servos do Deus vivo e representantes de Cristo neste mundo. Aproveite o momento e converse com seus alunos a respeito da dificuldade que eles têm de liberar o perdão. Ao final, ore pedindo perdão pelos pecados e para que Deus os ajude a praticar o perdão das ofensas que receberam. Não se esqueça de reforçar que este é um critério para que tenhamos uma comunhão plena com o nosso Criador.
Por Thiago Santos.
Educação Cristã. CPAD.

segunda-feira, 4 de março de 2019

Lição 09 - 1º Trimestre 2019 - Na Igreja, a Família Espiritual - Adolescentes.

Lição 9 - Na Igreja, a Família Espiritual 

1º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO:
O QUE É IGREJA
A IGREJA É FORMADA POR PESSOAS, FUNDADA POR DEUS
COMO ME TORNAR MEMBRO DA IGREJA
OBJETIVOS:
Conceituar a Igreja;
Mostrar os aspectos divino e humano da Igreja;
Conscientizá-los da importância de participar do Corpo de Cristo.
KOINONIA: A COMUNHÃO CRISTÃ NUMA DIMENSÃO TERRENA
Prezado professor, Prezada professora, você poderá iniciar a aula desta semana perguntando o que é igreja. Estimule aos alunos a ler o texto bíblico de Mateus 16.18, conforme as instruções da seção “Quebrando a Rotina” da revista do professor. Explique a Igreja do Senhor é uma só, onde por intermédio de Jesus Cristo, ela reúne pessoas de diversas localidades do mundo. Não há limite geográfico ou temporal para a verdadeira Igreja de Cristo.
Entretanto, uma igreja local dividida não terá êxito em sua jornada terrena e jamais alcançará o objetivo da evangelização mundial. Você tem a oportunidade de desenvolver, nesse domingo, de tocar num assunto que foi determinante para o crescimento da Igreja Primitiva em Atos dos Apóstolos: A COMUNHÃO CRISTÃ.
A palavra Comunhão, de acordo com o texto bíblico no original, tem um sentido bem amplo. Proveniente do grego koinê, o termo remetente a essa palavra é KOINONIA. Este expressa os seguintes significados: “participação, quinhão; comunicação, auxílio, contribuição; sociedade, comunhão, intimidade, ‘cooperação’; (nos papiros, da relação conjugal)”1.  A ideia da palavra é expressar o vínculo perfeito de unidade fraternal dentro de uma comunidade específica cujas características essenciais são a cooperação e o relacionamento mútuo.
A Igreja de Cristo é a reunião de diversas pessoas (diferentes classes sociais, sexos e etnias). Essas pessoas formam − seja no bairro, no município, no Estado ou até mesmo no país − a “assembleia” visível [a comunidade do Altíssimo] e convocada por Deus para proclamar o Evangelho da salvação a toda criatura. Para atingir esse alvo, a comunhão cristã tem um papel preponderante na divulgação das Boas Novas.
Por intermédio da koinonia, a Igreja Cristã denotará a relevância do Evangelho de Jesus Cristo a uma sociedade, cuja paz e a verdadeira dignidade humana são seu objeto de busca frequente.  A igreja local está estabelecida nessa sociedade. Aquela precisa ser relevante e autêntica no desenvolvimento de suas ações. Por isso, a comunhão do Corpo de Cristo deve transparecer uma realidade visível de amor ao próximo entre os irmãos. Só assim que a sociedade sem Deus reconhecerá a graça acolhedora da igreja local e atentará para a proclamação do Evangelho de Cristo Jesus (At 2.46,47).
Por Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor Responsável pela revista Adolescentes Vencedores

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Lição 09 - 1º Trimestre 2019 - A Proteção no Deserto - Jovens.

Lição 9 - A Proteção no Deserto

1º Trimestre de 2019
Introdução
I-Os Inimigos
II-Não Cabe Encantamento Contra Jacó
III-A Força Destrutiva do Pecado
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Saber que os inimigos do povo de Deus podem se levantar de qualquer lugar;
Compreender que o Senhor é o escudo do seu povo e por isso, o maligno não lhe toca;
Expor a força destrutiva do pecado.
Palavras-chave: Peregrinação no deserto.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Reynaldo Odilo:
INTRODUÇÃO
Depois das grandes vitórias e milagres narrados em Números 21, os quais trouxeram momentos de muita euforia para os hebreus, surgem quatro capítulos (Nm 22–25) com uma história sombria: a tentativa de lançar maldição sobre Israel. Fato é que as notícias sobre as recentes conquistas de Israel contra o rei de Arade, Seom e Ogue, espalharam-se rapidamente por todas as nações vizinhas, motivo pelo qual os moabitas ficaram bastante preocupados. Acreditavam que seriam os próximos! Com isso, no afã de conseguir deter a marcha triunfal do povo hebreu, o rei Balaque contratou um profeta que morava na Mesopotâmia: Balaão, o homem que — achava-se — poderia fazer o que os exércitos de Seom e Ogue não conseguiram.
A narrativa demora-se bastante no dilema de Balaão em relação ao contrato “profético-mercantil” firmado com os moabitas,  bem como nas suas palavras proferidas e a frustração de Balaque, calcada na existência de um acerto financeiro com o profeta. Culmina-se, no capítulo 25, com a derrocada espiritual do povo, e a morte de milhares de hebreus, por participarem do pecado incentivado pelas mulheres de Moabe.
A história mencionada faz lembrar, nos dias hodiernos, o significativo encolhimento das igrejas evangélicas na Europa. O que as armas dos inimigos, as pestes ou as ideologias ateístas não conseguiram fazer — perigos que vinham fora (mundo) para dentro — ao longo dos séculos, a degradação espiritual do povo, o pecado (implosão interna da fé genuína) promoveu fortemente em pouco tempo, podendo o referido continente ser considerado, por isso, como um lugar em que se vive o período do pós-cristianismo. A queda se deu por, digamos, fatores endógenos, como aconteceu com Israel no caso mencionado neste capítulo.
No fim de tudo, chegar-se-á à conclusão de que o povo de Deus jamais perecerá pelas armas, pela peste, pela carestia ou por qualquer outro acidente, pois o Senhor o protege. Ainda que passe por alguma aflição, levantar-se-á com mais glória, pois se tornará mais sensato por causa do sofrimento (Sl 119.67,71); porém, caso pratique iniquidade, o resultado será a morte.
I – OS INIMIGOS
1) Inimigos que não Conhecem a Deus 
Há uma guerra em curso contra o povo de Deus e esse embate reflete um conflito cósmico muito maior, que não conseguimos dimensionar. Não é um luta entre o mal e o bem, mas um combate do mal contra o Bem Absoluto, inquebrantável. Nessa luta, claro, já se conhece o vencedor, porque ninguém é páreo para Ele (Rm 8.37). O mal, porém, mesmo conhecendo sua vocação de perdedor, não desiste de criar conflito contra os servos do Altíssimo. Por isso, a Bíblia recomenda que o cristão utilize o capacete da salvação, de maneira que a mente esteja bem protegida (Ef 6.17). Diante disso, surgem inevitavelmente inimigos. Alguns deles sequer conhecem ao Senhor, mas mesmo assim se levantam para combater contra o povo de Deus. Um deles foi Balaque, rei dos moabitas (Nm 22.2-4), que compreendia que a força de Israel vinha de Deus, todavia, ainda assim, tentou distorcer a vontade do Senhor  (Js 24.9; Jz 11.25). 
É bem verdade que o servo de Deus, como Jesus, não tem propriamente inimigos, porque quem conhece a Deus sabe cuidar de sua saúde emocional, amando indistintamente e perdoando a todos, independentemente dos danos morais suportados. Nesse diapasão, Augusto Cury disse que Jesus “não dormia com seus inimigos, pois nenhum homem era seu inimigo”, não obstante muitos o odiassem. Nem “todo o ódio de um homem não o qualificava para ser seu inimigo”, porque Jesus não “permitia que a agressão dos outros tocasse sua alma”.1  Assim deve acontecer nas relações interpessoais do povo de Deus, não obstante a existência de muitas pessoas que desejam a nossa ruína.
2) Inimigo que Conhece a Deus 
Se existem inimigos que não conhecem a Deus, também se levantam alguns que têm conhecimento do Altíssimo. Em regra, inclusive, esses dois tipos de pessoas se unem, como aconteceu com Pilatos, Herodes e os religiosos judaicos, contra o Senhor Jesus, para fazerem frente à obra do Senhor. Isso aconteceu com o rei Balaque e o profeta Balaão, que aparece como uma incógnita nas Escrituras, mas desaparece como um instrumento de Satanás (Nm 31.8; 2 Pe 2.15; Jd 1.11; Ap 2.14). Ele era, sem dúvida, muito afamado, tanto que Balaque acreditava que suas palavras determinariam a bênção ou a maldição (Nm 22.6), por isso pagou caro para ele amaldiçoar Israel. A verdade, porém, era outra (Nm 24.9).
Balaão perguntou ao Senhor se deveria aceitar suborno para amaldiçoar Israel. Que erro terrível! O Senhor disse um não veemente (Nm 22.12). No entanto, tendo a proposta financeira aumentado, Balaão foi questionar a Deus novamente, o qual, na sua indignação, permitiu que Balaão continuasse com as tratativas de corrupção e pecado! Deus, certamente, estava testando os limites morais daquele “profeta”!
3) Os Inimigos Espirituais
Paulo disse que a luta precípua do povo de Deus não é contra a carne e o sangue e, com certeza, aqui em Números 22–25, essa verdade ressai de maneira palmar. Os instrumentos usados pelo maligno são variados, mas o verdadeiro antagonista do conflito possui natureza espiritual. Observe-se que Balaque estava ciente de que essa temida suposta guerra vindoura (Nm 22.3) seria travada, sobretudo, nas trincheiras da espiritualidade, por isso contratou um expert em assuntos espirituais.
As “hostes espirituais da maldade” (Ef 6.12) dominaram totalmente o coração de Balaão, que, usado pelo Inimigo, tentou de todas as formas prejudicar a Israel. Não conseguiu! Somente quando houve o cometimento de pecado abominável contra o Senhor é que os hebreus sofreram baixas.
II – NÃO CABE ENCANTAMENTO CONTRA JACÓ 
1) Deus se Opõe a Balaão 
Uma das histórias mais conhecidas da Bíblia aconteceu com o profeta Balaão, que tentava seguir viagem para cometer um pecado. Sua jumenta, de maneira consistente, foi usada por Deus, inclusive para protestar contra sua conduta. O animal que transportava o profeta viu o anjo do Senhor na vereda, mas o profeta estava tão cego pela ambição que não conseguia vê-lo. Está escrito que “os que querem ficar ricos caem em tentação” (1 Tm 6.9, ARA).
Sem dúvida, quando se está no caminho errado, o mais correto a fazer é dar meia-volta e retornar ao centro da vontade de Deus. C. S. Lewis, acerca disso, afirmou: 
Progredir, porém, é aproximarmo-nos do lugar aonde queremos chegar. Se você tomou o caminho errado, não vai chegar mais perto do objetivo se seguir em frente. Para quem está na estrada errada, progredir é dar meia-volta e retornar à direção correta; nesse caso, a pessoa que der meia-volta mais cedo será a mais avançada.2 
Balaão bem que poderia ter tomado o caminho do bem, mas seu coração era perverso e não amava ao Senhor, razão por que continuou adiante no desejo secreto de destruir Israel. Por isso, o Senhor se opôs a ele. Na caminhada cristã, igualmente, o servo de Deus deve tomar cuidado para não lutar contra quem o Senhor abençoou!
2) Deus Constrange Balaão 
Há um ditado oriental que diz: “Não cuspa contra o vento”. Caminhar para um lugar longe da vontade Senhor é, sem dúvida, “cuspir contra o vento” —  só produz vergonha e dissabor. Foi isso que aconteceu com Balaão: desagradou a Deus e a Balaque, o qual não lhe prestou nenhuma homenagem, mesmo tendo empreendido uma viagem tão longa.
As escolhas feitas por Balaão, ao longo da vida, transformaram-no em alguém cujas características não devem ser imitadas. O seu engano, mencionado em Judas 1.11, de raciocinar que um Deus justo levaria em consideração o suborno recebido, a fim de cometer uma injustiça, fez com que ele fosse comparado à pior espécie de indivíduos. Deus o constrangeu, portanto, não só em sua curta tentativa de fazer mal a quem o Senhor queria fazer prosperar,  mas também na sua morte (que foi violenta) e no estabelecimento de sua péssima  reputação.
3) Deus Abençoa Israel 
Conforme narra a Bíblia, houve, pelos menos, quatro razões pelas quais Balaão não conseguiu amaldiçoar a Israel, antes, pelo contrário, abençoou-o. Em primeiro lugar, Israel era povo separado, conforme está escrito: “Dos cumes rochosos eu os vejo, dos montes eu os avisto. Vejo um povo que vive separado e não se considera como qualquer nação” (Nm 23.9, NVI). Outro motivo é porque Israel tinha a promessa de Deus: “Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso ele fala, e deixa de agir? Acaso promete, e deixa de cumprir?” (Nm 23.19, NVI). O terceiro ponto está arrimado no fato de que Israel era agradável ao Senhor (beleza — tendas; cheiro — aloés plantados; vitalidade — cedros; prosperidade — lavouras irrigadas): “Quão belas são as suas tendas, ó Jacó, as suas habitações, ó Israel! Como vales estendem-se, como jardins que margeiam rios, como aloés plantados pelo Senhor, como cedros junto às águas. Seus reservatórios de água transbordarão; suas lavouras serão bem irrigadas. O seu rei será maior do que Agague; o seu reino será exaltado” (Nm 24.5-7, NVI). Por fim, Balaão não amaldiçoou, mas, ao invés, bendisse porque Deus tinha projetos para Israel: “Eu o vejo, mas não agora; eu o avisto, mas não de perto. Uma estrela surgirá de Jacó; um cetro se levantará de Israel. Ele esmagará as frontes de Moabe e o crânio de todos os descendentes de Sete” (Nm 24.17, NVI). Glória ao Senhor.
Interessante que, em todo o tempo em que Balaão tencionava amaldiçoar os hebreus, nenhum deles sabia o que se passava nos arredores do acampamento. Isso acontece também com a Igreja: muitas vezes os inimigos vêm para matar, roubar e destruir, mas Deus concede grandes livramentos. Por isso é muito importante orar: “Livra-nos do mal” e, em tudo, dar graças. 
CONCLUSÃO
O deserto, que aqui representa caminhos de provação, é um ambiente onde Deus protege  seu povo. Enquanto houver fidelidade ao Senhor no caminhar, não há o que temer; entretanto, caso o  pecado passe a ter primazia, certamente ele colocará em risco não apenas a vida das pessoas individualmente, mas de toda a coletividade, como aconteceu com Israel no caso de Baal-Peor, o que ficou “para exemplo aos que vivessem impiamente” (2 Pe 2.6). Por tudo isso, perfaz-se numa conduta inteligente nunca esquecer as consequências do pecado, e viver sempre no centro da vontade de Deus.                                                                       
*Adquira o livro do trimestre. ODILO, Reynaldo. Rumo à Terra Prometida: A Peregrinação do Povo de Deus no Deserto no Livro de Números. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 CURY, Augusto Jorge. O mestre da vida. (iBook) São Paulo: Academia de inteligência, 2001, p. 191.
2 LEWIS, C. S. Cristianismo puro e simples. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 17.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 09 - 1º Trimestre 2019 - Conhecendo a Armadura de Deus - Adultos.

Lição 9 - Conhecendo a Armadura de Deus

1º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – A GUERRA
II – A METÁFORA BÍBLICA
III – OUTRAS ARMAS USADAS COMO ILUSTRAÇÃO
ELEMENTOS USADOS NAS ILUSTRAÇÕES
Esequias Soares
Daniele Soares
O profeta Jeremias emprega fatos da sua vida pessoal para ilustrar a então situação de Judá, como o relato do cinto de linho, a visita à casa do oleiro e a canga de madeira sobre o pescoço. Há também ilustrações que não parecem tão claras para o nosso tempo, mas faziam sentido para os primeiros leitores, como veremos mais adiante.
Na ilustração do cinto narrada em Jeremias 13.1-11, Deus ordenou que o profeta Jeremias comprasse um cinto e colocasse na cintura, sem que o objeto encostasse na água. O cinto é uma peça de roupa íntima, e isso mostra os bons tempos em que os filhos de Israel viviam na presença de Deus. Jeremias obedeceu à ordemdivina, mas depois lhe veio uma palavra de Deus mandando-o esconder o cinto numa fenda da rocha na região do rio Eufrates, na Mesopotâmia, por tempo suficiente até o cinto apodrecer. Como o cinto apodrecido para nada presta, assim a orgulhosa Judá, que resistia à palavra de Deus, deveria experimentar a humilhação e a ruína, recebendo o justo castigo por sua idolatria. A vontade divina era que o seu povo estivesse ligado a ele assim como o cinto está ligado ao ser humano: “Porque, como o cinto está ligado aos lombos do homem, assim eu liguei a mim toda a casa de Israel e toda a casa de Judá, diz o SENHOR, para me serem por povo, e por nome, e por louvor, e por glória; mas não deram ouvidos” (Jr 13.11). Esse discurso emprega elementos de conhecimento geral de toda a população e uma linguagem que todos podiam compreender.
A visita à casa do oleiro (Jr 18.1-6) é uma passagem literal, e não meramente uma parábola, mas nada impede de identificarmos a presente seção como tal, pois a parábola pode ser uma ilustração real ou imaginária. Ofício do oleiro era muito comum no Antigo Oriente Médio, de modo que a lição transmitida nessa ilustração estava ao alcance de todos. Jeremias, como qualquer pessoa de sua geração, conhecia essa ocupação; assim não havia novidade alguma na produção dessa cerâmica. Ele devia ter visto o oleiro trabalhando diversas vezes, mas Deus o enviou à sua casa, pois Jeremias precisava estar no lugar certo para receber a mensagem divina.
A ilustração da canga de madeira está registrada em Jeremias 27.2-5: “Assim me disse o SENHOR: Faze umas prisões e jugos e pô-los-ás sobre o teu pescoço” (v. 2). Eram duas peças de madeira presas com pedaços de couro, conhecidas como canzis ou cangas, usadas para os bois puxarem carros. O profeta deveria usá-las como ato simbólico para ilustrar o jugo da Babilônia sobre as nações. Assim como o boi é dominado pelo jugo, as nações deviam sujeitar-se ao domínio dos caldeus. Seria inútil tentar livrar-se do tacão de Nabucodonosor. O emprego de figuras e símbolos é importante porque chama a atenção, e as pessoas dificilmente se esquecem deles.
O profeta Oseias em seu discurso profético apresenta inúmeras ilustrações e faz uso de linguagem metafórica e fácil compreensão na cultura daquela geração, mas que não são claras para o leitor da atualidade. Veja o seguinte exemplo: “Todos eles são adúlteros: semelhantes são ao forno aceso pelo padeiro, que cessa de atear o fogo, desde que amassou a massa até que seja levedada” (Os 7.4). O que isso quer dizer? 
O profeta mostra o retrato da lascívia e da sensualidade do povo e das autoridades civis e religiosas. O adultério aqui não é apenas físico, mas diz também respeito à infidelidade a Javé, à apostasia religiosa generalizada. O rei Jeroboão I, filho de Nebate, introduziu o fermento, o culto do bezerro (1 Rs 12.28-31), para levedar a massa, e esperou o fogo aquecer até toda a massa ficar levedada. O fogo se espalhou rapidamente de modo que todo o Israel estava contaminado pela prostituição física e espiritual, pela sensualidade e lascívia,  pela idolatria e apostasia. A comparação do forno mostra que ardia neles o desejo intenso de praticar coisas pecaminosas, o culto idolátrico. Depois dessas orgias, da cobiça e da multidão dos pecados, vem a ressaca. Logo que o povo se recupera dela, torna a praticar as mesmas coisas. O profeta afirma que, como o padeiro que cessa de atear fogo até que a massa fique levedada, da mesma forma o povo descansa temporariamente até de novo ser vencido pelo poder do mal, até chegar à levedura.
Segue mais um exemplo de Oseias: “Dores de mulher de parto lhe virão; ele é um filho insensato, porque é tempo, e não está no lugar em que deve vir à luz” (Os 13.13). Em muitos lugares na Bíblia, a figura da mulher representa Israel e também a igreja. A expressão dores de mulher de parto sempre é usada com frequência na Bíblia para indicar sofrimento decorrente do juízo divino (Is 13.8; 21.3; Jr 4.31; 13.21; 49.24; Mq 4.9). O profeta está ilustrando o sofrimento de Israel com o castigo divino com o sofrimento da mulher no parto. Essa parte do versículo é compreensível hoje. 
Mas a segunda parte diz: “ele é um filho insensato, porque é tempo, e não está no lugar em que deve vir à luz”. O que isso quer dizer? Que Israel é como um bebê que na agonia do parto não se esforça para nascer. Oseias apresenta Israel como esposa infiel e também como filho. Esse filho aqui é insensato porque não se esforça para nascer no ponto crítico em que a mulher deve dar à luz. Não nascendo, morre a mãe e morre também o filho. A mulher não pode dar à luz nem o filho faz a sua parte. Ambos morrem. Isso significa que, para Israel viver, necessita de novo nascimento, mas Efraim, nome alternativo de Israel usado com frequência em Oseias, recusou-se a fazê-lo.
Texto extraído da obra “Batalha Espiritual”, editada pela CPAD.
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 08 - 1º Trimestre 2019 - Deus Criou os Meus Olhinhos - Berçário.

Lição 8 - Deus criou os meus olhinhos

1ºTrimestre de 2019
Objetivo da lição: Aprender que foi o Papai do Céu que criou os nossos olhinhos.
É hora do versículo: “Tu criaste cada parte do meu corpo [...]” (Sl 139.13).
Nesta lição, as crianças aprenderão que Deus criou os seus olhinhos. Reforçar com a criança que o Papai do Céu nos criou e teve um cuidado especial em criar cada parte do nosso corpo, é fundamental para a criança reconhecer que existe um Supremo Criador.
E para que sua aula alcance o objetivo desejado, é necessário planejamento. Ao organizar o planejamento da Escola Dominical, o professor deve se lembrar dos objetivos especiais da educação na igreja.não devemos duplicar o que é feito nas escolas seculares ou nos centros de atividades para crianças. Só porque é algo “educacional” ou bom para o desenvolvimento infantil, não significa que necessariamente deve ser incluído no planejamento da Escola Dominical. Devemos usar o tempo da melhor maneira possível para alcançar os objetivos da educação cristã.
Se o período for de apenas uma hora, é melhor começar com o planejamento sugerido na revista da Escola Dominical adotada. Tendo esse planejamento como ponto de partida, o professor trará as devidas adequações à realidade de sua classe. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 08 - 1º Trimestre 2019 - A História de dois Amigos - Maternal.

Lição 8 - A história de dois amigos

1º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que o aluno aprenda a distinguir e apreciar uma amizade verdadeira, e a ser, eles mesmos, amigos leais, capazes de amar na tristeza e na alegria.
Para guardar no coração: “O amigo ama sempre [...]” (Pv 17.17)
Nesta lição, o aluno vai conhecer mais uma parte da história de Davi. Vai aprender sobre uma amizade verdadeira entre o filho do rei Saul, Jônatas, Davi. Jônatas era um amigo para todos os momentos: eles estavam juntos nas batalhas, nos momentos difíceis e nos momentos bons. Quando o rei Saul ficou furioso com Davi sem motivo, Jônatas ficou do lado do seu amigo até que tudo se resolveu.
O ensinamento bíblico que deve ser extraído dessa lição, é que ter um amigo que nos anima e nos conforta é uma dádiva de Deus. Um amigo que também ri e comemora conosco quando conquistamos alguma coisa e que nos ouve sem nos julgar.
No subsídio anterior oferecemos algumas orientações sobre como estimular os seus alunos do maternal. Continuando nessa linha de estimular o aluno a obter um melhor proveito da sua aula, ao narrar a história de hoje, sente as crianças num semicírculo. Mantenha entre as cadeiras distância suficiente para que possam mover os braços e pernas. Se estiverem no chão, ensine-as a manter uma certa distância uma da outra. Caso não consigam fazê-lo sozinhas, arrume-as você mesmo. Se houver algum tipo de distração — passagem de pessoas, luz do sol ou outras classes por perto —, certifique-se de que as crianças ficarão de costas para a distração. Não espere silêncio completo ou total ausência de movimento. O movimento não indica falta de atenção. Se possível, ignore distúrbios menores, mantendo o curso da história. Algumas vezes, basta mencionar o nome de uma das crianças para encerrar o distúrbio que inicia: “E fulano, foi assim que Jônatas fez com seu amigo Davi”. Se alguma interrupção não puder ser ignorada, tente não chamar para ela a atenção. Não permita que se torne uma situação disciplinar de grande porte. Responda brevemente e siga com a história. Lembre-se de que seus alunos são um pouco novos em tais atividades de grupo. Alguns podem estar vivendo essa situação pela primeira vez. É sua tarefa ensiná-los a lidar com essa experiência, e isso leva tempo.
Creio que com essas dicas, a sua aula de hoje com a história de amizade entre Davi e Jônatas terá grandes resultados na vida dos pequenos. Estimule-os a ter amigos.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã da CPAD

Lição 08 - 1º Trimestre 2019 - O Amigo Visita o Templo - Jd Infância.

Lição 8 - O Amigo Visita o Templo

1º Trimestre de 2019

Objetivos: Os alunos deverão conhecer o desenvolvimento de Jesus em diferentes aspectos (físico, espiritual e social); além de perceber a importância de buscar sabedoria para crescer diante de Deus e dos homens, seguindo o exemplo de Jesus.
É hora do versículo: “[...] Jesus ia crescendo também em sabedoria, e tanto Deus como as pessoas gostavam cada vez mais dele” (Lc 2.52).
Nesta lição, os alunos aprenderão que, assim como Jesus, nós também podemos crescer em sabedoria e graça diante de Deus e dos homens.
Seus alunos estão em crescimento e você deve colaborar com isso. Algumas vezes, depois de contar as histórias, dedique algum tempo conversando sobre elas. Não há necessidade de dissecar todas as histórias, mas é aconselhável ajudar as crianças a extrair algum ensinamento de uma ou outra. Inicie as perguntas com o fato em si. Permita que as crianças relatem o que aconteceu na história. Se foram utilizadas gravuras de um livro ou outros visuais quaisquer além dos da lição, permita que sejam novamente observados e, então, descritos. Ao confirmar que as crianças compreenderam os fatos da história, outras questões poderão ser abordadas. Como você acha que Jesus se sentiu diante dos homens sábios? Jesus já fez alguma coisa errada? Por que Maria ficou preocupada?
Essas perguntas serão importantes para fechar sua aula, certificando-se do que foi aprendido com esta lição. E hoje seus alunos devem sair de sua aula sabendo que para crescermos em sabedoria, devemos temer aos Senhor e para crescermos em estatura, devemos desenvolver bons hábitos de higiene, ter uma alimentação saudável e cuidar do corpo.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 08 - 1º Trimestre 2019 - As Primeiras Línguas - Primários.

Lição 8 - As Primeiras Línguas

1º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno compreenda que o orgulho não agrada a Deus.
Ponto central: Deus não se agrada da soberba. Precisamos ser humildes.
Memória em ação: “O orgulhoso acaba sendo humilhado [...]” (Pv 29.23) 
Querido (a) professor (a), nosso texto base das Sagradas Escrituras para esta próxima lição encontra-se em Gênesis 11.1-9. É uma história muito interessante, cheia de curiosidades, até mesmo para nós adultos.
Você já deve ter imaginado como era a famosa “torre de Babel”, que o povo ergueu tão alta/suntuosa, não é mesmo?! Há um consenso na arqueologia bíblica de que ela provavelmente era similar a um zigurate, que em tradução livre significa “subir ao céu” e é “uma forma de templo, criada pelos sumérios. Mas também comum para os babilônios e assírios, pertinente à época do antigo vale da Mesopotâmia e construído na forma de pirâmides terraplanadas”, conforme explicação na Wikipédia.
Veja abaixo algumas ilustrações de zigurates e por último uma projeção artística de como se imagina ter sido a “torre de Babel” em pintura a óleo feita por Pieter Bruegel.
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[...] As pessoas nesta história construíram a torre como um monumento a sua própria grandeza, algo para ser visto por todo o mundo.
A torre de Babel foi uma grande conquista humana, uma maravilha do mundo. No entanto, era um monumento para engrandecer as pessoas, não a Deus. Podemos construir monumentos para nós mesmos (roupas caras, grandes mansões, templos, carros luxuosos, empregos importantes) a fim de chamar atenção para as nossas realizações. Estas coisas podem não estar erradas em si mesmas, mas quando as utilizamos para promover nossa identidade e valor, elas tomam o lugar de Deus em nossa vida. Somos livres para prosperar em muitas áreas, mas não para pensar em tomar o lugar de Deus. Quais torres você tem construído em sua vida? (Bíblia de Estudo de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp.20-21).
Após aplicar todas as atividades propostas em sua revista, havendo tempo hábil, você pode propor a brincadeira de construir uma “torre de Babel” com cartas de baralho (ou outro jogo, como Uno, etc.) ou utilizando dominós.
Quando as cartas ou dominós ruírem, frise que tudo aqui na Terra é temporário, frágil e passará. Por isso, não devemos ter apego a nada, nem nos envaidecer por termos um brinquedo melhor que o do amigo, ou ter isso ou aquilo. Devemos sim ser gratos a Deus por tudo que Ele nos der, mas não podemos nunca colocar o nosso coração em nenhuma dessas coisas, porque elas também vão ruir um dia. Somente o nosso espírito o Senhor criou para ser eterno. E ao aceitarmos a Salvação em Jesus, ao termos um coração cheio de amor, que pratica a bondade contida em sua Palavra, então nós viveremos para sempre com Deus no Céu.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD