segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Lição 08 - 3º Trimestre 2019 - O Papel do Líder e a Convivência Cristã - Jovens.

Lição 8 - O Papel do Líder e a Convivência Cristã

IntroduçãoI - Conselhos à Liderança Cristã;II - Conselho à Juventude;III - Relacionamento entre os Irmãos. Conclusão   
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:

Conhecer os conselhos de Pedro à liderança cristã;
Conscientizar sobre a importância da obediência dos jovens aos pastores e aos mais velhos;
Mostrar os princípios para o relacionamento saudável entre os irmãos.  
Palavras-chave: Esperança, alegria, crescimento e firmeza.   
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Valmir Nascimento: 
Pedro está chegando ao fim da sua primeira carta e, antes de concluir, tem uma palavra pastoral aos membros da igreja, incluindo os líderes, pois sabia da importância do bom preparo dos ministros cristãos na condução do povo de Deus em tempos de angústia. O apóstolo igualmente exorta aos jovens cristãos acerca da necessidade de se submeterem aos líderes e aos mais velhos, assim como conclama todos os crentes a uma vida de humilde convivência.
Veremos que as Escrituras têm orientações para toda a comunidade cristã, do maior ao menor, do mais velho ao mais novo, pois Deus não faz acepção de pessoas. Iremos aprender que quando os irmãos de fé se relacionam de maneira saudável, em mútua submissão e com o afetuoso desejo de servir, criamos uma comunidade fraterna e forte, capaz de suportar as adversidades até a volta de Jesus. 
Conselhos à Liderança Cristã 
Uma palavra aos presbíteros (5.1)
Ao final de sua epístola, Pedro dirige alguns conselhos especiais aos presbíteros. Apesar de aparentemente desfocada, esta parte conecta-se logicamente com a seção anterior. O fato de o julgamento começar pela casa de Deus (4.17) inspirou o apóstolo a se concentrar na necessidade de pureza do coração perante Deus nos relacionamentos na comunidade da fé, a começar pelos líderes1.
A palavra grega presbytero descreve o título de dignidade dos indivíduos experientes e de idade madura que formavam o governo da igreja local, também chamados anciãos (cf. At 14.23; 20.17; 1 Tm 5.1). No Novo Testamento, as funções de pastor, bispo e presbítero tem a mesma conotação, são homens experientes na fé; vocacionados para atuarem como supervisores da obra de Deus e no cuidado pastoral.
É interessante observar que, apesar da autoridade apostólica, Pedro apresenta-se como um presbítero. Tal postura indica primeiramente a humildade de Pedro, colocando-se na mesma condição dos líderes para quem ele se dirige, atitude bem diferente daqueles que em nossos dias se autoproclamam apóstolos. Em segundo lugar, ao se considerar presbítero, Pedro está deixando claro que as admoestações também se aplicam a ele sem qualquer distinção. Nenhum homem, afinal, está acima do Evangelho!
Apascentando o rebanho de Deus (5.2a)
Recordando possivelmente a ordem que ele mesmo recebeu do Mestre Jesus (Jo 21.16), Pedro admoesta os obreiros a apascentarem o rebanho de Deus (v.2). Nas Escrituras, dada a familiaridade com o pastoreio, a relação entre o pastor e suas ovelhas é usada como uma bela metáfora de amor, cuidado e proteção. Por esse motivo, o salmista Davi declara de modo confiante: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará” (Sl 23.1). Jesus se apresenta como o Bom Pastor, que conhece as suas ovelhas e por elas dá a sua vida (Jo 10.11-15).
Basicamente, apascentar as ovelhas refere-se às tarefas realizadas pelo pastor no cuidado do seu rebanho. Em primeiro lugar, é responsabilidade do pastor prover alimento e água para suas ovelhas, a fim de que elas não pereçam. Isso significa alimentar a igreja com a Palavra de Deus.
Em segundo lugar, o pastor protege suas ovelhas contra os ladrões e os predadores. Conforme Warren Wirsbe, “o pastor sempre ia adiante do rebanho e explorava a região para ter certeza de que não havia nada ali que fizesse mal às ovelhas. Verificava se não havia cobras, valas, plantas venenosas e animais perigosos”2. O pastor está sempre preocupado com a saúde física e espiritual das suas ovelhas, velando para que não sejam destruídas pelo adversário.
Em terceiro lugar, apascentar significa governar, guiar as ovelhas pelo caminho que devem trilhar. Para isso, é preciso lançar mão de dois instrumentos, a vara e o cajado. A vara serve para corrigir e disciplinar a ovelha rebelde. Enquanto isso, além de ser um instrumento de apoio, o cajado serve para resgatar a ovelha ou trazê-la para mais próxima do pastor. 
O cuidado com as ovelhas (5.2b,3)
É um enorme privilégio alguém ser chamado para o santo ministério. Todavia, pesa sobre o obreiro cristão a grande responsabilidade de cuidar do rebanho, o dever de zelar pelas vidas que foram confiadas por Deus. Pedro dá três solenes advertências sobre o ministério pastoral, contrapondo com três recomendações.
1. Não por força, mas voluntariamente. O sentido básico do conselho de Pedro é que os pastores devem fazer a obra de Deus com boa disposição e ânimo, e não de má vontade. O pastoreio não deve ser visto como um fardo ou um serviço eclesiástico obrigatório, e sim como a execução da vocação divina. Aquele que encara o ministério cristão como uma atividade profissional, tal qual o funcionário desmotivado, realizará suas atividades como se estivesse sendo constrangido a fazê-lo. Não é esse o propósito de Deus para a vida de um obreiro.
Fazer a obra do Senhor com a motivação errada é algo que subverte o sentido da vocação cristã. Cada vez mais torna-se difícil distinguir dentro do mundo religioso a verdadeira chamada para o santo ministério, quando se percebe a busca desenfreada por cargos e posições eclesiásticas. Em seu livro A vocação espiritual do pastorEugene Peterson esclarece que “a idolatria à qual os pastores são notoriamente suscetíveis não é pessoal, mas vocacional, a idolatria de uma carreira religiosa que podemos comandar e controlar”3.
2. Nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto. Jesus ensinou que o trabalhador é digno de seu salário (Lc 10.7). Paulo também escreveu ao jovem obreiro Timóteo: “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina” (1 Tm 5.17). É consenso entre a maioria dos estudiosos que o termo “duplicada honra” refere-se ao respeito devido aos presbíteros, englobando principalmente a remuneração financeira4. Evidentemente, tal passagem deve ser lida à luz do seu próprio contexto, numa época em que os obreiros não eram integralmente remunerados por suas atividades pastorais. O costume que então vigorava, explica J. Glenn Gould, “era que os líderes da igreja se sustentassem, da mesma maneira que o apóstolo o fazia. Na opinião de Paulo, o bom serviço merece reconhecimento e recompensa. Aquele cujo trabalho era tomado quase todo pelo trabalho da igreja deveria receber mais compensação”5.
O Didaquê, documento que trata do catecismo dos cristãos do século I, dizia: “Assim também o verdadeiro mestre é digno do seu alimento, como qualquer operário. Assim, tome os primeiros frutos de todos os produtos da vinha e da eira, dos bois e das ovelhas, e os dê aos profetas, pois são eles os seus sumos-sacerdotes”.
Chama atenção a ênfase que Paulo dá àqueles que trabalham na palavra e na doutrina. O apóstolo dos gentios está incentivando a valorização do ministério do ensino. Com muito pesar, salvo raríssimas exceções, talvez este seja um dos conselhos bíblicos mais negligenciados em nossas igrejas. Enquanto os pregadores de multidões, os milagreiros e os preletores itinerantes são supervalorizados e até mesmo endeusados, aqueles que se dedicam ao ensino das Escrituras são sistematicamente negligenciados e desprestigiados, tanto no aspecto pessoal quanto na remuneração financeira. Ao que tudo indica, o mestre tem menos valor do que o pregador eloquente, numa clara inversão dos valores bíblicos. Isso explica em parte a tragédia evangélica percebida em nosso tempo, com o crescente analfabetismo bíblico e a enorme falta de consciência cristã.
Seja como for, a Bíblia deixa transparecer que é absolutamente legítimo que o pastor receba pelo seu trabalho no ministério cristão. Entretanto, ela também adverte para o perigo da ganância, o desejo desenfreado pelo rendimento financeiro. Portanto, “o que é proibido não é o desejo de ter remuneração justa, mas o amor sórdido ao lucro”6. Pedro está dizendo com todas as letras que o obreiro não deve fazer a obra de Deus pensando no que lucrarão com isso em termos materiais, mas que o façam no desejo de servir ao Senhor de todo o coração. Aqueles que buscam lucro por meio do ministério cristão não são pastores, são gerentes eclesiásticos. Eles não amam a obra, amam a si mesmos.
3. Nem como tendo domínio (como dominadores) sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. Nos dois conselhos anteriores, Pedro enfocou a motivação interna do pastor, agora ele se dirige ao comportamento exterior. Wayne Grudem informa que o termo traduzido por dominadores (katakyrieuo) significa “governar pela força, subjugar”, transmitindo a ideia de emprego severo ou exagerado da autoridade7. Desse modo, “Pedro está proibindo aqui o domínio arbitrário, arrogante, egoísta ou excessivamente restritivo. Ele dá a entender que os presbíteros não devem liderar fazendo uso de ameaças, intimidação emocional ou ostentação de poder, nem de modo geral pelo uso de força ‘política’ dentro da igreja, mas, sempre que possível, mediante o poder do exemplo”8.
Este conselho de Pedro é uma mensagem poderosa e ao mesmo tempo necessária para a liderança cristã. Embora os líderes tenham autoridade de Deus, não devem abusar do poder que receberam, impondo sobre o rebanho um poder excessivo e autoritário. Eles podem usar a disciplina dentro dos limites bíblicos, mas não devem impor medo; podem exortar e conduzir a ovelha pelo caminho correto, mas não devem, pelo simples poder do cajado, maltratá-las e destruí-las. Aqueles que assim procedem pagarão um alto preço (Jr. 23.1-4).
Alguns obreiros foram tão cegados pelo poder e obcecados pelo prestígio ministerial que acabam se esquecendo destas palavras de Pedro. Eles se esquecem que a igreja não lhes pertence, que ela é herança de Deus, e não sua propriedade particular ou de sua família.
Por causa daqueles que assim procedem vemos um sem-número de ovelhas decepcionadas e perdidas espiritualmente. Foram vítimas de falsos pastores que lhes importunaram, assediaram, abusaram espiritualmente e, em muitos casos, até mesmo sexualmente. Tais condutas não são dignas do ministério cristão, e por isso mesmo não podem nem mesmo serem chamados de pastores, mas de falsários da fé.
O verdadeiro pastor usa a sua autoridade com amor, sabedoria e prudência. Porque ele tem a profunda convicção de em breve, Cristo, o Sumo Pastor, haverá de lhe entregar a coroa de glória! (5.4). 
Conselhos à Juventude 
Sujeição dos jovens (5.5a)
Na sequência, Pedro volta-se para os jovens: "Semelhantemente vós, jovens, sede sujeitos aos anciãos..." (v.5). Subentende-se pelo conselho de Pedro que a juventude deve obedecer não somente aos líderes religiosos, mas também se sujeitar aos irmãos de fé mais velhos. Por que essa instrução específica destinada aos jovens? Porque, como é comum nessa fase da vida, os jovens tendem a ser mais rebeldes e contestadores. O respeito aos pastores e aos mais velhos é um princípio que vale para todos, mas deve ser recordado com maior veemência na flor da juventude, quando os hormônios afloram e o sentimento de independência costuma despontar.
Apesar das diferenças de uma geração para outra, a juventude em geral é marcada pela formação da consciência crítica e pelos constantes questionamentos. Se não souber amadurecer e aprender a lidar com as suas inquietações, o jovem cairá numa vida de rebeldia e desobediência. Conhecendo o coração do homem, da criança ao adulto, Deus deixou esse lembrete tão preciso em sua Palavra.
Como nunca, a ordem do jovem cristão obedecer ao seu pastor merece atenção em nossas igrejas. A chamada geração do milênio caracteriza-se por sua contraposição às regras, à formalidade e às instituições. Diversas pesquisas sugerem que um alto percentual de jovens da atualidade diz ter fé, mas não querem pertencer a uma religião; afirmam ser espirituais, mas preferem não fazer parte de uma igreja específica. Um número significativo deles têm percepções negativas sobre a igreja e a liderança religiosa.
Diante desse contexto, é responsabilidade da liderança criar um ambiente hospitaleiro, em que os jovens cristãos se desenvolvam como pessoas e amadureçam na fé, para que cresçam na graça e no conhecimento. Essa perspectiva entra em contraste como o modelo de ministério de jovens adotado em muitas igrejas contemporâneas, que entende este trabalho como sinônimo de entretenimento religioso.
James K. Smith, no livro Você é aquilo que ama, chama atenção para esta visão distorcida. O que se entende por ministério para jovens, observou Smith, “muitas vezes não é uma forma séria de formação cristã, mas sim, um esforço pragmático e desesperado de manter os mais jovens como membros de carteirinha de nosso clube evangélico. Temos confundido manter os mais jovens dentro dos prédios com mantê-los ‘em Cristo’”9. Essa é a razão pela qual percebemos a realização desenfreada de eventos cristãos em massa que buscam atrair a juventude, no afã de mantê-los engajados com as atividades eclesiásticas.
Smith destaca que cedemos a formação dos mais moços às liturgias seculares (isto é: do mundo), precisamente quando importamos essas liturgias para dentro da igreja sob o argumento da “relevância”. O resultando é que, “apesar de os jovens estarem presentes em nossos eventos dirigidos a eles, estão na verdade participando de algo veladamente relacionado a visões da boa vida. A própria forma de entretenimento em torno das quais esses eventos são montados reforça um narcisismo e um egoísmo profundos, que são o oposto de aprender a negar a si mesmo e a tomar a cruz (Mt 16.24)”.
Desse modo, apesar da maciça presença entusiasmada dos jovens em tais eventos, “essa participação não está realmente formando seus corações e direcionando seus desejos para Deus e seu reino, uma vez que a liturgia padrão desses eventos são construídas sobre rituais consumistas e sobre ritos de valorização pessoal”10. Segundo Smith, este entretenimento religioso está apenas aumentando a fileira daqueles que dirão: “Senhor, Senhor, nós não comparecemos a todos os encontros, acampamentos e jogos de vôlei em teu nome? (cf. Mt 7.21-23)”.
Qualquer pessoa sensata deverá concordar que vivemos esta realidade. Basta observar que, em sua grande maioria, estes eventos incentivam a criação de celebridades evangélicas e o consumismo religioso, e são “vendidos” como se fossem abalar o mundo e resolver todos os nossos problemas espirituais pela simples experiência participativa. Uma análise cuidadosa e comparativa vai nos mostrar que esse tipo de estratégia em nada difere daquela adotada pelos eventos seculares, pois fornecem, segundo Smith, “um tipo de experiência manipulada e administrada que essencialmente se baseia em estratégicas naturais, ativando as mesmas emoções com os mesmo estímulos, como qualquer concerto, jogo de futebol americano ou reunião de estudantes”11.
Não tenho dúvidas que do ponto de vista social é muito melhor o jovem cristão frequentar um evento cristão como este do que um show popular, por exemplo. Entretanto, uma vida cristã firmada em episódios de experiência emotiva equivale a uma alimentação regada a fastfood: ela sacia a fome imediata, mas não alimenta o corpo com os nutrientes necessários para uma vida saudável e crescente. Embora a diversão sadia faça parte da vida cristã, um ministério que foca somente na distração entre os jovens não será capaz de prepará-los para os desafios da vida e para a experiência plena com o Senhor.
Por tais razões James Smith questiona a propaganda religiosa que equipara o “seguir Jesus” com o mesmo que estar inflamado, empolgado e extrovertido por Jesus. O problema é que aqueles que simplesmente não possuem esse estado de espírito presumirão que não podem ser cristãos, ao menos esse tipo ideal de jovem crente. Nas palavras de Smith: “Se a exuberância de um pastor de jovens cheio de energia for tomada como exemplo, então inúmeros jovens erroneamente concluirão que simplesmente não podem ser cristãos”12. A consequência disso? “Procurando incentivar uma experiência empolgante e divertida para conservar os jovens na fé, acabamos apenas criando consumidores de uma mensagem de Jesus, ao mesmo tempo em que desencantamos diversos jovens que simplesmente não concebem inscrever-se em um clube de atividades de Jesus”13.
Voltando à recomendação de Pedro, a sujeição dos jovens aos pastores e à própria Palavra do Senhor não pode ser o resultado nem da opressão da liderança, nem do entretenimento religioso. A liderança cristã não precisa oprimir os jovens para que sirvam ao Senhor, e também não devem se preocupar em espelhar o mundo na tentativa de cativarem a sua atenção. Até porque, o jovem que vai à igreja, como qualquer pessoa, está cansado do mundo, e quer ver nela algo diferente para a sua vida, e não uma simulação forçada da experiência secular.
A obediência bíblica dos jovens é resultado de uma transformação interior, que o compele a se sujeitar de maneira voluntária. Nesse ponto, a vida em comunidade (não os eventos), a compreensão da verdadeira adoração (não a experiência episódica) e os hábitos espirituais como a oração, a leitura da Bíblia e o jejum são vitais para a formação do jovem cristão. Uma congregação comprometida com a formação de fé dos mais jovens, escreveu Smith, “é uma congregação que os convida desde muito cedo a serem verdadeiro adoradores, envolvendo-os e integrando-os na prática comum de adoração comunitária. Cristãos jovens são alimentados como todos os cristãos: a partir dos meios comuns da graça oferecidos na Palavra e na mesa, na proclamação e nos sacramento”14.
Ao incluir os mais moços em seus conselhos, Pedro demonstra a importância que possuem dentro da comunidade cristã. Apesar da diferença etária, os jovens integram o corpo de Cristo e possuem responsabilidades idênticas a qualquer outro membro. Os jovens não são o futuro da igreja, como afirmam alguns, mas a igreja presente! Assim, o trabalho e o discipulado da juventude envolvem o mesmo repertório de práticas que caracterizam o cristão em geral. “Se nos preocuparmos em ‘conservar’ os jovens na fé, então devemos mantê-los conosco no santuário, em vez de sequestrá-los para alguma parte do prédio”15. 
Relacionamento entre os Irmãos 
Sujeição mútua e humildade (5.5b,6)
Tendo aconselhado os jovens a se sujeitarem aos anciãos, Pedro prossegue dizendo que todos devem se sujeitar uns aos outros. Agora a recomendação é geral, independentemente da posição ou idade, pois se trata de um princípio para a vida cristã. Como podemos fazer isso? Revestindo-nos da humildade, diz Pedro. Simon Kistemaker explica que “a sugestão é de que os cristãos devem atar a humildade à sua conduta para que todos possam reconhecê-los. Pedro exorta os leitores a amarrarem a humildade a si de uma vez por todas. Em outras palavras, ela deve acompanhá-los para o resto de suas vidas”16.
Há muitas razões que nos impelem como crentes à vida humilde, mas o texto de Pedro deixa transparecer dois motivos essenciais.
A primeira é anunciada no v.5: “porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”. Pedro usa como referência Provérbios 3.34. Ênio Muller afirma que temos aqui o motivo teológico17 para a humildade, mas em termos éticos essa motivação expressa uma perspectiva consequencial.
Noutras palavras, devemos ser humildes porque o resultado final dessa atitude é melhor do que o da soberba. Deus abençoa o humilde, mas resiste ao orgulhoso. Isso porque, como dizia C. S. Lewis, o orgulho é o grande pecado, o pecado fatal. “O homem orgulhoso sempre olha de cima para baixo para as outras pessoas e coisas: é claro que, fazendo assim não pode enxergar o que está acima de si”18.
Deus premia a humildade exatamente porque todo fragmento de orgulho afronta diretamente a Ele e aos seus atributos. A esse respeito afirmou Os Guinness: “o orgulho é a violação e a desordem fundamental do amor, pois põe o amor próprio à frente do amor a Deus. Ele quebra o primeiro mandamento: “Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento”, e, inevitavelmente quebra o segundo grande mandamento: “Ame o seu próximo como a si mesmo”19.
Assim, escreveu Lewis, se alguém quer admitir a humildade, o primeiro passo é reconhecer o próprio orgulho. “O mínimo que se pode dizer é que, se ele não for dado, nada mais poderá ser feito. Se você acha que não é presunçoso isso significa que você é presunçoso demais”20.
A segunda razão para vivermos em humildade encontra-se no v.6:“Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte”. Em termos éticos, extrai-se daqui um imperativo categórico. Devemos agir humildemente porque Deus assim o diz. Assim como a santidade, a humildade é um dever de todo cristão. Paulo reforça: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo” (Fp. 2.3). 
Lance toda a ansiedade sobre Cristo (5.7)
Não é fácil manter serenidade e calma diante das dificuldades. O ser humano tem a propensão de se consumir pelos problemas atuais e mais ainda por aqueles que virão. Isso se chama ansiedade: a preocupação excessiva com aquilo que ainda não aconteceu. Sabendo disso, Pedro recomenda uma atitude importante para a nossa saúde espiritual e emocional: depositar toda a ansiedade em Deus, pois Ele cuida de nós e se encarrega das nossas cargas.
Jesus nos prometeu: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mt 11.28). Então, por que muitos crentes, apesar de estarem na igreja, ainda vivem sob o peso da ansiedade? Talvez porque insistem em carregar os seus próprios fardos, acreditando que são capazes de suportá-los.
Ocorre que, por mais leve que seja, qualquer carga que tentarmos carregar sem a ajuda divina, será esmagadora. Eis porque Pedro diz que devemos lançar sobre Deus não parte, mas toda a nossa ansiedade. Warren Wirsbe escreveu: “Não se deve lançar as ansiedades sobre ele aos poucos, retendo as preocupações que acreditamos ser capazes de resolver por conta própria. Guardar "pequenas ansiedades" fará com que logo elas se transformem em grandes problemas! Cada vez que surge um novo fardo, devemos, pela fé, lembrar o Senhor (e nós mesmos) de que já o entregamos a ele”21..
É um alento para a nossa alma saber que podemos entregar aos pés de Cristo nossos medos, frustrações e angústias, pois temos a garantia de que Ele cura as feridas da nossa alma. 
Resista ao adversário (5.8)
Por fim, Pedro reitera a exortação para que todos os salvos mantenham a sobriedade e a vigilância, pois o inimigo das nossas almas está à espreita, bramando como um leão, querendo nos tragar.
O adversário e seus demônios tentam se aproveitar dos momentos de turbulência para destruir a vida do cristão. A metáfora empregada por Pedro a respeito do leão é pertinente, e faz lembrar que se trata de um predador que ataca de repente e com violência, geralmente quando a vítima, sem nada suspeitar, está envolvida em atividades rotineiras22. O Diabo é astuto e traiçoeiro e sabe que é mais difícil derrotar o crente fiel no campo aberto da batalha, e por isso prefere pegá-los desprevenidos. Ele anda em derredor, aguardando o momento mais propício para destruir a nossa vida.
Como registra o Comentário Bíblico de Aplicação Pessoal: "Quando os crentes se sentem sozinhos, fracos, desamparados, e desgarrados dos outros crentes, eles podem se concentrar tanto nos seus próprios problemas, que se esquecem de vigiar quanto ao perigo. Nestas ocasiões, os crentes são particularmente vulneráveis aos ataques de Satanás, que podem vir sob várias formas, frequentemente atingindo o ponto mais fraco da pessoa - tentação, medo, solidão, preocupação, depressão, perseguição".23
No entanto, em vez de temer o Diabo, o acusador e caluniador, o crente deve vigiar e resisti-lo firme na fé. Em conselho semelhante, Tiago disse para resistir o Diabo e ele fugirá (Tg 4.7b).
Saudação Final 
Pedro encerra sua carta com o mesmo tom de esperança, lembrando aos leitores que Deus está no controle de tudo. Podemos viver em esperança porque foi Cristo quem nos chamou à sua eterna glória, e as provações momentâneas simplesmente estão nos aperfeiçoando, confirmando, fortificando e fortalecendo. Nosso caráter está sendo moldado e melhorado no fogo da provação.Por essa razão, apesar da perseguição da igreja e das tribulações nesta terra, devemos como Pedro, tributar toda honra a Deus: A Ele seja a glória e o poder, para todo o sempre. Amém! 
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Que Deus o(a) abençoe.  
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens  

1 GRUDEM, 2016, p. 183.2 WIRSBE, 2007, p. 553.3 PETERSON, Eugene. A vocação espiritual do pastor. São Paulo: Textus, 2006, p. 16.4 ARRINGTON; STRONSTAD, 2015, p. 673.5 GOULD, J. Glenn. As epístolas pastorais. Em: Comentário Bíblico Beacon – vol. 9 – Gálatas a Filemon. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p. 491.6 E. G. Selwyn, citado por KISTEMAKER, 2006, p. 259.7 GRUDEM, 2016, p. 186.8 Idem.9 SMITH, James K. Você é aquilo que ama: o poder espiritual do hábito. São Paulo: Vida Nova, 2017, p. 193.10 Ibid., p. 194.11 Ibid., p. 197.12 Ibid., p. 195.13 Ibid.,p. 195.14 Ibid.,p. 201.15 Ibid., p. 202.16 KISTEMAKER, 2006, p.266.17 MULLER, 1998, p. 259.18 LEWIS, C. S. Cristianismo puro e simples. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 165.19 GUINNESS, Os. Sete pecados capitais. São Paulo: Shedd Publicações, 2006, p. 41.20 Ibid., p. 171.21 WIRSBE, 2007, p. 558.22 GRUDEM, 2016, p. 193.23 Comentário Bíblico de aplicação pessoal: Vol. 2 – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 734

Lição 09 - 3º Trimestre 2019 - A Mordomia do Trabalho - Adultos.

Lição 9 - A Mordomia do Trabalho

ESBOÇO GERAL
I – O TRABALHO DE DEUS NA BÍBLIA
II – A BÍBLIA E A MORDOMIA DO TRABALHO
III – PRINCÍPIOS CRISTÃOS PARA O TRABALHO

Elinaldo Renovato 
Quando Deus criou o homem, colocou-o num ambiente extraordinário onde nada lhe faltaria para sua subsistência física e espiritual. O Jardim do Éden possuía um meio-ambiente perfeito. O primeiro lar foi feito por Deus. Era maravilhoso. Nele, antes da queda, havia amor; havia paz, união, saúde, alegria, harmonia, felicidade e comunhão com Deus. O ambiente era agradável. Podemos imaginar o dia-a-dia do primeiro casal! O trabalho era suave, resumindo-se na colheita dos frutos e alimentos outros, necessários à manutenção do metabolismo mínimo do corpo, pois não havia desgaste físico como se conhece hoje. Antes da Queda, o homem era vegetariano. Não era preciso comer carne, pois as necessidades orgânicas eram supridas pelo alimento vegetal (Gn 1.29).
A vida no Jardim, no entanto, não era de ociosidade. O homem foi lá colocado “para lavrar e guardar” (Gn 2.15). Mesmo antes de o pecado entrar no mundo, havia trabalho de natureza agrária. Mas é “interessante notar que o trabalho, a atividade da mente e do corpo, desde o princípio, foi dignificado por Deus. Havia trabalho, mas, em compensação, não havia doenças, nem dor, nem morte. O pranto era desconhecido. A tristeza não existia. Tudo era belo, agradável e muito bom”.1
No Éden, “[...] não foram colocadas pessoas para ficarem ociosas, entregues a uma vida inútil e sem objetivo. Não. O homem teria de trabalhar. Tanto é assim, que o Criador lhe proveu uma ‘adjutora’. Uma coisa, porém, diferenciava o trabalho antes da queda do trabalho após a queda. Antes, o labor era agradável, útil e interessante, pois, nele, o homem colocava em ação a sua capacidade criadora de maneira fantástica, pois não havia desgaste físico ou mental, nem doença, nem a perspectiva da morte.”2 Depois da Queda, no entanto, toda a realidade do homem foi modificada com tremendos prejuízos espirituais, emocionais e físicos, além de terríveis transtornos para o meio ambiente.
O homem conheceu a maldição da terra. A ecologia foi mudada. As condições ambientais foram transformadas. Antes, a terra só produzia para benefício do homem. Depois, passou a germinar cardos e espinhos. Isso, sem dúvida, se refere a tudo o que, na natureza, prejudica o homem. Este se serve da terra, mas com dor, com sofrimento. Mesmo que use a inteligência e consiga utilizar os instrumentos materiais para o cultivo da terra, isso tem um custo muito alto, e os frutos da produção não são acessíveis a todos. O trabalho tornou-se fatigante. Antes, era leve, suave, agradável, pois, com sua força física e mental era possível obter o sustento sem maiores esforços e sem desgaste orgânico. Depois, custaria o suor do seu rosto, e assim ele obteria o seu pão (Gn 3.19).
Foi depois da Queda que o homem conheceu o trabalho em sua conformação histórica e atual, sempre com demandas enormes de suas energias mentais e físicas. Elifaz, amigo de Jó, discorrendo sobre Deus e seu relacionamento com o homem mortal, concluiu sobre a origem, a natureza e a necessidade do trabalho e disse: “Porque do pó não procede a aflição, nem da terra brota o trabalho. Mas o homem nasce para o trabalho, como as faíscas das brasas se levantam para voar” (Jó 5.6,7). Ele afirmou que “a aflição” e “o trabalho” são inerentes à realidade humana. O homem já “nasce para o trabalho”. Ele não nasce para ficar ocioso, inerte, sem ocupar sua mente, energias e esforço diante da vida. A preguiça é condenada na ética da Bíblia. O homem, portanto, nasce programado para exercer atividades dignas de sua natureza humana.
 Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD.
1 LIMA, Elinaldo Renovato de. A família cristã nos dias atuais, p. 9.
2 Ibid, p. 20.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Lição 02 - 3º Trimestre 2019 - Jesus, Um Bebê Especial - Berçário.

Lição 02 - Jesus, um bebê especial 

3º Trimestre de 2019 
Objetivo da lição: Levar a criança a compreender que Jesus é o Filho de Deus, nascido com uma missão especial: salvar-nos do pecado.
É hora do versículo: “Nasceu o Salvador de vocês [...]” (Lc 2.11).
Nesta lição, os bebês serão levados a compreender que Jesus é o Filho de Deus, nascido com uma missão especial: salvar-nos do pecado. Ele foi um bebê especial porque, além de trazer alegria para os seus pais, José e Maria, Ele também trouxe alegria para todas as pessoas de todo o mundo através da salvação.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colarem algodão nas asas do anjo. Ensine as crianças a espalhar a cola com o pincel dentro da margem de onde vão colar o algodão, em seguida colocar o algodão sobre o local e pressionar. As crianças ainda não conseguem determinar a extensão correta onde a cola deve ser espalhada, por isso oriente que coloquem a cola apenas em pequenos pedaços é muito mais limpo e as crianças não terão problema em fazê-lo.
Diga que os anjos anunciaram aos pastores que Jesus, o Salvador, nasceu!
licao2 anjo bercario
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 05 - 3º Trimestre 2019 - Jesus me Ama - Berçário.

Lição 5 - Jesus Me Ama

 3° Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Levar a criança a ouvir sobre o amor de Deus, um amor tão grande, que deu seu Filho Jesus em razão de todos nós.
É hora do versículo: “Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho [...]” (Jo 3.16).
Nesta lição, as crianças serão levadas a compreender que Jesus nos ama e o Papai do Céu também nos ama tanto, com um amor tão grande, a ponto de dar o seu Filho Jesus por nós. Jesus ama a todas as crianças e a todas as pessoas. Por isso devemos ser alegres e estarmos satisfeitos por este amor. 
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem e decorarem o coração bem bonito, demonstrando o quanto Jesus nos ama. Pode ser utilizado papel vermelho picado para realizar esta tarefa.  
 coracao licao5 bercario








Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 02 - 3º Trimestre 2019 - Papai do Céu Fez os Céus e a Água - Maternal.

Lição 2 - Papai do Céu fez os céus e a água

3º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Apresentar o que Deus fez no segundo dia da criação: o firmamento e a separação da água, abaixo e acima dEle. Crer firmemente no poder criador de Deus. 
Para guardar no coração: “[...] Que haja no meio da água uma divisão para separá-la em duas partes!” (Gn  1.6).
Perfil da criança
“É impossível a uma criança do maternal ficar sentada quieta, ouvindo o professor, já que o seu período de atenção não ultrapassa três minutos. Também não se pode exigir a sua participação na aula por meio de perguntas e respostas, uma vez que fala pouco (mas entende quase tudo!) A única forma dela participar diretamente, e manter-se atenta, é dando-lhe a oportunidade de repetir os gestos, movimentos e falas dos personagens, bem como imitar animais que apareçam na história etc. Dependendo da história, ela pode “conversar” com os personagens. Ex: ‘Moisés, tire a sandália do pé. O Papai do Céu está mandando’. ‘Não é um fantasma, não, Pedro, é Jesus que está chegando para ajudar’.
Sempre que, na história, um personagem comer ou beber alguma coisa, convide as crianças a comer também, e distribua biscoitos, copinhos de água, suco... Isto não atrapalhará o andamento da lição; ao contrário, manterá as crianças atentas. A cada interrupção curta, você terá mais alguns minutos de atenção.
Explore os sentidos na aprendizagem, levando objetos relacionados à história, que a criança possa ver, tocar, cheirar, etc. Ex: Na aula de hoje, elas poderão brincar com um barquinho de brinquedo e molhar as mãos na água” (Marta Doreto).
Subsídio professora
“Você já experimentou aplicar o Salmo 23 à sua missão de professora do maternal? O que tem faltado para que as suas aulas sejam o que deveriam? Recursos materiais? Apoio? Em seu Pastor, nada lhe faltará. Tempo? Descanso? Tranquilidade? Ele o faz repousar em pastos verdes, junto a águas serenas. Ânimo? Ele refrigera-lhe a alma. Saúde? Ele está com você até no vale onde a morte projeta a sua sombra. Unção? Ele derrama sobre a sua cabeça o óleo do seu Santo Espírito. O nosso Bom pastor é o mais interessado na salvação e edificação dos pequeninos. Este rebanho é Dele, lembra? Você é apenas o ajudante. E Nele, você encontrará tudo o que precisa. Nele, a mesa está sempre posta, e sobre ela, há um cálice que transborda. A bondade e o fiel amor de seu Pastor acompanham você a toda parte, fazendo com que tudo contribua para o seu bem e para o cumprimento da vontade Dele. Quanto ao mais... bem, um dia você habitará na sua casa celestial por dias tão longos que não terão fim” (Marta Doreto).
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para ler-lhes as histórias do Livro do Começo em casa.  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 04 - 3º Trimestre 2019 - Papai do Céu Fez o Sol, a Lua e as Estrelas - Maternal.

Lição 04 - Papai do Céu fez o sol, a lua e as estrelas

3º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Apontar o que Deus fez no quarto dia da criação: o sol, a lua e as estrelas.
Para guardar no coração: “[...] Que haja luzes no céu para separarem o dia da noite [...]” (Gn  1.14).
Perfil da criança
“Ao notar uma criança de três ou quatro anos tentando abrir a boca de um gatinho, ou puxando-lhe as pálpebras, alguém pode tachá-la de malvada. Ao vê-la quebrar um brinquedo, podemos pensar que é destruidora. Estamos enganados. Trata-se, simplesmente, da sua necessidade de descobrir o mundo, explorar o desconhecido. Ela só quer ver ‘do que é feito’ e ‘como funciona’.
Não sugerimos que se incentive o maltrato aos animais ou a destruição dos objetos, mas que saibamos lidar com a situação, transmitindo à criança a noção de sofrimento, fragilidade e prejuízo, sem, contudo, estorvar-lhe as descobertas e o aprendizado. Deus a fez assim, naturalmente curiosa e investigadora, e isto deve ser usado como meio de ensino” (Marta Doreto).
Oficina de ideias 1
“Faça em sua sala de aula um cantinho com ‘As coisas que Deus fez’, (pedras, conchas, plantas, areia, água, penas, grãos, palhas secas, frutas, legumes, etc). Os artigos perecíveis devem permanecer apenas por uma aula; os comestíveis podem ser oferecidos à hora do lanche; e os demais devem ser acrescentados ou substituídos à medida que não mais representarem novidade ou interesse aos alunos. E lembre-se: eles não são apenas para serem vistos, mas tocados, cheirados, experimentados e... às vezes, estragados”  (Marta Doreto).
Oficina de ideias 2
Retire cópia das figuras abaixo.  Estenda uma folha de papel pardo no chão da classe, distribua tesouras e cola.  As crianças vão recortar a figura e colar na folha de papel pardo.
maternal licao4
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para ler-lhes as histórias do Livro do Começo em casa.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 02 - 3º Trimestre 2019 - O Bebê Moisés - Jd. Infância.

Lição 02 - O Bebê Moisés

3º Trimestre de 2019 
Objetivos: Os alunos deverão conhecer que Moisés foi o libertador que Deus enviou para os israelitas e Jesus é o libertador enviado para a nossa salvação no presente. 
É hora do versículo: “O SENHOR me protege” (Sl 3.5).
Nesta lição, os alunos aprenderão que Moisés foi um bebê especial porque ele foi o libertador que Deus enviou para os israelitas que viviam escravizados no Egito, assim como Jesus é o Libertador enviado para a nossa salvação no presente. É importante também que as crianças saibam da importância da mãe de Moisés no plano de Deus de proteger o libertador que estava sendo enviado para o povo. 
Joquebede escondeu o bebê enquanto pôde. Mas é muito fácil descobrir uma casa que tem bebê porque suas coisas logo revelam que naquele lar tem um pequenino. Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você imprima a folha a seguir e peça que as crianças identifiquem o que está na imagem que revela que naquela casa mora um bebê. Se souberem e já forem alfabetizados, peça que escrevam o nome do objeto ou apenas a primeira letra. 
exercicio licao2 jardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 05 - 3º Trimestre 2019 - Moisés e Arão Falam com o Malvado Rei - Jd. Infância.

Lição 05 - Moisés e Arão Falam com o Malvado Rei 

3º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão narrar como foi o encontro de Moisés com o rei malvado do Egito; e entender que não foi fácil conseguir que o rei deixasse o povo sair.
É hora do versículo: “[...] Deus o ama. Portanto, não fique com medo [...]” (Dn 10.19).
Nesta lição os alunos aprenderão que Deus mandou Moisés falar com Faraó para deixar o povo ir. Moisés teve medo e seu irmão Arão foi com ele. Mas foi Deus quem colocou as palavras corretas na boca de Moisés para ele falar. Mesmo quando estamos com muito medo, o Papai do Céu nos dá coragem e ousadia para fazer o que é certo. 
Mas as crianças sabem discernir o que é certo e o que é errado? “Durante a fase do pensamento concreto, as crianças precisam de ajuda para reconhecer o que é certo e o que é errado, vivenciando isso através de cada incidente em casa, na aula ou nas histórias. Ainda não são capazes de caracterizar os acontecimentos dentro de uma grande categoria rotulada de ‘certo’ ou ‘errado’. Ou seja, não conseguem generalizar, precisam pensar em atos específicos. Aprender o que é certo é muito mais difícil. Ensinar o que é certo também é uma tarefa árdua. Pergunte em qualquer classe, o que não devemos fazer e observe quantas respostas surgirão. Então, pergunte o que devemos fazer de bom e veja o que acontece. A lista pode começar com as seguintes declarações: ‘Não bater’, ‘Não mentir’... Estas coisas não contam como ações a fazer. Se insistirmos em respostas positivas, a lista será relativamente pequena, se conseguirmos formar uma. 
Este é um desafio para nós. Ensinar o que podemos fazer de bom, além de coisas ‘espirituais’, tais como, frequentar a Escola Dominical, orar e ler a Bíblia. Podemos ensinar nosso aluno a ser gentil, a pensar em coisas boas para fazer pelos outros. Ensiná-lo a obedecer a seus pais em situações específicas. Quando a mamãe disser: “Vamos nos aprontar para dormir”, como devem agir?
Por meio de histórias bíblicas, podem aprender a ver o que as pessoas fazem de certo e de errado. São capazes de começar a aprender a palavra pecado. Pecado é fazer aquilo que Deus não quer que façamos, ou, é não fazer o que Deus quer que façamos. 
As crianças, primeiramente, aprendem o conceito de certo e errado em relação às consequências que isso lhes traz. Se forem punidas, o que fizeram é errado. Se receberem recompensa, o que fizeram é certo.” (BEECHICK, Ruth. Como Ensinar Crianças do Jardim de Infância: Compreendendo e educando crianças de 4 e 5 anos.Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.30,31)
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância 

Lição 02 - 3º Trimestre 2019 - Quem Poderá nos Libertar? Primários.

Lição 2 - Quem Poderá nos Libertar?

3º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno compreenda que Deus é o único capaz de libertar o homem da escravidão espiritual.
Ponto central: Jesus nos liberta do pecado.
Memória em ação: “Se o Filho os libertar, vocês serão, de fato livres” (Jo 8.36).
Querido (a) professor (a), em nossa próxima lição vamos contar aos Primários uma das histórias bíblicas mais reproduzidas em filmes, novela, animação: o bebê Moisés sendo encontrado no rio. Este é o momento em que o futuro salvador prometido por Deus ao povo hebreu é salvo pela providência divina – fato tão icônico e repleto de significados que até mesmo nomeia este libertador. Isso mesmo, o nome “Moisés” tem origem no hebraico Moshe, que provavelmente deriva do termo egípcio mesu, e quer dizer “criança” ou “filho”, “tirado das águas”.
Além de todo direcionamento pedagógico para condução desta aula sugerido em sua revista, você também pode explorar inúmeros recursos para esta lição, que tanto empolga os pequeninos. Uma cena da animação “O Príncipe do Egito”, ou mesmo de um filme ou novela, todos disponíveis em plataformas como o YouTube, pode ser exibida.
principe do egito  
Para esta faixa etária e até mesmo para os mais velhos o recurso visual tende a garantir um aprendizado mais eficiente, ao fazer com que se retenha e integre novas informações, desenvolvendo habilidades de pensamento de ordem superior para autodirigir o pensamento. 
Após a exibição você pode solicitar que os próprios primários narrem ou mesmo encenem a história apresentada.
Deus te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 05 - 3º Trimestre 2019 - A Páscoa - Primários.

Lição 5 - A Páscoa


3° Trimestre de 2019.
Objetivo: Que o aluno compreenda que Jesus morreu na cruz como o nosso Cordeiro Pascoal.
Ponto central: Jesus está vivo e quer morar em nosso coração.

Memória em ação: “[...] Cristo, o nosso Cordeiro da Páscoa, já foi oferecido em sacrifício” (1 Coríntios 5.7).
Querido (a) professor (a), dando prosseguimento a “viagem do povo de Deus pelo deserto”, vamos ter a oportunidade de explica às crianças na próxima aula como foi a primeira Páscoa e porque a comemoramos até os dias de hoje. Olhem que coisa gloriosa! Da mesma maneira que Deus livrou seu povo da morte, através do sangue do cordeiro pascoal nos umbrais de suas portas quando viviam no Egito, hoje Ele nos deu um livramento ainda maior, da morte Eterna e do inferno, através do sangue do Cordeiro perfeito que é Cristo, nosso Salvador.
Como não se preparar em face de uma aula de tamanha magnitude? Evidentemente, todas são importantes, pois nunca podemos saber quando o Espírito Santo cai tocar no coração de um pequenino e eles aceitarão a Jesus como Senhor e Salvador. Ao longo de mais de 15 anos de ministério vi muitas crianças se decidirem por Cristo, e até mesmo levarem sua família até Ele. Tenha sempre isto em mente ao se prepara para cada aula. Prepare-se não só no âmbito do conhecimento, mas também espiritualmente, se santificando, consagrando seus dons a Deus e intercedendo por cada aluno.
Para a sua edificação e a fim de cooperar com este preparo, segue abaixo um artigo sobre o tema escrito pelo doutor em Teologia Sistemática, comentarista das Lições Bíblicas da CPAD e presidente do Conselho de Educação e Cultura da CGADB, pastor Douglas Baptista.
Cristo, nossa Páscoa, sacrificado por nós!
“Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1Co 5.7)
1. A páscoa foi celebrada pela primeira vez aproximadamente em 14 de abril de 1445 AC (Cerca de 3.500 anos). O evento está registrado no livro de Êxodo 12. Aconteceu após 430 anos de Israel no Egito. Foi celebrada no mês Nisã-Abibe (Março-Abril) que passou a indicar e representar um novo começo para a nação que deixaria o cativeiro para trás. Cada família deveria escolher um cordeiro macho, de um ano e sem defeito. No 14º dia o cordeiro foi sacrificado e seu sangue foi colocado nos umbrais e vergas da porta das residências.
2. Dentro de cada casa os israelitas celebraram a páscoa cujo cardápio consistia de carne assada, pães asmos (sem fermento) e ervas amargas. Os membros de cada família participaram com os lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão, prontos para viajar. Naquele dia a meia-noite o anjo do Senhor passou pelo Egito e na casa que não havia marca de sangue ocorreu a morte dos primogênitos. Desta passagem do anjo exterminador poupando vida nas casas com marca de sangue temos o significado primário da expressão “páscoa” que vem do hebraico “pesah” e quer dizer “passar por cima” ou “pular a marca”.
3. Fundamentado na história da páscoa celebrada no Egito, o apóstolo Paulo afirma que “Cristo nossa páscoa foi sacrificado por nós” (1Co 5.8). Pois assim como os Israelitas vivíamos no Egito (mundo) e éramos escravos do pecado. Acerca desta verdade Cristo ensinou “quem comete pecado é escravo do pecado” (Jo 8.34). Do mesmo modo como os israelitas escravos do Egito estávamos condenados a morte pois  as Escrituras asseveram que “por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Rm 5.12). E foi com o propósito de enfrentar e vencer a morte que o Cristo de Deus veio a este mundo “para que pela sua morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo” (Hb 2.14).
4. Cristo veio nos resgatar da escravidão do pecado e da morte eterna. Quando o Senhor se aproximou do Jordão para ser batizado, João Batista entendeu a missão do Cristo e exclamou: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). O cordeiro de Deus era sem defeito e até Pilatos repetidamente reconheceu esta verdade ao proferir seu veredito: “Não vejo nele crime algum” (Jo 18.38; 19.4). Mesmo inocente e sem pecado Cristo foi sacrificado pelos nossos pecados (para que fossemos livres da morte). A vitória de Cristo sobre a morte ao ressuscitar no terceiro dia nos garantiu vida eterna (1Co 15.55,57). Deste modo o sangue de Cristo (nossa páscoa) nos redime do pecado (1Jo 1.7), nos livra da ira vindoura (Rm 5.9) e nos dá vitória sobre o nosso inimigo (Ap 12.11). Celebramos, portanto a páscoa cristã: morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo que foi sacrificado por nós.
Deus te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 02 - 3º Trimestre 2019 - O Nascimento de Jesus - Juniores.

Lição 2 - O Nascimento de Jesus 

3º Trimestre de 2019
Texto Bíblico: Lucas 1.26-38; 2.1-21.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos conhecerão mais detalhes do primeiro momento da vida de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Como todos os momentos vivenciados pelo Mestre durante a sua passagem por este mundo, seu nascimento não poderia deixar de ser especial. O anjo Gabriel, de forma maravilhosa, apareceu à Maria e lhe disse que Deus a havia escolhido para ser a mãe do Salvador. Por conta de sua obediência e disposição em fazer a vontade de Deus, Maria foi saudada de um modo especial pelo anjo. O anjo lhe disse: “Salve agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres” (cf. Lc. 1.28). Desde então, Maria seria honrada e por todas as gerações seria lembrada como alguém muito especial que o Senhor escolheu para cumprir uma grande missão.“
Agraciada. Maria foi agraciada mais do que todas as outras mulheres, porque lhe foi concedido ser a mãe de Jesus. Mas as Escrituras não ensinam em lugar algum que devemos lhes dirigir orações, nem adorá-la, nem atribuir-lhe títulos especiais. Maria é digna do nosso respeito, mas somente o Filho é digno da nossa adoração.
(1) Maria foi escolhida por Deus porque ela achou graça diante dEle (cf. Gn 6.8). Sua vida santa e humilde agradou tanto a Deus, que Ele a escolheu para tão sublime missão (2 Tm 2.21).
(2) A bênção de Maria, por ter sido escolhida, trouxe-lhe grande alegria, mas também muita dor e sofrimento (cf. Lc 2.35), uma vez que seu Filho seria rejeitado e crucificado. Nesta vida, a chamada de Deus sempre envolve bênção e sofrimento, alegria e tristeza, sucesso e desilusão.[...]
Santo. Tanto Mateus como Lucas declaram de modo explícito e inconfundível que Jesus nasceu de uma virgem (cf. Lc 1.27; Mt 1.18-23). O Espírito Santo viria sobre ela, e o Filho seria concebido mediante uma intervenção divina milagrosa, Jesus será o ‘Santo’, ou seja: Ele não terá qualquer mácula do pecado.
Segundo a tua Palavra. Maria submeteu-se plenamente à vontade de Deus e confiou na sua mensagem através do anjo. Aceitou alegremente a honra e ao mesmo tempo o opróbrio resultante de ser a mãe da divina criança. As jovens crentes devem seguir o exemplo de Maria quanto à castidade, ao amor de Deus, à fidelidade à sua Palavra e à disposição de obedecer ao Espírito Santo” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1501).
É importante que seus alunos compreendam a relação existente entre Maria e o Senhor Jesus Cristo. Embora Maria tenha recebido o privilégio de gerar o Salvador do mundo, isso não a concede poderes especiais. Mostre que Maria apenas cumpriu a vontade de Deus. Diga que Jesus Cristo não surgiu a partir da sua gestação, Ele já estava com o Pai no princípio da criação de Deus (cf. Gn 1.26; Jo 1.1-14). Reforce também que “a salvação só pode ser conseguida por meio dele. Pois não há no mundo inteiro nenhum outro que Deus tenha dado aos seres humanos, por meio do qual possamos ser salvos” (At 4.12).

Lição 05 - 3º Trimestre 2019 - Jesus entre os Doutores - Juniores.

Lição 5 - Jesus Entre os Doutores

3° Trimestre de 2019.
Texto Bíblico – Lucas 2.41-52.
Prezado(a) Professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão um pouco mais a respeito da vida de Jesus. O momento em que Ele esteve entre os sábios e estudiosos da Lei, compartilhando das verdades do Reino de Deus, certamente, é um dos mais intrigantes e sucintos do desenvolvimento humano de Cristo. Há quem diga que não é possível que uma criança dessa idade possa ter conhecimentos tão claros a respeito das Escrituras Sagradas, mas o exemplo do menino Jesus prova o contrário. Quando o Espírito Santo encontra um coração aberto e disposto a ser usado por Ele, não importa a idade, milagres acontecem.
A grande questão é se a pessoa demonstra o empenho em aprender a Palavra de Deus de forma disciplinada. Além disso, a infância é uma etapa da vida em que a mente humana é capaz de reter mais informações do que na fase adulta. Contudo, deve-se considerar que a sabedoria é uma dádiva de Deus que todos devem pedir com o coração aberto e sem duvidar, porquanto Deus é fiel para dá-la deliberadamente (cf. Tg 1.5,6).
No evangelho de Lucas, encontramos alguns detalhes que marcaram a transição da infância de Jesus para a sua pré-adolescência:
“Com a idade de doze anos, um menino judeu se torna ‘filho da lei’ (barmitizvah). Nesse momento, ele aceita os deveres e obrigações religiosas aos quais os pais o entregaram pelo rito da circuncisão (Caird, 1963, p. 66). Para Jesus, isto acontece quando seus pais sobem a Jerusalém para celebrar a Páscoa. O Antigo Testamento ordenava que toda pessoa do sexo masculino comparecesse em Jerusalém para três festas: a Páscoa, o Pentecostes e os Tabernáculos (Êx 23.14-17; 34.23; Dt 16.16). A dispersão dos judeus pelo mundo tornou impossível que todos fizessem isto nos dias de José e Maria. Apesar da distância, os judeus devotos faziam a jornada pelo menos uma vez por ano para a Páscoa. Não era exigido que as mulheres comparecessem, contudo muitas iam.
A Páscoa é observada no décimo quarto dia do mês de nisã (ao redor de 1 de abril) para comemorar a libertação de Israel da escravidão do Egito (Êx 12.24-27). Quando Jesus tem doze anos, sua família faz a jornada de Nazaré a Jerusalém (cerca de cento e vinte quilômetros) para comparecer na festividade de sete dias (Êx 12.15; Lv 23.8). Depois de terminar, Maria e José voltam para casa, presumindo que Jesus está com amigos ou parentes na caravana de peregrinos da Galileia. Quando descobriram que Ele ficou para trás, eles voltam a Jerusalém e o procuram. No terceiro dia, encontram-no no templo, ouvindo e fazendo perguntas aos mestres. Este menino de doze anos os deixa admirados (existanto, aspecto imperfectivo; lit., ‘estava fora de si’) com os insigths e respostas que dava. Estes mestres nunca encontraram um menino que tivesse um entendimento da verdade como Ele. Sua compreensão envolve mais que ser aluno brilhante, pois sua mente e coração estavam cheios de sabedoria divina (Lc 2.40). Que criança admirável e abençoada!” (Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento.1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 331). Embora fosse um menino, não se intimidou com as dificuldades impostas pela dureza de coração encontrada nos líderes judeus, mas intensificou a mensagem do Reino conforme a sabedoria que o Pai lhe concedia.
Aproveite para incentivar seus alunos à aquisição da sabedoria. Diga que Deus aperfeiçoa a nossa capacidade intelectual se, de fato, formos dedicados aos estudos. Além disso, quando oramos com fé, pedindo que o Senhor derrame da sua sabedoria sobre nós, Ele nos ouve e abençoa a nossa capacidade de entendimento da sua Palavra. 
Reforce o ensinamento da lição com a seguinte atividade:
Confeccione e leve para a sala de aula, cartões feitos de cartolina. Em alguns cartões, escreva práticas que podem tornar seus alunos sábios. Em outros cartões, escreva o que pode tornar seus alunos ignorantes no conhecimento de Deus. Desenhe duas colunas no quadro e escreva: SÁBIO X IGNORANTE. Mostre os cartões e peça seus alunos que identifiquem cada prática e colem os cartões na respectiva coluna. Por exemplo: ler a bíblia; orar; obedecer aos responsáveis; pedir conselho de pessoas sábias; faltar à Escola Dominical; não ouvir os mais experientes; gastar a maior parte do tempo na internet; evitar a leitura; desobedecer a ordens, etc. A cada prática que seus alunos identificarem como benéfica pergunte se eles têm facilidade ou não de colocá-la em prática.

Lição 02 - 3º Trimestre 2019 - Crescendo em Sabedoria - Pré Adolescentes.

Lição 2 - Crescendo em Sabedoria 

3º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Lucas 2.39-52.
Prezado(a) professor(a),
Na lição de hoje seus alunos terão a oportunidade de conhecer um pouco mais a respeito da adolescência de Jesus. Embora a Bíblia não revele detalhes da adolescência do Filho de Deus, — a forma como Ele se relacionava com outros da sua idade, seus gostos, costumes, etc. — é possível perceber que Jesus era um menino normal como outro qualquer. Seu grande diferencial era que Ele tinha um forte interesse pelos ensinamentos da Lei judaica e o compromisso em obedecê-los completamente.
Lucas, o escritor que havia se informado minuciosamente de tudo sobre a vida de Jesus desde o princípio (cf. Lc 1.1-4), revela algumas informações a respeito do desenvolvimento físico, espiritual e psicossocial do Salvador durante a sua adolescência. “Conforme crescia, Jesus ia crescendo também em sabedoria, e tanto Deus como as pessoas gostavam cada vez mais dele” (cf. Lc 2.52). Note que Jesus não somente apresentava crescimento físico, como também se desenvolvia de acordo com a vontade de Deus a fim de cumprir o seu propósito.
“Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?
Aos 13 anos de idade, um menino judeu tornava-se um ‘filho do mandamento’, e lhe era exigido que viajasse até Jerusalém para participar das principais festas religiosas anuais. No entanto, os doutores da lei daquela época requeriam que se levasse um menino a Jerusalém dois anos antes para observar os direitos festivos. Portanto, é muito provável que Jesus tivesse onze anos de idade quando ocorreram estes eventos aqui descritos.
Também sabemos a partir de escritos rabínicos, que o retrato de Lucas do menino Jesus discutindo a Lei com famosos mestres adultos, reflete exatamente o costume da época. Nos dias de festa e sábados, os sábios não ensinavam publicamente, mas pessoas comuns ocupavam-se livremente em fazer perguntas e debater com os palestrantes. Qualquer um que conhecesse as escrituras em hebraico poderia engajar-se nestas discussões — como fez o menino Jesus.
A razão de Lucas contar esta história, porém, é que o menino Jesus identificou o Templo como a casa de ‘meu Pai’. Esta não era a maneira como o judeu mediano pensava a respeito de Deus, embora ele fosse o ‘Pai’ — a fonte — da raça hebraica. Lucas quer que entendamos que, mesmo nesta tenra idade, Jesus estava ciente de seu relacionamento especial com o Pai — uma reivindicação que seus pais ‘não compreendiam’ (Lc 2.50).” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.136). 
Converse com seus alunos a respeito do interesse que sentem pelas questões de ordem espiritual. Seus alunos sentem prazer em orar e ler a Palavra de Deus? Numa época em que a maioria está distraída com as redes sociais é primordial que seus alunos tenham apreço pela Palavra de Deus. Explique que, assim como Jesus cresceu e desenvolveu-se como qualquer pré-adolescente, eles também estão crescendo e precisam atentar para as coisas concernentes ao Reino de Deus.
Ensine que eles podem ter uma vida normal como qualquer pré-adolescente da idade deles, entretanto, devem se lembrar que ter um relacionamento com Deus é essencial por toda a vida. Ao final, peça que leiam a referência bíblica e expliquem o que entenderam: “Alguém vai dizer: ‘Eu posso fazer tudo o que quero’. Pode, sim, mas nem tudo é bom para você. Eu poderia dizer: ‘Posso fazer qualquer coisa’. Mas não vou deixar que nada me escravize” (1 Coríntios 6.12).

Lição 05 - 3º Trimestre 2019 - O Caminho para a Morte - Pré Adolescentes.

Lição 5 - O Caminho Para a Morte

3° Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Lucas 23.26-32
Caro(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos terão a oportunidade de aprender um pouco mais sobre a trajetória de Cristo rumo ao Calvário. Jesus sabia que para este propósito Ele havia sido enviado a este mundo e não poderia deixar de cumprir a vontade do Pai. Desse modo, Ele foi fiel até a morte e morte de cruz, a mais cruel de todas as execuções que havia no mundo antigo. Durante os momentos que antecederam a sua crucificação, Jesus passou por muitos sofrimentos tais quais nunca havia sofrido durante todo o seu ministério. Mas Ele foi fiel até o fim porque estava pensando em cada um daqueles que haveriam de crer em seu testemunho, inclusive nós.
“O tormento psicológico.
Durante todos os seus anos de ministério, Jesus sofreu psicologicamente. João nos diz: ‘Veio para o que era seu, e os seus não o receberam’ (Jo 1.11). As multidões correram para ouvir Jesus, e o viam como um profeta (Mt 16.14). Mas eles não estavam dispostos a aceitá-lo por quem Ele verdadeiramente era: seu Messias há muito tempo aguardado, e o Filho de Deus. Os líderes religiosos se sentiam incomodados pelos ensinos dele e, finalmente, reconhecendo-o como uma ameaça contra sua pretensa autoridade espiritual, tramaram matá-lo. E até mesmo aqueles discípulos que estavam totalmente comprometidos com Ele, permaneceram insensíveis à sua dor e sem ter consciência do significado de seus ensinos mais importantes.
[...] Toda esta dor foi a companhia constante de Cristo quando Ele ministrou entre nós, o Filho de Deus, não reconhecido por aqueles que eram os seus por Criação e Aliança.
Toda esta dor interior e constante está focada e exposta para nós em um episódio que cada um dos Evangelhos Sinóticos retrata — a oração de Cristo no Getsêmani. (Nota: os relatos de Mateus e Marcos são essencialmente os mesmos. As palavras de Mateus e Lucas estão reproduzidas a seguir). [...] Aquela angústia que Cristo conheceu durante todos os seus anos de ministério está, de repente, exposta, como se o seu controle de ferro estivesse quebrado em meio à tensão daquela hora terrível” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 189).
Aproveite e converse com seus alunos o que significa para cada um deles o sofrimento de Jesus sobre a cruz. Pergunte e procure identificar, conforme os seus alunos forem expressando, o quanto eles sabem a respeito da morte vicária de Cristo. Explique que a morte de Jesus foi vicária porque ele morreu em nosso lugar. Éramos nós que devíamos morrer, mas Cristo substituiu a nossa culpa pelo sacrifício que fez de si mesmo na cruz a fim de que tivéssemos o perdão dos nossos pecados e pudéssemos alcançar a reconciliação com Deus.

Lição 02 - 3º Trimestre 2019 - Família, nosso Primeiro Grupo - Adolescentes.

Lição 2 - Família, nosso primeiro grupo social

3º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO:
FAMÍLIA, CÉLULA MATER DA SOCIEDADE
VIVER E CONVIVER EM FAMÍLIA
BOAS MANEIRAS DEVEM FAZER PARTE DO NOSSO DIA A DIA
A BÍBLIA E A FAMÍLIA
OBJETIVOS
Compreender que a família é a célula mater da sociedade;
Saber que a família é um lugar de convivência, de acolhimento e de relacionamentos.
FAMÍLIA,  PROPÓSITO E CONSEQUENCIAS DO DESVIO DE PROPÓSITO
O que é família? A família não é um grupo de pessoas rivais, alheias aos interesses umas das outras. Em termos de unidade, é o conjunto de todas as pessoas que vivem sob o mesmo teto, proteção ou dependência do dono da casa ou chefe, que visam ao bem-estar do lar; enfim que se comunicam, se amam e se ajudam. Essa convivência exige o uso e a aplicação de toda capacidade de viver em conjunto, a bem do perfeito e contínuo ajustamento entre os membros da família e destes para com Deus. O convívio entre os familiares indicam o grau e o nível das relações com o Pai e determina o curso do sucesso na família. 
Vale lembrar que a família foi criada por Deus com elevados propósitos em todos os sentidos da vida inclusive quanto ao número de filhos. 
[...] Deus instituiu a família com o propósito de encher a terra com seres inteligentes e ordeiros, capazes de ter comunhão com Ele. A família é o elemento básico da fraternidade e da moral, por isso se tornou rapidamente o alvo de Satanás. Caim e sua linhagem, por exemplo, foram os elementos que Satanás usou para, de modo estratégico, contrariar o plano de Deus de duas maneiras: 1) Caim tornou-se o primeiro homicida e fratricida. A ele foi dirigida a sentença divina: “E agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão” (Gn 4.11). Caim foi atrevido para com Deus, impiedoso com seus pais e tirano com seu irmão. Quem não teme a Deus pode ser um mau filho e um perverso irmão. Caim fora um deles, tirou a vida de seu irmão e a alegria de seus pais. Em suma todo mal procede do homem que se desajusta com Deus; 2)Lamaque, o filho de Caim, tornou-se o primeiro bígamo abrindo caminho para inquietação da família. As conseqüências trágicas dessa bigamia perduram até os nossos dias. Leia Gênesis 4.19. 
(Texto extraído da obra “SOUZA, Estevam Ângelo de. ... e fez Deus a família, o padrão divino para um lar feliz. Rio de Janeiro, CPAD, pp. 30, 25,26.)  
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD 

Lição 05 - 3º Trimestre 2019 - Padrões Sociais de Beleza - Adolescentes.

Lição 5 - Padrões Sociais de Beleza

3° Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO:OS PADRÕES DE BELEZA EM NOSSA SOCIEDADE
FEIO OU BONITO?
EXEMPLOS BÍBLICOS DE BELEZA E NÃO FORMOSURA 
OBJETIVOS
Conscientizar de que a mídia influencia os nossos padrões de beleza;
Mostrar como construímos nossos conceitos de belo e feio;
Compreender que os padrões de beleza de Deus são contrários aos nossos.
O QUE REALMENTE IMPORTA
Prezado professor, prezada professora, 
Converse com os alunos respeito do nosso valor para Deus. Mostre que devemos refletir sobre isso diante de Deus. Não obstante, precisamos ter o cuidado de não levar uma vida superficial em que o valor está fundamentado nas aparências, e não no caráter e no valor das pessoas. 
Embora devamos ter o cuidado com a nossa aparência física, isso não pode chegar ao ponto de tornar-se uma síndrome. Devemos ainda, estar especialmente preocupados em mostrar que pertencemos ao Senhor quando entregamo-nos em Espírito e em Verdade, manifestando os dons e o fruto espirituais. Nesse sentido, o nosso corpo glorifica a Deus!
O corpo do crente é o Templo do Espírito Santo, que nele habita, que é o dom de Deus para nós, porque recebemos o seu Espírito.
Pelo fato de nossos corpos serem seu templo e de Jesus ter pago o preço total de nossa redenção ao derramar seu sangue precioso na cruz do calvário, pertencemos a Deus (1 Pe 1.18,19: “Resgatados [...] com precioso sangue de Cristo”).
Só pode haver uma conclusão: Temos que honrar a Deus com nosso corpo.
Texto adaptado da obra “I e II Coríntios: Os Problemas da Igreja e Suas Soluções”, editada pela CPAD.
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD

Lição 02 - 3º Trimestre 2019 - O Caráter Ético de Deus - Juvenis.

Lição 2 - O Caráter Ético de Deus

3º Trimestre de 2019
“Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados” (Ef 4.1).
OBJETIVOS
Elencar os atributos morais de Deus;
Conceituar Reino de Deus;
Conscientizar a classe a manifestar as virtudes do Reino de Deus na sociedade.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. OS ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS
2. O REINO DE DEUS
3. AS VIRTUDES MANIFESTAS DO REINO DE DEUS
Querido (a) professor (a), em nossa próxima aula vamos falar aos Juvenis sobre a principal razão para buscarmos cada dia mais sermos éticos: o caráter do nosso Deus. Como cristãos, somos convocados e impelidos a sermos Cristo nessa terra, reproduzindo em nosso próprio comportamento diário o caráter e amor dEle. Quanto mais conhecemos e nos aproximarmos do Altíssimo, mais parecidos com Ele nos tornamos, e esse é o objetivo.
“Nossa maneira de compreender a Deus não deve basear-se em pressuposições a respeito dEle, ou em corno gostaríamos que Ele fosse. Pelo contrário: devemos crer no Deus que existe, e que optou por se revelar a nós através das Escrituras, O ser humano tende a criar falsos deuses, nos quais é fácil crer; deuses que se conformam com o modo de viver e com a natureza pecaminosa do homem. Essa é uma das características das falsas religiões. Alguns até mesmo caem na armadilha de se desconsiderar a autorrevelação divina para desenvolver um conceito de Deus que está mais de acordo com as suas fantasias pessoais do que com a Bíblia, que é a nossa fonte única de pesquisa, que nos permite saber que Deus existe e corno Ele é.” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 125-6).
Para sua mais profunda reflexão acerca dos atributos éticos e morais de Deus, segue abaixo o comentário da revista Lições Bíblicas de Adultos da CPAD. 
Em relação à natureza de Deus, isto é, aos seus atributos incomunicáveis ao ser humano, Deus é apresentado na Bíblia como infinitamente perfeito (Dt. 18.13; Mt. 5.48), Sua obra é, portanto, perfeita (Dt. 32.4) bem como os seus caminhos (Sl. 18.30). 
Deus é santo por natureza enquanto que o homem somente pode sê-lo por participação (Rm. 1.4; II Co. 7.1; I Ts. 3.13). Esse Deus, que tudo pode (Jó. 42.2), somente faz o que lhe apraz (Sl. 115.3). 
Existem apenas algumas coisas que o Onipotente não pode fazer: 
1) mentir (Nm. 23.19; Tt. 1.2; Hb. 6.18); 
2) negar-se a si mesmo (II Tm. 2.13); 
3) fazer injustiça (Jó. 8.3; 34.12; Sl. 145.17); 
4) fazer acepções de pessoas (II Cr. 19.7; Rm. 2.11). 
Os atributos naturais de Deus são: 
1) Onipresença – Deus se relaciona com tudo e com todos ao mesmo tempo (Sl. 139.7-10); 
2) Onisciência – conhece todas as coisas (Mt. 10.30; Is. 46.9,10); e 
3) Onipotência – tudo pode fazer (Ap. 4.1,2; Gn. 17.1). 
Esses atributos revelam a grandeza de Deus, e nos direcionam a nos dobrar perante Ele, reconhecendo Sua supremacia e soberania não apenas sobre nossas vidas, mas também sobre terra, céus e mares. Contudo, não podemos deixar de ressaltar que Esse é também um Deus que se aproxima dos seres humanos, e que um dos mais importantes atributos é o AMOR, pois está escrito que “Deus é amor” (I Jo. 4.8). Esse atributo nos é comprovado na pessoa de Cristo, pois Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas que tenha vida eterna (Jo. 3.16). Deus prova seu amor para conosco pelo fato de ter nos amado, sendo nós ainda pecadores e de andarmos a revelia da sua vontade (Rm. 5.8).
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 05 - 3º Trimestre 2019 - Ética Cristã na Valorização da Vida - Juvenis.

Lição 5 - Ética Cristã na Valorização da Vida

3º Trimestre de 2019
“Vede, agora, que eu, eu o sou, e mais nenhum deus comigo; eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro, e ninguém há que escape de minha mão” (Dt 32.39).
Esboço da Lição1. POR QUE SOMOS CONTRA O ABORTO
2. POR QUE SOMOS CONTRA A EUTANÁSIA
3. DEUS É O AUTOR DA VIDA
ObjetivosExplicar por que somos contra o aborto;
Mostrar porque somos contra a eutanásia;
Demonstrar que Deus é o autor da vida.
Querido (a) professor (a), pela faixa etária de seus alunos eles estão prestes a ingressar na universidade – o que é uma dádiva, especialmente se tratando de nosso País. Por muito tempo, a postura de muitas igrejas foi “demonizar” este ambiente acadêmico. Contudo, hoje se entende com mais clareza a sua importância, até mesmo para o avanço do Reino de Deus. 
O nosso dever não é amedrontar o jovem ou impedi-lo de estar nas universidades, mas sim prepará-lo solidamente para viver este momento; transitar por ideologias, grupos diversos, bandeiras políticas e assuntos dos mais polêmicos, guardando sua identidade, individualidade, caráter e, sobretudo guardando sua fé. 
Um destes temas muito em voga no meio é a descriminalização do aborto. Vez ou outra tramita no Congresso Nacional projetos de Lei que visam descriminalizar o aborto até o terceiro mês de gestação. Outro assunto bem atual e preocupante no tocante à ética cristã e valorização à vida é o alcance e possíveis danos do decreto do presidente Jair Bolsonaro flexibilizando as regras para aquisição, cadastro, registro, posse, porte e comercialização de armas de fogo e munições. 
Como cristãos, não podemos ser incoerentes, relativizando a morte de seres humanos por serem infratores. É inconcebível se quer imaginar Jesus Cristo defendendo o lema: “Bandido bom é bandido morto”. No entanto, por que muitos que se dizem seus imitadores, discípulos, cristãos, isto é, “pequenos Cristos” estão proclamando esta atrocidade?! Para a genuína Igreja do Senhor, bandido bom é bandido convertido, regenerado pelo sangue do Cordeiro, que salvou a todos nós – igualmente imerecedores de tamanha graça.
Sugerimos que, com base nestes temas bastante atuais, ao final da aula você promova um debate em classe acerca destas questões. Procure duas matérias de cada assunto nos sites de notícias e leia suas manchetes (títulos) para a turma, pedindo que opinem sobre elas. Medie a discussão, levantando reflexões bíblicas acerca da graça e proposta de Jesus, que disse ter vindo não para os são ou “justos”, mas sim para os enfermos e vis pecadores (Mateus 9.11-13; Lucas 5.32).
Respeitemos a vida humana, quer em sua fase embrionária, quer em seu estágio fetal, quer na sua condição adulta como um infrator. Não nos esqueçamos de que o Verbo Divino, ao fazer-se homem, passou por ambas as situações, passou pelo útero de uma mulher e já adulto foi contado entre os transgressores (Cf Is 53.12) e mesmo justo foi punido como um criminoso.  Peça que sua turma reflita na frase: Os que defendem o aborto, a pena de morte, a posse de armas de fogo (que comprovadamente aumenta o índice de violência e morte) teriam hesitado em assassinar o próprio Cristo?!
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD