Lição 9 - A Mordomia do Trabalho
ESBOÇO GERAL
I – O TRABALHO DE DEUS NA BÍBLIA
II – A BÍBLIA E A MORDOMIA DO TRABALHO
III – PRINCÍPIOS CRISTÃOS PARA O TRABALHO
Elinaldo Renovato
Quando Deus criou o homem, colocou-o num ambiente extraordinário onde nada lhe faltaria para sua subsistência física e espiritual. O Jardim do Éden possuía um meio-ambiente perfeito. O primeiro lar foi feito por Deus. Era maravilhoso. Nele, antes da queda, havia amor; havia paz, união, saúde, alegria, harmonia, felicidade e comunhão com Deus. O ambiente era agradável. Podemos imaginar o dia-a-dia do primeiro casal! O trabalho era suave, resumindo-se na colheita dos frutos e alimentos outros, necessários à manutenção do metabolismo mínimo do corpo, pois não havia desgaste físico como se conhece hoje. Antes da Queda, o homem era vegetariano. Não era preciso comer carne, pois as necessidades orgânicas eram supridas pelo alimento vegetal (Gn 1.29).
A vida no Jardim, no entanto, não era de ociosidade. O homem foi lá colocado “para lavrar e guardar” (Gn 2.15). Mesmo antes de o pecado entrar no mundo, havia trabalho de natureza agrária. Mas é “interessante notar que o trabalho, a atividade da mente e do corpo, desde o princípio, foi dignificado por Deus. Havia trabalho, mas, em compensação, não havia doenças, nem dor, nem morte. O pranto era desconhecido. A tristeza não existia. Tudo era belo, agradável e muito bom”.1
No Éden, “[...] não foram colocadas pessoas para ficarem ociosas, entregues a uma vida inútil e sem objetivo. Não. O homem teria de trabalhar. Tanto é assim, que o Criador lhe proveu uma ‘adjutora’. Uma coisa, porém, diferenciava o trabalho antes da queda do trabalho após a queda. Antes, o labor era agradável, útil e interessante, pois, nele, o homem colocava em ação a sua capacidade criadora de maneira fantástica, pois não havia desgaste físico ou mental, nem doença, nem a perspectiva da morte.”2 Depois da Queda, no entanto, toda a realidade do homem foi modificada com tremendos prejuízos espirituais, emocionais e físicos, além de terríveis transtornos para o meio ambiente.
O homem conheceu a maldição da terra. A ecologia foi mudada. As condições ambientais foram transformadas. Antes, a terra só produzia para benefício do homem. Depois, passou a germinar cardos e espinhos. Isso, sem dúvida, se refere a tudo o que, na natureza, prejudica o homem. Este se serve da terra, mas com dor, com sofrimento. Mesmo que use a inteligência e consiga utilizar os instrumentos materiais para o cultivo da terra, isso tem um custo muito alto, e os frutos da produção não são acessíveis a todos. O trabalho tornou-se fatigante. Antes, era leve, suave, agradável, pois, com sua força física e mental era possível obter o sustento sem maiores esforços e sem desgaste orgânico. Depois, custaria o suor do seu rosto, e assim ele obteria o seu pão (Gn 3.19).
Foi depois da Queda que o homem conheceu o trabalho em sua conformação histórica e atual, sempre com demandas enormes de suas energias mentais e físicas. Elifaz, amigo de Jó, discorrendo sobre Deus e seu relacionamento com o homem mortal, concluiu sobre a origem, a natureza e a necessidade do trabalho e disse: “Porque do pó não procede a aflição, nem da terra brota o trabalho. Mas o homem nasce para o trabalho, como as faíscas das brasas se levantam para voar” (Jó 5.6,7). Ele afirmou que “a aflição” e “o trabalho” são inerentes à realidade humana. O homem já “nasce para o trabalho”. Ele não nasce para ficar ocioso, inerte, sem ocupar sua mente, energias e esforço diante da vida. A preguiça é condenada na ética da Bíblia. O homem, portanto, nasce programado para exercer atividades dignas de sua natureza humana.
Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD.
A vida no Jardim, no entanto, não era de ociosidade. O homem foi lá colocado “para lavrar e guardar” (Gn 2.15). Mesmo antes de o pecado entrar no mundo, havia trabalho de natureza agrária. Mas é “interessante notar que o trabalho, a atividade da mente e do corpo, desde o princípio, foi dignificado por Deus. Havia trabalho, mas, em compensação, não havia doenças, nem dor, nem morte. O pranto era desconhecido. A tristeza não existia. Tudo era belo, agradável e muito bom”.1
No Éden, “[...] não foram colocadas pessoas para ficarem ociosas, entregues a uma vida inútil e sem objetivo. Não. O homem teria de trabalhar. Tanto é assim, que o Criador lhe proveu uma ‘adjutora’. Uma coisa, porém, diferenciava o trabalho antes da queda do trabalho após a queda. Antes, o labor era agradável, útil e interessante, pois, nele, o homem colocava em ação a sua capacidade criadora de maneira fantástica, pois não havia desgaste físico ou mental, nem doença, nem a perspectiva da morte.”2 Depois da Queda, no entanto, toda a realidade do homem foi modificada com tremendos prejuízos espirituais, emocionais e físicos, além de terríveis transtornos para o meio ambiente.
O homem conheceu a maldição da terra. A ecologia foi mudada. As condições ambientais foram transformadas. Antes, a terra só produzia para benefício do homem. Depois, passou a germinar cardos e espinhos. Isso, sem dúvida, se refere a tudo o que, na natureza, prejudica o homem. Este se serve da terra, mas com dor, com sofrimento. Mesmo que use a inteligência e consiga utilizar os instrumentos materiais para o cultivo da terra, isso tem um custo muito alto, e os frutos da produção não são acessíveis a todos. O trabalho tornou-se fatigante. Antes, era leve, suave, agradável, pois, com sua força física e mental era possível obter o sustento sem maiores esforços e sem desgaste orgânico. Depois, custaria o suor do seu rosto, e assim ele obteria o seu pão (Gn 3.19).
Foi depois da Queda que o homem conheceu o trabalho em sua conformação histórica e atual, sempre com demandas enormes de suas energias mentais e físicas. Elifaz, amigo de Jó, discorrendo sobre Deus e seu relacionamento com o homem mortal, concluiu sobre a origem, a natureza e a necessidade do trabalho e disse: “Porque do pó não procede a aflição, nem da terra brota o trabalho. Mas o homem nasce para o trabalho, como as faíscas das brasas se levantam para voar” (Jó 5.6,7). Ele afirmou que “a aflição” e “o trabalho” são inerentes à realidade humana. O homem já “nasce para o trabalho”. Ele não nasce para ficar ocioso, inerte, sem ocupar sua mente, energias e esforço diante da vida. A preguiça é condenada na ética da Bíblia. O homem, portanto, nasce programado para exercer atividades dignas de sua natureza humana.
Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD.
1 LIMA, Elinaldo Renovato de. A família cristã nos dias atuais, p. 9.
2 Ibid, p. 20.
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